IM - ROJA
11:00 - 13:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#017 |
FINANCIAMENTO PÚBLICO EM TEMPOS DE AUSTERIDADE FISCAL E PANDEMIA: UMA ANÁLISE SOBRE OS DESAFIOS DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM PALMAS – TO
Marlucy Ramos Albuquerque Carmo
1
;
Maria Helena Cariaga Silva
1
1 - Universidade Federal do Tocantins.
Resumen:
Este trabalho tem como objetivo analisar os desafios do Sistema Único de Assistência Social -SUAS no município de Palmas, capital do estado do Tocantins , nos anos de 2019 e 2020, ou seja, períodos marcados pela contradição entre a redução do financiamento público no cenário nacional e o aumento das desigualdades e riscos sociais potencializadas principalmente pela pandemia de Covid19, trazendo para a assistência social e seus trabalhadores uma responsabilidade crescente na oferta de serviços básicos e/ou especializados de atendimento à população. Para atingir este fim, esta pesquisa, de cunho qualitativa, será construída a partir de uma revisão bibliográfica de teóricos que versam sobre a temática e de pesquisa documental nos órgãos executores dessa política. Como resultado deste estudo, almeja-se identificar um panorama de como o SUAS municipal tem se organizado para promover a continuidade dos seus serviços em um cenário paradoxal entre os cortes no seu orçamento e a ampliação de suas demandas. Sabe-se que o financiamento público para as políticas sociais é condição necessária para garantir e aprimorar a Proteção Social a indivíduos e famílias, especialmente quanto Política Nacional de Assistência Social – PNAS, onde encontra-se estruturada através do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e deve ofertar serviços, programas e/ou projetos para a população que dela necessitar. A partir dessa compreensão, evidenciou-se como objetivo deste artigo a necessidade de discorrer sobre o financiamento público da Política de Assistência Social, em tempos de austeridade fiscal, principalmente em virtude da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 95) que congelou por 20 anos os investimentos em algumas políticas públicas, sobretudo na assistência social e, a partir disso, traçar breves reflexões sobre as condições do financiamento do SUAS de Palmas -TO, nos anos de 2019 e 2020, analisando ainda como se deu a oferta dos seus serviços e demais programas, projetos e/ou benefícios, nesse cenário paradoxal. Esta pesquisa tem como direção analítica a teoria social de Marx e como eixo metodológico a relação dialética por meio das aproximações sucessivas constitutivas do saber de uma dada realidade. Ademais, para o alcance dos objetivos deste estudo, seguimos pela esteira da pesquisa qualitativa, sendo que, do ponto de vista dos objetivos propostos, caracteriza-se como uma pesquisa exploratória. Já do ponto de vista dos procedimentos técnicos, a metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica e documental. Dessa forma, as fontes bibliográficas para melhor aprofundamento dessa pesquisa são as publicações de teóricos (as) que versam sobre a temática. Quanto à pesquisa documental, segue-se consultando os Relatórios de Gestão, Censo SUAS e demais documentos internos do órgão a ser pesquisado e que possibilitem obter informações precisas sobre o tema em questão. Nos levantamentos preliminares, pode-se favorecer uma breve reflexão de que a implantação do SUAS, ainda que com limitações, trouxe grandes avanços para a política de assistência social, principalmente relativo à questão do financiamento. Visto que, “das políticas que integram a seguridade social brasileira, a assistência social foi a que demorou mais tempo para conquistar o espaço próprio no orçamento público brasileiro” (COURI e SALVADOR, 2017). Sendo que, a conquista desse espaço começou a ser regulado com a aprovação da LOAS em 1993.Contudo, as movimentações políticas em torno da austeridade fiscal assumiram protagonismo no Brasil em 2015 como um plano de ajuste fiscal de curto prazo da economia brasileira. Porém, em 2016, seus princípios passaram a nortear estruturalmente o setor público com a Emenda Constitucional 95 (EC95) que impõe uma redução dos investimentos do Estado para os próximos 20 anos, sendo uma das ações que causou grandes impactos na Política de Assistência Social, desde então, com os cortes orçamentários da União, e a consequente defasagem dos repasses para os Municípios, comprometendo assim as ações da Assistência Social. Relativo ao cenário nacional do período a ser analisado neste estudo, torna-se evidente que, no ano de 2019, o SUAS presenciou um corte de quase 50% no seu orçamento expresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2019), aprovada pelo CNAS com previsão orçamentária de R$ 61,136 bilhões, contudo, desse valor, foi disponibilizou apenas R$ 30,899 bilhões para a área de assistência social. Nesse mesmo ritmo, quanto ao ano de 2020 o CNAS havia aprovado um orçamento de cerca de R$ 2,7 bilhões. No entanto, a Lei Orçamentária daquele ano destinou apenas R$ 1,3 bilhão para estas transferências, inicialmente. Com base no brevemente exposto, é possível inferir que o financiamento da política de assistência social está estrategicamente condizente com a lógica capitalista, onde “a tendência geral é a de redução de direitos, sob o argumento da crise fiscal, transformando-se as políticas sociais a depender da correlação de forças entre as classes sociais e segmentos de classe” conforme explica Behring (2008, p. 248), situação essa que que caminha para a inviabilização da maior rede de serviços, programas, projetos e benefícios da América Latina e uma das maiores do mundo, construída entre 2004 e 2016.Pode-se favorecer, até aqui, uma breve reflexão relativa ao financiamento da política de Assistência Social, que tem sido alvo de intensos cortes e descontinuidades em seus repasses desde 2016 e desse modo, inevitavelmente, caminha-se para a fragilização da rede de proteção social, o que torna um desafio ainda maior para que a PNAS se firme no alcance de seus objetivos. Sendo assim, cabe ressaltar a pertinência dessa pesquisa, objetivando analisar os rebatimentos desse contexto no SUAS de Palmas -TO, visto que a temática merece ser alvo de reflexão crítica e contínua no intuito de fortalecer o SUAS, reforçar as conquistas históricas e promover maior acesso à população usuária em cada território brasileiro.
#071 |
A SAÚDE DE TRABALHADORES/AS ASSISTENTES SOCIAIS: CONDIÇÕES DE TRABALHO E ADOECIMENTO NO CONTEXTO DE PANDEMIA DA COVID-19
Mabel Mascarenhas Torres
1
;
Tânia Mara da Silva
1
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
O artigo é parte da sistematização de dados de uma pesquisa de doutoramento que tem como objeto de estudo a relação entre as condições de trabalho do/a assistente social e o processo de adoecimento desses profissionais pelo trabalho. A pesquisa também se vincula ao Grupo de Estudos e Pesquisa sobre os Fundamentos e o Trabalho do/a Assistente Social – GEFTAS, cujo objetivo é realizar pesquisas sobre os fundamentos da profissão e as características do trabalho de assistentes sociais nas políticas sociais. O artigo objetiva refletir sobre as consequências da pandemia da Covid-19 nas condições de trabalho de assistentes sociais que atuam na política de assistência social e na saúde desses trabalhadores. O procedimento metodológico utilizado foi a revisão bibliográfica, analisando os trabalhos completos publicados em anais de congressos da área, assim como em periódicos hospedados em programas de pós-graduação na área do Serviço Social, no ano de 2021, como forma de identificar publicações que tratam das condições de trabalho e saúde de assistentes sociais, no contexto pandêmico. Foram selecionados os trabalhos publicados no VII Seminário de Políticas Sociais no Mercosul - SEPOME, e da X Jornada Internacional de Políticas Sociais – JOINPP, ambos congressos internacionais e realizados em formato remoto, no ano de 2021. Os periódicos selecionados são: Argumentum (Programa de Pós-graduação em Política Social da UFES); Revista Emancipação (Departamento de Serviço Social e Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas da UEPG), ambos reconhecidos pela excelência das publicações. Uma vez identificados os trabalhos e artigos, processou-se a leitura, coleta e registro de informações como: título; nome do autor/a; resumo; palavras chaves, em um formulário que denominamos ficha catálogo, como forma de iniciar um banco de dados sobre as informações preliminares acerca das publicações. Na sequência, foram realizadas leituras analíticas das publicações selecionadas, com o objetivo de identificar conceitos e concepções apresentados pelos autores a partir dos unitermos adoecimento; saúde do trabalhador; desgaste; sofrimento; esgotamento; fadiga e cansaço. Após a coleta e sistematização dos dados, para fins deste trabalho serão apresentadas as concepções e debates construídos pelos autores quanto as condições de trabalho e saúde de assistentes sociais. Podemos classificar esse estudo como uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e explicativo, na medida em que se almeja alcançar um maior conhecimento da realidade e das suas determinações nos marcos do capitalismo, com base em uma fundamentação teórica crítica, objetivando descrever e analisar as características que contribuem para a ocorrência dos processos de adoecimento entre assistentes sociais. Durante a pandemia, no Brasil, o Serviço Social é considerado uma das profissões essenciais para o gerenciamento do planejamento e execução da prestação de serviços, via políticas sociais, direcionado ao atendimento das necessidades que colocaram em risco a sobrevivência da população. Neste contexto, várias recomendações e orientações foram expedidas, tanto por organismos internacionais quanto órgãos governamentais, no sentido prevenir o avanço da disseminação do vírus e proteção aos/às usuários/as e aos profissionais que atuam nas políticas sociais. Observou-se a alteração de rotinas e formas de atendimentos, incidindo no modo como os/as assistentes sociais reorganizaram o atendimento das requisições e demandas cotidianas. Observou-se o crescimento e a complexificação das demandas em razão do desemprego, insegurança de renda e sobrevivência; conflitos e violências no convívio familiar. Além disso, foi necessário readequar o trabalho, diante da intensificação do uso de tecnologias de informação e comunicação - TICs no atendimento com os usuários, na articulação com a rede de atendimento; na adoção do trabalho remoto e na modalidade
home office, sendo perceptível a extensão da jornada de trabalho, as perdas salariais e trabalhistas, comprometendo a saúde dos/as trabalhadores/as. Destaca-se como um dos deveres éticos de assistentes sociais, a atuação em programas de socorro à população, em uma perspectiva de defesa dos direitos e necessidades, ante as situações de calamidade pública. Para proteger a vida e a saúde dos/as trabalhadores/as usuários/as dos serviços é necessário ao assistente social realizar o planejamento e a avaliação das atividades executadas, de modo a definir aquelas que podem ser suspensas ou reformuladas, levando em consideração os diferentes espaços socioassistenciais e as demandas da população. Deste modo, a apropriação do conhecimento e análise crítica do contexto social, das relações instituídas nos espaços sócio-ocupacionais no qual se inserem os/as assistentes sociais é fundamental para a tomada de decisão sobre o atendimento as requisições e demandas. É essencial que os/as assistentes sociais desenvolvam sua capacidade propositiva e responsabilidade ética de modo a responder as necessidades sociais decorrentes das contradições e desigualdades constitutivas da ordem do capital. Como estratégia para resguardar a qualidade dos serviços prestados o/a assistente social deve reapropriar-se dos conhecimentos e estratégias derivadas das dimensões ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo da profissão, agindo coletivamente junto às equipes de trabalho, rede de serviços e instâncias de controle social. Nesse sentido, referenda-se a importância da pesquisa, da investigação, e a formação continuada com vistas ao aprimoramento da capacidade analítica, investigativa e interventiva, essenciais para a qualificação do trabalho profissional. As aproximações realizadas a partir deste estudo revelam alterações significativas nas condições de trabalho de assistentes sociais, especialmente a sobrecarga de trabalho em decorrência da redução do número de profissionais. Identificou-se a intensificação do trabalho profissional diante do aumento e da complexidade das demandas apresentadas pelos usuários trabalhadores; a exigência de um perfil de trabalhador com facilidade de adaptação as mudanças contínuas; capacidade de lidar com as tensões decorrentes das alterações no financiamento das políticas sociais. Este conjunto de fatores contribuem para o desencadeamento de um processo de desgaste físico e mental, inclusive levando ao adoecimento pelo trabalho. Mesmo atuando em condições cada vez mais adversas em consequência do agravamento das expressões da questão social, do processo de pauperização dos trabalhadores; da desfinanceirização do investimento em políticas sociais; da precarização dos contratos de trabalho, os/as assistentes sociais são desafiadas a realizar um trabalho qualificado, comprometido com as lutas da classe trabalhadora por melhores condições de trabalho e de vida. Deste modo, o trabalho é associado a direção social expressa no projeto ético e político da profissão, superando as ações paliativas e focalizadas como requer as políticas sociais orientadas pela perspectiva neoliberal.
IM - DORADA
11:00 - 13:00
Eje 9.
- Panel presencial
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#156 |
Trabajo Social Ibero-Americano en los caminos de la resistencia frente a la crisis del capital, expresiones conservadoras y tendencias contemporáneasResumen: El panel Trabajo Social Ibero-Americano en los caminos de la resistencia
Adela Claramunt
1
;
Rosana Matos-Silveira
2
;
Miguel Ángel Oliver Perello
3
;
Rosa Lúcia Prédes Trindade
4
;
Alzira Maria Lewgoy
5
1 - Universidad de la República.
2 - Universidad de Granada.
3 - Universitat Illes Balears.
4 - Universidade Federal de Alagoas.
5 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Propuesta del Panel:
Trabajo Social Ibero-Americano en los caminos de la resistencia frente a la crisis del capital, expresiones conservadoras y tendencias contemporáneasResumen: El panel Trabajo Social Ibero-Americano en los caminos de la resistencia frente a la crisis del capital, expresiones conservadoras y tendencias contemporáneas que proponemos, pretende presentar reflexiones y resultados de investigaciones integradas, en curso y concluidas, sobre el Trabajo Social frente a la crisis del capital, en el actual contexto de pandemia del COVID-19 y de avance de la ultraderecha. La pandemia ha profundizado la crisis y la desigualdad social. Las políticas sociales se sitúan hoy en un contexto internacional que parece cerrar algunos de los ciclos progresistas que se han venido dando en las últimas décadas, inaugurando a la vez un periodo regresivo que se materializa en políticas sociales de corte neoliberal que eliminan conquistas ciudadanas, que suponen un retroceso en la conquista de derechos, en las prácticas democráticas y en los procesos de lucha y resistencia. Se identifica esta crisis como una situación que ha profundizado la precarización del ejercicio y la formación de la profesión, que ya se observaba en las distintas regiones iberoamericanas. Las nuevas tecnologías digitales, ya presentes en la cotidianeidad profesional, se han intensificado, exponiendo nuevos desafíos en la práctica profesional del Trabajo Social. La saturación del teletrabajo, la doble jornada que imponen las tareas de cuidado, impactan especialmente sobre las mujeres profesionales. El avance del conservadurismo, y aún de la ultraderecha, es otra tendencia de la realidad que representa retrocesos de los derechos sociales, así como repercusiones regresivas en las políticas sociales y en los espacios sociolaborales. Por otro lado, parte de los desafíos que el Trabajo Social debe enfrentar se refiere no solo a la práctica profesional, sino también al desarrollo de investigaciones y la generación de conocimiento en la estructura de la formación universitaria, de manera que nos permita revisar el componente teórico metodológico y ético-político de la profesión, para la construcción de un proyecto crítico común. Para ello se quiere contar con contribuciones que partan de investigaciones ya concluidas o en curso, que representen los puntos de aproximación entre las investigaciones y las particularidades nacionales, llenas de elementos universales confluyentes, marcados por la crisis y las respuestas construidas por el capital frente a su crisis estructural: la reestructuración productiva en los espacios socio-ocupacionales, los cambios en la enseñanza superior, a ejemplo del Plan Bolonia en el campo de la formación profesional y su impacto en la formación profesional contemporáneo, así como la reconfiguración del mercado laboral de los trabajadores y trabajadoras sociales, con especial énfasis en los procesos de precarización, desregularización y recortes de los derechos sociales. La Red Ibero-Americana de Investigación en Trabajo Social se constituye en una red de investigadores que tiene como objeto de investigación el Trabajo Social, con el objetivo de realizar investigaciones integradas, fomentar la cooperación y estimular la difusión de los resultados de las investigaciones en la perspectiva de las relaciones internacionales del Trabajo Social, en sus dimensiones formativa y de intervención profesional. La Red constituye un espacio de naturaleza académico-política orientado a fomentar la realización y la divulgación de estudios avanzados en el ámbito de la relación entre trabajo y formación profesional. Desde el punto de vista socio-profesional, se parte de la concepción del Trabajo Social como resultado de necesidades sociales e históricas provenientes de los antagonismos de clases sociales, que resultan en diversas expresiones de la llamada “cuestión social”, objeto de intervención y estudio. La Red desarrolla sus trabajos asumiendo la perspectiva crítica en el análisis y el pluralismo en los enfoques teórico-metodológicos desde las corrientes democráticas y sus expresiones teóricas, con compromiso en la profundización intelectual. Es propósito de la Red fomentar el fortalecimiento de la investigación y producción de conocimiento, así como el intercambio entre investigadores, docentes, estudiantes y unidades de formación en la región Ibero-Americana. Teniendo estos principios, la Red busca incidir en la articulación académico-política con el objetivo de producir conocimiento e innovación, pero oponiéndose a la lógica positivista que subyace en la concepción de la ciencia moderna, así como a la racionalidad instrumental vigente en las propuestas de internacionalización e investigación en red de los organismos de financiación nacionales e internacionales. Son, por tanto, objetivos claves de la Red: estimular la formación y/o consolidar redes nacionales y regionales de investigación sobre fundamentos, trabajo y formación profesional en Trabajo Social, y promover la aproximación entre los investigadores y grupos de investigación a través del intercambio, estableciendo convenios y potenciando actividades académico-políticas colectivas. Es en el marco de esta Red de investigación que se presenta este panel conformado por contribuciones de los siguientes países: Uruguay, Brasil, España y Portugal. En ese sentido, el Panel Trabajo Social Ibero-Americano en los caminos de la resistencia frente a la crisis del capital, expresiones conservadoras y tendencias contemporáneas presenta reflexiones acerca de las tendencias y desafíos de la formación en Trabajo Social, sobre el estágio en Trabajo Social desde la particularidad de la región Iberoamericana; y también en el contexto pandémico, desde la experiencia del alumnado en España. La formación y el ejercicio profesional en Uruguay es abordado desde las investigaciones realizadas sobre las condiciones de los espacios ocupacionales en los últimos años y los debates acerca de la formación en trabajo social y sus vínculos con el ejercicio profesional, relevados en las publicaciones nacionales recientes. Las cuestiones éticas y técnicas del Trabajo Social son analizadas desde la asesoría a las/los trabajadoras/res sociales en Brasil en los espacios laborales de la salud y de la asistencia social durante la pandemiaNombre de la Coordinadora: Adela Claramunt Institución: Departamento de Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de la República. Representante Nacional en la Red Iberoamericana de Investigación en Trabajo Social País coordinador: Uruguay
FCS - A1
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Panel presencial
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#350 |
Sistemas de información, nuevas tecnologías y políticas públicas: ensayos y experiencias en América Latina
Helder Binimelis Espinoza
1
;
1. Malena Hopp 2. Eliana Lijterman
2
;
1. Soledad Camejo 2. Yoana Carballo 3. Laura Vecinday
3
;
Luis Gutiérrez
4
;
Carolina Rojas Lasch
5
1 - Departamento de Trabajo Social, Universidad Católica de Temuco.
2 - 1. CONICET. Grupo de Estudios sobre Política Social y Condiciones de Trabajo, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Universidad de Buenos Aires 2. Grupo de Estudios sobre Política Social y Condiciones de Trabajo, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Universidad de Buenos Aires.
3 - 1. Lic. en Trabajo Social, Doctoranda UFMA 2. Departamento de Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales, Udelar 3. Departamento de Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales, Udelar.
4 - Escuela de Trabajo Social, Universidad Católica Silva Henríquez, Santiago.
5 - Investigadora responsable del Proyecto FONDECYT Iniciación N°11200458: Ontología y prácticas de la Vulnerabilidad. Una categoría de protección y producción de la norma y la diferencia.
Propuesta del Panel:
Las transformaciones tecnológicas en contextos capitalistas han sido promovidas mediante posturas tecnopositivas y de neutralidad tecnológica (incorporar tecnologías siempre tiene efectos positivos y no está orientado a cuestiones ideológicas). Contrariamente a estos “sentidos comunes”, conectamos estas transformaciones con sus contextos de génesis y aplicación, afirmando e interrogando el carácter político de las innovaciones en curso.Este panel reúne trabajos en torno a las disputas emergentes respecto a la implementación de tecnologías en procesos de modernización del Estado y en políticas sociales en diversos contextos latinoamericanos considerando las coordenadas ideo-políticas (el “espíritu de la época''), así como las expresiones de glocalización que implican.No se trata únicamente de la aplicación en un contexto nacional, sino de distinguir también los diversos campos de política pública donde son ensayadas estas innovaciones, ya que los cambios tecnológicos se han vuelto ubicuos, y por ello parece relevante avanzar hacia la comprensión de los efectos específicos y diferencias que producen en cada ámbito de aplicación concreto. Iniciamos con Helder Binimelis, y su ponencia “La adopción del capitalismo de la vigilancia en las políticas sociales”, quien a partir de una revisión conceptual del capitalismo de la vigilancia propone una discusión crítica sobre las consecuencias de su adopción en las políticas públicas, y la transformación de las relaciones entre Estado y Ciudadanía. Se enfatiza el vínculo entre lógicas de diseño de políticas neoliberales, de la vigilancia y los riesgos que traen consigo para las profesiones del área social y para la ciudadanía.Continuamos con dos trabajos que analizan contextos nacionales con el objetivo de comprender procesos de modernización del Estado y la génesis de los Sistemas de Información para la Protección Social (SIPS) en Argentina y Uruguay. Malena Hopp y Eliana Lijterman presentan “Disputas alrededor de la modernización de la política social en Argentina: una revisión de la génesis de los Sistemas de Información para la protección social”. La institucionalización de los sistemas de información para la protección social se origina en la década de los 90 como parte de las reformas neoliberales del Estado y que ha implicado una constante expansión y masificación de la tecnificación de la asistencia. En este marco, la ponencia revisa la emergencia histórica de los SIPS en Argentina y pone de relieve otras redes de saber (de filiación progresista) que participaron de ella de manera previa a la reforma neoliberal. Ello nos acerca a los heterogéneos sentidos que ha asumido el llamado a “modernizar” la gestión de la política social, entrelazado a su democratización, y por ende a las disputas políticas y especializadas por el contenido de este imperativo.Sobre el caso uruguayo, Soledad Camejo, Yoana Carballo y Laura Vecinday comparten una “Caracterización del contexto de emergencia y consolidación del uso de sistemas de información para la protección social en Uruguay”, en la cual revisan el proceso de institucionalización de los SIPS en Uruguay, y particularmente durante los gobiernos progresistas (2005-2019), período en que se produce la institucionalización y expansión de sistemas de información asociados a la política socio-asistencial. Se ha podido constatar que los SIPS se orientan hacia la identificación, selección y verificación de la población destinataria de servicios socio-asistenciales, que por una parte, se renuevan con nuevos avances tecnológicos, y por otra, se promueven como innovaciones sociales, “modernizando” las políticas de asistencia social. El panel cierra con dos ponencias que evalúan diversas dimensiones del Registro Social de Hogares (RSH), uno de los principales sistemas de gestión de información social en Chile. El trabajo de Luis Gutiérrez: “La intervención profesional del Trabajo Social y el Registro Social de Hogares”, enfatiza los efectos que esta política tiene sobre los modos de intervención profesional del trabajo social en diversos niveles de implementación de políticas sociales. De esta forma, la ponencia presenta una visión crítica sobre los desafíos y oportunidades para la disciplina al momento de interactuar con estos sistemas de información social, destacando su impronta neoliberal, y la necesidad de resignificar los usos dominantes de la tecnología, aportando a la construcción de relaciones más democráticas e igualitarias entre sujetos y sistemas tecnológicos.Finalmente, la ponencia de Carolina Rojas titulada “Desenredar la cognición algorítmica que sostiene la producción del dato de vulnerabilidad: ¿recurso/competencia interventiva?”, cuyo propósito es analizar el trabajo de intermediación que realizan los municipios en Chile para que los hogares se inscriban en el RSH y el Estado les asigne un porcentaje de vulnerabilidad. Esto se basa en un trabajo etnográfico, mediante el cual se observó el ejercicio que realizan las profesionales del nivel local, el cual deriva en un saber práctico acerca de las formas como opera el algoritmo utilizado por el sistema tecnológico y lo ponen al servicio de los y las potenciales beneficiarias de las políticas sociales. La reflexión se orientará a problematizar en qué sentido esto puede ser visto como un trabajo interventivo.De esta forma la mesa pretende ser un aporte a la reflexión crítica sobre la incorporación de lógicas de modernización del Estado y la incorporación de tecnologías al ámbito de las políticas públicas y la intervención social en América latina, temas que hemos venido discutiendo en el Grupo Estudios/Investigación en Trabajo Social, Tecnología y Sistemas de Información.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#060 |
Cooperação internacional em Serviço Social: desafios e perspectivas
Maria Lucia Teixeira Garcia
1
;
Gary Spolander
2
;
Olga Perez Soto
3
;
Arinola Adefila
4
;
Tania Delboni
1
;
Rafael Teixeira
5
;
Mouzayian Khalil
6
1 - UFES.
2 - Robert Gordon University.
3 - Universidade de Havana.
4 - Staffordshire University.
5 - Ufes.
6 - University of Warwick.
Resumen:
Este artigo reflete criticamente sobre a experiência da pesquisa em um contexto internacional a partir de um processo de cooperação envolvendo equipes da Universidade Federal do Espírito Santo, da Universidade de Coventry, da Universidade Robert Gordon e Universidade de Havana. Nosso objetivo é explorar o processo de colaboração na pesquisa envolvendo pesquisadoras e pesquisadores das áreas de Serviço Social, Economia e Educação, descrevendo desafios, barreiras vivenciadas bem como as estratégias construídas ao longo dos anos. Partimos aqui da premissa da importância da estruturação de uma rede de pesquisa em níve de pós-graduação em uma perspectiva internacional. Como questão orientadora tínhamos: como estruturar uma rede de pesquisa em nível de Pós-Graduação em uma perspectiva internacional? A cooperação internacional é amplamente defendida dentro de planos estratégicos das universidades e cada vez mais por associações profissionais em grande parte do mundo, visto que permite a compreensão de questões globais e desde uma perspectiva internacional. No entanto, esse processo de colaboração é muitas vezes desafiador, com dificuldades de financiamento, dificuldades de linguagem e problemas metodológicos. Grande parte da disseminação desses estudos também apenas dissemina os resultados do trabalho conjunto, ao invés de descrever o processo de colaboração. Ter estabelecido uma equipe de pesquisa internacional, no entanto, não garante resultados de pesquisa bem-sucedidos, sublinhando assim a importância de compreender criticamente o processo de pesquisa. Inicialmente destacamos o processo em seu início e as principais questões que emergem. Nessa seção refletiremos sobre as dificuldades em torno das barreiras da língua que surgem no contexto da cooperação internacional. Diferentes códigos linguísticos (inglês, espanhol e português), diferentes referenciais teóricos que circundam as ciências sociais, bem como significados das palavras que desafiam as/os pesquisadoras/es inseridos nesse processo. Ou seja, as/os pesquisadoras/es refletem seus país e realidades acadêmicas em experiências de vidas profissionais e de pesquisa diferentes de cada outro. Como um caleidoscópio, as/os pesquisadores das ciências sociais são constantemente instados a ter que explicar os conceitos e categorias utilizadas. O que queres dizer com isso compõe uma miríade de possibilidades de compreensão. Em seguida, exploramos as dificuldades e as conquistas no processo de pesquisa. Aqui destacamos as dimensões de financiamento e publicações em língua estrangeira. No caso do financiamento uma barreira sistemática é a não inclusão de Cuba entre os possíveis parceiros nos editais internacionais. Entendemos, devido às sanções em andamento dos Estados Unidos, que a permanência de Cuba reflete uma decisão política do grupo, por sua singularidade e importância de sua voz na colaboração internacional em pesquisas. Ou seja, ratificamos ao fim que é muito importante pensar de diferentes formas de desenvolver parcerias para além das possibilidades de financiamento. Mas também reconhecemos que em um cenário de desfinanciamento das políticas de ciências e tecnologia (o governo brasileiro cortou 87% dos recursos para a ciência brasileira em 2021), vem comprometendo a sobrevivência das pesquisas. Quanto às publicações, usualmente a ênfase recai sobre métricas expressas por indicadores bibliométricos (qualidade do veículo, número de citação e fator de impacto do periódico). No entanto, em termos latino-americanos, assistentes sociais permanecem com dificuldades de acesso a revistas internacionais (como vemos, por exemplo, no Brasil). Esse acesso limitado diz respeito quer às cobranças para acesso, quer às barreira linguísticas do inglês. Há ainda as altas taxas de rejeição dos artigos, aspecto que requer outros elementos para compreensão. Entre meados da década de 1990, as grandes editoras comerciais (Reed-Elsevier, Wiley-Blackwell, Springer, and Taylor & Francis) respondiam por percentuais entre 15% produção. Esses percentuais aumentaram para 66% em 2013. Outro aspecto é a pressão sobre os pesquisadores por publicar. Em geral, cerca de 3 milhões de artigos são submetidos a periódicos a cada ano. E não há espaço para publicar todos esses artigos em bons periódicos científicos. Há ainda outros aspectos a considerar. Um artigo produz um conhecimento que precisa ser conhecido. O acesso a muitos dos artigos publicados em língua inglesa só ocorre via cobrança de taxas exorbitantes, principalmente para nós, latino-americanos, visto a desvalorização da moeda frente ao dólar e ao euro. Isso restringe drasticamente o compartilhamento de resultados e torna proibitivamente caro para o público ler o que aparece em suas páginas. Assim, nesse percurso, aprendemos que a rejeição de um artigo pode ter múltiplos significados nem sempre compreensíveis a uma primeira análise, via de regra centrada no texto em si mesmo, e não nos múltiplos fatores que comparecem nesse processo.O debate, a reflexão crítica e as inúmeras descobertas dessa cooperação vão refletindo sobre questões por meio de lentes críticas em um contexto marcado por uma universidade neoliberal moderna, ou seja, universidade regida por contratos de gestão, avaliada por índices de produtividade, aumento de horas/aula, diminuição do tempo para mestrados e doutorados, a avaliação pela quantidade de publicações, colóquios e congressos, a multiplicação de comissões e relatórios, e onde não há tempo para reflexão, a crítica, o exame de conhecimentos instituídos, sua mudança ou sua superação. Entretanto, não podemos nos esquecer também que essas métricas comparecem tanto para os colegas estrangeiros (quando necessitam da anuência institucional para manutenção dessas parcerias), quanto para os modelos de avaliação da Pós-Graduação (no Brasil e no Reino Unido) e captação de recursos para financiamento das pesquisas. Nesses 10 anos, poucos artigos foram efetivamente publicados (7), mas defendemos que a experiência do debate sistemático travado nesses anos não se expressa em números. Por fim, concluímos que para manter uma rede de pesquisa, é mister financiamento. Nossos próximos passos como equipe são continuar a buscar financiamento para pesquisa e trabalhar juntos para criar oportunidades, a fim de fortalecer e manter nosso compromisso mútuo e desenvolver modelos críticos de pesquisa internacional.
#231 |
La producción de conocimiento en el quehacer profesional de Trabajadoras y Trabajadores Sociales en la región noroeste de Uruguay
Camila Olivera Duval
1
;
Vivana Piriz Elgarte
1
1 - Centro Universitario Litoral Norte- UdelaR.
Resumen:
A nivel latinoamericano, el debate sobre la relación entre Trabajo Social y producción de conocimiento ha ganado presencia en la agenda de discusiones dentro de la academia y con menor fuerza, a nivel del campo profesional. No obstante, no se trata de una preocupación nueva, ha estado presente desde los orígenes del Trabajo Social, con continuidades y rupturas, que revelan la importancia de analizar los desafíos y ausencias en torno a esta categoría (Lera, 2006). En este escenario, es importante destacar que en la región norte de Uruguay, existe un núcleo reducido de estudios enfocados en los procesos de producción de conocimiento desde la disciplina que tomen a la investigación como su objeto.Es así, que la presente ponencia, enmarcada en una investigación en curso desarrollada por docentes del Departamento de Ciencias Sociales del CenUR Litoral Norte - UdelaR, se propone reflexionar en torno a la vertiente investigativa en el quehacer profesional de Trabajadores y Trabajadoras Sociales en el norte del País, a partir de algunas interrogantes guías: ¿Qué lugar se otorga a la investigación en el quehacer profesional desde el Trabajo Social? ¿A partir de qué supuestos ontológicos, epistemológicos y metodológicos se produce investigación desde la disciplina? ¿Qué temáticas se investigan en el norte del país? ¿De qué manera se concibe la relación investigación-intervención?A partir de las interrogantes citadas anteriormente, es posible continuar con la delimitación de la propuesta en términos metodológicos, para esto, es importante destacar su enfoque mixto, ya que incorpora al análisis resultados derivados de estrategias cualitativas y cuantitativas mediante las técnicas de recolección de datos, encuesta y entrevista, realizadas a profesionales de Trabajo Social. En cuanto a la delimitación de los y las profesionales a entrevistar y encuestar, se tendrán en cuenta dimensiones tales como, planes de estudio, áreas de inserción profesional, vínculo con la actividad académica, así como también, en términos de geográficos, aquellos que lleven adelante su labor profesional en la región noroeste del Uruguay, lo que comprende los departamentos de Artigas, Salto, Paysandú y Río Negro.Desde la obra de Mary Richmond y aportes teóricos previos, se desarrolla investigación desde la disciplina, no obstante, señalan Carbonell y Del Olmo (2016), no ha contado con el reconocimiento suficiente a lo largo de la historia. En un contexto más reciente, se identifican diversos estudios enfocados en la producción de conocimiento y su relación con el Trabajo Social. En tal sentido, se retoman los aportes de Campana y Guzmán (2011) quienes pretenden aproximarse al debate en torno a la producción de conocimiento en el Trabajo Social Argentino, a partir de la lectura y análisis de posicionamientos de diversas autoras Latinoamericanas. El texto propone un recorrido histórico de la profesión, destacando “marcas de origen” tales como la construcción dicotómica de la relación sujeto-objeto, en este sentido Campana y Guzmán (2011) plantean “(...) una mirada que plantea la externalidad entre ambas dimensiones y que sugiere una relación instrumental entre teoría y práctica, donde la producción de conocimientos se plantea en términos de su aplicabilidad”.La relación teoría-práctica constituye un eje central de discusión en torno a la producción de conocimiento en Trabajo Social. Cazzaniga (2007) en Campana y Guzmán (2011), por su parte, sostiene la necesidad de pensar la teoría como “caja de herramientas” y sostén de la producción de conocimiento, a la vez que esta última, enriquece la intervención, y promueve la actualización de consideraciones teóricas de cara a las sucesivas transformaciones del escenario político, social y económico. En este sentido, el texto contribuye a repensar la relación entre la producción de conocimiento y una dimensión ético-política en el quehacer profesional. Continuando, Rozas, reflexiona en torno al “campo problemático” del Trabajo Social, la cuestión social, y sostiene: “Esta perspectiva de campo enmarca las relaciones entre sujetos, instituciones y saber profesional, donde la centralidad de la cuestión social implica direccionar los diferentes enfoques teóricos hacia su comprensión, a la vez que direccionar la intervención hacia la comprensión de la cuestión social” (Rozas, 2001, en Campana y Guzmán, 2011: 11)Asimismo, cabe destacar los estudios que señalan transformaciones y avances actuales en la región latinoamericana en torno al lugar que adquiere la producción de conocimiento y el quehacer investigativo en la formación y ejercicio profesional de Trabajadores y Trabajadoras sociales, destacando la ampliación de la oferta de posgrados (especializaciones, maestrías, doctorados), el crecimiento de proyectos y programas de investigación y de los debates epistemológicos, de la mano de un fuerte crítica al positivismo (Lera, 2006). “La histórica dicotomía entre pensar y hacer muestra su inconsistencia al quedar de relieve que todo “hacer” tiene en sí un “modo de pensar, un modo de ver”. Ello implica que nuestras prácticas están impregnadas de teorías (implícitas o explícitas), por ello constituye un imperativo profesional reconocer y tensionar estas herramientas teóricas con los procesos sociales en los cuales Trabajo Social interviene para de esta manera ir construyendo las mediaciones teóricas que permitan comprender y dar cuenta de la dinámica social” (Lera, 2006, 221).Es desde estos aportes y discusiones que resulta central el interés por reflexionar en torno al lugar que adquiere la investigación en el quehacer profesional del Trabajo Social en Uruguay, reconociendo sus elementos distintivos, en el marco de las Ciencias Sociales. Asimismo, recuperar las voces y experiencias de profesionales que ejercen la profesión en el Noroeste del país, y en este marco, promover la reflexión sobre el quehacer investigativo como posibilidad para el ejercicio profesional, apostando en todos los casos, siguiendo a Grassi (2011), al desarrollo de una actitud investigativa, que debe constituir un compromiso de los y las Trabajadores y Trabajadoras sociales en sus diferentes campos de actuación profesional. Referencias bibliográficasCampana, M. y Guzmán, F. (2011). La producción de conocimiento en Trabajo Social. Debates contemporáneos. S/D.Carbonel, E. y Del Olmo, V. (2016) Reflexiones sobre la investigación en Trabajo Social: aportaciones desde la sistematización de la práctica. En:Carbonero; E, Raya, E; y Gimeno, C. (Coords.) Respuestas transdisciplinares a una sociedad global. Aportaciones desde el Trabajo Social. Logroño: La Rioja.Grassi, E. (1995). La implicancia de la investigación social en la práctica del Trabajo Social. Revista de Trabajo Social. Año 4, nº 9 pág. 59. Lera, C. (2008) La práctica de investigación en el campo disciplinar de Trabajo Social en Acciones e Investigaciones Sociales, pág. 207-222. Argentina.
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Configurações do mercado de trabalho do Serviço Social no Brasil no século XXI.
Carlos Antonio de Souza Moraes
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Alessandra Genú Pacheco
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Késsia Ramos Ferreira
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Luam França de Azevedo
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Laísa Cunha da Silva
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
Esta proposta está vinculada ao tema 8 “Investigação em Serviço Social” e é apresentada como produto do projeto de pesquisa “O mercado de trabalho do Serviço Social no Brasil e na Argentina”. Este projeto é fruto da cooperação internacional entre professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), do Departamento de Serviço Social de Campos (SSC), do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Cotidiano e Saúde (Gripe) e do Programa de Pós-Graduação em Política Social (PPGPS), no Brasil, com pesquisadores da Universidade Nacional de Mar del Plata (UNMDP)/Faculdade de Ciências da Saúde e Serviço Social (Cssalud)/Grupo de Pesquisa Fundamentos, Formação e Trabalho, na Argentina.Trata-se de uma proposta em andamento, que visa mapear, analisar e comparar as produções acadêmico-científicas brasileiras e argentinas sobre o mercado de trabalho de assistentes sociais. Seu mérito científico orienta a identificação de produções dispersas sobre o tema no Brasil e na Argentina, possibilitando a construção de análises mais amplas e comparativas, além de proporcionar reflexões sobre as configurações do mercado de trabalho nos países. Além disso, contribuiu com iniciativas de cooperação internacional ainda restritas nos Serviços Sociais brasileiro e argentino.Portanto, por se tratar de uma proposta interinstitucional e internacionalizada, inovadora para o Serviço Social brasileiro e argentino e, além disso, seu caráter inédito se configura para um estudo comparativo do mercado de trabalho dos assistentes sociais nos dois países, marcado por comportamentos semelhantes nas últimas décadas, especialmente não relacionadas à precariedade das condições éticas e técnicas de trabalho, à precarização do emprego, ou a dois salários, ou duplo ou múltiplo emprego, ao imediatismo dos empregos, entre outros elementos que escondem peculiaridades que precisam ser revelado e analisado.As análises propostas partem do reconhecimento que as alterações processadas no âmbito da estrutura e da superestrutura atingem a vida social e afetam diretamente as profissões (PAULO NETTO, 1996), suas exigências de formação, trabalho e mercado de trabalho, permitindo-nos, neste último caso, a apreensão de suas atuais expressões vinculadas às áreas de atuação, aos tipos de contrato, à condição salarial, a carga horária de trabalho semanal, aos índices de desemprego, dentre outros.Para a construção e o desenvolvimento da proposta temos adotado o materialismo histórico-dialético, como perspectiva teórico-metodológica, tendo por base seus princípios ou categorias que “[…] parecem nuclear a concepção teórico-metodológica de Marx” (PAULO NETTO, 2011, p. 55). Além disso, temos recorrido a procedimentos cujos tratamentos privilegiam aporte qualitativo e quantitativo, a partir de pesquisa de tipo exploratória, pautada em estudo de caráter bibliográfico, através da modalidade estado da arte e da técnica de análise de conteúdo temática ou categorial com auxílio do Software de pesquisa Iramuteq® . Antes do desenvolvimento do projeto e da conclusão do mapeamento do
corpusA partir da pesquisa e de sua leitura fiscalizadora, no contexto brasileiro, foi possível identificar 90 produções (artigos científicos, teses de doutorado e dissertações de mestrado) relacionadas ao mercado de trabalho do Serviço Social, tendo como recorte temporal entre o ano 2000 e 2019. O estudo Material preliminar adequado aos seguintes elementos que serão objeto de análise propositalmente: 1. A identificação histórica do Estado como o maior empregador da assistência social; 2. A expansão do mercado de trabalho profissional entre os anos de 1990 e o primeiro vício do século XXI, tendo as políticas de saúde e assistência social como principais campos de atuação profissional no Brasil; 3. Os municípios como principais empregadores de assistentes sociais, na função do processo de descentralização/municipalização das políticas sociais após a Constituição Federal de 1988; 4. Intensificação de salários mais baixos e condições de trabalho mais precárias nos municípios; 5. O dobro ou o pluriemprego foram determinados pelo aumento de dois salários e instabilidade no mercado de trabalho; 6. O trabalho tem sido marcado pela precariedade de suas condições, do vínculo e das relações de trabalho, assumindo novas configurações na segunda década do século XXI; 7. A precarização do trabalho, a insegurança do vínculo e o agravamento das expressões da questão social têm sido apontados de forma variada como determinantes do processo de cuidado dos assistentes sociais nos últimos anos, com destaque para os processos de atenção psíquica de profissionais; 8. À Lei 12.317/2010, a Lei dá 30 horas semanais, em certos campos de formação ou instituições de trabalho, isso não foi realizado; 9. Tendência à ampliação do uso das tecnologias de informação e comunicação, contribuindo para a exacerbação da produtividade e os processos de intensificação e precarização do trabalho, entre outros O Serviço Social no Brasil, desde a década de 1990 no primeiro vice do século XXI processos sofridosde expansão restringida à precarização do trabalho, de suas condições e relações. Tal comportamento tem sido determinado por elementos estruturais e por uma conjuntura sociopolítica e econômica latino-americana, que assume particularidades no Brasil e na Argentina, marcada pela crise estrutural do capital, o neoliberalismo, a reestruturação produtiva, a globalização/mundialização do capital e pelas contrarreformas estatais e de políticas sociais.Para construção deste pressuposto reconhecemos a precarização do trabalho como estratégia de dominação e que, para tanto, tem assumido novas dimensões e configurações, sustentadas pelo processo de financeirização da economia que viabilizou, como nunca, a mundialização do capital. (DRUCK, 2011, p. 42).Assim, mais do que o “binômio ampliação versus precarização das condições de trabalho”, analisadas por Pereira (2012) e expressas na insegurança de dois vínculos, na rotação de dois postos de trabalho, dois salários não aumentados e na flexibilização da jornada de trabalho, reconhecemos que a expansão da mão de obra mercado de assistentes associados no Brasil têm se restringido à precarização do empreg
ou , em diferentes níveis, dimensões e configurações, dependendo do ramo de atividade, da relação de trabalho, do empregador e das condições de realização do trabalho, entre outros. Este artigo pretende apresentar os resultados preliminares do projeto de cooperação internacional entre as universidades do Brasil e da Argentina, com o objetivo de ajudar os brasileiros a contribuir para a análise das configurações do mercado de trabalho do Serviço Social nesses países.
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Desafíos para la profesión de Trabajo Social en los países de Brasil, España y Chile en el contexto de pandemia del COVID-19
MIGUEL ÁNGEL OLIVER PERELLÓ
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JOANA MARIA MESTRE MIQUEL
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ANA CAROLINE SILVA
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1 - Universitat de les Illes Balears (UIB).
2 - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Resumen:
Título: Desafíos para la profesión de Trabajo Social en los países de Brasil, España y Chile en el contexto de pandemia del COVID-19 La pandemia del COVID-19 ha incidido profundamente en los sistemas públicos de protección social mostrando, a nivel global, la debilidad de los mismos para hacer frente a retos de esta envergadura. Al mismo tiempo, esta fragilidad ha evidenciado las consecuencias de las políticas económicas basadas únicamente en el libre mercado y la reducción del Estado desde el modelo neoliberal (Oliver, 2021). Si bien el virus ha adoptado un carácter global, este ha afectado de manera especial a los entornos más desfavorecidos, contribuyendo a la generación de una nueva estratificación social (Izquierdo, 2020). La comunicación que presentamos, forma parte de una investigación más amplia, actualmente en curso, y que tiene por objeto analizar los desafíos que la pandemia ha representado para la profesión de Trabajo Social en diferentes países iberoamericanos. Algunos de los cambios que se han venido produciendo en relación a la intervención social en diferentes países en el contexto de pandemia, acentúan el protagonismo de una atención asistencialista centrada en el enfoque individual. Esta tendencia, que ya se venía dando en los diferentes contextos en el marco del escenario neoliberal en que se desarrollan las políticas sociales, se caracteriza también por el predominio de respuestas profesionales que vienen actuando, especialmente en escenarios de crisis, en clave de emergencia (Navarro, 2000). Una realidad que evidencia los déficits que históricamente se vienen dando en relación al desarrollo de actuaciones de carácter preventivo. La situación de colapso en los servicios sociales públicos y la elevada presión asistencial hacia las profesionales, debido al enorme impacto económico que la pandemia ha supuesto para numerosas familias, ha tenido lugar en un escenario en el que la necesaria priorización de actuaciones para dar cobertura a las necesidades básicas de las personas, ha comportado una mayor dedicación de las trabajadoras sociales a labores administrativas y de gestión, en detrimento de otras competencias profesionales. Esta realidad, que recuerda la simplificación de las funciones de las trabajadoras sociales, a las que ya hacía por otra parte referencia Healy (2001) dos décadas atrás, y que se enmarca en la inadecuada delimitación del campo de los servicios sociales y a lo que corresponde o no hacer a los y las profesionales de los mismos (Aguilar, 2014; Fantova, 2008). Todo ello, no puede entenderse en cualquier caso, al margen de los cambios que en los sistemas de protección se vienen dando en el marco del sistema capitalista, y desde la visión individual de los problemas del modelo neoliberal, que delega también parte de la responsabilidad sobre la resolución de los mismos a los propios ciudadanos o a sus organizaciones (Font, 2014; Montaño, 2016). La presente comunicación, en el marco de la investigación más amplia en la que esta se inserta, estudia los desafíos que la pandemia ha supuesto en relación al ejercicio profesional del Trabajo Social en los países de Brasil, España y Chile, analizando los impactos de la misma. Se centra en aspectos como la estructura básica de los servicios, los cambios en la intervención profesional y en la propia situación de las profesionales, en el aumento de las demandas y las respuestas que las administraciones públicas han adoptado ante esta situación de crisis.La metodología utilizada se ha basado en una búsqueda documental de artículos, informes, investigaciones y materiales audiovisuales, cuyos contenidos tratan sobre el impacto de la COVID-19 en la profesión de Trabajo Social en los diferentes contextos y espacios socio-laborales en los que esta se desarrolla, considerando también las particularidades de cada uno de los países analizados que forman parte de esta investigación. El análisis posterior de los materiales se ha llevado a cabo a través de la técnica de análisis de contenido cualitativo con el establecimiento de diferentes ejes temáticos y la construcción de categorías. Los resultados señalan, por una parte, desafíos a los que ha tenido que hacer frente la profesión como: el afrontamiento de nuevas problemáticas; la necesidad de operar desde un trabajo en red; la amenaza de la sustitución del trabajo presencial por el trabajo remoto; la falta de autonomía de las trabajadoras sociales para el desempeño de su profesión; la necesidad de reivindicar derechos que vienen siendo progresivamente enfrentados; la necesidad de rescatar la dimensión política del Trabajo Social; la exigencia de profundizar en la regulación de la profesión que permita definir la atribución de las competencias y funciones de las profesionales. Por otro lado, los resultados de la investigación reflejan también aspectos como: las situaciones de estrés e incertidumbre en las trabajadoras sociales que genera una situación de pandemia mundial que en determinados contextos ha supuesto el fallecimiento de profesionales; la falta de estructura básica de los servicios; la escasez de recursos materiales y profesionales; la delegación de responsabilidades del Estado a la sociedad civil, y la existencia de desigualdades estructurales que la pandemia ha puesto aún más de manifiesto.
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Contribuciones de Clara Zetkin frente al reformismo en el movimiento socialista.
Cecilia Espasandín
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1 - Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de la República.
Resumen:
La ponencia introduce las investigaciones realizadas en el marco de mis estudios de Doctorado en Ciencias Sociales con Especialización en Trabajo Social. Con el propósito de contribuir a la reflexión teórica sobre los fundamentos de la desigualdad social y las alternativas para su superación, me propongo traer la polémica sobre el reformismo que se entabló en el seno de la Segunda Internacional (1889-1914). Priorizo este debate porque inaugura, en el plano ideológico, el viraje del movimiento obrero hacia una pretendida introducción del socialismo en los marcos de la sociedad capitalista a través de reformas sociales. El abandono de la perspectiva revolucionaria y la adopción de estrategias gradualistas se asientan en las transformaciones económicas ocurridas en el período de transición del capitalismo competitivo al capitalismo de los monopolios. Mi investigación recoge la obra de una figura femenina que intervino en la polémica enfrentándose a la creciente tendencia reformista en su partido, la obra de Clara Zetkin (1857-1933). Repasar sus contribuciones es una apuesta a combatir los procesos actuales de “desacumulación” en el plano de las ideas, en particular de las ideas revolucionarias.Clara Eissner nació el 5 de julio de 1857 en Wiederau (Alemania). Se casó con el revolucionario ruso Ossip Zetkin en París en 1882, donde se exiliaron tras las leyes de expulsión decretadas por Bismarck contra los socialistas. Clara Zetkin contribuyó de manera notable a la fundación de la Segunda Internacional en 1889 en París, en calidad de corresponsal del órgano de prensa del Partido socialdemócrata alemán (SPD) y delegada de las mujeres socialistas de Berlín. En 1890, cuando se revocó la ley contra los socialistas, volvió a Alemania. Entre 1891 y 1917 fue redactora del órgano de prensa femenina del SPD,
La igualdad. Desde el periódico y en sus intervenciones en los congresos del SPD y de la Segunda Internacional, desplegó un nítido enfrentamiento contra el reformismo. La corriente reformista asumió distintas expresiones y puntos de inflexión pero tuvo un vocero destacado en Eduard Bernstein (1850-1932), quien publicó una importante obra de revisión de las tesis de Marx, titulada
Las premisas del socialismo y las tareas de la socialdemocracia (1899). El debate del revisionismo implicó una importante fractura político-ideológica porque no solo impulsaba la revisión teórica de los postulados marxianos sino que subsidiaba teóricamente el despliegue de una política reformista. Revisionismo y reformismo tendieron a amalgamarse. Lo que estaba en juego era la táctica política para el pasaje al socialismo, cómo y cuál papel debía desempeñar la clase obrera. Para reformistas y revisionistas, la táctica debía orientarse hacia una colaboración con los partidos burgueses de izquierda, con vistas a una coalición gubernamental para alcanzar el poder político. Su propuesta fue firmemente combatida por Clara Zetkin.Para ella, el proceso gradual de socialización a través de reformas que proponía Bernstein (cooperativas de consumo, consorcios productivos, etc.) no podía conducir al abatimiento del capitalismo, sino a su reforzamiento. La posición de Zetkin contra el revisionismo no estaba anclada en una defensa dogmática de la ortodoxia marxista. Al contrario, defendía la libertad de crítica y la elucidación de los conflictos existentes al interior del partido. Su oposición al revisionismo no se debía al rechazo a las reformas en sí mismas, sino a una valoración fundamentalmente distinta de las reformas.No subestimaba la lucha por la ampliación de los derechos en los marcos de la sociedad capitalista. En este sentido, fue paradigmático su protagonismo en el movimiento internacional de mujeres socialistas por la conquista del sufragio universal. Sin embargo, Zetkin comprendía que las reformas jurídico-políticas no podían eliminar los conflictos sociales que el orden capitalista colocaba. Sostenía que, así como la legislación laboral protegía al obrero pero no suprimía la explotación de su fuerza de trabajo, los derechos políticos que las mujeres obtuvieran no suprimirían la depreciación de su trabajo ni la subordinación social.Como afirman algunas estudiosas de su obra, una de las contribuciones más importantes de Zetkin fue la articulación que logró trazar entre las reivindicaciones de reformas a favor de las mujeres y la lucha por la revolución socialista.Luego del estallido de la Primera Guerra Mundial en 1914, Zetkin se abocó a la propaganda antimilitarista y antiimperialista. Se deslindó de las posiciones belicistas del SPD y participó de la organización de la izquierda radical que confluyó en la Liga Espartaquista y, en 1918, en el Partido Comunista Alemán (KPD). Después de la derrota de la revolución alemana y de los asesinatos de Luxemburgo, Karl Liebknecht y otros comunistas en 1919, bajo la connivencia de la socialdemocracia, Zetkin mantuvo su actividad en el seno del KPD y fue elegida diputada al Parlamento durante la República de Weimar. Formó parte del Comité Ejecutivo de la Internacional Comunista desde 1921 hasta que falleció en 1933. La ponencia recorre aspectos de la biografía y las producciones de Zetkin, centrando la atención en sus contribuciones para la reflexión teórica crítica sobre el reformismo en el movimiento socialista.
