Resumen:
Introdução: O Estágio Supervisionado em Serviço Social é um processo didático-pedagógico que incide na inserção de estudantes em espaços sócio-ocupacionais onde se realiza o trabalho de assistentes sociais. Se configura como componente obrigatório na formação de assistentes sociais brasileiros, podendo ser realizado também, como componente não obrigatório após cumpridas as horas determinadas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Serviço Social, obedecendo as legislações e diretrizes políticas das entidades que constroem a profissão a mais de oito décadas. O estágio se configura como um momento privilegiado da formação para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências para o exercício profissional, a partir das relações construídas nos espaços sócio-ocupacionais para atendimento às pessoas que demandam o Serviço Social. O desafio desse componente formativo está em garantir a qualidade da formação e o constante diálogo entre os agentes que compõem esse processo de formação. Este artigo discute uma das estratégias indicada nas diretrizes do estágio que é a realização de Fórum de Supervisão de Estágio, reunindo as/os estagiárias/os, as/os Supervisores/as de Campo e as/os Supervisores/as Acadêmicos/as. Segundo a Política Nacional de Estágio construída coletivamente pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), além dos valores ético-políticos profissionais (defesa da liberdade, justiça social e democracia, dentre outros) que devem nortear o processo de estágio, outros princípios relacionados devem ser considerados a saber: a indissociabilidade entre as três dimensões da formação em Serviço Social (teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa), compreendendo-as como unidade em perspectiva totalizante e diversa; a articulação entre formação e exercício profissional dada pela indispensável interlocução envolvendo estudantes, assistentes sociais supervisores/as de campo e professores/as supervisores/as acadêmicos/as; a indissociabilidade entre o estágio, a supervisão de campo e a supervisão acadêmica, se expressando no planejamento, acompanhamento e avaliação do processo de estágio; a articulação entre a universidade e a sociedade, processo que dinamiza o conhecimento da realidade e a busca de respostas às demandas; a unidade entre a teoria e a prática na perspectiva dialética que retroalimenta o processo de aprendizagem; a articulação entre ensino, pesquisa e extensão; e a interdisciplinaridade, entendida como a interlocução de saberes entre as diversas áreas do conhecimento. A análise da realidade vivenciada nos campos de estágio se realiza sob a perspectiva crítica de compreensão dos efeitos da crise econômica e sanitária, os quais desnudaram a desigualdade social estrutural, agudizando as aviltantes condições de vida da classe trabalhadora brasileira, especialmente os mais vulneráveis que constituem os principais sujeitos que demandam o trabalho profissional de assistentes sociais. Por consequência, também se verifica a precarização do trabalho profissional e dos campos de estágio, o que incide na formação das/dos estudantes de Serviço Social. Objetivo Geral: debater sobre o papel do estágio no processo formativo, destacando a realização dos Fóruns de Supervisão de Estágio como uma estratégia facilitadora desse processo. Objetivos específicos: analisar a importância do Fórum de Estágio Supervisionado, como espaço de diálogo, formação e aproximação entre os/as estagiários/as, supervisores/as de campo e supervisores/as acadêmicos/as; compreender os principais elementos constantes nas legislações e diretrizes que orientam a realização do estágio supervisionado em Serviço Social no Brasil; apresentar as estratégias de organização dos Fóruns de Estágio, identificando os desafios e aprendizados do processo; construir sínteses reflexivas e críticas das questões discutidas nos Fóruns de Estágio Supervisionado; compreender os desafios e possibilidades que permitam a qualificação da formação profissional no contexto de crise do capital e agudização das expressões da questão social. Material e Métodos: Trata-se de um Relato de Experiência, fundamentado no relatórios (memórias) dos XXII e XXIII Fórum de Supervisão de Estágio do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ocorridos durante o ano de 2021, no contexto da crise sanitária global, em razão da pandemia da COVID-19. O tema será problematizado também a partir de pesquisa bibliográfica e documental. Na pesquisa bibliográfica buscou-se referências que debatem sobre e Estágio Supervisionado, trazendo conceitos e argumentações que ratificam a importância desse elemento formativo. A pesquisa documental ocupou-se das legislações que normatizam o estágio em Serviço Social, a exemplo da Lei de Regulamentação da Profissão, do Código de Ética Profissional, das Resoluções do Conselho Federal de Serviço Social, das Diretrizes Curriculares da ABEPSS publicadas em 1996 e da Política Nacional de Estágio de 2010, construída coletivamente também pela ABEPSS. A análise destes materiais não se realiza sem a atenção a questões conjunturais. Logo, transcorreu articulada com a compreensão do contexto econômico, político e social de crise, expresso no desemprego, desproteção e violência, o qual incide na materialidade do trabalho profissional e nas condições concretas de realização do estágio supervisionado. Considerações Finais: Espera-se como resultado contribuir ratificando a importância de espaços coletivos de construção e diálogo no âmbito da formação, a partir do estágio supervisionado, ofertando elementos que possam auxiliar na compreensão e problematização, com vistas a qualificar a formação e fortalecer o projeto ético-político profissional. O contexto de precarização do trabalho e retrocessos de toda ordem que afetam diretamente os sujeitos demandantes do trabalho profissional dos/das assistentes sociais, exige esforço coletivo de resistência na defesa da democracia, do ensino público, laico e popular, da formação de qualidade, tendo como consequência o fortalecimento do projeto ético-político profissional.Resumen:
O presente estudo busca discutir os impactos e riscos que a universidade pública brasileira vem enfrentando no cenário político de ajustes neoliberais, de instabilidades e retrocessos, nos governos MDB e PSL (antigo partido político do atual presidente do Brasil Jair Bolsonaro) após o impeachment de Dilma Rousseff. No Brasil, mesmo o ensino superior público ser garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF/88) como direito de todos e dever do Estado (art. 205), e as universidades terem a garantia de gozarem “[...] de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial [...]” (BRASIL, 1988, art. 207), nos últimos cinco anos a educação superior pública no país tem sido alvo de políticas (decretos e emendas constitucionais) conduzidas por governantes contrários ao direito da universalização da educação gratuita para todo cidadão. Estudos de autores como Chauí (2003, 2014), Duarte (2017), Frazon (2015), Lusa et al (2019), dentre outros, destacam que, a instituição de políticas e reformas contrárias ao desenvolvimento e expansão da educação superior pública de qualidade não é recente, no entanto, após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, os governos de Michel Temer (2016-2018) e do atual presidente Jair Bolsonaro (2019-2021) tem lançado diversas medidas neoliberais que têm solapado os princípios disposto na Constituição Federal de 1988 (capítulo III, seção I) destinados à educação superior pública, em nome do novo regime fiscal e dos interesses dos rentistas financeiros. Com relação a essa questão, Chauí (2003) aponta que, o governo vem designando a educação superior como serviço não exclusivo do Estado, ou seja, a educação “[...] deixou de ser concebida como um direito e passou a ser considerada um serviço; [...] deixou de ser considerada um serviço público e passou a ser considerada um serviço que pode ser privado ou privatizado” (p. 6). Diante dessa problemática, tais situações nos instigaram a pesquisar e discutir sobre o assunto, pois observamos que as determinações dos governos de Temer e Bolsonaro em nome do regime fiscal e de políticas da ortodoxia neoliberal, tem se sobreposto às necessidades sociais e abalado os direitos constitucionais. E com isso, a perspectiva de universidade pública tem sido desfigurada pela prática de cortes e contingenciamento de seus recursos e pela abertura para a sua privatização através de propostas como o Programa Universidades e Institutos Empreendedores e Inovadores (Future-se) que evoca a ideia de “refuncionalização das instituições em “organizações” empreendedoras e inovadoras em um ambiente produtivo” (LEHER, 2020) dentre outros aspectos. Assim, as universidades públicas brasileiras vêm-se envolta de uma conjuntura adversa que tem promovido sucessivas reformas no ensino superior, enfraquecendo a sua consolidação enquanto instituição social. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo central identificar os efeitos das políticas neoliberais sobre a universidade pública brasileira nos governos MDB e PSL após o impeachment de Dilma Rousseff, e para um melhor delineamento do estudo tem como objetivos específicos: Discutir as políticas implementadas na universidade pública brasileira na gestão do governo Michel Temer e do governo Jair Bolsonaro; Verificar como se deu o contingenciamento dos recursos financeiros das universidades públicas após o impeachment de Dilma Rousseff; Analisar quais os impactos das políticas de orientação neoliberal dos governos MDB e PSL sobre as universidades públicas. Trata-se de um estudo exploratório, pois como destaca Gil (2002) este tipo de pesquisa tem como objetivo aprimorar as ideias ou a descoberta de intuições, e é uma pesquisa bastante flexível, visto que possibilita a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. O plano de trabalho metodológico desse estudo apoia-se no método crítico-dialético de Karl Marx, pois articula a totalidade, a contradição e a mediação, e nos permite conhecer os diversos elementos da realidade em estudo, que estão interligados a uma mesma totalidade (PAULO NETTO, 2011). A abordagem metodológica que orienta esse estudo é a qualitativa, segundo Gil (2002, p. 134) “nas pesquisas qualitativas, o conjunto inicial de categorias em geral é reexaminado e modificado sucessivamente, com vista em obter ideias mais abrangentes e significativas”. O procedimento do estudo foi feito através da pesquisa bibliográfica com consulta a livros, revistas, artigos científicos, dissertações e teses, bem como, foi feito a análise documental, tais como leis, decretos, emendas constitucionais, dados estatísticos e tabelas pertinentes para a compreensão da temática estudada. Por se tratar de uma temática contemporânea, foi necessário fazer um recorte temporal da pesquisa, assim o presente estudo analisa o período do governo do presidente Temer (2016-2018) e do governo do atual presidente Bolsonaro (2019-2021). Após discussões e análises, constatou-se que dentre os ataques mais ofensivos à educação superior pública brasileira nos governos de Temer e de Bolsonaro, está o teto de gasto previsto na EC 95/2016 que congela por vinte anos os recursos destinados às despesas da área da educação e de outras políticas públicas. A EC 95/2016 vem comprometendo seriamente as universidades federais, pois as verbas (empenhadas pelo Tesouro Nacional por meio das Leis Orçamentárias Anuais - LOA, para as universidades pública) que deveriam ser repassadas para o custeio e investimentos dessas instituições sofreram cortes e contingenciamentos absurdos. E essas ações geraram impactos negativos para a educação superior pública como: o sucateamento das IES federais por falta de manutenção de atividades como contas de água, luz, telefonia, compras de equipamentos, construção de novos prédios e continuidade de reformas já existentes; diminuição do número de bolsas para a assistência estudantil e pós-graduação, bem como cortes dos recursos destinados aos programas e projetos de pesquisas científicas e tecnológicas. A partir desse estudo, conclui-se que os governos dos últimos cinco anos não têm medido esforços no sentido de promover o desmonte das universidades federais, para transformá-las em organizações de serviços financiadas pelo mercado. Isso porque, a prioridade desses governos é a austeridade fiscal, ou seja, manter a todo custo a financeirização da economia e atender os interesses da classe dominante (a burguesia, os mais ricos).Resumen:
En el marco de los desafíos curriculares para la estructuración de procesos de formación en Trabajo Social, la práctica académica a partir de lo acontecido a raíz de la pandemia por Covid-19, especialmente con fines al fortalecimiento de los planes de estudios, se ha visto involucrada en procesos de reflexión y ajuste desde una postura ético política, que articula en un primer momento el papel que cumplen los actores involucrados, en segundo momento, la praxis para dar respuesta a las necesidades y al diseño de estrategias de atención a la cuestión social, que entre otras cosas guarda una relación directa desde la articulación de los procesos pedagógicos que se involucran en el aula y con ello el proceso de articulación de la tecnología o el marco técnico-operativo que se fortalecen a través del acompañamiento a las prácticas y en las oportunidades de intercambio que se dan para el análisis e interacción con la realidad. Todo ello, reconociendo la importancia de la articulación de los procesos de investigación, intervención y emancipación, que aunque parecieran estar alejados entre sí, involucran de manera activa la realidad como objeto de conocimiento que fundamenta la cuestión social y las relaciones sociales y con ello todo un panorama de acciones clave que desde lo disciplinar podría afirmarse requieren también la deconstrucción de posturas y categorías teóricas para invitar a lecturas más profundas sobre la relación de las necesidades concretas del contexto de cara a la intervención profesional, dando lugar a un proceso de criticidad que aporta a la reivindicación de la dignidad, la justicia social y la construcción de respeto por las distintas formas de vida. Lo anterior, en tanto desde la presente ponencia, producto del acompañamiento y liderazgo de procesos de formación de práctica profesional, en contextos de pandemia y posteriores, que permiten traer al escenario desafíos importantes que dan cuenta al final de estrategias y recursos que se consolidan de manera contextual y que de forma inversa dan cuenta a partir de las dinámicas propias de las personas, los grupos, las comunidades y desde los sujetos que aplican sus saberes al cuestionamiento de toda su realidad, validando con ello que las formas tradicionales de formación que con el tiempo han venido resignificándose, no implican un papel de ajuste que se cree cumple la teoría y la metodología sobre la realidad, cuando de manera significativa el papel de la investigación se materializa en el análisis dialéctico de las características propias del contexto; de ahí la importancia de preguntarse acerca de ¿qué se ocupa el trabajo social en la práctica? ¿qué discusiones teórico metodológicas y ético políticas se generan a partir de la intervención contextual? ¿cuál es el aporte de la profesión a las demandas de la sociedad en el marco de una pospandemia? En consecuencia, la presente propuesta argumentativa plantea en primer lugar, un reconocimiento desde la línea de formación de grado, sobre la importancia del debate que puede darse respecto a la práctica en coherencia con el proceso de enseñanza - aprendizaje especialmente el que se ha dado desde la pandemia, que hoy sin lugar a duda pone en consonancia el papel activo del estudiante en el marco de la puesta en marcha de procesos de pensamiento en confrontación y análisis de la política social, lo cual permite el fortalecimiento de sus capacidades hacia la consolidación de un pensamiento crítico y propositivo desde su aprendizaje y asumiendo con ello una postura ético-política profesional. En segundo lugar, reconocer las principales tensiones y deconstrucciones necesarias para formar trabajadores sociales y con ello hacer procesos de investigación - intervención que responden a la cuestión social en coherencia con las voces, los sentires y la importancia de la transversalización de las políticas públicas en clave de derechos humanos y de respeto por las diferencias y diversidad de las comunidades y grupos poblacionales. Por último, garantizar un ejercicio reflexivo de la praxis profesional y las funciones contextuales del trabajador social en tanto la práctica está generando unas distensiones, desde diversas líneas dentro de las que se encuentra por una parte, las lógicas estructurantes y con ello lo importante de analizar sus campos y escenarios de actuación profesional; por otra parte, el desarrollo y protagonismo de los métodos propios que contextualizan la intervención dando sentido de esta forma a la potencialidad del ámbito operativo instrumental y el carácter metodológico que es reconocido en los colectivos profesionales como un proceso planificado sobre el análisis de la cuestión social que le dan cada vez mayor protagonismo y posicionamiento a la actuación o praxis profesional, trayendo a su vez retos y desafíos importantes que no se restringen a responder de manera operativa a la realidad, sino que con ello, adicionalmente, se asumen posturas y se construye conocimiento que desde un enfoque socio crítico plantea una reivindicación de cara a la fundamentación teórica, metodológica y política del Trabajo Social que en este sentido otorga un lugar central a las prácticas académicas en tanto a la intervención es un rasgo diferenciador de la profesión.Resumen:
Las prácticas formativas en la Licenciatura en Trabajo Social se constituyen en escenarios que recrean la relación teoría-práctica en la diversidad de contextos que viven los estudiantes, Se conjuga paralelamente la misión académica y social de la Universidad con las trayectorias personales, formativas y laborales de los estudiantes en la intervención profesional, para configurar el ser y hacer de la profesión en la actualidad. En este sentido, la investigación ofrece datos de cómo los estudiantes construyen significados de la práctica formativa, a partir de la trayectoria académica, de la malla curricular y del sentido individual que le dan a su formación, en la intervención profesional comprendida como acción social dirigida siempre a otros. Se entiende la evolución histórica de Trabajo Social sujeta a variables como la tradición, la formación, las políticas sociales, culturales, y el mercado de trabajo.El objeto de investigación, se aproxima desde la problematización y justificación a partir de la configuración histórica de la profesión en el Departamento de Trabajo Social de la Universidad de Guadalajara. El marco teórico-conceptual en un entramado de elementos que llevan al abordaje desde el paradigma interpretativo. Se trabaja desde la Sociología comprensiva como perspectiva de análisis, la construcción social e individual de significados en las prácticas formativas; se transita, además, por la Sociología de las profesiones. La propuesta es cualitativa por su proceso inductivo, se acude al método de estudio de casos, se utilizan la entrevista, el análisis de contenido documental y la narrativa. Participan seis estudiantes del campo educativo que cursaron el último semestre (8vo), próximos a egresar e incorporarse al mercado laboral. Se realiza un análisis través de seis ejes temáticos, se recurre a la triangulación de instrumentos para una mejor comprensión de cada caso y de las prácticas formativas.En esta entrega, se expone un caso particular a través de operaciones inductivas interpretativas desde seis ejes temáticos: datos biográficos, trayectoria universitaria, significado de Trabajo Social, significado de prácticas formativas en el campo educativo, perfil de egreso y mercado laboral, docencia y tutoría; elementos que aglutinan el significado de las prácticas formativas como ensamble del proceso analítico de toda la investigación.El caso Janeth, es una estudiante que realizó sus prácticas formativas en la empresa Desarrolladora y Administradora de Comunidades Sustentables S. C. (COMUNA), la cual responde a un programa del Instituto del Fondo Nacional de la Vivienda para los Trabajadores (INFONAVIT), cuyo objetivo es cubrir la hipoteca con servicios. Muestra como las prácticas formativas la acercaron al conocimiento y experiencia real de intervención social, en la que intervino en el nivel grupal y comunitario desde la investigación, diagnóstico, planeación, ejecución y evaluación. Enfrentó la práctica desde un espacio diferente a lo que ella tenía de conocimiento previo, es decir, en el campo educativo desde un espacio no formal como lo es el fraccionamiento habitacional, trabajando en la integración de grupos con un fin común y rompiendo esquemas tradiciones de ir a escuelas y trabajar con niños. En este centro de prácticas, el desempeño fue diferente porque generó propuestas de educación y desarrollo comunitario en la búsqueda de un fin común. Rompió esquemas tradiciones de trabajar el campo educativo en espacios rígidos, para abrir posibilidades de educación social en el afán de alcanzar el posicionamiento y reconocimiento del Trabajo Social en ámbitos de la sociedad actual y su complejidad, además encontró sentido/valor social a la intervención, el dato más relevante es el sentido que le encontró la estudiante a su práctica en un espacio físico diferente a lo tradicional, particularmente en la comunidad, en donde la función es “reeducar a los colonos y contribuir a mejorar la calidad de vida”(NarrJan04pg4). Como experiencia, da pauta a reflexionar la importancia de enmarcar la intervención profesional en una interrelación de factores que la constituyen, le dan identidad, estatus y una dimensión (Prieto y Romero, 2009) desde la óptica estudiantil.Los hallazgos abonan a comprender como la formación designó prácticas, fue relacional, se generó en un tiempo y contexto, tuvo efectos personales y profesionales, educación permanente. Brindó momentos privilegiados como motor de experiencia formativa generada por una cuestión de orden técnico y profesional. comprendió su formación y el ejercicio profesional desde cualquier campo y espacio de intervención reconociendo retos (escenarios y problemáticas de la sociedad actual), así como el desafío de posicionarse y visualizarse profesionalmente en el mercado laboral.El estudio muestra como los escenarios que enfrenta la profesión son problemáticas sociales cambiantes y complejas como la injusticia, desigualdad, discriminación, violencia y cambio climático, entre otros, que requieren de un profesionista en constante formación y capacitación (posgrados), para generar propuestas de intervención reflexionadas, innovadoras y creativas, que, además, posibiliten ganar espacios laborales.El reto es lograr reconocimiento de la profesión y trascender a la aplicación de proyectos y talleres por una intervención que impacte desde cualquier campo, que genere un auténtico cambio social. Se estima necesario, adecuar y renovar los contenidos del plan de estudios visualizando la heterogeneidad y dinámica de las sociedades, precisando con ello un perfil de egreso acorde a las problemáticas que vive la sociedad.Resumen:
A centralidade da categoria trabalho para compreensão das relações de produção e reprodução do ser social e do modelo de sociabilidade vigente passaram a se constituir em fundamento imprescindível para análise da questão social nos marcos das contradições observadas no modo de produção capitalista. Compreender o trabalho como categoria fundante do ser social, possibilitou ao Serviço Social brasileiro de cariz crítico, uma guinada na sua produção acadêmica e no modelo de intervenção profissional, em recusa as perspectivas positivistas, existencialistas e outras fundadas no âmago das derivações dos valores religiosos e conservadores. A razão ontológica/dialética se manifesta precisamente em algumas produções do conhecimento que datam dos anos 1980, com maior destaque para algumas obras de meados dos anos 1990, são exemplos as produções de Iamamoto & Carvalho (2003); Netto (2006, 2008); Guerra (2002); Pontes (2002); além de vários artigos publicados na Revista Serviço Social & Sociedade. Tais produções demonstram a recusa ao idealismo, ao irracionalismo e as tendências regressivas que atravessaram o processo de formação em Serviço Social desde seu surgimento no Brasil. O debate sobre o processo de surgimento do Serviço Social e das definições acerca das atribuições do/da assistente social no mundo e na América Latina é revestido de visões e interpretações heterogêneas que demarcam contradições no tocante à natureza da profissão, seu desenvolvimento e amadurecimento teórico e metodológico. As contradições também estão relacionadas com as diferentes interpretações da questão social, cuja heterogeneidade pode ser constatada dentro do próprio campo da tradição marxista. Aqui, destacamos a necessidade de constantes investimentos nos estudos sobre a organização da classe trabalhadora, as estratégias de resistências e lutas de classes, abarcando o movimento dialético entre consciência e alienação. A pesquisa aqui esboçada, dialoga frontalmente com dois Grupos Temáticos de Pesquisa (GTP) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), são eles: 1) Trabalho, Questão Social e Serviço Social; 2) Serviço Social: Fundamentos, Formação e Trabalho Profissional. Sua relevância está demarcada pela necessidade de identificarmos as especificidades das expressões da questão social no Estado de Mato Grosso, na sua relação com as determinações e particularidades brasileira e seu rebatimento na formação em Serviço Social nas escolas do estado, particularmente no curso de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que em 2020 completou 50 anos de existência. Nesse tocante, a construção de uma memória documental e consequentemente de um inventário dessa trajetória do curso – que foi o primeiro e único do Estado de Mato Grosso por mais de 30 anos até surgirem os cursos nas instituições privadas, sendo até hoje o único curso de instituição pública e gratuita –, se coloca como atividade imprescindível para os estudos que reúnem e analisam as tendências da formação e do trabalho profissional num país de extensão territorial continental. A pesquisa é continuidade e complementaridade aos estudos e investigações realizados no âmbito do projeto: “Formação Profissional em Serviço Social na UFMT: História e Direção Político-pedagógica”, realizada entre os anos de 2018 e 2020. Dessa forma, a pesquisa se expressa por meio do objetivo geral de analisar as transformações no mundo do trabalho e as expressões da questão social demarcadas no processo de formação em Serviço Social em Mato Grosso, com ênfase no percurso das últimas cinco décadas, apreendendo as determinações, os fundamentos e as tendências que se expressam no movimento histórico e na atualidade. Abarcando os seguintes objetivos específicos: Identificar como a categoria trabalho se manifesta no processo de formação em Serviço Social e quais perspectivas teóricas indicam; Identificar as determinações e as estratégias de enfrentamento às expressões da questão social no âmbito estatal e na formação acadêmica; Analisar a incidência da especificidade e transversalidade da abordagem sobre questão social no processo de formação profissional em Mato Grosso; Identificar como a dimensão da luta de classes se manifesta no contexto estadual e no processo de formação acadêmica; Avaliar a unidade teoria-prática e a abordagem da questão social no estágio supervisionado; Identificar como se manifesta a abordagem do binômio alienação-consciência na formação em Serviço Social; Inventariar os elementos que marcaram os 50 anos de formação em Serviço Social no estado de Mato Grosso; Adensar a análise dos Projetos Pedagógicos e da documentação institucional sobre a trajetória do curso de Serviço Social da UFMT e de outras instituições que ofertam o curso. A pesquisa de cunho qualitativo, está ancorada na coleta de dados através de fontes primárias que são informações construídas no contato direto com os sujeitos, e fontes secundárias que se referem aos dados obtidos por meio de fontes bibliográficas e documentais (MINAYO, 2012). Foi realizado o levantamento bibliográfico, com análise de referências correlacionadas às categorias centrais para a pesquisa, dentre as quais: artigos, livros, dissertações, teses e outros. Posteriormente foi realizado o levantamento documental. Essa etapa consistiu no processo de selecionar as fontes originais, mapear documentos jornalísticos de fontes confiáveis e checadas, catalogação dos dados das instituições que atuam nas expressões da questão social, descrição da memória sobre a formação profissional em Serviço Social por meio dos projetos pedagógicos que subsidiaram o desenvolvimento do curso da UFMT e de outras instituições, demarcando as dimensões que exigem aprofundamento analítico, e delimitando as categorias teóricas e empíricas, no sentido de melhor organizar, interpretar e analisar os dados coletados no decorrer da pesquisa. Através da análise documental foi possível conhecer os projetos e estruturas curriculares do curso de Serviço Social da UFMT, bem como, realizar análise dos Projetos Pedagógicos na trajetória do curso e, ainda, conhecer as ações desenvolvidas para fortalecer a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Os dados obtidos estão sendo apresentados e socializados na forma de artigos, capítulos de livros e organização de livro/coletânea, e comprovaram a necessidade de constante monitoramento do processo formativo no sentido de zelar e radicalizar a centralidade do trabalho e da questão social, apontados nas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), orientados pela ontologia do ser social.Resumen:
Apresentamos algumas reflexões a partir de um estudo teórico-metodológico ancorado na pesquisa de doutorado realizada no Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UNESP/Franca e dos estudos a partir da participação no Grupo de Estudos e Pesquisa em Serviço Social (GEFORMSS), cuja temática é os dez anos da Política Nacional de Estágio em Serviço Social. Nos últimos anos o mundo tem vivenciado uma crise sanitária sem precedentes com a COVID-19 que refletiu nas condições de vida e de sobrevivência da população de forma planetária: a ameaça à vida com milhares de mortes, a necessidade de medidas de isolamento e prevenção do contágio e o desenvolvimento e ao mesmo tempo de políticas públicas de garantia de renda, o aumento do número de violências de diversas formas no campo e na cidade, a necessidade de produção de vacinas para conter as mortes pelo novo coronavirus, foram o centro dos debates e produção do conhecimento no mundo. No Brasil essa realidade se agravou diante das particularidades de sua formação sócio-histórica e da conjuntura atual: uma realidade marcada por altos níveis de desigualdade, trabalho informal e o desmonte de políticas públicas, que a partir do ideário neoliberal tem tornado cada vez mais fragmentadas, pulverizadas e destinadas a uma parcela ínfima da população, não garantindo direitos sociais e a proteção social necessária. Estes ataques se assentam no atual estágio de desenvolvimento das forças produtivas, onde o capital financeiro e bancário atrelado ao capital produtivo, conseguem garantir altas taxas de lucros e de acumulação. Nesta atual fase de acumulação, formas de trabalho precárias como a uberização, regime de contratos temporários tornam-se as principais formas de contratação. Essas formas de trabalho não são medidas isoladas, com as reformas previdenciárias e os desmontes dos direitos trabalhistas, o aumento do desemprego e formas de trabalho informais; observa-se o agravamento da questão social, refletindo na insegurança da população em garantir sua reprodução social e sobrevivência. Aliado a este contexto, temos a divulgação de informações por setores conservadores da sociedade contra a ciência, a eficácia das vacinas e proliferação de notícias em torno de medicações não comprovadas cientificamente no combate a COVID-19. Agências de fomento a pesquisas como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tiveram o risco de não darem continuidade a várias bolsas de incentivo a pesquisa, principalmente as de modalidade de Iniciação Científica. Contraditoriamente, o capital financeiro e produtivo tem experimentado altas taxas de crescimento. Entender criticamente esse cenário é fundamental para analisar a crise sanitária no seio da lógica da sociedade capitalista: ou seja, não é somente uma crise conjuntural marcada pela pandemia de COVID-19, ela se insere numa crise econômica mundial, onde setores da economia como a de saúde, do trabalho, da previdência, da assistência social, da educação, tem sofrido diversos ataques muito anteriores a pandemia, sendo que no atual contexto tem se agravado de forma brutal, não conseguindo garantir condições mínimas de sobrevivência e de defesa a vida para a maioria da população. O capital na sociedade brasileira, atrelada a uma classe dominante conservadora, acaba adquirindo contornos perversos, o fomento de discursos conservadores, reacionários, preconceituosos, tomam a ordem do dia como sendo naturais e de liberdade de expressão. A necropolítica brasileira, com discursos obscurantistas de ataque a ciência, o incentivo a ações contra as medidas de prevenção e a desqualificação da letalidade do vírus e o atraso nas vacinas levou milhares de brasileiros à morte.Além dos ataques sinalizados no campo da ciência e das universidades públicas e agências de fomento, as reformas em curso no campo da educação, tem contribuído para uma formação profissional cada vez mais tecnicista e aligeirada, refletindo projetos de educação em disputa na nossa sociedade. O incentivo as modalidades de educação à distância, tem contribuído para uma formação cada vez mais mercantilizada e precarizada. Com a pandemia, o ensino remoto emergencial tornou-se medida necessária frente ao contágio e disseminação do novo coronavírus, como forma de preservação da vida e da saúde da população. Mas é fundamental analisar quais os rebatimentos dessa forma de ensino no atual contexto, marcado pela reforma educacional elucidada, onde o ensino à distância, dentro do contexto expansionista da educação mercantilizada e precarizada, é incentivada por uma política ultraliberal. No cenário brasileiro, observou-se que o ensino remoto emergencial aconteceu com diversas problemáticas: escancarou os níveis de desigualdade de acesso à educação no Brasil e das condições de vida da classe trabalhadora, seja em relação ao acesso a recursos tecnológicos e mídias digitais, seja nas condições econômicas dessa classe, diante da dificuldades de muitas/os discentes de retornarem para suas residências ou de medidas de políticas de permanência estudantil neste período. As dificuldades de acesso as tecnologias digitais por docentes e discentes, diante dos despreparo e a intensificação do trabalho docente, além dos desafios para garantir a qualidade do ensino nesta modalidade. Atividades de pesquisa e extensão, viram-se comprometidas na graduação e pós-graduação.Estas reflexões estão no bojo do debate acadêmico-científico do Serviço Social brasileiro, diante da necessidade de preservação da qualidade da formação profissional em Serviço Social, que tem nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, aprovadas em 1996, os princípios para sua realização, garantindo a formação de um perfil profissional crítico e competente capaz de desvelar a realidade social e criar respostas de intervenção que estejam alicerçadas no projeto ético-político profissional.A profissão nos últimos anos tem produzido conhecimento sobre a realidade brasileira em relação a atuação profissional, as políticas públicas e sociais – principal campo de atuação profissional – sendo divulgado e debatido através de congressos, revistas qualificadas e livros, contribuindo para o fomento de políticas públicas e qualificando o exercício profissional. É fundamental defender a formação profissional de qualidade, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares e pela Política Nacional de Estágio em Serviço Social, que são contrários a uma formação aligeirada, acrítica e tecnicista, preconizada pela reforma educacional em curso em nossa sociedade. É necessário entender a crise sanitária no bojo da crise capitalista, a partir de projetos de educação em disputa na nossa sociedade e defender a qualidade da formação profissional conforme preconizado pela categoria profissional através das Diretrizes Curriculares.Resumen:
O objetivo deste artigo é analisar o atendimento da população em situação de rua na área da Política de Assistência Social no contexto da pandemia da COVID-19, conjuntura que impõe desafios diante da processo de desigualdade social que é parte constitutiva da realidade social brasileira. Será realizada revisão bibliográfica e documental, sistematização de dados primários sobre o atendimento realizado pela órgão responsável em nível local. A política de assistência social constitui-se enquanto um dos tripés da Seguridade Social Brasileira. As lutas sociais no contexto da Constituição Federal de 1988 contribui para o avanço legal e normativo no que concerne aos direitos sociais. E a referida política, historicamente clientelista e com caráter assistencialista, baseada na “cultura do favor”, assume o caráter de direito social e sobretudo de responsabilidade do estado. Couto, Yasbek e Raichelis (2011, p. 33) destacam que a: A Constituição Federal em vigência no país desde 1988 (Capítulo II, artigos 194 a 204) e a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993), trouxeram a questão para um campo novo: o campo da Seguridade Social e da Proteção Social Pública, campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. Do ponto de vista normativo, pode-se citar a Política Nacional de Assistência Social (2004), Sistema Único de Assistência Social (2005), a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social– NOB-RH/SUAS (2006), o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (2009), dentre outras que visam organizar a implementação dos chamados serviços socioassistenciais. A assistência social é implementada por meio dos seguintes tipos de proteção: I - Proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social que visa prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; II - Proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos cujo objetivo é contribuir para a reconstrução dos vínculos familiares e comunitários, para a defesa de direitos, ou para o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para a enfrentamento de situações de violação de direitos. É para a vigilância socioassistencial, dois instrumentos de proteção da assistência social que identificam e previnem situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos não territoriais. A proteção social básica e especial será ofertada pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações assistenciais vinculadas ao Suas, respeitando as especificidades de cada ação. (LOAS, 2011, p. 01)No âmbito da referida política existem programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais que são implementados no âmbito da Proteção Social Básica por meio dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS; Proteção Social Especial de Média Complexidade – PSEMC por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, Centro Pop de atendimento à população em situação de rua e Centro Dia de Referência para o atendimento às pessoas com deficiência e suas famílias; e Proteção Social Especial de Alta Complexidade – PSEAC através dos espaços de acolhimento em diversas modalidades. Ressalta-se que a gestão da política depende das particularidades de cada município. Nesse contexto, a inclusão ou atendimento da população em situação de rua, no município de Belém – Pará, é realizado pelos CREAS, Centro Pop e espaços de acolhimento. Ressalta-se que a assistência social está inserida em um conjunto de intervenções do Estado capitalista diante das expressões da “questão social”. Behring e Boschettti (2010, p. 51-52) expõem o caráter contraditório das políticas sociais no Modo de Produção Capitalista: As políticas sociais e o formato das normas de proteção social se desfazem e ao mesmo tempo respostas e formas de enfrentamento – em geral setorializadas e fragmentadas – como expressões multifacetadas da busca social não capitalista, cujo fundamento se encontra nas relações de exploração de capital sobre o trabalho. Uma questão social se expressa em suas reflexões [...] e, por outro lado, os sujeitos históricos engendram formas de seu enfrentamento. No entanto, sua origem está na forma como os homens se organizam para produzir um determinado momento histórico, como vimos, ou da constituição das relações sociais capitalistas – e que têm continuidade na esfera da reprodução social. O surgimento das políticas sociais está articulado com as lutas sociais, no contexto de consolidação do capitalismo monopolista, conforme afirmativa de Netto (2006, p. 30) o Estado no “capitalismo monopolista procura administrar as expressões da “questão social” de forma a atender às demandas da ordem monopólica conformando, pela adesão que recebe de categorias e setores cujas demandas incorpora, sistemas de consenso variáveis”. É necessário inserir a população em situação de rua no contexto de produção e reprodução da sociedade capitalista, na qual a riqueza é socialmente produzida, mas é apropriada por poucos. Marx (2017, p. 719 – 720) afirma que: Quanto maior forem as camadas lazarentas da classe trabalhadora e o exército industrial de reserva, tanto maior será o pauperismo oficial. Da mesma forma, os trabalhadores que vivem em situação de rua são impactados pelas mais diversas expressões da “questão social” como falta de moradia, emprego e renda, saúde, fome. Assim, Constitui um desafio para o campo das políticas sociais, pois requer a articulação das políticas públicas e de outros segmentos da sociedade, considerando o atual contexto de destruição de direitos, de avanço do conservadorismo é imperativo analisar esse fenômeno a partir de uma perspectiva crítica da totalidade da vida social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COUTO, Berenice. YASBEK, Maria Carmelita. RAICHELIS, Raquel. Yasbek e Raichelis. A Política Nacional de Assistência Social e o SUAS: apresentando e problematizando fundamentos e conceitos. 2ª edição. São Paulo. Cortez. 2011. BEHRING, Elaine Rossetti. BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e história. 7ª Edição. São Paulo. Cortez. 2010. MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. 2ª edição. São Paulo. Boitempo. 2017. NETTO, José Paulo. O capitalismo monopolista e Serviço Social. 5ª edição. São Paulo. Cortez. 2006.Resumen:
A pandemia da COVID-19 tem dizimado a vida de milhares de pessoas no Brasil. As mulheres negras, são entre as grávidas, as que mais têm morrido acometidas pelo vírus, representando o dobro em relação a mulheres brancas na mesma condição. A pandemia também revela como a precarização das políticas públicas incide sobre a sorte dos mais de 50% de brasileiros, autodeclarados pretos e pardos. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade divulgou que 67% das pessoas no país que dependem do Sistema Único de saúde são negras. E que esse segmento é o mais acometido por doenças como hipertensão, tuberculose, diabetes e outros – todos considerados agravantes para o desenvolvimento de quadros mais graves da Covid-19. A letalidade do vírus foi assim mais intensa entre a população negra brasileira. Dados que demoraram a ser apresentados pois o quesito raça/cor tardou em ser preenchido nas unidades de saúde. Em meio a isso, supremacistas brancos disseminaram a ideia de que apenas os mais fracos seriam acometidos pela doença. Os mais fortes sobreviveriam. No Brasil a repercussão foi similar. Isso remonta, sem dúvidas, os princípios eugênicos. Como compreender no Brasil e América Latina o surgimento de legislações sociais que ganharam corpo em políticas sociais por meio de seus serviços e benefícios, descontextualizado do debate sobre nação, eugenia e raça? Nas primeiras décadas do século XX esse debate estava posto em todos os setores da vida social. A eugenia teve papel importante no debate acerca do desenvolvimento econômico da América Latina (STEPAN, 2005). A brancura era, por excelência, um dos símbolos das pessoas consideradas as melhores da espécie, logo, as aptas à reprodução. O progresso, o trabalho, o desenvolvimento econômico apareciam inteiramente ligados às nações da Europa Ocidental. A associação entre a brancura e o crescimento dessas nações tornou-se um princípio defendido pela ciência. As sociedades latino-americanas desejavam ser “desenvolvidas”. Logo, desejavam ser brancas.O Brasil, como outros países latino-americanos, com histórico colonial escravista, buscava dissociar este passado de sua imagem garantindo outro tipo de inserção na economia mundial. Um dos empecilhos a esse projeto encampado pelo Estado era a massiva presença de pessoas negras, mestiças e indígenas. A inviabilidade da nação brasileira era atestada desde o século XIX por viajantes estrangeiros que ao chegar no Brasil condenavam o perfil racial da população, majoritariamente negra e mestiça. Era preciso criar um povo para o Brasil, construir uma nação brasileira, preferencialmente embraquecida. A tarefa coube ao Estado, às suas elites e intelectuais. A Primeira Guerra, como parte desse novo momento do capitalismo europeu e seu espraiamento no mundo, fortaleceu o nacionalismo na Europa, mas aumentou o fluxo já considerável de imigrantes brancos europeus para países como o Brasil. Um fluxo desde antes incentivado e subvencionado pelo Estado e que dialogou perfeitamente com os dilemas frente ao futuro da nação. E como visto, por um lado, havia os que atestavam a inviabilidade de uma nação para o Brasil devido à mestiçagem, mas por outro, havia os que acreditavam que justo o mal da mestiçagem, e a possibilidade de embranquecer a população, nos redimiria como nação apta ao progresso capitalista. Renato Kehl foi um dos mais importantes representantes da eugenia no Brasil. Foi ele o fundador da Sociedade Eugênica de São Paulo em São Paulo, depois da Liga de Higiene Mental no Rio de Janeiro e antes disso o organizador do Primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia (STEPAN, 2005). Renato Kehl fundou no ano de 1929 o Boletim da Eugenia. Ali publicava também em alemão os resumos de seus artigos e, por vezes, elogiou as iniciativas alemãs. Nos anos 1930 Kehl assumia publicamente seu abandono à ideia de miscigenação construtiva, tornando-se aliado da eugenia dos Estados Unidos e Alemanha e a miscigenação passou a ser retratada como perigo. Oliveira Vianna foi um dos idealizadores da Consolidação das Leis Trabalhistas (1945). Vianna acreditava piamente na possibilidade de arianização da sociedade brasileira. Se prontificou à identificação dos “tipos brasileiros”. Por influência de Viana, Kehl, Roquette-Pinto e outros eugenistas fariam parte de importantes comissões para decisões de assuntos de Estado. Oliveira Vianna acreditava no atavismo e mesmo na degenerescência dos mestiços, mas como outros defendia que sucessivamente haveria um apuramento racial no Brasil, resultando no branqueamento, na arianização. Sob esse contexto se torna fértil a análise da política social e sua tensa relação na relação entre classes sociais racializadas. Não por acaso durante a COVID-19, uma série de mobilizações produzidas nas periferias em todo o país e protagonizadas pela população negra ganharam destaque ao mesmo tempo em que a via estatal respondeu à miséria ampliada pela pandemia com lentas ações ou com inações, que as fizeram ser comparadas a princípios eugenistas em sua versão extremada. ¹Cf. G1. Mortes por Covid-19 são o dobro entre mulheres grávidas pretas em relação a brancas no Brasil, mostra estudo. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/30/mortes-por-covid-19-sao-o-dobro-entre-mulheres-gravidas-pretas-em-relacao-a-brancas-no-brasil-mostra-estudo.ghtml>. Acesso em: 30 jul. 2020.² Cf. G1. Coronavírus é mais letal entre negros no Brasil, apontam dados do Ministério da Saúde. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/11/coronavirus-e-mais-letal-entre-negros-no-brasil-apontam-dados-do-ministerio-da-saude.ghtml>. Acesso em: 11 jul. 2020.³NYT. The Coronavirus Becomes a Battle Cry for U.S. Extremists. Disponível em: <https://www.nytimes.com/2020/05/03/us/coronavirus-extremists.html>. Acesso em: 30 jul abr. 2020. COSTA, Gracyelle. Raça e nação na origem da política social brasileira: União e Resistência dos trabalhadores negros. 2020. 291f. (Doutorado em Serviço Social). Faculdade de Serviço Social. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.STEPAN, Nancy. A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2005.
Resumen:
O presente estudo versa sobre a relação entre neoliberalismo, desigualdade e a pandemia de COVID-19 tendo como objetivo analisar as implicações do ajuste fiscal estrutural para o agravamento da pobreza e da desigualdade social na pandemia da COVID-19 no Brasil (2020-2021). Essa questão de pesquisa se justifica exatamente porque, no contexto da pandemia mundial, a situação interna do Brasil adquiriu tons dramáticos, com elevado percentual de infecção e de mortalidade na população desassistida, além de se verificar a tendência de agravamento nos indicadores de pobreza e das desigualdades sociais, com destaque para o aumento do desemprego, a queda na renda dos trabalhadores, a gravidade da insegurança alimentar e nutricional, recolocando o Brasil no mapa mundial da fome. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quanti-qualitativa, realizada a partir de estudos bibliográficos, coleta de dados em fontes secundárias - como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e a Síntese de indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, além de levantamento de informações documentais a partir da análise dos documentos do Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos (INESC) que realizam um balanço do orçamento geral da União debatendo ações realizadas e prioridades no gasto público. Uma análise realizada a partir de uma leitura crítica da realidade fazendo uma apreensão do real para além de sua aparência fenomênica ao ter como método o materialismo histórico-dialético. A análise dos indicadores de pobreza e de desigualdade aqui realizada antes da chegada da pandemia e durante o seu decorrer no país, mostra que ocorreram agravamentos nos indicadores da insegurança alimentar, da pobreza e do desemprego, ressaltando-se a necessária atuação do Estado para proteção sanitária e social. Mas, conforme analisado, o Estado encontrava-se de “calças curtas” diante das medidas neoliberais de austeridade fiscal. Mesmo com a flexibilização de algumas medidas estruturais do ajuste fiscal que vinham sendo adotada nos últimos anos, no primeiro semestre de 2020 a União conseguiu destinar quase R$ 400 bilhões de reais para enfrentar os efeitos da crise sanitária e social através da iniciativa de auxílios e programas, enquanto que, em 2021, esse valor para enfrentamento da pandemia no primeiro semestre do ano consistiu em apenas R$ 98 bilhões. Ou seja, o orçamento do primeiro semestre de 2021 é pelo menos a metade do que o que foi destinado por semestre em 2020, mesmo sendo um ano com agravamento da pandemia e aprofundamento das desigualdades no país, conforme sinalizado na análise dos indicadores com aumento do desemprego e da insegurança alimentar. Isso ocorre ao mesmo tempo em que o orçamento de 2021 tem priorizado emendas parlamentares e diminuído o investimento direto nos sistemas únicos das políticas sociais. Da mesma forma, o setor financeiro que especula com os títulos da dívida pública também foi beneficiado, pois o Banco Central elevou a taxa básica de juros, Selic, em 0,75% passando de 3,5% para 4,25% ao ano, o que pode significar um aumento de R$ 100 bilhões de reais da dívida pública brasileira em 2021, conforme estudo Balanço Semestral do Orçamento Geral da União realizado pelo INESC em 2021. Assim, o discurso da responsabilidade fiscal e da necessidade de austeridade utilizado para justificar a falta de recursos para o enfrentamento da pandemia em 2021 e para garantir o financiamento adequado das políticas sociais, não se aplica quando as verbas públicas se destinam ao pagamento de juros da dívida pública ou para a liberação de emendas parlamentares acordadas entre o Planalto e a base de apoio parlamentar ao Governo no Congresso Nacional. Nesse cenário, o vírus da desigualdade se exacerbou no país, aproveitando a baixa capacidade do Estado em garantir os direitos humanos da população brasileira. Evidenciou-se, ao mesmo tempo, que as desigualdades no país apesar de atingirem toda a população recaíram com maior impacto nas regiões Norte e Nordeste, reiterando as desigualdades regionais e indicando uma questão de pesquisa a ser aprofundada em estudos posteriores sobre como as desigualdades entre as regiões se exacerbaram na pandemia. Apesar das limitações do ajuste fiscal para atuação do Estado, do agravamento da pobreza e da desigualdade na realidade brasileira e do aviltamento das condições de vida da classe trabalhadora, a resistência popular que insurgiu nas ruas em plena pandemia demonstra que, apesar das determinações do capital, não estamos diante de um fatalismo histórico, tendo em vista que a história é um processo aberto. Sendo assim, tanto a atuação do Estado quanto os rumos da sociedade no futuro, encontram-se em disputa, de modo que, apesar desse país desigual e injusto ainda não estar efetivamente a serviço do seu povo, ainda há resistência na realidade com os movimento sociais lutando para que este país possa ser, um dia, para “além do capital”. Um país de todo homem e de toda mulher, como diz os versos do poeta Carlos Drummond de Andrade anunciando a “Cidade prevista”, em que haverá “uma cidade sem portas, de casa sem armadilha, um país de riso e glória como nunca houve nenhum. Este país não é meu nem vosso ainda, poetas. Mas ele será um dia o país de todo homem”.Resumen:
Este trabajo abordó la situación de las mujeres de la Comunidad “Chakore”, de la ciudad de Repatriación, departamento de Caaguazú, República del Paraguay; en el mismo se recogieron experiencias de vida y participación de mujeres campesinas en pos a su derecho a la tierra, las iniciativas estatales y los obstáculos al respecto.El objetivo principal fue describir experiencias de participación de mujeres campesinas de la Comunidad Chakore en el marco de la Reforma Agraria. En efecto, el artículo 115 de la Constitución del Paraguay establece que uno de los objetivos de la reforma agraria será la participación de mujeres campesinas en igualdad de condiciones con los hombres. Basado en lo anterior, primeramente, se buscó identificar iniciativas estatales que dieran cuenta de dicho mandato. En segundo lugar, se persiguió determinar los principales obstáculos para el cumplimiento del articulado. Fue una investigación aplicada de enfoque cualitativo, de tipo exploratorio y descriptivo. Tuvo como población a las mujeres de la comunidad Chakore y tomó como muestra a doce mujeres, con el criterio de selección de informantes clave, mayores de edad e integrantes del Comité de Mujeres. Como técnicas, se realizaron entrevistas y grupo focal con las mujeres del Comité y también un diagnóstico participativo abierto a todos los miembros de la comunidad. Los instrumentos fueron guías de preguntas pertinentes en cada caso. Los datos arrojados se analizaron mediante un paradigma interpretativo categorial. Cabe mencionar que todas las mujeres entrevistadas fueron informadas de los fines y métodos de la investigación, guardando con confidencialidad sus identidades. Tras finalizar este estudio, se compartieron los resultados con las mismas y con la comunidad en general.Entre los principales hallazgos, se encontró muy poca experiencia de participación de las mujeres de Chakore en alguna organización campesina departamental o nacional, debido a complejas problemáticas internas de la comunidad, como la extrema precarización económica, que empuja a pobladores a la venta de sus productos a precios irrisorios a los acopiadores (como ser grandes supermercados); así como al alquiler de sus tierras a extranjeros (brasileños), a ser destinadas mayormente para el cultivo de soja en condiciones ilegales, a través de la utilización de agroquímicos dañinos, que ya dejan ver sus secuelas en el ambiente y en la salud de los habitantes de Chakore. Otra, es la emigración forzada de la fuerza de trabajo joven a otras ciudades o países en busca de mejores oportunidades. Todo esto ha llevado a un estancamiento en el desarrollo de la comunidad ante una total ausencia de políticas públicas pertinentes. Sin embargo, a iniciativa de una lideresa de la comunidad (Doña Ceferina), integrante de la Coordinadora Nacional de Mujeres Rurales e Indígenas (CONAMURI), se ha promovido la constitución un Comité de Mujeres. En él, las mujeres se reúnen e intercambian ideas sobre las realidades de la comunidad. En cuanto a iniciativas estatales de promoción de la participación de mujeres campesinas en igualdad de condiciones con los varones, la historia de la comunidad reveló que Chakore se funda excluyendo a las mujeres del proceso, cuando el dictador Alfredo Stroessner asignó tierras solamente a varones excombatientes de la Guerra del Chaco, en la década de los años 60. Sigue pendiente, en la reforma agraria constitucional y en la lucha por la tierra en Paraguay, la incorporación efectiva de la perspectiva de género, en las políticas públicas y en las prácticas de organización ciudadana campesina.No se registraron experiencias relevantes de participación de mujeres de Chakore en la reforma agraria. A nivel externo, algunas de sus referentes participaron en capacitaciones con CONAMURI y a nivel interno, constituyeron un Comité de Mujeres, pero que no ha logrado concretar ningún proyecto aún. Sin embargo, esto no se debe a un desinterés de las pobladoras, al contrario, las mismas se organizaron a pesar de las adversidades. En primer lugar, identificamos una ausencia de políticas públicas que promuevan el acceso a la tierra y a la reforma agraria en condiciones de igualdad para hombres y mujeres en Chakore no sólo en la actualidad, sino ya desde la fundación misma de la comunidad, en la que las mujeres fueron excluidas del proceso. Este incumplimiento del Estado de sus mandatos constitucionales se refleja en diversas problemáticas socioeconómicas que ponen en peligro grave la sostenibilidad de la comunidad. La población en general y especialmente las y los jóvenes se ven obligados a emigrar a las grandes ciudades dentro o fuera del país para tener oportunidades de educación y trabajo. En relación a la tierra y la producción, el cultivo de autoconsumo apenas alcanza para la subsistencia de las familias, quienes se ven compelidas a vender sus productos a precios irrisorios a acopiadores o a alquilar sus tierras para el cultivo de soja transgénica a extranjeros; esto último, con todos los peligros que ello trae para la salud humana y el medio ambiente. Los principales obstáculos para la participación de la mujer campesina en igualdad con el hombre en la reforma agraria son el incumplimiento de los mandatos legales por parte de las instituciones del Estado, así como la insuficiente formación en sus derechos. Estos obstáculos se reflejan en el hecho de que luego de décadas de la sanción de la Constitución vigente de 1992, sólo dos mujeres han podido acceder a la propiedad de la tierra, pero por medio de herencia tras viudez y no por derecho propio. Las mujeres han buscado generar algunas experiencias de participación, a través de CONAMURI y del Comité de Mujeres local, pero aún no han podido concretar ningún proyecto desde estos espacios. Identifican como un obstáculo para la participación, la creciente “desculturalización” de la organización en el campesinado paraguayo. Los resultados de esta investigación aportan a demostrar las insuficientes políticas públicas para el desarrollo de la reforma agraria con equidad de género. Así mismo se demuestra el incumplimiento del mandato constitucional previsto en el inciso 10 del artículo 115. No será posible una reforma agraria real sin la incorporación de la equidad de género.