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Sistematización, metodología de generación de conocimientos en las ciencias sociales: un análisis bibliométrico.
Valentina javiera contreras vera
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Génesis Belen Cáceres vivanco
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Ronald Guillermo Zurita castillo
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1 - universidad autonoma de chile, sede talca.
Resumen:
Resumen: Una de las dificultades primigenias en las ciencias humanas y sociales, es la relativa al uso de términos y conceptos. Respondiendo a la necesidad de disminuir la distancia que separa su definición conceptual de su uso, es que el presente trabajo tuvo por objetivo analizar el concepto de
sistematización, atendiendo a su carácter poligenético, polisémico y su uso maleable, buscando caracterizar y categorizar las diversas percepciones del concepto en las distintas áreas del conocimiento científico. En el presente trabajo se exponen los principales resultados, hallazgos y conclusiones del estudio conceptual en desarrollo, en torno al concepto de Sistematización. Para el abordaje del concepto se realizó un análisis bibliométrico de citación, co-citacion, palabras clave y abstract, de la literatura relevante contenida en la base de datos Scopus y Web of Science. El análisis de las principales variables identificadas se trabajó en base de datos en formato comma separated values (csv) y plain text file (txt). Para el tratamiento de los datos, se utilizaron dos herramientas de análisis, en primer lugar se utilizó el programa de agrupación de datos: VOSviewer, usado primordialmente para la realización de mapas de palabras, conceptos claves, y visualización de redes en el acoplamiento bibliográfico, así como la visualización de la conformación de clusters, tomando en cuenta, la definición de un clúster, equivalente a la distancia que poseen dos artículos y el atributo que hace que estos dos, o más, se relacionen entre sí; en segundo lugar se utilizó el software Rstudio, lo que permitió un análisis de fuentes, análisis de autores y análisis de documentos; así también, un estudio entorno a la estructura del concepto, análisis de co-citacion y análisis de colaboración científica. Los resultados del estudio identifican un total de 217 publicaciones que contienen el concepto de
sistematización, en el título, palabras clave o abstract, en base de datos Scopus, usando para el análisis de estos datos, el programa VOSviewer. Mientras que, en base de datos de Web Of Science, se logró identificar un total de 4.596 documentos que contuviesen el concepto de
Systematization, de los cuales se trabajó con los 1.000 documentos, seleccionados por poseer un mayor índice de citación, los datos fueron trabajados con los softwares Rstudio y VOSviewer.La investigación bibliométrica fue complementada, con un análisis de contenido a los abstract/resumen de todos los artículos disponibles en la base de datos Scopus y Web of Science. Algunos de los resultados preliminares de la investigación son: En torno al uso del concepto en base de datos Scopus, se observa una preponderancia vinculada a las disciplinas médicas o de salud con aproximadamente un 38% del total de publicaciones. En menor media, aunque en valores similares, aparecen los artículos vinculados a ciencias sociales con un valor aproximado de 28% y en tercer lugar, aparecen el área de educación y humanidades con un valor cercano al 10%. En relación a los resultados generados desde el tratamiento y análisis en base de datos de Web of Science, se realizó un análisis factorial a través de la reducción de datos de papers más relevantes y clasificando las palabras por poseer un rasgo identitario de carácter común, relacionándose y mezclándose de manera que forman una red interesante para su comparecencia. De esta manera, se visualizan dos grandes grupos, que se ubican en el gráfico en función de dos dimensiones: centralidad e impacto, en donde la medida de centralidad de una red evalúa el grado de interacción del tema representado con otros, vale decir, la importancia de los temas. La dimensión de impacto está determinada por los índices paramétricos de las revistas, cuantificadas en los factores de impacto. En términos generales, el primero de los clústeres está vinculados con temáticas metodológicas, principalmente de temas médicos y ciencias naturales. El segundo de los clústeres se vincula con conceptos de las disciplinas econométricas. Por medio del análisis de la matriz de coocurrencia en base a todas las palabras claves identificadas en los artículos, se aplican los algoritmos del clustering, lo que permite identificar las palabras de mayor ocurrencia, las que al tiempo se agrupan en 7 clúster diferenciados. De los clústeres identificados en el de mayor notoriedad, los conceptos aparecen vinculados a las disciplinas econométricas. En la segunda categoría de clúster se hallan conceptos relacionados con la gestión, en diversas disciplinas. El tercero de los clústeres se compone por conceptos relacionados con los aspectos metodológicos, también de variadas disciplinas. El análisis de las revistas electrónicas de mayor relevancia, en función de la cantidad de artículos vinculados al concepto de sistematización, nos permite identificar 20 revistas científicas; las cuales pueden ser agrupadas preferentemente en las temáticas de energía, medioambiente, negocios y salud. Así mismo es posible constatar, que, dentro de las revistas con mayor número de publicaciones vinculadas al concepto de sistematización, no existe ninguna que guarde relación con las ciencias sociales, ni con el trabajo social. El análisis de country Scientific Production nos muestra los países con mayor producción científica, en este sentido es posible indicar que los países con mayor producción científica son: Brasil, Rusia, Italia, España, Estados Unidos, Alemania, Ucrania y Portugal.
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EL FUTURO PROFESIONAL DEL TRABAJO SOCIAL
Sandra Iturrieta Olivares
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1 - Pontificia Universidad Católica de Valparaíso.
Resumen:
Los análisis sobre el futuro de la humanidad en diversos ámbitos y preocupaciones y las implicancias de ello en las subjetividades con las que las personas viven sus cotidianeidades, suelen estar basados en ejes relativos a la base económica de las sociedades y a sus modos de organización política, donde el trabajo asalariado sigue siendo un eje permanente y articulador de la materialidad e inmaterialidad de la vida humana, existiendo consenso respecto de que ha habido, y seguirá habiendo transformaciones en el mundo laboral. Por tanto, estaríamos frente a una nueva morfología del trabajo asalariado, en la que es posible predecir distintos escenarios. Por una parte, hay quienes auguran la paulatina obsolescencia de la humanidad en el mundo laboral, debido a la rápida evolución tecnológica, en que distintos tipos de dispositivos reemplazarían a las personas incluso en tareas que actualmente se perciben como exclusivamente humanas, tales como aquellas que implican razonamiento, entendimiento, intuición, empatía y comprensión de las otras personas. Estas capacidades podrían ser imitadas en el futuro, por dispositivos tecnológicos a los que se les haya transferido los mecanismos de pensamiento de un ser humano promedio. Por lo tanto, el trabajo asalariado humano estaría centrado en proveer a tales dispositivos de dichas capacidades. Como contrapartida a ello, se propone que el avance tecnológico permitirá la sustitución solo de algunas funciones laborales que se complementarán con las capacidades que han sido transferidas a la inteligencia artificial, aumentando la productividad laboral. Por ende, no habrá obsolescencia humana en el mundo laboral, sino que complementariedad entre ambos tipos de inteligencia, aun cuando la automatización de algunas funciones laborales exigirá el desarrollo de nuevas habilidades humanas en el trabajo. Tales transformaciones en el mundo laboral, también se reflejan en el trabajo profesional, donde se sustenta por una parte una tesis de continuidad, en que las/los profesionales poseerían un poder cognitivo, recursos económicos, sociales y culturales que les permitirían adaptarse al cambiante mundo laboral, preservar su autonomía y su condición de expertos/as, utilizando perspectivas multidisciplinarias para aportar conocimientos a un entorno altamente complejo, y en rápida evolución. En contraposición a ello, hay quienes argumentan el advenimiento de una sociedad post-profesional en que la realidad digital basada en internet provocaría cambios en la distribución de conocimientos en la población, ya que cada vez más saberes prácticos están disponibles online y las personas están más informadas. Asimismo, nuevas fuentes de experticia práctica estarían emergiendo a través de dispositivos tecnológicos capaces de auto-operarse o que requieren del manejo de personas no especializadas. Según Esteva (2016: s/p) “La sociedad post-profesional ya nació”. Ello significaría que el concepto de profesional sería utilizado más bien como un adjetivo para calificar el trabajo bien desarrollado, o una nominación para alguien que ha alcanzado una certificación. No obstante, desde otra perspectiva, se plantea que no habría antecedentes suficientes para sostener que los futuros distópicos representen un peligro claro para el futuro del trabajo profesional, aun cuando si es posible identificar algunas tendencias respecto a ello, que se mantendrían o exacerbarían en el futuro, tales como que a todas las profesiones las instituciones estarían pidiendo que brinden más servicios, con menos recursos a su disposición. Además, que se estarían exigiendo nuevas competencias más allá de los límites tradicionales de sus profesiones; la estandarización de modos posibles de desarrollar determinadas labores; la descomposición del trabajo profesional en partes diferentes manejadas por distintos tipos de profesionales, por personas no profesionales, o se están automatizando; y finalmente la tendencia a la rutinización de labores profesionales particularmente complejas.Con sustento en estas bases el Núcleo de Investigación Sobre las Profesiones en las Sociedades Contemporáneas, alojado en la Escuela de Trabajo Social de la Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, ha desarrollado diversas investigaciones respecto de los imaginarios sobre el futuro del trabajo profesional en Chile, y en particular sobre los imaginarios del futuro del Trabajo Social. Estas investigaciones dan cuenta de los altos niveles de sobre exigencia que vivencian día a día quienes se desempeñan en el campo de la intervención social directa, en que los niveles de auto optimización y de auto motivación se entremezclan con las transformaciones que ha vivido el ejercicio profesional desarrollado durante la pandemia, momento en el que irrumpió la tecnología obligando a incorporarla en el quehacer cotidiano. En consecuencia, las subjetividades profesionales se han visto impactadas por este fenómeno no habiendo acuerdo en cual será el rumbo futuro de la disciplina/profesión, pero si sobre la necesidad de introducir cambios en la formación profesional de modo de hacerla más pertinente con los desafíos que se avecinan en el futuro a corto plazo, influido por el reordenamiento laboral generado por la pandemia y la hibridación de las profesiones que se ha agudizado durante este período, Sobre estas bases es que en esta presentación se invita a discutir respecto de que según documentos publicados por el Consejo Chileno de Prospectiva y Estrategia (2020) respecto del futuro de las profesiones, Trabajo Social estaría entre las 48 profesiones que antes del año 2030 debería cambiar de nombre, por tanto, de impronta profesional.
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Aportes de Rosa Luxemburgo en el debate con las concepciones reformistas de la cuestión social
María Echeverriborda
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1 - Facultad Ciencias Sociales de la Universidad de la República.
Resumen:
La vinculación del Trabajo Social con la cuestión social está consensuada y constituye una importante área de estudio de la profesión en la que incorpora aportes de la teoría social y las ciencias sociales y humanas (Iamamoto, 1997; Netto, 1997, 2003; Pastorini, 2004). El estudio de la cuestión social exige considerar los dos fenómenos que la determinan: la desigualdad social que tiene como fundamento el proceso de producción y reproducción del capital -cuyo trazo esencial es la explotación del trabajo por el capital- y la lucha política del movimiento del trabajo contra esa desigualdad, organizado desde las últimas décadas del siglo XIX principalmente en sindicatos y partidos políticos (Netto, 2013). Desde esa perspectiva, en el marco de la tesis de maestría que es la base de esta ponencia, concentré la investigación en el período de la transición del capitalismo competitivo al capitalismo de los monopolios desarrollado a fines del siglo XIX y principios del siglo XX que se corresponde con la primera fase o fase clásica del imperialismo (1890-1940) (Netto, 1997). Los cambios ocurridos en la esfera económica con la expansión imperialista generaron consecuencias en las clases sociales y en las expresiones de la cuestión social. Estas transformaciones materiales tuvieron su desdoblamiento en la esfera ideológica-política, produciendo cambios sustantivos dentro del movimiento socialista. Así, viraje del siglo XIX al XX es un punto de inflexión fundamental en el análisis que el movimiento socialista realiza sobre la cuestión social y las vías que propone para su enfrentamiento. En un cuadro histórico determinado por la expansión imperialista y el crecimiento económico, en el que se extendía el derecho al voto, se consolidaba la legalidad de los partidos obreros socialistas y se desarrollaban programas de reforma y asistencia social, el movimiento socialista dio un intenso debate sobre las implicancias que estas transformaciones tenían en las relaciones y luchas entre las clases sociales. En el interior del movimiento socialista organizado en partidos de masas socialdemócratas nucleados en la Segunda Internacional (1889-1914), emergió y fue cobrando fuerza el revisionismo como expresión más importante del reformismo (Cole, 1964; Gustaffson, 1975). Las concepciones teóricas y posicionamientos políticos del reformismo en general y el revisionismo en particular, eran la base para plantear estrategias de atención a la cuestión social desconociendo la relación ontológica entre capitalismo y cuestión social que recoge el pensamiento marxiano. Es en ese momento que el movimiento socialista -de signo revolucionario e internacionalista- cambia de orientación y adopta la estrategia reformista, planteando el establecimiento gradual del socialismo como acumulación de reformas paulatinas y progresivas en el marco de los Estados nacionales.La ponencia abordará algunos aspectos de los debates que se dieron dentro del movimiento socialista organizado en la Segunda Internacional con respecto a la cuestión social. El análisis se focalizará en la controversia revisionista, considerando las relaciones sociales que la determinaron y dando centralidad a sus fundamentos económicos e históricos. Retomaré la polémica entre Eduard Bernstein (1850-1932) - mayor exponente del revisionismo - y Rosa Luxemburgo (1870-1919) - figura sobresaliente del ala radical - como parte del debate revisionista sobre los procesos de pauperización y desigualdad social, analizando sus principales determinaciones y la raíz histórica de la visión reformista de la cuestión social. La ponencia tendrá como eje central las contribuciones que Luxemburgo realiza polemizando con el avance del revisionismo. Haré foco en las respuestas que la autora da en el texto “¿Reforma o revolución?” publicado en 1899. En este texto, que la hizo conocida en el movimiento socialista internacional, combatió los planteos que Bernstein elaboró en “Las premisas del socialismo y las tareas de la socialdemocracia” publicado ese mismo año. La ponencia se concentrará en las contribuciones de Luxemburgo, que discutiendo con Bernstein, retoma un conjunto de elementos de la teoría de Marx sobre la ley general de la acumulación capitalista y la teoría del salario como determinaciones centrales que definen las posibilidades y límites de las luchas del trabajo contra el capital (Marx, 1865, 1867). Ella enfatiza la imposibilidad de mejorar las condiciones de vida de la clase trabajadora en el interior de la sociedad capitalista, fundamenta la inviabilidad de superar el capitalismo por vía de la reforma y argumenta la necesidad de que la lucha por la reforma esté precedida y orientada por la transformación radical del orden existente. Pienso que la recuperación del debate entre Bernstein, figura más relevante del revisionismo y Luxemburgo, una de las pensadoras más destacadas del ala revolucionaria, contribuye con el rescate de la crítica radical al capital y con el debate contemporáneo sobre las formas de enfrentar la desigualdad social desde el punto de vista de las necesidades e intereses del trabajo. Reconstruir ese debate a partir de sus fundamentos históricos colocados por las posibilidades objetivas que el imperialismo estableció de forma temporal para ganar derechos y conquistas para parte de la clase trabajadora, permite esclarecer los límites actuales de las propuestas políticas que basan su estrategia en disputar el Estado. Analizar la raíz histórica de la visión reformista sobre la cuestión social y entender la particularidad histórica transitoria en la que se realizaron los debates estratégicos del movimiento socialista que condujeron al debilitamiento de la perspectiva revolucionaria, contribuye a identificar los márgenes de los postulados reformistas -muy moderados- de la actualidad. BibliografíaBernstein, E. (2011). [1899]El socialismo evolucionista. Comares, Granada. Cole, G.D.H. (1964) Historia del pensamiento socialista. Tomo III. La Segunda Internacional (1889-1914). FCE, México. Gustaffson, B. (1975). Marxismo y revisionismo, Grijalbo, Barcelona. Iamamoto, M. (1997) Servicio Social y división del trabajo. Cortez, San Pablo, Marx, K. (1979). [1865]Salario, precio y ganancia. Editorial Progreso, Moscú. _______ (2012). [1867]El Capital. Libro I. Siglo XXI.Netto, J.P. (1997) Capitalismo monopolista y Servicio Social. Cortez, San Pablo.________ (2003) “Cinco notas a propósito de la ‘cuestión social’”. En Borgianni et al: Servicio social crítico. Hacia la construcción del nuevo proyecto ético-político profesional. Cortez, San Pablo. Luxemburgo, R. (2015) [1899]Reforma o revolución. Ediciones Akal, Madrid. Pastorini, A (2004). A categoria “questao social” em debate. Cortez, San Pablo.
#560 |
Propiedad y capital: fundamentos de la distribución desigual en Marx y Mészáros
Jimena Quintero
1
1 - Universidad Federal de Alagoas / UdelaR.
Resumen:
La presentación surge de una investigación doctoral, realizada en el marco del Programa de Posgraduação em Serviço social de la Universidade Federal de Alagoas – Brasil – y de uno de sus Grupos de pesquisa el cual busca contribuir al desarrollo y la inclusión de investigaciones en el área disciplinar del Trabajo Social en conexión con problemas humanos-genéricos contemporáneos, a partir del estudio y la recuperación de los fundamentos de la sociedad burguesa. Esta ponencia pretende contribuir a la reflexión sobre la desigualdad en la distribución del producto social en sociedades organizadas en el modo capitalista de producción de capital. Parte de la indagación en los fundamentos y las formas que adoptan la propiedad y la distribución en estas sociedades, a fin de evidenciar los aspectos que determinan su carácter inicuo en las mismas. La reflexión se inscribe en los aportes de la teoría social que inauguró la crítica científica radical al capital, y de uno de los más recientes continuadores y actualizadores de la misma.La preocupación por la desigualdad acompañó el desarrollo histórico del
sistema del capital, junto a la miseria social provocada por éste y al incumplimiento de las promesas de igualdad formuladas en su origen. La crítica a las relaciones capitalistas ha abarcado un amplio espectro ideológico, con bases sociales que van desde la aristocracia hasta los trabajadores, pasando por la pequeña burguesía. Como Mészáros destaca, las contradicciones de la sociedad capitalista fueron ya preocupación de pensadores burgueses del Iluminismo, siendo abandonadas con la consolidación del sistema – donde pasó a predominar la idealización de las relaciones capitalistas. Incluso el liberalismo, como señala C. B. Macpherson, habría incorporado durante el siglo XX la preocupación por la “justicia económica”, por supuesto sin cuestionar la propiedad privada y el capital. No obstante, para los pensadores liberales la organización social capitalista representa la forma más desarrollada, perfecta y genuina
de sociedad humana – que correspondería a la esencia humana y por tanto sería insuperable –. En congruencia, tratan sus problemas como defectos colaterales o males menores. En cambio, la tradición socialista ha denunciado el carácter desigual, deshumano y alienante de las relaciones capitalistas desde sus inicios. Sin embargo, diferencias significativas en cómo enfrentar y superar los problemas resultantes de la producción capitalista distingue a sus diferentes vertientes – utópicas, científicas, conservadoras, etc. –. Marx y Engels inauguraron una crítica peculiar. Partiendo de las propias características y del desarrollo inherente a la producción capitalista, identificaron la necesidad y posibilidad histórica de una transformación
radical y
revolucionaria de las relaciones de propiedad que permitiría alcanzar una apropiación de la naturaleza y de los productos del trabajo por parte de los individuos; la construcción de una sociedad basada en una igualdad social real, efectiva (no formal), que para ello requiere de la superación de las relaciones capitalistas y del propio capital. La participación de los partidos de los trabajadores en el parlamento y el surgimiento de una fase imperialista del sistema a fines del siglo XIX, renovó la discusión en dicha tradición alcanzando a los propios seguidores de Marx y Engels, dando lugar a un ala
reformista defensora de la posibilidad de obtener avances progresivos en igualdad y propiedad al interior de las relaciones capitalistas, rumbo al socialismo. En el marco del fracaso de la experiencia soviética, y luego como parte de las reacciones a la
crisis estructural del capital, encontramos concepciones que combinan socialismo con la existencia de mercado y trabajo asalariado. El agravamiento de la crisis estimuló, en distintos sectores políticos de izquierda, la formulación de propuestas basadas en la posibilidad de “equilibrar” el reparto de riqueza (su redistribución) al interior del mercado, el trabajo asalariado y la producción de capital. En las últimas décadas se acentuaron propuestas de reforma tales como la renta básica, el gravamen de impuestos a los ricos, las nacionalizaciones, la auto-gestión y los mercados solidarios como tentativas de reducir la desigualdad y salir de la crisis. Pero ¿cuáles son las posibilidad de éxito de estas reformas frente a la aguda distribución desigual? Abordar esta pregunta implica considerar los fundamentos de la distribución y de la propiedad en nuestras sociedades. De acuerdo con los fundamentos identificados por Marx, las tentativas de redistribución al interior de las relaciones capitalistas se enfrentan a límites insuperables: la distribución desigual de la riqueza es inherente al modo capitalista de producción y a su fundamento, la relación capital-trabajo. Así, dicha desigualdad no puede ser superada si se mantienen inalterados los fundamentos de la producción y la distribución mediadas por el capital. Elementos en ese sentido son sostenidas por el filósofo marxista István Mészáros – de reducida presencia en el medio académico uruguayo –. Este filósofo húngaro, fallecido en 2017, enfatizó, con ojo en las experiencias del siglo XX (y las tentativas socialistas como la soviética, que experimentó de forma directa), el carácter explotador que está en la naturaleza del
capital en sus distintas formas de reproducción (capitalista, pos-capitalista, híbridas), recuperando su constitución como
sistema basado en la subordinación del trabajo, al tiempo que señaló los equívocos de concepciones reformistas que prevalecieron en el movimiento socialista a partir del siglo XX y de concepciones fetichistas de propiedad y capital. La ponencia presentará una síntesis de los fundamentos de la propiedad en las sociedades capitalistas, conforme las obras maduras de Marx (principalmente el libro I de
El Capital y los llamados
Grundrisse) y Mészáros (
Más allá del capital), evidenciando el nexo ontológico entre las relaciones capitalistas, su forma de propiedad, la distribución inicua y el
capital (como relación que media la producción y reproducción social). Se trata de recuperar los fundamentos ontológicos de estas relaciones y la crítica marxiana y meszariana al capital, para identificar las razones que impiden una transformación sustantiva en la distribución al interior del sistema del capital – tal como sostienen las posiciones reformistas; un debate sumamente importante en los tiempos que corren, donde la identificación de alternativas reales y el abandono de propuestas fallidas se torna necesario y urgente.
#563 |
INFANCIAS Y FAMILIAS: UN CAMPO [TEÓRICO- EPISTEMOLÓGICO Y POLÍTICO] A RECONSTRUIR DESDE LOS REGISTROS DE LAS “PRACTICAS”
Marisa Barrios
1
;
Luisina Finos
2
;
Daniela Polola
3
;
Alicia González Saibene
3
1 - CIECITS -Facultad de Ciencia Política y RRII-UNR.
2 - CIECITS- Facultad de Ciencia Política.
3 - CIECITS.
Resumen:
INFANCIAS Y FAMILIAS: UN CAMPO [TEÓRICO- EPISTEMOLÓGICO Y POLÍTICO] A RECONSTRUIR DESDE LOS REGISTROS DE LAS “PRACTICAS” Centro de Investigación en Campos de Intervención en Trabajo SocialFacultad de Ciencia Política y Relaciones InternacionalesUniversidad Nacional de RosarioDRA. Daniela POLOLADRA. Alicia GONZÁLEZ SAIBENELIC. Luisina FINOSMG. Marisa BARRIOS ResumenDe manera general, nos proponemos una construcción crítica en relación a las producciones y discusiones teóricas que abonan y reactualizan la temática de los registros escritos que lxs trabajadorxs sociales realizan de manera colectiva, interdisciplinaria o solitaria en el campo de Infancias, Adolescencias y Familias. El objetivo de la presente propuesta de investigación se constituye en explorar los modos en que lxs trabajadorxs sociales visibilizan, en sus producciones escritas, los procesos y resultados de sus intervenciones profesionales en torno a las infancias, adolescencias y familias, así como también las diversidades conceptuales desde donde las enuncian. Para ello, a los efectos del presente trabajo entenderemos a la infancia como un espacio socialmente construido, asumiendo el plural -infancias- para dar cuenta de su diversidad. Mientras que el concepto de niñez dará cuenta del grupo social que conforman lxs propixs sujetos: las niñas y los niños. En los ámbitos institucionales, y de modos diversos, lxs trabajadorxs sociales despliegan procesos interventivos complejos y en relación con otras disciplinas, configurando procesos de trabajo tendientes a la modificación de la situación inicial. En este sentido, entendemos a la intervención en Trabajo Social no como un conjunto de actos, técnicas, metodologías o procedimientos en sí mismo, sino como un proceso complejo y contradictorio que conjuga acciones vinculadas a referenciales teóricos e ideológicos que son precisos develar en tanto inciden en decisiones concretas que transformaran, en este caso, a las infancias-familias.Desde ese lugar, consideramos la potencial riqueza, en tanto puedan visualizarse y convertirse en objeto de investigación, y en la lógica específica de la misma,
de las producciones escritas de lxs trabajadorxs sociales expresadas a través de sus instrumentos clásicos: informes sociales, informes interdisciplinarios u otros, y aquellxs que solicitan los dispositivos institucionales, como modos diversos de sistematizar (entendiendo por
Sistematizacióna los procesos de recuperación, ordenamiento y reflexión que la “puesta en acto” de la profesión conlleva) la práctica profesional. Esta materia prima, asociada a la intervención y a las formas de enunciar a las infancias, requiere del trabajo de análisis de las líneas teóricas presentes, sean explícitas o que deban ser develadas.Nuestra propuesta de investigación, de manera específica, tiene por objeto indagar sobre los registros -relatos- de lxs trabajadorxs sociales vinculadxs a las intervenciones profesionales en relación con el campo [niñez] infancias que se manifiestan en distintos espacios institucionales, con el fin de conocer cómo enuncian a las infancias, cómo son leídos y cómo impactan en dichos espacios, en un marco de transformaciones institucionales [y sociales] complejas. Tales registros que hablan de las infancias desde intervenciones profesionales realizadas en el referido campo cobran relevancia, en tanto objeto de investigación, debido a que su incidencia en las transformaciones de las situaciones que involucran a lxs niñxs y adolescentes y a las familias es, en muchas ocasiones, directa ya que son (o deberían ser) la manifestación explícita de la comprensión/evaluación que el/la/lxs profesionales hace/n de la situación. En el mismo quehacer profesional, lxs trabajadorxs sociales suelen escribir y reescribir sobre las situaciones que van interviniendo, como parte de su instrumental operativo. Esos modos de registrar y relatar lo que se pretende describir, explicar, comprender, tienen diferentes características, como así también y junto con éstas, diferentes intenciones o intereses. Hay escritos que podríamos denominar más informales o personales, que forman parte del instrumental propio de cada trabajador/a social, cuaderno de anotaciones, fichas, etc. Es posible que en este modo de registro el profesional vaya escribiendo los datos desordenados, impresiones sueltas, cuestiones pendientes que van surgiendo en el mismo escuchar o releer, diálogos con otros, que darán lugar, de acuerdo a la estrategia que se delinee más tarde, a insumo para otro tipo de escritura, la que podríamos llamar formal. Esta última es la que condensará aquellos datos de manera contextual, ordenada con una lógica coherente a la intencionalidad que el mismo profesional pretenda imprimirle, y junto con esto, es posible también que aparezcan, entre líneas o explícitamente, conceptos teóricos. Se trata en este caso, de una escritura que se ordena y organiza en torno a, por lo menos, dos cuestiones: a la posición del/de la trabajador/a social en la situación denunciada o anunciada, y a quién será el/la lector/a o institución que acogerá su escrito para, a partir del mismo o de su omisión, tomar una decisión o construir una respuesta posible.En esta propuesta de investigación, nos interesa comprender “el/los lugares” que ocupan los escritos de lxs trabajadorxs sociales en las trayectorias de intervención y decisión de situaciones donde, además, intervienen otrxs. Como puede leerse, cada ámbito es una complejidad en sí misma y, lejos de constituirse en un espacio ordenado y claro, supone espacios de tensión, disputa y resignificación, lo cual constituye el contexto institucional en el que se enmarcan las intervenciones profesionales y por ende los escritos que de éstas se produzcan.En cuanto al lugar que ocupan los escritos propios de lxs trabajadorxs sociales, nos interesa poder leerlos y/o situarlos en esa polifonía de discursos y posiciones, disciplinas y hegemonías que un legajo, historia clínica o expediente reúne y sobre el que en algún momento de éste se toman decisiones o dan los fundamentos para esto. No se trata del lugar físico que ocupa en el entramado de un expediente, legajo o historia clínica, si el escrito está al comienzo o al final de éstos o antes o después de una medida tomada, sino el peso simbólico, la visibilidad que adquiere, por sus características, por su contenido, por el trabajo que éste reúne en sí mismo, por ser instituyente o funcional a la institución del que forma parte, etc. Palabras clave:Intervención - Registro - Infancias
FCS - A2
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#433 |
PERFIL DE UNA MUESTRA DE MUJERES QUE AUTOREPORTARON MANIFESTACIONES DE VIOLENCIA OBSTETRICA
Maria Vega-Cotty
1
1 - PUCPR.
Resumen:
El objetivo principal es presentar el perfil de una muestra de 272 mujeres que auto reportaron manifestaciones de violencia obstétrica en Puerto Rico para los años 2016-2019. Para examinar la diferencia estadística en las características de las madres y el grupo más expuesto (más manifestaciones de violencia obstétrica) comparado con el grupo menos expuesto (menos manifestaciones de violencia obstétrica) se realizó la prueba de Ji Cuadrado. Los resultados de la prueba muestran que todas las características no fueron significativas para las manifestaciones p.0.05. Esto demuestra que las manifestaciones de violencia obstétrica son similares en ambos grupos.La violencia contra la mujer constituye un problema de salud pública que violenta sus derechos humanos. Un ejemplo de este tipo de violencia es la violencia obstétrica, que es la violencia contra la mujer en su derecho a la sexualidad y vida reproductiva (Arguedas, 2014). Según la Organización Mundial de la Salud (2014) la violencia obstétrica es un fenómeno que se da donde la mujer experimenta trato irrespetuoso, abusivo y negligente durante el cuidado prenatal, el parto y/o posparto por parte de los profesionales de la salud quienes las atienden. Según Araujo (2019) la salud es un derecho humano fundamental, y los derechos sexuales son derechos humanos universales. Estos derechos están basados en la libertad, la dignidad y la igualdad para todos los seres humanos. Por lo tanto, la salud sexual y reproductiva debe ser un derecho humano básico y esencial. En términos de la violencia obstétrica, Bohren et. al (2015) realizaron una revisión sistemática de métodos mixtos sobre el maltrato de las mujeres durante el parto en los centros de salud a nivel mundial donde incluyó 65 estudios de 34 países, permitiendo organizar los hallazgos en siete categorías: abuso físico, abuso sexual, abuso verbal, estigma y discriminación, incumplimiento de los estándares profesionales de atención médica, mala relación entre las mujeres y los profesionales de la salud y condiciones y limitaciones del sistema de salud.Por su parte, la nueva Estrategia Mundial para la Salud de la Mujer, el Niño y el Adolescente 2016–2030 de la Organización Mundial de la Salud (2015) amplió su enfoque con el fin de garantizar que las mujeres y los bebés no solo sobrevivan a las complicaciones del parto en caso de que ocurrieran, sino también que se desarrollen y alcancen su potencial de salud y vida. Esta agenda pretende abordar los problemas presentados e identificar las prácticas más comunes utilizadas durante el parto. Además, promueve asegurar una atención de alta calidad en el trabajo del parto y mejores resultados centrados en la mujer. El diseño del estudio fue de tipo transversal retrospectivo. La población de estudio fueron los nacimientos ocurridos en Puerto Rico durante los años 2016-2019. El muestreo fue uno no probabilístico, por conveniencia y la muestra estuvo conformada por 272 mujeres. El instrumento utilizado para recopilar la información fue un cuestionario desarrollado por Bohren et. al. (2019) y adaptado a Puerto Rico por la investigadora. Se utilizó la plataforma Survey Monkey y las redes sociales para circular el instrumento del estudio. Las participantes del estudio fueron divididas en dos grupos: el grupo con más manifestaciones de violencia obstétrica y el grupo con menos manifestaciones de violencia obstétrica. Para esto, primero se analizaron las frecuencias de las manifestaciones de violencia obstétrica auto reportadas por cada una de las mujeres en cada una de las seis categorías. Luego, se creó el índice de riesgo categórico el cual proporciona una relación de ordenamiento entre las siguientes categorías: Ausencia de Violencia, Violencia Leve, Violencia Moderada y Violencia Severa. Se clasificó a las participantes en el grupo de más manifestaciones de violencia obstétrica aquellas que obtuvieron manifestaciones en tres o más categorías. Por otro lado, se clasificó a las participantes en el grupo de menos manifestaciones de violencia obstétrica aquellas que obtuvieron manifestaciones en dos o menos de las seis categorías. Al describir el perfil de las mujeres que auto reportaron manifestaciones de violencia obstétrica se observó que el grupo con más manifestaciones estaba constituido por 110 mujeres con menos de 30 años y 107 mujeres con más de 31 años, mientras que el grupo con menos manifestaciones estaba constituido por 22 mujeres con menos de 30 años y 33 mujeres con más de 31 años (OR:064; 95%IC: 0.35-1.18). Respecto al estado civil el grupo con más manifestaciones estuvo compuesto por 72 mujeres solteras y 145 mujeres casadas, mientras que el grupo con menos manifestaciones estuvo compuesto por 17 mujeres solteras y 38 mujeres casadas (OR:0.90; 95%IC: 0.47-1.70). En términos de la preparación académica, el grupo con más manifestaciones estuvo compuesto por 59 mujeres con una preparación menor a bachillerato y 158 mujeres con maestría o doctorado, mientras que el grupo con menos manifestaciones estuvo compuesto por 12 mujeres con una preparación menor a bachillerato y 43 mujeres con maestría o doctorado (OR:0.75; 95%IC: 0.37-1.51). En términos de la situación laboral y el ingreso de las mujeres, el grupo con más manifestaciones estuvo compuesto por 144 mujeres empleadas y 73 mujeres desempleadas mientras que del grupo con menos manifestaciones estuvo compuesto por 39 mujeres empleadas y 16 mujeres desempleadas (OR:1.24; 95%IC: 0.65-2.36), por su parte, el grupo con más manifestaciones estuvo compuesto por 140 mujeres con un ingreso menor de $25,000 y 77 mujeres con un ingreso mayor de $25,001 y el grupo de menos manifestaciones estuvo compuesto por 42 mujeres con un ingreso menor de $25,000 y 13 mujeres con ingreso mayor de $25,001 (OR:177; 95%IC0.90-3.51). En términos de la zona de residencia, el grupo con más manifestaciones, 91 mujeres viven en una zona rural y 126 mujeres en una zona urbana, mientras que del grupo con menos manifestaciones 21 mujeres viven en zona rural y 34 mujeres en zona urbana (OR:0.86; 95%IC: 0.47-1.57). Respecto a la variable plan de salud, el grupo con más manifestaciones estuvo compuesto por 84 mujeres con plan de salud del gobierno, 125 mujeres con plan privado y 8 mujeres sin plan, mientras que, el grupo con menos manifestaciones estuvo compuesto por 18 mujeres con plan de salud del gobierno, 32 mujeres con plan privado y 5 sin plan. En esta variable no se encontraron estadísticos de estimación de riesgo. En estos análisis no se encontraron diferencias estadísticamente significativas, lo que implica que no importa en cual de los grupos esté la madre, tiene la misma posibilidad de sufrir violencia obstétrica.
#434 |
Prevalencia de las Manifestaciones de Violencia Obstétrica en Puerto Rico durante los años 2016-2019
Maria Vega-Cotty
1
1 - PUCPR.
Resumen:
La violencia contra la mujer constituye un problema de salud pública que violenta sus derechos humanos. Un ejemplo de este tipo de violencia es la violencia obstétrica, que es la violencia contra la mujer en su derecho a la sexualidad y vida reproductiva (Arguedas, 2014). Según la Organización Mundial de la Salud (2014) la violencia obstétrica es un fenómeno que se da donde la mujer experimenta trato irrespetuoso, abusivo y negligente durante el cuidado prenatal, el parto y/o posparto por parte de los profesionales de la salud quienes las atienden. El objetivo del estudio fue estimar en qué etapa del proceso del parto (antes, durante o después) son más prevalentes las manifestaciones de violencia obstétrica en las mujeres que parieron del año 2016 al 2019.El diseño del estudio fue de tipo transversal retrospectivo. La población de estudio fueron los nacimientos ocurridos en Puerto Rico durante los años 2016-2019. El muestreo fue uno no probabilístico, por conveniencia y la muestra estuvo conformada por 272 mujeres. El instrumento utilizado para recopilar la información fue un cuestionario desarrollado por Bohren et. al. (2019) y adaptado a Puerto Rico por la investigadora. Se utilizó la plataforma Survey Monkey y las redes sociales para circular el instrumento del estudio. Para estimar en qué etapa del proceso del parto son más prevalentes las manifestaciones de violencia obstétrica se realizó la prueba no paramétrica de Friedman. Para las hipótesis específicas se llevó a cabo la prueba de rangos de Wilcoxon.Entre los resultados, la prueba no paramétrica de Friedman reflejó resultados significativos, χ2 (n = 272) = 6.185,
p =0.045. La prevalencia de las manifestaciones antes del parto y durante del parto fueron significativos Z (n = 272) = -2.608,
p= <0.009. La prevalencia de manifestaciones antes del parto y después del parto no fueron significativos, Z (n = 272) = -1.468,
p =0.142. Por último, la prevalencia de las manifestaciones durante el parto y después del parto no fueron significativos, Z (n = 272) = -1.050,
p =0.294.El resultado de la prueba de Friedman mostró que después del parto es donde más se experimentó la violencia en las participantes. Este resultado sienta precedente para futuras investigaciones, ya que los estudios existentes no sitúan en un momento específico (antes, durante o después del parto) las ocurrencias de las manifestaciones de violencia obstétrica.A nivel macro se recomienda la creación de políticas públicas que tipifiquen la violencia obstétrica como un delito que va en contra de los derechos de la mujer parturienta y su cuerpo. En Puerto Rico existe el Proyecto del Senado 454 para proclamar la Política Pública del Gobierno de Puerto Rico en contra de la violencia obstétrica como un asunto de derechos humanos; establecer una causa de acción civil especial por daños sufridos a causa de violencia obstétrica; y para decretar otras disposiciones complementarias. Es necesaria la intervención del gobierno y un pronunciamiento sobre este tema. De la misma manera se recomienda que se creen formas de penalizar a los profesionales de la salud que incurran en actos que constituyan violencia obstétrica.
#532 |
Hacia el fortalecimiento de ciudadania, niñez y convivencia en un medio ambiente sano,visiòn del Trabajo Social en el sector salud,un Proyecto de Equidad Social, Panamà.
Xenia Ureña
1
1 - Universidad de Panamà/Ministerio de Salud.
Resumen:
Hacia el fortalecimiento de ciudadanía, niñez y convivencia en un medio ambiente sano,visiòn del Trabajo Social en el sector salud,un Proyecto de Equidad Social, Panamà. El corregimiento de Curundù es denominado de pobreza,dividido por sectores,cada sector tiene grupos de bandas quienes “protegen” el derecho a “cuidar” a los que allí conviven.Cada cinco años el administrador del Estado panameño que llega al poder intenta atender a los “pobres”. El actual no es la excepciòn.En este periodo la estrategia de gobierno aboga por el trabajo con comunidades pobres y como tal determinaron llamarlo proceso: “Plan Colmena”. Dicho plan fue estructurado en cuatro ejes: Desarrollo Social, Desarrollo Económico, Infraestructura y Sostenibilidad Ambiental. La Pandemia COVID-19 nos limitò el logro de objetivos puntuales. Las selecciòn detallada de sectores con mas necesidades indicado por las autoridades nos lleva a intervenir de acuerdo a la metodologìa de Trabajo Social.Por tanto, en visitas diversas al sector y en indagaciones mas profundas podemos observar que el lugar està conformado por cinco edificios el cual alberga 70,70,69,68 y 55 apartamentos en las edificaciones, para un total de 332 apartamentos. En diversas entrevistas a moradores observè cuartos sumamente oscuros,sin ventilaciòn cruzada,con altillo,una sola puerta de salida y entrada,el patio interno de estos edificios con aguas estancadas,llenos de desechos sòlidos y lìquidos,escaleras erosionadas,edificios sin pintura . Se conoce la existencia de varias familias en un solo apartamento. La construcciòn de estos edificios data de 1978-79 y se entregaron entre 1980-1981.Actualmente algunos de estos apartamentos estàn alquilados a terceros. En cuanto al ambiente, los comportamientos,actitudes y pràcticas de la poblaciòn inciden sobre el ambiente de manera negativa.Al observar con detenimiento el lugar vemos desborde de aguas negras, roedores a simple vista,alimañas,cucarachas,basura dispersa por todas partes etc. En el lugar existe una cancha de juego,un parque destruido,los columpios que quedan estàn rotos,los perros hacen sus necesidades en ese lugar, en fin,es un lugar insano. Los niños asi lo expresan. La vida cotidiana de la poblaciòn es: levantarse cada dìa desde las 9:00 a.m. hasta las 11:00 a.m. e ir a dormir hasta muy entrada la noche o en la madrugada.Estas actuaciones generan naturalidad cultural. De este modo, la vida cotidiana del lugar resulta segura y minimiza la incertidumbre. Al profundizar y tener una escucha activa; la eficacia de la educación mezclada con el placer, la belleza y la paciencia de los procesos; me resulta trabajar desde la informalidad, alejada de encuadres rígidos y desde los diferentes escenarios de la vida cotidiana de esta poblaciòn.En entrevistas informales y en un Cabildo Abierto con algunos niños-as de este lugar sus expresiones a la necesidad sentida es su deseo tener: “Un Parque mejorado”.Uno de los niños expresa que: “¿pueden cerrar las zanjas para que no vengan mas ratas al lugar?”. Se les propone que su deseo sea volcado en un dibujo del “Parque Soñado” para expresarle a las autoridades el ejercicio de poder que como ciudadanos vayan ejerciendo.Que estos dibujos se aporten como los criterios de los moradores mas pequeños ejerciendo el rol de ciudadania.El alcalde està trabajando en el resanado de los edificios. Para el sector salud,Centro de Salud de Curundù enfatizar en APr (Atenciòn Primaria renovada) es estructurar la intervenciòn a y con esta comunidad, es hacer realidad el sueño o la visiòn de un grupo de niños-as sobre su ambiente. Hablamos de una desinstitucionalizaciòn tal y como lo expresa Marìa Asunciòn Martìnez Romàn desde Alicante España, en el artìculo: “Funciòn especifica de la familia en la atenciòn social comunitaria:su valor como recurso para la sociedad”,transformaciones recientes en los mecanismos de respuesta a las necesidades sociales:planteamientos actuales,se detalla que se ha iniciado un proceso de desinstitucionalizaciòn,paralelo al redescubrimiento de la comunidad local como el lugar idoneo para la atenciòn de las necesidades sociales de sus miembros y la atenciòn social en la comunidad como alternativa al tratamiento institucional,es valorada como social,moral y políticamente deseable”. Recordamos entonces al mèdico salubrista Javier Segura Del Pozo quien nos recrea la historia del movimiento Settleman en 1880, Toynbe Hall,un lugar en Inglaterra en el siglo XIX donde resume la intervenciòn metodologica de los esposos Barnett, Samuel y su esposa Henrietta dos personas que iniciaron el movimiento que trataba de disminuir la brecha social entre ricos y pobres. En Estados Unidos se denominaron, “Consejos de bienestar de la comunidad”, estos destacaban la coordinación de las diferentes actividades de acción social, la optimización en la calidad de los servicios de salud, el desarrollo del liderazgo de la comunidad en la promoción de la salud y del bienestar, la potenciación de la planificación social. Entre otros ejemplos podemos mencionar : “La Unión Social en Cincinnati.Impulsado por el matrimonio Wilbur y Elsie Phillips, descrito,
community health centres). Se inició en 1910, tuvo su auge en los años 20 y 30, una segunda ola a finales de los años 60. Ambas “olas” estuvieron relacionadas con la inmigración urbana. Este modelo topográfico y participativo de atención a la salud, adaptado a las necesidades locales y con el objetivo de crear un espíritu comunitario, fue desarrollándose en paralelo en otras ciudades de EEUU. La intervenciòn metodologica de Trabajo Social implica materializar dicho proceso contribuyendo en Cabo Verde ,Curundù, como sector del corregimiento en el municipio de Panamà un proceso que cuesta pero es posible los cambios sociales que como visiòn tenemos.El desarrollo cultural de los menores, la concienciación popular en los problemas sociales, sanitarios y la visiòn de la promoción para intervenir con reformas sociales. Tener obstàculos es de esperarse y solo se logra persistiendo.Finalmente una sistematizaciòn de resultados de todo el proceso, evaluando còmo la intervenciòn dio cambios sociales a favor de una poblaciòn vulnerada. Profesora y Trabajadora Social: Xenia A. Ureña C. Còdigo E440.Universidad de Panamà.Ministerio de Salud,Centro de Salud de Curundù.
#159 |
Trayectorias, instituciones y narrativas de personas en situación de discapacidad
Paula Mara Danel
1
1 - CONICET. IETSyS.
Resumen:
Las trayectorias de las personas en situación de discapacidad han sido comprendidas como tragedias individuales (Oliver, 1983, Barnes 1998), asentadas en particularidades corporales y funcionales. Desde los estudios críticos se develan los modos singulares en los que se producen los criterios de normalización y medicalización de la vida social (Hunt, 1966, Foucault, 2011) En ese marco, analizamos las trayectorias vitales de jóvenes y adultos en situación de discapacidad en relación a las experiencias laborales, asistenciales y de salud en el Gran La Plata durante la (pos) pandemia, prestando especial atención a las diferencias de género (Morris, 1991 y Scott, 1993) y generacionales (Danel, 2020; Skliar, 2009, Vommaro, 2017). La discapacidad en tanto categoría social describe múltiples experiencias vitales en relación permanente con la producción social de la normalidad como configuradora de prácticas, conceptos y modos de subjetivación. En ese sentido, siguiendo a Jackson, 2014, Teriggi, 2008 y Elder 1998, las historias de vida que se ligan a los cursos vitales, son intersubjetivas, relacionales y situadas. El lugar de la enunciación de las trayectorias posibilita a los agentes sociales construir la realidad, apropiarse de la misma y entramarse en la disputa de significados sobre los sentidos (Ripamonti, 2017) “
La narración es una acción interpretativa así como el producto de dicha acción” (2017:95).En las situaciones de discapacidad, recuperar el lugar de la enunciación, narrar la propia historia viene siendo una búsqueda desde los estudios críticos en discapacidad en su intersección con los feminismos (Castelli Rodríguez, 2020, Ferrari, 2020 y Morris, 1991). En ese sentido, interesa identificar estudios anteriores, tales como la conocida etnografía
Venus on wheels de Gayla Frank (2000), en la que se relata la vida de Diane DeVries. Y el clásico texto de Morris, quien interpela desde los estudios sociales en discapacidad las marcas del patriarcado. Schewe y Vain, 2021 se preguntan quién narra al sujeto de la discapacidad, reconociendo las interacciones que se producen en el narrar, escuchar y comprender. (Passeggi, 2015; Danel y Favero, 2021). Por ello, la investigación propone la generación de instancias de diálogo, de entrevistas individuales y grupales tendientes a conocer los modos de configuración de la vida cotidiana de personas jóvenes y adultas en situación de discapacidad vinculados a las formas de uso del tiempo y el espacio en la intersección edad y género. Esto pensado en un habitar las tensiones entre “visibilizar las voces que fueron silenciadas pero con la necesaria vigilancia epistemológica, metodológica y política para sostener que no somos los que investigamos, quienes habilitamos a los otros a producir sus discursos” (Schewe y Vain, 2021: 292). En ese marco, proponemos comprender las narrativas de personas en situación de discapacidad, en relación a sus trayectorias, interacciones sociales, las organizaciones e instituciones por las que transitan. Reconocemos que las características de fragmentación y heterogeneidad de los sistemas sanitarios en nuestro país (Ramacciotti, 2021, Acuña y Chudnovsky, 2002) inciden en la producción de obstáculos a la atención de salud de las personas en situación de discapacidad (OMS, 2011 y Danel, 2019), al mismo tiempo identificamos cómo las políticas de empleo (Danel y Blogna,
2021 y Mareño, 2017) y las prestaciones de seguridad social resultan insuficientes e inaccesibles (Mareño, et al, 2020 y Venturiello, et.al, 2021). Por ello, interesa dar cuenta de las
rutas críticas en los accesos al empleo, a las prestaciones de sistemas de seguridad social y a la atención en salud. Apoyándonos en los aportes de Barnes (2010) señalamos que nuestras formaciones sociales llevan adelante procesos de
discapacitación que son profundizados por el avance de la precariedad (Lorey, 2016) como forma de gobierno en el neoliberalismo del siglo XXI (Campana, 2020). La posibilidad de conocer los modos de configuración de la vida cotidiana de personas jóvenes y adultas en situación de discapacidad nos permitirá identificar las maneras en que se producen los accesos a las respuestas institucionales. En relación a la noción de accesibilidad (Wagner, 2013), densidad institucional (Arias, 2021) e intervenciones sociales (Velurtas, et.al, 2021). Para la comprensión de estos tránsitos vitales, intersecciones y encuentros/desencuentros resultará oportuno observar cuestiones intersectadas (Pineda Luque, et al, 2018 y Danel, et al, 2021 a y b) de géneros (Scott, 1993), desigualdades (Reygadas, 2004), generaciones e institucionalidades, enlazado a los procesos de normalización de las juventudes (Vommaro, 2017) y las vidas adultas. Las desigualdades moldean las formas que asumen las realidades de personas en situación de discapacidad por lo que interesa tensar las ideas de derechos y las temporalidades (Bianchi, et al, 2019) que se ponen en juego. Se propone un trabajo asociado a las narrativas de personas en situación de discapacidad en tanto protagonistas ineludibles de procesos institucionales. Instituciones que han trazado marcas de opresión sobre sus cuerpos (Goffman, 1972) y modos de construir subjetividad, y al mismo tiempo operan como soportes (Martuccelli, 2007) de sus experiencias de acceso y goce de derechos (Di Leo, et al, 2013).
#547 |
SALUD Y BIENESTAR EN EL IMAGINARIO DE LA POBLACIÓN Y LOS PRESTADORES DE SERVICIOS
Carmen Lassen
1
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Malvina Díaz
1
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Nayibe Farah
1
1 - Universidad de Panamá.
Resumen:
La Red Iberoamericana de Mercadotecnia en salud (RIMS) entidad de cooperación conEstados, gobiernos universidades e instituciones afines de Iberoamérica en el desarrollocientífico, tecnológico, y social de la mercadotecnia y gerencia sanitaria propone a lospaíses miembros la realización en conjunto de este estudio; el cual, representantes dePanamá acogen la propuesta y es a través de la Facultad de Administración Pública dela Universidad de Panamá que profesionales de Trabajo Social – profesoras miembrasde la Red: Magtra Malvina Díaz de Ceballos, Magtra Nayibe Farah y Magtra CarmenLassen participan.La acogida a esta investigación se da debido que al igual que otros países, Panamá en elcontexto en materia de las condiciones sociales, económicas y culturales, matizan lapercepción de la población a todo lo que les concierne y en particular la salud, aunquecada país cuenta con estructuras distintas para asumir la salud pública y proporcionarlos servicios de salud.El objetivo de esta investigación fue el de buscar información que nos permitieracomprender lo que piensan, sienten y esperan las personas sobre su salud y la vidasaludable y buscar la coherencia que tienen a lo que hacen y deben hacer losprofesionales de salud en función de su bienestar, así como constractar ambas con elconcepto de salud y bienestar que sustentan las actuales políticas , estrategias, yprogramas; reconocer si resulta de utilidad para un adecuado enfoque de las mismas ypoder fundamentar estrategias que permitan un mayor acercamiento a la promocióndel bienestar que se plantean en las políticas públicas.El enfoque del estudio es descriptivo- transversal. Los métodos y técnicas empleadasfueron: revisión documental y bibliográfica, aplicación de cuestionario a la poblaciónque recibe los servicios de salud, consulta a expertos para la validación de losinstrumentos.Se estudió con la población el concepto de salud y bienestar; la salud comorepresentación social de la población; la salud y el bienestar en la actuación de losprofesionales sanitarios; el concepto de salud y bienestar en las representacionessociales y el imaginario popular; la percepción sobre vida saludable:; las actividades quese realizan en materia de salud. Con los profesionales expertos se estudió el auto-concepto sobre salud de la población según sus representaciones sociales; auto-concepto de bienestar de la población según sus representaciones sociales; lapercepción de salud y bienestar y acciones y actividades que se realizan para promoverla salud y el bienestar.
#526 |
Partipación protagónica y calidad de vida de las personas adultas mayores
Joselyn Villa Cavero
1
1 - Universidad Nacional Mayor de San Marcos.
Resumen:
La presente ponencia se basa en la investigación realizada sobre participación protagónica y calidad de vida de las personas adultas mayores, quienes mediante su experiencia organizativa, acción colectiva y participación protagónica promueven una mejor calidad de vida para su colectivo, asumiendo un rol activo en el fomento y defensa del ejercicio de derechos de las personas mayores. Actualmente, estamos viviendo un continuo fenómeno demográfico del envejecimiento poblacional a nivel latinoamericano y peruano. Las estadísticas nos demuestran el aumento de la población adulta mayor, con proyecciones cada vez más aceleradas en su crecimiento. Además, se observa que la sociedad no toma conciencia e importancia del envejecimiento poblacional y los escenarios futuros. Sin embargo, lo más preocupante, es que hoy en día, la persona mayor aún se ubica en condición de exclusión social, gran parte de la sociedad mantiene percepciones estereotipadas y desvalorizantes sobre las vejeces, las personas mayores son consideradas como improductivas, como personas que únicamente requieren atención y cuidado. En consecuencia, esta situación nos lleva a tomar el tema con profunda preocupación, en la medida que, el aumento de la población adulta mayor en los países latinoamericanos como el nuestro, no se desarrolla a la par, con la mejora de calidad de vida las personas mayores. Las nociones de vejeces son originarias a un contexto sociocultural e histórico, teniendo en cuenta la influencia que tiene el entorno social sobre la persona en su proceso de envejecimiento; por tanto, se tiene la oportunidad de revalorar los aportes de la población adulta mayor en lo social, cultural, económico y político, partiendo desde el resalte de las capacidades, competencias y potencialidades que cada persona mayor posee de manera individual y como parte de un colectivo. Se destaca la importancia de articular las nociones de vejeces con un envejecimiento productivo, óptimo y activo, que fomente una etapa de nuevas realizaciones y proyecciones a futuro en el ámbito individual y colectivo. La participación es un requerimiento que se origina de las relaciones humanas, alcanza un compromiso solidario y recíproco que favorece a las personas adultas mayores; y, enriquece y reforma lo social. En ese sentido, la participación protagónica ofrece la posibilidad de ser reconocido como persona humana con derechos y como sujeto social, que tiene representatividad en la ciudadanía, por alcanzar visibilidad social y auténtica participación de organizaciones en la cotidianidad, y en sus diferentes escenarios. La participación protagónica confronta directamente la exclusión, configurándose como una acción de desarrollo, porque las personas mayores involucradas en ella despliegan capacidades y buscan cambiar su realidad. Entonces, desde el enfoque de la participación protagónica, es necesario organizarse, como un camino para la población, que articule entre sí a las diversas expresiones de acción colectiva de las personas mayores, es una manifestación de la actoría social y organización, que se caracteriza por ser activa, emancipadora, integral, por exponer y defender los derechos de las personas por las propias personas, y más aún, por aquellas que son parte de un colectivo. Por su lado, calidad de vida es resultado de la interrelación que realiza el ser humano con dimensiones objetivas y subjetivas, se va construyendo en el plano individual y de manera colectiva. En su definición interviene la población, los diferentes escenarios de índole personal, familiar, comunitario e institucional. En los últimos años, la búsqueda de incrementar la calidad de vida de las personas adultas mayores se ha convertido en una importante preocupación en la sociedad, con perspectivas de alcanzar mejores condiciones para esta población, que promueven el pleno desarrollo de las personas, y la valoración que ellas mismas realizan sobre sus propias vidas. Los resultados de la investigación realizada reflejan la influencia de la participación protagónica en la calidad de vida de las personas adultas mayores organizados. De tal modo, se valora el enfoque del protagonismo como el camino que viabiliza la inclusión social y reconocimiento de las vejeces y su acción colectiva, con miras de fomentar una mejor calidad de vida para este grupo poblacional. Al mismo tiempo, el cambio de las percepciones estereotipadas de la sociedad, que sobre las personas mayores se maneja, generando una imagen positiva de esta población, valorándolas como personas como sujeto de derechos, con capacidades y potencialidades. Del mismo modo, los resultados de la investigación contribuyen al conocimiento científico sobre las vejeces, la participación protagónica, la acción colectiva y la satisfacción e incremento de la calidad de vida; y con ello, tener mejores elementos que permitan dar una mejor atención desde el Trabajo Social a la población adulta mayor, quienes constituyen una población particularmente vulnerabilizada en nuestra región, por lo que se requiere perspectivas emancipadoras que les garantice una calidad de vida digna y plena. Por consiguiente, desde el Trabajo social existe el compromiso de fomentar que las personas mayores organizadas asuman un rol público, con responsabilidades en sus organizaciones y actoría socio política, para coadyuvar a la independencia y capacidad de autodeterminación de las personas de este colectivo. Asimismo, impulsar relaciones cooperativas entre organizaciones de personas adultas mayores, instituciones públicas y entidades de la sociedad civil, para contribuir en nuevos aprendizajes, ampliación de conocimientos y experiencias socio-culturales y económicas, tejiendo redes sociales y de apoyo continuo, incidiendo en la creación de políticas sociales que viabilicen las demandas de este colectivo y generar una vida digna. Igualmente, incluir en el planeamiento y ejecución de las políticas sociales el enfoque intergeneracional, con la consigna del diálogo, reconocimiento, respeto y valoración de las personas mayores; que tengan como finalidad, una sociedad inclusiva para todas las edades.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Panel presencial
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#314 |
CNDICIONES LABORALES DE LAS Y LOS TRABAJADORES SOCIALES EN COLOMBIA - DEBATE A PROPÓSITO DE INVESTIGACIONES REALIZADAS EN DIFERENTES REGIONES DE COLOMBIA
Andrea Nathaly Cruz Ramirez
1
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Ricardo Plazas Neisa
2
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Vivian Andrea Ladino Mosquera
1
1 - Universidad Católica Lumen Gentium.
2 - Universidad Minuto de Dios.
Propuesta del Panel:
El debate alrededor del trabajo social y de la intervención social tiene diversas aristas. Una de ellas, muy importante, es la relacionada con las condiciones contractuales de las y los profesionales, quienes llevan a cabo los procesos de intervención. Estas condiciones contractuales y laborales de las y los profesionales de la intervención social están muy relacionadas con la naturaleza de la política social de cada país, con los modelos de producción y reproducción social, con la incidencia del neoliberalismo y el grado en el cuál haya penetrado dentro de la política social y la política laboral de cada país. También están relacionadas con la precarización del mundo de trabajo en general.Con la intervención de profesionales e investigadores de distintas ciudades del país, se promoverá una discusión que conecte las reflexiones que se han adelantado en estos procesos de investigación, pero también sobre las reflexiones generales promovidas en los espacios de agremiación y reivindicación del lugar disciplinar del trabajo social en la sociedad. Será una discusión ilustrada a partir de estos tópicos y que, si bien será centrada en las condiciones concretas de las y los profesionales de trabajo social en Colombia, puede así mismo servir de abrebocas para reflexionar sobre el lugar social del trabajo social en América Latina. Este panel presentará a Ricardo Plazas Neisa, trabajador social, máster en servicio social de la UFRJ y docente de la Corporación Universitaria Minuto de Dios en la sede de Bogotá. A Vivian Andrea Ladino Mosquera, trabajadora social, especialista en intervención social, magíster en estudios sociales y políticos, estudiante del doctorado en Sociología de la Universidad del Valle, y docente de la Fundación Universitaria Católica Lumen Gentium. Ambos expondrán algunos puntos generales de sus procesos de investigación sobre condiciones laborales de las y los trabajadores sociales en el país, y se motivará una discusión a partir de vario tópicos.¿cuáles son las condiciones laborales y contractuales en las cuales las y los profesionales del trabajo social ejercen sus ejercicios profesionales? ¿cuáles han sido los hallazgos más relevantes de cada proceso de investigación? ¿cómo se relaciona estas condiciones laborales con el modelo de producción y el recrudecimiento del neoliberalismo en Colombia? ¿el trabajo de las y los profesionales de trabajo social en Colombia es un trabajo precario? ¿cómo impacta esto en la política social del país?Los anteriores serán los tópicos que orienten la discusión. Tópicos en la que se retomarán reflexiones sobre el mundo del trabajo como las de Richard Sennet (2003), que pone el centro de la discusión en la conexión entre el mundo de la producción, el modelo de producción hegemónico, su transformación y lo que ello implica para el mundo del trabajo, afirmando también que este marco productivo incide de manera poderosa en los sujetos y en carácter a partir de la modelación del mundo del trabajo. También acudiremos a las reflexiones propuestas por Ricardo Antunes (2000) alrededor de la diversidad que hoy adquiere
la clase que vive del trabajo, particularmente a partir de la precarización del mundo laboral, en la que incluso los profesionales de diversas disciplinas se ven arrastrados por la corriente de la precarización laboral y se insertan en esta clase que vive del trabajo, ya no necesariamente como pequeña burguesía, que estuvo constituida en el siglo XX por profesionales, particularmente de profesiones liberales (lejos del trabajo social, cuyo proceso de profesionalización lo apartó parcialmente de otras disciplinas – profesión).En este contexto caben las reflexiones que desde el marxismo nos propone Ricardo Plazas, analizando las condiciones de trabajo en el marco de esa contradicción del capital y el trabajo. Pero también son oportunas las reflexiones de Vivian Ladino alrededor del lugar social del trabajo social en esa mediación de los conflictos entre el capital y el trabajo, cuna que le da nacimiento al Trabajo Social. En la discusión, retomaremos las reflexiones disciplinares de Margarita Rozas y Arturo Fernández, que en 1984 vincularon el rol de los profesionales de trabajo social con el rol de las políticas sociales de los países. De acuerdo a las formas en las cuales los Estados se piensen la intervención sobre las sociedades para atender la cuestión social, así mismo se vinculará a las y los profesionales que ejecuten las políticas e intervengan sobre las sociedades. Así mismo, de acuerdo a las definiciones que se apliquen sobre la cuestión social, sus causas y soluciones, esto moldeará el rol y las condiciones de las y los trabajadores sociales, que además de ser quienes median en esta relación Estado – Cuestión Social, están al mismo tiempo en una relación subordinada respecto de quienes dirigen el Estado y definen esta relación. Estas relaciones de subordinación en las cuales ejercen su ejercicio profesional las y los trabajadores sociales, sitúan a estas y estos profesionales en similares relaciones de explotación a las cuales están sometidas las mayorías de las personas que se vinculan a la producción a través de vender su fuerza de trabajo. Como propondría Marilda Iamamoto (1997), si la satisfacción de las necesidades de las y los profesionales del trabajo social están mediatizadas por su acceso al mercado a través de la venta de su trabajo, y su pago por ello es el salario (incluso oculto bajo relaciones laborales disimuladas como los contratos tercerizados), estos y estas profesionales no solo hacen parte del modelo de reproducción capitalista, sino que su lugar dentro de la sociedad está más cerca de los trabajadores que de otras clases sociales.
FCS - A3
11:00 - 13:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#029 |
POLÍTICAS PÚBLICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS CONTRA MULHERES NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Fernanda Marques de Queiroz
1
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Maria Ilidiana Diniz
2
1 - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
2 - Universidade Federal Rural do Semi-Árido-UFERSA.
Resumen:
A violência contra mulheres doméstica e familiar tem sido ao longo da história uma realidade marcante na vida de muitas mulheres no Brasil. Mais de quatro décadas de mobilizações pelo fim desse tipo de violência, a mesma continua a ser uma problemática social perpassada por complexidades e desafios. Tais desafios são tecidos nas tramas sociais evidenciados nos avanços e retrocessos das conquistas protagonizados pelos movimentos feministas no que concerne às lutas pelo fim das violências contra mulheres. As estruturas erigidas pelo sistema capitalista-patriarcal-racista inseridas nas relações sociais provocam-nos a identificar os meandros da opressão e das relações desiguais que se impregnam o campo político, social, econômico e cultural, rebatendo nas justificativas para as violências praticadas contra as mulheres. No âmbito do legislativo brasileiro, fruto das pressões dos movimentos feministas e de direitos humanos, bem como da luta e resistência de Maria da Penha, foi sancionada em 2006 a Lei 11.340/06 que visa prevenir e combater esta forma de violência. Todavia, no campo das políticas públicas de enfrentamento a esse tipo de violência, ainda encontramos inúmeros desafios a sua implementação, exigindo, portanto pressões, monitoramento e avaliação continuada para exigir do Estado que as ações preconizadas na Lei sejam efetivamente concretizadas na vida das mulheres. O resumo que ora apresentamos é resultado de uma pesquisa empírica em andamento que objetiva mapear de forma analítica as políticas públicas de prevenção e combate às violências contra as mulheres no estado do Rio Grande do Norte, tendo como ponto de partida os quatro municípios do estado que possuem Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher - DEAM (Natal, Parnamirim, Caicó e Mossoró) tendo em vista esta instituição ser uma das principais “portas de entrada” das mulheres que vivenciam tais violências. A investigação é de natureza qualitativa, de tipo bibliográfica, documental e de campo mediante a realização de entrevistas semiestruturadas com os/as profissionais que atuam nos serviços da rede de atendimento nas áreas da saúde, assistência social, segurança pública e judiciário. A pesquisa faz parte de um esforço teórico-metodológico e político no sentido de dar visibilidade às violências contra mulheres na esfera doméstico-familiar no Serviço Social, tendo como base epistemológica as relações patriarcais de gênero articulada às de classe e raça fincadas nas relações sociais expressas numa cultura machista que oprime e violenta as mulheres. Nos últimos anos, em particular a partir de 2018, o Estado brasileiro por intermédio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos vem sistematicamente contingenciado recursos para políticas públicas para as mulheres, mesmo havendo orçamento disponível. Em 2021, mediante estudos do INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos), o Ministério Público Federal abriu um inquérito, para investigar a baixa execução do orçamento em 2020. Dos R$ 132,57 milhões autorizados para os programas de proteção de mulheres no enfrentamento às violências, somente 30% foi executado, o que significa que deixou de ser investido na rede de atendimento dos estados e municípios 93,6 milhões. As perspectivas para o ano de 2022 são ainda mais preocupantes, pois segundo o referido estudo, os recursos destinados às políticas públicas para este segmento somam o menor valor dos últimos quatro anos, algo em torno de 43,28 milhões. Conforme podemos observar nos dados que se seguem, entre 2020 e 2021, dados do Painel de da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), tabulados pelo Instituto Santos Dumont (ISD), apontaram que no Brasil o número de crimes contra as mulheres triplicou. Passando de 271.392 registros para 823.127. O Rio Grande do Norte seguiu a mesma proporção dos índices nacionais com um aumento de 205,02%. Em números absolutos, o registro de violação contra as mulheres no estado passou de 5.198, em 2020, para 15.855 em 2021. (OBVIO/2021). Dentre essas violações, está a forma mais extrema de agressão- o feminicídio. Segundo levantamento realizado pela Rede de Pesquisa OBVIO Observatório da Violência da UFRN, a cada três dias uma mulher foi vítima de morte violenta no estado entre 2011 e 2020. Pelo exposto, tais cortes são extremamente graves, haja vista o Brasil registrar números alarmantes de violência contra a mulher, sendo o 5º país mais violento do mundo, expresso dentre outros índices, que a cada 6 horas e meia uma mulher é vítima de feminicídio. No que se refere aos serviços mapeados até o presente momento, na área de segurança pública o estado dispõe de 5 delegacias especializadas e a Patrulha Maria da Penha em Mossoró; na área judiciária dispõe de 5 Juizados de violência doméstica e familiar contra a mulher, apenas uma Promotoria Pública exclusiva para mulheres em situação de violência em Natal e 3 que são mistas, 5 defensorias públicas do estado que não são exclusivas para atendimento às mulheres; na área da assistência social o estado dispõe de 3 casas abrigo (2 em Natal e 1 em Mossoró), 3 centros de referência especializados para mulheres em situação de violência da mulher (sendo 2 em Natal e 1 em Mossoró), 10 CRAS os quais a maioria deles localizados em Natal e em Mossoró e 1 em Caicó e 1 em Parnamirim que atendem este público, mas que não são especializados; além de serviços de saúde em nível estadual e municipal (UPAS, UBS, CAPs e hospitais nos quatro municípios pesquisados), contudo apenas 4 hospitais localizados 1 em Mossoró, 2 Natal e 1 em Caicó tem setor especializado de atendimento às mulheres em situação de violência. Constatamos que além do reduzido número de serviços para atender à grande demanda, se faz urgente uma maior articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento, além da falta de capacitação dos/as profissionais em gênero e violência e a precária estrutura física, somado à falta de recursos humanos na grande maioria dos serviços dada a não realização de concursos públicos traduzidos em vínculos temporários ou cessão de profissionais de outros órgãos. Tudo isso, num contexto permeado por corte de recursos e avanço do conservadorismo trazendo repercussões negativas no enfrentamento à problemática da violência contra mulheres.
#096 |
Trabajo Doméstico Remunerado. un tránsito de exclusión, sometimiento y dominación a relaciones de poder colonial y patriarcal.
Rosa Villarroel Valdés
1
1 - Universidad Andrés Bello.
Resumen:
Las transformaciones sociales, económicas, políticas y culturales, han generado cambios en el orden laboral afectando los sistemas sociales en su conjunto e incidiendo en la transformación del mercado del trabajo, tanto en la definición de estrategias laborales y modelos de trabajadores, como también en las relaciones de género, identidades y subjetividades de hombres y mujeres. La incorporación de las mujeres al trabajo fuera del de hogar, sobre todo después de la segunda mitad del S. XX, produce una crisis del cuidado (Pérez Orozco, 2006), crisis que surge tal como lo señala Fernández (2014.pág. 2), de las “tensiones entre las formas sociales de organización del cuidado y el orden económico neoliberal que prioriza el capital sobre las necesidades humanas” Para Boccardo, G et al. (2017), la incorporación de la mujer fuera del hogar “supuso una redistribución de las tareas domésticas, lo cual facultó a su vez que el trabajo doméstico apareciera definitivamente como una posibilidad de empleo al que muchas mujeres accedieron, sobre todo quienes pertenecían a estratos sociales populares. El trabajo doméstico realizado de manera remunerado por algunas mujeres es el que ha posibilitado a otras acceder al mercado de trabajo productivo, permitiéndoles mantener el funcionamiento del núcleo familiar. Sin embargo, en la sociedad actual y en el contexto del modelo neoliberal, el trabajo doméstico o trabajo reproductivo es visibilizado con un menor valor, dado que el trabajo que tiene valor está vinculado a las lógicas productivas, (Ávila, 2013)En América Latina, existen, aproximadamente 14 millones de mujeres que desarrollan trabajo doméstico remunerado, en condiciones de precariedad laboral, legislaciones nacionales insuficientes y muy por debajo de los estándares del Trabajo Decente establecidos por la OIT[1]. (2010)En muchos países, el trabajo doméstico remunerado presenta similitudes respecto a una actividad informal, en ámbitos como el bajo salario y su pago parte en dinero y parte en especies, y en la situación de desprotección de ciertos riesgos psicosociales como la salud mental, física y social, vejez, cesantía y pobreza. Una particularidad de esta ocupación es que la dimensión emocional se considera como una de las competencias requeridas por las trabajadoras que la desarrollan, en relación con las responsabilidades formativas y afectivas, tanto como el acompañamiento físico y emocional propio de las labores de cuidado de las personas a su cargo en el hogar. (Boccardo, G. et al. 2017)Dado que los marcos jurídicos varían en los distintos países de la región en relación con la regulación del trabajo doméstico remunerado, se presentan situaciones y condiciones diversas en que las mujeres desarrollan esta actividad laboral, que van desde un trato legal que se mueve en búsqueda de la igualdad respecto de los demás trabajadores, a normas menos favorables en dimensiones del trabajo como la jornada laboral, descansos, vacaciones, licencias por enfermedad y la maternidad. Para las mujeres el trabajo doméstico remunerado, no ha significado un ascenso o mecanismo de movilidad social, más bien se ha constituido en una forma de mantenerlas sujetas y oprimidas a un sistema de clases, que se estructura a partir de un conjunto de condiciones que promueven su vulnerabilidad social y las mantiene inmovilizadas e invisibilidades, no solo desde el punto de vista económico, sino también en el plano de reconocimiento social. (Romero, 1997; Anderson, 2002; Valenzuela & Mora, 2009)El texto se construye a partir del análisis del trabajo doméstico remunerado y de las condiciones en que las mujeres desarrollan este tipo de trabajo en un tránsito de exclusión, sometimiento y dominación a relaciones de poder colonial y patriarcal, pero que al mismo tiempo las hace sentir que son parte relevante de los espacios donde desarrollan sus labores. Transitaremos en una mirada general del trabajo doméstico remunerado[2], para luego encontrarnos con la dimensión desconocida de este tipo de trabajo, en una lectura desde los relatos de trabajadoras domésticas remuneradas, acerca de las trayectorias laborales de estas mujeres y su relación con la familia que atienden. La metodología utilizada en esta investigación se planteó como un estudio cualitativo. Desde un enfoque interpretativo (Pérez, z.P,2011). Se trabajó con una muestra intencionada de 16 mujeres que se desempeñan en el TDR a lo menos en los últimos 5 años de su vida y que habitan en la región de Valparaíso de Chile. La recolección de información se generó por medio de entrevistas en profundidad en base a una pauta semiestructurada de preguntas abiertas (Taylor y Bodgan, 1987; Delgado y Gutiérrez, 1994; Burgos, 2011) enfocada en el “relato de vida socio laboral”. (Bertaux, 1999) En cuanto a la etapa analítica, se definieron y clasificaron los materiales desde categorías de autenticidad, credibilidad y representatividad, para luego dar paso a la interpretación de ese material en función del trabajo investigativo. (Valles,1999) A partir del análisis desarrollado, se busca poner sentidos compartidos de las trabajadoras domésticas remuneradas acerca de las relaciones afectivo-laborales con la familia que atienden, entendiendo, tal como lo señala Hermida (2017. pág.3) “que las palabras no son (solo) representaciones, sino materialidades constituidas por un núcleo de sentidos compartidos” que van a poner en tensión las lógicas hegemónicas y las condiciones de subalternidad de las trabajadoras domésticas remuneradas. El ser trabajadora de doméstica remunerada, circula en un entramado de dimensiones que han estado expuestas ante nuestros ojos, pero que nos remiten la necesidad de sentipensar ¿cuál es el lugar de estas mujeres en esta relación afectivo-laboral?, puesto que se han reconocido a sí mismas como relevantes en la relación con la familia que atienden. Sin embargo, en este mismo espacio, transitan relaciones de poder, que las someten a dinámicas de reconocimiento y agravio moral. (Honneth A., 1997,2007,2009). [1] Organización Internacional del Trabajo.[2] En este texto utilizaremos indistintamente, trabajo doméstico remunerado o servicio doméstico. Así como utilizaremos como sinónimo trabajadora doméstica remunerada, trabajadora de casa particular o “nana”.
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Dialética do desenvolvimento capitalista dependente no Brasil: conservadorismo, divisão sociossexual e racial do trabalho doméstico feminino
Ana Cristina Oliveira de Oliveira
1
1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
O presente trabalho discute as transformações sociais marcadas pela dialética do desenvolvimento capitalista dependente nas dimensões do trabalho precarizado, trabalho doméstico feminino e conservadorismo no Brasil e em toda América Latina que galvaniza parte do discurso e ideário burguês na multiplicação e renovação da visibilidade dos sujeitos políticos por parte dos setores ultraconservadores. A pesquisa coloca que as reflexões entre o atual recrudescimento do conservadorismo na feição reacionária e as expressões patriarcais inseridas nesse contexto, compromete a vida das mulheres sob o ângulo da superexploração da força de trabalho e das opressões. Interessa, portanto, reunir contribuições, numa perspectiva de totalidade, que permitam refletir criticamente a partir do recorte empírico e aportes diversos relacionados à divisão sociossexual e racial do trabalho e a superexploração do trabalho incentivado pelo pleito das mulheres por um projeto anticapitalista, antipatriarcal e antirracista frente à investida conservadora atingindo o conjunto dos direitos da classe trabalhadora. O recorte temporal para as reflexões é o contexto alicerçado no conjunto de ações e contradições dos anos 2000 como parte da configuração da classe dominante através da Política de Desenvolvimento do Milênio (ONU, 2000), cuja estratégia política e ideológica afirmam os interesses hegemônicos dominantes pelo consenso. O que significa dizer que as reflexões apontam para analisarmos a divisão sociossexual do trabalho como parte integrante das formações sociais dos estados modernos, articulando racismo e o sexismo. Ao denunciar a naturalização da subalternização das mulheres negras pela servidão presente no mundo do trabalho e nas relações sociais familiares no contexto atual da pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov 2) que impõe o aprofundamento das contradições destrutivas do capitalismo em sua crise estrutural.
#390 |
Violencia contra las mujeres e intervención a través del ejercicio profesional en Trabajo Social
Alejandra Garay Báez
1
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Ada Vera Rojas
1
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Laura Benítez
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Asunción FACSO UNA.
Resumen:
Violencia contra las mujeres e intervención a través del ejercicio profesional en Trabajo SocialAlejandra Garay BáezAda Vera RojasLaura Benítez Afiliación institucional: Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Asunción FACSO UNA Resumen de ponenciaIntroducciónEl presente trabajo se basa en una revisión documental que corresponden a instituciones de gestión pública oficial y a organizaciones vinculadas a investigaciones temáticas. La problemática se centra en el fenómeno de la violencia contra las mujeres en el marco de la pandemia por COVID-19.Sin dudas, la pandemia por COVID-19 acentuó las desigualdades en todos los ámbitos de la sociedad, sobre todo en el caso específico de las mujeres, en las esferas laborales, domésticas o intrafamiliares que fueron los ámbitos donde más se visibilizaron los hechos, según datos oficiales. En este sentido, fueron las mujeres, niñas y adolescentes las más expuestas en este contexto. Se hace necesaria transcender en las miradas sobre la violencia contra las mujeres, concebir una mirada desde la intervención en Trabajo Social y las ciencias sociales, con un enfoque dialéctico, y crítico, asumir que es una cuestión social, donde se converge derechos e interpretación de realidades, siendo una cuestión de derechos humanos, donde se busca la protección integral de la mujer, comprendiendo que existen diversidades que merecen intervención urgente, y que no sólo estén sujetos a intereses por parte de grupos políticos de turno.Contexto Situacional.En el marco de la pandemia por COVID-19 según datos del Observatorio del Ministerio de la Mujer de Paraguay (2021), las llamadas a la línea SOS para casos de violencia se dispararon y es por ello que habilitaron más líneas para la contención. Este hecho, da cuenta de un aumento considerado de casos de violencia y que se acentuó con el encierro.Dada esta situación, es importante remarcar que la sociedad paraguaya vive inmersa en una cultura patriarcal y machista, y que el sistema de funcionamiento de este sistema concebido desde la óptica logofalocéntrica y heteropatriarcal constantemente configura las relaciones sociales en un contexto determinado y respondiendo al capital y a intereses específicos.La CEPAL estimó que, para finales del 2020 y ante la pandemia por COVID-19 la tasa de pobreza femenina llegará a alrededor de 37%, con una variación de casi 22% respecto a finales del 2019, así también, otro dato a tener en cuenta es que la situación de confinamiento implica serias amenazas para las mujeres y niñas que sufren violencia al interior de sus hogares ya que la mayoría convive con sus agresores y las desigualdades se acentúan en este marco (CEPAL, 2020).En Paraguay, las mujeres representan aproximadamente el 49% del total de la población, además, la situación de informalidad laboral para esta población alcanza alrededor del 46% según Instituto Nacional de Estadística INE (2021). En el contexto pandemia COVID 19 asumido por el gobierno declara según Decreto 3456 de 10 de marzo de 2020, medidas drásticas de emergencia sanitarias, y algunas medidas económicas a producirse por la cuarentena (confinamiento), y la ley 6524/20 declara Estado de emergencia nacional en todo el territorio, implementando medidas excepcionales en ejercicio fiscal en destinar el presupuesto general en mitigar las consecuencias económicas, protección de empleo, y financiero, designando a las entidades nominadas, excluyendo de este proceso al Ministerio de la Mujer, recortando su presupuesto al 5% (2020), y 8, 65% (2021) cuyo población de atención representa el 32 % sobre la población total (mujeres mayores de 18 años).Con la vigencia de la Ley N° 5777/2016 de protección integral a las mujeres contra toda forma de violencia, el Estado va asumiendo tareas más concretas para erradicar la violencia, sin embargo, aún insuficientes dada la envergadura de la problemática generada a partir de las manifestaciones. Si bien existe oferta estatal orientada a dar respuesta a la problemática la intervención profesional en trabajo social es muy limitada por causas estructurales ya que desde el Estado se brinda contención para los casos, sin embargo, no se apunta a la prevención que es un eje fundamental y he ahí una fase importante en la intervención.ConclusiónPor lo citado anteriormente, y en un contexto de país en que la pobreza se feminiza cada vez más, con políticas pensadas en las mujeres y no con las mujeres, con mujeres que invierten mucho en ocupaciones como el trabajo doméstico no remunerado y donde también se registra una mayor proporción de mujeres trabajando por cuenta propia, el 42.9% frente a 38.2% de hombres (PNUD, 2015) se hace necesaria una revisión de la planificación e intervención, con una mirada fuerte y crítica.No hay que dejar de lado que en todo este contexto, las políticas públicas son entendidas como respuestas sistemáticas que el Estado o gobierno de turno otorga a situaciones que generan conflictos en la sociedad determinan las políticas sociales, por eso deben ser siempre entendidas y analizadas desde la ideología a la que son aplicadas, y su comprensión abarca las dimensiones prácticas y teóricas. De esta manera precisar el análisis de las intervenciones sociales de atención directa en la pandemia COVID 19, en cuanto a condiciones de vida de las mujeres durante el confinamiento, cuya realidad agudizo otras en cuanto a las tareas de cuidados a grupos poblacionales de riesgos, evidenció la desigual al acceso de tecnología (teléfono móvil) que dificultó el acceso a información, transferencia de dinero, atención de salud móvil, redes contención y sistemas de alertas, y un factor no menor, la prestación de servicios en los territorios se encontraban limitados, escasos y/o cerrados. Por consiguiente, ¿cuales son las manifestaciones de desiguales en los casos de violencia contra las mujeres? considerando el alcance en territorio y/o demanda asumidas por las instituciones del Estado en contexto pandemia COVID 19. Instituto Nacional de Estadística (2021)CEPAL (2020). Informe sobre pandemia por COVID-19Ministerio de la Mujer (2022) Informe de acciones desarrolladas a partir de la declaración de la emergencia.PNUD (2015) Pobreza, oportunidades económicas desiguales y género. Hipótesis para la discusión. Documento 2. Asunción.
#428 |
La clase y el género en el capitalismo: las mujeres trabajadoras pobres “portadoras de capital humano”
Adriana Monge Arias
1
1 - Universidad de Costa Rica.
Resumen:
La ponencia busca mostrar algunos de los resultados obtenidos de la tesis para optar por la Maestría Centroamericana en Sociología de la Universidad de Costa Rica. El objetivo de la investigación consistió en analizar la intervención del Instituto Mixto de Ayuda Social (IMAS) en las condiciones sociomateriales e ideológico-culturales de las mujeres trabajadoras pobres, participantes de la Estrategia Nacional Puente al Desarrollo, para comprender la forma como el Estado modifica y/o reproduce la pobreza y las relaciones de género opresivas. Por ende, se estudió la vida cotidiana, las formas de trabajo y la satisfacción de las necesidades. La investigación realizada fue de tipo cualitativa. Se tuvo un acercamiento al dato empírico mediante el uso de la historia de vida, análisis de contenido y entrevistas semiestructuradas. La población participante estuvo conformada por: mujeres en condición de pobreza participantes de la primera fase de la Estrategia Nacional para la reducción de la pobreza extrema Puente al Desarrollo (2015-2018), dos cogestoras, la segunda vicepresidenta del Gobierno de Luis Guillermo Solís (2014-2018), una de las encargadas del Área de Atención Integral e Interinstitucional del IMAS y por último una ejecutiva de la fundación privada Horizonte Positivo. La Estrategia Nacional para la reducción de la pobreza extrema Puente al Desarrollo inicia su implementación en el Gobierno de Luis Guillermo Solís (2014-2018), en el marco del Plan Nacional de Desarrollo. Para su formulación se tomó como base Red Unidos de Colombia, además la idea de la figura de persona cogestora social (PCGS) proviene de ese país y también de Chile. Pero, el perfil profesional difiere de estos dos países, ya que el IMAS establece la contratación de profesionales en las ciencias sociales, al contrario de la TMC colombiana y chilena que pueden ser personas con un nivel técnico o incluso bachilleres en secundaria. Cabe destacar, que la Estrategia Puente al Desarrollo se clasifica como Transferencia Monetaria Condicionadas (TMC). Las TMC surgen en el contexto neoliberal de la región latinoamericana, son la respuesta a los conflictos y luchas sociales que se asomaron a mediados de los años 90 y expandieron en el inicio del siglo XXI. La implementación, pero a escala reducida inició en Brasil con dos economistas, cuyas ideas fueron aplicadas en el ámbito local, para luego México presentar en 1997 el programa Progresa (Programa de Educación, Salud y Alimentación). En el siglo XXI se propagaron por casi toda América Latina “a lo largo de la década de los 2000, y muy especialmente a mediados de la década”
(Cecchini & Atuesta, 2017, p.16). Es preciso señalar otro aspecto respecto al contexto macroestructural, se trata de la contrarreforma de la asistencia social de Estados Unidos en 1995, esto propició una nueva visión de la pobreza basada en la demostración meritoria de la carencia, y una política dirigida para modificar conductas y no para generar derechos de renta base o paquetes de subsidios a fin de mejorar los salarios de la clase trabajadora (Wacquant, 2010).Los organismos internacionales como el Programa de Naciones Unidades para el Desarrollo (PNUD), el Banco Mundial y la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) tuvieron un papel muy importante en el desarrollo e implementación de las TMC. Se trata de una revitalización o resurgimiento de la política social, según lo planteado por Pichardo (2014), o desde la postura de Álvarez (2011) son una segunda generación de focopolíticas constituidas a partir de las voces hegemónicas en acciones para mejorar la cohesión social, es decir mantener el control social de las poblaciones consideradas peligrosas (Wacquant 2007 y 2010). Uno de las condiciones más importantes para la aprobación de los organismos como el Banco Mundial y el PUND de las TMC en América Latina, además de ser políticas sociales baratas, es la generación de capital humano. Desde que el Banco Mundial se erigió el ente rector de la pobreza en la década de los 70, propiciar el desarrollo de capacidades mediante el capital humano es uno de los fines más importantes y base para la medición del avance respecto a la atención de la pobreza, sobre todo la pobreza extrema. El objetivo es evitar la dependencia de las personas en condición de pobreza hacia los programas sociales, tal como lo dictan los neoconservadores es necesario de controlar porque de lo contrario se produce la ingobernabilidad, en el sentido de abuso de poder por quienes pretenden la resolución de sus problemas mediante los subsidios del Estado. Los resultados de la investigación realizada muestran que la Estrategia Nacional Puente al Desarrollo enfatiza en la creación de capital humano en las mujeres. La constante reiteración de que las mujeres trabajadoras pobres deben cumplir con las condicionalidades y demostrar su comportamiento modulado para continuar recibiendo el subsidio de los 75 000 colones mensuales, las incentiva en la búsqueda de capacitarse o ingresar al sistema de instrucción formal para obtener los contenidos necesarios a fin de convertirse en fuerza de trabajo atractiva para el capital o en emprendedoras. Los cursos y capacitaciones recibidos por las mujeres de la investigación, según su propia percepción, son valorados porque las proyecta en el futuro con el objetivo de no depender de la asistencia social, es decir autogestionarse sus propias carencias. Por ende, el Estado busca asuman en su subjetividad la necesidad de ser emprendedoras y la disciplina de una buena trabajadora, preocupándose para que su fuerza de trabajo sea atractiva en el mercado mediante el desarrollo de sus capacidades. Se trata de ser productiva acorde a las necesidades del capital, en el marco de los valores neoliberales transmitidos por medio de las políticas sociales que replican el discurso de “enseñar a pescar y no dar el pescado”, ahora exaltando sus trabajos informales como posibles “emprendimientos”. De modo que, el Estado enmascara las condiciones de pobreza bajo el fetichismo de la autonomía, el autopercibirse y concebir el IMAS a las mujeres como emprendedoras oculta que son mujeres trabajadoras desempleadas o en la informalidad precarizada.Por ende, refiere al disciplinamiento requerido del cuerpo y los deseos, ya que la visión a futuro muestra la prueba de que la mujer tutelada por el Estado mediante Puente al Desarrollo aprendió a verse productiva en su proyecto fuera de la institución del IMAS. De manera que, representa la exaltación formal de la autonomía económica fetichizada de las mujeres trabajadoras pobres y de su propio reconocimiento, pero en función de las necesidades del capital, en el marco de los valores neoliberales. Asimismo, se trata de un reconocimiento que sigue siendo enajenado, no dirigido hacia la libertad de las condiciones de explotación y subsistencia mínima de su vida cotidiana, sino para la reproducción del lugar ocupado en la división social del trabajo que incorpora la división sociosexual del trabajo en función de la acumulación del capital.Por otro lado, como base onto-epistemológica se utilizó el marxismo, a partir de esto se articuló la teoría de la reproducción social y la división sociosexual del trabajo para complementar la explicación respecto a la pobreza y las relaciones de género opresivas, alejándose el estudio de la visión dual e interseccional. Lo que implicó tener un punto de partida: la contradicción capital-trabajo. En este sentido, se comprende que en el capitalismo la opresión de las mujeres es parte de las formas extraeconómicas para garantizar el proceso de acumulación (Hirsch, 2007), por ende se da la sociometabolización (Grüner, 2005) de la jerarquización de las relaciones de poder basadas en el género por parte del capital. En otras palabras, “el capital, en la época del capitalismo, se convierte en una estructura significativa, que determina el contenido interno y el sentido objetivo de los factores o elementos, sentido que era distinto en la fase precapitalista” (Kosik, 1967, p.73). BibliografíaCecchini, S. & Atuesta, B. (2017).
Programas de transferencias condicionadas en América Latina y el Caribe. Tendencias de cobertura e inversión. Serie Políticas Sociales N°24. CEPALHirsch, J., (2007). Rasgos fundamentales de la teoría materialista del Estado. En Ávalos G. & Hirsch, J.,
La política del capital (pp. 131-164)
. Universidad Autónoma Metropolitana. Kosik, K., (1967). Dialéctica de lo concreto. Grijalbo S. A. Wacquant, L., (2007).
Los condenados de la ciudad. Gueto, periferias y Estado. Siglo XXI Editores. Wacquant, L., (2010).
Castigar a los pobres. El gobierno neoliberal de la inseguridad social. Gedisa S.A.
#575 |
Mujeres y disidencias incluidas en programas sociales en el Municipio de Luján: tensiones entre lógica neoliberal y derechos
Mariela Mendoza
1
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Clara Weber Suardiaz
2
1 - Universidad Nacional de Lujan.
2 - Universidad Nacional de Luján.
Resumen:
Esta ponencia forma parte de los avances realizados en el proyecto de investigación: Trayectorias de mujeres incluidas en Programas sociales del municipio de Luján (en periodo 2020-2022): tensiones entre vida cotidiana, derechos y lógica neoliberal. El objetivo que orienta su desarrollo es reconstruir con las mujeres que participan de los programas sociales vigentes en el Municipio de Luján, sus trayectorias de vida para conocer y analizar, las tensiones que se originan entre la lógica neoliberal y los derechos. Si bien el proyecto entro en vigencia en el año 2020, las consecuencias originadas por la pandemia por COVID19 detuvo su inicio, comenzando con las 1eras actividades en los últimos meses del año 2021. Las graves consecuencias que generó (y aun genera) la emergencia de la pandemia atentó sustancialmente las condiciones de vida del conjunto de la población y en particular, de los sectores sociales que viven en situaciones de pobreza e indigencia socio-económica. En este periodo también asumieron nuevos gobiernos en el Estado Nacional, Provincial y Municipal, representantes, en los tres niveles de gobierno, de la coalición política Frente de Todos. Estos dos hechos sociales resultan relevantes ya que no solamente conmovió y transformó la vida cotidiana del conjunto de la población mundial sino también que, para el caso de Argentina, se promovió la reconfiguración de los programas sociales vigentes hasta marzo de 2020. Esta situación demandó una revisión metodológica de la investigación que estamos llevando adelante en la actualidad.Fundamentos del estudio: Vida cotidiana, trayectorias y sectores populares en la continuidad del neoliberalismoLas peculiaridades de la crisis social actual y los efectos de la política económica, particularmente en relación con el renovado ciclo de endeudamiento público; los cambios acontecidos en el mundo del trabajo y los desafíos que plantea la emergencia de los movimientos de la economía popular; el protagonismo del movimiento de mujeres y los debates sobre las características y respuestas que plantean los Estados a esta cuestión particular; los modos que adquiere la capacidad punitiva del Estado frente a un escenario de creciente imposición de la racionalidad empresaria y la concentración de la propiedad, son las características más notables de este periodo neoliberal, que no solo tiene consecuencias en la estructuración de las políticas sociales sino que también forma parte de la vida cotidiana de sus destinatarias.Desde esta perspectiva es que nos interesamos en indagar respecto de las estrategias que las mujeres y disidencias desarrollan para enfrentar las consecuencias del neoliberalismo en su vida cotidiana. Al indagar sobre la vida cotidiana, estamos en presencia de un escenario donde emergen los recursos materiales y subjetivos de las mujeres y que en las últimas décadas han sido objeto de la racionalidad neoliberal.Consideramos que la construcción de la subjetividad neoliberal no es un proceso unidimensional ni puede ser reducido a un solo actor político. Como toda racionalidad dominante, conviven en ella una serie de actores de diferentes ámbitos que contribuyen o constriñen su reproducción. Por otra parte, el neoliberalismo no es un proyecto acabado, ni solamente económico, más bien, se entrelaza con un conjunto de tensiones subjetivas, sociales, históricas, culturales, políticas y económicas preexistentes que potencian aquellas vinculadas con su propia lógica de acumulacióndel capital y contradicciones internas. (Pellagatti y Weber, 2018) De allí que identificar las perspectivas de derechos que las mujeres y disidencias han construido (y construyen) en relación a género, trabajo y acceso a los programas sociales nos brindara elementos para problematizar la incidencia de los objetivos y modalidades de implementación de los programas sociales tienen en su cotidianeidad. Carvalho (2010), realiza un análisis interesante sobre la relación entre vida cotidiana y Estado, al considerar que la vida cotidiana, se ha constituido en el núcleo de atención del Estado y de la producción capitalista de bienes de consumo, constituyéndose en fuente de explotación y espacio a ser organizado y programado. El despliegue de programas sociales basados en la lógica de Programas de Transferencia Condicionada de Ingresos promovieron, por un lado, formas asociativas y autogestivas de trabajo, sustentados en la concepción del trabajo como mecanismo de inclusión (Hintze, 2006). Por otro lado, se constituyeron en mecanismos de control que acompañan las intervenciones hacia los sectores en condición de pobreza, poniéndolo en tensión al mismo tiempo con la redefiniciónde la educación pública, que busca promover la garantía del derecho a la educación a través del diseño de políticas inclusivas y más igualitarias fundadas en principios universales. En relación a los sectores populares, encontramos en Argentina, desde el 2001 a esta parte, diversas discusiones respecto de su potencial transformador y estrategias de resistencia. A los efectos de este proyecto quisiéramos rescatar la propuesta analítica de Sztulwark (2019), quien plantea que en nuestro país durante 2001-2019 pueden reconocerse transformaciones que en determinadas coyunturas despliegan una potencia específica. Así como las subjetividades en crisis ponen en juego una
potencia destituyente en el contexto de una crisis que en su misma complejidad bloquea su capacidad de instaurar lo instituyente. En términos marxistas se trata de momentos plebeyos, que es el que da lugar a los gestos y prácticas irreverentes que se filtran por entre la malla de las normas y afecta los circuitos de trabajo, la comunicación y el consumo. Lo plebeyo es germen y estrategia. Plasticidad apta para atravesar el caos. (2019:136)Lo plebeyo nos permite comprender que los sectores populares ofrecen resistencia a la lógica homogénea del neoliberalismo, pero no de una forma compacta o sin fisuras. Es el reverso flotante de lo popular, una interrupción de los mecanismos de adaptación. “
Lo plebeyo aparece entonces como una alternativa del realismo barrial, como estrategia de fuga: moverse, zafar, indagar opciones, agitar.”(Sztulwark, 2019:139) En este punto, comprender la lógica desde donde los sectores populares en sus vidas cotidianas, tensionan y asumen el neoliberalismo, nos permite reflexionar sobre las tendencias de la dinámica social y las resistencias al orden social dado. La organización de las mujeres y disidencias, expresiones de la economía popular como cooperativas, ferias, distintos emprendimientos que llevan adelante quienes perciben los distintos programas asistenciales son muchas veces las llaves de lectura analítica para identificar procesos de resistencia ante la lógica neoliberal. Metodología del estudio El diseño del proyecto es exploratorio y analítico con características cualitativas. Contempla la realización de entrevistas en profundidad a referentes institucionales responsables de los programas sociales vigentes en el municipio y a mujeres y disidencias participantes en los mismos. Como otra manera de articular y enriquecer el análisis, se implementaran grupos focales para relevar información vinculada a sus perspectivas en relación a derechos, género, trabajo e inclusión en los programas sociales.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
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Separação compulsória como uma das formas de violência contra mulheres negras
Júlia Casini
1
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Patrícia Soares de Aguiar
1
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Sandra Lourenço de Andrade Fortuna
1
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
Este trabalho tem por escopo a análise de dois eixos centrais eminentemente articulados, a saber: a violência contra mulheres negras e a separação compulsória de mães e crianças. Trata-se de um ensaio teórico fruto de uma pesquisa de natureza qualitativa por meio de revisão bibliográfica da produção na área temática. O estofo teórico dessa pesquisa sustenta-se nas seguintes categorias de análise: sistemas de dominação-exploração com base no patriarcado, racismo e capitalismo, violência e maternagem. Busca-se o necessário estofo teórico especialmente nas contribuições de Heleieth Saffioti, Elisabeth Badinter, Angela Davis, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro, Mirla Cisne e Silvana Santos aos estudos feministas. Faz-se necessário esclarecer que há particularidades nas contribuições das autoras citadas entre si, todavia, sustenta-se o diálogo teórico possível a partir de uma perspectiva pluralista, que busque a unidade do diverso, unidade essa constituída a partir da busca das opressões perpetradas contra mulheres negras.Por meio de pesquisa bibliográfica, apresentam-se discussões acerca do patriarcado em sua dupla dimensão - dominação e exploração -, sistema que configura uma estrutura de poder e de relações hierárquicas. As diversas formas de violências contra mulheres são expressões desse sistema, das quais as pesquisas citadas acima destacam a violência sexual e a separação compulsória entre crianças e mulheres mães em situação de rua e/ou usuárias de drogas. Parte-se do pressuposto que as violências e violações atingem sobremaneira mulheres pobres e negras. Para a discussão das violências perpetradas contra mulheres no âmbito da relação imanente entre racismo, patriarcado e capitalismo, o trabalho considera a particularidade da estrutura colonial e racista em que se assenta a sociedade brasileira, estrutura essa que determina fortemente a sociabilidade em vigência. Na dupla dimensão do patriarcado estão vinculadas a dominação e a exploração, determinando que homens e mulheres ocupam posições diferentes na sociedade. Nos casos de separação compulsória das crianças de suas mães, observações iniciais indicam que grande parte das crianças envolvidas nesses processos judiciais não possuem registro do pai, apenas da mãe, o que evidencia que mulheres são incumbidas pelo cuidado dos filhos e que são elas as responsabilizadas pelas consequências de não apresentarem aquilo que é esperado delas histórica e socialmente. Dentro do contexto aqui abordado, podemos dizer que há um “consentimento social” pautado no ideário da maternagem, cuja responsabilidade pelos cuidados dos filhos é atribuída exclusivamente às mulheres. São as mães as figuras mencionadas, por exemplo, nas peças processuais em muitas narrativas jurídicas como irresponsáveis, incompetentes, perigosas e suas atitudes são citadas como incompatíveis com a maternidade. Há, também, um consentimento social sustentado no patriarcado para que mulheres sejam violentadas sexualmente. Conforme aponta Heleieth Saffioti (2004), tal consentimento permite que homens convertam sua agressividade em agressão, gerando diversas formas de violência. Segundo Saffioti (2004), o regime estabelecido pela máquina do patriarcado, perpetua a dominação-exploração, fazendo com que as mulheres sejam também objetos da satisfação sexual dos homens, tendo a função quase que exclusiva de reprodutoras de herdeiros (futuros responsáveis pela força de trabalho) e de novas reprodutoras. Verifica-se que além de objeto sexual e reprodutoras, espera-se que as mulheres exerçam uma maternagem dotada de um caráter dócil e manso, características socialmente construídas para elas. A partir de tais apontamentos, pode-se entender que, numa sociedade, patriarcal, capitalista e racista, mulheres são “predestinadas” a objetos sexuais e reprodutoras. Entretanto, mulheres negras, são mais estigmatizadas como negligentes e incapazes de cuidar dos filhos, sendo a opção apresentada a separação de ambos. A esse respeito, o trabalho mobiliza a literatura a partir de autoras como Ângela Davis, Sueli Carneiro, Mirla Cisne e Silvana Santos e Djamila Ribeiro de modo a compreender algumas particularidades dadas pelo recorte étnico racial do presente debate. Através das discussões realizadas, pode-se afirmar que mulheres são oprimidas de maneiras diferentes, tornando necessária a discussão do patriarcado com recortes de classe e raça, levando em conta as especificidades de cada mulher. Como pode-se observar ao longo das pesquisas, mulheres negras e pobres são as mais atingidas pela separação compulsória e pela violência sexual, dando voz e representação às especificidades existentes das práticas sociais e sexuais das mulheres numa sociedade patriarcal, racista e capitalista. A análise proposta neste estudo desprende-se do conceito da mulher universal, já que há inúmeras particularidades nas formas de opressão das mulheres pela dimensão étnico-racial, pela condição de classe, pela orientação sexual, entre outros elementos. À exemplo disso, vale lembrar que as mulheres negras eram escravizadas no Brasil colônia, levadas a leilão, estupradas pelos senhores, brancos, e seus filhos vendidos como escravos, e obrigadas a amamentar os filhos dos senhores. O legado da escravatura nos mostra que, em que pese as mulheres serem vistas como o sexo frágil, essa não era a regra, já que mulheres negras nunca foram tratadas como frágeis e castas, mas sempre foram forçadas a realizar trabalhos que exigiam o uso da força, aproximando-as dos homens negros escravizados. O que diferenciava mulheres negras de homens negros, era a violência sexual, especialmente pelo fato de serem estupradas. A miscigenação brasileira, muitas vezes romantizada, na verdade é fruto do estupro e, ainda hoje, vivendo numa ordem supostamente democrática, o racismo permanece vivo no imaginário social e adquire novos contornos e funções em uma ordem social que mantém intactas as relações de sexo ou ‘relações sociais’ segundo a raça, trazidas do período da escravidão. Atualmente, mulheres negras são as mais violentadas, as que mais sofrem violência doméstica e as que mais vezes são separadas de seus filhos. Apreendendo as contradições e antagonismos que revelam projetos societários em disputa, as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas sugerem a necessidade de adensamento da investigação. Apontam para uma escassez de dados nacionais oficiais que ofereçam um panorama acerca dos fenômenos ora expostos. Acredita-se que uma das consequências disso é a ausência e a fragilidade de políticas públicas para mulheres, as quais, muitas vezes, pautam-se na sociabilidade estruturada no sexismo e racismo e acabam submetendo mulheres a uma violência institucional.