Resumen:
Dentre como alavancas da acumulação primitiva, Marx (2017a) chama atenção para a dívida pública, comutada a partir das relações contratuais envolvendo o Estado e os credores - detentores do capital portador de juros. Associado à dívida pública, a tributação também tem um papel enquanto alavanca da acumulação (MARX, 2017a). Dada a particularidade do Estado no capitalismo, ambas – a dívida pública e a tributação – viabilizaram a desapropriação dos trabalhadores, pois, em última instância, são os trabalhadores que produzem a riqueza social. A dívida pública é um dos elementos que integram a formação sócio-histórica brasileira; ao longo do século XX, o Estado brasileiro contratou empréstimos no exterior com o objetivo de financiar o desenvolvimento nacional; em grande medida, os recursos advindos dos empréstimos foram direcionados pelo Estado na indução da industrialização. Na ditadura militar, instaurada em 1964, a construção de projetos de desenvolvimento tal qual o "Brasil Potência" e os Planos Nacionais de Desenvolvimento (I, II e III PNDs) foram financiados pelo meio do endividamento – penhorando o futuro. É que os mutuários cederam como cláusulas conditizais, exigindo a compra de máquinas obsoletas que nós países centralizam. Diante da crise estrutural deflagrada na final dos anos 60, os Estados Unidos garantem sua posição hegemônica pelo meio da guerra e do dólar, que permaneceu como moeda hegemônica mesmo com o fim do acordo de Bretton Woods; essa estratégia envolveu a dívida pública; tendo como marco a decisão de Paul Volcker presidente do Federal Reserve Bank (FED), em 1979, quanto à ampliação das taxas de juros que resultou no crescimento explosivo das dívidas, levando os países latino-americanos à crise da dívida nosanos de 1980. A decisão unilateral do FED aumentou os juros dos empréstimos tomados nos acordos de taxas flutuantes, aumentando o peso das dívidas públicas no orçamento dos Estados nos países dependentes. Essa estratégia elevou a circulação de capitais fictícios, pois, inflou as dívidas pelo meio da rolagem de juros sob juros. Diante disso, dois momentos foram fundamentais para o fortalecimento do capital financeiro, foram eles: a titulação das dívidas públicas, na década de 1980; e a ampliação dos mercados (fundos de pensão, fundos mútuos, seguradoras etc.), na década de 1990; resultando no crescimento da dívida e do capital fictício. O capital portador de juros, representado na fórmula (D-D') e o capital fictício foram descritos por Marx como ou "fetiche autômato perfeito" (1991, p. 451); Ambas como formas, para serem valorizadas dependem da apropriação privada do excedente econômico produzido pela força de trabalho. Essas formas angariaram espaço no seio da ofensiva neoliberal pelo meio das desaduções e privatizações. A incorporação da agenda neoliberal no Brasil tem resultado na desmontagem da proteção social conquistada na Constituição Federal, em 1988, com incontestes variações os governos brasileiros optaram pela adoção do neoliberalismo. O orçamento público brasileiro está condicionado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), instituída em 1994 e ainda em vigor. A LRF impõe que o orçamento público priorize como despesas com pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Somam-se uma série de contrarreformas nas políticas sociais que resulta no desmonte dos direitos sociais, por meio da focalização e desmonte do ano. Diante disso, apesar das imposições neoliberais ditadas por organismos internacionais vigorarem desde os anos 1990 no Brasil, como crises abertas, pós-crise de 2008, evidenciam a instabilidade do capital financeiro dada à crescente massa de capitais fictícios circulantes mundialmente. Uma ofensiva neoliberal se aprofunda a partir do golpe institucional que depôs à presidente Dilma Rousseff, em 2016, expressando ou antidemocrático caráter da burguesia brasileira. Nesse sentido como principais medidas adotadas no governo Temer, foram a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), ampliando o percentual de desvinculação do orçamento da seguridade social brasileira, de 20% para 30%; e a aprovação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que estabeleceu o Novo Régimen Fiscal, resultando no desfinanciamento das políticas sociais. Considerados esses elementos, a proposta presente de artigo de visto aprender a dívida pública, enquanto modalidad de transferência de valor, e sua relação com a (des) proteção social brasileira durante o governo Bolsonaro. Para tal, recorremos ao método crítico-dialético, fundamentado nas categorias: totalidade, contradição e mediação, entendendo-o como arcabouço fundamental para apreensão do real. Ainda, passamos por pesquisas bibliográficas e documentais, como forma de reconstrução ou objeto de pesquisa. Uma conjuntura posterior ao golpe teve como desdobramento a retomada do poder por parte dos partidos da extrema-direita, culminando na eleição do governo Bolsonaro (2018- em andamento). O governo Bolsonaro, com fortes traços fascistas, adotou uma política de radicalização do neoliberalismo, com alinhamento político aos Estados Unidos; não âmbito econômico, favoreceu as privatizações e a oferta de subsídios fiscais às grandes empresas, estrangeiras e nacionais; além disso, a nuca a ofensiva contra a classe trabalhadora simbolizada na aprovação da contrarreforma previdenciária e no desmonte de direitos nas políticas de assistência social, saúde, educação, habitação e etc. Esse desmonte foi evidenciado na ausência de recursos para as políticas sociais durante a pandemia de Covid-19. Nessa conjuntura, o balanço do orçamento público demonstra que a proteção social brasileira está sendo penhorada em prol do privilegio dado as diferentes frações do capital, especialmente aos rentistas. Diante disso, cabe evidenciar os limites e contradições do capitalismo, e reivindicar o fortalecimento das lutas voltadas ao horizonte da emancipação humana. REFERÊNCIAS: MARX, K. O capital: crítica da economia política: livro I: o processo de produção do capital. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2017a. MARX, K. O capital: Crítica da economia política: livro III: O processo global da produção capitalista. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2017b.Resumen:
O trabalho traz uma análise das famílias brasileiras, suas contradições e sua construção sócio-histórica, tendo por base as relações sociais no modo de produção capitalista (ENGELS, 2012), abordando o papel do Estado na proteção da família, trazendo elementos de nossa construção familiar, principalmente através dos marcadores de raça/etnia e as relações de gênero. Assim, analisa-se, por meio do método histórico dialético o processo sócio-histórico da construção das famílias, trazendo, ao mesmo tempo, a dialética dos dias atuais; traçando o paralelo entre o passado com o presente, de forma a refletir sobre ela, a partir da constituição social e como foi moldada nos últimos séculos. Isso posto, abordaremos as mudanças de paradigmas com enfoque no processo brasileiro, a fim de compreender a basilaridade da família para a estrutura social no país. Problematizando, ainda, os estigmas sociais e os séculos de descaso com relação aos direitos humanos e sociais de diversas famílias brasileiras.A família monogâmica/patriarcal foi o formato que estruturou as bases para uma sociedade voltada para a acumulação do capital. Segundo Marx (1983 apud ENGELS, 2012, p. 15) "[...] a família moderna contém, em germe, não apenas a escravidão como também a servidão, pois, desde o começo, está relacionada com os serviços da agricultura [...]. É também neste formato monogâmico/patriarcal que se lança as bases para a transição da família de assunto social público para o privado, algo que é percebido até os dias atuais. Dessa forma, a família torna-se unidade socializadora, ideológica, de produção e reprodução das forças de trabalho, seja este o trabalho assalariado, o trabalho informal ou trabalho doméstico, realizado majoritariamente pelas mulheres da família e um mecanismo de extrema importância para a produção e reprodução das relações sociais capitalistas.A historicidade brasileira constitui-se em meio a um processo de colonização e escravização. As famílias foram atravessadas por marcadores sociais e raciais, sendo que a moral religiosa fomentou todos os processos existentes até 1889, quando a Igreja Católica e o Estado se separaram. Este processo de colonização modifica o contexto existente de família dos povos originários, adequando a realidade para um modelo religioso, com viés católico. “As raízes dos povos originários foram rechaçadas e o processo de evangelização se alastra no novo mundo, conforme se expandiam as conquistas no território [...]” (NAKASONE; SILVA, 2021, p. 3). Ao se tratar da família negra, Miranda (2012), aponta que uma das fontes principais de análise no país pode ser observada a partir dos documentos religiosos. A Igreja Católica era fundamental no processo de consolidação do bloco familiar. Entretanto, em um contexto pós-República, o processo liberal não protegeu as famílias negras. Ainda que se tenha o avanço normativo na questão da liberdade, com moldes nos ideais liberais, essa liberdade foi excludente, englobando a questão dos regimes anteriores. O histórico escravocrata e as relações de produção presentes neste período apresentam-se como elementos decisivos nos papéis que as mulheres de uma ou de outra “casta” desempenhavam na sociedade, sendo o papel representado pela mulher negra de caráter extremamente corrosivo (SAFFIOTI, 1978). Desse modo, para analisar as famílias e as relações sociais brasileiras de raça, gênero, classe, entre outras, é necessária a compreensão das diferentes posições que determinados grupos ocuparam e ocupam na sociedade, ainda que entre estes haja algumas similaridades. Ou seja, “[...] é preciso compreender que classe informa a raça. Mas raça, também, informa a classe. E gênero informa a classe. Raça é a maneira como a classe é vivida. Da mesma forma que gênero é a maneira como a raça é vivida” (DAVIS, 1997).A partir da CF/88, a família consagra-se como base da sociedade brasileira e objeto a ser protegida pelo Estado. Assim, alguns outros arranjos familiares para além da família nuclear, matrimonial e patriarcal passam a ser reconhecidos, como a união estável e família monoparental.Os princípios constitucionais do Direito de Família "civil-constitucional" trouxeram evoluções acerca da concepção de família pela jurisprudência devido ao seu caráter emancipatório, evidenciado pelos princípios e direitos fundamentais promulgados nesta, como o da dignidade da pessoa humana e a isonomia entre a igualdade de direito e deveres do homem e da mulher, sendo estes um avanço para os Direitos Humanos e para o processo de diminuição das desigualdades de gênero. A Constituição ainda reconhece outras estruturas para além da família nuclear monogâmica como grupo familiar, por exemplo, a família monoparental e a família extensa. Portanto, demonstra avanços no sentido de reconhecer o pluralismo familiar na sociedade brasileira. Ainda assim, as categorias reconhecidas como família, explicitamente pela CF/88, não abrangem a totalidade da pluralidade existente no país, e, consequentemente, excluem outros arranjos existentes do plano oficial. Desse modo, reafirma-se os conceitos de família que busquem compreender efetivamente a pluralidade brasileira nascida e forjada pelas relações sociais, respeitando a multiplicidade étnico-cultural do país. A definição dada por Soifer (1982, p. 22) de que as famílias seriam um “[...] núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo mais ou menos longo e se acham unidas (ou não) por laços consanguíneos [...]”, apesar de mais abrangente, ainda aparenta limitar o grupo familiar à pessoas com laços consanguíneos; a da Política Nacional de Assistência Social (2009, p. 41), por outro lado, define “[...] família quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consangüíneos, afetivos e, ou, de solidariedade [...]” ampliando a constituição do que seria o ente familiar.Conforme o exposto, a estrutura familiar brasileira foi moldada em uma estrutura benéfica à produção e reprodução do sistema capitalista, que carrega inerentemente em si o racismo, o patriarcado e a exploração. Compreende-se que em todo este processo o Estado foi omisso e negligente com diversas famílias, produzindo um cenário de violação de direitos que se estende até os dias atuais, onde o Estado permanece ausente.Resumen:
Esta ponencia tiene como objetivo compartir algunas reflexiones sobre los aportes que puede hacer el Trabajo Social al ciclo de las políticas públicas y sociales en Colombia, específicamente lo relacionado con el trazador presupuestal y la incorporación de los enfoques de género y diferencial en el mismo. Lo anterior, permite poner en evidencia la necesidad de articular en mayor medida a profesionales de Trabajo Social en el ciclo de las políticas públicas y sociales, especialmente en el proceso de diseño o formulación; y la necesidad de incorporar los enfoques de género y diferencial como elementos necesarios en la praxis profesional para caminar hacia la consolidación de proyectos ético políticos profesionales críticos.Las reflexiones aquí expuestas son resultado de ejercicios de revisión teórica y metodológica sobre el diseño y la implementación de trazadores presupuestales con enfoque de género y con enfoque diferencial, especialmente en los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales. De igual forma, se articulan reflexiones construidas de forma colectiva a partir del ejercicio de actualización de la política pública para las mujeres de Cali – Colombia entre el 2020 y el 2022. Finalmente, se incorporan reflexiones relacionadas con la incorporación de dichos enfoques desde la praxis del Trabajo Social y la apuesta de construcción de un proyecto ético políticos profesionales críticos.Para abordar el objetivo del documento, se propone iniciar con la presentación de elementos que permitan comprender el Estado neoliberal colombiano, especialmente lo relativo a la estructura y funcionalidad del mismo frente a la producción y reproducción social, y el impacto económico y social de esa estructura en la población desde una lectura de género y diferencial. De igual forma, se presentan las apuestas políticas contradictorias de los últimos gobiernos en Colombia, toda vez que las falencias en el alcance para la identificación de programas, políticas y presupuestos orientados a promover la equidad de género están íntimamente relacionadas con los intereses de acumulación de han defendido los gobiernos colombianos a lo largo del siglo XX y en lo que va corrido del siglo XXI.Es decir, consecutivamente, los gobiernos colombianos han negado su responsabilidad en la precarización de la vida de las mujeres y grupos étnicos; y evadido estrategias para el reconocimiento y la erradicación de las violencias contra estas poblaciones, y la construcción de equidad para las mismas a partir de su acción negligente para atender la llamada “cuestión social”.En concordancia con lo anterior, se articula al análisis de la estructura antes mencionada, la incorporación de trazadores presupuestales con enfoque de género y diferencial en el país, permitiendo comprender las apuestas de dichos trazadores y su articulación con los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales. Lo anterior permitirá de igual forma, aproximarse al actual estado de incorporación e implementación del trazador presupuestal con enfoque de género y diferencial, desde lo reportado por los organismos oficiales, tanto como desde las reflexiones que sobre este proceso se proponen en diversos escenarios de participación social.Seguidamente se presentan elementos relacionados con el proceso de actualización de la política pública para las mujeres de Cali, como punto de partida para la revisión de los avances, retrocesos y desafíos en la construcción e implementación de trazadores presupuestales y políticas públicas y sociales con enfoque de género y diferencial en el país. Aquí se evidencian los vacíos que aún acompañan a Colombia en la ampliación y regulación del gasto social como forma de reducción de las brechas de género, y los desafíos de los organismos que se encuentran entre el deber de implementar presupuestos sensibles al género, sin respaldo ni garantías del gobierno nacional; y la necesidad de dar respuesta efectiva a las demandas de la población.Se resalta también la articulación de los enfoques de género y diferencial en la praxis del Trabajo Social como estrategia para aportar a la construcción de equidad social en el marco de la propuesta de intervención del mencionado Estado neoliberal colombiano, partiendo de que en el proceso de precarización laboral dicho Estado no implementa las políticas que diseña/formula, y estos procesos de implementación se trasladan a sectores privados y organizaciones del tercer sector; siendo ese uno de los mayores escenarios con mayor presencia de profesionales de Trabajo Social. Estos elementos permiten reflexionar sobre la acción profesional vinculada a las políticas sociales como estrategia de mediación del antagonismo de clases sociales, y que ha tenido diversas apreciaciones en la historia del Trabajo Social en Améfrica Ladina. Aspecto que permite analizar el surgimiento de la profesión contrastando con el actual desafío de consolidar un proyecto ético políticos profesionales críticos.A manera de cierre del documento, se comparten reflexiones sobre la responsabilidad del Estado neoliberal colombiano en la precarización de la vida de las mujeres y los pueblos racializados hacia la opresión. La necesidad imperante de reconocer el aporte de las mujeres en los procesos de producción y reproducción social y la urgencia de fortalecer mecanismos que permitan la implementación de acciones para la reducción de las brechas sociales basadas en el género, la raza y otras dimensiones de opresión (tales como los trazadores presupuestales con enfoque de género y diferencial). Esto buscando compartir inquietudes sobre los desafíos para la praxis del Trabajo Social, su participación en las acciones de respuesta a la llamada “cuestión social”, su necesaria articulación en los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales, y la apuesta por la construcción de proyectos ético políticos profesionales críticos que sumen a la disputa por condiciones de vida digna para la población.Resumen:
El objetivo de este trabajo es aportar y compartir las evidencias preliminares sobre los impactos que se han suscitado en las familias en ciclo de primer infancia de clases socio-ocupacionales entre las clases VII y IX (1). Desde el grupo de investigación que conformamos de manera interdisciplinaria desde la FCSyTS “Salud y desarrollo de niños y niñas y sus familias” hemos intentado en estos últimos años continuar con la modalidad de trabajo que venimos desarrollando ya hace más de una década, con la metodología de la investigación – acción y como parte del universo académico compartir los alcances —-----------------------------------------------------------------Se tomará como parámetros para la caracterización y selección de la franja ocupacional (clase VII trabajadores manuales, oficios, la clase VIII agrupa actividades por cuenta propia sin calificación, sobre todo vendedores ambulantes-oficios de construcción y feriantes callejeros) y la clase IX las empleadas domésticas, que realizan actividades en los hogares). Piovani-Salvia- “La Argentina en el Siglo XXI”. Siglo XXI Editores. y logros obtenidos en los espacios territoriales que hemos trabajado, devolviendo así a la comunidad parte de lo recogido.En este último período,a pesar de lo que nos ha tocado vivir como sociedad y humanidad en general, nos hemos propuesto llevar a cabo un análisis de situación que nos permita tener una aproximación e idea del atravesamiento que conllevó para las familias de esta clase socio-ocupacional en relación a sus estrategias de cuidados con hijos e hijas en edad de primer infancia de (3 a 5 años de edad). El presente trabajo se constituye en una investigación de tipo cualitativa, que intenta una aproximación al tema de la dimensión del cuidado en familias de niñas y niños en primer infancia en tres barrios periféricos de nuestra ciudad: Barrio F. U. Camet, Gral. Belgrano y Belisario Roldán de la ciudad de Mar del Plata, provincia de Buenos Aires Argentina.Se trabajará de forma incipiente en la formulación de conclusiones y propuestas con el objetivo de reflexionar sobre las prácticas de cuidados en función de contribuir en la detección de hallazgos que direccionen las actuaciones de los diferentes profesionales implicados en la temática, teniendo como sustento fundamental el acompañamiento de las familias en el marco de sus derechos de ciudadanos sustentado por los Derechos Humanos y la Convención Internacional del Derecho del niño, niña y adolescente. Se parte de la realización de técnicas sociales que permitan recabar información como son la encuesta, entrevistas y la observación documental sobre el tópico.Es en este punto utilizaremos como fuente los datos obtenidos por el Grupo de Investigación PISAC - Nodo Mar del Plata, el cual ha llevado a cabo en el año 2021 el relevamiento de 75 encuestas a hogares urbanos y rurales de nuestra ciudad y que dan cuenta del uso de tiempo a través de variables que tomaremos con perspicacia y rigor científico analizar y describir. (Metabase PISAC). Se tomará la definición de cuidados de Joan Tronto: “actividad característica de la especie humana que incluye todo lo que hacemos con vistas a mantener, continuar o reparar nuestro ‘mundo’, de tal manera que podamos vivir en él lo mejor posible. Este mundo incluye nuestros cuerpos, nuestras individualidades y nuestro entorno, que buscamos tejer juntos en una red compleja que sostiene la vida” (Tronto, 1993)(2).Desde esta perspectiva el fortalecimiento y acompañamiento a las familias especialmente, de niños y niñas en primer infancia es una asignatura pendiente que como profesionales de la salud debemos contemplar.El concepto de cuidado infantil es importante para el análisis e investigación y eje en el diseño de políticas públicas que respondan satisfactoriamente a estas necesidades.Por otra parte, se distingue que en general se proclama que la infancia tiene derecho a cuidados y asistencia especial, y dentro de ellos al juego, recreación, atención en salud, alimento, vestido y un /una adulto mayor que vele por su integridad física y mental, como forma constitutiva de su desarrollo integral y convencidos de que la familia como grupo fundamental de la sociedad y medio natural para el crecimiento y el bienestar de todos sus miembros, debe recibir protección y asistencia. Teniendo en cuenta la amplia bibliografía que en este último tiempo se vio reflejada en los diferentes grupos académicos con miradas puestas desde el feminismo, derechos y/o desde la economía social en cuanto a la definición y/o concepción de trabajo doméstico y de cuidado no remunerado para concientizar a las personas sobre los cuidados como una cuestión vinculada al desarrollo, y promueve la generación de cambios en las creencias y las políticas relacionadas con el cuidado es que creemos fundamental visualizar la realidad de muchas familias que han atravesado a partir de la pandemia la vulneración de derechos que como obligación inalienable del Estado dentro de su objetivo de proteger la salud pública, no ha podido llevarla a cabo. Es en este sentido, como parte de la sociedad y como efectores del sistema universitario nos vemos con la responsabilidad de visibilizar aquellas cuestiones de desigualdad que hacen a nuestra sociedad.Analizar las prácticas sociales de cuidado permitirá traer en escena a todos aquellos sujetos sociales : organizaciones sociales, referentes barriales, instituciones públicas , que participaron de forma directa e indirecta en contribuir o al menos mitigar los desafíos que la cuestión social reforzó en el período comprendido de la ASPO Y DISPO en nuestro país y específicamente en nuestra ciudad. Y por último, se tendrá como eje para el acompañamiento y comprensión de las estrategias de cuidados: El diamante del cuidado.El "diamante del cuidado" analiza la forma en que las responsabilidades relacionadas con el cuidado están distribuidas entre los cuatro pilares del bienestar: las familias, el Estado, el mercado y la comunidad. Asimismo, se puede utilizar para considerar la forma en que la responsabilidad por el cuidado de grupos particulares de personas dependientes, tales como las niñas y niños, las y los adultos mayores, o las personas enfermas, se asigna a cada uno de los cuatro pilares. El desempeño de la arquitectura del "diamante del cuidado", como lo ha llamado Razavi (2007), puede juzgarse desde la perspectiva de quienes reciben y de quienes proveen cuidado. Es importante prestar especial atención así al diseño y a la aplicación de las "políticas de cuidado" reducen o exacerban las desigualdades de género. (Informes de investigación de OXFAM Valeria Esquivel) Bibliografía: ESQUIVEL V(2013): Informes de Investigación de OXFAM EL CUIDADO EN LOS HOGARES Y LAS COMUNIDADES- Documento conceptual.FAUR E (2014): El cuidado infantil en el siglo XXI, mujeres malabaristas en una sociedad desigual.Edit. Siglo XXI. Bs. As. Argentina. PIOVANI J.I.-SALVIA A: (2018)”La Argentina en el Siglo XXI” cómo somos, vivimos y convivimos en una sociedad desigual. Siglo XXI. Editores.Bs. As. Argentina.TRONTO,J. en vol. 2016/1 [presentación] ISSN 1695-6494 Papeles del CEIC http://dx.doi.org/10.1387/pceic.16084 –1– SUBJETIVIDAD Y MATERIALIDAD DEL CUIDADO: ÉTICA, TRABAJO Y PROYECTO POLÍTICO https://ojs.ehu.eus/index.php/papelesCEIC/article/view/16084 visto 23/5/2022.Resumen:
A proposta apresentada ao XXIII Seminário ALAEITS, vincula-se ao tema 5 “Trabajo social políticas sociales y sujetos de intervención” e discorrerá sobre a base sociohistória do atendimento socioeducativo no Brasil. Trata-se, de um estudo teórico que pontua a trajetória do atendimento direcionado a crianças e/ou adolescente desde o Brasil Colônia até dias atuais. A proposta se vincula ao curso de mestrado, em desenvolvimento no Programa de Estudos Pós-graduados Política Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, Brasil.O interesse pelo tema origina-se da experiência profissional, enquanto assistente social, que há nove anos, atua na Política Socioeducativa, em uma unidade de execução de medida socioeducativa de privação de liberdade que atende adolescentes do sexo masculino, cuja faixa etária compreende as idades de 12 a 18 anos e, em casos excepcionais, atenderá jovens até 21 anos, conforme legislação brasileira (ECA, 1990).A proposta trará um resgate histórico acerca da politica de atendimento direcionada a infância e a adolescência que, por conseguinte, formataram a política socioeducativa brasileira e o atendimento direcionado aos adolescentes envolvidos na prática de ato infracional destacando, de forma introdutória, alguns elementos analíticos sobre o “Projeto Novo Socioeducativo” enquanto uma investida neoliberal para privatização das unidades de execução das medidas socioeducativas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que se estruturará a partir das categorias e de debates teóricos sobre a política de atendimento a adolescentes privados de liberdade, descrevendo o que são as medidas socioeducativas, ato infracional, o sistema nacional de socioeducação (SINASE) e a política socioeducativa em curso no Brasil. O estudo bibliográfico analisará diferentes períodos históricos, diferentes formas de atendimento direcionadas à infância e à adolescência, as principais legislações, políticas e serviços que foram adotadas pelo Brasil – aspectos elementares para apreender como se constituiu as primeiras formas de atendimento até a vigência da politica socioeducativa e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – modelo de atendimento adotado pelo estado brasileiro na atualidade. Para tal fim, serão utilizados autores como Rizzini (2011), Freitas (2011), Faleiros (2011), Câmara (2017). Além disso, também serão apresentadas analise sobre as principais politicas de atendimento à infância e juventude no Brasil – como a catequização, a Roda dos Expostos – as primeiras legislações brasileiras direcionadas ao segmento em tela, como o primeiro Código Penal, o Código de Menores, o Estatuto da Criança e do Adolescente e, por fim, pela instituição do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e a respectiva lei. Para elaboração do artigo proposto, o conceito de socioeducação será compreendido, consoante ao Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, a saber: enquanto política pública imprescindível para resgatar a dívida histórica com aqueles adolescentes – vítimas da violência e expressão da desigualdade brasileira – ou seja, socioeducação enquanto marco regulatório para o atendimento àqueles sujeitos definidos enquanto portadores de direitos e em condição peculiar de desenvolvimento (BRASIL, 2013).Consoante a Câmara (2017), partiremos do pressuposto de que a origem do atendimento socioeducativo no Brasil remonta a forma como foi direcionado “o problema do menor” no país. As respostas dadas em diferentes contextos sócio-históricos e pelas diferentes instituições responsáveis pelo cuidado, recolhimento, internação e ressocialização dos “menores” trazem a cena imagens que recuperam ações de caridade, de filantropia, de correção, punição, de tutela, de assistencialismo, de encarceramento, de criminalização: de prevenção, passando pela ideia de regeneração e, posteriormente, adotando critérios de ressocialização, em que ocorre a prevalência de ações e de políticas intervencionistas submersos em processos e práticas sociais repressivas, punitivas e discriminatórias, como forma de operacionalização dos primeiros atendimentos que, hoje, conhecemos como socioeducação.As primeiras práticas, legislações e instituições de atendimento à “delinquência” ratificam a sentença acima e dão formas as primeiras instituições e legislações destinadas ao “menor”, à “infância carente” e aos “delinquentes” – termos utilizados em diferentes épocas para designar a adolescência. Tais legislações desvelam como o estado brasileiro, por longo período, formatou os atendimentos direcionados à infância, à adolescência e à juventude até os dias atuais (RIZZINI, 2011).. Dessa forma, iremos dividir a análise sobre as bases sociohistórica em seis períodos, para fins didático e, em seguida faremos a abordagem sobre o “Novo Projeto Socioeducativo” – como modelo de atendimento e gestão de viés neoliberal demandado por um governo ultraconservador e que traz ameaças retrogradas para política socioeducativa conforme apontada pelo SINASE – Sistema Nacional Socioeducativo – através da Lei 12.594/2012. Irão ser analisados o período colonial; período imperial, período do Estado Novo; período da ditadura, período republicano e, por fim, período atual para verificar pontos de convergência e divergência do entre “Projeto Novo Socioeducativo” o que está posto pelas legislações nacionais em curso.REFERÊNCIASBRASIL. Presidência da república. Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e eixos operativos para o SINASE. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2013. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069/90. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 13/05/2022. CÂMARA, Raul Japiassu. A gênese das primeiras escolas no Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (DEGASE/RJ): uma escolarização sui-generis (1994 2001) / Raul Japiassu Câmara. Rio de Janeiro, 2017. RIZZINI, Irene. Crianças e Menores: do pátrio poder ao pátrio dever. Um histórico da legislação para a infância no Brasil. In: A arte de Governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. RIZZINI, Irene; PILOTTI, Francisco (orgs). 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 97-149.Resumen:
En este documento se presentarán datos cualitativos recabados en el trabajo final de grado para obtener la titulación de licenciada en Trabajo Social, de la Universidad de la República, Cenur Litoral Norte, Salto. Para la realización del mismo se estipuló como objetivo general “conocer las percepciones en torno al cuidado de personas mayores en situación de Alzheimer, por parte de la familia de estas y profesionales, en el territorio Nacional, en el año 2021”, para esto la muestra fue elaborada a partir del criterio de conveniencia y se conformó por familiares cuidadoras de personas mayores en situación de Alzheimer, profesionales idóneos en la temática y finalmente, por personas mayores que habitan en un residencial, diagnosticadas con la susodicha enfermedad, en un primer estadio. Para la recolección de datos se utilizaron entrevistas semiestructuradas, en su mayoría fueron a través de plataformas digitales, debido al contexto de pandemia por Covid-19. Como principales resultados se encontró que existe una tendencia por parte de familiares cuidadoras a no nombrar a la enfermedad por su nombre, utilizando en su lugar la terminología de “deterioro cognitivo”, esto es debido al constructo negativo de la palabra “alzheimer”, lo cual a su vez trae aparejada cierta estigmatización que se ve reforzada por el imperante viejísimo, en donde; por un lado esta cuidadora se posiciona desde la enfermedad para explicar el comportamiento de su familiar y por otro lado, los cambios conductuales no pudieron ser vistos o vinculados a una patología, ya que en ocasiones, fueron adjudicados a la edad, esto conllevó a un diagnóstico tardío. Retomando esto último, llamó la atención el sentimiento de soledad y frustración por parte de la familiar cuidadora, frente a un sistema de salud que no las acompaña y en ocasiones reproduce estereotipos sobre las vejeces. Se resalta a su vez, la necesidad de la familia de contar con un diagnóstico y la dificultad que significó llegar al mismo, por lo cual debieron indagar a través de internet para contar con un primer “diagnóstico”. Otro aspecto relevante es que, la familia también tiende a reproducir estereotipos sobre las vejeces, lo cual se agrava aún más por el desconocimiento de la enfermedad, conllevando a cuidados infantilizadores, despersonificando a la persona mayor e incluso escondiendo el diagnóstico a la misma, así como también interrumpiendo constantemente las consultas médicas, no permitiendo que estas se expresen.Asimismo, cuando se entrevistaron a personas mayores en situación de alzheimer, estas no sabían que era esta enfermedad, vinculándola a temblores y a “algo que te da en la cabeza”, denotando una falta clara falta de información y una constante vulneración de sus derechos, por parte de terceros/as.En lo que respecta a los cuidados, se percibió que la principal familiar cuidadora le asigna a estos una visión familiarista, en donde es la familia quien debe llevar a cabo la tarea de cuidar, a su vez, otra característica de estos es la feminización, ligada a la naturaleza privada de los cuidados en donde prima el amor, siendo las mujeres idóneas para realizarlos. Sin embargo, hubo quienes recuperaron la visión simbólica de estos, incorporando en sus discursos aspectos sociales y culturales, en torno al deber ser, quebrando con la aparente naturalidad de la mujer frente a los cuidados. Los mencionados resultados nos invitan a reflexionar desde la profesión del Trabajo Social, sobre la desigual distribución de los cuidados que concluyen en el rol socialmente establecido de la mujer frente a estos. Por lo cual es de suma relevancia la existencia de políticas públicas y sociales transversalizadas desde una perspectiva de género que den respuestas a la necesidad esencial de ser cuidados/as y a su vez, quebranten lo socialmente establecido. Vinculado a esto, se torna como desafió para la profesión, la forma en la que se involucran o no a las personas que buscan estas respuestas, es decir, la forma en la que se recuperan las voces, en este caso, de las personas mayores en situación de alzheimer y de la mujer como principal cuidadora. A su vez, es imprescindible que como sociedad repensemos la forma en la que entendemos a los cuidados: la normativa Uruguaya denota la vinculación de cuidados a dependencia y pérdida de autonomía, en donde a su vez, se perciben brechas en el acceso y universalidad de estas políticas públicas. También resulta en la estigmatización hacia las personas sujetas a este derecho, banalizando los términos mencionados (autonomía/dependencia) en donde la persona cuidada es percibida meramente como receptora de cuidados obviando la interdependencia y el vínculo que se entabla entre ambas partes; la persona cuidada es un ser social y por ende el cuidado debe ser comprendido desde una perspectiva social. Dicha perspectiva implica, entre otras cosas, contemplar la experiencia y el sentir tanto de quien cuida como de la persona cuidada; no reducir la enfermedad a dependencia ni a términos biologicistas. Por otro lado, pese a la existencia de un sistema de cuidados es necesario preguntarse ¿Cuál es la población objetivo del mismo? al indagar en esto, existen franjas etarias que no son contempladas, entonces… ¿Cuál es el lugar que se le da a los cuidados de personas mayores en situación de Alzheimer, comprendidas desde los 65 años?, ¿Acaso no se está reforzando la visión familiarista de estos?Por otro lado, ¿se está sensibilizando respecto a los roles de género? cuando son más mujeres que varones las que ingresan al sistema para llevar a cabo los cuidados, pasando de la esfera doméstica a la privada, pero siempre cuidando. Entonces, nuevamente se insiste en que, se está en el momento indicado para replantearnos como sociedad ¿Qué entendemos por cuidados?, ¿Qué vejeces en situación de alzheimer queremos? y ¿Cuál es el rol que queremos del Estado ante la necesidad esencial de ser cuidadosos/as?Resumen:
A presente proposta de artigo objetiva trazer breves apontamentos sobre a retórica neofascista do governo Bolsonaro e o reflexo para a disseminação da violência contra às mulheres no Brasil. Foram utilizadas como fontes de dados, pesquisas e levantamentos estatísticos sobre a violência contra às mulheres nos anos do governo Jair Bolsonaro, bem como, trechos de falas do atual Presidente, material este analisado à luz do referencial teórico utilizado no Seminário Temático: reflexões sobre o neofascismo no Brasil e no mundo, ministrado pelo Prof. Dr. Antônio Carlos Mazzeo, no programa de Doutorado em Serviço Social da PUC/SP. Como alerta Mauro Iasi no prefácio do livro “Introdução ao Fascismo” (KONDER, 2009, pág. 10), “A derrota militar do fascismo não se completa se não nos debruçarmos sobre a difícil tarefa de compreender teoricamente o fenômeno fascista para que, sob outras formas, sua essência não nos venha novamente assaltar”. Iasi ainda ressalta que “[...] o fascismo clássico revela fundamentos que podem encontrar novas formas de manifestação e aí reside seu verdadeiro perigo” (KONDER, 2009, pág. 12). No Brasil, essa máxima ganha força desde o golpe de 2016 que depôs a presidenta Dilma Roussef, com ascensão de figuras símbolos do irracionalismo ao tempero (neo)fascista, como Michel Temer e Jair Bolsonaro, este último, eleito democraticamente em 2018. As reflexões elaboradas compõem o conjunto de análises que esta pesquisadora tem feito para o objeto de pesquisa do Doutorado, o qual trata da misoginia no Brasil (ultra)neoliberal e os impactos e desafios para o Serviço Social.Resumen:
La formación de las escuelas de trabajo social está orientadas hacia el desempeño profesional. Ello supone estudiantes dispuestos a ser protagonistas de sus procesos de aprendizaje, fortaleciendo las habilidades cognitivas y meta-reflexivas, la capacidad de actuación, conocimiento y regulación de los aspectos afectivos, motivacionales y éticos (Arias y Lombillo, 2019; Concha-Toro et al., 2020).Las investigaciones indican que los diversos tipos de acompañamiento docente son importantes para los aprendizajes preprofesionales y desarrollo de competencias en contextos de práctica profesional en la educación superior (Anabalón et al., 2021; Concha et al., 2020; Canales, 2010; Lobato y Guerra, 2016; Mele, 2017; Puig-Cruells, 2020).Para el caso de las tutorías académicas, este tipo de acompañamiento es diferente a otras formas de enseñanza universitarias más tradicionales, porque es entendida como una acción y espacio formativo de seguimiento, orientación, acompañamiento y asesoramiento académico-metodológico de los estudiantes en el proceso de aprendizaje de carácter permanente, que propicia el aprendizaje autogestionado (Anabalón et al., 2021; Canales, 2010; Lobato y Guerra, 2016). Por ende, se requiere de cualidades y habilidades específicas del docente-tutor que lleve a cabo este proceso (Guerra-Martín y Borrallo-Riego, 2018).Por lo anteriormente expuesto, es fundamental evaluar si las características de estos formadores son factores relevantes para la disposición de los estudiantes a apropiarse de los contenidos de esta actividad curricular. En este sentido, es especialmente importante evaluar si las características percibidas de los docentes son un factor que incide en la motivación por el aprendizaje (Bandura, 2012; Muñoz y Valenzuela, 2014) y el compromiso académico conductual (Aspeé et al., 2019), ya que los estudiantes comprometidos y motivados por aprender suelen ser más persistentes, autorregulados y con mejor rendimiento académico (Alrashidi et al., 2016).La tutoría académica tiene su inicio en el siglo XX, brindando mayor autonomía al estudiante en la toma de decisiones y en su propio aprendizaje, transformándolo en un aprendizaje profundo y, a su vez, generándole un mayor grado de responsabilidad y bienestar (Biggs, 1987, 1993; Biggs y Tang, 2007; Fasce, 2007; Ortega-Díaz y Hernández-Péres, 2015).Es en este espacio donde coexisten el estudiante y docente-tutor, que según Martínez (2016) es un académico de la carrera que participa en el seguimiento y evaluación del proceso formativo. Además “está capacitado para identificar la problemática de índole académica, psicológica, de salud, socioeconómica y familiar de alumno” (p. 9).El docente-tutor cumple un rol de orientador, con énfasis en el desarrollo de la reflexión estudiantil, y el rol de evaluador usando juicios sobre el desempeño de cada uno (Ruffinelli et al., 2020).Referente a las cualidades personales, debe poseer características de empatía, responsabilidad y compromiso con la formación. Para las cualidades disciplinares, es necesario que tenga conocimientos en su campo de intervención, pero además en psicología, pedagogía y filosofía. Y referente a las habilidades técnicas debe poseer conocimiento en gestión administrativa y procedimientos básicos realizados por los estudiantes.El interés porque los tutores cuenten con experiencia en estas prácticas, conocimientos de la labor tutorial y capacidad para llevarlas a cabo (Rubio y Martínez, 2012). Todas las características y atributos del docente-tutor, según la ANUIES (2019), deben estar asociados a una persona que cuente con un extenso conocimiento de la filosofía educativa y curricular del área disciplinar.Es por lo anteriormente mencionado, que no se sabe cómo estas características del docente-tutor influyen en el compromiso académico conductual y motivación de los estudiantes. Esta vinculación es escasamente abordada en investigaciones en ciencias sociales, y menos aún en trabajo social (Anabalón et al., 2021; Venegas-Ramos y Gairín, 2019). Hay investigación respecto de las prácticas profesionales pero no sobre las tutorías académicas., viéndose estas últimas desproblematizadas en su especificidad. Esto es complejo, al ser las tutorías una forma de acompañamiento utilizada más comunes en las carreras de trabajo social, descuidándose una dimensión relevante en la formación de estos profesionales.Esta investigación fue abordada desde el paradigma naturalista interpretativo y el enfoque del construccionismo social desde los planteamientos de Berger y Luckmann (2001), permitiendo reconocer la realidad como un proceso de construcción humana mediante las relaciones entre los diversos agentes educativos. El diseño utilizada fue el método mixto, con estatus dominante y de orden secuencial CUAL → cuan (Johnson y Onwuegbuzie, 2004).Participaron 206 estudiantes de las carreras de Trabajo Social, que se encontraban realizando prácticas profesionales (inicial, intermedia y final), durante los años 2019 y 2020. La muestra fue no probabilística intencional.Las variables del estudio fueron, características percibidas del docente-tutor, compromiso académico conductual (Aspeé et al., 2019) y motivación por los aprendizajes (Bandura, 2012; Muñoz y Valenzuela, 2014). El instrumento se denominó Características percibidas del docente-tutor, el cual fue auto aplicado.En relación a los resultados, se realizó la tabulación de las 206 encuestas en el programa estadístico SPSS (versión 19), se aplicaron pruebas de asimetría y curtosis y se calcularon puntajes z, para verificar la distribución normal de los datos.Luego, se realizaron análisis descriptivos como media y desviación estándar de las características del docente-tutor ordenadas por valor. Posteriormente, se efectuó una prueba T para muestras relacionadas, organizadas desde el valor más alto. En un segundo y último momento, se calculó desviación estándar para saber cuáles de estos rasgos son más homogéneos y realizar gráfico de frecuencia para ver cómo se conforma estas características a partir de grupos o subgrupos.Para concluir, las características percibidas de los docentes-tutores que presentaron las medias más altas, están asociadas a atributos socioemocionales tales como: seguridad, determinación, disposición al acompañamiento, responsabilidad, empatía y cercanía.La percepción que los estudiantes tienen sobre las características de su docente-tutor, incide de manera mínima en el compromiso académico conductual. Por otra parte, la motivación por los aprendizajes posee un efecto significativo en la medida, relevancia, disfrute y tiempo invertido que el estudiante asigna al acompañamiento denominado tutoría académica.