#105 |
Linchamentos públicos no Brasil: uma análise étnico-racial
Luzia Fátima Baierl
1
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Gabriela Santos Paiva dos Reis
1
1 - Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
Resumen:
A formação sócio histórica do Brasil foi construída a partir da quase dizimação da população originária - os indígenas – e, pelo sequestro de pessoas do continente africano condicionadas ao trabalho escravo em terras brasileiras. Tiradas de sua própria ancestralidade e humanidade, eram fadadas a morte de suas almas e de toda a matéria física de seus corpos. De 1500 a 1888 o Brasil viveu anos de escravização, onde homens, mulheres, meninos e meninas de povos originários deste próprio território ou trazidos à força da África sofreram incontáveis violações. Foram mais de quatro milhões de africanos/as e de indígenas, expostos às doenças, a escravização de sua força de trabalho, o batismo católico forçado, os castigos físicos, a tortura, a humilhação, o estupro, a exploração completam a exaustão de toda a matéria física e espiritual, a morte. Atualmente, muitas são as formas de permanência desse passado pouco distante. Parece óbvio dizer que de 1500 para 2022 muita luta foi construída e algumas conquistas e avanços foram feitos, mas não podemos jamais nos deixar iludir. Muitas forças ameaçadoras também foram fortalecidas; ao passo que alguns buscam a justiça, a reparação histórica e avanços, outros continuam presos ao passado, entusiastas dos senhores de escravizados, capitães do mato, bandeirantes e missionários. Na atualidade, as pessoas negras (soma de pessoas autodeclaradas pretas e pardas, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) continuam sendo as maiores vítimas das diversas formas de violência. No caso dos homicídios, as maiores vítimas são do sexo masculino, são jovens (entre 15-29 anos de idade), negros e periféricos, como um todo, além de serem principais alvos da violência policial e das chamadas “mortes violentas com causa indeterminada”. A sociedade brasileira, formada sobre um solo fertilizado com o sangue e o suor dos/as indígenas e negros/as, segue negando seus direitos básicos. Segue imobilizando socialmente pretos/as e pardos/as, os verdadeiros criadores de riquezas, alienando-os de todo o produto elaborados com sua força de trabalho. A violência como estruturante das relações sociais, presente no cerne da história desse país, é intrínseca ao modo de ser. No período da escravização e pós-abolição, uma das formas de impedir os/as negros/as de uma possível revolução na pirâmide social era os linchamentos públicos. Caso o
status quo fosse minimamente ameaçado, caso um preto ousasse querer ser tratado como ser humano, era amarrado, chicoteado, enforcado e humilhado até a morte, em praça pública para que os outros pretos temessem. Atualmente, assim como as demais manifestações de violência, os linchamentos públicos têm como maioria de vítimas as pessoas negras. Pessoas negras continuam mais suscetíveis a esta forma de castigo físico e psicológico. Representa o enaltecimento de um cruel passado onde era admissível que pessoas fossem punidas das formas mais cruéis nos pelourinhos. A violência experienciada pelas camadas mais pobres e negra ou indígena é apenas a reciclagem de um passado recente. Amarrados em postes em praças públicas estão os descendentes dos escravizados amarrados nos pelourinhos. Os linchamentos são compostos por uma multidão de pessoas que, munidas de agressividade e de ódio, buscam punir sumariamente um/a suspeita/o de infringir a ordem e a moral vigentes com suas próprias mãos. Buscou-se evidenciar ocorrências de linchamentos públicos no Brasil e na Baixada Santista-SP, identificando suas raízes. O caminho percorrido buscou decifrar o movimento real do objeto de estudo, munido de totalidade e historicidade, através de pesquisa documental e bibliográfica livros, artigos e teses, além de matérias jornalísticas — de mídia impressa,
online, televisiva e redes sociais — que tratam sobre o tema. Foi possível identificar a forma com a qual os linchamentos estão estritamente ligados ao conservadorismo, ao racismo e ao descrédito na justiça e ao discurso do ódio; a sociedade brasileira, formada sobre um solo fertilizado com o sangue e o suor dos/as indígenas e negros/as, segue negando a essas pessoas seus direitos humanos básicos. Representa o enaltecimento de um cruel passado onde era admissível que pessoas fossem punidas das formas mais cruéis nos pelourinhos. Diversos fatores interferem em quais crimes e quais criminosos são linchados pela sociedade. Nem todo e qualquer acusado de um crime é vítima de linchamento. Os linchados são sempre os acusados de infringir alguma norma social, enquanto que o grupo de linchadores — podendo chegar a ser uma multidão — são aqueles que se autodenominam “pessoa de bem”, que delegam para si a tarefa de restaurar a “ordem” social e o direito de punir outro ser humano. O linchamento público é, talvez, a faceta mais explícita do ódio externalizado em ação violenta e, diferente de algumas das outras formas de violência — como a psicológica —, não há dúvida alguma que o linchamento, de fato, é uma das gamas que compõe a violência em sua totalidade. A agressividade, a raiva, e o ódio são óbvios para quem visualiza a cena. O linchamento, por seu caráter fisicamente explícito — que na maior parte das vezes, justamente por ser físico, sobressai e justapõe o caráter vexatório da violência contra a pessoa que está sendo linchada, humilhada em público ao ser xingada, amarrada em postes, fotografada, filmada e (ainda mais) exposta —, é indissociável de seu caráter violento. Muitos meios de comunicação, através de programas policiais e internet, e uma grande parcela da sociedade rotula o linchamento como uma ação de “legítima defesa”, quando, na verdade, nunca é dada a oportunidade de acusado do crime sequer falar, quem dirá se rebelar. O linchado recebe a punição de forma imediata, sem mesmo poder se defender ou passar por um julgamento. Parece irônico dizer que a população tem uma grande tendência de agir em “legítima defesa” contra o suposto criminoso quando é negro ou periférico, enquanto que quando o suposto criminoso é branco e tem sobrenome de oligarcas, a população age em “legítima defesa” do criminoso, inocentando-o. É notório que a sociedade brasileira segue punindo, principalmente, um grupo específico em nome da ordem e de uma ideologia conservadora carregada de racismo.
#192 |
Entre la desesperanza y la resistencia: jóvenes racializados y sus luchas de organización contra la exclusión y la muerte
Nora Liliana Guevara Peña
1
1 - Unicatólica.
Resumen:
Colombia ha sido de manera histórica un territorio en conflicto, producto de la exacerbación del capitalismo y el avance neoliberal, así como los procesos de resistencia que se han gestado por campesinos, mujeres, jóvenes, buscando materializar condiciones de vida digna para el pueblo. El pacifico colombiano, es un territorio marcado por los procesos de resistencia de sus comunidades negras, primero, para la abolición de la esclavitud y después, para enfrentar el abandono estatal, la guerra y el desarrollismo forzado, propio del embate capitalista y sus impactos en las tradiciones culturales, costumbres y ancestralidad de las poblaciones afrocolombianas. De acuerdo con el Observatorio de pacífico y territorio (2016), “
El Pacífico colombiano es un santuario de vida amenazado de muerte.” (prr.1). Este territorio, rico en biodiversidad y clave para la explotación minera, de la flora y de la fauna y de tránsito del narcotráfico, ha vivido el impacto constante de la guerra y la exclusión de su población, generando situaciones de despojo y desplazamiento forzado donde se obliga a las comunidades a salir de sus territorios sin posibilidades reales de retorno y, donde el Estado y los gobiernos que le han materializado se muestran ajenos, cómplices y de espaldas al pueblo. La ciudad de Cali ubicada al sur-occidente del país, se caracteriza por ser una de las regiones de Colombia con mayor población afrocolombiana, ha sido receptora de las víctimas de la guerra, del despojo y del capital. Con ello, ha recibido a estas comunidades quienes se han ubicado en la ladera o el oriente de la ciudad, espacios periféricos, señalados, estigmatizados y condenados al abandono, generando con ello, nuevas vulneraciones a los derechos de quienes le habitan. En esta ciudad se encuentra ubicado el barrio Llano Verde, construido especialmente para reubicar población desplazada y desmovilizada de la guerra, es decir víctimas y victimarios, allí, conjugan jóvenes afrocolombianos que viven en medio de la desesperanza por las múltiples violaciones a sus derechos en términos de falta de oportunidades a la educación, al empleo digno, a la salud, a la participación política, entre otros, que los hace de nuevo presa fácil de la violencia. En este territorio son constantes los asesinatos, las señalizaciones y la persecución tanto de bandas ilegales como de la fuerzas del Estado, que se ciñen en contra de la población juvenil que intenta hacerse un lugar en medio de la exclusión y la muerte. Este territorio, también, será el escenario de la masacre en el 2020 de cinco adolescente a manos de fuerzas oscuras que aun se mantiene en la impunidad y que marcaria la lucha de organizaciones, jóvenes, familias, por la verdad y la justicia.Los jóvenes que le habitan, han decidido de manera valiente organizarse y generar espacios, debates, reflexiones y procesos en torno a la construcción de paz y a favor de la transformación de la realidad que les rodea, en ese sentido, vienen siendo críticos ante los gobiernos, ante el capital y ante el neoliberalismo voraz que les arrebata de manera permanente sus posibilidades de vivir dignamente, en ese orden de ideas, fortalecen procesos de resistencia y organización que se enfrentan contra la estigmatización, la exclusión y la muerte y que generan reivindicación de sus dinámicas culturales, ancestralidad y defensa de la población afro y sus derechos. De acuerdo con lo mencionado, esta ponencia busca dar cuenta de la realidad de Colombia, específicamente en el pacifico y de sus comunidades racializadas, en términos de las vulneraciones permanentes a los derechos humanos de la población afro, sobre todo los jóvenes. A su vez, mostrar la realidad del oriente de Cali, en especial el barrio Llano Verde, enmarcado en condiciones de violencia y vulneración constante y con ello, reivindicar sus voluntades de poder para organizarse, resistir y transformar las realidades que les rodean. En ese orden de ideas, da pistas para los procesos de intervención profesional que determinen análisis profundos de la guerra, del capitalismo y de sus impactos a la población racializada, invitando con ello, a la articulación latinoamericanista para continuar fortaleciendo los procesos de resistencia que se enfrentan a la muerte, pero a su vez que comprenden la necesidad de asumir políticas progresistas que vayan encaminadas a la superación del capitalismo y sus impactos en las condiciones de los pueblos. En ese orden de ideas, la ponencia se estructura a partir de un análisis del pacífico colombiano, luego a la ciudad de Cali y puntualmente al barrio Llano Verde, allí se espera mostrar las realidades que le configuran y con ello, los procesos de organización juvenil, que invitan a reivindicar lo afro, en contra del racismo estructural, la discriminación y la muerte, haciendo un énfasis importante en el lugar que ocupa el neoliberalismo en estas lógicas de exclusión y vulneración.
#251 |
Mujeres Kalungas, Ciudadanía y Derechos – una experiencia de extensión universitaria
Marlene Teixeira Rodrigues
1
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Anabelle Carrilho da Costa
1
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Daniele Ligabue
1
1 - UnB.
Resumen:
Este texto aborda una experiencia de extensión desarrollada en una universidad pública, ubicada en el Centro-Oeste de Brasil. El Proyecto aprobado en Convocatoria del Decanato de Extensión de la misma Universidad recibió apoyo de una beca para estudiante de grado, entre octubre y diciembre de 2021. El objetivo de la convocatoria fue apoyar la realización de actividades de extensión, en el área de cobertura del Polo Kalunga. La elaboración del Proyecto “Mujeres, Kalungas, Ciudadanía y Derechos” tuvo en cuenta en su elaboración, en particular, el objetivo registrado en el Punto 1, Sub punto 1 de la mencionada Convocatoria, que señala el Sub punto imperativo de “trazar un perfil de necesidades en las líneas de acción (…) de Igualdad de Género y Raza, con un enfoque de integración social y desarrollo regional”. La comunidad negra afrobrasileña Kalunga, reconocida por la Fundación Cultural Palmares en 1991, es considerada la mayor población quilombola de Brasil. Desde hace más de 200 años, viven en el noreste del estado de Goiás, en el Centro-Oeste de Brasil, en la región conocida como Parque de “Chapada dos Veadeiros”. Se estima que, actualmente, la población de cerca de 8 mil quilombolas, se distribuyan en pequeños pueblos en las áreas de los municipios de Cavalcante, Monte Alegre y Teresina de Goiás. El Sitio Histórico Kalunga de Goiás, cubierto por el Polo de Extensión Kalunga de la Universidad de Brasilia, presenta una condición socioeconómica crítica, alto nivel de pobreza y diferentes problemas derivados de conflictos territoriales y socio ambientales por la tenencia de la tierra. Esta dinámica está marcada por la interdependencia entre sujetos (poblaciones) con intereses opuestos, dialécticamente unificados; siendo fundamentalmente conflictiva, - como lo ha señalado el antropólogo brasileño Roberto Cardoso de Oliveira, en 1962, a respecto de “sistemas interétnicos”.La vida cotidiana de las mujeres Kalunga está impregnada de dificultades de diversa índole. Al escenario de pobreza y privación, se suman situaciones que involucran explotación sexual, amenazas y agresiones, tanto en la propia comunidad como involucrando a campesinos y vecinos del municipio. Los datos señalados en el CPMI sobre Violencia, realizado en 2013, así como las reflexiones traídas por las pensadoras Kalunga Maria Aparecida Mendes (2019) y Tereza Godinho (2017)-, apuntan diferentes dimensiones suscitadas por el tema de la violencia contra las mujeres y las niñas. Merecen especial atención la blanquead y la perspectiva urbana y de clase media que subsiste en los planteamientos normativos y políticas sociales, por los resultados producidos, cuando se trata de mujeres negras, y en especial las Kalunga, que viven en zonas rurales.También vale la pena mencionar que, si bien las situaciones de violencia contra las mujeres y los niños tienen una larga y preocupante historia, presentan nuevos desafíos. En un contexto de reducción presupuestaria para políticas y servicios sociales, crecientes tasas de pobreza y desempleo, el surgimiento de la pandemia del Covid 19, ha impactado fuertemente la economía y las condiciones de vida de los pueblos Kalunga.Este tema demanda la atención de la gestión local, que es interpelada de diferentes maneras y por desafíos de distintos tipos. El acceso a políticas sociales - materializadas en servicios y espacios, que orienten sobre el tema y ofrescan atención y asistencia, es imprescindible a la garantía de derechos y al ejercicio de la ciudadanía por los sujetos y sujetas desde abajo, como dice Elizabeth Jelin (2011) y Grada Kilomba (2019).Es necesario especialmente atentar sé al hecho de que la realidad cotidiana de las mujeres Kalunga que viven en áreas rurales, como lo destaca Godinho (2008), aunque similar a la de otras mujeres de la misma condición, pero “no Kalunga”, revela incluso mayores dificultades al encontrarse menos cubiertas, en general, por las políticas públicas y deben enfrentar, a diario, el estigma y los prejuicios por su identidad étnico-racial. Este proceso de (no) reconocimiento, cabe señalar, está históricamente marcado por el racismo institucional, la violencia y la burocratización del Estado y de la sociedad brasileña.Con esta perspectiva, el Proyecto “Mujeres, Kalungas, Ciudadanía y Derechos” ha buscado identificar políticas, acciones, servicios - gubernamentales y no gubernamentales-, líderes locales y profesionales en las áreas de Asistencia Social, Trabajo, Educación, Salud, Derechos Humanos y Justicia, que actuaron (o pudieron ley) en la lucha contra la Violencia Doméstica y Familiar, que afecta a mujeres y niñas Kalunga, residentes en pueblos vinculados a los municipios de Cavalcante, Monte Alegre y Teresina de Goiás.Delineamos el funcionamiento del Proyecto de forma remota, teniendo como referencia el escenario de la pandemia de Covid19, y buscando adoptar estrategias y alternativas metodológicas que permitan cumplir con estos objetivos en el plazo establecido por la Convocatoria.La búsqueda inicial realizada ha permitido identificar políticas, acciones y servicios; En particular, se observó la existencia de unidades de atención primaria y/o básica, de carácter preventivo, en el ámbito de las políticas de salud y asistencia social, sin embargo, sin atención especializada ni establecimiento de una red de atención a mujeres y niñas en situación de violencia.En este sentido, para un servicio efectivo a las mujeres de las comunidades quilombolas kalungas, la constitución de una red debe partir de las necesidades, demandas y características locales. Teniendo en cuenta que las experiencias de políticas y servicios estructurados bajo la lógica urbana y de blanquead no sirven de referencia. Es necesario dialogar con voces y líderes locales, especialmente mujeres, para considerar iniciativas previas y, articular conceptos centrales para entender las dinámicas sociales, como la territorialidad y la colectividad.
#280 |
Questão étnico-racial e direitos humanos: o genocídio da juventude negra em Sergipe
TEREZA MARTINS
1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE.
Resumen:
É no último terço do século XX que as mudanças na política de segurança pública dos estados nacionais dão o "tom" do direcionamento da ação coercitiva a ser desempenhada contra a juventude negra no Brasil. Embora o papel que o Estado historicamente assumiu em relação à coerção seja parte integrante das suas funções, a naturalização da sua atuação coercitiva não deve levar a crer que a guerra permanente instaurada contra os negros pobres e moradores de favelas e periferias brasileiras estão dissociadas da criminalização da pobreza e do racismo estrutural as relações sociais brasileiras. A inexistência de saneamento básico; de serviços de saúde; de escolas, de espaços de esporte e lazer nas periferias e nos locais de concentração dos/as negros/as ao mesmo tempo em que marca a ausência do Estado, a sua presença se faz notar por uma política de Segurança Pública da qual tem resultado o encarceramento massivo da população negra, principalmente da sua juventude. Nesse contexto de intensificação da repressão sobre os pobres, o extermínio da juventude negra e moradora das periferias evidencia que “[...] a guerra contra a pobreza é substituída por uma guerra contra os pobres” (BATISTA 2003, p. 9), no âmbito do debate Wacquant (2003) acerca da transição do “Estado caritativo ao Estado penal”.Em meio a esse quadro, a violência letal avança sobre a juventude negra evidenciando uma questão étnico-racial que para além do preconceito ceifa vidas e põe em questão a efetivação dos direitos humanos no Brasil. Em 2016, a “[...] taxa de homicídios de negros/as foi duas vezes e meia superior à de não negros (16,0% contra 40,2%)”. Em uma década (entre 2006 e 2016), enquanto a taxa de homicídio entre os não negros reduziu em 6,8%, a de negros cresceu 23,1%. Não muito diferente, as mulheres negras são atingidas pela violência letal. "Em 2016 foi 71%, superior à de mulheres não negras” (CERQUEIRA; BUENO et al., 2018, p. 40). Sergipe é o que apresenta maior taxa de homicídio (79,0%), seguido pelo Rio Grande do Norte (70,5%). O estado de Sergipe se destaca com até 142,7 homicídios por grupo de 100 mil jovens, enquanto a taxa média do país é de 65,5 jovens mortos por grupo de 100 mil, o que demonstra um verdadeiro extermínio da juventude sergipana. Essa realidade assume dimensão quando se observa que os jovens são, fundamentalmente, do sexo masculino (94,6%) e que Sergipe apresenta a taxa mais elevada (280,6) na comparação com outros estados do Nordeste com elevadas taxas, situação evidenciada em “Alagoas, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco que chegam a taxas superiores a 200 jovens homens mortos por grupo de 100 mil” (CERQUEIRA; BUENO et al., 2018, p. 35).Em 2017, o Rio Grande do Norte apresentou a taxa mais alta, com 87,0 mortos a cada 100 mil habitantes negros, mais do que o dobro da taxa nacional; seguido pelo Ceará, com 75,6; Pernambuco, com 73,2; Sergipe apresentou uma taxa de 68,8 e Alagoas 67,9 (CERQUEIRA; BUENO et al., 2019, p. 50). É notável o crescimento da violência que faz vítimas os/as negros/as. Em 2017 o Ceará chegou a +207,6% e Sergipe, teve um crescimento de 155,9%. No ano de 2018, a base do crescimento dos homicídios segue a mesma lógica racista , e o estado de Sergipe é o terceiro dentre os estados com maior taxa, perfazendo 59,4.Em meio a esse quadro de violência, os dados de atuação da polícia, apresentados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, revelam o estado de “guerra” em que o extermínio da juventude negra se efetiva pela ação policial (polícias civil e militar). A análise dos 5.896 boletins de ocorrência de mortes resultantes de operações policiais entre 2015 e 2016, representado por 78% do universo das mortes no período e excluídas as vítimas cuja informação de raça/cor não estava disponível, mostrou que 76,2% das vítimas mortas na atuação policial são pessoas negras (CERQUEIRA; BUENO et al., 2018, p. 41). Frente a essa realidade, o Movimento Negro tem pautado a luta pelo direito à vida e põe em questão a efetivação da garantia dos direitos humanos no Brasil. No enfrentamento do genocídio da juventude negra, como parte da ação desempenhada pela política de Segurança Pública, o Movimento Negro de Sergipe traz como pauta principal da sua luta atual “o fim do genocídio da juventude negra”. Trata-se de uma articulação realizada pelo Fórum de Organizações Negras de Sergipe Contra o Racismo e pela Democracia, em que a Campanha “Negros e Negras pela vida contra a violência policial e o genocídio do povo preto”, coordenada pelo conjunto de organizações que integra o Fórum, reúne centrais sindicais, movimentos sociais, partidos de esquerda e setores da sociedade que se põem na luta antirracista. Este trabalho ressalta a necessidade de problematizar o genocídio da juventude negra como uma realidade que põe em questão a efetivação dos direitos humanos no Brasil. Parto da hipótese de que a violência contra a juventude negra tem sido naturalizada no âmbito de uma sociedade estruturada em relações sociais racistas. Esse fato pode ser evidenciado nos dados da violência letal que tem como suas principais vítimas os/as negros/as. Violência implementada, inclusive, pela ação policial sem que haja uma reação, por parte da sociedade, à execução processada no cotidiano em nome da lei. O objetivo é discutir o genocídio da juventude negra em Sergipe como parte da questão étnico-racial que se entrelaça à problemática da efetivação dos direitos humanos e sinalizar a luta do Movimento Negro. REFERÊNCIASBATISTA, V. M. Prefácio. In: WACQUANT, L. Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: F. Bastos, 2001; Revan, 2003. CERQUEIRA, D.; BUENO, S. (Coord.) et al. Atlas da violência 2018. Rio de Janeiro: IPEA; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2018. Disponível em: https:// www.ipea.gov.br/ portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/180604 _atlas_ da_violencia_2018.pdf. Acesso em: 9 out. 2020. CERQUEIRA, D.; BUENO, S. (Coord.) et al. Atlas da violência 2019. Brasília; Rio de Janeiro; São Paulo: IPEA; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 9 out. 2020.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
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LA GRATUIDAD EN EDUCACIÓN SUPERIOR EN UN CHILE DESIGUAL. UN ANALISIS DESDE LA EDUCACIÓN COMO DERECHO SOCIAL
María Angélica Rodríguez Llona
1
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Verónica Verdugo Bonvallet
1
1 - Universidad Católica Silva Henríquez.
Resumen:
LA GRATUIDAD EN EDUCACIÓN SUPERIOR EN UN CHILE DESIGUAL. UN ANALISIS DESDE LA EDUCACIÓN COMO DERECHO SOCIAL[1] María Angélica Rodríguez LL.[2]Verónica Verdugo B.[3]Resumen Esta ponencia divulga los resultados de una investigación con estudiantes de Ciencias Sociales y Educación de las universidades Católica Silva Henríquez y Academia de Humanismo Cristiano[4], cuyo foco es la política de gratuidad en la educación superior chilena y su efectividad para garantizar el derecho a la educación de jóvenes vulnerables. Dicha investigación se propuso aportar a un amplio y actual debate que incluye las relaciones entre Estado y mercado en educación; el tipo de vínculo que existe entre la estrategia de desarrollo de un país y la garantía de los derechos de las personas y, específicamente, el derecho a la educación y las políticas necesarias para su efectivo ejercicio. Ese debate, de larga data, se ha visto acentuado en el escenario producido por el estallido social de octubre de 2019 y el proceso constituyente actualmente en curso en la sociedad chilena. En el centro de lo ocurrido en Chile está la brutal desigualdad social experimentada en esta sociedad en diversos ámbitos, especialmente en educación. El sistema educativo ha estado tensionado los últimos 30 años, tanto por los resultados exigidos a las reformas realizadas y los recursos invertidos, como por las fuertes críticas que permanecen frente a su segmentación y lógica mercantil que se impone a su carácter público. Se anota una deuda con la equidad, la inclusión y su concepción como derecho humano fundamental. En el contexto ya descrito, es importante recordar que la política que consagró en Chile la gratuidad en educación superior, el año 2016, no es universal, como pretendían el proyecto original y la demanda formulada por el movimiento estudiantil de 2011 en cuanto a una educación pública, gratuita y de calidad como un todo. Esta política está orientada a jóvenes pertenecientes al 60% de menores ingresos del país y, desde el inicio de su implementación, no ha estado exenta de críticas y una cuota importante de incertidumbre sobre sus alcances a mediano y largo plazo ya que, entre otros aspectos, se centra en el acceso más que en la permanencia, circunscribiéndose a la duración formal de la carrera. Por otra parte, aún no existen suficientes antecedentes sobre la forma en que esta población estudiantil convive con las dificultades persistentes que rodean su experiencia universitaria. De ahí que la investigación se orientó a profundizar en la visión de estos jóvenes sobre la gratuidad como medio de restitución efectiva del derecho a la educación y sobre el cumplimiento del objetivo que está en el origen de la política, esto es, transitar desde un modelo que entiende a la educación como un bien de mercado a una educación concebida como derecho social. El estudio se focalizó en universidades localizadas en Santiago, adscritas a esta política, que concentran estudiantes en carreras de ciencias sociales y educación, profundizando en las tensiones que emanan de la interacción entre las condiciones de vulnerabilidad de éstos y la ejecución de esta política pública. Las conclusiones son inquietantes, pues reflejan delicadas insuficiencias y omisiones en los resultados parciales alcanzados por la política de gratuidad. Se observó, entre otros aspectos, un desfase importante entre la política de gratuidad y las condiciones de base de sus destinatarios que tensiona su rendimiento académico y adecuación a la vida universitaria. Pese a que esto no siempre ocasiona un bajo rendimiento y una expulsión mayoritaria del sistema, implica un alto nivel de estrés en el intento de subsanar de manera individual los vacíos de la política. Por otra parte, el carácter focalizado de la política tensiona a los/as estudiantes, obligando a muchos de ellos/as a diseñar estrategias para “burlar” los requisitos de acceso al sistema. Esto complica las relaciones entre quienes acceden y quienes quedan fuera, en la medida que las diferencias socioeconómicas entre un grupo y otro muchas veces son mínimas e imperceptibles o que el sistema es incapaz de cuantificar la multiplicidad de variables involucradas en la realidad familiar y social de cada estudiante. Finalmente, otro aspecto crítico de la política de gratuidad es que no considera acciones orientadas a garantizar la permanencia de los/as estudiantes en el sistema y su posterior titulación, desconociendo con ello trayectorias de vida marcadas por desventajas sociales que requerirían de soportes institucionales más sólidos. Por lo tanto, la política no modifica un aspecto basal de la desigualdad que ha sido parte de la demanda, esto es, reconocer la educación como un bien público. Chile vive un momento histórico en el que se desarrolla un proceso constituyente orientado a la definición de un estado social de derechos, escenario en el que la política de gratuidad debiera avanzar hacia la educación como un bien público y derecho garantizado. Lo anterior plantea el desafío de actuar de manera integral sobre las barreras económicas, sociales y culturales que dificultan no sólo el acceso sino también el tránsito de estos estudiantes por la universidad, lo que implica evaluar el desempeño de la política como conjunto y atender a las eventuales necesidades de reformulación y ampliación. Palabras clave: Educación superior, gratuidad, jóvenes vulnerables, derecho a la educación [1] Los resultados de esta investigación han sido presentados en un artículo que lleva el nombre de a “Política de gratuidad en Educación Superior en Chile y garantía del derecho a la educación: tensiones y desafíos” a la Revista Brasilera de Educación.[2] Trabajadora Social Universidad de Chile, Académica Escuela de Trabajo Social Universidad Católica Silva Henríquez en Santiago de Chile. Diploma y Magíster Sociología, Universidad Católica de Lovaina (Bélgica) y Doctora en Ciencias Sociales de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO), sede Argentina. Email: mrodrig@ucsh.cl[3] Trabajadora Social Universidad de Concepción, Académica Escuela de Trabajo Social Universidad Católica Silva Henríquez en Santiago de Chile. Magíster en Comunicación, Universidad Diego Portales y Doctora en Ciencias Sociales de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO), sede Argentina. Email: vverdugob@hotmail.com.
#323 |
Políticas de inclusión digital y acceso a la educación. El derrotero del Programa “Conectar Igualdad”
María Emilia Preux
1
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Veronica Cruz
2
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Mariana Di Ielsi
2
1 - Facultad de Trabajo Social- UNLP.
2 - Facultad de Trabajo Social-UNLP.
Resumen:
Resumen: Este resumen es una producción realizada en el marco del proyecto de investigación
“Profundización neoliberal: Institución familiar y Políticas sociales. Transformaciones políticas, ideológicas y subjetivas” cuyo objetivo es analizar las implicancias de la profundización neoliberal en las políticas sociales, a fin de identificar las transformaciones políticas ideológicas y subjetivas que ésta produce en las familias, desentrañando las implicancias para el Trabajo Social.[1] A partir de las decisiones metodológicas tomadas, sintetizamos un conjunto de reflexiones vinculadas al
Programa Conectar Igualdad. Las indagaciones sobre el mismo, su impacto y su modificación a partir del gobierno de la
Alianza Cambiemos durante el periodo 2015-2019, son efectuadas desde la reconstrucción de documentos de esta política pública -fuentes secundarias,- enriquecidas y complejizadas con información relevante aportada en una entrevista al actual Director de Tecnología Educativa, de la Subsecretaría de Educación de la Dirección General de Cultura y Educación (DGCyE) de la provincia de Buenos Aires, Iván Thisted. Cabe aclarar que el entrevistado se desempeñó como Coordinador pedagógico del mencionado Programa, en el periodo 2011-2015, contando con una importante trayectoria en este campo.Tal como mencionamos en una producción previa,
Conectar Igualdad fue el primer Programa Nacional de Inclusión Digital en Argentina; puesto en marcha por el Ministerio de Educación de la Nación en abril de 2010, como política dirigida a estudiantes secundarios de escuelas públicas.[2] El mismo fue dinamizado por un triple objetivo: la revalorización y el reposicionamiento de la educación mediante una estrategia dirigida a reducir la brecha social, educativa y digital; el mejoramiento de los procesos de aprendizaje; y la actualización de formas de enseñanza y de aprendizaje, fortaleciendo el papel de les docentes. Asimismo, el Programa entregó entre 2010 y 2015 más de cinco millones de computadoras; y trabajó en la producción de condiciones de conectividad en las instituciones educativas y en la capacitación de docentes mediante el abordaje de contenidos pedagógicos específicos en relación al uso de tecnologías.[3] Esta estrategia fue además potenciada con recursos virtuales del portal
Educ.ar, acercando las tecnologías informáticas a la escuela. Sin embargo, en el período 2015-2019 con el gobierno de la
Alianza Cambiemos en el país, el Programa fue reorientado. Se tomó la decisión de entregar computadoras al establecimiento educativo -no ya a cada estudiante-, quedando su utilización limitada exclusivamente al aula y a las condiciones de conectividad que lo hicieran posible, siendo insuficientes los dispositivos para cubrir el total de estudiantes. En el marco de la entrevista que forma parte del trabajo de campo de esta investigación, el entrevistado refiere a la reformulación de esta política educativa durante el periodo mencionado, dejando entrever el impacto recesivo de estos cambios en los procesos de enseñanza y de aprendizaje, al expresar que
(...) ellos reemplazaron las entregas de computadoras a cada estudiante por carros digitales a cada institución, que eran 20 o 30 máquinas según la cantidad de chicos, es muy sencillo no hubo más uso (...) Y menciona tres razones, (...)
primero, eran para usar dentro de un aula que se las iban pasando de curso a curso pero las máquinas tienen un tiempo; vos tenes una cantidad de máquinas y siempre hay una que está bajo algún tratamiento. Si vos tenes sesenta computadoras en una escuela de mil pibes, vos tenes que saber que vas a tener una parte que va a estar en desuso por bloqueos, fallas y que requiere servicio técnico. Hay una parte funcionando y otra parte que el otro no se animo ni a ir a buscar; entonces vos encontras que el docente cuando planifica, ya no puede planificar pensando sin saber si va a tener o no va a tener computadoras , ya arma la clase sin eso. Segundo, de las 3.000 escuelas secundarias de la provincia 800 quedaron sin carro, con lo cual cuando nosotros formamos la gestión, hacía cuatro años que no recibían ningún equipamiento; y tercero, que hay una camada grande de máquinas que entraron en 2016 y 2019 que tenían fallas (...) Estas afirmaciones dan cuenta del retroceso en materia de políticas particularmente en el campo educativo, en relación con la inclusión digital, entendida como un eslabón de la inclusión social, que se produjo en la gestión gubernamental del periodo 2015-2019. También permiten analizar la cosmovisión que impregna y orienta el sentido de estas iniciativas impulsadas -podríamos decir- desde cierto desconocimiento de las realidades objetivas en las que viven les estudiantes secundarios, principalmente de sectores populares; a la vez que profundizan las brechas de desigualdad, distanciándose del reconocimiento de la educación como un derecho social.Con la irrupción de la pandemia por COVID-19, los hogares más postergados, no contaban con dispositivos que garanticen el acceso a la educación virtual. Esto llevó a la creación del Programa Federal “Juana Manso” bajo la órbita del Ministerio de Educación de la Nación, impulsado por la gestión de gobierno del
Frente de Todxs. Esta plataforma digital habilita el uso de aulas virtuales, el acceso a los contenidos del programa
Seguir Educando y herramientas para sostener la continuidad pedagógica frente a la virtualización de la enseñanza en la pandemia.En enero de 2022 un decreto presidencial repone el Programa
Conectar Igualdad, cuyo objetivo vuelve a orientarse a la entrega de computadoras a cada estudiante de escuelas secundarias, fortaleciendo la conectividad. Tal lo vivenciado, la propagación del virus y las medidas de aislamiento preventivo social y obligatorio, mostraron la urgencia de la educación digital, y de reinstalar nuevamente el Programa. En palabras del entrevistado, devino necesaria la creación de una Dirección específica en la jurisdicción provincial reconociendo la importancia de (...)
promover, difundir, instalar, poner en discusión la incorporación de la tecnología educativa en la escuela (...) tomando en cuenta que
(...) la tecnología no es el objeto sino que entra en diálogo con la intención de mejorar las condiciones de enseñanza. Entonces para nosotros el trabajo es en relación con las otras direcciones de nivel y modalidad. (…) Profundizaremos estas reflexiones recuperando el contenido de la entrevista aquí referenciada, como insumo para complejizar el análisis del objeto de la investigación en curso.
#495 |
Con pandemia y sin comedor: las políticas alimentarias en medios rurales de Lavalleja, Río Negro y Tacuarembó.
María Ingold
1
;
Elena Ongay
1
1 - Udelar.
Resumen:
En esta ponencia se presentan algunos resultados de una investigación empírica desarrollada durante los años 2020 y 2021 en los departamentos de Lavalleja, Río Negro y Tacuarembó (Uruguay), con el fin de conocer la situación alimentaria (seguridad / inseguridad) en hogares rurales con niños y niñas escolares de entre 4 y 12 años de edad, en el contexto de la pandemia por Covid-19. El estudio se realizó en el marco del proyecto interinstitucional “Educación en el derecho humano a la alimentación en medios rurales” que se lleva adelante desde el año 2013 por parte de la Universidad de la República a través de la Escuela de Nutrición, el Centro Universitario de Tacuarembó (Cenur Noreste) y la Casa de la Universidad de Río Negro (Cenur Litoral Norte). El equipo investigador se integró con diferentes disciplinas: nutrición, antropología, ciencias de la educación, agronomía, magisterio y trabajo social. A nivel metodológico se apostó a la combinación de un componente cuantitativo –de tipo descriptivo observacional de corte transversal– y otro cualitativo –basado en la etnografía virtual–, con una triangulación de los resultados de ambos para favorecer una comprensión integral de la realidad estudiada. Se trabajó con una muestra no probabilística de 93 hogares que contempló la diversidad de medios rurales dentro de cada uno de los departamentos. Uno de los objetivos consistió en conocer cómo fue el uso y la adecuación de las prestaciones a las que accedieron los hogares para resolver la alimentación durante el período en que los comedores escolares permanecieron cerrados. Los principales resultados permiten visualizar la importancia de las políticas orientadas a la alimentación puesto que casi la mitad (44%) de los hogares entrevistados presentó algún nivel de inseguridad alimentaria. Del total de hogares entrevistados, el 43% ya recibía alguna prestación social previo al Covid 19 y el 62% declaró haber recibido “alguna ayuda adicional para la alimentación” durante la ausencia de los comedores. La prestación mayoritaria fue la de los tickets. A continuación se ubicaron las transferencias monetarias, el aumento o duplicación en prestaciones preexistentes (AFAM o TUS) y bonos para canjear por leche o directamente leche en polvo. Muy pocos hogares accedieron a vianda, canasta, merendero o dinero. Las referencias a donaciones y ayudas de actores privados canalizadas a través de instituciones públicas podría ser analizada en términos de neofilantropización, al tiempo que remite a un proceso de informalización de la protección social. A nombre de la emergencia sanitaria se habilitaron cruces complejos entre la caridad, la solidaridad organizada y la asistencia como derecho. Si bien la investigación no buscaba evaluar ni del comedor escolar ni las políticas alimentarias implementadas a propósito de la pandemia, fue posible observar que las prestaciones predominantes durante la ausencia del comedor no lograron sustituirlo de manera efectiva en todos sus términos. Mientras que en las escuelas rurales el comedor tiene cobertura universal, las prestaciones alternativas fueron focalizadas: eran asignadas de acuerdo al criterio y percepción de necesidad de la dirección escolar o a las familias que solicitaban la ayuda. Mientras que el comedor escolar ofrece un conjunto de certezas para los hogares (por tratarse de un menú diseñado por nutricionistas, por la variedad de alimentos que incluye, por la fortaleza del rol de auxiliares y maestras como garantes del derecho a la alimentación), las prestaciones alternativas estuvieron atravesadas por la incertidumbre en cuanto a su duración y a sus posibilidades de efectivización en los distintos territorios. Si bien la gran mayoría pudo emplear las prestaciones, hubo hogares que para lograrlo debieron hacer múltiples gestiones o trasladarse muchos kilómetros, a un alto costo, lo que evidencia los límites que encuentran las políticas sociales para adecuarse a las características particulares de los medios rurales (comercios que no aceptan tickets o tarjetas, dificultades para el acceso a determinados productos tales como pescado u otros importantes para la nutrición de niños y niñas en edad escolar). Puesto que es importante no pensar las políticas únicamente desde la perspectiva de la carencia, vale decir que a las políticas también les cuesta considerar las fortalezas particulares del medio rural donde existen algunas condiciones más favorables (el recurso tierra, los saberes vinculados a la huerta y a la cría de animales, etc) para el desarrollo de programas que apuesten a una mayor autonomía de los hogares en la producción de sus propios alimentos de forma segura y saludable. Las dificultades que la arquitectura de las políticas sociales presenta en términos generales para alcanzar a la población rural dispersa en los mismos plazos y con la misma calidad de servicios con que llega a la ciudadanía de las zonas urbanas, se hizo muy evidente en el contexto de pandemia. Por otro lado, las medidas alternativas al comedor escolar no contemplaron un conjunto de aspectos que, si bien pueden ser analizados desde la perspectiva del disciplinamiento, son muy valorados por los hogares en la medida que contribuyen al aprendizaje de prácticas alimentarias, del hábito de compartir y de las corresponsabilidades en las tareas de preparación y servicio. El comedor escolar es un servicio complejo, compuesto por bienes materiales (los alimentos) y simbólicos (el comedor como aula), orientados a la atención de una diversidad de dimensiones (la alimentación saludable, la seguridad alimentaria y nutricional, el ejercicio de la convivencia, las habilidades sociales, los hábitos de higiene, etc.). En cierto sentido, en el medio rural el comedor escolar opera como eslabón fundamental para la concatenación de las políticas educativas, alimentarias y de salud. Ni las adecuaciones curriculares desplegadas para gestionar la enseñanza primaria de manera virtual ni las prestaciones alimentarias alternativas lograron dar cuenta de la densidad que encierra el comedor escolar. Se confirmó el lugar de las escuelas rurales como referentes de lo público en los territorios rurales, fenómeno que habla tanto de la potencia de la institución escolar como de la ausencia de los demás organismos estatales. Se concluyó que en materia alimentaria, en los medios rurales, se interseccionan desigualdades territoriales, generacionales y de género que son estructurales y que se tornaron más evidentes durante la emergencia sanitaria.
FCS - B1
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#037 |
“Trabajo Social y reproducción coetánea del capitalismo en Centroamérica”
José Fernando Siqueira da Silva
1
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Freddy Esquivel Corella
2
1 - UNIFESP, Brasil.
2 - UCR, Costa Rica.
Resumen:
América Latina es una región una y múltiple. Históricamente caracterizadapor rasgos coloniales basados en el mercantilismo y en el capitalismo comercialque compusieron la acumulación originaria del capital (Marx, 2013, p. 785-833),esta parte del continente americano es formada por países con tradicionesculturales y trayectorias sociales, políticas y económicas muy particulares. La eramonopolista del capital se impuso mundialmente a partir de la transición de lossiglos XIX y XX, absorbiendo y superando la era industrial típica del siglo XIX.Latinoamérica siguió como parte de la periferia de la sociedad del capital entiempos imperialistas, reactualizando el viejo colonialismo Sobre ello comentaLenin:La posesión de colonias es lo único que garantizacompletamente el éxito del monopolio frente a lascontingencias de la lucha con el adversario, incluso cuandobusca defenderse por una ley que implanta el monopolio delEstado. Cuanto más desarrollado es el capitalismo, mássensible se vuelve la insuficiencia de materias primas, másdura es la competencia y la demanda de fuentes de materiasprimas en todo el mundo, más intensa es la lucha por laadquisición de colonias. (Lenin, 2008, p. 83 – traducciónnuestra).Todavía, la producción y reproducción del orden burgués en Latinoaméricaexige un análisis capaz de explicar la inserción de ella en el capitalismocontemporáneo, tardío (Mandel, 1983) y dependiente (Marini, 2008; Katz, 2020),parte del imperialismo hoy practicado con el comando del capital financiero, en unproceso de modernización conservadora que se ha objetivado como desarrollodesigual y combinado (Fernandes, 2009; Oliveira, 2003). En general, estos paíseshan realizado, no homogéneamente, una revolución burguesa objetivada por unavía colonial que recalcó algunas características importantes resaltadas por Silva(2021):a) economías esencialmente agroexportadoras, poco o no industriales,estructuradas en la intensa explotación de la fuerza de trabajo y marcadas porprofundas desigualdades sociales que articulan economía dependiente, intensaprecarización laboral (ANTUNES, 2018), desempleo estructural, ausencia depolíticas sociales universales o mismo focales y opresiones de raza, etnia ygénero, que profundizan y agravan la desigualdad de clase;b) Estados nacionales explícitamente fuertes al capital y frágiles al trabajo – uncomponente orgánico de la acumulación capitalista-monopolística general –, conconsecuencias sociales regionales aún más devastadoras;c) con ello, burguesías locales absolutamente descomprometidas con los procesosde democratización, incluso en su forma más elemental – la democracia política –,una región a menudo e históricamente vista como un foco de inestabilidad socialque debe ser, para los sectores sociales más conservadores, objeto de lacontrarrevolución preventiva;d) la violencia en la disputa por los fondos públicos en América Latina tiende a sermucho más intensas. Esto crea condiciones objetivas y subjetivas que estimulanprocedimientos autoritarios que también se expresan en la lucha por la hegemoníade los Estados a través de proyectos gubernamentales y sociales genuinamentede derecha y de extrema derecha;e) este complejo escenario, construido en el proceso de crisis estructural delcapital (Mészáros, 2002), tiende a empeorar sustancialmente en esta etapa deacumulación capitalista explícitamente marcada por el bajo crecimiento de laeconomía mundial e importantes y seguidas crisis que han impactado incluso lasregiones más céntricas del capitalismo mundial;f) la precaria, frágil, inestable e inexistente protección social latinoamericana está,en el límite, relacionada a la gestión de la pobreza extrema y a la ausencia deservicios públicos universales – incluyendo los derechos sociales –, contexto quetiende a debilitarse aún más y ampliar la catástrofe en curso.En ese complejo contexto, Centroamérica es la periferia de la periferia, esdecir, hace parte de un grupo de países latinoamericanos cuya dependencia se hareafirmado a través de un tipo de modernización conservadora con rasgoscoloniales, como naciones esencialmente agroexportadoras y no industriales. Elavance del ultraneoliberalismo en Centroamérica, junto a las históricascondiciones de explotación que ha generado el capitalismo hiperperiférico en laregión, colocan un conjunto de complejidades para el análisis crítico de lasituación del istmo en el siglo XXI, como también, develan desafíos de legitimidady significado del Trabajo Social en estos países.Los resultados de esta ponencia, son producto del análisis generado por lainvestigación bibliográfica, documental y organizacional que los autores handesarrollado en sus licencias sabáticas, posdoctorados, investigacionesacadémicas y práctica docente de grado y posgrado, alrededor del tema delTrabajo Social en América Latina.La escaza producción situada sobre el Trabajo Social en la regióncentroamericana, como también, la convulsa coyuntura que se expresa en el sigloXXI, producto de los movimientos migratorios, el narcotráfico, el crimenorganizado, los embates climáticos, la escasez de alimentos, las tensionespolíticas, la crisis estructural del capital y la “cuestión social”, como también, lapresión de las potencias imperialistas en la geopolítica mundial, provocan larelevancia de abrir un lugar a este análisis en la compresión latinoamericana de laprofesión.Palabras claves: Centroamérica, capitalismo, Trabajo Social.Referencias inicialesANTUNES, R. O privilégio da servidão São Paulo: Boitempo, 2018.FERNANDES, F. Capitalismo dependente e classes sociais na América LatinaSão Paulo: Global, 2009.KATZ, Claudio. O ciclo dependente, 40 anos depois. A teoria da dependência– 50 anos depois. São Paulo: Expressão popular, 315-339, 2020.LENIN, Vladimir Ilitch. O imperialismo: fase superior do capitalismo. Traduçãode Leila Prado. 4. ed. São Paulo: Centauro, 2010.MARINI, R. M. América Latina, dependencia y globalización Bogotá: CLACSO ySiglo del Hombre Editores, 2008.MARX, Karl, A assim chamada acumulação primitiva. O capital – crítica daeconomía política. São Paulo: Boitempo, 785-833, 2013.MÉSZÁROS. I. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002.OLIVEIRA, F. de. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo,2003.
#179 |
Precarización laboral de la profesión de Trabajo Social desde la perspectiva de género en Cali entre 2019 y 2020.
Laura Sofia Chacón Gironza
1
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Natalia Ramírez Moncada
2
1 - Universidad Santiago de Cali.
2 - Universidad del Valle.
Resumen:
La presente ponencia aborda los resultados del proyecto de investigación “Condiciones laborales y percepciones de los egresados de Trabajo Social de tres universidades en Cali”, llevado a cabo en el 2021, la cual tiene como objetivo realizar un análisis y reflexión sobre las condiciones laborales de los y las profesionales de trabajo social desde la perspectiva de género, poniendo en discusión las situaciones de discriminación (desde la interseccionalidad) y la precarización laboral. El proyecto de investigación, el cual se basa esta ponencia, se realizó a partir de un estudio tipo exploratorio y descriptivo, utilizando el método mixto (cualitativo y cuantitativo), en el cual se utilizaron técnicas como la encuesta, la entrevista, revisión documental y grupos de discusión. La encuesta fue realizada a 114 egresados y egresadas de Trabajo Social de algunas universidades de la ciudad de Cali, la cual se llevó a cabo a través de Google Form y fue compartida a través de algunas redes sociales como Whatsapp, Facebook y correo electrónico, apostando principalmente al muestreo por bola de nieve. Las entrevistas semiestructuradas fueron realizadas a 12 personas, egresados y egresadas de 4 universidades de la ciudad de Cali. El grupo de discusión fue llevado a cabo con algunos miembros de la Asociación de Trabajadores y Trabajadoras Sociales del Valle - Atsovalle. Finalmente, en la revisión documental se rastrearon documentos e información, el cual se seleccionó y clasificó, evaluando su pertinencia y profundidad para la discusión analítica.Para dar cumplimiento al objetivo aquí expuesto, primero se desarrolla un abordaje sobre el concepto de la precarización laboral, que a partir de la implementación de las lógicas neoliberales ha visto su despliegue y auge en América Latina, poniendo en evidencia no solo la división sexual del trabajo, sino, que en profesiones como el Trabajo Social, se identifica una clara feminización y precarización laboral, aspectos que se pueden observar a partir de la perspectiva de género, igualmente, colocando de manifiesto la discriminación en las condiciones laborales de las mujeres trabajadoras sociales, no solo por cuenta de su género, sino, por su raza, etnia, orientación sexual, condición económica, lo que algunos autores/as llaman la interseccionalidad. Seguidamente, se abordan los datos más significativos teniendo como eje de análisis la perspectiva de género. En el ejercicio inicial de caracterizar a la población que participó de la realización de la encuesta, se puede evidenciar que la mayor población participante son mujeres, con un 84,2% de personas que se reconoce como “mujer”, frente a un 14,9% que se reconoce como “hombre”, teniendo una diferencia de más de la mitad de puntos porcentuales (69,3%) entre hombres y mujeres que son profesionales de Trabajo Social en Cali; por otro lado el 0,9% se identifica como no binario. Estos porcentajes se repiten frente a la identidad de género. Igualmente, se identifica que de las personas encuestadas, se evidencia una mayor tasa en las mujeres profesionales sin ejercer su carrera en una relación de 5.3% en mujeres y 1.8% en los hombres de Trabajo Social. Por otro lado, los campos de intervención donde hay desempeño de trabajadoras y trabajadores sociales son: Salud (25,4%), Educación (23,7%), Protección y Restitución de Derechos (13,2%), Laboral (7%), Derechos Humanos (7%), Organizaciones Sociales de Base (6,1%), Renovación Urbana e Infraestructura (3,5%), Políticas Públicas (2,6%), Familia (1,8%), Primera Infancia (0,9%) y Derechos Culturales (0,9%).Luego, se presentan los resultados respecto a la categoría de interseccionalidad, en la que se indaga por la presencia de mujeres trabajadoras sociales en diferentes ámbitos de poder o directivos, así, frente a la frecuencia para encontrar trabajadoras sociales en puestos de dirección en los espacios laborales sólo el 4,4% asevera “siempre” encontrar mujeres en estos roles, mientras que el “casi siempre” y el “algunas veces” ocupan el 77,2%; la opción de “nunca” encontrar trabajadoras sociales en este rol es del 18,4%, mayor a la opción “casi siempre” (16,7%). En contraste con el comportamiento de los datos sobre la misma pregunta para los hombres, es coherente con la condición principal de que es una profesión ejercida principalmente por mujeres, las opciones “casi siempre” y “algunas veces” ocupan el 56,1% para los trabajadores sociales en cargos directivos, y la opción “nunca” ocupa el 43,9%.La dinámica frente a la pregunta sobre la frecuencia para identificar mujeres en el entorno laboral, responde a la misma dinámica mencionada anteriormente, el 39,5% refiere que “siempre” ha identificado trabajadoras sociales en su entorno laboral, y el 35,1% corresponde a la opción “casi siempre”, mientras que el 17,5% y el 7,9% están en las opciones “algunas veces” y “nunca”, respectivamente. Por otro lado, sobre la identidad de género como determinante en los procesos de selección, se tiene que el 64,9% expresa que no fue determinante, mientras que el 35,1% determina que está entre “siempre”, “casi siempre” y “algunas veces”, un porcentaje que aunque sea menor, no deja de ser significativo para el análisis.Finalmente, a manera de conclusión, se contrastan los resultados obtenidos en las categorías anteriormente mencionadas junto con los conceptos manejados en el marco teórico y conceptual, analizando como el impacto del mundo globalizado y las lógicas del capital, van en detrimento de las condiciones laborales, que desde la perspectiva de género se muestra que ha golpeado con mayor fuerza sobre la vida de las mujeres, en este caso, trabajadoras sociales, al verse discriminadas por su género vinculándolas en un rol de cuidadoras, haciendo de su ejercicio profesional un valor menor, lo que implica diferencia en acceso a cargos directivos, bajos salarios, mayor inestabilidad laboral y preferencias en el proceso de búsqueda de empleo.
#259 |
COLETIVO DE ASSISTENTES SOCIAIS RESISTÊNCIA E LUTA: ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO SERVIÇO SOCIAL SERGIPANO FRENTE À CRISE DO CAPITAL E EXPLORAÇÃO DO TRABALHO
Itanamara Guedes Cavalcante
1
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Thereza Lisboa de Gois Neves
2
1 - Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória/Se.
2 - UFS.
Resumen:
As novas configurações do capitalismo na contemporaneidade, - denominado acumulação flexível -, teve início no Brasil nos anos de 1990, com a introdução do novo padrão de produção e gestão de trabalho flexível, e a implantação do Estado Neoliberal, por meio da contrarreforma do Estado, os quais provocam alterações no processo de produção da Questão Social, trazendo novas expressões e de enfrentamento que impactaram diretamente no mercado de trabalho/assos sociais e, profissionais e, profissionais haja vista, que o Serviço Social, na condição de uma especialização do trabalho coletivo inscrito na divisão sociotécnica do trabalho, intervém diretamente no enfrentamento das sequelas da questão social, de sua atuação profissional nas políticas sociais públicas e privadas. A afirmação do Serviço Social, como profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho permite, segundo Raichelis (2011, p. 423), "[...] identificar o sujeito vivo como trabalhador assalariado [...]", permitindo a problematização sobre "[...] como se dá a compra e venda dessa força de trabalho dos empregadores diversos [...]", como as organizações não governamentais, o Estado e as organizações empresariais. Partindo da premissa de que o assistente social é um trabalhador assalariado, segundo Iamamoto (2009b), observam-se duas dimensões do trabalho profissional, "[...] como trabalho concreto e trabalho abstrato dimensões indissociáveis para se pensar o trabalho na sociedade burguesa cujo pressuposto é o reino mercantil, no qual se assenta a forma social da propriedade capitalista privada e a divisão do trabalho que é correspondente". A análise do que significa social da profissão do Serviço Social com base na compreensão do trabalho do assistente social, como parte do trabalho social e coletivo da sociedade brasileira, permite entender que as novas configurações do mundo do trabalho atingidoam, também, o Serviço Social em seu profissional atribuindo novas requisições, atribuições e competências, assim como no processo de contratação, condições de trabalho, salário e organização política. Esse é o contexto para, em um primeiro momento, compreender as formas de resistências desenvolvidas pela categoria diante das alterações no mercado de trabalho e sua nova morfologia, situando na relação do estatuto de trabalhador/a assalariado/a frente ao Projeto Ético-político do Serviço Social e, em segundo tempo, apresentar um estudo teórico-metodológico sobre a experiência coletiva das Assistentes Sociais Resistência e Luta de Sergipe, Brasil. O presente artigo tem por objetivos analisar as estratégias de mobilização e organização; verificar que são como bandeiras de lutas; identificar-se como conquistas e desafios do Coletivo; compreender as determinações do sistema capitalista monopolista financeiro no mercado de trabalho e no processo político organizativo dos/as Assistentes Sociais. O estudo caracteriza-se como exploratório, qualitativo, documental e tipo bibliográfico; os procedimentos metodológicos utilizados foram à catalogação de documentos lançados pelo Coletivo que expressam a opinião a respeito das pautas do Serviço Social e da classe trabalhadora sergipana e a pesquisa bibliográfica de artigos e livros sobre a temática; para a interpretação dos dados coletados usamos a técnica de análise de conteúdo, para buscar apreender por meio dos documentos analisados conceitos como flexibilização e desregulamentação do mundo do trabalho e organização política do Serviço Social. Destacamos como resultados: formação do Coletivo de Assistentes Sociais Resistência e Luta por profissionais que trabalham nas várias políticas, como Assistência Social, Saúde, Previdência Social, Educação, Agrária, Direitos Humanos, Poder Legislativo, sócio jurídico, e movimentos sociais; inicialmente surgiu como um grupo que se organizou para disputar a Eleição do Conselho Regional de Serviço Social de Sergipe (CRESS/SE -18ª), em janeiro de 2020, por meio da chapa "Se Ferem a Nossa Existência: Somos Resistência"; apresentação da concepção de que o Conselho Regional de Serviço Social seja um instrumento de organização e luta da categoria em defesa da formação e do exercício profissional, protagonistas de lutas em defesa do Projeto-político profissional, melhores condições técnicas e éticas de trabalho, salário digno e por uma sociedade justa igualitária, ao lado dos movimentos sociais e demaisis categoria profissionais; consolidação do grupo após o pleito eleitoral e no período pandêmico como um coletivo que organiza parcela da categoria para defender o Projeto Ético-político Profissional, que se expressa nas bandeiras de lutas da classe, o exemplo da defesa da liberdade, democracia e cidadania contra o governo neofascista de Bolsonaro, pela revogação imediata da Emenda Constitucional nº 95/2016 e o desfinanciamento das políticas sociais, e nas bandeiras de lutas especificadas da categoria, em particular a regulamentação da Lei nº 13. 935/2019, que dispõe sobre o Serviço Social e Psicologia na Educação Básica pelos prefeitos e o governo estadual e a aprovação do Projeto de Lei nº 288/2021, que institui o Piso Salarial do/a Assistente Social no território sergipano. O Coletivo utiliza como estratégia de luta a mobilização e articulação com as entidades representativas da categoria, movimentos sociais populares e sindicais e a participação em Fóruns e Frentes, como a Frente Sergipana pela Inserção do/a Assistente Social e Psicóloga/a na Educação Básica e o Movimento em Defesa do Piso Salarial para Assistentes Sociais, para empreender as lutas gerais e específicas do Serviço Social. Neste sentido, podemos afirmar que o Coletivo é uma conquista política da categoria por ser um espaço de reflexão e debate sobre o Serviço Social Sergipano, mas principalmente um instrumento de organização, mobilização, luta e articulação dos/as Assistentes Sociais com as organizações da classe trabalhadora no enfrentamento dita ao capital e da política ultraliberal e neoconservadora. Como um instrumento de organização política o Coletivo enfrenta dificuldades que são mediadas pelo processo das relações sociais capitalistas da contemporaneidade que impactam na organização da classe trabalhadora e pelas particularidades que esta profissão carrega em si si não tem tensão entre o estatuto do trabalhador assalariado com o projeto profissional, seja pelas ações e práticas construídas pelos sujeitos que compõem o Serviço Social.
#420 |
Trabajo social y narrativas andinas. Una apuesta por el reconocimiento de las epistemologías ancestrales y la democratización del saber.
Diana Alejandra Soto Ossa
1
1 - Universidad del Cauca.
Resumen:
En el contexto de nuestras sociedades modernas, estructuradas por el neoliberalismo, las representaciones narrativas que tienen lugar en los pueblos ancestrales indígenas se presentan como una forma de resistencia ante la arremetida de la globalización económica capitalista y la hegemonía democrática liberal, dado que, desde esas narrativas “periféricas” se salvaguardan una serie de expresiones epistemológicas ancestrales. Esto, nos ha llevado a considerar y reconocer en una forma de ecología política, esas epistemologías cómo una alternativa de conservación de esas otras maneras de ser y existir en el mundo distinta a aquellas que han sido formuladas por el eurocentrismo occidental. En este sentido, el Trabajo social y su visión de las narrativas andinas hacen parte fundamental de la reflexión crítica y analógica de la realidad social, a la cual, se le concibe en este texto como determinada por los espacios en los cuales los individuos construyen su habitar y transitar cotidiano, permitiendo así, la apertura al diálogo con otras epistemologías, filosofías, culturas y espacios geopolíticos, para con ello, desde la elaboración teórica contribuir en la configuración de una sociedad equitativa y justa que permita hacer frente a los procesos de globalización y hegemonía mundial, mediante la democratización del saber.
#592 |
Serviço Social e Lutas Sociais: Desafios Profissionais em tempos de Barbárie
Maria Beatriz Abramides
1
1 - PUCSP.
Resumen:
O artigo Serviço Social e Lutas Sociais: Desafios para a profissão em tempos de barbárie tem como referência o momento contemporâneo do capitalismo, que se expressa em sua crise estrutural sistêmica, a partir de meados dos anos 70. Decorrente deste processo estabelece ataques consecutivos sobre a classe trabalhadora de destruição de suas conquistas históricas com um conjunto de contrarreformas na esfera do estado e do mundo do trabalho, ampliando a superexploração e retirando direitos sociais e trabalhistas. A atenção se volta para o desmonte da nação em nosso país, desde final dos anos 80, e com maior velocidade a partir do golpe de direita em 2016 com o governo de Temer, e de forma brutal a partir de 2019 com o desgoverno neofascista de Bolsonaro, de extrema direita. Nesse diapasão a partir de 2020 inicia-se uma crise sanitária com a pandemia da COVID 19 no interior da crise capitalista. No interior da luta de classes, expressamos os movimentos sociais em suas lutas de resistência e o fio condutor da formação e do trabalho profissional articulado às lutas sociais e compromisso histórico com os trabalhadores e como trabalhadores. Essa ambiência sócio-histórica nos traz desafios constantes que estão sendo enfrentados para se contrapor a barbárie do capital em sua expressão neofascista no país na perspectiva da lutas imediatas e históricas na direção da sociabilidade emancipatória.
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#003 |
FAMILIA, SOCIEDAD, ESTADO Y GARANTÍA DE DERECHOS PARA LA INFANCIA A NIVEL LOCAL
AMANDA GOMEZ POLO
1
1 - Multiversidad Mundo Real Edgar Morin.
Resumen:
En Colombia, el principio constitucional de autonomía de las entidades territoriales es el marco de referencia para las políticas públicas y la unidad básica para su materialización son los municipios. De acuerdo con la Ley de Infancia y adolescencia del país, en consonancia con la misma constitución Nacional, existe corresponsabilidad entre la familia, la sociedad y el Estado en la garantía y goce efectivo de los derechos de niños, niñas y adolescentes. Un primer paso para ello es lograr entender las formas de diálogo y el sistema complejo de relaciones que se establecen entre los actores intervinientes. Esta es una reflexión que forma parte de la tesis doctoral en pensamiento complejo en curso, donde se pretende básicamente, elaborar un modelo de política local basado en el diálogo horizontal entre la familia, la sociedad, el Estado, fundamentado en los principios dialógico, auto-eco-organizacional y autonomía del pensamiento complejo, a fin de que pueda ser un referente en la planeación y gestión para la garantía y el goce efectivo de los derechos de los niños, niñas y adolescentes. Lo anterior, supone los siguientes objetivos específicos: 1. Describir el escenario dialógico relacional entre la familia, la sociedad y el Estado en la garantía de derechos de la infancia a nivel local, que permita su goce efectivo en un entorno ecosistémico. 2. Exponer un debate acerca de la autonomía y el poder de decisión local para dar respuesta conjunta, a la garantía de derechos de niños, niñas y adolescentes. 3. Analizar la capacidad de auto-organización de los actores locales (agentes del estado, agentes de ONGs, representantes de las comunidades, niños, niñas, adolescentes, familias), involucrados en la garantía de derechos de niños, niñas y adolescentes a nivel local. 4. Proponer un modelo sinérgico horizontal e intersistémico de política local para la garantía de derechos de los niños, niñas y adolescentes. Según la normatividad de Colombia, en la garantía y goce efectivo de derechos de los niños, deben converger el deber en primer lugar de la familia, cualquiera sea su configuración; en segundo lugar, la sociedad, entendida como la comunidad, las organizaciones sociales en el territorio en el que habitan y se desarrolla la vida de los niños; y en tercer lugar, del Estado a través de sus agentes e instancias, a nivel nacional, departamental y municipal o local. De acuerdo con Durán, esta corresponsabilidad se puede definir como la concurrencia de actores y acciones conducentes a garantizar el ejercicio de los derechos. Familia, sociedad y estado tienen obligaciones concurrentes, solidarias, simultáneas e interrelacionadas en el respeto y la garantía de cada uno de los derechos. La responsabilidad del Estado como garante fundamental de los Derechos Humanos, se ve complementada por la responsabilidad de la familia como nicho protector de estos derechos en la vida cotidiana y por la responsabilidad de la sociedad entera de generar espacios de democracia donde se permita el pleno desarrollo de los niños y los adolescentes (2011, p. 121).Se introduce un marco teórico en el que converge el pensamiento sistémico complejo y la doctrina de la protección integral del niño, referida al conjunto de instrumentos jurídicos de carácter internacional, que modifican cualitativamente los conceptos de niño e infancia en el marco del desarrollo político de un Estado y de esta manera los Estados se obligan a adoptar las medidas administrativas, sociales y educativas de orden legislativo, apropiadas para reconocer a los niños y niñas de su territorio como sujetos de derecho, en corresponsabilidad con la familia y la sociedad. Lo anterior, en el marco de los instrumentos de la acción pública de planificación y gobierno, referidos a un territorio específico, bajo la concepción del territorio reticular de Mönnet (2013) y conectado con el modelo bioecológico de Bronfenbrenner (1987), para concluir, con la concepción de política pública de Velásquez (2018), quien la define como proceso integrador de decisiones, acciones, inacciones, acuerdos, instrumentos, narrativas y símbolos, gestionado por autoridades, con la obligatoria participación de los particulares, y encaminada a intervenir situaciones definidas como problemáticas o a materializar las deseables. La política pública hace parte de un ambiente o contexto determinado del cual se nutre (emociones, instituciones, ideologías, narrativas, hábitos) y al cual pretende modificar o mantener), conectándose en este sentido con el referencial de política enunciado por Müller (2006).La tesis se asume desde una postura y actitud transdisciplinar, conjuga procedimientos metodológicos en una estrategia creativa, que procura integrar los tres rasgos fundamentales señalados por Nicolescu (1994), rigor, apertura y tolerancia, presentes en la investigación y la práctica transdisciplinaria. Se considera así mismo, los tres pilares de la transdisciplinariedad, los niveles de la realidad, la lógica del tercero incluido y la complejidad, los cuales determinan la metodología de la investigación transdisciplinaria (Nicolescu, 1994, p.36). Vinculada con el ejercicio de la tesis, lo que se propone es la atención de un problema que emerge en contextos locales complejos y que requieren alternativas creativas, participativas y prácticas que integren y superen las visiones fragmentadas, con un real involucramiento y cooperación entre diversos actores y sectores de la sociedad. De esta manera, la estrategia de investigación se propone como una integración de datos, saberes y subjetividades, en un dispositivo metodológico dialógico, basado en la sistematización y recuperación de las experiencias de formulación de políticas públicas en cuatro municipios del departamento del Huila (Tello, Hobo, Algeciras, Colombia) durante los años 2013 a 2019, la revisión documental, el diseño de los sistemas observados, lo cual conllevará la modelización de los resultados.
#004 |
APORTES DE LA INVESTIGACIÓN SOCIAL A LOS CONTEXTOS POLÍTICOS, CULTURALES Y DE SALUD A NIVEL LOCAL
Marcelo Torres
1
1 - Universidad Bernardo O'Higgins.
Resumen:
Situar el trabajo interdisciplinar desde una perspectiva investigativa invita reflexionar y revisar constantemente las posiciones teóricas, epistemológicas, metodológicas y éticas de nuestras praxis sociales….. De ahí la valoración de estos espacios donde se logra establecer una relación dialéctica entre investigación y acción social, donde la discusión y la reflexión son relevantes al interior de los equipos de trabajo para poder entender las dinámicas de los diversos grupos vulnerables en los actuales escenarios sociales.La investigación social nos posibilita un conocimiento riguroso y nos permite develar saberes comprometidos en torno a las diversas situaciones y realidades sociales. En este sentido los equipos investigativos deben propiciar espacios de encuentro con la intención de poder deconstruir aquellas posiciones que van naturalizando las problemáticas sociales, provocando una ceguera institucional que impide visibilizar un conjunto de opciones, estrategias para lograr esa anhelada transformación social. Por lo tanto, el interés por la investigación social nos permite entrar a descubrir un conjunto de factores que están influyendo en las actuales complejidades sociales y que se requieren hoy en día poder descifrar y así mejorar los dispositivos institucionales para de construcción de políticas locales inclusivas. En este sentido la relevancia de los procesos investigativos permite comprenden al sujeto en su propios contextos y espacios cotidianos.En la actualidad la compulsividad institucional tiende a realizar diagnósticos locales con problemas en su rigurosidad, problemas en su consistencia y coherencia metodológica, en la confusión de métodos y técnicas, lo que genera que las intervenciones no logren los efectos deseados en los territorios pues prevalece un enfoque normativo en la construcción de planes locales donde se conflictúan los intereses estatales y los ciudadanos, donde es más importante el cumplimiento de metas o la asignación de recursos, por sobre la democratización de los procesos sociales y la generación de espacios ciudadanos. En este sentido los Centros de Salud Familiar, si bien son el último eslabón representativo del Estado a nivel local, es el primero donde la ciudadanía accede al Sistema de Salud en nuestro país, por lo tanto, es donde las personas de escasos recursos solicitan una primera atención. Es ahí donde sus expectativas y frustraciones se evidencian con claridad en el día a día; y donde las falencias del sistema público son evidentes a la hora de la evaluación que hace la ciudadanía. La investigación nos permite conocer los mecanismos que modulan los fenómenos de exclusión social y vulnerabilidad en el acceso a la salud, y como se tensionan el encuentro del ciudadano con el Estado.Es sabido que, en todos los países, con independencia de su nivel de ingresos, la salud y la enfermedad siguen un gradiente social: cuánto más baja es la situación socioeconómica, peor es el estado de la salud. Numerosos estudios han encontrado asociación significativa entre estilo de vida saludable y determinantes estructurales como: el lugar de residencia, edad, sexo, educación, ingresos, así como también se ha destacado que los factores psicosociales se encuentran fuertemente asociados a estilos de vida promotores de salud.La Atención Primaria de Salud (APS) es un campo de acción, una oportunidad, un desafío, un espacio ciudadano y un reflejo de nuestra sociedad. La APS ha demostrado ser una
oportunidad de encuentro entre el Estado y la ciudadanía. La APS tiene como desafío ser el espacio donde se logre articulación entre los distintos sectores y promover la participación de la comunidad, tal como fue declarado en la conferencia mundial de Alma Ata en el año 1978, la “salud para todos” es un trabajo intersectorial y participativo. Lamentablemente, aún existe la dificultad y quizás temor, de empoderar a las personas llamadas “pacientes” en el sector salud, y mirarlos como ciudadanos garantes de derechos, entre los cuales está la protección de su salud. Pues el Sistema de Salud chileno continúa asentado en un estructura biomédica y asistencialista, que fue exitosa para un escenario epidemiológico de enfermedades infecto-contagiosas y materno-infantiles, pero esa fórmula quedó sobrepasada por las enfermedades crónicas y la longevidad de la población, influenciadas por los estilos de vida en un mundo global y mercantilista.Uno de los objetivos de este libro es visualizar e instalar en la agenda pública la necesidad de dar cuenta de los aciertos y desaciertos de las políticas sociales, pues éstas siguen perpetuando condiciones de inequidad e injusticia social en aquellos grupos más vulnerables de la población. Las políticas sociales concebidas como acciones, que van desde el Estado hacia la sociedad (a los pobres, los carentes o los necesitados), van a resultar, necesariamente, asistencialistas, sin embargo, un punto a discusión puede ser que no corresponda a la naturaleza de éstas, sino que se trata de una decisión que busca fortalecer relaciones de subordinación entre la autoridad y la ciudadanía.Esta visión sin embargo puede parecer simplista e ingenua, dado que frente a los hechos hay quienes rechazan la posibilidad de que las políticas y programas estatales sean participativos, pues debemos reconocer que no hablamos de una propuesta de fácil ejecución ya que se trata de que el Estado genere espacios de poder a las personas y que éstas cuenten con las competencias necesarias para asumir tal desafío. Por lo tanto, considerar a los diversos actores sociales en la construcción de ciudadanía implica necesariamente establecer una relación horizontal con la sociedad civil, permitiendo que la acción estatista involucre a los actores tanto en el diseño como en la evaluación de las políticas públicas con la finalidad de poder garantizar el aporte significativo a los procesos de desarrollo que se viven al interior de cada territorio.Este trabajo es una invitación a mirar la salud desde las personas, como éstas significan aquellas dimensiones que son relevantes para su calidad de vida.
#127 |
Política de Infancia en Chile: Una mirada a lo político de la política social. Entre procesos de mercantilización y familiarización.
Mauricio Sánchez Aliaga
1
1 - UNIVERSIDAD NACIONAL ANDRÉS BELLO.
Resumen:
La siguiente ponencia pretende avanzar en la discusión sobre el carácter político de la política social, en tanto el lugar que ocupan respecto a la reproducción del orden y la vida social (Lechner 1982, 1984).Se realiza un examen crítico del caso de la política de infancia en Chile 2015-2025, mediante un análisis documental (Valles, 199; Andreu, 2003; Castillo,2005) de literatura actualizada, resultados de estudios empíricos y revisión general de los marcos normativos y técnicos. El análisis se centra en la línea programática de protección a la infancia.Se contempla el aporte de autores como Danani, (2009) y Esping-Andersen (1993; 2000), con categorías que irán permitiendo aproximaciones a una comprensión de política social con una dimensión mercantilizadora y fuertemente familiarista.Lechner (1984) plantea que el movimiento neoconservador, que considera que la sociedad no sería un producto social e histórico, tendería a la separación de la sociedad en distintas esferas y a la extinción de la política. Última idea que no compartimos del todo, en tanto más que extinción de la política, nos parece un giro político en una dirección particular, que no deja margen a la transformación de un orden social que es concebido como dado y externo a los sujetos. Si coincidimos con el autor sobre la compresión de la mirada materialista de un orden social históricamente construido (Lechner,1984).Desde las ideas anteriores comenzamos a preguntarnos si la configuración de la política es más bien una respuesta a la cuestión social o es un asunto de orden social. Genéricamente comprendida, la intervención social, la acción estatal y por cierto la política social, pueden ser entendidas como una respuesta a la cuestión social o, como exponen Martinez y Agüero (2014), parte constitutiva de la construcción y disputa por el orden social. La política social va cumpliendo un rol en las definiciones sobre la producción y reproducción de la vida social (Grassi, 2003).Por una parte, hay una aproximación al orden social, en tanto a qué tipo de orden se aspira y esto es consustancial a las condiciones de vida de los sujetos y por tanto no elude la cuestión sobre la producción y reproducción social de la vida. Un modo relacional y dialéctico en el que se articulan la cuestión y el orden social. La política social de infancia en Chile ha transitado desde modelos asistencialistas con una mirada del menor en situación irregular y con un fuerte dispositivo de control, a modelos de necesidades, manteniendo de base
un “enfoque proteccionista y tutelar, donde el Estado, en vez de ejercer un rol garante de derechos, tiene un rol subsidiario” (Martín, Rozas & Alfaro, 2020, p.383), que ha dificultado el tránsito desde la mirada de la niñez como objeto a sujeto de derechos. (Oyarzún, Dávila, Ghiardo, & Hatibovic, 2008; Saavedra 2008; Andrade 2009; Andrade & Arancibia, 2010; Andrade y Rao, 2020).La responsabilización individual y los propios méritos de los sujetos de intervención, así como la performance de cercanía de los interventores, junto a la centralidad en la gestión de la intervención, son realzados como clave, puesto que a través de estas disposiciones se puede llegar a incidir en los sujetos y familias identificadas como “vulnerables”. El abordaje de lo social neoliberalizado, implica un descentramiento desde aquello que en sus orígenes se entendió como una “cuestión social”, hacia un asunto de individuos. (Rojas, 2018, p. 143).Así, en esta política se identifica claramente la responsabilización y habilitación individual-familiar[1]sobre sujetos de la intervención. Los interventores aparecen como sujetos sujetados al dispositivo, en tanto productividad, responsabilización individual sobre la gestión y, por otro lado, la competencia del mercado de las licitaciones respecto a espacios laborales y organizacionales que habitan en los escenarios de privatización de la política de infancia (Sánchez y Villarroel, 2017, 2018; Schöngut-Grollmus,2017).Cada tipo de vulneración de derechos asociada a un niño, niña o adolescente tiene asignado una subvención económica que se paga al Organismo Colaborador que ejecuta la oferta programática de SENAME[2]. La institución realiza licitaciones periódicamente donde compiten estos organismos para obtener las subvenciones.Para Esping-Andersen (2000,) “Un sistema familiarista- que tampoco significa
“<<pro familia”>>- es aquel en el que la política pública presupone- en realidad exige- que las unidades familiares carguen con la responsabilidad principal del bienestar de sus miembros” (…) (p. 74), lo que aparece fuertemente de dos formas en la política de infancia. Por un lado, cuando la familia es identificada como la principal responsable, tanto de la vulneración como de la reparación de derechos. Por otro lado, cuando estas políticas no afectan significativamente las condiciones de vida de los sujetos, y son entonces las propias familias las que ya sea a través de sus propias prácticas, del Estado y/o del propio Mercado, deben proporcionarse bienestar a sí mismas. La intervención de la política de infancia se presenta desde perspectivas funcionalistas, desde lógicas de control y reparación. Intervención impuesta como saber totalizante, que clausura el devenir subjetivo y categoriza (Castro-Serrano & Gutiérrez, 2017) a Niñas, Niños, Jóvenes y sus familias como carenciados. Su foco está puesto en las vulneraciones de derecho, las que estarían situadas en el contexto familiar.Esta intervención de algún modo va buscando la mantención de cierta posición y función en las familias, para conservar un orden social establecido donde la familiarización
“(…) ni constituyen derechos, ni socializan la reproducción, por el contrario, la privatizan, reenviando a la esfera familiar e individual la responsabilidad por el bienestar” (Danani, 2009, p 39).Se presenta una mercantilización en el proceso de ofrecer un servicio de bienestar por parte de privados que representan al Estado, pero su recepción no implica un proceso de desmercantilización, en tanto soporte de reparación de derechos o cambios en la calidad de vida de estos y su dependencia del mercado para proveerse bienestar. [1] Esto se puede corroborar al analizar las normas técnicas de los programas de la línea programática de protección. Respecto a los objetivos de cada programa, las metas, enfoques, escalas de evaluación de competencias, entre otras.[2] SERVICIO NACIONAL DE MENORES, actualmente Mejor Niñez.
#283 |
DISCURSOS ALTERNATIVOS ACERCA DE LAS FAMILIAS ENSAMBLADAS: UNA MIRADA DESDE LA GENERATIVIDAD Y HACIA EL RECONOCIMIENTO DE SUS DERECHOS.
Ana María Gil Ríos
1
1 - Universidad del Quindío.
Resumen:
La presente ponencia es producto del proyecto de investigación doctoral en curso, titulado: “
Comprensión y reconocimiento de discursos familiares y relaciones generativas en Familias Ensambladas” -Adscrito al Doctorado en Estudios de Familia de la Universidad de Caldas-. Con esta me interesa cuestionar los imaginarios sociales que persisten en la actualidad para definir la familia, los cuales desconocen la diversidad como su característica central. La posicionan como institución natural y célula básica de la sociedad, responsable de su adecuado desarrollo. Los diversos modos de hacer familia, democratización en las relaciones, ruptura frente a los roles tradicionales de género, residencia no compartida, conyugalidad sin procreación y no heterosexual, son identificados como disfuncionalidades familiares, desde perspectivas deficitarias y patologizantes. Este es el caso de las Familias ensambladas, las cuáles están siendo visibilizadas en investigaciones y literatura por su potencial crecimiento, por las transformaciones que viven, las ambigüedades legales a las que se enfrentan y por motivar la problematización de categorías analíticas clásicas de la familia. Sin embargo, desde la producción académica e investigativa, se abordan una pluralidad de temas referidos a sus dinámicas familiares, procesos y relaciones, enfatizando en las situaciones problemáticas y complejas que conlleva la recomposición familiar, pero poco se ha explorado el reconocimiento de discursos alternativos o emergentes que den cuenta de sus recursos, innovaciones y potencialidades construidas en la nueva organización. Por tanto, mi interés principal con esta ponencia, es problematizar discursos que consolidan un imaginario deficitario para esta forma de organización familiar, encontrados en la literatura infantil, relatos familiares, sociales y profesionales, los cuales invisibilizan los aspectos generativos construidos en la nueva familia por parte de sus integrantes, lo cual impacta negativamente la construcción de su identidad familiar y el reconocimiento de sus derechos. En cuanto a este último aspecto, las familias ensambladas, enfrentan una complejidad de situaciones legales que las hacen experimentar mayores dificultades en la garantía de sus derechos, que otras formas de organización familiar ya institucionalizadas. Al respecto, Cherlin (2017) sostiene que hay poco consenso sobre la situación legal de las parejas que cohabitan sin casarse, sobre las leyes relativas a la custodia de los hijos cuándo estas parejas se separan y sobre las responsabilidades y derechos de los padrastros convivientes sin custodia. lo cual se refleja en el debilitamiento de las normas y leyes sociales que regulan la vida familiar. (Cherlin, 2004). En Latinoamerica, Puentes (2014) resalta “la importancia del reconocimiento y protección de la familia ensamblada desde los ordenamientos judiciales latinoamericanos” (Puentes, 2014, p.58). La autora argumenta que los integrantes de estas familias se encuentran limitados legalmente en sus derechos, deberes y responsabilidades por la escaza regulación jurídica que se les brinda en el ejercicio de la patria potestad respecto a los hijos nacidos en otra unión. Esta situación aplica también para uniones consensuales, donde los padres afines tienen deberes no sólo conyugales, sino también respecto a los hijos convivientes. Así mismo, Coelho (2011) señala que el sistema jurídico no cuenta con reglamentos específicos acordes a las necesidades que tienen las familias ensambladas lo cual podría marcar exclusión para el modelo de familia con padrasto y/o madrastra. Quintero (2006), plantea que desde la doctrina jurídica es necesario seguir abordando el tema de la familia ensamblada, porque puede traer inseguridades para la pareja y la relación padres e hijos. La autora menciona la mediación como asunto fundamental para las familias y como técnica para orientar a la pareja, luego de la separación, en diversos acuerdos relacionados con los hijos. Como se puede observar, desde estas perspectivas, se plantean dificultades en los ordenamientos jurídicos para atender y abordar situaciones de la familia ensamblada, sus necesidades, derechos y responsabilidades ya que: La legislación acerca de la familia se ha focalizado especialmente en la mujer, la protección del menor, el reconocimiento igualitario del matrimonio para las uniones no formalizadas, pero no lo ha hecho referente a la familia como unidad o grupo que como tal exige un tratamiento particularizado. Se destaca con fuerza la necesidad de revisar el marco legal que norma lo relativo a cuestiones surgidas o modificadas en el contexto de la crisis y el reajuste. En tal sentido, es necesario nuevas regulaciones jurídicas acordes con los nuevos escenarios sociales (Puentes, 2014, p. 60). Esta idea también la respalda Rivas (2008) quien plantea existe para estas familias, “invisibilidad y desamparo legal” (Rivas, 2008, p. 198), lo anterior, porque no se tiene en cuenta su especificidad y diversidad a nivel jurídico, ya que aún existe una visión limitada de la familia y no se reconoce la diversidad en aspectos referidos al matrimonio, la corresidencia, la pluriparentalidad, (padres/ madres biológicos y de crianza) lo cual conlleva a una falta de reconocimiento social y legal que genera dificultades para el manejo de situaciones referidas a “permisos laborales, consentimientos en caso de intervenciones médicas, tomar decisiones en temas de salud, educación” (Rivas, 2008, p.198) además de los derechos de herencia. Todos estos asuntos, generan dificultades para las familias reconstituidas, y según la autora, mantiene su imagen de “irregularidad e ilegalidad” (Rivas, 2008, p.199) de aquí la necesidad de avanzar en el reconocimiento de sus derechos.En coherencia con los planteamientos anteriores, es necesario reflexionar sobre la responsabilidad que el sistema jurídico tiene con respecto a la legislación para las diversas formas de organización familiar, en este caso, para las familias ensambladas. Para esto, resulta importante visibilizar las relaciones generativas que se construyen en esta forma de organización familiar, al igual que los discursos alternativos que permiten fisurar la idea hegemónica de familia nuclear, en discursos y prácticas sociales e institucionales, ya que estos han dificultado la apertura y reconocimiento de otras formas de organización familiar.BibliografíaCherlin, A. J. (2017). Introduction to the Special Collection on Separation, Divorce, Repartnering, and Remarriage around the World.
Demographic Research. (37), 1275-1296. Recuperado de: https://www.jstor.org/stable/26332225Coelho Soares L.C.E. (2011). Reflexión Ser Padre, Ser Madre, Ser Padrastro, ser madrastra: aspectos psicológicos y jurídicos.
Anuario de Psicología Jurídica, (21), 125-130. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=315026314012Puentes, A. (2014) Las familias ensambladas, un acercamiento desde el derecho de familia.
Revista Latinoamericana de estudios de familia, (6), 58 – 82. Recuperado de: http://vip.ucaldas.edu.co/revlatinofamilia/downloads/RLEF_6(Completa).pdfQuintero V. (2006). Familias ensambladas. Aproximaciones histórico-sociales y jurídicas desde una perspectiva construccionista y una mirada contextual.
Portularia, 6 (2), 139-149. Recuperado de: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=161017317007 Rivas, A. M. (2008). Las nuevas formas de vivir en familia: el caso de las familias reconstituidas.
Cuadernos de relaciones laborales, 26 (1), 179-202.
#315 |
ANÁLISIS DE LA IMPLEMENTACIÓN DE LA POLÍTICA PÚBLICA DE PRIMERA INFANCIA EN LA CIUDAD DE CALILOS RETOS DEL SEGUIMIENTO A LA POLÍTICA SOCIAL DERIVADOS DE LA TERCERIZACIÓN DE SERVICIOS, LA PRECARIZACIÓN LABORAL Y LA FLEXIBILIZACIÓN DE LA ADMINISTRACIÓN PÚBL
Andrea Nathaly Cruz Ramirez
1
1 - Universidad Catolica Lumen Gentium.
Resumen:
En Colombia, la mayoría de las políticas sociales son políticas de gobierno. Aunque la estructura administrativa del Estado permite que políticas de un gobierno sean adelantadas más adelante por el siguiente, en la práctica ésta permanencia depende más de voluntad política de cada sector que acompaña al respectivo gobierno, que de un plan nacional de alguna élite social, económica o política. Si bien es cierto que en Colombia el Estado ha sido más o menos estable en la implementación de políticas neoliberales, y ha existido una clara tendencia desde la institucionalización del consenso de Washington en la constitución política de 1991 ha profundizar estas políticas neoliberales, esta relativa estabilidad neoliberal se refleja en las decisiones fiscales, monetarias y macroeconómicas, pero no de la misma medida en las políticas sociales, que son bastante inestables y variables. Una estrategia que usa la institucionalidad colombiana para hacer más estable una acción pública que se considera deseable es la de convertirla en Política de Estado. En esta ponencia, la reflexión se hará sobre la implementación de una política de Estado: la llamada
De Cero A Siempre cuyo objetivo es el desarrollo integral de la primera infancia. Pero sobre su implementación particularmente en la ciudad de Cali, y particularmente entre los años 2016 y 2019, aunque se propone una reflexión final sobre las decisiones administrativas del siguiente gobierno municipal y su impacto en el seguimiento posterior de esta política en particular. La política de Estado
De Cero a Siempre establece un instrumento en particular de seguimiento, llamado Ruta Integral de Atenciones – RIA. La Ruta Integral de Atenciones – RIA, “es la herramienta que contribuye a ordenar la gestión de la atención integral en el territorio de manera articulada, consecuente con la situación de derechos de los niños y las niñas, con la oferta de servicios disponible y con características de las niñas y los niños en sus respectivos contextos. Como herramienta de gestión intersectorial convoca a todos los actores del Sistema Nacional de Bienestar Familiar con presencia, competencias y funciones en el territorio” (Congreso de la República, 2016). La RIA es un instrumento que sirve de referente para orientar a las autoridades territoriales y a los demás actores responsables de la implementación de la Política de Estado para el Desarrollo Integral de la Primera Infancia – De Cero a Siempre, respecto del conjunto de atenciones en procura de garantizar el pleno desarrollo de cada niña y cada niño. En otras palabras, “la finalidad de la RIA es la de ordenar la gestión de la atención de la Primera Infancia de una forma contextualizada al permitir que se adapte a las realidades de los diferentes contextos y se tengan en cuenta las características de los niños, las niñas y las familias” (Municipio de Santiago de Cali, 2013).La implementación de la RIA, así como de toda la Política de Estado, está orientada desde el nivel nacional y se ha creado la Comisión Intersectorial de Primera Infancia – CIPI, que ha estructurado todo el sistema de atención integral de la primera infancia, compuesto por diferentes conceptos. Es decir, esta política nacional de primera infancia crea una herramienta para su implementación territorial (la RIA) y una institucionalidad para su seguimiento (el CIPI), y a su vez establece unos conceptos y criterios de seguimiento. Según la orientación de la política nacional, cada territorio debe implementar un sistema de monitoreo y generar una institucionalidad que replique los creados a nivel nacional, que garanticen las esperanzas de la política de estado, y que procure armonizar las mediciones e indicadores con todo el territorio nacional. La ciudad de Cali desde el 2016 y hasta el 2019 propuso estrategias según las orientadas por la política de Estado, y ello contribuyó a armonizar las acciones de entidades públicas y privadas, y de diversos órdenes y dependencias de la administración pública, y también a impactar de manera positiva indicadores como la disminución de la mortalidad perinatal, la desnutrición, la lactancia materna, la vacunación, entre otras. También resulta relevante evaluar las limitaciones para la implementación de la política: En los entornos donde hay menos presencia de la institucionalidad estatal relacionada con la atención integral a la primera infancia, son los entornos que más dificultades presentan a la hora de garantizar las atenciones de las niñas, niños y sus familias. Es decir, la garantía de derechos pasa por la posibilidad de intervención estatal, pero la tendencia del neoliberalismo es precisamente la de recortar la influencia del Estado en la sociedad.Las particularidades contractuales de la atención integral dificultan garantizar la calidad de la atención. Es decir, como la contratación es con agentes privados que deben cumplir un proceso de concurso, dichos procesos limitan la continuidad de la atención y generan traumatismos en ella. Otros elementos derivados de la modalidad de contratación como los concernientes a la estabilidad del talento humano, a la gestión documental, a la dotación de equipos e infraestructura, inciden en la prestación del servicio, en las posibilidades de brindar condiciones de calidad, y en las posibilidades de garantizar el seguimiento de la garantía de derechos.El cambio de enfoque político de las administraciones que se eligen cada cuatro años. En el último periodo de gobierno de la ciudad de Cali que inició en el 2020, se cambió todo el talento humano relacionado con esta política, también la metodología de seguimiento, los ejes estratégicos e incluso las formas de nombrar las acciones de la política en sí. Esto es un desafío constante en la administración pública en Colombia: los nuevos gobiernos, sobre todo en lo territorial, cambian radicalmente las orientaciones de la política social, sometiendo a las y los profesionales a incertidumbre constante derivada de la política electoral, pero también a las poblaciones que son atendidas por estas políticas sociales.
#408 |
A construção social da adoção de crianças e adolescentes na perspectiva dos adotantes
DENISE CARMEN DE ANDRADE NEVES
1
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ÉRICA NOVAES PORTO
2
1 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS.
2 - JUIZADO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE.
Resumen:
A adoção no Brasil, não raras vezes, é compreendida linearmente como uma forma de possibilitar uma família para a criança/adolescente e/ou como meio legal de adultos realizarem o sonho de desempenharem as funções parentais. Contudo, deve-se analisar o fenômeno além da sua aparência, pois ele revela paradoxos produzidos pela sociedade capitalista que colocam em evidência o caráter contraditório que atravessa a adoção, motivo pelo qual deve ser compreendida a partir das várias dimensões culturais, econômicas, sociais e históricas. Se, por um lado, há uma família (adotiva) que concretizará o desejo de adotar, por outro há uma família (de origem) que perderá seu(s) filho(s), majoritariamente devido a desproteção social, manifestando duas faces de uma moeda. A realidade mencionada ganha concretude seja na oferta (ou não), pelo poder executivo, de políticas públicas, na criação (ou não) de leis que se desdobram na proteção das famílias (de origem) e de crianças e adolescentes, na intervenção do poder judiciário, que tem a prerrogativa de decidir sobre a vida das pessoas, dentre elas, as famílias destituídas do poder familiar, adotandos e adotantes. Nesse sentido, reafirma-se a imprescindibilidade da análise da adoção a partir das inúmeras determinações, atores e instituições que a atravessam. Nessa perspectiva que o debate proposto contribui para a discussão acadêmica nas diversas áreas do conhecimento e, dentre elas, do Serviço Social, profissão que lida, direta ou indiretamente, com o fenômeno da adoção. Superar interpretações focalizadas que desconsideram a realidade social, por se concentrarem em alguns aspectos, somente é possível por meio do desenvolvimento de pesquisas que se alicercem em um cuidadoso método. O método histórico dialético se constitui como o método capaz de ultrapassar a singularidade do fenômeno, possibilitando a interpretação totalizante do objeto de estudo, interrogando-o sobre todos os aspectos e ângulos a partir de uma perspectiva crítica que não aceita a realidade como ela é dada, no nível da aparência, mas que considera seu caráter dinâmico, contraditório e heterogêneo, alcançando a totalidade do objeto. Considerando o universo que constitui a adoção, o interesse na investigação científica foi direcionada para os sujeitos que se dispõem a adotar, por se configurarem como importantes personagens desse processo. Cabe ressaltar que essa abordagem considera o todo, ainda que a proposta para essa pesquisa utilize a perspectiva dos adotantes. A pesquisa realizada no âmbito da pós-graduação (Mestrado), com pretendentes inscritos num Juizado da Infância e Juventude, analisa a adoção considerando os aspectos expostos. O estudo parte da ideia de que na sociabilidade em que é disseminado/perseguido um modelo ideal de família, é preciso questionar qual o papel da adoção na sociedade capitalista. Ela tem se configurado como uma forma de resistência para um modelo de família socialmente imposto, ou tem se configurado como uma forma para se alcançá-lo? Na filiação estabelecida pela adoção os pretendentes têm a prerrogativa de escolher o perfil do filho e, não raras vezes, optam por perfis restritos, fazendo com que não haja equação possível que permita que crianças com idades avançadas e adolescentes cresçam e se desenvolvam em família. O que se escancara são relações sociais ancoradas numa perspectiva mercadorizante. Na processualidade imposta pelo capitalismo, em que são encobertas as dimensões sociais do trabalho, a mercadoria, enquanto célula central para esse modo de produção, ganha caráter misterioso e fetichizado e há uma inversão entre o ser e a coisa, ou seja, há uma relação coisificada entre os seres sociais e o trabalho perde sua dimensão humana. Ao criar o fetichismo da mercadoria, em que as pessoas se veem necessitadas do consumo desta, o capitalismo atribui a ela uma função imprescindível para a sobrevivência humana. Ou seja, os desejos pelas mercadorias aparentam ser uma necessidade humana, como algo inato, que confere ao ser um status e sensação de pertencimento na sociedade e satisfação. Todavia, na realidade, se configura como instrumentos para a produção de mais valor e atende ao interesse do capital. Nesse processo há uma inversão, a mercadoria ganha vida e as relações sociais no processo de produção são ocultadas. No nível aparente e imediato marginaliza/desconsidera os sujeitos produtores, subordinando-o, e ocorre a coisificação das relações sociais e a
objetificação do ser social. Considerando as análises expostas, pode-se apontar, primeiramente, o mesmo mecanismo de funcionamento na adoção, assim como ocorre com as mercadorias. O desejo pela maternidade/paternidade também é criado e casais/pessoas solteiras, principalmente com dificuldades de concretizar a filiação através da reprodução biológica, reconhecem na adoção a forma de alcançar o status de pai/mãe, ao mesmo tempo em que se sentem reconhecidos/legitimados como família. Ou seja, a sociabilidade capitalista cria desejos que são materializados na constituição/ampliação da família, na vivência da parentalidade, relacionados a aspectos religiosos, biológicos etc., atribuindo à filiação uma utilidade prática. No processo de
objetificação, as crianças/adolescentes disponíveis para adoção se transformam em objeto/mercadorias para o atendimento de determinadas imposições sociais: o casamento, aquisição de bens e renda e o estabelecimento da filiação. Ademais, no nível da aparência, a principal motivação para que pessoas adotem relaciona-se à infertilidade. Dessa forma, adoção aparece como uma alternativa para adequar o pensamento e a ação, ou seja, para alcançar o modelo ideologicamente estabelecido de família, constituindo a adoção como uma alternativa diante da infertilidade. Em segundo lugar, a adoção aparece como uma forma de resolver um problema criado pelo modo de produção e reprodução do capital, qual seja, a oferta de crianças disponíveis para adoção, culpabilizando a família de origem pela falta de condição de ofertar contexto protetivo para seus filhos. Importante sinalizar mais uma contradição verificada no fenômeno da adoção: não são todas as crianças/adolescentes que satisfarão o desejo dos adotantes, pois determinado perfil será preterido, como crianças pequenas, sem problemas de saúde, não pertencentes a grupo de irmãos, preferencialmente do sexo feminino. Por isso que este estudo sustenta a compreensão de que a adoção não parte de um desejo inato dos adotantes, pelo contrário, a oferta de crianças/adolescentes disponíveis para adoção cria a demanda daqueles, evidenciando que a construção sócio-histórica deste fenômeno não está dentro de uma relação causa e efeito.
FCS - B2
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#132 |
Consultorio Social Minuto de Dios: interacción de la academia con las comunidades y su aporte a la construcción de políticas públicas
Adelia María García Gómez
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Luis Fernando Mancera Ortiz
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1 - UNIMINUTO.
Resumen:
El Consultorio Social Minuto de Dios (CSMD) es un proyecto de proyección social del Programa de Trabajo Social de UNIMINUTO, cuyo propósito es ser “un espacio de apoyo, orientación, acompañamiento, asesoramiento y referenciación de servicios sociales, dirigido a la comunidad en general, sin exclusión alguna, con la finalidad de identificar las diversas demandas, oportunidades y necesidades sociales presentes en cada uno de los grupos poblacionales”. (Juliao, 2017)Para la referenciación de los servicios sociales, el consultorio ha implementado un modelo de atención social, que inicia con el proceso de atención del caso, mediante una escucha interactiva, que después pasa a una valoración inicial y profunda del caso, para posteriormente analizar la demanda y remitir a la institución correspondiente, esta remisión se logra por medio de trabajo en red con las instituciones de la región.Es así como, el CSMD Centro Regional Girardot no solo se conceptualiza como un espacio de apoyo, asesoramiento y referenciación de servicios sociales, sino también se convierte en un escenario donde la academia tiene contacto directo con las comunidades, que le permite el reconocimiento de las realidades, con el fin de apoyar a través de información cualitativa y cuantitativa a las entidades gubernamentales y ONG de la región, para que orienten la formulación, gestión y ejecución de proyectos, programas y política pública que respondan a las necesidades de los diversos grupos poblacionales.
#200 |
Pensar(nos) desde la sindemia: reconfiguraciones de lo público, lo común y subjetividades en juego
Verónica Cruz
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María Noelia López
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María del Pilar Reija
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1 - Facultad de Trabajo Social, Universidad Nacional de La Plata.