Resumen:
El concepto de Derechos Humanos se encuentra en permanente tensión y ha cambiado a lo largo de la historia. Sea cual fuere su concepción, en las sociedades occidentales siempre resultaron un “ordenador” de las relaciones sociales, tanto en momentos de expansión como de retracción del Derecho. Actualmente transitamos la vigencia hegemónica de un modelo civilizatorio que es diferente a la modernidad y que se encuentra presente desde la década de 1970. En este trabajo lo denominamos “modelo tardomoderno” y admitimos como elemento más visible del mismo al neoliberalismo. La visión que mejor explica en este entorno la situación de los Derechos Humanos, es la concepción foucaultiana acerca del “Derecho de los gobernados” (Foucault, 1996) y la expansión de las comunidades de reconocimientos de derechos, en el sentido brindado por Anthony Giddens (1998).En la civilización tardomoderna la expansión de derechos es aparente o, por lo menos, fragmentada; por lo que va a transferir cierto impacto en las relaciones sociales. En esta ponencia nos preguntamos puntualmente qué es lo que sucede en este contexto en las instituciones de base, allí donde las personas ciudadanas hacen concreta su vida cotidiana y el efectivo ejercicio y goce de sus derechos; en estos espacios de implementación de políticas sociales y ámbitos de intervención de profesionales del Trabajo Social. La ponencia es resultado de la investigación dirigida por la magister Claudia Torres[1], radicada en la UNLa (2018-2020) y denominada “La Perspectiva de Derechos en las Organizaciones Sociales y la formación profesional de Trabajadores Sociales”. El trabajo empírico de campo se realizó con organizaciones de la zona sur del conurbano bonaerense (Argentina), que ofician como Centros de Prácticas de la carrera de Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad Nacional de Lanús. Para esta ponencia en particular, nos centraremos en seis instituciones variadas en sus proyectos, objetivos, antigüedad y dependencias. Si bien es una pesquisa previa a la pandemia, sus conclusiones hablan de un modelo civilizatorio temporalmente más abarcativo, en el cual las circunstancias provocadas por el Covid 19, solo profundizan las conclusiones vertidas.La ponencia aborda algunas de las concepciones que se encuentran actualmente presente en las organizaciones sociales de base, al momento de pensar en el Estado, la Sociedad Civil, el Sujeto, la Ciudadanía, los Derechos y, finalmente, la Acción Social y dentro de esta el Trabajo Social y su formación. Daremos en este abstrac un avance de algunos de los resultados que se presentarán en la ponencia definitiva: El modelo vigente, no borró a los componentes de los modelos anteriores, sino que resignificó a cada uno de estos. Esa aclaración es importante, dado que en los niveles microsociales observamos que los actores –en su cotidianeidad– no pueden divisar claramente esta diferencia y continúan refiriéndose a elementos de la Modernidad, pero sin poder analizarlo desde su nuevo sentido. Respecto al Estado, las organizaciones plantean dos visiones modernas, la contractualista y la gramsciana. En el primer caso se resalta la figura del ciudadano individual, dotado de libertad y razón, para su desempeño en la actividad económica y política. En el segundo caso, pensando al Estado como elemento coercitivo, pero no como institución separada de la sociedad civil. No obstante, haciendo un zoom macroscópico, se puede observar en las instituciones que el sujeto individual del sistema tardomoderno no es el individuo cartesiano; sino el humano-solo y en su íntimo sentido de nuda vida. También se aprecian componentes de presencia corporativa trasnacional asociados a capitales financieros sin fronteras. En cuanto a la concepción de Sujeto y Ciudadano encontrada en las organizaciones; vemos que siguen presente dos ideas elementales. En el discurso de las instituciones aparece la noción de “conciencia”, es decir la razón; no obstante, en las acciones llevadas a cabo por estas, lo que subyace es la idea de “ser biológico” y nuda vida. Se puede apreciar en las instituciones que, partiendo del mismo ente humano, la construcción social de sujeto se da por identificación o por oposición al modelo social hegemónico vigente. En este sentido tenemos un sujeto individual “dueño” de sus propios deseos, en algunos casos; y, en otros, un sujeto en convivencia e interacción con el ambiente. El sistema tardomoderno se vale de diversificar estos tipos de enfoques que puedan llevar la bandera de ciertas reivindicaciones en detrimento de la fragmentación social y la organización de clases. Por último, referido a la Acción Social y a la Intervención; se hace hincapié en dos aspectos: aquello que deriva de la teoría ecologista y el construccionismo social. Se pone en juego la cuestión de la práctica instrumental, la relación entre medios y fines. La cuestión ética de fondo que justifica las acciones sociales está en debate. La ética moderna guiada por el “deber ser” del imperativo categórico de Immanuel Kant, aparece aún en algunas instituciones; mientras que en la sociedad contemporánea sobrevuela la lógica del deseo individual. El deseo personal se ha impuesto al comportamiento colectivo. En este marco, las instituciones intentan hacer operativa su acción. Como no pueden satisfacer deseos, entonces se apunta en muchos casos a lo vital: el hambre, el frío, la escucha. Así impone el modelo civilizatorio su intervención focalizada en la nuda vida, como diría Michael Foucault, en “hacer vivir y dejar morir”. En la construcción colectiva, además de la interacción de los diversos actores, se presenta al “territorio” como una categoría fundamental para determinar la intervención. Es decir, ambiente y territorio, están presentes a la hora de pensar la acción. Como cierre, podemos decir que las microacciones son las que van a dar identidad a los sujetos y a las organizaciones; y que, si bien estas se encuentran determinadas por una cuestión histórica, no son absolutas pues todo sistema se construye en base a contradicciones que permiten crecer, entre sus intersticios, nuevas formas de ser y hacer en el mundo. Bibliografía: [1] Quién suscribe como autor de la ponencia, fue el codirector de la investigación mencionada.Resumen:
Se nos últimos anos a dinâmica do capital monopolista ameaça cada vez mais a existência digna da classe trabalhadora na América Latina, o contexto pandêmico tornou ainda mais evidente a contraditória relação entre lucro e vida no capitalismo e seus rebatimentos particularmente desafiadores para os países do sul global. O decorrer dos meses assolados pela pandemia do coronavírus, marcado pelas medidas de isolamento e pelas milhares de mortes e comorbidades geradas pela doença, impactou de forma significativa a estrutura da reprodução social da vida já que, soma-se a esse fato, a retração das políticas de proteção e seguridade social, cada vez mais precarizadas com o avanço da ultradireita no Brasil.Conforme afirma Battacharya (2020) o nível de acesso aos bens e serviços que garantem a reprodução da vida tais como alimentação, moradia, hospitais e escolas públicas, por exemplo, determina sobremaneira o destino da classe que vive do trabalho. O Estado burguês brasileiro, embora se apresente formalmente a partir de um modelo de corresponsabilidade - juntamente com a família e a sociedade – centraliza, estrategicamente, na família a responsabilidade por grande parte da manutenção e reprodução da vida quando organiza as políticas e os serviços sociais. A centralidade da família neste processo corresponde, na verdade, à centralidade das mulheres na execução do trabalho de cuidado.No contexto de pauperização e precarização do acesso às políticas públicas, a chamada crise da reprodução social (ARRUZZA, BHATTACHARYA, FRASER, 2020) também se materializa nas demandas colocadas para a Defensoria Pública do Estado de São Paulo que, dentro da contradição posta pelo Estado capitalista, é a instituição pública estatal brasileira que tem como finalidade a promoção do acesso integral à justiça e a garantia de direitos à população economicamente vulnerabilizada.O Serviço Social, previsto em lei para ser apoio aos defensores públicos, passa a compor a equipe interdisciplinar da Defensoria Pública do Estado de São Paulo no ano de 2010 e desde então vem consolidando sua trajetória como campo de saber indispensável, que pode ser capaz de dialogar e transpor os limites da letra da lei e da satisfação de direitos como um fim em si mesmo, a partir da leitura atenta da conjuntura e da dimensão política que a profissão persegue.Neste sentido, este trabalho tem como objetivo, então, evidenciar o trabalho do Serviço Social no campo da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, considerando a direção política da profissão, expressa no Projeto Ético Político Profissional, a partir da Teoria da Reprodução Social como possibilidade de adensamento da compreensão da totalidade no contraditório campo sociojurídico. REFERÊNCIASARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. Teoría de la Reproducción Social. Elementos fundamentales para un feminismo marxista. Archivos de historia del movimiento obrero y la izquierda, n. 16, p. 37-69, 2020. BARROS, Luiza Aparecida. Serviço Social na Defensoria Pública: Potências e Resistências.São Paulo: Cortez, 2018. BHATTACHARYA, Tithi. O que é a teoria da reprodução social? Revista Outubro. ed. 32, 2019. Disponível em <http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2019/09/04_Bhattacharya.pdf> Acesso em 29 de abril de 2022. _______________. A teoria da reprodução social e por que precisamos entender a crise do coronavírus. Esquerda online. 03/04/2020 Disponível em <https://esquerdaonline.com.br/2020/04/03/tithi-bathacharya-a-teoria-da-reproducao-social-e-porque-precisamos-entender-a-crise-do-coronavirus/> Acesso em 29 de abril de 2022. BRETTAS, Tatiana. Capitalismo Dependente, Neoliberalismo e Financeirização das Políticas Sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2020. CISNE. Mirla. Feminismo e Marxismo: apontamentos teórico-políticos para o enfrentamento das desigualdades sociais. In: Revista Serviço Social e Sociedade, ed. 132, 2018. Disponível em < https://www.scielo.br/j/sssoc/a/kHzqt9vwyWmMyFd6hZjDmZK/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 27 de janeiro de 2022. CISNE. Mirla. Feminismo e Marxismo: ortodoxia no método e teoria em movimento. In: Teoria Política e Política Feminista: contribuições ao debate sobre gênero no Brasil/ Organizado por Luis Felipe Miguel,Luciana Ballestrin. - Porto Alegre, RS: Zouk, 2020, p. 39-57. COELLHO. Marilene. Imediaticidade na prática profissional do assistente social. Rio de Janeiro: Editora Lumen, 2013. FERREIRA, Verônica. Apropriação do tempo de trabalho das mulheres nas políticas de saúde e reprodução social [recurso eletrônico]: uma análise de suas tendências. Recife: Ed. UFPE, 2020 GAGO, Veronica. A potência feminista ou o desejo de transformar tudo. São Paulo: Editora Elefante, 2020. IAMAMOTO, M.V., SANTOS, C.M (Orgs.). A História pelo Avesso: A reconceituação do Serviço Social na América Latina e interlocuções Internacionais. São Paulo: Cortez, 2021. LOIOLA, Gracielle Feitosa de. Produção sociojurídica de famílias “incapazes”: do discurso da “não aderência” ao direito à proteção social. Curitiba: Editora CRV, 2020. MARX, Karl, 1818-1883. O Capital: crítica da economia política: livro I: o processo de produção do capital. Tradução Rubens Enderle. 2 ed. São Paulo: Boitempo, 2017. NETTO, José Paulo. Cotidiano: conhecimento e crítica. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2012. NETTO, José Paulo. Notas sobre marxismo e Serviço Social, suas relações no Brasil e a questão de seu ensino. Cadernos ABESS, n. 4. São Paulo: Cortez, 1991. SILVA, José Fernando Siqueira. América Latina: capital e devastação social. Revista Katálysis ed. 24, 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-0259.2021.e74788 > Acesso em 26 de janeiro de 2022.