Resumen:
IntroducciónEsta ponencia comparte un conjunto de reflexiones acerca del modo en que se reconfigura el alcance de algunos conceptos estructurantes en el desarrollo de la investigación
“Profundización neoliberal, institución familiar y políticas sociales. Transformaciones políticas, ideológicas y subjetivas” implementada en el Instituto de Estudios en Trabajo Social y Sociedad, radicado en la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de La Plata.Los cuatro ejes analizados refieren a los tópicos centrales del marco categorial del estudio en curso y surgen de un conjunto de debates que, como investigadoras y junto al equipo responsable, hemos transitado en los últimos dos años. Esos intercambios, si bien actualizan viejas preocupaciones del campo profesional, adquieren renovada vigencia ante la interpelación que la experiencia de la pandemia -significada bajo la noción de
sindemia (Horton, 2020)- produce a la sociedad toda, y particularmente en quienes nos inscribimos en el campo de las ciencias sociales. Recorremos a continuación cada eje.1. Acerca de la profundización neoliberal en tiempos de capitalismo pandémicoInauguramos este apartado reafirmando que el neoliberalismo es capitalismo, una expresión que parece obvia pero que requiere ser reinstalada cada vez, desde la convicción de trabajar a contrapelo del proyecto político-ideológico, económico y cultural impulsado por los sectores dominantes, obstaculizando la democratización de la vida social. El escenario abierto por la crisis sindémica, tiene lugar en un contexto de cambio climático y de destrucción medioambiental, bajo la dominación de un capitalismo que busca adueñarse del orden simbólico, y con él, de las instituciones públicas que podrían ponerle cierto límite, planteándonos la exigencia de trabajar pacíficamente en la redistribución de bienes y servicios, además de ingresos (Aleman, 2022). En esta coyuntura, el carácter resiliente, plural y dinámico del neoliberalismo se actualiza, profundizando desigualdades que condicionan la viabilidad vital y planetaria, así como la construcción de un mundo vivible (Butler, 2020), exigiéndonos complejizar las reflexiones acerca de las transformaciones políticas, ideológicas y subjetivas que la misma genera.2. Acerca de lo familiar y la familiarización Partimos de considerar que la afectación global del COVID-19 como hecho inusitado, desborda nuestra preocupación inicial por el modo en que el ideario neoliberal familiariza la atención de la cuestión social. Y desde esa preocupación proponemos un breve recorrido conceptual en el que se ponen de manifiesto los cruces entre la epidemiología y las ciencias sociales, ofreciéndonos algunas claves para comprender la continuidad de las estrategias de familiarización de todas las esferas de la vida, desplegadas por el Estado para mitigar los efectos del virus. Cabe señalar que las medidas adoptadas para controlar su propagación se han estructurado fuertemente mediante la tríada
cuarentena, neohigienismo y securitización (Basile, 2020), caudatarias de una perspectiva biologicista que desconoce la exposición diferencial a los riesgos experimentada por quienes tienen menos recursos y por tanto, mayores posibilidades de infectarse, enfermar o morir. De aquí la importancia de subrayar las implicancias sociales de la crisis sindémica, poniendo en tensión las proposiciones individualistas y biologicistas dominantes que naturalizan e invisibilizan las inequidades que se generan entre el Estado, el mercado y las familias respecto de la distribución de tareas de reproducción social. Aquí se vuelve indispensable la referencia al cuidado como dimensión, como producto inmaterial y personalizado que satisface una necesidad social y que requiere ser tematizado, reconociendo su articulación al entramado productivo en escenarios socio-económicos adversos. 3. Acerca de las Políticas Sociales, lo público y lo común La reflexión en torno a las políticas sociales recupera, por un lado, la centralidad que en este contexto adquiere la mencionada dimensión del cuidado (Batthyány, 2015; Carrasco y Diaz, 2018; Faur y Pereyra, 2018) inscripta en la dinámica de producción y reproducción de la vida social. También, el acceso a la educación de les niñes y jóvenes en pandemia, condicionado por la capacidad y los recursos familiares, y por la brecha digital; el acceso a la salud, hegemonizado por un discurso médico y científico que pareció desconocer los efectos sociales y subjetivos de la magnitud de esta enfermedad, así como la potencialidad del trabajo en entornos socio-comunitarios; y el acceso a políticas asistenciales, para el reaseguro del sostenimiento de la vida cotidiana frente a la radicalización de las transformaciones en el mundo del trabajo, son derechos que se desmarcan de su estatuto.Esta realidad impacta en la reconfiguración de discursos en torno a lo público y lo común (Federici, 2020) y en la agudización de los padecimientos que el propio escenario genera, evidenciando las desigualdades sexo-genéricas, de clase, étnicas, generacionales, así como el papel desempeñado por las mujeres y los cuerpos feminizados en los espacios domésticos a cargo del cuidado delegado por la sociedad capitalista heteropatriarcal. 4. Acerca de las ideologías y la producción de subjetividadesLo descrito tiene un efecto decisivo en la producción de subjetividades, donde registramos procesos y formas de negación articuladas a estructuras ideológicas que, al decir de Feierstein (2022) muestran el quiebre del acceso a determinadas experiencias que no pueden simbolizarse. Ese movimiento configura un entramado complejo, donde resulta difícil discernir sobre los elementos conscientes e inconscientes, subjetivos e intersubjetivos que operan en las prácticas sociales atravesadas por la pandemia. De aquí la relevancia de explorar las dimensiones ideológicas y los intentos de “producir sujeto”, articuladas a estrategias negacionistas cuyos efectos son capitalizados por discursos libertarios que niegan la precariedad y vulnerabilidad ontológica de la vida humana (Butler, 2020), encumbrando salidas individuales a problemáticas sociales complejas. De este modo, se fortalece la negación de la conflictividad estructural (capitalista-patriarcal-colonial) que produce violencias y desigualdades metonímicamente resignificadas por las personas afectadas, como tragedias, malas decisiones o insuficiente trabajo sobre sí (Grassi, 2019; Merklen, 2013).Concluimos puntualizando en la necesidad de volver sobre nuestros esquemas perceptivos y sobre nuestras categorías de pensamiento y de acción, a fin de enriquecer y complejizar su capacidad heurística para comprender las continuidades y rupturas con las coordenadas neoliberales que dominaron el escenario en el periodo delimitado en este estudio; tomando en cuenta los efectos de la sindemia -y su propia inscripción como acontecimiento social- que repone un conjunto de debates y preocupaciones sobre nuestra contemporaneidad y nuestro campo profesional a ser desandadas.Bibliografía Aleman, J. (2022) "El CAPITALISMO se REPRODUCE todo el tiempo ASÍ MISMO"entrevista televisión “Minuto UNO” edición del 18/4 C5N https://www.c5n.com/Carrasco C. y Diaz C. (compiladoras) (2018) Economía feminista desafíos, propuestas, alianzas. Buenos Aires. Editorial Madreselva.Basile, G. (2020) La tríada de cuarentenas, neohigienismo y securitización en SARS-CoV-2: matriz genética de la doctrina del panamericanismo sanitario. Ediciones GT Salud Internacional y Soberanía Sanitaria. CLACSO.Batthyány Dighiero K. (2015) Las políticas y el cuidado en América Latina. Una mirada a las experiencias regionales. CEPAL –ONUButler J. (2020) “La pandemia, el futuro y una duda: ¿qué es lo que hace que la vida sea vivible?” Conferencia ofrecida en la UNAM, México el 2 de junio. Publicada en Revista La Vaca. Recuperado de: https://lavaca.org/notas/judith-butler-la-pandemia-el-futuro-y-una-duda-que-es-lo-que-hace-que-la-vida-sea-vivible/ Grassi, E. (2019) “Neoliberalismo, desigualdad y cuestiones de legitimidad.” En Revista Escenarios Núm. 30, Año 19. FTS UNLP. Feierstein D (2022) Cap. IV “Neofascismos y negacionismos” en María Pilar Fuentes (comp.) (2022) Trabajo Social y cambio epocal: una mirada desde el Sur para pensar los tiempos de pandemia: debates en el marco de los XXV años de la Maestría en Trabajo Social. La Plata: Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Trabajo Social. Recuperado de http://www.trabajosocial.unlp.edu.ar/librosFaur E. Pereyra F: (2018) Gramáticas del Cuidado./ Faur. El cuidado y sus fronteras disciplinarias Cuadernos de la CEPAL No 94 (CEPAL, 2010), Cap. I, pp. 25-32.Federici S. (2020) Reencantar el mundo. El feminismo y la política de los comunes. Editorial Traficantes de sueños.Federici S. (2018) Revolución en Punto Cero trabajo doméstico, reproducción y luchas feministas. Buenos Aires. Editorial Tinta Limón.Horton, R. (2020) Offline; COVID-19 is not a pandemic. The Lancet, 396 (10255):874. DOI: 10.1016/S0140-6736(20) 32000-6Merklen, D. (2013) “Las dinámicas contemporáneas de la individuación” en Castel, R. Kessler, G. Merklen, D. y Murard Numa (2013) Individuación, Precariedad, Inseguridad. ¿Desinstitucionalización del presente? Pag. 45-86. Editorial Paidos. Buenos Aires. Murguía Lores, A. (2021) Epidemiología, Ciencias Sociales y Sindemia en Espacio Abierto. Cuaderno Venezolano de Sociología. Volumen 30 Nº 2 (abril - junio) 2021, pp. 10-23 ISSN 1315-0006. Depósito legal pp 199202zu44 DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4965784
#477 |
Formação de novos Profissionais nas Universidades Públicas Brasileiras – o descaso e o desmonte
Janete Luzia Leite
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Veronica Cruz
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1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
Quando a pandemia da Covid 19 eclodiu, em março de 2020, o mundo teve que reconhecer a sua impotência frente a uma nova patologia que ceifava vidas rapidamente. Malgrado as várias cepas que já circularam desde que o SARS-CoV-2 foi identificado, a descoberta de vacinas que atenuam os sintomas daqueles que são contaminados e/ou minimiza o número de internações, reduziu drasticamente as estatísticas de óbitos. Contudo, a pandemia ainda não teve o seu fim decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a cada relaxamento das medidas de segurança que é implementado em nome do retorno à “normalidade”, uma nova cepa aparece, burlando a cobertura vacinal existente. Se as sequelas físicas de quem foi infectado não são completamente conhecidas – sendo muitas delas ainda somente uma hipótese –, as consequências econômicas e sociais podem ser mensuradas com alguma precisão a médio e longo prazo. Mas se algumas prospecções são possíveis – e com elas, projeções para o seu enfrentamento – não nos parece que, em sua maioria, haja mobilização por parte dos Governos para empreender medidas de prevenção ou mitigação destas repercussões. No Brasil, país que nos últimos 6 anos tem empreendido uma verdadeira Cruzada contra as políticas sociais de modo geral – e as de cariz universal de modo especial – e prima pelo desrespeito e descumprimento aos direitos humanos e sociais mais elementares, a negligência para o enfrentamento da pandemia legou mais de 600 mil mortos. Um dos setores nos quais o atual Governo tem se esmerado com mérito invulgar em desmontar é a educação pública de nível superior. No que concerne à universidade pública, já desprovida de financiamento e manutenção pelo enxugamento paulatino de verbas, a pandemia da Covid 19 acelera o processo de seu desmantelamento. Nossa hipótese é que pandemia da Covid 19, ao obrigar a suspensão das atividades presenciais nas universidades, instituindo o trabalho remoto em seus três pilares de sustentação – ensino, pesquisa e extensão – serviu de catalisador para que as medidas de desmonte das universidades públicas – ensino a distância em larga escala, extensão como serviço, pesquisas privadas e a precarização da política de assistência estudantil são apenas alguns exemplos – sejam implementadas com maior vigor e velocidade, impedindo o pulsar presencial nos
campi e a livre circulação de debates e de ideias. Adiciona-se a isso a conclusão de Antunes (2018) de que as TIC, cada vez mais difusas na produção material e imaterial, são um elemento novo e central para o entendimento dos mecanismos utilizados pelo capital e, para esta análise, a universidade pública incorpora o elemento tecnológico-científico na intensificação do trabalho. A partir deste raciocínio, debruçamo-nos sobre Política de Educação para a universidade pública brasileira e a formação de novos profissionais, nela destacando os impactos trazidos pela modalidade de trabalho remoto aos três segmentos da comunidade universitária - estudantes, técnico-administrativos (TAD) e docentes (Silva; Costa & Vaz, 2022). Escolhemos a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como
locus deste estudo de caso, e nela, o curso de Serviço Social para ilustrar a nossa premissa. A escolha desta universidade não é sem motivos: trata-se da primeira e maior universidade brasileira. Ademais, é a que abriga o maior contingente de profissionais e estudantes e, a despeito de sua produtividade e contribuições a sociedade, vem experimentando cortes orçamentários que a colocaram no limite da viabilidade. Do mesmo modo, o curso de Serviço Social, ao mesmo tempo que experimentou um expressivo aumento do número de vagas para discentes, diversificando o seu perfil com a introdução das cotas raciais e para pessoas deficientes, viu seu corpo técnico e docente decrescer em razão da falta de concursos públicos e aposentadorias precipitadas por adoecimentos e reformas trabalhistas penalizadoras.Os impactos desse processo não são sutis ou desprezíveis, e nem mesmo isolados. Assim, é intuito desta pesquisa observar quantitativa e qualitativamente como esse desmonte afetou a comunidade universitária a partir de três eixos: 1) impactos no trabalho/estudo; 2) impactos na saúde; e 3) impactos sócio-econômicos (Leite, 2017). O esforço quantitativo permitiu identificar quão afetada se encontra a comunidade universitária, ao passo que a análise qualitativa forneceu explicações para os fenômenos observados, e deu voz aos envolvidos. Outras fontes são os estudos produzidos durante o ano de 2020 pela Reitoria da UFRJ, pela Escola de Serviço Social (ESS), e avaliações realizadas pelas autoras ao fim de cada disciplina, utilizando a ferramenta Google form.A investigação indicou que a maioria dos estudantes possui acesso a internet banda larga. Entretanto, isto não significa que as aulas remotas são viáveis, pois a) a internet que estes estudantes possuem, em geral, é no celular; e b) a residência destes estudantes possui em torno de quatro cômodos (sala, quarto, cozinha e banheiro), para abrigar uma média de seis ocupantes. Esta realidade é facilmente perceptível quando constatamos que, entre os estudantes da Graduação, 63% possuem renda familiar abaixo de 5 Salários Mínimos. Outros 45% tem renda familiar inferior a 1,5 Salários Mínimos. Entre os TAD, não é muito diferente. As situações de adoecimento físico e mental são as que mais afetam os três segmentos.Assim, a universidade está sendo impelida a aceitar formas de "sobrevivência" que colocam em risco a qualidade da formação de estudantes e trabalho de docentes e TAD, o que vai ao encontro das políticas em curso pelo Governo. Urge, portanto, que a realidade posta pela pandemia da Covid 19 seja sobejamente conhecida a fim de que possamos fazer frente ao desmonte a ao descaso para com a universidade pública no Brasil.ANTUNES, R. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.LEITE, J.L. Publicar ou perecer: a esfinge do produtivismo acadêmico. Katálysis. Florianópolis: UFSC, v. 20, n. 2, p. 207-215, maio/ago. 2017.SILVA, E.C. de M.; COSTA, P.Q.J.D. da; VAZ, J.C. Universidades públicas e capacidades estatais sistêmicas para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil. In: VALENTIN, A.
et al. Políticas Públicas e Covid 19: a experiência brasileira. São Paulo: EACH, 2022. p. 84-103.
#483 |
Procesos de intervención profesional en escenarios locales. Los Centros de prácticas pre-profesional en la formación académica.
Maria Hercilia Brusasca
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Veronica Natalia Martinez
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Maria Florencia Montes
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1 - IAPCS - UNVM.
Resumen:
La presente ponencia se propone compartir algunos interrogantes y resultados provisorios del proyecto de investigación “Intervención profesional en escenarios locales. Análisis de prácticas sociales desde el campo del trabajo social” que desde el año 2020 nos encontramos desarrollando. A partir de un abordaje cuali-cuantitativo de investigación social, nos propusimos analizar los procesos de intervención profesional de las/los trabajadores sociales en diferentes espacios institucionales de las ciudades de Villa María y Villa Nueva (Córdoba), los que se constituyen como centros de prácticas pre-profesional de formación académica. En ese sentido buscamos describir las intervenciones profesionales; relevar los diferentes espacios de ejercicio profesional, programas y políticas que se implementan; como así también conceptualizar las prácticas académicas que las/los estudiantes de trabajo social de la carrera desarrollan en los diferentes espacios/centros de prácticas.En un primer momento compartiremos el marco teórico a partir del cual desarrollamos la investigación, partiendo de definir al Trabajo Social, como una profesión que interviene en la atención de necesidades que presentan diferentes sectores sociales, entendiendo a las mismas en tanto manifestaciones de la “cuestión social”, y en ese sentido sostenemos que los procesos de intervención profesional parten de la presencia de una demanda para la atención/satisfacción de necesidades que, mayoritariamente, se atienden a través de políticas sociales.Definimos a las políticas sociales como las intervenciones que realiza el Estado en sus diferentes niveles, en las cuales es posible identificar la orientación normativa en relación a la reproducción de la vida social de los miembros de una sociedad. Así, a través del diseño e implementación de políticas en diferentes espacios de ejercicio profesional, las/los trabajadores sociales desarrollan procesos de intervención profesional, a los que analizamos como prácticas situadas (Gianna, Mallardi 2011) en las que es posible identificar diferentes dimensiones interrelacionadas, a saber: la dimensión teórico-metodológica, la dimensión técnico-operativa y la dimensión ético-política que direcciona la toma de decisiones en los procesos de intervención (Iamamoto 2003). Estas dimensiones analizadas complementariamente con la contextualización del proyecto político-económico vigente, el contexto socio-cultural y el marco institucional en el que se dan los procesos de intervención, posibilitan la comprensión de los mismos.Consideramos que el análisis de las políticas sociales a partir de las cuales se desarrollan los procesos de intervención profesional, las características de las mismas y los recursos de los que dispone posibilita la reflexión de los procesos de intervención como complejos sociales (Gianna, Mallardi 2011). La selección de las localidades de Villa María y Villa Nueva para la realización de la investigación se debe a que, si bien son diferentes en su composición poblacional como en otras características socio-económicas, ambas ciudades tienen fuertes vinculaciones e intercambios recíprocos (muchos de los habitantes de ellas residen en una pero trabajan y/o estudian en la otra), y además ambas ciudades con sus espacios institucionales estatales y de la sociedad civil, se constituyen en centros de prácticas de las/los estudiantes de la carrera.Rossi, propone la necesidad de avanzar en el debate que amplíe la mirada de las organizaciones únicamente como lugares de trabajo, cómo el establecimiento donde se concurre para desempeñarse en horarios predeterminados o como espacios donde operar, donde el trabajador social debe jugar un rol de actor protagónico y es por donde se entiende se debe avanzar en una posición transformadora.Es necesario destacar que nuestra profesión, como una disciplina que presenta particularidades que guardan relación con su devenir histórico, se inserta en el mercado del trabajo, presta servicios a cambio de retribución (salario) y desarrolla sus procesos de intervención en un contexto marcado por objetivos institucionales (que pueden coincidir o no con los propios). Desde la génesis de la profesión, los atravesamientos e intereses políticos en una sociedad contradictoria, conflictiva y desigual son parte constitutiva del Trabajo Social.Consideramos que los procesos de intervención profesional no son solo el cumplimiento de objetivos puntuales o demandas que requieren la intervención profesional, sino que la articulación entre la finalidad de los procesos de intervención profesional y sus objetivos, puede permitir superar las practicas fragmentadas, inmediatistas y superficiales.Revisar y analizar las intervenciones profesionales de las/os trabajadores sociales, como nos proponemos a partir del desarrollo del trabajo de campo, implica necesariamente comprender las particularidades de las problemáticas sociales que se presentan como demandas, y el diseño de estrategias de intervención sobre las mismas. Proponerse estudiar los procesos de intervención profesional implica necesariamente analizar y comprender las manifestaciones de la cuestión social, la construcción de mediaciones, que posibiliten abordar la particularidad de las problemáticas sociales que demandan la intervención y el diseño de estrategias de intervención sobre las mismas. Esta totalidad compleja, en tanto campo problemático, se expresa particularmente en cada escenario de intervención, con diferentes condiciones laborales para los agentes profesionales que en ellos intervienen, las que pueden constituirse en límites y posibilidades de acción profesional. Estos primeros avances de la investigación, plantean un acercamiento para la construcción de un diagnóstico situacional que permite darle continuidad al proyecto. Un aspecto fundamental en este momento del proyecto es el análisis de los documentos de las políticas sociales, entendiendo a las mismas como espacios de disputas de interpretación de las necesidades de los sectores populares que modelan concepciones sobre las problemáticas y posibles respuestas a las mismas.Un aspecto central a analizar en los procesos de intervención profesional es la incorporación del enfoque de derechos y de la perspectiva de género, tanto en los documentos como en dichos procesos.
#524 |
Hacia un Trabajo Social contemporáneo que asume el giro de la crítica para comprender el neoliberalismo: implicancias de una inflexión epistemológica en la formación de nuevas generaciones de trabajadores sociales en Puno, Perú
José Wilfredo Andía Bobadilla
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1 - Universidad Nacional del Altiplano.
Resumen:
La premisa central de la ponencia es que el Trabajo Social contemporáneo, del siglo XXI, requiere (re)examinar el sentido y alcance que tiene la crítica, en la perspectiva de comprender el capitalismo hegemónico, en clave neoliberal, en la región de América Latina, en particular un análisis situado en el contexto peruano. Por tanto, se propone dilucidar los fundamentos que subyacen a la base de determinadas políticas públicas, en los que los trabajadores sociales tienen mucho que decir. Frente a un capitalismo hegemónico que tiene la capacidad de reinventarse en las sucesivas crisis[1], como condición de posibilidad de su estado primaveral,[2] el Trabajo Social contemporáneo no puede pretender leer las manifestaciones de lo social desde una crítica detenida, frente a un contexto de la pandemia global, provocada por el Covid-19, que ha evidenciado la fragilidad de los sistema de protección social, en un país como el Perú en el que la informalidad antes de la pandemia ya era alrededor del 72%. Por tanto, resultan insuficientes lecturas dicotómicas, con intervenciones sociales centradas en el comportamiento de los sujetos, sin dar cuenta de las fallas del sistema.La ponencia no intenta plantear la derrota al neoliberalismo como posibilidad, ni como horizonte temporal, niega que dicha superación sea posible en algún horizonte
contra-fáctico porque considera que ello no constituye los cometidos del Trabajo Social contemporáneo; entonces de lo que trata es visibilizar las trayectorias que éste sigue, precisando que el neoliberalismo en América Latina, y en países como el Perú no es lo mismo que en sus momentos iniciales, en su estado originario. En ese sentido, y congruente con el cuestionamiento a miradas lineales de los fenómenos sociales complejos y multicausales, explicita la posibilidad de que el enfoque de derechos humanos que son incorporados en los principios orientadores de las políticas públicas, de las políticas sociales, constituyen condiciones de posibilidad de transformaciones de fenómenos sociales complejos como la pobreza, la desigualdad que afectan a amplios sectores de la población, con los cuales el Trabajo Social se vincula. Consecuentemente, se asume que el Trabajo Social en tanto disciplina académica vinculada al desarrollo de investigaciones, a la producción de conocimientos; y en tanto profesión relacionada con las intervenciones sociales[3], reúne las exigencias necesarias para plantear transformaciones sociales que den cuenta de un proyecto ético-político, que ayuden a responder a interrogantes por el tipo de sociedad que vale la pena apostar. Se trata de una apuesta de un proyecto
societal, ético-político, en el marco de la apuesta por la modernidad, en el sentido de un proyecto inacabado[4], una modernidad traicionada[5], a decir de la tradición de la Escuela de Fráncfort; planteando una crítica a cualquier punto cercano a lecturas cercanas que consideran que la modernidad, y los valores que encarnan, fueron ya superadas.Lo anterior, plantea ineludibles desafíos a superar en el ámbito académico de formación de nuevas generaciones de trabajadores sociales en el Perú, en particular en la Escuela de Trabajo Social de la Universidad Nacional del Altiplano en Puno, que implican un giro epistemológico en el Trabajo Social contemporáneo, un quiebre con el Trabajo Social tradicional, siendo algunas de las cuales:La persistencia en historiografías cuyo principio explicativo del Trabajo Social es la ayuda al prójimo, es la ayuda al necesitado; resultando absolutamente insuficientes en la configuración del Trabajo Social que aquí se apuesta.El no desarrollar una pluralidad de enfoques del Trabajo Social contemporáneo, ello implica que las múltiples miradas son igualmente válidas y enriquecedoras, superando de este modo, “un pensamiento metafísico ortodoxo” (Matus, 2021), según la cual una determinada forma de concebir y hacer Trabajo Social es la única mejor y válida, quedando las demás en la categoría de equivocadas.Se requiere salir de nociones de intervención muy enraizadas, como una acción práctica distanciada de la teoría; la ponencia alega que no existe pensamiento y después una acción práctica.Implica salir de investigaciones dicotómicas: cuantitativas – cualitativas; ello es incongruente ante la complejidad que los fenómenos sociales adquieren. [1] A modo de ejemplo, a inicios del siglo XX la crisis del 29; a inicios del siglo XXI la del 2008.[2] A decir de la Profesora Teresa Matus.[3] Tomando en cuenta los alcances de la Federación Internacional de Trabajadores Sociales (2014).[4] En el sentido de Jürgen Habermas.[5] En el sentido de Jean-Claude Guillebaud.
#564 |
A prática do assistente social na atenção às demandas dos trabalhadores/usuários.
Ana Maria de Vasconcelos
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Juliana Ferreira Baltar
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Carla Virginia Urich Lobato
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1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Resumen:
O NEEPSS/FSS/UERJ tem, historicamente, estudado – através de pesquisas empíricas e bibliográficas, as relações e conexões necessárias entre projeto do Serviço Social brasileiro e prática do assistente social, nos diferentes espaços sócio-ocupacionais. Este trabalho expõe parte de nossos achados.Em tempos normais e/ou de calamidade pública na sociedade do capital, as demandas dos trabalhadores expressam as necessidades individuais e coletivas consequentes das péssimas condições de vida e de trabalho no capitalismo. As respostas às necessidades individuais e coletivas estão condicionadas a um processo de formação, mobilização e organização dos diferentes segmentos da classe trabalhadora, que gera e é gerado pelo desenvolvimento de uma
consciência emancipatória de massa, capaz de impor limites ao capital, “no processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero” (Código de Ética do assistente social brasileiro).A partir da análise das denominadas “calamidades públicas”, vivenciados pelos trabalhadores e trabalhadoras, principalmente no Rio de Janeiro, buscamos estabelecer as relações e conexões entre a prática do assistente social e o compromisso dos assistentes sociais com os trabalhadores e trabalhadoras, expresso no denominado projeto do Serviço Social brasileiro. Buscamos entender a relação entre tempos considerados de “calamidade pública” e condições de vida e de trabalho dos diferentes segmentos da classe trabalhadora, os quais expressam a desigualdade econômica e social e a segregação urbana, tendo em vista uma prática pensada, ou seja, uma prática planejada e avaliada nas suas consequências, como condição de realização do compromisso dos assistentes sociais com os trabalhadores e trabalhadoras.A produção capitalista, em busca da acumulação de capital e intensificação da propriedade dos meios essenciais de produção e da terra, condicionadas ao poder político/ideológico, através do uso predatório dos recursos naturais - destruição destrutiva - causa inúmeros problemas ao meio ambiente e consequentemente às populações que são atingidas com enchentes, alagamentos, inundações, deslizamentos, entre outros considerados “desastres ambientais”. “Desastres” que são tratados – tanto pela mídia como pelos governos de plantão – como fatos inesperados e isolados, sendo esta uma compreensão que, dentre outras coisas, dificulta a identificação da raiz dos problemas, obscurece/desvirtua o papel das políticas sociais, desvirtua o papel dos movimentos sociais na criação de estratégias de enfrentamento desse estado de cosias, assim, como dificulta, ainda mais, a atuação de diferentes profissionais aos segmentos atingidos, entre eles os assistentes sociais. Se observarmos atentamente a história do capitalismo perceberemos que os crimes ambientais e o processo histórico de gentrificação não são momentos excepcionais. Como é recorrente no Estado capitalista as famílias são culpabilizadas e responsabilizadas por “residirem em área de risco”, como se lhes fosse dada a possibilidade de escolher onde morar, sendo sua alocação em prédio social uma alternativa que não “resolve seu problema de moradia” nem significa melhoria das suas condições de vida e de trabalho. Ou seja, faz parte do cotidiano dessas famílias, como parte e expressão da classe trabalhadora que são, a vivência contínua das diferentes expressões da questão social expressa na falta de tudo, em uma intensidade que depende do segmento de trabalhadores ao qual pertencem. Ora, a denominada “calamidade pública” no capitalismo é consequência previsível e evitável, porém é ensombrada pela burguesia/Estado burguês com os seus aparelhos privados de hegemonia para que se mantenha viva a lógica da sociedade capitalista. Se por um lado o projeto do Serviço Social, ressaltando as potencialidades das dimensões investigativa e educativa da atuação profissional, nos propõe participar da construção de respostas às
demandas dos trabalhadores centradas nas necessidades individuais e coletivas, em busca da superação de ações pontuais, imediatas e fragmentadas, por outro lado, as
requisições institucionais em tempos considerados “normais”, emergenciais (quando os danos à saúde e/ou aos serviços públicos são iminente) e/ou de calamidade pública (quando os danos à saúde pública se concretizam), nos impõe respostas pontuais, imediatas e fragmentadas, visto que, os objetivos institucionais voltados para o controle e manipulação das massas trabalhadoras nos requisitam a atuar sobre consequências, operando as “funções corretivas do capital” que, se minimizam o sofrimento, antes de tudo, escamoteiam as consequências da lógica do capitalismo, sem nunca atingir o sistema de causalidades da tragedia em que foi jogada a humanidade desde os primórdios da sociedade do capital. Diante da barbárie a que é submetida a classe trabalhadora ao longo dos mais de 400 anos de capitalismo, com as incontáveis mortes e perdas irreparáveis por diferentes intercorrências, na história e em 2022; dos crimes ambientais de Mariana e Brumadinho; do processo histórico de “gentrificação/remoção”, sabemos que a desgraça vivenciada pelos trabalhadores e trabalhadoras na curta história do capitalismo nos leva a reconhecer que esses momentos não são excepcionais e/ou emergenciais. São consequência previsíveis e anunciadas, mas estrategicamente obscurecidas e/ou invisibilizadas porque necessárias à continuidade da sociedade do capital; lógica capitalista estruturada na exploração do trabalho e na acumulação/concentração de propriedade, riqueza e poder político.A questão crucial para os assistentes sociais, do ponto de vista do projeto profissional e dos interesses e necessidades dos trabalhadores, é qual a contribuição da categoria dos assistentes sociais, diante da contradição demandas dos trabalhadores x requisições institucionais que, no limite, expressa a contradição inconciliável capital-trabalho na sociedade do capital. Certamente, ela não está restrita ao acesso a bens e serviços, visto que o acesso inclui sempre uma minoria, um “público focalizado”. Desse modo, resta nossa contribuição na democratização de conhecimentos e informações substantivos, que favoreça o processo de formação, mobilização e organização das massas trabalhadoras, atentando para o fato de que, sem uma formação ético-política e teórico-metodológica qualificada, podemos, sem o saber, cristalizar visões de mundo que não compactuamos, mas reproduzimos acriticamente. Por outro lado, sem favorecermos a conexão nossa e dos trabalhadores/usuários com seus organismos de representação e com os movimentos sociais – tendo em vista superar uma visão preconceituosa de que “os trabalhadores se encontram passivos diante das atrocidades a que são submetidos” -, favorecemos o controle dos trabalhadores e trabalhadoras, ao mantê-los enredados na malha dos recursos socioinstitucionais do capital.
#571 |
Organizaciones rurales y Propuestas de Fortalecimiento Institucional: un estudio de caso colectivo
Elena Carolina Calupré
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1 - Udelar. Cenur Litoral Norte.
Resumen:
La presente ponencia expone parte de las conclusiones del trabajo de investigación, Organizaciones rurales y Propuestas de Fortalecimiento Institucional: un estudio de caso colectivo, realizado dentro de la formación de Maestría en Desarrollo Rural Sustentable de la Facultad de Agronomía de la Universidad de la República. El estudio busco comprender las formas de funcionamiento de las organizaciones de productores familiares, identificando factores que contribuirían a potenciar los procesos de fortalecimiento institucional, implementados en el marco de la convocatoria pública “Propuestas de Fortalecimiento Institucional para el Desarrollo Rural (PFI)” de la Dirección General de Desarrollo Rural (DGDR) del Ministerio de Ganadería Agricultura y Pesca (MGAP).La investigación se realizo bajo el paradigma cualitativo, utilizándose las técnicas de observación, entrevista semi- estructurada y análisis documental. La lectura de las de las materialidades producidas, condujo a la construcción de las categorías de análisis ddenominadas, “reproducción del mito fundacional” y “el fortalecimiento tutelado”. El proceso de constitución organizacional, entendido por la unión entre el objetivo convocante y la adopción de personería jurídica, consolida rasgos de funcionamiento que continúan reproduciéndose durante la trayectoria de las entidades. El motivo de constitución asociado a beneficios de carácter productivo, procedentes de actores externos, determina la constitución de una imagen donde la organización es identificada como la “puerta de entrada” para acceder a beneficios. Esta concepción continua presente en las organizaciones estudiadas, observándose en el involucramiento y participación de los socios, el funcionamiento, la proyección de la entidad entre otros elementos. Por tal motivo, la dinámica de funcionamiento es caracterizada como reproducción del mito fundacional. Por su parte, los procesos de fortalecimiento implementados en el marco del programa PFI, implicaron la adopción de temáticas, procedimientos y estrategias de ejecución, de modo condicional, de acuerdo a los requerimiento de la política. Se considera que la política desempeña una influencia que puede ser calificada de tutelaje,
en tanto, determina los principales rasgos que definen una organización fortalecida, direccionando el tipo de propuestas a ejecutar. Es posible percibir desde las políticas públicas una mirada en términos de evolución-socialización, donde desconociendo las particularidades de cada entidad rural, se fija un modelo ideal de organización fortalecida y del camino para alcanzarlo. De este modo, al circunscribir el fortalecimiento la misma política, limita las potencialidades de los procesos en ejecución, contradiciendo parte de los objetivos propuestos, vinculados a la generación de procesos de desarrollo autónomos.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
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CONDIÇÕES DE TRABALHO DE ASSISTENTES SOCIAIS DA BAIXADA SANTISTA (BRASIL) NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
Luciana Maria Cavalcante Melo
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Terezinha de Fátima Rodrigues
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Sandra Regina dos Santos
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1 - Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
Resumen:
O Grupo de Estudos e Pesquisas Fundamentos do Serviço Social – ética, trabalho e formação, inserido no Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Políticas Sociais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) realizou uma pesquisa no período de 2020-2021 intitulada “Condições do trabalho profissional de assistentes sociais da Baixada Santista em tempos de pandemia”. A pesquisa buscou uma aproximação à realidade da Baixada Santista (constituída por nove municípios no litoral sul, do estado de São Paulo - Brasil) quanto ao trabalho de assistentes sociais no período de pandemia da Covid-19, buscando apreender determinações, desafios e respostas construídas. A pesquisa de campo foi realizada no período de novembro de 2020, por meio de um questionário eletrônico, com perguntas abertas e fechadas, utilizando a plataforma Google
forms e como respondentes contou com 70 participantes - 5% de assistentes sociais em efetivo exercício profissional na Região. As análises de seus resultados foram posteriormente debatidas nos espaços do Grupo de Estudos que envolve alunos, egressos da Graduação e Pós em Serviço Social da Unifesp. O objetivo deste artigo volta-se às reflexões sobre o cotidiano do trabalho de assistentes sociais na Baixada Santista no período inicial da pandemia, ainda em uma fase de não vacinas disponíveis e altos índices de contágio. No Brasil, a situação se agravou com a ausente e ineficaz política de saúde do Governo Bolsonaro (2019) aliada a dados gritantes de desigualdade social que marcam o contexto social. Os brasileiros, herdeiros de um conjunto nefasto de contrarreformas do Estado, a exemplo da Reforma Trabalhista (2017) e previdenciária (2019), além da Emenda Constitucional 95/2016 (congelamento do teto de gastos do governo federal) viram a situação se agravar. A confluência de várias crises: econômica, política e social, marcadas pelas pressões populares, configuraram o cenário de aprovação de auxílio emergencial. O período foi permeado por intensificação das desigualdades sociais com rebatimentos no trabalho de assistentes sociais. A pandemia e as medidas sanitárias indicadas para a contenção da propagação do vírus apontaram o afastamento social e com isto, um conjunto de medidas por meio das legislações municipais. Vários municípios emitiram seus decretos (2020) regrando as atividades consideradas essenciais (áreas da saúde, assistência social e serviços como transporte, segurança pública, dentre outros) indicando o trabalho presencial; e, os não considerados essenciais, na condição remota, ou como denominada em algumas legislações, por
home office. Ressalta-se que as alterações nos processos de trabalho, não são fenômenos novos tampouco se inauguram no contexto da pandemia. O “novo” na pandemia são como essas alterações ganharam maior celeridade com novas configurações, principalmente as mediadas pelo uso da Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). O teletrabalho já se apresentava no contexto do trabalho profissional, porém, com a pandemia essa forma ganha notoriedade, passando a ser a principal mediação. Na dimensão do trabalho remoto, realizado no espaço da residência, o custo e os recursos dispendidos para a realização dessa atividade, na maioria das situações, ficou sob a responsabilidade do assistente social. Este é apenas um dos aspectos diante de diferentes situações que se colocaram: a invasão dos tempos de trabalho/não trabalho, a indivisibilidade espaço da casa/escritório/local de trabalho; a intensificação das jornadas de trabalho; as dificuldades no conciliar a vida doméstica-trabalho, que afetou principalmente as mulheres. Considerando a profissão Serviço Social, majoritariamente feminina, essa situação agravou as condições de vida e trabalho de muitas assistentes sociais. Ainda, as pressões e exigências de qualificação rápida e individual para a apreensão do manuseio das novas TICs como instrumento do trabalho, propiciando ansiedades e sofrimentos psíquicos tanto na dimensão do trabalho como nos impactos emocionais em função da vivência e/ou possibilidade do contágio, até aquele momento, sem possibilidades da vacina. No conjunto dos resultados da pesquisa observamos as implicações destes processos nas condições de vida e trabalho no cotidiano das respondentes. O cotidiano é parte concreta e substantiva da vida em sociedade, portanto, ineliminável na dinâmica das relações sociais. Partindo dessa compreensão pela qual desponta o cotidiano como espaço da “não intensidade” e das “tarefas heterogêneas” e multifacetadas porém, carregadas de possibilidades no seu próprio interior, verificamos a heterogeneidade de sentimentos, vivências, compreensões e constatações, como: processos de maior ansiedade (73,6); aumento da carga de trabalho (44,4%); pressões institucionais (43,1%); dificuldade de conciliar a vida doméstica com o trabalho (40,3%) e ao mesmo tempo, alguns processos relatados do fortalecimento das relações entre os demais profissionais (30,6%). Algumas consequências deste processos aparecem em respostas voltadas ao rebatimento destas condições de trabalho na vida, como os adoecimentos físico e psíquico. Deste cenário, percebe-se, portanto, um emaranhado de elementos próprios da vida cotidiana na dimensão do trabalho que reforçam as contradições da sociabilidade vigente que ante a pandemia, provocou, como condição estrutural, conforme Antunes (2020), implicações atualizadas em suas “novas” modalidades, de “uberização” e “trabalho digital” recrudescendo as facetas da lógica própria do capitalismo financeiro. Neste sentido, o conjunto das pressões vividas pelos assistentes sociais, independentes de suas inserções profissionais (público ou privado), reforçam o adoecimento, crises de ansiedade na relação direta com as requisições postas pelos empregadores, o aumento da carga horária e as pressões institucionais que por sua vez, dificultaram a conciliação entre trabalho e vida doméstica na hibridez que exigiu adequações e se colocaram como desafios permanentes.
#162 |
PERITAJE SOCIAL Y JUSTICIA DE GÉNERO: UNA ALTERNATIVA FRENTE A LA DESPROFESIONALIZACIÓN DEL TRABAJO SOCIAL
LILIA PERPETUA NÚÑEZ DE CAMPOS
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1 - Colegio de Trabajadores Sociales del Perú-Región II-Sede Trujillo.
Resumen:
Trabajo social pericial y justicia de género: una alternativa frente a la desprofesionalización del Trabajo SocialLilia Núñez de Campos[1]Asistimos a una crisis sistémica que parece remover los cimientos mismos del régimen y la cultura patriarcal. En el Perú, donde no existe la tradición de un Estado Social garante de los derechos y libertades fundamentales, con casi la mitad de su población viviendo en condiciones de pobreza multidimensional (COMEX, 2021) enfrenta una prolongada crisis de gobernabilidad, con los tres poderes del estado totalmente deslegitimados. El sistema judicial no ha sido reformado y un amplio sector de la población no accede a la justicia en igualdad de condiciones y oportunidades, en particular mujeres y niñas de escasos recursos, que son las principales víctimas de las formas más extremas de violencia de género, con resultado de muerte, cuyos índices se incrementaron dramáticamente desde la pandemia Covid-19 (ONU Mujeres, 2021). A las violaciones de menores y el feminicidio, se han sumado en los recientes años, las desapariciones de niñas y adolescentes, con fines de esclavitud sexual, tráfico de órganos y otros (Defensoría del Pueblo, 2021), hay entre ellas mujeres inmigrantes de nacionalidad venezolana. Se trata de un drama que parece definir a la
Cuestión Social contemporánea y que requiere de políticas públicas con objeticos transversales, enfoques multidisciplinarios y acción intersectorial y descentralizada, centrada en las personas, donde el Trabajo Social, como disciplina titular de la cuestión social debería estar en primera línea.En el Perú la primera escuela de Servicio Social se crea en el año 1937, pero en un país lleno de contrastes sociales y territoriales, el desarrollo de la profesión no fue homogéneo, prevaleciendo una impronta filantrópica y marcadamente asistencialista de corte capitalino, a través de las Sociedades de Beneficencias públicas. Desde la implantación del modelo económico ultra-liberal, con la Constitución de 1993, que despoja al Estado de su ya débil rol social, al privatizarse casi todos los servicios básicos, en las décadas recientes, el Perú es quizá uno de los países donde el proceso de desprofesionalización del Trabajo Social (Benito y Chinchilla, s/f) se ha producido con mayor énfasis. Algunos indicadores de éste proceso es la prolongada desinstitucionalización y consecuente atomización del gremio profesional de Trabajadores Sociales a nivel nacional, una oferta académica que orienta su formación para el sector privado, descuidando lo concerniente a las políticas sociales en el ámbito público, lo que redunda en una notoria ausencia de Trabajadores Sociales en los distintos niveles del Estado, particularmente en el nivel sub-nacional (gobiernos regionales y municipales) y un progresivo desplazamiento y/o sustitución de Trabajadores Sociales, en los tradicionales sectores de salud y educación y el (privatizado) sistema de seguridad social, que fuera uno de los bastiones del Trabajo Social peruano. El abandono del rol social del estado peruano permite un “ahorro fiscal” que termina siendo invertido en otros ámbitos, mientras se sigue “externalizando” las funciones protectoras y de bienestar social. En el mejor de los casos, en algunas áreas territoriales, son algunas organizaciones no gubernamentales, incluyendo agrupaciones religiosas las que se ocupan de temas de interés público, tan sensibles como son el trabajo con población migrante y víctimas de trata humana, personas en condición de calle, entre otros. Se trata de un trabajo asistencial que suele prescindir del Trabajo Social profesional. Si bien, el Ministerio de la Mujer, cuenta con centros de atención de emergencia (CEM) distribuidos en todo el territorio nacional, para abordar la violencia familiar, donde laboran equipos interdisciplinarios con presencia de Trabajadores Sociales, con una importante experiencia acumulada, aún no se ha logrado avanzar de manera significativa en un abordaje transversal e intersectorial de la violencia de género, con procedimientos de manual, sin espacio para el análisis crítico, el intercambio y re-creación de los saberes, prevaleciendo un marcado enfoque cuantitivista que se limita a mostrar las cifras globales de mujeres y niñas fallecidas producto de las violencias que siguen en aumento, evidenciando las falencias del estado para enfrentar éste flagelo. En éste contexto, para recuperar los espacios de intervención profesional e incursionar en otros, se propone impulsar el ejercicio independiente del Trabajo Social, asumiendo su titularidad en la
cuestión social contemporánea, haciendo uso de sus tradicionales herramientas metodológicas como son el trabajo social de caso, grupo y comunidad, teniendo entre sus estrategias de intervención el PERITAJE SOCIAL que en los tiempos actuales requiere de un enfoque interdisciplinario y de nuevos conocimientos científicos. Esta propuesta está basada en la propia experiencia de la autora, con más de 35 años de trabajo en éste ámbito, particularmente recuperando las memorias orales de víctimas y testigos, primero en contexto de violencia armada (familias desplazadas por la violencia en el Perú), después con personas en condición migratoria (Chile y otros países de la región) y actualmente con mujeres víctimas de violencia extrema en Perú.Se propone que el Trabajo Social Pericial constituye una herramienta estratégica para abordar los aspectos no visibles de los hechos de violencia basada en género, por ser el resultado de una investigación a profundidad que recupera la tradición cualitativa de la investigación social (Tarrés, 2010) que se nutre de información de primera fuente (testimonio y memorias orales) y otras técnicas propias de la labor pericial, recurso que puede ser utilizado en favor de las víctimas, tanto en el nivel preventivo (en la escuela, servicios de salud, municipios locales, comunidades de base, sector privado, etc.) donde el Perito Social puede ejercer sus funciones como parte del personal fijo, integrando equipos interdisciplinarios o como un/a Consultor/a externo/a, interviniendo y emitiendo informes periciales; así como en los procesos judiciales, como peritos de parte o como peritos designados en el ámbito forense. En un escenario de desprofesionalización y/o desplazamiento del Trabajo Social, el Peritaje Social con enfoque interdisciplinario, se convierte en una alternativa para el resurgimiento de la profesión como una actividad que puede ser ejercida de manera independiente (Núñez 2020, 2021), no sólo en el ámbito ya descrito de las violencias de género sino también en otros ámbitos tradicionales y no tradicionales de ejercicio profesional, contribuyendo a rescatar el rol social del estado con un enfoque centrado en los derechos humanos y en la naturaleza. Trujillo, Perú, 29 de abril del 2022 [1] Trabajadora Social, Mg. en Docencia, Currículo e Investigación, Perito Social independiente, gestora del Primer Semillero de Peritos Sociales en el Perú. Gerente del Instituto Latinoamericano de Peritaje Social (ILPS)
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Trabajo social colombiano, acciones en pandemia para la juntanza de una nueva organización social.
Sergio Alejandro Diaz Angarita
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Carolina Gonzalez Bedoya
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1 - Corporación Universitaria Minuto Dios -UNIMINUTO, Fundación Universitaria Claretiana -UNICLARETIANA, Corporación Tejido de Trabajo Socia..
2 - Taller Abierto, Corporación Tejido de Trabajo Social.
Resumen:
La presente ponencia muestra el ejercicio de juntanza de diferentes profesionales de Trabajo Social a nivel Colombia a raíz de la coyuntura social vista desde las movilizaciones sociales que se presentaron a partir del 28 de abril de 2021, naciendo como una propuesta de reflexión y acción sobre la praxis y su compromiso ético-político, a lo cual nace la idea de la construcción de una primera línea de trabajo social para acompañar los distintos escenarios de confrontación social entre los manifestantes y la fuerzas policiales del estado colombiano, imitando lo que otras profesiones de las ciencias sociales y humanas comienza a aportar para fortalecer el estallido social, a nivel jurídico, psicológico, social y comunitario.A esto se denotan diferentes posiciones ante los sucesos que ocurren en la sociedad colombiana y en los grandes epicentros -ciudades centrales- de lucha y resistencia social, y cómo estos se van transformando para entender la coyuntura profesional hoy existente en el trabajo social, la cual relaciona al trabajador social de apie como aquellos que hacen parte de las asociaciones y representaciones gremiales e institucionales del Trabajo social colombiano, las cuales son vistas desde el Consejo Nacional de Trabajo Social, Consejo Nacional para la Educación en Trabajo Social -CONETS- y la Federación Colombiana de Trabajo Social -FECTS, las cuales deben velar por el cuidado profesional, la formación más allá de la academia, la construcción de redes y alianzas así como por el desempeño profesional de todos los trabajadores sociales y su actualización constante, además del trabajo en el código de ética profesional y un nuevo acuerdo de ley que modifica la Ley 53 de 1977 que hoy rige el Trabajo social en Colombia, por ende si estas organizaciones hoy no vislumbran un papel claro para el trabajo social, podemos decir que estamos en crisis de representatividad, cuidado, vigilancia, formación y agremiación de los distintos profesionales a nivel nacional.Es a esto que hoy pretendemos dar una mirada crítica ante estos hechos tanto sociales como estructurales que tocan a la profesión, los cuales no solo afectan a los profesionales ya graduados, sino aquellos que están en formación y deberán enfrentar las diferentes dificultades con las que hoy el ser profesional de Trabajo social en Colombia debe asumir y transformar, es decir, un profesional inexperto ante el mercado laboral, ante la construcción de planes de desarrollo, seguimiento y fortalecimiento a las políticas públicas, a la atención de grupos, comunidades y el seguimiento de los procesos vocacionales en la escuela, además de los pocos ejercicios investigativos tanto formativos como culturales y de innovación que fortalecen su praxis profesional, siendo este uno de los muchos panoramas inciertos que el Trabajo social posee en Colombia.De esta manera pretendemos contar a la comunidad académica como desde esta coyuntura surgen ideas y procesos organizativos que buscan retomar el eje fundacional del Trabajo social y su carácter ético político para fortalecer las habilidades blandas y duras de los profesionales tanto en movilización, relacionamiento, formación e investigación y comunicaciones, las cuales se plantean desde la acción, reflexión y acción para defender los derechos de los pueblos y los derechos humanos de los más desfavorecidos y excluidos dentro del sistema capitalista y neoliberal.Dando así un precedente para las generaciones del trabajo social, de lo que está ocurriendo hoy en superación de la pandemia del Covid-19, como de los nuevos escenarios culturales e interculturales a los que se deben sumar la reflexión profesional sin desconocer el proceso socio histórico que nos cobija tanto desde el conflicto armado como desde la movilización social y humana vivida en el territorio nacional y del proceso de unir diferentes fuerzas para fortalecer los procesos formativos, como aquellos vinculantes más allá de lo gremial, que dignifique la profesión y le da el carácter científico que merece para entrar en los debates estructurales que hoy debe responder ante Colombia, la región y el mundo, a esto lo llamamos juntanza.Nuestra metodología de trabajo parte desde el enfoque cualitativo, el cual nos permitió en un primer momento desarrollar una convocatoria por redes sociales para generar impacto e incidencia de la posición del trabajo social en la coyuntura del estallido social y así recoger un primer grupo de discusión en el cual se estructuraron las primeras acciones para pensar el acompañamiento a este fenómeno, este grupo de discusión se sustenta como “una técnica de investigación que permite recolectar información a través de la interacción que desarrolla un grupo en torno a un tema determinado” (Arboleda, 2008. p 70.), lo cual da como finalidad la construcción de un grupo de Telegram donde hay una vinculación de distintos profesionales del Trabajo social a nivel nacional, para así gestar encuentros generales, encuentros zonales, encuentros con agremiaciones e instituciones de trabajo social, el desarrollo de un ejercicio de la escuela auto formativa con estudiantes universitarios, conservatorios, y acompañamiento a distintos procesos comunitarios que defienden el papel y la participación en las movilizaciones sociales y en el cuidado del medio ambiente. Con lo anterior, analizamos la importancia de rescatar la idea de los procesos sociales de base en el trabajo social y como estos tiempos de crisis social, cultural, económica, sanitaria pueden masificar la construcción de organizaciones vinculantes más allá de lo gremial, que dignifiquen, protejan, y fortalezcan los procesos profesionales formativos, éticos y políticos a nivel personal y colectivo.
#176 |
Condiciones laborales de las/los trabajadores sociales, egresados de la Universidad Mariana en Pasto, Nariño-Colombia. Entre la precarización laboral y el desafío de la agremiación profesional
Carlos Lasso Urbano
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Silvia Berenice Rocío Moncayo Quiñonez
1
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Ana Lucía Coral Domínguez
1
1 - Universidad Mariana.
Resumen:
Condiciones laborales de las/los trabajadores sociales, egresados de la Universidad Mariana en Pasto, Nariño-Colombia. Entre la precarización laboral y el desafío de la agremiación profesionalAutores: Silvia Berenice Rocío Moncayo Quiñonez, Ana Lucía Coral Domínguez, Carlos Lasso Urbano.Eje temático 9: Espacio ocupacional de Trabajo Social: Nuevos escenarios de trabajo. Precarización laboral. Articulación del campo profesional y el campo académico, tensiones y desafíos. ResumenLa ponencia a presentar busca dar a conocer los resultados parciales obtenidos en el marco de la investigación profesoral denominada “Condiciones laborales de las/los trabajadores sociales, egresados de la Universidad Mariana entre 2015-2020, que laboran en Pasto, Tumaco e Ipiales” que se adelanta en los años 2021 y 2022 en los tres municipios de Nariño, Colombia con el fin de comprender las actuales condiciones laborales de profesionales de Trabajo Social y de esa manera idear estrategias que aporten al fortalecimiento de la relación universidad-egresados y en especial a la agremiación profesional, puesto que se constituye en una necesidad insoslayable en tiempos de neoliberalismo cuando la precarización y flexibilización laboral, el subempleo y los altos niveles de desempleo afectan a un número considerable de trabajadores/as sociales en el país y en América Latina, donde el territorio nariñense no es la excepción. En ese orden de ideas, reconocer las condiciones laborales de los trabajadores sociales en Pasto, Tumaco e Ipiales, contribuye a la obtención de una caracterización de la manera en que se lleva a cabo el quehacer profesional en una región con altos niveles de pobreza, exclusión social y con cifras alarmantes de necesidades básicas insatisfechas, inmersa en el marco de la agudización del conflicto armado y sumergida históricamente en el abandono estatal. Cabe mencionar que se toman estas tres ciudades por las siguientes razones: Pasto, por ser la capital del departamento de Nariño y es el lugar donde mayor demanda de profesionales existe por parte de las instituciones público-privadas y de las ONG´s; Ipiales, por estar ubicada en zona de frontera y ser la segunda ciudad del departamento; Tumaco, por ser una región que, debido a la presencia de grupos armados, la agudización del conflicto sociopolítico y armado, y por la implementación de los programas sobre el Acuerdo de Paz también es una de las principales regiones que demanda la presencia de nuestros egresados de Trabajo Social. La investigación se desarrolló desde un paradigma mixto y desde un enfoque socio crítico, haciéndose uso de fuentes primarias para lo cual se llevó a cabo la aplicación de 35 encuestas y 9 entrevistas semiestructuradas a profesionales egresados de la Universidad Mariana entre los años 2015 y 2020, que laboran en los municipios de Pasto, Ipiales y Tumaco, y de fuentes secundarias mediante la revisión de archivos y revisión bibliográfica; es menester mencionar que el fundamento teórico se realiza desde el abordaje dialéctico de categorías como neoliberalismo, trabajo, condiciones laborales, agremiación profesional. Por consiguiente, investigar sobre un tema tan álgido como es las condiciones laborales de los/as profesionales de Trabajo Social en la contemporaneidad, se constituye en asunto de gran importancia no solamente para la profesión, sino además para las Ciencias Sociales y Humanas, debido a que permite conocer las formas actuales de contratación y de ejercer la labor profesional, que han posibilitado la adaptación de prácticas sensibles de contratación de la fuerza de trabajo, como por ejemplo la precariedad, tercerización y la explotación laboral, que van en contraposición de los derechos laborales de la clase que vive del trabajo. Asimismo, en Colombia a partir de la implementación del neoliberalismo como modelo económico-político desde comienzos de los años noventa del siglo XX, se han presentado profundas transformaciones en el mundo del trabajo, en su manera de inserción en la estructura productiva y en las manifestaciones de representación sindical y política, impulsadas por medio de normativas como la Ley 50 de 1990 y la Ley 189 de 2002; en efecto, las condiciones laborales de las/os trabajadores sociales también han sufrido diversos cambios, los cuales se han presentado en los tipos de contrato, espacio profesional, salarios, entre otros aspectos, conllevando a la prolongación de las múltiples formas precarizadas de trabajo. Las condiciones laborales y de vida de los profesionales, han afectado directamente el ejercicio profesional, pues se presenta por un lado, la fragilidad teórica, también analítica del Trabajo Social, limitaciones en términos investigativos y en el conocimiento de la realidad concreta, desconocimiento de las demandas de las poblaciones, ausencia de creatividad y diseño de estrategias que orienten la intervención social, con lo que se termina actualizando la dimensión técnico instrumental; de modo que, las transformaciones sociales van a tener gran incidencia en el quehacer laboral al igual que en las condiciones de trabajo, pues las nuevas formas de contratación (precarización del vínculo laboral, desregulación del derecho del trabajo) van a generar la vulneración de derechos laborales y de la protección social. Es decir que, va a tener lugar la flexibilización y las desregulaciones laborales, la tercerización y nuevas formas de gestión de la fuerza de trabajo, implementándose profundamente en el espacio productivo, pero también al interior del Estado, por lo que este va a sufrir un notable reordenamiento en sus funciones, presentándose así mismo, la tercerización de algunos de sus servicios que se habían caracterizado por ser de competencia del trabajador social. Por consiguiente, investigar las condiciones laborales de las/los trabajadores sociales es un asunto que se requiere promover desde las diversas escuelas de Trabajo Social con el fin de aportar a la promoción y fortalecimiento de la agremiación profesional.