Resumen:
La violencia de género es un problema social y de salud pública porque afecta a la gran mayoría de las mujeres, se estima que una de cada tres en todo el mundo ha sufrido alguna vez en su vida violencia física, psicológica o sexual perpetrada por su pareja (novio o cónyuge). La causa principal es el sistema patriarcal, que origina desigualdad de género con base al sexo de la persona, asignando roles diferenciados a varones y mujeres, que en su generalidad benefician a los hombres y colocan a la mujer en situación de subordinación y dominación. El incumplimiento a los roles asignados en la sociedad en muchos de los casos da origen a la violencia de género contra la mujer, que lamentablemente presenta secuelas nefastas que afectan a su integridad, en esta lógica, diversas investigaciones, señalan que las mujeres maltratadas tienen problemas de salud física, sexual y reproductiva y problemas de salud mental que pueden ir de moderados o graves, destacando entre los más frecuentes la sintomatología depresiva, los trastornos de ansiedad, la disminución de la autoestima, el estado de ánimo deprimido, ansioso o el trastorno de estrés postraumático (TEPT). En el caso boliviano, si bien es cierto que el Estado con base a los acuerdos internacionales a los cuales se suscribió como país, ha implementado políticas públicas a favor de la prevención de la violencia contra la mujer, sigue teniendo altas tasas de violencia. En el año 1995 se promulgó la Ley Contra la Violencia en la Familia o Doméstica, Ley N°1674, que constituyó el primer instrumento de protección a la mujer y su familia, abriendo la posibilidad de efectuar la denuncia directa de violencia familiar en las instituciones pertinentes, como la policía o los servicios legales integrales municipales (SLIM). Sin embargo, esta normativa se adscribía en un marco conciliatorio y una vez que la denuncia llegaba ante el juez, este daba sanciones flexibles (arrestos, multas) porque la intención era preservar los lazos familiares. En consecuencia, lejos de reducir la violencia contra la mujer en las relaciones de pareja, esta se reiteraba una y otra vez, y en muchos casos finalizaba con el asesinato de las mismas por razones de género (feminicidio). En el año 2013, la Ley N° 1674, fue derogada por la Ley integral para garantizar a las mujeres una vida libre de violencia, (Ley N° 348), que constituye por tanto la segunda Ley promulgada en Bolivia que busca incidir en la reducción de la violencia contra las mujeres. Su ámbito de actuación no solo es el familiar, sino también el público, ya que todo acto de violencia contra las mujeres independientemente del espacio en el que tenga lugar es considerado un delito, por lo que se ha pasado de un plano estrictamente conciliador a uno punitivo. Esta Ley también estipula una nueva tipificación de las violencias y se introducen nuevos delitos como, por ejemplo, el feminicidio y el acoso sexual. En el ámbito familiar, y específicamente en la violencia contra la pareja, se diferencian cinco tipos de violencia, a saber: física, feminicida, psicológica, sexual y económica. La presente investigación se realizó con el objetivo de analizar las posiciones discursivas del personal técnico, esto es, profesionales de la abogacía, psicología y trabajo social de las defensorías de la mujer (públicas y privadas) respecto a la aplicación de la Ley N°348 en casos de violencia contra la mujer en relaciones de pareja. La investigación se realizó en 8 defensorías de la mujer (2 ONG y 6 SLIM), se utilizó para ello metodología cualitativa y la técnica de recolección de la información que se utilizó fue la entrevista semiestructurada. La muestra estuvo compuesta por 21 funcionarios (2 directoras, 6 trabajadoras sociales, 5 abogados/as, 8 psicólogos/as) de las defensorías de la mujer que participaron voluntariamente en la investigación. Los datos recabados fueron analizados utilizando el programa Nvivo12.Los resultados de la investigación evidencian claramente más sombras que luces respecto a la aplicación de la normativa, ya que el Estado, al igual que sus instituciones protectoras de la violencia de género, no dan garantías de seguridad, ni confianza a las mujeres que viven en situación de violencia. Los procesos son burocráticos, agobiantes y dan preferencia a la sanción punitiva en desmedro de programas educativos y terapéuticos, además los servicios cuentan con reducido personal, caracterizado por la instabilidad laboral y limitados recursos materiales y financieros para el funcionamiento adecuado de las instancias de apoyo a la mujer; y a estas categorías de análisis se añaden la naturalización de la violencia contraellas, en todas las esferas de la vida social. Todos estos aspectos están contribuyendo a la falta de credibilidad y victimización secundaria y a la exposición a mayores riegos y hechos de violencia, contradiciendo la finalidad la Ley N° 348, que en líneas generales está orientada a establecer mecanismos, medidas y políticas integrales de prevención, atención, protección y reparación a las mujeres viven en situación de violencia. En conclusión, cabe señalar que es necesario hacer una reflexión crítica sobre la aplicación de la Ley N° 348, en concreto en casos de violencia contra las mujeres en relaciones de pareja, ya que la cultura patriarcal está arraigada en sus instituciones, en la sociedad boliviana, tanto en hombres como en mujeres, reproduciendo conductas machistas que obstaculizan la lucha contra la violencia de género. Por ello se resalta la necesidad de trabajar de forma integral programas educativos alternativos a los formales, desde edades tempranas para desaprender conductas, comportamientos y actitudes estereotipados que favorecen la naturalización de la violencia.Resumen:
La sistematización de experiencias se ha ido constituyendo como una de las modalidades de investigación en trabajo social; desde los mismos inicios de la profesión se observan acciones de las pioneras, mediante procesos realizados con grupos culturalmente diversos, procesos estos, que se sistematizaron dando paso a documentos de gran valor, convirtiéndose en las primeras bases epistemológicas- teóricas en trabajo social, en esta vía se pueden señalar dos ejemplos concretos 1. El libro Diagnóstico social de Mary Richmond publicado en 1917, sistematización de experiencia profesional de 2.800 informes de procesos desarrollados en 5 ciudades diferentes de Estados Unidos con grupos culturalmente diversos, donde se hace especial énfasis en la atención individual y familiar. 2. El libro Veintiún años en la Hull Hause, de Jane Addams, publicado en ingles 1910, sistematización de experiencia social comunitaria en chicago, con inmigrantes que construyeron y sufrieron la revolución industrial. Remedios Maurandi Guirado (2014) dice: “Es una obra fundacional del trabajo social, un meditado diálogo de la autora consigo misma y su tiempo en una larga “Ficha Social” de 20 años en la que de las “Historias de Vida” nos muestran cómo saber y hacer, pero también hacer y saber cómo algo inseparable”: “Un modo de vida”, es una experiencia que da cuenta de cómo enfrentamos la desigualdad. Este proceso con grupos culturalmente diversos, dio paso al trabajo social con grupos y comunidad, como modalidades de acción en trabajo social, encaminadas al cambio y la transformación social.Esta ponencia tiene como propósito, mostrar y/o describir elementos esenciales de la sistematización como modalidad de investigación en trabajo social y en particular con grupos culturalmente diversos, grupos, con quienes desde el inicio de la profesión se ha propendido por su reconocimiento en medio de situaciones históricas que han llevado a la opresión, la marginación y la desigualdad social en todas sus modalidades. La ponencia desarrolla elementos de dos procesos de investigación en los que participa el grupo de investigación Hermeneusis: Estudios sobre diversidad cultural y desarrollo de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca en Bogotá Colombia. Una de las investigaciones es el Macroproyecto titulado: “Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe: Diálogos actuales entre las propuestas de formación influenciadas por el periodo fundacional con las epistemologías alternas y la descolonialidad” investigación, que planteo como objetivo: Sistematizar los diálogos actuales, entre propuestas de formación Epistemológicas, teórico- metodológicas y prácticas del Trabajo social con grupos influenciados por el período fundacional, con las perspectivas epistemológicas alternas y des coloniales que contribuyan a la reflexión disciplinar. La investigación está planteada desde una base epistemológica interpretativa crítica, en la perspectiva del pluralismo critico; es una investigación desarrollada en el marco del Nodo Internacional y nacional de Trabajo social con grupos. La otra investigación se titulada “El modelo de vida independiente: aproximaciones desde las personas con diversidad funcional y su familia” el objetivo de esta investigación es: Comprender los diferentes significados que le otorgan las personas con diversidad funcional y sus familias a los pilares del modelo de vida independiente como punto de base para impulsar prácticas sociales comunitarias. Investigación planteada con una base epistemológica comprensiva interpretativa, en la perspectiva del Interaccionismo simbólico. La investigación se realiza en el marco de la convocatoria interna de investigación dirigida a Semilleros de la Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca, proyecto aprobado mediante Acuerdo 051 del 25 de agosto de 2021 del Semillero de investigación Epistemes, que hace parte del grupo de Investigación Hermeneusis.En la vía de la Sistematización de experiencias como una modalidad de investigación en trabajo social, la profesora Argentina Bibiana Travi (2017), comenta: “Las obras de estas pioneras, tratan de sistematización de experiencias profesionales realizadas medio siglo antes de que se produjeran en América Latina los primeros desarrollos teórico-metodológicos sobre la misma, entendiendo por sistematización la resignificación e indagación sobre la práctica profesional, el análisis de sus logros y dificultades, la evaluación de sus resultados en términos de intervención y la producción de nuevos conocimientos (Travi 2006, p. 50. Tomado en Travi B. 2011, Pag. 60). En este sentido la sistematización se convierte en uno de los ejes de desarrollo de la ponencia, donde se busca reconocer y valorar los aportes de las pioneras a la sistematización en el periodo fundacional, donde su mayor propósito fue el reconocimiento de todos aquellos grupos culturalmente diversos que sufrieron la opresión, la marginación y la desigualdad social, acciones mismas, que se constituyeron en procesos de reflexión y de educación popular encaminados a la transformación social. Para la sistematización de experiencias del Macro proyecto del Nodo de trabajo social con grupos, se tomó como referencia a Barragán D y Torres A (2017) quienes plantean que la sistematización de experiencias, “Implica una noción de realidad y de las prácticas sociales, una reflexión sobre los saberes que se generan en las prácticas y los alcances de la producción de conocimiento desde la experiencia y sus narrativas.”(Pág. 8). A partir de esta definición, se despliegan varios elementos que se desarrollan y que sirven de base para argumentar algunos de los aportes de las pioneras a la sistematización como modalidad de investigación, en este sentido lo que se busca es resignificar la sistematización como esa forma de investigación en trabajo social. Es así que la ponencia se estructura en dos líneas, 1. Aporte de las pioneras a la sistematización en trabajo social con grupos culturalmente diversos, en la vía de un acercamiento a los diálogos actuales entre las propuestas de formación influenciadas por el periodo fundacional con las epistemologías alternas y la descolonialidad; y 2. Algunos elementos teórico-metodológicos como aporte de autores contemporáneos a la sistematización como modalidad de investigación, esta segunda linea se dedica precisamente a revisar los aportes de ciertos autores contemporáneos en sistematización de experiencias, autores tales como Oscar Jara, Lola Cendales, Alfredo Guiso, Nelson Sánchez, Javier Betancourt, Disney Barragán y Alfonso Torres, quienes han elaborado escritos encaminados a brindar elementos que permiten profundizar y servir de guía a la hora de realizar procesos de sistematización de experiencias, que además se relacionan con los aportes de los procesos de sistematización elaborados por las pioneras.BibliografíaAddams, J. (2014). Veinte años en Hull House. Jane Addams. (Est. Introd. y Com. Remedios Maurandi Guirado). Editum. Ediciones de la Universidad de Murcia. URI: https://publicaciones.um.es/publicaciones/public/obras/ficha.seam?numero=2203&edicion=1Barragán D. Torres A. (2017) La Sistematización como Investigación Interpretativa Crítica. ARFO Editores e Impresores S.A.S.Consejo Académico (2021) Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca. Acuerdo 051 de 25 de agosto de 2021. Richmond, M. (2005). Diagnóstico Social. Madrid: Siglo XXI Editores de España (1ª ed. 1917, Russell Sage Foundation, Nueva York).Travi B. (2011). Conceptos e ideas clave en la obra de Mary Ellen Richmond y la vigencia actual de su pensamiento. En Cuadernos de Trabajo Social. Vol. 24 (2011): 57-67.Resumen:
A crise capitalista é estrutural e atinge o próprio capital e as suas frações da burguesia, que disputam entre si a própria sobrevivência. Além disso, a pandemia Covid-19 desvelou o que há de mais desumano e explorador, bem como as contradições que esse sistema gera e reproduz, como o ataque a diversos grupos, como as populações periféricas, mulheres, negros, indígenas, lgbtqi+, dentre outros, que enfrentam diversos tipos de violência. O texto abordará a articulação entre o ensino, a investigação e a extensão universitária como forma de reflexão e a atuação condizente com a complexa realidade societária por meio da análise dos projetos de extensão e de pesquisa “O ser social e as dimensões do exercício profissional”, alocados na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. O projeto de extensão aborda o frequente assédio às mulheres estudantes, que sofrem inúmeras consequências, em especial a dificuldade de permanecer na Universidade por terem filhos, a hostilidade de alguns professores e da própria Universidade que não oferece condições e o direito à creche universitária – um dos dez eixos da política de assistência estudantil que não foi ainda implementada e tem sido objeto de disputa para a sua efetivação. A realização de rodas de conversas com debates e convidadas externas de movimentos sociais, partidos políticos e trabalhadores em geral permitiu o aprofundamento das questões e a ampliação de aliados para a construção de projetos a serem viabilizados de forma coletiva. Entretanto, são processos de médio e longo prazo que exigem ações como os “Ocupinhas” (oficinas itinerantes com crianças filhas de trabalhadores e estudantes) que reuniu elementos da realidade – as próprias crianças que chegam à Universidade com suas mães, muitas vezes ignoradas – e também elementos lúdicos, ao realizarem diversas atividades como contação de histórias, pintura, jogos e brincadeiras, despertando quem passa pelos corredores e alertando acerca dessa demanda. Foram construídas “brinquedotecas itinerantes” com a participação das crianças, que customizaram caixotes de feira, colorindo-os e disponibilizando-os nos andares dos prédios, preenchendo-os com livros, lápis de cor, brinquedos, folhas e cartazes para que outras crianças pudessem levar os materiais para as salas onde suas mães assistiam às aulas. Esse apoio temporário foi a forma encontrada para que a ausência de uma creche (ou outro espaço) seja considerada, funcionando como um alerta sobre a necessidade de uma ação mais efetiva. Temos, portanto, como ponto de partida atividades que nos desafiam e nos exigem uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético e político, e que envolvem inúmeras escolhas, bem como fundamentação teórica para a distinção das diversas retóricas e interesses presentes no âmbito da realidade, e para o desvelamento da gênese e das particularidades da “questão social”. Nessa perspectiva, temos o desafio da superação de relações históricas de superexploração da força de trabalho, que caracterizam o Brasil como um país periférico e dependente inserido na divisão internacional do trabalho, assim como toda a América Latina, por garantirem a reprodução de sua dependência e subordinação por meio do desenvolvimento desigual e combinado entre centro e periferia, conforme afirma Ruy Mauro Marini. Além do desafio representado pelo racismo, mecanismo de dominação no período colonial, mantenedor dos privilégios dos brancos pelo regime escravista, que teve sua continuidade como dominação de classe (MOURA, 1994), conservando a divisão racial em uma sociedade de classes. E, aliado ao patriarcado como estruturante dessas relações, temos o desafio do autoritarismo por meio de relações de abuso de poder (FERNANDES, 2008), caracterizando um conjunto de análises imprescindíveis que permite romper com estudos descritivos, reducionistas, conservadores, a-históricos e acríticos, priorizando reflexões que abrangem as contradições dos fenômenos e a dinâmica da realidade em permanente movimento. O debate das ações no âmbito do ensino, pesquisa e extensão universitária, tripé que caracteriza a Universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada na classe trabalhadora é fundamental para garantir a perspectiva da totalidade social, considerando as diversas e complexas determinações de um fenômeno, sem isolar qualquer dimensão, mas consolidar análises que busquem a raiz das questões, para além da superficialidade, do foco nas consequências e da incidência paliativa. Combater o falseamento da realidade e a fragmentação do conhecimento por meio das categorias da Crítica da Economia Política, aliada a superação da consciência reificada, da preponderância do irracionalismo e da violência, expressões da lógica instrumental positivista que afirma a lógica do capital (LUKÁCS, 1959). Ao visibilizarem lutas sociais vinculadas ao enfrentamento das manifestações da “questão social”, os projetos de extensão e de pesquisa demonstram as implicações entre o trabalho, as teorias e ideologias que fundamentam a vigência da ordem estabelecida e as resistências no âmbito da criação humana, da ontologia do ser social (LUKÁCS, 2012). Resistir tem sido uma forma de ação contemporânea, porém insuficiente, uma vez que a luta contra o desmonte dos direitos sociais é apenas uma das ações, simultânea à organização e à articulação necessárias para a construção coletiva de um projeto societário que alie e se vincule à realidade da situação da classe trabalhadora, ou seja, de lutas coletivas de superação dessa ordem. As experiências e práticas populares coletivas revelam contradições cotidianas que são transpassadas por dimensões conflitivas e uma consciência reificada, apesar de todo esforço ideológico em ocultá-las, para sustentar laços baseados no desempenho individual e meritocrático. A diversidade da composição social e os desafios que temos pela frente, diante da agudização da luta de classes no mundo, implicam o respeito à trajetória da classe trabalhadora que historicamente vem lutando e defendendo a ampliação dos direitos, as condições dignas de vida e a superação dessa ordem. Todavia, o processo de gestão da pobreza e dos conflitos nos países da América Latina tem implicado a efetivação de políticas e parcerias que são limitadas em seu alcance, sobretudo, porque a questão social em sua variada e complexa manifestação nos desafia e demanda uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético, político e de ruptura radical com as formas políticas e institucionais que garantem a atual ordem de dominação.Resumen:
En la presente ponencia, compartimos una experiencia colectiva de repensar el quehacer investigativo en el marco del aislamiento producto de la pandemia por COVID-19. En el año 2020, el equipo de investigación se encontraba trabajando en la investigación “Jóvenes: educación, trabajo y participación política. Un estudio de las representaciones sociales en jóvenes universitarios y no universitarios de la Ciudad de La Plata”. Para dicho año, se había planificado iniciar el trabajo de campo. Sin embargo, la irrupción de la pandemia por COVID-19 y las medidas de aislamiento/distanciamiento social, preventivo y obligatorio conllevaron a redefinir y repensar el proceso de investigación, como así también las formas y modalidades del quehacer investigativo. En este trabajo, retomamos estas reformulaciones metodológicas. Para ello, recuperaremos algunas consideraciones generales del proyecto de investigación y los cambios que la pandemia nos llevó a hacer en el objeto de estudio. Luego, en un segundo momento, reflexionaremos en torno a las posibilidades del diseño flexible en la investigación cualitativa, nos detendremos en las modificaciones acontecidas en el trabajo de campo. Retomando esta noción de la investigación social, en este trabajo proponemos reflexionar acerca de cómo la pandemia de COVID-19 ha afectado los modos de hacer investigación, recuperando una experiencia colectiva en el marco del proyecto “Jóvenes: educación, trabajo y participación política. Un estudio de las representaciones sociales en jóvenes universitarios y no universitarios de la Ciudad de La Plata”2. Nuestro interés en problematizar esta situación se debe a que, además de ser investigadores, somos también docentes de metodología de la investigación y entendemos que este contexto nos obliga a reflexionar sobre nuestro oficio de investigar. La pandemia no solo ha alterado la vida universitaria y académica, la ejecución de las actividades propias del trabajo de campo o las tareas propias del relevamiento de información, sino que también nos ha obligado a repensar las múltiples decisiones que abarca el diseño de una investigación en su conjunto. Como señala Piovani (2018) todo diseño implica tomar decisiones en torno a la construcción del objeto a investigar, la selección de los casos, la recolección y el análisis de la información. Utilizando nuestra propia experiencia, reflexionaremos sobre los modos en que la pandemia nos obligó a revisar todos estos elementos. La investigación en cuestión, llevada a cabo en el Instituto de Estudios en Trabajo Social y Sociedad de la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de La Plata, se inició a comienzos del año 2019 y se culminará en diciembre del año 2023. En el primer año de trabajo, se profundizó en las lecturas teóricas sobre los ejes principales del estudio. Asimismo, se esbozó un marco teórico provisorio que posibilitó discutir colectivamente los conceptos sensibilizadores y también pensar y diseñar los instrumentos de recolección de información. En el segundo año de la investigación, se había planificado comenzar con el trabajo de campo. Sin embargo, la irrupción de la pandemia por COVID-19 y las medidas de aislamiento/distanciamiento social, preventivo y obligatorio conllevaron a redefinir y repensar el proceso de investigación, como así también las formas y modalidades del quehacer investigativo. Como mencionan Cuenca y Schettini: “En el marco de la pandemia del COVID-19 y su consecuente aislamiento social, preventivo y obligatorio (ASPO), las actividades de investigación en ciencias sociales pasaron por diferentes momentos: el primero, fue la suspensión de las actividades denominadas de trabajo de campo y de investigación in situ, en parte para enfocar el esfuerzo a las tareas de docencia en su modalidad virtual que se reorganizaron intempestivamente” (2020, p. 2).En la puesta en acto de este proyecto, se desarrolló una investigación considerada flexible, la cual no consta de etapas lineales, sino que es un proceso constituido por una serie de momentos flexibles, que permiten durante el transcurso de la investigación, ir modificándose en relación con los nuevos contenidos o virajes que surgen. La naturaleza de los fenómenos a los que nos acercamos desde la investigación cualitativa requiere de esta flexibilidad para que el proceso de investigación se vaya ajustando a las propias necesidades de la realidad estudiada. Sin embargo, optar por un diseño flexible, requiere de una actitud crítica constante con aquellas decisiones metodológicas que se van adoptando, a fin de sostener la rigurosidad y congruencia metodológica. “La reflexividad que proponemos apunta a favorecer un análisis del proceso de investigación que ponga en evidencia su no linealidad, así como la inevitable presencia de los conocimientos personales y tácitos (en el sentido de Polanyi, 1958; 1966) y el carácter recursivo que, aunque en distintos grados, siempre aparece en la relación diseño / práctica de la investigación…” (Piovani, 2016, p. 48). En este sentido, la opción de un diseño flexible posibilitó repensar las unidades de observación dada la irrupción de la pandemia por COVID-19 como así también re direccionar el trabajo de campo. “Si bien el trabajo de campo se considera el momento empírico de una investigación y, por lo tanto, el que está más alejado de los avatares de la coyuntura política, hace mucho tiempo que enseñamos y decimos que en investigación nada es neutral. Lo que quiere decir que todo el proceso de investigación comparte la episteme que caracteriza un momento histórico particular; como todas las prácticas discursivas, la investigación también está determinada históricamente (Foucault, 1987)” (Cuenca y Schettini, 2020, p. El acontecimiento de la pandemia se incorpora a los ejes análisis de la investigación en términos de demarcación entre un antes de la pandemia y los cambios operados en la actualidad (bajo acontecimiento de la pandemia) respecto a las rutinas de lxs estudiantes en su vida cotidiana, en las actividades propias del estudio las posibilidades y organización para estudiar en la virtualidad y la participación política. Entre los meses de noviembre de 2020 y julio de 2021, el equipo de investigación realizó entrevistas de manera virtual a estudiantes militantes de diferentes facultades. El criterio utilizado para integrar la muestra intencional fue que tuvieran tres 6 años de permanencia en las respectivas carreras. Se utilizaron plataformas de videollamadas/videoconferencias como Zoom o GoogleMeet. A su vez Estas entrevistas fueron grabadas y luego transcriptas, a fin de ser analizadas con el soporte del software Atlas.TiResumen:
En la ponencia presentaremos algunas apuestas que llevamos a cabo en la investigación “Cartografías familiares acerca de los Cuidados, Género y Subjetividades desde la vigencia del Código Civil y Comercial argentino: ¿nuevos paisajes y territorios?”[1]Y, así mismo, retos que emergen del proceso mismo, como aportes a la discusión de los desafíos metodológicos que nos atraviesan, ante la complejidad de la realidad social latinoamericana. Nuestra indagación, es aplicada de carácter teórico y empírico, a través de un estudio exploratorio y descriptivo enmarcado en una estrategia metodológica cualitativa. Como objeto de estudio planteamos las transformaciones materiales y simbólicas producidas en las cartografías de las prácticas familiares, institucionales y políticas públicas respecto a los cuidados familiares, en los paisajes familiares, subjetivos, escenarios y cuerpos, entendidos como territorios. Las técnicas utilizadas fueron: grupo focal con mujeres de organizaciones sociales; entrevistas en profundidad con mujeres de zonas rurales y adolescentes estudiantes; entrevistas semiestructuradas a varones, a integrantes de diversas organizaciones familiares y referentes del Poder Judicial de Mendoza, Argentina.Al referirnos a las apuestas, nos posicionamos desde una perspectiva crítica descolonial[2], de derechos humanos, género y los aportes de la sociología de los cuerpos/emociones, con lo cual nos abrimos a revisar la dimensión colonial, patriarcal y capitalista presente en las prácticas sociales e investigativas. Por otro lado, interpelamos y asumimos los desafíos de un proceso metodológico poco explorado, posicionado en estrategias metodológicas participativas como lo son las cartografías sociales, la experiencia de cartografiar cuerpos y emociones y, las metodologías expresivas (Magallanes, Vergara y Cena, 2017). Para Macila y Habbeger, “las cartografías sociales se plantean como medio representativo para recuperar la palabra, visualizar conflictos, denunciar situaciones injustas, proponer cambios y mejoras e introducirnos participativamente, a través de trabajo en red, en la creación de líneas de fuga colaborativas y alternativas al modelo impuesto por el capitalismo neoliberal”. (2005. Pág. 1) Todo ello, a fin de contribuir a desnaturalizar procesos y tramas de lo social, que nos entrampan como sociedad en procesos de dominación. Desde tales estrategias, nos hemos acercado a los impactos subjetivos, emociones y tensiones corporales que entendemos pueden dar lugar a nuevas cartografías singulares y familiares en los cuerpos-territorios de mujeres y otres referentes familiares entrevistades, de diversos modos de organización familiar, así como, las interseccionalidades presentes en ellas. Procesos todos que estremecen y nos estremecen, amplificados debido el contexto de Pandemia por COVID 19, atravesando nuestras propias corpobiografías en torno a la cuestión social y la salud en la vida cotidiana.Como retos durante el proceso de indagación, en un contexto que significamos como inesperado, asumimos la profundización de las estrategias de investigaciones anteriores. En consecuencia, emerge la importancia de la mirada y escucha activa del sentipensar de sus protagonistas (mujeres, referentes de las diversidades familiares y del campo judicial). Así mismo, desde el propio equipo de investigación, (Compuesto por Trabajadores Sociales y estudiantes de la Carrera), dando cuenta de percepciones colectivas y autopercepciones, como camino de co-construcción, reconocimiento y asunción del entramado de la tarea investigativa. Por otra parte, la posibilidad de cuestionar los modos de presencialidad y relacionamiento otros y,transmutar la virtualidad para concretar nuestros objetivos, desde una visión tecnocrática de la tecnología hacia aquella que posibilita atravesar pantallas, redes, sentires y pensares propiciando la construcción de relaciones, descubrir sentimientos, trayectorias, corporalidades y complejidades, tanto en lo colectivo como en las propias subjetividades. Tales experiencias son destacadas por algunas/os autoras/es como etnografías virtuales (Sena y Lisdero, 2015; Pericás, 2020; Piovani, 2018) y asumidas como técnicas para la producción de conocimiento científico.Al respecto, hemos procurado revisitar las políticas públicas corporizadas en las prácticas sociales y de investigación para la producción de conocimientos, a fin de reconocer si persiste en ellas la presencia de la dimensión colonial, patriarcal y capitalista en los cuerpos, emociones y territorios, dentro de una matriz neoliberal.El aporte de la presente investigación se transmuta a nuestros ámbitos laborales, Poder Judicial, Escuelas, Municipios, ETI, y sobre todo como insumo para las materias en las cuales algunas de las participantes somos docentes de la Licenciatura en Trabajo Social. [1] Proyecto de Investigación “Cartografías familiares acerca de los Cuidados, Género y Subjetividades desde la vigencia del Código Civil y Comercial argentino: ¿nuevos paisajes y territorios?”. Proyecto Bienal Tipo 1 2019- 2021, acreditado y financiado por SECTyP de la U.N. de Cuyo, Código 06/F422. Directora: Mgter. Laura Montes, Co- Directora: Mgter. Stella Cusimano. [2] Desde nuestro equipo entendemos que el debate acerca de la distinción decolonial -descolonial se encuentra aún abierto. Optamos por hacer referencia a la descolonialidad y al giro descolonial, en tanto proceso y prácticas de lucha y resistencia socio-cultural de movimientos feministas, pueblos originarios, ecologistas, minorías, etc. y no sólo en el espacio académico, tal como es expresado por Boaventura de Sousa Santos (2006), Fernandez Moujan (2014) y Verdesio (2013).Resumen:
O presente trabalho possui como ponto axial discutir as dimensões constitutivas e instrumentalidades do Serviço Social no Brasil, bem como o debate atual acerca do tema, a pesquisa será composta por uma base bibliográfica que possibilitará uma ampla gama de informações, além de permitir o uso de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando na construção, ou melhor, definição do arcabouço conceitual que circundará o objeto de estudo (GIL, 1994). Essa forma de analisar a produção acadêmica do Serviço Social é de extrema relevância para enriquecer o estudo aqui apresentado, traçando breves análises das três dimensões do Serviço Social que surgem da discussão intensificada pelo Movimento de Reconceituação no Brasil, entre os anos 1970-80, contrária ou acrítica, na negação da neutralidade que historicamente tem sido atraída pela profissão e na relevância de uma abordagem da teoria marxista, esses fatores predominantes são de grande importância para uma autorreflexão como categoria profissional sobre o significado sócio-histórico do Serviço Social no capitalismo. Nesse sentido à categoria profissional, é permeada pela dialética marxista para reformular criticamente as bases teórico-metodológicas que podem proporcionar uma leitura crítica da realidade capitalista e logo das consequências do sistema, bem como das chamadas expressões da "questão social", consequência histórica dos métodos econômicos, políticos, sociais e culturais impostos pelo sistema de produção. Essa diretriz é central na discussão e formulação de uma nova base teórica e metodológica que dê conta das reais demandas dos usuários. Juntamente á isto, a reflexão crítica propiciou o compromisso da categoria com a classe trabalhadora, da mesma forma que o seu próprio reconhecimento enquanto classe operária. O posicionamento ético-político nos traz direcionamento que tem como base o arcabouço teórico-metodológico, pois não cabia mais o posicionamento de neutralidade a profissão, assim como o conservadorismo e moralismo. A dimensão política configura o compromisso profissional com as intencionalidades das ações, com os direitos dos usuários e a liberdade de cada indivíduo, dessa forma: Sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças sociais da sociedade capitalista – relações essas que são contraditórias. Assim, é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político frente às questões que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual é a direção social da sua prática. (SOUSA, 2008, p. 121) À guisa de Sousa (2008), historicamente, o Serviço Social foi instituído como profissão por sua natureza interventiva, haja visto ser preciso influir nas expressões de “questão social” com as poucas políticas sociais que existiam na década de 1930; essa era a única dimensão necessária a vista do Estado, a intervenção. Se configurando na contemporaneidade como a técnico operativa, esta é a que mais se evidencia aos olhares da sociedade, pois responde às especificidades referentes ao campo da instituição empregatícia e pelas demandas dos usuários, se constituindo a partir da base de sustentação da profissão: arcabouço teórico-metodológico, ético político em consonância com o Código de Ética de 1993 e o Projeto Ético-Político da profissão.A atuação exige uma constante reflexão crítica e propositiva acerca das demandas e formas de intervenção a serem realizadas, haja visto que a sociedade vive em constante transformação, logo, é inerente a uma práxis em consonância com o que foi previamente destacado enquanto base de sustentação da profissão para uma atuação pensada e bem articulada, pautada na indissociabilidade das dimensões e das atribuições privativas da categoria como motriz da ação profissional.Outrossim, o Serviço Social e seu caráter interventivo foi se modificando ao longo dos anos, como referenciado por Guerra (2000) muitas das nossas requisições no ambiente de trabalho se referem as instrumentais, mas nem por isso a atuação do Assistente Social se restringe a ela, dessa forma: “Com isso queremos afirmar que reconhecer e atender às requisições técnico-instrumentais da profissão não significa ser funcional à manutenção da ordem ou ao projeto burguês.” (GUERRA, 2000, p.1).A instrumentalidade é intrínseca ao exercício profissional, desse modo compreendê-la para além dos aspectos técnicos é primordial “o termo instrumentalidade [...] o sufixo "idade” tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo.” Ou seja, expressa a intencionalidade advinda do processo teleológico do profissional que realiza a mediação das respostas dadas as demandas suscitadas. (GUERRA, 2000, p.1) A autora continua discorrendo ser a instrumentalidade que nos permite modificar, alterar as condições objetivas e subjetivas Das relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. [...] Na Medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade. (GUERRA, 2000, p. 2) Continua discorrendo que no meio laboral do assistente social há indivíduos formados por totalidade e determinações históricas que o trouxeram ali, logo exigem mais que ações instrumentais imediatas, e sim do conjunto das dimensões da profissão coadunado com o Projeto ético-político que deve nortear a profissão, para assim proporcionar um direcionamento que não só favorece o projeto capitalista de reprodução da ordem vigente, e sim busca mecanismos e estratégia em defesa da classe trabalhadora. O instrumental necessita ser a mediação, e não a finalidade do exercício profissional, pois se assim o fosse voltaríamos a objetivar a técnica como meio e fim. Portanto, pensar o Serviço Social e o processo interventivo, é pensar em competências e atribuições, no conjunto das dimensões, no Projeto Ético-Político da profissão, é avaliar que estamos intervindo em vidas e realidades diferentes. BIBLIOGRAFIA: DE SOUSA; Charles Toniolo. A prática do assistente social. : Conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, v. 8, n.1, p. 119-132, 2008. GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Programa de capacitação política em Serviço Social e política social. Módulo, v. 4, p. 1-16, 2000. GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Programa de capacitação política em Serviço Social e política social. Módulo, v.4, p. 1-16, 2000. GIL; A. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4º. ed. São Paulo: Atlas, 1994.Resumen:
Considerando os debates desenvolvidos ao longo do segundo semestre de 2021 na disciplina Trabalho Remoto e Serviço Social do Programa de Pós-graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPGSS-UERJ), o presente artigo pretende estabelecer mediações entre as reflexões teóricas propostas e o trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais do Instituto Federal Fluminense em contexto de pandemia de Covid-19.O Instituto Federal Fluminense, em decorrência da pandemia de Covid-19, suspendeu suas atividades presenciais a partir do dia 15 de março de 2020, ficando até meados de outubro sem a realização de qualquer modalidade de aula (nem presencial, nem remota). A partir de meados de outubro, após um extenso e diversificado debate com a comunidade interna e externa, os diversos campi aprovaram calendários específicos e adequados às suas realidades locais para um retorno das aulas na modalidade remota.[1]Mesmo com a suspensão do ano letivo, as atividades administrativas da instituição mantiveram-se por meio do trabalho remoto sem qualquer interrupção e, em especial no que se refere ao trabalho dos assistentes sociais do IFF, o qual se realizou intensamente diante do cenário de caos social, econômico e de saúde vivido no país que, consequentemente, atingiu os estudantes da instituição e seus familiares.Focando especificamente nas atribuições profissionais exercidas na política de assistência estudantil,[2] este artigo pretende socializar como o trabalho foi configurado em contexto pandêmico, funcionando como uma espécie de relato de experiência coletivo. Para além de relatar uma experiência profissional específica, tal ensaio pretende conferir destaque à especificidade de um trabalho profissional exercido (por um grupo de profissionais) de maneira organizada, coletiva e integrada.Cumpre esclarecer que, há cerca de 10 anos, os assistentes sociais do IFF se organizam por meio do Fórum de Assistentes Sociais do IFF (FASIFF),[3] órgão autônomo, de regimento próprio e reconhecimento institucional, que representa os profissionais do IFF e atua na definição, organização, defesa e apresentação do que seja o trabalho do Serviço Social, suas potencialidades, atribuições, competências e capacidade de colaboração com os serviços prestados à comunidade estudantil. A existência do FASIFF não é uma mera formalização, ele de fato concede à categoria maior força político-organizativa, mais legitimidade e reconhecimento institucional. Um exemplo evidente disso é que já a três gestões o Fórum tem tido autonomia para indicar um(a) assistente social para ocupar o cargo de gestão na Pró-reitora de Assuntos Estudantis (e ou similares), o que tem colaborado tanto na defesa de vagas de profissionais nos quadros dos diversos campi[4] quanto na elaboração de políticas e documentos institucionais, na disputa de orçamento e na transparência dos recursos e das ações administrativas. O FASIFF representa o Serviço Social, emite parecer, participa de Câmaras institucionais, conduz grupos de trabalho, elabora documentos, solicita ofícios e portarias e estabelece disputas em nome do coletivo, bem como do direito dos estudantes. De maneira organizada, os assistentes sociais apoiam-se por meio desse fórum e reconhecem que o trabalho coletivo suplanta em possibilidades.Em tempos de pandemia e trabalho remoto, foram ainda mais essenciais o diálogo profissional, a padronização de posturas e os discursos e a defesa do código de ética e da lei que regulamentam a profissão de maneira coletiva e não individual.Ter um espaço como esse faz com que os assistentes sociais isolados em suas unidades escolares não se vejam desamparados e permite à instituição reconhecer o trabalho do Serviço Social independente do profissional que o exerça.Neste artigo, apresentaremos o FASIFF e daremos ênfase ao trabalho do Serviço Social no IFF via tal organização no contexto dos anos de 2020 e 2021, desenvolvido como trabalho remoto, conferindo destaque para as questões que explicitam o diferencial de vivenciar profissionalmente esses desafios de maneira coletiva. Isso porque entendemos que, se “o teletrabalho ou trabalho remoto se insere como um dos experimentos para intensificar a exploração do trabalho e dificultar a organização política da classe trabalhadora” (CFESS, 2020, p. 2), isso se torna no mínimo mais difícil quando a categoria se organiza da maneira como a que temos exemplificado no IFF.Assim, neste artigo, além de apresentarmos a realidade concreta do trabalho profissional dos assistentes sociais em tempos de pandemia no âmbito da educação num Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, iremos estabelecer reflexões teóricas com os conteúdos trabalhados na disciplina do PPGSS/UERJ, em um verdadeiro esforço de, pelo real, construir mediações e abstrações que sejam capazes não apenas de elucidar a essência e as determinações desse fenômeno, mas também e principalmente, de contribuir com a transformação desse real.É preciso se valer de exemplos exitosos do ponto de vista da defesa da ética profissional, de exemplos de atuações e organizações que colaboram com o alargamento da autonomia técnico-profissional nos mais variados espaços ocupacionais. Isso porque, longe de ser um modelo ideal que pode inclusive ser imediatamente reproduzido em qualquer contexto e realidade de trabalho, não deixa de servir de contribuição crítica e reflexiva e de reconhecimento de novas e reais alternativas. [1] A instituição aprovou as Atividades Pedagógicas Não Presenciais – APNPs via Resolução Interna que regulamentou como todas as atividades letivas não presenciais deveriam ocorrer.[2] A maior parte dos assistentes sociais do IFF estão lotados nos setores que atuam na política de assistência estudantil, com exceção de duas que atuam na saúde e uma no ensino.[3] O FASIFF foi instituído pela Portaria n° 745 de 03 de novembro de 2011 e teve seu regimento interno aprovado e registrado em 21 de novembro do mesmo ano.[4] Desde a criação do FASIFF, foram nomeadas mais 11 profissionais de Serviço Social para o IFF seja por concurso, seja por redistribuição (de um total atual de 17 profissionais). Parte das vagas foram decorrentes de trocas de distintos cargos de nível superior pelo de assistente social. Atualmente, apenas três campi não têm assistentes sociais nos seus quadros profissionais, entretanto estamos empenhados em conseguir garantir profissionais em todos eles.Resumen:
En un contexto nacional de fuerte incremento y/o creciente visibilizacíón de los casos de Violencia contra la Mujer y, sobre todo, de Feminicidios, es -sin duda- de urgente necesidad mejorar las posibilidades de aporte institucional que, desde las diferencias de experticia disciplinar, aporten desde el ángulo académico al imprescindible y urgente acceso a la justicia por parte de las Mujeres víctimas de los delitos señalados, como eje central del Desarrollo Humano planteado por la política pública estatal. En ese marco, los hallazgos presentados a lo largo de la presente investigación, confirman que los Informes Sociales Actuales numerosamente elaborados por el Trabajo Social profesional para esos casos, a través de determinadas instituciones, y por profesionales independientes, no tienen en general -aunque lo aparenten sobre todo en los casos de Feminicidio- el carácter de Informes Sociales derivados del Peritaje Social experto. La razón central para esta situación es el subdesarrollo del Trabajo Social Forense, del cual es parte el Peritaje Social. Tal situación, es producto del reducido conocimiento y experiencia práctica interdisciplinar entre Derecho/Justicia y Trabajo Social académico en Bolivia que aporte en el avance del Trabajo Social Forense como interfaz de dichas disciplinas orientadas al acceso pleno a la justicia. Por otra parte, está ausente la relacionalidad Hombre-Mujer en situación de igualdad, base de la Perspectiva de Género. Sin embargo de todo lo dicho, la existencia del Protocolo de la ONU para la intervención de la Justicia en los casos de Feminicidio, el cumplimiento parcial pero aún insuficiente de lo establecido en el Código de Procedimiento Penal nacional respecto de las Pericias sociales, las valoraciones favorables por parte de todos las actoras involucradas para un salto cualitativo de lo social en la temática, considerando la numerosa existencia de Informes Sociales no periciales en todo el territorio nacional, brindan las condiciones para un urgente y necesario adelanto del Trabajo Social Forense y el Peritaje Social como aporte en el acceso a la justicia por parte de las mujeres bolivianas.