FCS - B3
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Panel presencial
6. Formación de grado
#239 |
Debates y tensiones frente a la formación en la formación en trabajo social con grupos en Nuestra América
Nora Eugenia Muñoz Franco
1
;
Adriana Ornelas Bernal
2
;
Mary Lourdes Salazar Rocha
3
;
Gleydi Leonor García Leal
4
;
Miguel Antonio Rodríguez Suárez
5
1 - Universidad de Antioquia.
2 - Universidad Nacional Autónoma de México.
3 - Universidad Nacional de Cuyo.
4 - Fundación Universitaria Monserrate - Unimonserrate.
5 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
Propuesta del Panel:
El nodo internacional de Trabajo Social con Grupos surge en el año 2016 inspirado por el trabajo realizado en Colombia a través en el nodo nacional de Trabajo Social con Grupos de la Red Mitras (Red de Metodologías de Intervención en Trabajo Social) del Consejo Nacional para la Educación en Trabajo Social (CONETS). En la actualidad, en el nodo participan profesionales de Argentina, Colombia y México con quienes se han construido diferentes reflexiones desde las tres funciones sustantivas de la educación superior: docencia, investigación y proyección social (extensión). Las reflexiones que se presentan en este panel surgen de los debates y problematizaciones que se han suscitado entre les participantes en estos 6 años de trabajo colectivo.A partir de lo que se ha denominado como Trabajo Social desde la educación moderna, la cual fue progresivamente profesionalizando lo social, se ha evidenciado históricamente en sus planes de estudios la predominancia en la formación de grado en la América Nuestra de las influencias epistemológicas, teóricas, conceptuales y metodológicas de occidente, primando el conocimiento científico proveniente principalmente de Europa y de Estados Unidos. Desde esta perspectiva, el Trabajo Social con Grupos no ha sido ajeno a este fenómeno, el cual problematiza e inquieta en relación al reconocimiento en la formación de los conocimientos otros - locales, propios de lo que desde algunas perspectivas se denominan saberes situados.En este panel se pretende revisitar la historia de la formación del Trabajo Social con Grupos desde las influencias dominantes, resignificándolas y poniéndolas en diálogo con aquello que ha existido, existe y permanecerá en las profundidades de los saberes situados de esta América Nuestra y que en diversas ocasiones han sido avasallados. Lo anterior como incitación e invitación a reconocer puntos de encuentro, de consenso y reconciliación que convoquen al Trabajo Social en América Latina y el Caribe, de manera específica el Trabajo Social con Grupos, a tejer diálogos de saberes desde esos mundos posibles. En ese sentido y desde el proceso del Nodo internacional, se tiene la apuesta por resignificar la permanencia de este pensamiento en la formación. Para lograr que más que verlo en oposición, se pueda reconocer su existencia, desde lo que algunos denominan la huella colonial. Lo anterior atendiendo a las siguientes posibilidades de comprensión:Comprender las implicaciones que tiene en términos de la colonización de las prácticas y saberes propios. Avanzar también en lo que podría ser un consenso, una reconciliación, hacer conciencia y resignificar.Comprender en qué escenarios predominan esos saberes colonizantes, dándole un lugar además a escenarios, experiencias y prácticas en las que a su vez se ha rescatado lo propio y se podrían poner el diálogo. De tal manera que, se logre avanzar en la reflexión sobre las implicaciones de este debate en los elementos éticos y políticos para la reflexión acerca del Trabajo Social con Grupos hoy (participante 1), teniendo en cuenta los nuevos significantes éticos y políticos que exige la intervención en Trabajo Social con Grupos, en contextos y territorios habitados por las diversidades sociales propias de América Latina y el Caribe.En articulación con esta reflexión, interesa al nodo presentar algunos aportes en relación con los nudos problemáticos en la intervención de trabajo social con grupos: un acercamiento desde los procesos formativos y las prácticas profesionales (participante 2), reconociendo que estos saberes tienen una incidencia en la formación profesional y por supuesto en las prácticas que de allí se derivan, pero además se articulan. En relación por ejemplo, con las metodologías y su fundamentación desde los contextos, cosmovisiones y atendiendo a otras formas de comprender y crear desde estos escenarios y principalmente en cómo se recuperan estos saberes, prácticas y se consolidan desde la investigación y los procesos de formación.De tal modo, que en dicho proceso se reconoce el impacto de la pandemia, a partir de los entramados de la práctica de trabajo social con grupos y su enseñaje en este contexto (participante 3), que se ha caracterizado por la reducción del contacto social y que ha influenciado y determinado en algunos contextos las posibilidades de una práctica cercana, considerada previamente como fundamental a la hora de la acción profesional con grupos, tanto acción interventiva profesional, como la acción derivada de la práctica de formación. En esta misma línea y articulando a la noción de saberes situados, se pretende aportar al debate sobre el Trabajo Social con Grupos desde la descolonialidad (participante 4) en tanto es imperativo incluir en el debate epistemológico del Trabajo Social con Grupos, otras epistemes y paradigmas fronterizos más acordes con las realidades latinoamericanas y caribeñas. Reconociendo la pertinencia de la apuesta descolonial en la generación de saberes propios y contextualizados y la necesaria vinculación, en los procesos formativos, de saberes otros que potencian el desarrollo de un Trabajo Social con Grupos territorializado, situado y en relación horizontal con el saber social.Reconociendo además que se han identificado algunas tensiones en la aproximación a los grupos desde la academia (participante 5), partiendo de reconocer que el contacto con poblaciones, procesos, contextos, no necesariamente está ligado al ejercicio de la docencia o la investigación. Sin embargo, las miradas académicas en ocasiones parecieran afirmar que es necesario hacer parte de grupos, en un proceso casi de determinación. Principalmente miradas que podrían incluir los debates que hasta este punto se intentan proponer desde el Nodo Internacional de Trabajo Social con Grupos desde los saberes situados y caminos posibles, que implican reconocer cada lugar de enunciación.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#170 |
O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DOS REEDUCANDOS DO SÍLVIO PORTO: Uma perspectiva de inserção social?
Maria Bernadete Rodrigues do Nascimento
1
;
Maria de Fátima Leite Gomes
1
;
Emmy Lyra Duarte
1
1 - Universidade Federal da Paraíba - UFPB.
Resumen:
O presente estudo foi realizado na perspectiva analítico-crítica da realidade dos reeducandos que cumprem pena na Penitenciária Desembargador Sílvio Porto. A Penitenciária Sílvio Porto é referência no que tange a inclusão de reeducandos no sistema formal de ensino, dentre as demais Instituições Penais da localidade. A referida unidade prisional possui pavilhão com estrutura para o funcionamento de biblioteca, salas de aula e banheiros. Segundo a Coordenação de Educação em Prisões da Secretaria de Educação do Estado da Paraíba (SEC-PB, 2021), o Sílvio Porto é a referência para certificação de todos os reeducandos concluintes do Ensino Formal das unidades prisionais do município de João Pessoa e região metropolitana. Assim, a pesquisa tem como relevância o fato de possibilitar um conhecimento mais aprofundado da realidade educacional dos reeducandos e conhecer como estes compreendem a importância do processo de escolarização. Os objetivos investigados buscaram realizar a compreensão do Plano Estadual da Paraíba de Educação nas Prisões, especialmente, no Sílvio Porto, bem como, identificar as reais possibilidades de socialização, de aprendizagem, de reconhecimento de si e do outro, a partir do processo da educação formal. Outrossim, a metodologia utilizada, se deu a partir da pesquisa bibliográfica e documental. A análise dos dados abrangeu a classificação, a codificação e a tabulação das respostas. Ademais, as categorias elencadas na pesquisa, foram: a) acesso ao ensino formal; b) acesso a cursos profissionalizantes; c) inserção no mercado de trabalho formal; d) aceitação social; e) relevância da educação; f) inserção social; g) conclusão do ensino fundamental e/ou médio; h) ingresso na universidade; i) ser alfabetizado; j) exemplo para família; k) mudança de mentalidade; entre outros. Quanto aos resultados mais expressivos, destacamos o “Acesso a Cursos Técnicos Profissionalizantes”, representando 19% do total de entrevistados. Diante disso, observamos que os entrevistados visam, através da educação, uma oportunidade cidadã de emprego e o retorno ao convívio em sociedade. Na sequência, a categoria “Aceitação social” também obteve um percentual expressivo, correspondendo a 16% das respostas, e sinalizando, novamente, a educação enquanto viés de mobilidade social. Os dados apontam que o Plano Estadual da Paraíba de Educação tem sido exequível em parte, haja vista a exclusão que ainda ocorre, pois, apenas, 9,30% têm acesso à Educação Formal e 8,84% Não-Formal. Sobre tal realidade, a pesquisa revelou a ausência de critérios definidos e transparentes quanto à seleção dos reeducandos ao acesso à Educação Formal e Não-Formal, significando uma lógica seletiva, que envolve a relação de poder, de privilégios, da boa vontade de quem seleciona e de sua convicção pessoal. Essa convicção é o que perpassa a realidade da Educação Formal e Não-Formal, na referida Instituição Penal. Os reeducandos inclusos nas ações educativas realizadas, geralmente, são aqueles considerados com “boa conduta”. O bom detento não é aquele que tomará iniciativas, mas aquele que se conformará com a sua condição de detento e está disposto a obedecer às prerrogativas institucionais. (MAEYER, 2013). Com base nas narrativas, revela-se que, apesar das muitas dificuldades e limites impostos pela condição de privação de liberdade, em grande expressão, os reeducandos acreditam na educação como possibilidade de transformação e como forma de inserção social. Portanto, percebemos que os entrevistados reconhecem que a educação se constitui como uma ponte necessária na condução de possibilidades, de mudança, de conhecimentos, do acesso ao mercado de trabalho formal e de ingresso em curso superior. A educação traz novas perspectivas de futuro, para além dos limites do encarceramento, para aqueles que conseguem ser inseridos em práticas educativas desenvolvidas no interior das instituições penais. Assim, de acordo com a Almada (2020, p.13): “A educação na prisão conforme bases de informações, traz além da oportunidade de inserção da sociedade, [...] a diminuição de ocorrências de rebeliões, promovendo aos detentos atividades de interação e reflexão [...].” Diante disto, devemos ressaltar a importância de investimentos por parte das autoridades responsáveis, acerca da implementação de Políticas Educacionais nos Presídios.Também pudemos identificar, através da pesquisa, a pluridimensionalidade e a complexidade de mundo na qual a escola está pautada, o que exige do(a) educador(a) um agir histórico e dialético. O que nem sempre se percebe, pois, as condições precárias de trabalho oferecidas, impõem um movimento aligeirado aos conteúdos, além de professores(as) sem tempo hábil para utilizar recursos metodológicos que agucem uma releitura crítica da realidade sócio-histórica; no entanto, mesmo diante de um quadro complexo na efetivação da Educação Formal e Não Formal a todos os reeducandos, é certo que há uma intenção do corpo docente, em desenvolver uma pedagogia humanizadora e crítica, com vista a intersetorialidade. Desta feita, a pesquisa em tela, tem a pretensão de sinalizar os seguintes aspectos: 1) Os governos devem elaborar, implementar e avaliar políticas públicas integrais de educação e não se restringir a projetos focalizados; 2) É imprescindível que os diferentes órgãos e/ou instituições governamentais definam instâncias de articulação com a finalidade de desenvolver políticas que contemplem as dimensões de: saúde, trabalho, desenvolvimento social, cultura, direitos humanos, esportes, entre outras; 3) A Educação Formal e a Educação Não-Formal devem estar articuladas como parte do projeto político pedagógico de cada estabelecimento; 4) É importante reconhecer o protagonismo do indivíduo privado de liberdade nos processos educativos sem que isto signifique substituir a responsabilidade do Estado; 5) É necessário fortalecer a educação e valorizar os Agentes Penitenciários, Professores e demais profissionais que trabalham nas Instituições Penais, a partir da perspectiva dos direitos humanos; 6) É imprescindível fortalecer os vínculos das Instituições Penais com as universidades, as organizações da sociedade civil, família e comunidade, a fim de outras oportunidades; 7) É necessário produzir sistematicamente dados quantitativos e qualitativos que possibilitem a formulação de políticas públicas; 8) Entre as estratégias educacionais possíveis, se recomenda a criação de espaços de convivência culturais e recreativas; 9) Tendo em vista o princípio da educação ao longo da vida, se recomenda que se estabeleçam políticas que facilitem a continuidade e o acompanhamento dos processos educativos para além do cumprimento da pena.
#210 |
Serviço Social e Educação no Amazonas: os desafios da educação ribeirinha.
Bheatriz Syria Custodio Domingos
1
;
Andrew Henrrique da Silva Mafra
1
1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Resumen:
Nisso, este artigo originou-se de um trabalho final da disciplina Adolescência Juventude de Cidadania, cuja disciplina não era educação e juventude. Visualizando que são poucos os textos referentes à educação do campo e da juventude para duas escolas, explore mais o referido tema contextualizando-o como Serviço Social ou focando nas comunidades ribeirinhas do Estado do Amazonas. O Serviço Social atua, como profissão, nas contradições do sistema capitalista para demonstrar as diferentes formas pelas quais a "questão social" se expressa no cotidiano de cada sujeito, intervindo em suas relações sociais, dessa forma, ou no papel do profissional na área da educação ampla sua atuação, não que lhe sejam garantidos direitos e deveres da população. Nessa perspectiva, A inserção do Serviço Social na educação sinaliza uma prioridade para projetos sociais ligados à família, a fim de estimular a participação no mesmo ambiente escolar, além do Serviço Social, visando seu traçador do trabalho, dentro da educação, ou compreensão do usuário. sujeito de sua própria história, sempre tendo a liberdade como princípio básico, conforme consta no atual código de ética da profissão. Além disso, a introdução do Serviço Social no ambiente escolar significará a ampliação de ações que visam transformar a educação com práticas de formação cidadã, emancipação de dois sujeitos sociais e inclusão social, com a oportunidade de orientar ou indivíduo que se conscientize de sua própria história. A região amazônica, localizada no norte do Brasil, É conhecida por possuir uma vasta extensão territorial na qual ultrapassa as fronteiras do Brasil e por obter um bioma rico e quantitativo. Apesar dessas características, a Amazônia apresenta grandes riquezas, não que tenha uma pluralidade étnico-cultural marcada pela presença de quilombolas, indígenas, ribeirinhos, caboclos, por isso no artigo a seguir focaremos apenas na comunidade ribeirinha amazônica. As comunidades ribeirinhas residem nas margens dos dois rios e pautam suas atividades cotidianas, como a construção de casas, a escolha dos horários para a pesca, que são influenciadas pelos rios que circundam a comunidade, nesse sentido os ribeirinhos utilizam a caça, pesca e extrativismo vegetal como forma de subsistência. Logo, a territorialidade das duas margens consiste, em particular, nos nossos rios. O contexto sócio-histórico de duas margens de rios amazônicos tem origem em dois povos indígenas, na era pré-colonial, que apresentam uma grande complexidade cultural em que foi devastada, em sua maioria, com a perda de duas cidades europeias, na região, com seu projeto de civilização cristã. Portanto, os indígenas demonstrarão resistência à escravidão com vazamentos e revoltas ou que levarão à associação de ambos à marginalização, logicamente, mesmo marginalizados pela sociedade dos ribeirinhos, poderão preservar os costumes da cultura de seus ancestrais, como o extrativismo vegetal, à vivência autônoma em pequenas comunidades e religião. O período de produção da embriaguez (1850-1920) viu um grande aumento da riqueza da região, além da imigração, principalmente dois nordestinos para a extração de bêbados. Dessa forma, As novas formas de relações sociais estabelecidas na região reforçaram a ideia de marginalização dos ribeirinhas, além disso, teve uma comparação dos mesmos com os imigrantes nordestinos, reforçando, também, a exclusão social e econômica da população ribeirinha, uma vez que estes eram considerados insignificantes para a economia capitalista moderna. Outra época que merece destaque, não que afete a comunidade ribeirinha ou a Ditadura Militar (1964-1985) nem que foi o segundo momento de povoação da região amazônica. Durante o período ditatorial, a Amazônia era considerada um enorme espaço vazio que não precisava ser ocupado. Nesse sentido, o governo militar buscou atrair empresários e imigrantes para a região com um discurso midiático “terra sem homens, para homens sem terra”. Ainda sem reconhecimento, por parte do governo, Com o protagonismo de dois ribeirinhos no processo ocupacional da Amazônia na década de 1960, mantendo você à distância como massa de trabalhadores informais utilizados apenas quando necessário. Em suma, a comunidade ribeirinha foi deixada de lado, em sua maioria, do contexto histórico da Amazônia, logo, não sendo considerada a protagonista da história da Amazônia, haja vista que foram afetados por este papel com procedimentos que visavam desqualificar os ribeirinhos marginalizando e considerando -Como você se sente pela sociedade capitalista em que vivemos, dessa forma, determinada pelas vulnerabilidades que a comunidade vivencia em nossos dias. Levando em consideração a pouca atuação do Estado nos territórios limítrofes à educação é um dos dois setores que mais sofre com a negligência por parte do poder público. Da mesma forma, direito fundamental garantido pela Constituição Federal de 1988, a educação ainda é acessível a todos os indivíduos, principalmente dois moradores pobres. A educação direta não se resume apenas na oferta de vagas, mas também na educação de qualidade, na manutenção dos alunos na escola e também na oferta de condições de acesso. A educação do campo é garantida pelo Estatuto da Juventude, na Seção II, artigo 7º, ou a educação do campo direta ainda é unânime no Brasil, e é tratada como uma política compensatória, jogando com a invisibilidade da população rural. Na ausência de uma educação efetivamente adaptada para os moradores, há descumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, que dispõe que “[...] sua adaptação, às peculiaridades da vida rural e de cada região [...]”, dado que as populações ribeirinhas, populações ou acessos não possuem, ainda hoje, as mesmas condições de ambiente não urbano, logo, esta parcela da população tem o seu desenvolvimento Social. Em síntese, este artigo tende a realizar uma breve análise sobre a conjuntura educacional que envolve os alunos ribeirinhas, com a finalidade de investigar a ausência de dois direitos voltados à educação nas comunidades ribeirinhas e como esse movimento interfere na aprendizagem de dois alunos dessas regiões, desmistificar a Marginalização se impôs ao mesmo tempo não ao longo da história, destacando também como a pandemia da COVID-19 continua precarizando a situação de dois estudantes ribeirinhos amazônicos, que tem dificultado ou acessou dois de seus direitos s enquanto cidadãos, comentando a atuação do Serviço Social nesse contexto.
#327 |
Activismo Social y sus particularidades en Educación desde la experiencia de Profesores Universitarios de Trabajo Social
Roxane Ribott
1
1 - Universidad Interamericana PR Recinto Metropolitano.
Resumen:
El activismo social como respuesta al proceso de globalización neoliberal no es un tema nuevo en las ciencias sociales. Muchos de los que hoy se conocen como derechos, y que algunos dan por naturales, son resultado de movimientos sociales a lo largo de la historia. Los trabajadores sociales se han insertado históricamente dentro de los movimientos sociales, como parte de su quehacer profesional. La discusión del rol como activista del trabajador social es parte de los currículos de enseñanza de trabajo social en Puerto Rico. A estos efectos autores como Lizardi (1983); Burgos, (1997); Guardiola, (1998); Quiñones, (2008); y Ruiz (2009) concluyen que la diversidad de aspectos que representan tensiones y contradicciones al seno de la profesión está relacionada a los valores de justicia social que sustentan la práctica, versus la realidad sobre la poca involucración de Trabajadores Sociales en los movimientos sociales. Ruiz (2013) señala que la educación debe ser quien asuma la vanguardia de un proceso de reconceptualización, que torne a la profesión en una más responsiva a las necesidades de los puertorriqueños. La implementación de un acercamiento de derechos humanos, dentro de los currículos de educación en Trabajo Social, deberá enfatizar que los mismos necesitan ser practicados (Didier, R., Dijkstra, P., Knevel, J., Hartmann, J., Tirions, M., Geraghty, C., Gradener, J., Lochtenberg, M., &Van Den Hoven, R., 2018; Gatenio Gabel & Mapp, inpress; Libal, Berthold, Thomas & Healy, 2014). Dentro de este estado de situación, destaca que las definiciones actuales del trabajo social que la FITS, la NASW y el CPTSPR, vinculan la acción profesional a su dimensión política. Estos estándares indican y refuerzan la necesidad de que el Trabajo Social se posicione como una profesión política (Briskman, 2013). Payne (1995), Aquin (2003) y Waterman (2006) conceptualizan la acción profesional del Trabajo Social involucrado en las luchas por la justicia social. El propósito de este estudio de disertación doctoral es explorar, describir y analizar las ideas, conceptos o prácticas pedagógicas respecto al activismo social, de los profesores universitarios en trabajo social y se sustenta en la Educación Liberadora (Freire,1967) como su marco conceptual. Este plantea la necesidad de hacer que la educación fomente el desarrollo del pensamiento crítico, de modo que el oprimido tome conciencia de su situación de opresión. Así, el individuo puede moverse a la praxis para buscar liberación de la opresión, y transformar aquello que lo hace estar en las condiciones en las que se encuentra. Este modelo supone que, para el educador no es posible enseñar ni fomentar en sus estudiantes aquello en lo que no cree, que no es de su interés ni forma parte de sus valores profesionales. Es decir, si el estudiante está expuesto durante sus años de formación, a docentes que crean, enseñen y fomenten la participación en las luchas y movimientos sociales por convicción, entonces el estudiante presentará opiniones y acciones similares en su práctica profesional. Se formulan las siguientes preguntas de investigación:1. ¿Cuáles son las ideas o conceptos de los profesores de Trabajo Social respecto al activismo social, como estrategia pedagógica con sus estudiantes?2. ¿Cuáles son las prácticas pedagógicas que los profesores de Trabajo Social aplican en el salón de clases para enseñar e incentivar el activismo social entre sus estudiantes? Los hallazgos servirán para el desarrollo de nuevos conceptos, dentro de la enseñanza del Trabajo Social en Puerto Rico y para que las instituciones de Educación Superior puertorriqueñas realicen revisiones a sus ofrecimientos curriculares. La población estará compuesta por profesionales del trabajo social en ejercicio de la docencia, en instituciones de Educación Superior, públicas y privadas de Puerto Rico. De esta población, se seleccionará una muestra de seis profesores, por disponibilidad, accesibilidad y voluntariedad, que cuenten con acceso al internet, así como con los conocimientos tecnológicos necesarios para participar en la investigación de forma virtual. Para el reclutamiento de participantes se publicó un anuncio en forma virtual, dentro de la página de
Facebook de ANAETS de Puerto Rico, Inc.,
invitando a los interesados a participar en la investigación. Se utilizará, además, la técnica de bola de nieve. Los siguientes son los criterios de inclusión: 1. Profesionales del trabajo social en ejercicio de la docencia, que laboren a tiempo completo o parcial en universidades públicas o privadas de Puerto Rico.2. Tener 21 años o más de edad.3. Maestría o Doctorado en Trabajo Social.4. Ser miembro activo del CPTSPR, con colegiación al día. 5. Poseer tres años o más de experiencia docente en el campo del Trabajo Social. 6. Encontrarse en ejercicio docente en la actualidad, dentro de programas de bachillerato, maestría o doctorado en Trabajo Social.7. Participar libre y voluntariamente en la investigación. 8. Poseer equipo, acceso a internet y conocimientos tecnológicos para participar en una entrevista en modalidad virtual. El instrumento de investigación consiste en un Protocolo de Entrevista, semiestructurada y a profundidad que incluye cinco preguntas cerradas para los datos sociodemográficos tales como: sexo, preparación académica, años ejerciendo en servicio directo profesional, años ejerciendo la docencia y lugar donde ejerce la docencia, dos preguntas rompehielo, una pregunta introductoria y ocho preguntas semiestructuradas abiertas, centradas en el tema de interés, además de una pregunta de cierre. Para el establecimiento de credibilidad y validez del instrumento de investigación se utilizó un panel de expertos. Una vez el participante se contacte con la investigadora, éste leerá y firmará el Consentimiento Informado aceptando, voluntariamente y por escrito, participar en el estudio y que su entrevista sea grabada, para efectos de la transcripción. Luego se procederá a coordinar la cita para entrevista virtual, con duración de 60 minutos, conforme su disponibilidad y conveniencia. El análisis cualitativo de la información se llevará a cabo mediante la aplicación del modelo desarrollado por Wolcott (1994). En este proceso de triangulación, se establecerán y analizarán categorías, se buscarán similitudes y diferencias entre ellas y se comparará, entre ellas y con la teoría presentada en el Marco Conceptual. Esta propuesta de investigación ya fue aprobada por la JRI y se encuentra en proceso.
#511 |
Viviendo en Equidad: Un Enfoque Ecoeducativo del Trabajo Social hacia las Mujeres
Dalys Batista
1
1 - Universidad de Panamá.
Resumen:
La ponencia se inicia caracterizando el momento histórico actual en que nos desempeñamos los Trabajadores Sociales, como una época de crisis estructural, donde los modelos de organización de la sociedad, centrados en el mercado para la acumulación de capital se ha agotado, condicionando las políticas sociales como marco de competencia del TS . Tal agotamiento, lejos de producir desarrollo humano, reproduce pobreza ,desigualdad, sobreexplotación, violencia generalizada y amenazas a la convivencia. Un claro ejemplo de esta contradicción es el actual conflicto entre Rusia y Ucrania.La ponencia se ubica en el eje 3 sobre Ciudadanía, Poder y DD HH analizando la lucha histórica de las mujeres dirigida a la reformulación de las relaciones sociales, particularmente según la división de roles masculino y femenino, precisando sus avances como el mejor aporte social para ampliar el ejercicio ciudadano, reconstruir la estructura de poder patriarcal y ampliar los Derechos Humanos .En esa dirección, analizamos en este trabajo, la contradicción estructural del modelo neoliberal que pese a todos los avances de la revolución técnico científica y la producción de riqueza, la sociedad no logra articular una alternativa a la crisis, aumentando el caos y la incertidumbre, frente a las cuales las fuerzas hegemónicas maximizan el terror y la violencia y las fuerzas subalternas no logran articular un proyecto alternativo, inclusivo, que produzca unidad en medio de la diversidad.Esa es la esencia de la cuestión social de hoy, donde el TS enfrenta un gran reto y delinea sus competencias. Así el debate sobre el ejercicio profesional del TS parte del desafío de diseñar estrategias de promoción humana antisistémicas entre las movimientos feministas es decir, valorar nuestra práctica profesional alternativa, integrando los conceptos y herramientas que puedan empoderar a la ciudadanía de las mujeres , elevar su identidad y capacidad transformadora como sujeto social.Proponemos un modelo de intervención ecoeducativo, fundamentado en una visión alternativa para las mujeres que integre su Ser. Sentir y Pensar en un contexto complejo, multidimensional, que fortalezca la identidad en el camino de la equidad e Igualdad intergenérica. El Modelo ecoeducativo de TS e Identidad de Género, apunta a la promoción del poder de las mujeres para edificar una convivencia humana de bienestar. El concepto Poder dentro del modelo de relaciones intergenéricas incluye : Poder para sentir, Poder para opinar, Poder para construir, Poder para Crear y Recrear, Poder para cambiar. El papel del TS es esencial para investigar científicamente los patrones, costumbres, hábitos y actitudes que han impulsado el desarrollo de las mujeres, diagnosticar el impacto de los mitos y estereotipos que nosotras reproducimos y que mantiene la subordinación .El TS dispone de múltiples prácticas metodológicas para estimular el desarrollo de las potencialidades de las mujeres para deconstruir esa cultura tradicional y diseñar, innovar, perfeccionar proyectos de equidad e inclusión que amplíen el ejercicio democrático de mujeres y hombres. Ese el papel del Proyecto Ecoeducativo en TS.La propuesta además impulsa nuevas políticas sociales de igualdad en ambientes saludables y sostenibles, donde las mujeres asuman su condición de sujeto corresponsable para la plena convivencia humana.Desde el punto de vista metodológico, las fuentes de información de esta ponencia integra bibliografía de eventos internacionales sobre la agenda de Derechos Humanos de las mujeres, diversos documentos de eventos profesionales de TS en el continente, informes sobre servicios sociales dirigidos a las mujeres en diferentes instituciones de TS de Panamá y un conjunto de ensayos, ponencias, tesis y folletos de colegas trabajadores sociales que han sistematizado diversas experiencias de trabajo de educación y promoción de los DD HH de las mujeres , su familia y la comunidad.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#193 |
Direito à Cidade e o Meio Ambiente: uma análise da atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
Bruno José OLIVEIRA
1
1 - UNIRIO.
Resumen:
A formação do espaço urbano capitalista no Brasil expressa a dinâmica desigual e combinada (NOVACK:1988) que caracteriza sua formação sócio-histórica. Nela, observamos a imbricação entre as formas sociais capitalistas e aquelas originalmente não capitalistas no processo de produção e reprodução da vida social. Dessa forma, ou fenômeno de concentração fundiária, frequentemente registrado em sociedades não capitalistas, foi uma das principais formas de produção no espaço geográfico brasileiro no contexto de inserção do país no mercado mundial desde o período colonial.O espaço urbano brasileiro torna-se, portanto, o locus permanente de produção e reprodução do capitalismo periférico e dependente, sendo seu reflexo e condicionamento (Correa: 1993). Associado à negação do direito à moradia, um conjunto de direitos como educação e saúde pública de qualidade, saneamento básico, laser, transporte coletivo, entre outros, não são efetivados cotidianamente pela população que reside nos territórios que nas periferias urbanas. Nesse sentido, desde formas espontâneas como os “break-breaks” envolvendo o sistema de transporte público, passando pelas manifestações exigindo a redução de tarifas, atreladas às ocupações de imóveis destinados a alimentar a especulação imobiliária, Inúmeros são os instrumentos de resistência utilizados pelos segmentos mais espoliados das classes populares urbanas que não se confrontam com essa realidade. Portanto, é nesse contexto que Harvey (2014:28) se refere ao cabeleireiro como ou “Direto à Cidade”. “O Direito à Cidade é, portanto, muito mais do que um direito de acesso individual ou coletivo aos recursos que a cidade incorpora: é um direito de mudar e reinventar a cidade mais de acordo com nossos desejos mais profundos. Além disso, é mais coletivo do que direito individual, uma vez que reinventar a cidade depende inevitavelmente do exercício de um poder coletivo sobre o processo de urbanização” A conversão de terras rurais em terras urbanas, fenômeno que acompanhou a industrialização durante o século XX, teve como base uma intensa especulação imobiliária que não registrou conflitos significativos entre a burguesia industrial e os latifundiários (aristocracia rural). Portanto, concordo que o capital antes destinado à agroexportação foi, em parte, redirecionado para a produção industrial, associando uma parcela significativa de dois latifundiários à burguesia industrial. Esse processo impôs uma lógica de apropriação territorial marcada pela segregação socioespacial. Como parte dela, os segmentos mais empobrecidos de trabalhadores urbanos passarão a ocupar as regiões menos valorizadas economicamente no contexto da formação das cidades e regiões metropolitanas. Frequentemente, registram uma série de características geofísicas e infraestruturais que os tornam menos receptivos ou mesmo incompatíveis com processos acelerados de urbanização que apresentam menos riscos à população, como encostas de montanhas, margens de rios e lagos. Portanto, não é por acaso que registramos um impacto maior de dois desastres naturais [1]nas regiões que possuem como característica a concentração de segmentos populacionais empobrecidos. De acordo com os dados oferecidos pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, entre 1991 e 2012 cerca de 96 mil pessoas foram afetadas por esse tipo de ocorrência, sendo que 6 mil pessoas tiveram que deixar suas famílias. O MTST surge em 1997 como resposta ao aprofundamento da segregação socioespacial nas grandes cidades brasileiras. Atualmente, aparece como o principal movimento de luta pela moradia no Brasil presente nas principais regiões metropolitanas do país. O MTST encontra na intervenção territorial e no déficit habitacional as bases para o desenvolvimento de suas atividades político-organizacionais. Sua ação teve como objetivo organizar os “trabalhadores do lugar onde moramos: os bairros periféricos” (Cartilha de Princípios do MTST:2011:p. 4) . Portanto, é a partir das referências socioespaciais e culturais existentes não cotidianamente das populações que residem nas periferias urbanas que o movimento busca atuar para a formação de sujeitos coletivos. Conjugado com a reivindicação do direito à moradia, o MTST apresenta a necessidade de realizar uma Reforma Urbana que descentralize as propriedades nas cidades e garanta as condições básicas de infraestrutura urbana como forma de superar o déficit habitacional brasileiro. Dessa forma, o movimento se opõe ao modelo de cidade-mercado, pois “(...) joga os mais pobres em regiões cada vez mais distantes”
(Cartilha de Princípios do MTST:2011:p.4) reproduzindo a lógica da concentração fundiária e da segregação socioespacial que caracteriza, estruturalmente, a cidade capitalista. Ancorado na análise da incidência de desastres naturais no espaço urbano brasileiro, podemos afirmar que se trata de uma luta direta por uma moradia digna para os segmentos mais empobrecidos de suas classes urbanas populares, que necessariamente possuem uma ampla dimensão socioambiental. Abrange desde as condições sanitárias internas às unidades habitacionais, passando pela rede de serviços públicos oferecidos à população, bem como pela infraestrutura urbana necessária à ocupação da região. Nessa perspectiva, podemos analisar o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto também como um sujeito coletivo sintonizado na luta pela construção de outro tipo de metabolismo social (Antunes: 2002) não um espaço urbano que pudesse engendrar uma relação responsável com o meio ambiente. [1] De acordo com a Estratégia Internacional para Redução de Desastres da Organização das Nações Unidas, os desastres naturais são “uma grave interrupção do funcionamento de uma comunidade ou sociedade que causa perdas humanas e perdas materiais, econômicas ou ambientais significativas que excedem a capacidade das populações afetadas”. comunidade ou sociedade para enfrentar a situação usando seus próprios recursos”.
#587 |
Tava Guaraní, la resistencia por una autonomía en medio de incertidumbre.
Dominga Florentina Gavilan
1
1 - Universidad Nacional de Asunción-Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
Fue una experiencia en un trabajo de campo, el relato interpelador de una [1]dirigente campesina del Asentamiento Tava Guaraní -San Pedro, del camino transitado y transitando para mantener un modo de vida. Desde la lucha por un pedazo de tierra, la pobreza, las movilizaciones, las respuestas de las autoridades, los desalojos y represiones de años y el destierro a un lugar inhóspito con la idea de exterminarlos, hasta la sobrevivencia y construcción de un modo de vida diferente. Búsqueda de la vida, el amor, la naturaleza, el sabor de lo colectivo frente a un modelo rural devorador que pretende aniquilar al campesinado y su modelo de producción. En el relato están presentes todos los sabores y sin sabores de la experiencia. Se analiza a partir de Dubet sobre la justicia social, la desigualdad de Piketty y reflexiones Rojas. Piketty plantea la distribución de la riqueza ligada a lo político y no por determinismo económico, producir riqueza y decidir cómo distribuirlas y el papel en diferentes momentos de los actores políticos, sociales y económicos. Otra forma de distribución de la riqueza está en relación con mecanismos que empuja hacia la convergencia y la divergencia. La
convergencia hacia la mejor distribución, con difusión de los conocimientos e inversión en capacitación y formación de habilidades, vital para el aumento de la productividad y reducción de desigualdad. Las fuerzas
divergentes paralelamente funcionan para la ampliación de las desigualdades, cuando no se realiza las inversiones necesarias para la formación y la cualificación e impide que grandes masas de jóvenes de una clase acceda a una vida mejor.En Paraguay, la tierra produce riqueza con una lógica de distribución diferente a lo que plantea la comunidad Tava Guaraní. La tierra está en manos de unos pocos, los producen granos y ganados a gran escala con mercados asegurados, ubicada en el 10% de los paraguayos. Para el resto, el acceso a la tierra es resultado de luchas, cárcel y muertes. “Estamos hablando de concentración de riquezas, expulsión rural, la urbanización sin condiciones y la exclusión que caracterizan a la actual economía.” “La concentración de los recursos principalmente en las empresas agro-exportadoras deja a la gente excluida tres posibilidades: caer en actividades ilegales, sobrevivir en la pobreza o migrar fuera del país”. (Luis Rojas, 2016). San Pedro, según DGEEC es unos de los departamentos de la región oriental más desigual, la pobreza total está cerca del 40%.Dubet plantea la existencia de dos concepciones de la justicia social; uno tiene que ver con igualdad de posiciones y otro, con igualdad de oportunidades. La primera, parte de la ubicación en la estructura social y la posición que ocupa en ella las personas en forma diferenciada de acuerdo a la edad, el género, la raza, la condición social y económica. Busca disminuir las brechas unos de otros en término de desigualdades, proteger más a los que están en menores condiciones frente al otro. El otro, refiere a igualdad de oportunidades, ofrecer las posibilidades para ocupar una posición según esfuerzos y méritos. Hijos de campesinos con el mismo derecho de convertirse en médicos o ejecutivos al igual que los de la clase acomodada. Tava Guaraní está exenta de esto, con un estado que estigmatiza, persigue, asfixia, no hay igualdad como un derecho derivado del trabajo, con triple exclusión, por ser pobre, campesino y de Tava Guaraní, comunidad construida con valores igualitarios y solidarios. Con el paso del tiempo y después de sortear varios obstáculos, sigue caminando por un sendero de incertidumbre. Lo certero es su modelo de organización, de cultura y de vida, resistidos por décadas con autonomía, un camino con aprendizajes y de cambios, excluidos de todo tipo de políticas y programas sociales desde el Estado. No existen justicia social en cuanto a la igualdad de oportunidades ni mucho menos de posiciones. Hay desigualdad absoluta, riqueza concentrada en una pequeña porción y pobreza extendida en todo el territorio. Con un modelo de Estado que protege a un sector y Tava Guaraní resiste, construye un modelo de comunidad donde todos son importantes, se empujan unos a otros, pero cansados. Quieren un mundo de equidad y de bienestar para todos y pelean por ello. Dos modelos, la cultura igualitaria, solidaria, del bien común y la equidad basados en principios democráticos como la libertad e igualdad frente a una cultura de la competencia, el individualismo, y la deshumanización.BibliografíaDubet F. Repensar la Justicia Social (2011). Siglo XXI Ediciones, Argentina.Piketty T. El Capital del Siglo XXI (2014). Kindle Ediciones. Fondo de Cultura Económica.Rojas L. La Metamorfosis en Paraguay (2014). Base Is, Asunción, Paraguay. [1] Entrevista realizada a la Presidenta de la Asociación de Productores Agrícola e Industrial de la Comunidad de Tava Guaraní, como parte de una investigación “Perspectiva de sostenibilidad de comunidades campesinas en el modelo de desarrollo actual -2016.
FCS - C2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Panel presencial
6. Formación de grado
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#021 |
UNA PROPUESTA GRAMSCIANA-FREIRIANA DEL TRABAJO SOCIAL PARA REORIENTAR LAS PRÁCTICAS PROFESIONALES
LUIS VIVERO ARRIAGADA
1
1 - UNIVERSIDAD CATÓLICA DE TEMUCO.
Resumen:
En este trabajo, nos aventuramos a desarrollar algunas ideas, respecto de la influencia que tienen los planteamientos teóricos de Antonio Gramsci, con el desarrollo del pensamiento crítico Latinoamericano. Particularmente, la influencia del intelectual sardo en la obra de Paulo Freire, y por antonomasia en el pensamiento latinoamericano. Hoy a la luz de las nuevas luchas, las nuevas pragmáticas y formas de organización y movilización de las clases subalternas, nos obliga a vincularnos con esas nuevas subjetividades desde otros lugares epistémicos, se requiere conocer y comprender desde otros marcos conceptuales y prácticos a este nuevo sujeto social-popular con el cual trabajamos cotidianamente. En tal sentido, consideramos necesario ir redefiniendo el proceso de formación, y entre esto, a hacer un replanteamiento en los procesos de prácticas. Hasta ahora, las prácticas se piensan y se definen en virtud de las diferentes instituciones que operacionalizan las políticas sociales. Pero a pesar de una mirada crítica, la práctica sigue siendo determinada por los marcos ideológicos e instrumentales de la institución. Es a partir de este contexto, y el análisis que surge de la realidad histórica, planteamos una propuesta de prácticas profesionales, a partir de los aportes de una perspectiva que hemos denominada gramsciana-freiriana latinoamericana del trabajo social. ¿Cómo debería ser esa práctica? Considero que, en la primera práctica, las/os estudiantes deberían insertarse en los espacios socio-comunitarios, organizaciones sociales, colectivos, etc. Desde ahí, vincularse con las instituciones, y no al revés como lo es generalmente en las prácticas actuales. Esto le permite no solo comprender desde otra mirada las dinámicas e historias de las organizaciones sociales y del sujeto subalterno. Mirar desde ahí la institucionalidad, la burocracia institucional, e incluso el rol que cumplen las/os trabajadoras/es sociales en las instituciones que implementan las políticas sociales, e incluso su rol de intelectual orgánico, que reproduce los fundamentos filosóficos de la ideología dominante. Igualmente, esta experiencia implica que las/os estudiantes puedan reconectarse con su propia historicidad, y por supuesto, a fortalecer su conciencia de clase. ¿Qué objetivo debería tener esta práctica? Aún de manera preliminar, sostengo al menos tres objetivos: 1) Abordar de manera conjunta con las personas y sus organizaciones la comprensión crítica de su realidad, 2) Fomentar y fortalecer la organización y participación colectiva, y 3) Articular en conjunto con las personas y sus organizaciones la búsqueda de soluciones y vinculación con las instituciones públicas y privadas. En términos metodológicos, este tipo de prácticas está pensada desde la perspectiva de la educación popular y la animación socio-cultural. Por lo tanto, el proceso implica una valoración y reconocimiento a la cultura popular, a los saberes populares y el acervo de conocimientos que ellas y ellos encarnan.Referencias Aguayo, C., Cornejo, R. y López, T. (2018) Luces y sombras del trabajo social chileno. Memorias desde finales de la década de 1950 al 2000. Identidad, ética, políticas sociales, formación universitaria y derechos humanos. Buenos Aires. Editorial Espacio.Alzueta-Galar, I. (2019). Hegemonía y movimiento sociales: el trabajo social como intelectual orgánico y la intervención transformadora. Revista Intervención, 9(2), 61,76. Recuperado de https://intervencion.uahurtado.cl/index.php/intervencion/article/view/82Ciorino, R. (2021) Trabajo Social alternativo 1973-1990. Memoria identitaria y ética de resistencia profesional. Santiago. Editorial Demokratia. Del Villar, Ma. S. (2018) Las asistentes sociales de la Vicaría de la solidaridad. Una historia profesional (1973-1983). Santiago. Ediciones Universidad Alberto HurtadoFreire, p. (1996) Política y educación. Buenos Aires. Editorial Siglo XXI Freire, P. (2001). Pedagogía de la indignación. saberes necesarios para la práctica educativa. Madrid. Editorial Morata.Freire, P. (2002a). Pedagogía de la esperanza. Buenos Aires. Editorial Siglo XXI Freire, P. (2002b). Pedagogía de la autonomía: saberes necesarios para la práctica educativa. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores Argentina.Freire, P. (2002c) Cartas a quien pretende enseñar. Argentina. Editorial Siglo XXI.Freire, P. (2004). La educación como práctica de la libertad. Argentina: Editorial Siglo XXI.Freire, P. (2006). Pedagogía del Oprimido. Argentina: Editorial Siglo XXI.Gramsci, A. (1981a). Cuadernos de la cárcel (Tomo I). México: ERA S.A. Gramsci, A. (1981b). Cuadernos de la cárcel (Tomo II). México: ERA S.A.Gramsci, A. (1981 C). Cuadernos de la cárcel (Tomo III). México: ERA S.AGramsci, A. (2005). Cartas desde la cárcel. Buenos Aires: Nueva Visión. Gramsci, A. (2006). Política y sociedad. Santiago, Chile. Centro Gráfico Limitada. Gramsci, A. (2015b) Antología. México. Editorial Siglo XXI.Marx, K., y Engels, F. (2001). El Manifiesto Comunista. Buenos Aires. Bureau Editores.Modonesi, M. (2008). Una lectura gramsciana del cambio de época. Crisis hegemónica y movimientos antagonistas en América Latina. A Contracorriente 5(2), 115-140. Modonesi, M. (2010). Subalteridad, Antagonismo, Autonomía: Marxismos y subjetivación política. Buenos Aires: CLACSO; Prometeo.Mariátegui, J.C. (2007) Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana. México. Ediciones Era, en coedición con Lom (Chile).Mariátegui, J.C. (2014) Escritos sobre educación y política. Argentina. Ediciones GodotMoulian, T. (1997). Chile Actual: anatomía de un mito. Santiago, Chile: LOM; ARCIS. Moulian, T. (2009). Contradicciones del desarrollo político chileno 1920-1990. Santiago, Chile: LOM; ARCIS. Portelli, H. (2003). Gramsci y el bloque histórico. Buenos Aires. Editorial siglo XXI. Ruz, O. (2016) Reorientación y reconceptualización del trabajo social en Chile. En: Paula Vidal Molina “Trabajo Social en Chile. Un siglo de trayectoria”. Pp. 95-118. Chile, Editorial RilVivero, L. (2013). El trabajador social y su función de intelectual orgánico. Revista Regional de Trabajo Social, Vol. 27, N° 59Vivero, L. (2014). Una lectura gramsciana del pensamiento de Paulo Freire. Cinta moebio 51. pp. 127-136Vivero, L. (2020). Reflexiones en torno al pensamiento de Gramsci y Freire: Sus puntos de encuentro. Revista Eleuthera, 22 (1), 192-211. DOI: 10.17151/eleu.2020.22.1.11.Vivero, L. y Molina, W. (2021) Perspectivas teóricas y formación universitaria del Trabajo Social en Chile posdictadura. Revista Trabajo Social. Vol. 23, N° 2, pp. 239-264.
#146 |
Legitimidad ético-política de la intervención social en el marco del régimen neoliberal
Juan Saavedra
1
1 - Universidad del Bío-Bío.
Resumen:
Conceptualmente, el significado de la intervención social puede ser restrictivo o amplio. En su primer sentido, la intervención es reducida a un campo de especialización funcional del trabajo social. En este caso, se expresa en una escala condicionada, ajustada a materias familiares o comunitarias, tal como opinan Fraser & Galisky (2014). Por el contrario, en su sentido más amplio, la intervención social refiere a un fenómeno social más transversal y de derivaciones más extendidas. Tomando la opinión de Carballeda (2002), la intervención alude a la cohesión social, a partir de la compresión socio-histórica de un conjunto de dispositivos de asistencia y de seguros. En este mismo sentido, la intervención social se refiere a todos aquellos dispositivos discursivos orientados a transformar, ajustar o normalizar la población, en el marco de un social-deseable históricamente determinado (Saavedra, 2017).La intervención social expresa varias consideraciones a propósito de sus representaciones ética-políticas. Para situar este debate, Ortega (2015) señala que la intervención es un concepto transdisciplinario. Kaufmann (2014), por su parte, señala que la intervención social refiere formas características, específicas y abstractas de interacción intencional con la realidad. Por su lado, Soydan (2015) opina que la intervención está en el centro del trabajo social, porque el término se refiere a inducir cambios o eliminar factores de riesgo sobre problemas sociales. Esto implica que el abordaje teórico de este tema, además de tematizar sobre la eficiencia de la acción, debe procurar comprensión reflexiva sobre los alcances éticos y políticos a los que refiere la intervención social. A este respecto, Lub (2019) señala que el trabajo social debe pensar críticamente sobre los supuestos conceptuales y políticos sobre la intervención.La pregunta de esta presentación surge desde el debate sobre la legitimidad ético-política para la intervención social en contextos neoliberales, atendiendo la amplitud del fenómeno a nivel global y continental. Estos últimos, ampliamente debatidos y resistidos desde colectivos profesionales y académicos, siguen presentes en la formulación de políticas y la definición de estrategias institucionales de intervención social en América Latina. En este sentido Rossiter (2011) señala que el trabajo social se ha enfrentado a críticas que hacen imposible cualquier alusión fácil al altruismo. Esto, pues en el marco de la enseña se evitaría discutir la intervención social con la conciencia de que la profesión carga -señala Rossister- con las injusticias de su dilema fundacional relativos a la imbricación del control disciplinario de la población con los mecanismos deseables de ayuda social. Tras la revisión de bibliografía pertinente respecto de la teoría de la intervención social, se proponen en esta presentación tres miradas para atender este asunto. Una primera mirada de corte formalista, sostenida en que la legitimidad reside en la fuerza obligatoria de la ley o de la norma técnica. Otra mirada, asocia la legitimidad de la intervención en la reducción de brechas que nacen del contraste de la información diagnóstica-situacional respecto de metas, valores o parámetros señalados en la política social, la legislación o en encuadres éticos. Una tercera mirada, alude a que la legitimación de la intervención comprende un conjunto de hitos y acontecimientos en el marco de emergencia de la modernidad. Sobre esta última posición, se hará una revisión analítica desde el pensamiento de J. Donzelot. En virtud de lo anterior, el supuesto legitimador de la intervención residiría en que lo social fue creado o inventado – como dice el título de la obra más reconocida del autor- para contener las incongruencias que irrumpen en las sociedades moderna desde la época de la ilustración. Siguiendo con este argumento, lo social es un ideal que se puede fragmentar y disolver, siendo el régimen neoliberal su mayor amenaza actual.Para la disciplina del trabajo social resulta ineludible discutir los alcances éticos y políticos de la intervención social. El agravamiento de crisis humanitarias y medioambientales, junto con la remisión de algunas perspectivas críticas, requiere para la formación del trabajo social volver a debatir sobre la legitimidad de la intervención en el siglo XXI. En este sentido, coincidiendo con Brown (2015), motiva reflexionar sobre este asunto disciplinario, en el marco de las tragedias ilustrativas del neoliberalismo: el reemplazo de la cooperación por la competencia y la constitución de una sociedad donde el mercado es el modelo del todo.
#153 |
TRAMAS ÉTICAS EN TRABAJO SOCIAL
RUTH LIZANA IBACETA
1
1 - Universidad Católica Silva Henríquez.
Resumen:
PONENCIA TRAMAS EN TRABAJO SOCIALRUTH LIZANA IBACETA ResumenEste texto es una invitación a tramar en conjunto, a sentir, pensar, pero también a conspirar y enredar (nos) en torno a algunas (pre) ocupaciones de la ética del trabajo social. En primer lugar, busca responder a cuál es la realidad que logramos construir, entendiendo que miramos y construimos la realidad desde algún lugar. En un segundo momento intenta responder a la pregunta por el “otrx” y cómo es construido éticamente, desde qué ethos y qué desafíos nos plantea esta construcción; para luego plantear el tema de la reflexión del trabajo social ante las diversas situaciones que enfrentamos, que, si bien son iluminadas desde el acervo histórico de la profesión, esto no es suficiente y se requiere de un ejercicio que permita a la intencionalidad ética pronunciarse. Desde allí, reconocer que hoy surgen desafíos que nos llaman a ensanchar la mirada paradigmática hacia un trabajo social intercultural, feminista y decolonial.Este escrito busca plasmar la profundidad, el impacto, el estallido que se me ha producido, al enfrentarme a nuevas claves de aproximación al conocimiento y reconocer en ellas, como bien dice De Sousa Santos (2006) que existen otros tiempos que me habitan (p.27) y son parte de este devenir trabajadora social y que, desde la ética de la intervención social, que ha sido el tema de (pre) ocupación desde hace ya un tiempo me aproximo a él.Y quisiera plantear una trama, una madeja que desde diversos encuentros y la provocación de la pandemia se ha ido generando. ¿Qué es una trama? Si recurrimos a su significado nos encontraremos con las acepciones de urdimbre, malla, tejido, red; pero también con idea, argumento, tema, asunto, materia, cuestión. Y en otra mirada con intriga, maquinación, confabulación, conspiración, enredo, trampa. Todas acepciones posibles de encontrar en nuestras realidades.Quisiera entonces desde esas múltiples acepciones proponer algunos hilos que nos inviten a urdir esta presentación, a tramar en conjunto, a tejer, sentir, pensar, pero también a conspirar y enredar (nos).Evoco aquí la etimología que anuda la noción de texto a tejido. Esto supone que está imbricado en nuestro devenir histórico y subjetivo. Y también que, en cuanto texto es legible, desentrañable, y en cuanto tejido plausible de ser destejido. (Hermida, 2020, p.99)Quisiera partir señalando que claramente estamos atravesando lo que denomino el fracaso de un modelo. Y digo fracaso porque ha olvidado lo central de la vida que somos las personas. Un modelo que en palabras de Mayol (2012) “hizo tolerable ética y políticamente la desigualdad”, un modelo resquebrajado desde la emergencia, desde abajo, desde los movimientos sociales, y, siguiendo al mismo autor “cuando todo parecía dicho, apareció el espíritu de la historia y devastó el territorio de los exitosos dominantes, ofreciendo una nueva posibilidad a la igualdad” (p.162), hasta que la dignidad se haga costumbre. PRIMERA TRAMA: MIRAR LA REALIDAD. ¿Cómo miramos, desde donde miramos, con que anteojos vemos lo que vemos; como lo relatamos y lo escribimos? Sin dudas, es posible señalar lo que ya algunos autores nos han enseñado. Miramos y construimos la realidad desde algún lugar, estamos situadxs; teóricamente, epistemológicamente, ética y políticamente. Y desde allí emitimos un juicio.Y ¿qué realidad es la que logramos mostrar? Ya nos dice De Sousa Santos (2006), que, desde el pensamiento metonímico hemos construido una realidad, dejando otras realidades fuera, invisibilizándolas, descartándolas, despreciándolas, no asignándole existencia; las hemos construido como ausencias.SEGUNDA TRAMA: LXS OTRXS. Es así como en esta urdimbre nos enfrentamos a la preocupación por el otrx que es propia de nuestro adn profesional. “En forma más o menos explícita, por exceso o – irónicamente – por defecto, la cuestión del otro en trabajo social ha estado presente desde sus propios inicios” (Cazzaniga, 2016). La misma autora nos dice que “toda intervención social contiene en su intencionalidad la constitución de sujetos aptos según las ideas hegemónicas de la época” (p.1). ¿Cuál es la tarea? María Eugenia Hermida (2015) citando a De Souza, señala que es necesario hacer que lo que está ausente, esté presente “traer al registro de lo decible y lo pensable ese otro (…) silenciado, negado, apartado” (p.72).TERCERA TRAMA: EL TRABAJO SOCIAL. Hoy diríamos sentir pensar nuestro oficio, de manera tal que podamos afirmar la dignidad de todx ser: Sentipensarnos junto a ortxs, junto a muchxs…Creo que necesariamente las posibilidades de la intervención social son desde lo colectivo… ¡Ahora que nos encontramos, no nos soltemos! SomoS parte de una comunidad profesional más amplia y desde lo ético, un elemento a relevar es que el juicio profesional, se encuentra iluminado desde el acervo histórico de la profesión, desde los referentes constituidos por la comunidad profesional de la que se forma parte, pero, éste no puede ser comparado con la aplicación mecánica de una regla (Ladriere, 1997). En el ejercicio profesional, el juicio moral debe, ciertamente, inspirarse en normas morales disponibles, como sería el código de ética, pero no excusa del ejercicio racional de la reflexión de dicha norma en la particularidad. ¡¡¡La reflexión es entonces necesaria!!!CUARTA TRAMA: NUEVAS MIRADAS. A partir del doctorado en trabajo social que estoy cursando, se han abierto mis ojos y ensanchado la mirada paradigmática incorporando nuevas perspectivas, respondiendo así a la sugerente invitación de María Eugenia Hermida (2020) de habitar un trabajo social otro. Estas son la mirada intercultural; la mirada feminista; la mirada decolonial, “situarnos desde el locus de enunciación de la crítica pos/ des colonial y feminista del sur, nos ofrece algunas chances más para concebir, gestar y parir esas alternativas urgentes e in-surgentes” (Walsh, 2017) En Hermida (2020, p.102).Cuestiones que intento aprehender, ampliando el horizonte del trabajo social por mí conocido, permitiendo incomodarme, pensado que lo vivido en estos más de treinta años de trabajo social en mi cuerpo, aún se construye y reconstruye, buscando las huellas que emergen de estas nuevas miradas, que me permitirán conocer un trabajo social que también he construido desde la ausencia.
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EDUCAÇÃO PARA ALÉM DAS ESTRUTURAS CONVENCIONAIS NA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Camila da Silva de Sá
1
1 - Faculdade Paulista de Serviço Social de São Caetano do Sul.
Resumen:
O presente artigo busca analisar a importância da educação ao longo do século XX para a sociedade brasileira, bem como a importância da dimensão socioeducativa no Serviço Social, evidenciando a gênese deste processo e suas intencionalidades, em que se associava aos preceitos de uma cultura dominante numa concepção psicologizante dos indivíduos e das expressões da questão social (ABREU, 2002, p. 84). Em sua gênese o Serviço Social era fortemente influenciado por bases conservadoras, pela Igreja sob a ótica da ajuda, e pelo Estado na perspectiva do controle, sempre partindo de uma tentativa de homogeneizar a população pobre para se ajustar as regras sociais e aos interesses do capital. Analisa-se as ações educativas utilizadas como ferramentas de intervenção na gênese do Serviço Social no Brasil como estratégias para atingir os objetivos e interesses do Estado. Revelando como historicamente foi construída na profissão a dimensão socioeducativa. Identifica-se os momentos históricos que elevam os debates na categoria profissional, e permeiam as construções e desdobramentos em que se dá o Serviço Social. Para tanto, fundamenta-se esta análise com intermédio da obra da autora Marina Maciel Abreu com a sua publicação “Serviço Social e a Organização da Cultura: Perfis pedagógicos da prática profissional” e Maria Ozanira da Silva e Silva “O Serviço Social e o Popular: Resgate Teórico-metodológico do Projeto Profissional de Ruptura”. Analisa-se o papel da escola tradicional como difusora dos conhecimentos acumulados pela humanidade, tendo o professor a responsabilidade de transmiti-lo, e os alunos a tarefa de absorvê-lo (SAVIANI, 2018, p. 05-06). Neste sentido, questiona-se o papel do Serviço Social no processo formativo que rompe com o paradigma educacional. Para compreender melhor esta colocação, faz-se uso de referenciais teóricos que contribuem substancialmente para contextualizar o entendimento sobre o que representa a educação e os momentos históricos que permeiam esta política no século XX, através do autor Dermeval Saviani com a publicação “Escola e Democracia e Educação: Do Senso Comum à Consciência Filosófica”. Ainda, a fim de criar uma correlação entre a prática da educação crítica a qual Saviani aborda, com a dimensão educativa no Serviço Social recorre-se à publicação, “Serviço Social na Educação” da autora Sarita Amaro. O referencial teórico é de suma importância, pois possibilita uma visão totalizante da realidade, e contribui para a apreensão dos aspectos que envolvem as atribuições do Serviço Social na educação como um direito garantido constitucionalmente, bem como uma política social. Entende-se que ambos autores contribuem imensamente para uma análise crítica dos processos envolvendo a educação no Brasil e o pensamento crítico frente aos embates e contradições presentes na sociedade. Neste sentido, apresenta-se as possibilidades de construção dos processos formativos em diferentes espaços ocupacionais da profissão, bem como a importância da dimensão socioeducativa do Serviço Social para a materialização do Projeto Ético-Político do Serviço Social. Cabe salientar que a respeito dos prejuízos causados pela pandemia de COVID 19, na economia, na saúde pública e na vida em sociedade como um todo, a área da educação também foi muito afetada o que levou ao aprimoramento ou mesmo o desenvolvimento de novas formas de ensino, muitas vezes precárias, a fim de manter instituições educacionais e empregos, além de seguir com os conteúdos e evitar mais atrasos ao ano letivo, o que denotou a intensificação dos abismos sociais a respeito dos acessos da população mais carente às tecnologias. É de grande importância entender em que ponto isto se relaciona com as intervenções que o Serviço Social se propõe a fazer no âmbito da dimensão educativa, de que modo os eventos da pandemia de COVID 19 ecoam sobre a necessidade de uma atuação para além do tradicional. Os caminhos traçados a partir da COVID 19 fazem refletir em relação às mudanças estruturais e de hábitos, mas principalmente no pensar a Educação em diversos espaços da sociedade com propósito para além do ensino básico ou profissionalizante. Amaro (2012, p. 107) dirá que é através de uma análise crítica que vislumbramos a transformação da realidade, a partir de uma proposta emancipatória de caráter político-pedagógico que visa o autoconhecimento e liberdade do sujeito para que este se reconheça implicado no exercício da cidadania. Neste ponto, cita-se Saviani que corrobora com Amaro, pois menciona a hegemonia de determinadas abordagens no campo pedagógico, e deixa implícito que a intencionalidade da atuação depende não do consenso, mas sim de travar uma luta na contramão do que está posto, “Trata-se, portanto, de lutar também no campo pedagógico para fazer prevalecer os interesses até agora não dominantes. E esta luta não parte do consenso, mas do dissenso” (SAVIANI, 2018, p. 60). É através da prática social que se torna possível transformar as relações de produção e construir uma sociedade justa. O método de pesquisa que orienta o presente estudo tem como perspectiva o materialismo histórico-dialético. Compreende-se que as relações sociais são fruto de um processo histórico e social, e a teoria crítica possibilita uma visão mais totalizante na medida em que se aproxima da realidade. Entende-se que o que se deseja alcançar por intermédio da educação é criar condições que potencializam e movimentam os indivíduos nas diferentes esferas da vida social e comunitária (MORIN, 2003 apud AMARO, 2012, p. 104). Portanto, pensar o Serviço Social do ponto de vista das crises econômicas cada vez mais frequentes, e de desmonte dos direitos sociais é um exercício contínuo e essencial em busca de uma sociedade que priorize os direitos humanos e a justiça social frente às crescentes desigualdades de acessos e direitos.
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EDUCACIÓN EN GRAMSCI Y EL TRABAJO SOCIAL
Raquel Méndez Villamizar
1
1 - Universidad Industrial de Santander.
Resumen:
Esta ponencia se deriva del proyecto de investigación teórico El intelectual orgánico y el profesional del Trabajo social: Los aportes de Antonio Gramsci, proyecto realizado entre 2020 y 2021 y el cual contó con el financiamiento de la Universidad Industrial de Santander.El proyecto de investigación exploró los posibles aportes del pensamiento de Antonio Gramsci a la configuración de un nuevo proyecto ético-político para el trabajo social, que en el proyecto se denomina tentativamente «trabajo social crítico y emancipatorio» (en adelante, TSCE). El diálogo entre Gramsci y el proyecto ético-político del trabajo social se abordó atendiendo al siguiente orden: una fundamentación antropológica para el trabajo social; el papel que juega la ideología en el proyecto éticopolítico; el rol de la hegemonía en la construcción de un TSCE; la función que desempeña la profesión y el profesional en la disputa del sentido común de la sociedad; el rol del intelectual orgánico que debe cumplir el profesional del trabajo social, y finalmente, se plantearon algunas relaciones entre la educación en Gramsci y el trabajo social.Tras el renacer que ha experimentado el pensamiento del italiano Antonio Gramsci en las últimas décadas, especialmente a partir de las relecturas de Ernesto Laclau y de Chantal Mouffe; el surgimiento del partido Podemos en España, y la fuerza que tomó la izquierda latinoamericana en la primera década del siglo xxi, la cual inició su declive con la muerte de Hugo Chávez y con la caída internacional de los precios del petróleo en el año 2013, marco en el cual, la presente investigación exploró los aportes que el pensamiento del intelectual italiano puede hacer a la disciplina-profesión del trabajo social. Si bien las relaciones entre Gramsci y el trabajo social se han planteado escuetamente en escuelas como las chilenas o brasileras, en Colombia ese diálogo estaba pendiente.La investigación exploró cómo categorías gramscianas como ideología, hegemonía, sentido común, intelectual orgánico y tradicional, lectura de la educación, etc., pueden contribuir a la reconfiguración de un proyecto ético-político de la disciplina y de un trabajo social nuevo que como ya se enunció en este resumen, hemos denominado «trabajo social crítico y emancipatorio» (TSCE).Desde este punto de vista, se plantea que la filosofía de la praxis de Antonio Gramsci aplicada al trabajo social no solo supera ciertas limitaciones del marxismo estándar, sino que ofrece nuevas herramientas a los(as) trabajadores(as) sociales para su quehacer y su labor de intervención social. Igualmente, esta apuesta gramsciana implica un llamado a la necesidad de que la profesión supere su complejo de subalternidad epistémica frente a otras ciencias sociales, a la vez que politiza la disciplina poniéndola al servicio de la transformación y el cambio social.La investigación se ha llevado adelante revisando la inacabada, fragmentaria y dispersa obra de Gramsci, buscando una lectura integral y sintética de esta, interpretando y confrontando sus contenidos con las investigaciones en torno al proyecto ético-político del trabajo social, para así determinar los posibles aportes del pensamiento gramsciano a la disciplina. Es, por esto mismo, una investigación teórica y filosófica, que busca esclarecer rutas para la praxis.Dada la vastedad de los resultados de la investigación, a efectos de la ponencia, me propongo presentar lo relacionado con la Educación en Gramsci y el Trabajo social, a partir del capítulo de libro de mi autoría en el libro Gramsci y el Trabajo social. Elementos para un diálogo pendiente, recientemente editado por la Universidad Industrial de Santander.La ponencia presentará la reflexiones propuestas por Gramsci que desafían comprensiones binarias y jerarquizadas en occidente y proponen una mirada dialéctica que devela las tensiones e interdependencias existentes entre ellas. Por su parte, el trabajo social como profesión y como disciplina emergente ha construido su identidad en medio de dualidades en tensión; sin duda alguna, la más incidente de ellas es la dialéctica entre teoría y práctica. No obstante, en correlación con la propuesta de Gramsci, resulta pertinente indicar otras disyuntivas que suelen leerse en occidente como opuestas y entre las cuales configura su quehacer el profesional de trabajo social: individuo-colectivo, conocimiento intelectual-popular, material-cultural, público-privado, pensar-sentir, macro-micro, histórico-cotidiano. La mirada crítica a estas tensiones, que como anoté previamente, además de binarias devienen jerarquizadas, a partir de la episteme de «lo mismo» (Amorós, 1985; Fernández, 1994), reproduce la subordinación de las categorías feminizadas y no hegemónicas: práctica, cultura, privado, colectivo, popular, sentir, micro, cotidiano.Sin perder de vista esta mirada epistémica, me propongo presentar el planteamiento que hace Gramsci respecto de la educación, y, a partir de este, hilvanar potenciales conexiones con la praxis profesional del trabajo social. Desarrollaré la ponencia a partir de tres reflexiones: en primera instancia, la relación instrucción-formación y su vínculo con la dimensión formativa del proyecto ético-político de la profesión; en segunda instancia, la correlación entre maestro-alumno, y entre saber especializado y saber popular, y desde allí el desarrollo metodológico participativo que caracteriza el TSCE. Finalmente, plantearé la tensión saber-sentir y la consecuente superación del intelectualismo que permite avanzar a nuevas formas de comprensión de la realidad, en las que la vivencia recobra un valor fundamental, donde la vida cotidiana se concibe como el locus de las transformaciones sociales.
#311 |
Politizar las emociones en la práctica de trabajo social
Sandra Elizabet Mancinas Espinoza
1
1 - Universidad Autónoma de Nuevo León.
Resumen:
Las emociones han tenido una presencia significativa en el trabajo social, de manera implícita o explícita y desde distintos enfoques teóricos se alude a ellas cuando se habla de intervención. Para Healy las emociones son el núcleo de la práctica del trabajo social y afirma, con base en Howe, que “[…] en gran medida el trabajo social trata de ayudar a los usuarios y clientes del servicio a sentir que tienen el control de sus vidas, a ser capaces de regular sus emociones y a conseguir una buena salud emocional.” (Howe 2008, 8, citado en Healy 2016, 181). Por su parte, en una perspectiva antagónica a la anterior, Oliva (2015) enfatiza que los procesos de intervención adquieren su carácter de proceso en tanto las técnicas y los procedimientos metodológicos se sitúan en relaciones sociales y en situaciones concretas de la vida cotidiana. De esta manera, es necesario identificar y comprender las particularidades (visiones, posicionamientos, recursos e intereses) de los distintos actores en la intervención y las relaciones entre ellos. Para Oliva (2003) los vínculos constituyen un recurso que se genera a partir de ideas, cuestiones emotivas, posiciones profesionales, políticas, religiosas, etc., y parte importante del quehacer profesional es movilizar dichos vínculos. Actualmente podemos observar distintos acercamientos conceptuales que vinculan las emociones con el trabajo social. Quizá el más dominante de ellos sea el que defiende la premisa de que el trabajo social tiene una función terapéutica (López y Camps 2020; López-Davalillo 2021; Ituarte 2016) basada en el humanismo relacional (López-Davalillo 2021). Desde estas tendencias, se considera apropiado que el trabajador social realice funciones de acompañamiento -a través de grupos de autoayuda- a personas en duelo por diferentes tipos de pérdidas, evitando así que éste se convierta en algo patológico (Ruiz 2021). En un sentido similar, hay quienes apuestan a que las personas desarrollen —mediante la intervención de trabajadores sociales— una dimensión afectiva cultivada a través de técnicas de desarrollo humano, inteligencia social y emocional (Hernández y Sánchez, 2008). Con lo anterior se pretende superar el malestar emocional que producen algunas problemáticas sociales, de ahí la importancia de la intervención terapéutica en trabajo social (Ituarte 2016)En un sentido similar al anterior, Puig (2016), propone transitar de la intervención social a una intervención cuidada en la que los trabajadores sociales contribuyan a la constitución de una cultura del cuidado, basada en el trípode: cuidar, cuidarse y ser cuidado. Y en otros trabajos destaca la confianza como elemento fundamental de la creación de vínculos entre trabajadores sociales y “clientes”[1] (Puig 2008). Por su parte, Millán-Franco, Orgambídez, Domínguez y Martínez (2020) consideran que la inteligencia emocional es una dimensión que debería tener mayor peso en la formación de trabajo social ya que podría aumentar la felicidad y calidad de vida de los estudiantes. Por ello, estos mismos autores resaltan la importancia de hacer talleres en los que los estudiantes escriban y reflexionen en torno a sus estados emocionales, así como la regulación de éstos a través de juegos de roles (Millán-Franco, Orgambídez, Domínguez
et al. 2021). De hecho, en algunas universidades europeas se está planteando que la inteligencia emocional debiera ser una competencia transversal en las mallas curriculares. Por un lado, para cumplir con lo acordado en el Espacio Europeo de la Enseñanza Superior de establecer un modelo de aprendizaje centrado en los estudiantes y, por otro lado, para empatar con un enfoque pedagógico en el que se fomente aprender a convivir y aprender a ser (Lirio y Medina 2021). En lo relativo a Latinoamérica, en algunas regiones se considera que lo emocional y lo espiritual son asignaturas pendientes en la formación en trabajo social (Giménez, Pavón y Rico 2014). Otras aproximaciones consideran a las emociones como efecto en la subjetividad de los profesionales, derivado de la complejidad de las problemáticas y del funcionamiento burocrático en que se insertan. Dentro de este bloque podemos mencionar el estudio del impacto emocional en la práctica en trabajadores sociales que atienden el sufrimiento social (Casillas 2018). Así como el desgaste por empatía que éstos padecen y cómo se trata de superar esta situación a través de mecanismos paliativos basados en el autoconocimiento y el autocuidado personal y profesional (Cuartero 2018). A veces, se hace énfasis en que los profesionales que trabajan con enfermos terminales experimentan de manera simultánea, tristeza, depresión y orgullo (Cerros 2016). O miedo, incertidumbre, tristeza y enojo en los procesos de restablecimiento de derechos de los Niños, Niñas y Adolescentes (Zuleta y Zapata 2021). Por su parte, Sepúlveda y Mancinas (2021) documentaron que las disonancias entre los principios éticos de las trabajadoras sociales y los intereses institucionales durante el proceso de intervención, generaba en ellas frustración. Dentro de los acercamientos más críticos, podemos mencionar aquellas propuestas que convocan a los profesionales del trabajo social a entender las emociones desde una perspectiva sociopolítica para modificar visiones estigmatizantes de algunos colectivos (Arroyo y Soto 2013). Considerando que la intervención/investigación constituye de cierta manera un compromiso político que se concreta en una epistemología que no separa lo político y lo personal, ni el pensamiento y la emoción de los sujetos (Pérez y Osornio 2021). En este sentido, los trabajadores sociales tendrían que tensionar aquellos criterios gerenciales en la implementación de políticas sociales que están reduciendo el soporte profesional a la clasificación y escrutinio de las conductas familiares y a tratar de resarcir las “fallas” de estas últimas a través de consejos de carácter emocional o moral (Rogowski 2011; Mancinas y Rodríguez-Otero 2019; Mancinas y Meza 2020). Bajo los enfoques críticos, la emocionalidad de los profesionales de trabajo social no es un rasgo individual ni volitivo, sino resultado de las contradicciones entre la ética personal y profesional con el ethos institucional (Sepúlveda y Mancinas 2021). Es la síntesis de la complejidad de las problemáticas atendidas —que conllevan sufrimiento— con los limitados recursos institucionales y con jornadas laborales extenuantes (Cerros 2016). Es dentro de este último tipo de acercamientos que quiero situar el presente trabajo, que tiene como objetivo plantear una narrativa colectiva y política de las emociones para el trabajo social, considerando que las emociones son siempre sociales y culturales. En este sentido, discuto que las emociones en el trabajo social son transversales a su práctica y a su historia, están asociadas a los modos de producción, tienen un carácter histórico y pueden ser politizadas. [1] Entrecomillado mío.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#073 |
“La práctica reflexiva en Trabajo social, reconocimiento de eventos críticos en el quehacer profesional, para la construcción disciplinar”
Paula Leiva Sandoval
1
1 - Universidad de las Américas (Chile) Universidad Rovira i Virgili (España).
Resumen:
Los y las profesionales del Trabajo Social, desarrollan su quehacer, la mayoría de las ocasiones, en condiciones de alta exigibilidad y demanda profesional. Sin duda, las situaciones y problemáticas que deben atender se caracterizan por ser complejas, dinámicas y multidimensionales, lo que requiere que dichos profesionales, desplieguen habilidades y capacidades para entregar una pronta respuesta a los diversos requerimientos, que se plantean en los contextos institucionales. Esta inmediatez requerida para las respuestas, junto a la exigencia de resultados óptimos en un corto plazo, hace que los profesionales cuentan con muy pocos espacios y tiempo para generar dichas respuestas, lo que dificulta el proceso de toma de decisiones, y la elaboración de juicios profesionales, que se desprendan de una debida profundización de los problemas sociales que se atienden, disminuyendo las posibilidades de reflexionar la práctica o el quehacer profesional, ejercicio que pudiera realizarse de manera individual, como también colectivamente junto a otros profesionales, lo que enriquecería la comprensión social de los diversos fenómenos y otorgaría nuevas miradas y perspectivas para aproximarse e intervenir la realidad social.Esto último, da cuenta de una tensión permanente en el Trabajo Social, que revisa, replantea y cuestiona permanentemente su praxis social, es decir, la conexión entre teoría y práctica, que se devela luego de reflexionar el quehacer.En esta misma línea, se considera fundamental, por tanto, que los y las profesionales dispongan formalmente de espacios para la reflexión de la acción, no sólo para el desarrollo de intervenciones pertinentes y debidamente situadas, sino también, para disponerse a la generación de conocimiento, que provenga de la práctica. Es así como, la reflexión del quehacer favorece la capacidad de explorar nuevas rutas para la actuación profesional, especialmente si nos enfrentamos a dificultades o situaciones inesperadas o bien “eventos críticos”, que nos desafían a desplegar nuevas y mejores estrategias y conseguir los resultados esperados y transformar la realidad social.Lo planteado permite afirmar que los eventos críticos, tales como las situaciones de conflicto, los acierto y errores, entre otros acontecimientos que surgen en la actuación profesional y la problematización de estos hechos, por parte de los profesionales y los equipos institucionales, favorecen el surgimiento de nuevo conocimiento, tanto disciplinar como interdisciplinar. Asimismo, se puede señalar, que dichas situaciones complejas, que ponen en tensión la actuación profesional, se constituyen en una oportunidad de aprendizaje y mejora, siempre y cuando los profesionales y/o las instituciones, las hagan consiente, disponiendo de espacios para la reflexión del hacer, de tal forma de reconocer aquellos eventos críticos, que afectan la actuación profesional y que sólo pueden ser reconsiderados, generando nuevos aprendizajes y nuevas rutas para la intervención, siempre y cuando la reflexión esté concebida como un ejercicio permanente.Paradojalmente, el hecho que los profesionales dispongan de tiempos y espacios para la reflexión, es una condición a veces esquiva, especialmente en un contexto social y económico marcado por el modelo neoliberal, que incide en que las sociedades actuales, se caractericen por la inmediatez de las interacciones;
afectando de manera importante las posibilidades de reflexión, constituyendo a estos espacios, en instancias de verdadera resistencia, para sobrellevar la carga laboral y otorgarle sentido a la actuación profesional. En otras palabras, se hace necesario que los y las profesionales, exijan y se dispongan a contar con espacios para la reflexión del quehacer, aún cuando en ocasiones, esto pueda ser considerado como una pérdida de tiempo o una acción innecesaria.Todo lo anterior, forma parte de las primeras aproximaciones realizadas en el marco de una investigación de carácter cualitativo de tipo descriptivo, de estudios doctorales en Trabajo Social, que cursa la autora, en la Universidad Rovira i Virgili, planteándose el propósito de reconocer e identificar cuáles son los espacios de reflexión del quehacer profesional que disponen los y las trabajadores sociales, que se desempeñan en la intervención social directa y cuáles son los temas que surgen de dicha reflexión.Esta ponencia, presenta los resultados parciales de la primera fase de dicha investigación, vale decir la revisión documental de las bases teóricas y conceptuales para profundizar en los conceptos de prácticas reflexivas, actuación profesional, eventos críticos, entre otros y el levantamiento de antecedentes y conocimientos desarrollados en el tema. Adicionalmente, se presentarán algunas consideraciones metodológicas, que guían la investigación, la que se centra en la narrativas de los y las profesionales, por lo que se presentarán las primeras aproximaciones a las opiniones de los profesionales, para dar cuenta de manera preliminar, de los sentidos que las personas le atribuyen a su hacer, ser y estar en la intervención social, a partir de los imaginarios de los profesionales, sus cuestionamientos e inquietudes, que surgen desde el ejercicio de la práctica. Interrogantes que son el punto central de la investigación, lo que ya es en sí, un ejercicio reflexivo que aporta al desarrollo de intervenciones pertinentes, que desafían a desplegar nuevas y mejores estrategias, conseguir los resultados esperados y transformar la realidad social.
#482 |
Articulación de la agenda neo-liberal y la neo-conservadora en la cuestión social: tensiones y desafíos para los proyectos profesionales críticos.
Esterla Barreto Cortez
1
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Luz M. Cordero Vega
2
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Mabel López Ortiz
3
1 - Universidad de Puerto Rico - Río Piedras.
2 - Universidad de Puerto Rico -Humacao.
3 - Universidad de Puerto Rico.
Resumen:
En el contexto de globalización del capital financiero y de la política y subjetividad neoliberal se ha profundizado la patologización, psicologización y moralización de la “cuestión social” con repercusiones para la política social y los ámbitos de formación, colegiación e intervención del trabajo social. Las consecuencias de los altos niveles de desigualdad social en la salud física y mental, sumado a los intereses de acumulación de capital del complejo médico industrial, han exponenciado la presencia del trabajo social en el campo de la salud, propiciando que en algunos países de la región de América Latina se hayan tomado acciones para intentar mover el trabajo social del campo de las ciencias sociales al campo exclusivo de la salud. Por otra parte, la agenda neoliberal en el campo político coincide con los intereses del neoconservadurismo y el fundamentalismo religioso de fomentar un discurso individualista de los derechos humanos en los cuales algunos derechos civiles y políticos tienen supremacía sobre los derechos colectivos, económicos, laborales y sociales. Como consecuencia, presenciamos con gran preocupación el debilitamiento de la democracia y el retroceso en derechos, particularmente para las mujeres y las comunidades sexodiversas y el ataque a grupos y colegios profesionales que se expresen a favor de la defensa, exigibilidad y radicalización de los derechos humanos. El derecho a la salud y a la educación han sido socavados por la privatización de los derechos sociales, a la vez que se promueve la profesión fuera del campo de lo social. Mientras, los derechos sexuales y los derechos reproductivos se ven hoy amenazados por la influencia del sector religioso fundamentalista en los procesos eleccionarios y legislativos. En respuesta, se reorganiza la resistencia mediante movimientos sociales que incorporan una visión anti-capitalista, anti-patriarcal, antirracistas y decoloniales. En el caso de Puerto Rico, el Colegio de Profesionales del Trabajo Social (CPTSPR) ha sido blanco de ataque de sectores interesados en un trabajo social liberal, de corte neoconservador y vinculado a la salud mental como campo principal de intervención. En nombre de la libertad de expresión y asociación se combate la colegiación compulsoria, los principios éticos y la regulación colectiva de la profesión y su vínculo multi-inter-transdisciplinario en el amplio campo de las ciencias sociales. Desde hace más de una década el CPTSPR ha procurado consolidar un proyecto profesional ético-político cónsono los principios de la dignidad humana, la libertad, la democracia, la socialización de la riqueza socialmente construida, la equidad, la inclusión y la justicia social. Además, ha acompañado movimientos sociales cónsonos con estos principios. Sin embargo, estos principios se ven socavados por intereses de diversa índole que tienen en común encontrar su espacio laboral en un ejercicio liberal y empresarial de la profesión sin vínculos a la regulación colectiva ni a los principios éticos de la profesión. Ciertamente, no es un fenómeno exclusivamente vinculado al individualismo profesional, sino que tiene sus raíces en la cuestión social, particularmente el desmantelamiento del Estado Benefactor, la focalización de las políticas sociales y la precarización de las condiciones laborales, que empujan a la configuración de un llamado nuevo trabajo social para el Siglo XXI, en el que el o la profesional se re-inventa con competencias empresariales y de mercadeo digital para ofertarse como profesional de la salud mental, el coaching ejecutivo, la investigación forense y la consultoría. Además, en el cual se proliferan los programas de especialidad en el campo clínico y la práctica privada o independiente de la profesión. En este contexto, adquiere mayor sentido para algunos sectores la asociatividad a grupos con intereses similares que a colegios profesionales reguladores del ejercicio profesional y defensores de los derechos de ciudadanía. En el caso de Puerto Rico, esto se complica aún más por la relación colonial y la imposición del Gobierno de los Estados Unidos de Norteamérica medidas draconianas de austeridad negociadas por una Junta de Control Fiscal para el pago de una deuda ilegal que ha precarizado de manera dramática las provisión de servicios sociales esenciales y las condiciones laborales de la clase trabajadora. A partir de la experiencia del trabajo social en Puerto Rico, procuramos analizar los retos que se presentan ante las nuevas configuraciones de la profesión, así como la relación entre los intereses de sectores neoconservadores, fundamentalistas y liberales con la política neoliberal y las expresiones actuales de la cuestión social y su psicologización y moralización. Además, plantear algunas reflexiones para el futuro de los proyectos profesionales ético-políticos críticos, particularmente respecto de las áreas de formación, colegiación, investigación y educación continuada. Así como, la importancia de incorporar la educación con perspectiva de género y de teorías críticas y de enfoque en derechos humanos, el reconocimiento de la profesión como esencial, la protección de la colegiación y la formulación de proyectos de ley que garanticen mejores condiciones laborales. NOTA: Otro posible eje temático es el 1: Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma.
#506 |
Reconfiguraciones en la profesión del Trabajo Social a partir del impacto de la Ley de Fortalecimiento de las Finanzas Públicas (LFFP) en las políticas sociales en Costa Rica.
Adriana Monge Arias
1
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Melba Rodríguez Rodríguez
1
1 - Universidad de Costa Rica.
Resumen:
Esta ponencia tiene como finalidad debatir acerca del papel que cumple la Ley de Fortalecimiento de las Finanzas Públicas en relación con el deterioro de la política social y las implicaciones en las condiciones laborales del Trabajo Social en Costa Rica. Se busca dar respuesta a algunas interrogantes generadoras o inquietudes que han surgido producto de la experiencia profesional y académica. Este artículo es producto de una investigación avalada por la Unidad de Investigación del Colegio de personas Trabajadoras Sociales de Costa Rica, que están desarrollando las ponentes.Para contextualizar se parte de que en el año 2018 se aprobó en Costa Rica Ley de Fortalecimiento de las Finanzas Publicas 9635 para enfrentar el problema del creciente déficit fiscal y el endeudamiento que tiene el Estado costarricense. El denominado “plan fiscal” sigue siendo parte de la red de protección de la evasión y elusión fiscal de los grandes capitales transnacionales y élites empresariales del país. Se trata de una política fiscal dirigida principalmente para el fortalecimiento de un sistema tributario regresivo e injusto. Tal como lo plantea la Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) (2020), se estima que la región latinoamericana perdió 325.000 millones de dólares, esto es equivalente al 6,1% del PIBen 2018 por incumplimiento tributario. La evasión del impuesto sobre la renta corporativa en la región es especialmente aguda. Los sistemas tributarios en algunos países generan menos de 50% de los ingresos por concepto de este impuesto que en teoría deberían generar, lo que resulta en brechas tributarias de entre 0,7% del PIB y 5,3% del PIB, según la misma CEPAL. Este contexto ha generado una baja histórica en la inversión en la política social, con las diferencias en cada país, pero que se trata de la continuidad estructural en la región de su baja respuesta ante las manifestaciones de la cuestión social. Tal como lo plantea Boron (2003), desde el discurso del déficil fiscal se oculta la verdadera razón de los problemas fiscales de los Estados de América Latina lo cual, “no se origina en la desmesura del gasto sino en la crónica incapacidad de nuestros gobiernos para expandir sus ingresos por la vía tributaria” (Boron, 2003, p.34). La vía tributaria ha estado fundada en una estructura regresiva no gravando al capital, a las ganancias y la riqueza, ya que directamente “el grueso de los ingresos fiscales proviene de impuestos al consumo, el trabajo y el comercio” (Boron, 2003, p.35). El desequilibrio fiscal en Costa Rica fue instrumentalizado para reducir aún más el gasto social, se trata de la ortodoxia neoliberal que mediante los tecnócratas insertos en el aparato estatal dictan políticas que trasladan la crisis a la población trabajadora. La Ley de Fortalecimientos de las Finanzas Públicas no solamente es una política tributaria, incluye dos Títulos: uno sobre la regla fiscal y otro es una reforma del empleo público. Por ende, implica una transformación respecto a la inversión en gasto social por parte del Estado y modificaciones a las condiciones laborales de la clase trabajadora que labora dentro del aparato estatal. En el caso de las profesionales en Trabajo Social, esto genera cambios significativos en dos niveles: por un lado, una reducción de contratación en programas sociales y por otras reconfiguraciones del espacio de actuación profesional, ya que en Costa Rica de acuerdo con el
Informe de la consulta de condiciones laborales de las personas profesionales en Trabajo Social 2021, el 80% de las personas profesionales en Trabajo Social tienen como empleador el sector público. Las políticas sociales son desfinanciadas, deterioradas y precarizadas, ya que se determina una contención de la inversión social producto del cumplimiento de la “sostenibilidad fiscal”. Asimismo, se despoja de un conjunto de derechos obtenidos mediante la lucha social y que son vistos como privilegios por economistas neoliberales, entre los que destacan: dedicación exclusiva, pago de carrera profesional, cesantía, anualidades, a su vez los condiciones a procesos de evaluación caracterizados por la medición cuantitativa de los procesos de trabajo, a fin de cumplir con “eficiencia y eficacia” necesaria para la disciplina fiscal del país. Por eso, se pretende realizar una breve referencia a las principales transformaciones experimentados por el Estado costarricense en el neoliberalismo, como contexto para explicar el origen de la Ley de Fortalecimiento de las Finanzas Públicas. Posteriormente se hará un balance de avances y retrocesos en las políticas sociales a partir de la década de los 70, y su relación con las condiciones laborales del Trabajo Social. De modo que, se obtengan los datos para un análisis comparativo entre un grupo de profesionales que ingresaron antes de la Ley de Fortalecimiento de Finanzas Públicas y posterior a su implementación con el objetivo de captar algunos cambios como: formas de contratación, salario (base e incentivos laborales), recarga laboral, tipos de evaluación, recursos de las políticas sociales, ampliación o reducción de los programas sociales, mecanismos de implementación de las políticas sociales, entre otros. Bibliografía Boron, A., (2003). Estado, capitalismo y democracia en América Latina. CLACSO.Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL). (2020).
Panorama Fiscal de América Latina y el Caribe. La política fiscal ante la crisis derivada de la pandemia de la enfermedad por coronavirus (COVID-19). Naciones Unidas http://hdl.handle.net/11362/45730Sánchez, M. (2022).
Informe de la consulta de condiciones laborales de las personas profesionales en Trabajo Social 2021. Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica.
#527 |
“Questão Social” e Saúde: Notas sobre o trabalho do Assistente Social no âmbito hospitalar
VANIA CARVALHO SANTOS
1
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LUANA SANTANA
1
1 - UFS.
Resumen:
O presente artigo teve como objeto de estudo a atuação profissional do Assistente Social no âmbito da saúde, especificamente na área hospitalar, e consistiu em um relato de experiência proveniente da vivência enquanto assistente social residente multiprofissional do Programa de Saúde do Adulto e do Idoso (SAI). Foi pensado devido a identificação da necessidade de explicitar o trabalho do Serviço Social dentro do campo da saúde, em que se deu um direcionamento voltado ao exercício profissional no hospital, através do entendimento e intervenção da profissão no processo de saúde/doença dos usuários, assim como suas contribuições. Teve como objetivo geral refletir acerca do trabalho desenvolvido pelo Serviço Social do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/UFS), de Aracaju/SE, a sua atuação frente as múltiplas expressões da questão social na saúde, com ênfase nos usuários que possuem Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), os objetivos específicos foram compreender de que forma os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) influenciam na atuação, elucidação e viabilização de direitos dos usuários interno e externo à unidade hospitalar, assim como abordar os principais entraves na efetivação do exercício profissional. O trabalho foi delimitado há um cenário de atuação, a Clínica Médica I (CMI) que lida sobretudo com Doenças Crônicas Não Transmissíveis e diagnósticos que estão sob investigação. Na CMI, foi possível identificar algumas das principais demandas relacionadas aos usuários doentes crônicos apresentadas ao serviço social, através do acolhimento e da escuta qualificada. As doenças crônicas vêm apresentando um aumento significativo em nível global e são a principal causa de morbidade e mortalidade, segundo Brasil (2019) baseado em estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) as DCNT são responsáveis por 71% das 57 milhões de mortes em 2016, no Brasil no mesmo ano o percentual é de 74% do total de óbitos. Abordar o entendimento dessas doenças como um fenômeno global que tem base em uma série de fatores da realidade conjuntural atual é imprescindível para a atuação do assistente social que trabalha frente esse processo de adoecimento que atinge os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentro do recorte social de promoção a saúde, entende-se o desenvolvimento de doenças crônicas à uma nítida assimilação aos Determinantes Sociais de Saúde (DSS) e Iniquidades Sociais, visto que para além das predisposições genéticas estão associadas também a hábitos saudáveis, fatores como alimentação, atividade física, lazer, trabalho, estes que estão intimamente ligados a condições socioeconômicas (BRASIL, 2005). O artigo teve como fundamentação teórico metodológica o materialismo histórico-dialético. O processo de desenvolvimento deste relato de experiência foi realizado através dos instrumentais: entrevista social, discussões multiprofissionais, observações e registro de campo em que se pode experenciar o exercício profissional e assim analisar e refletir acerca da dinâmica de trabalho com usuários internados, sendo usada a técnica da observação participante. Destaca-se que para realizar esse estudo foram utilizadas referências bibliográficas, artigos, livros, leis, resoluções, entre outros, referentes a temática, essenciais no processo de fundamentação do relato. Percebeu-se no decorrer do trabalho dificuldades referentes ao acesso dos usuários à serviços da rede básica de saúde, dúvidas acerca da Seguridade Social, e formas de acesso a cada política que a compõe, assim como não conhecimento acerca do fluxo para acesso ao Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (CASE) órgão responsável pela dispensação de medicamentos essenciais no estado. Um dos instrumentos facilitadores no processo de elucidação das possibilidades dentro do SUS de maneira mais didática foi a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde. A conjuntura de inserção na residência foi especialmente complicada dado a pandemia e todas as reverberações que esta vêm causando na sociedade, que impactou sobretudo no desenvolvimento dos serviços públicos de saúde, com redução dos níveis de atendimento a essa população assistida de maneira continuada em suas Unidades Básicas de Atenção à Saúde, e significativos riscos aos usuários com DCNT, conforme Malta et al. (2021, p. 2834) “Houve reorganização ou descontinuação de serviços de saúde de rotina, com interrupção da assistência a pessoas em tratamento de doenças como câncer, doenças cardiovasculares e diabetes.”, situação essa que foi trazida pelos usuários internados no relato das suas dificuldades na saúde. E no âmbito hospitalar houve dificuldade em lidar com a redução de contato com a rede de apoio do usuário, atores importantes para desenvolvimento de sua saúde, visto que devido as normas de distanciamento do COVID-19, tanto o acesso a acompanhante quanto a visitas foram limitadas e restritas. Pode-se refletir sobre a atuação enquanto assistente social sob uma perspectiva crítica a qual não se restringe na mera execução da política, mas no entendimento de todo o processo que engloba a saúde/doença, adentrando as especificidades do grupo específico que foi abordado, construindo possibilidades em conjunto com o usuário e equipe de assistência para melhora do seu quadro de saúde. Dos entraves que se colocam além do fazer profissional na saúde propriamente, lidamos com problemas no âmbito da Previdência Social em seu equipamento INSS, em que os usuários relatam as dificuldades de acesso tanto digital quanto telefônico, fator atrelado a longas filas de espera de atendimentos e perícias acabam sendo um fator prejudicial àqueles que buscam o resguardo de seu direito em um momento de adoecimento, por meio do auxílio-doença e BPC. Na articulação em redes é possível visualizar as falhas do sistema no que se refere recursos materiais e humanos para sanar o acompanhamento e monitoramento continuado aos usuários contra referenciados à rede de atenção básica, que apresenta um quadro reduzido de pessoal e material para assumir as demandas contrarreferênciadas. Conclui-se que há muito que se construir para a efetivação e consolidação de um SUS de excelência em sua materialização e no decorrer dos processos foram enfrentadas uma série de limitações a atuação profissional, mas para além dos percalços foram também pensadas estratégias diárias que em conjunto com profissionais em um trabalho interdisciplinar se configurou em caráter efetivo, através da afirmação dos direitos pactuados no SUS.
#582 |
SERVIÇO SOCIAL E EXTENSÃO RURAL: DESAFIOS PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL NO CONTEXTO DA CONTRARREFORMA DO ESTADO BRASILEIRO
Franqueline Terto dos Santos
1
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Elaine Nunes Silva Fernandes
1
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Valéria Coelho de Omena
1
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Joselita Olívia da Silva Monteiro
1
1 - Universidade Federal de Alagoas.
Resumen:
O presente trabalho resulta de reflexões preliminares a partir de requisições institucionais (im)postas ao trabalho profissional de assistentes sociais no Brasil, vinculados a programas governamentais de
assistência técnica e extensão rural
(Ater) para assentamentos rurais de reforma agrária, situados no contexto histórico da crise estrutural do capital em nível global e da particularidade da “contrarreforma” do Estado brasileiro, sendo esta expressa na administração pública de caráter gerencialista. Considerando que os processos societários do metabolismo do capital se fazem materializar no cotidiano das classes sociais, na intervenção social do Estado por meio da administração pública e, por conseguinte, nas práticas profissionais, este artigo objetiva problematizar a configuração recente das atividades e serviços de Ater e refletir sobre as requisições institucionais, as atribuições profissionais e os desafios colocados ao Serviço Social diante desta configuração, que expressa - a nosso ver - determinadas alterações na base de sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social – as políticas sociais, conforme analisado por Montaño (1997). Essas alterações, portanto, incidem qualitativa e significativamente nos distintos espaços sócio-ocupacionais, exigindo novas atribuições e competências profissionais de assistentes sociais (GUERRA
et al, 2016), as quais buscamos evidenciar a partir da exposição e análise dos serviços de Ater no âmbito do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no estado de Alagoas, Brasil, e as implicações para o exercício profissional de assistentes sociais, inserido em equipes multiprofissionais. Para tanto, utilizamos, de um lado, os aportes teóricos produzidos no campo do Serviço Social e da Sociologia das Profissões e, de outro, o referencial empírico de programas governamentais de instituídos entre 2012 e 2021, respectivamente nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT), seguido pelo programa instituído no atual governo de Jair Bolsonaro - ambos tendo por referência as diretrizes instituídas pela Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a agricultura familiar e reforma agrária (PNATER, 2010). É importante salientar que a presença do Serviço Social em ações extensionistas no meio rural brasileiro datam do final da década de 1940, por meio das Missões Rurais de Educação. No âmbito da política de reforma agrária, apenas a partir dos anos 2000 abre-se, sistematicamente, a possibilidade de inserção de assistentes sociais em programas públicos de Ater específicos para a realidade dos assentamentos rurais, no quadro dos profissionais da área “social”. Nas formatações recentes da política de Ater brasileira para os assentamentos rurais, as requisições profissionais são hierarquicamente definidas na forma de “ações”, “atividades” e “metas”, a serem executadas pelos distintos agentes extensionistas em nível local. Neste cenário, identificamos significativos tensionamentos conceituais e técnico-operativos que, implícita ou explicitamente, incidem nas atribuições e prerrogativas profissionais do Serviço Social construídas historicamente e regulamentadas legalmente pela categoria profissional no Brasil. Tensionamentos que se manifestam na inserção de assistentes sociais em espaços ocupacionais multiprofissionais (historicamente dominados por profissionais das ciências agrárias) – incluindo profissionais de áreas distintas, como das agrárias e ambientais - e em demandas interdisciplinares que podem constituir em ameaças às fronteiras ocupacionais, ou se evidenciar como oportunidade de ampliação de conhecimento sobre a realidade, necessidades e demandas diversas das populações rurais, numa perspectiva de integralidade dos sujeitos e das comunidades rurais; as questões relativas à formação acadêmica e permanente durante o exercício profissional, buscando se apropriar melhor das problemáticas históricas da questão agrária brasileira e das particularidades da questão social, decorrentes da formação socioeconômica do país; a inserção do profissional na condição de dupla subalternidade – em relação às diretrizes centrais oriundas do órgão gestor e em relação às determinações da entidade executora, sua contratante por meio do assalariamento, uma vez que as ações de Ater estão sob a gestão e financiamento do Estado, que tem o poder de formular e dirigir a implementação da política por meio da terceirização dos serviços públicos; a “relativa autonomia” implica na possibilidade do assistente social direcionar, em alguma medida, o exercício profissional em função de seus objetivos e resultados esperados dada a condição social de profissão legal regulamentada por legislação própria, esclarecendo que isso não significa que o exercício da autonomia depende da vontade ¨messiânica¨ do sujeito, nem que o assistente social deve se render ao “fatalismo” dos limites do exercício profissional (IAMAMOTO, 2007), mas exige mobilizar estratégias que permitam articular respostas profissionais às requisições da instituição e aos reais interesses da classe trabalhadora. As análises preliminares nos coloca frente aos debates relativos à “desprofissionalização”, “desespecialização” “proletarização”, “desqualificação” do trabalho, bem como sobre as principais teorizações sobre a “especificidade / desespecificidade / particularidade” do Serviço Social. Assim, e principalmente, a partir da visibilização da experiência profissional de assistentes sociais em determinado espaço ocupacional concreto, buscamos refletir coletivamente os desafios e os caminhos possíveis de reafirmação e fortalecimento do projeto profissional crítico do Serviço Social brasileiro, frente à tendência atual de acirramento dos ataques neoliberais aos direitos sociais, de precarização dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade, de acirramento da luta de classes e de propagação avassaladora do neoconservadorismo no Brasil e no mundo.
FCS - D2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#109 |
A formação profissional de trabalhadores/as sociais no Paraguai: os Planos Curriculares da Carreira de Trabalho Social na Universidade Nacional de Assunção (UNA)
LORENA FERREIRA PORTES
1
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FERNANDA RAFAELA FERREIRA
1
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THALITA POLICARPO RAITHZ
1
1 - Universidade Estadual de Londrina- UEL.
Resumen:
RESUMO A formação profissional de trabalhadores/as sociais no Paraguai: os Planos Curriculares da Carreira de Trabalho Social na Universidade Nacional de Assunção (UNA) A proposta de artigo que se apresenta é proveniente dos estudos e pesquisas que integram um projeto de pesquisa desenvolvido em uma instituição pública estadual do Paraná que tem por finalidade conhecer as propostas curriculares dos cursos e carreiras de Serviço Social/Trabalho Social nos países que são membros plenos do Mercado Comum- Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Recortamos, para este trabalho, as sínteses construídas sobre a formação de trabalhadores/as sociais na Universidade Nacional de Assunção (UNA) no Paraguai. Apresentaremos a trajetória da formação profissional da Carreira de Trabalhadores/as Sociais da UNA, identificando os Planos Curriculares desenvolvidos. A escolha pelo curso da UNA deve-se ao fato de ser a primeira universidade no país, criada em 1889, e a primeira que incorporou a formação de trabalhoras/es sociais em 1963. Em relação aos procedimentos metodológicos, realizaremos uma revisão de literatura, selecionando textos de autoras que abordam a profissão de Trabalho Social no país e que são referências na temática da formação profissional. Também recorreremos a um levantamento documental, identicando resoluções que versem sobre os Planos Curriculares. Destacamos a Resolução 0183/2015 que dispõe do Plano Curricular atual. Para apresentar as principais sinteses construídas nesse percurso, organizaremos o artigo em dois momentos: 1) A profissão de Trabalho Social no Paraguai: breves apontamentos; 2) A formação profissional no Paraguai: os planos curriculares presentes na Carreira de Trabalho Social na UNA. Na direção de não descolar a profissão da realidade social, econômica e política, compreendemos que a profissão de Trabalho Social é produto sócio-histórico, que responde às exigências do Estado e do mercado, em uma determinada fase de desenvolvimento capitalista, respondendo às necessidades sociais de um tempo histórico, político e econômico. Assim, uma profissão não se autodetermina, pois ocupa um lugar no mercado de trabalho a medida que atende às suas exigências, inserindo-se na divisão social e técnica do trabalho. O Trabalho Social no Paraguai, enquanto disciplina profissional e acadêmica, tem com um dos seus pilares, de acordo com Vera (2018), a própria matriz das políticas sociais nacionais. Assim, o trabalho profissional não está deslocado das formatações e tendências das políticas sociais que incidirão, diretamente, nos espaços sócio-ocupacionais em que a intervenção de trabalhadores/as sociais se desenvolverá, nas ações profissionais, nas exigências e requisições postas à profissão. A profissão surge no Paraguai como sendo de nível técnico secundarista em 1939, através da Escola de Visitadoras Polivalentes de Higiene, ligada ao Instituto de Ensino Dr. Andres Barbero (IAB), vinculado ao Ministério da Saúde. Denominava-se a profissão de
Serviço Social. A partir de 1963, com a mudança para carreira universitária, a profissão foi ampliando sua inserção no mercado de trabalho, institucionalizando-se em um contexto de grande instabilidade econômica no país, de aumento inflacionário e de ditadura militar. A carreira de Serviço Social passa por transformações, passando a denominar-se Trabalho Social e fomentando um debate de revisão curricular que primasse pelo compromentimento profissional com as lutas sociais, com a maioria da população paraguaia, colocado-se contrário à ditadura.Em relação à formação profissional, dado o nível secundarista e técnico da profissão e a influência médico higienista e religiosa num contexto de ditadura militar, dá-se através da Escola de Visitadoras Polivalentes de Higiene entre os anos de 1940/41. Em 1942, ocorre a reorganização do Instituto de Ensino Dr. Andres Barbero (IAB), reajustando o plano de estudos e integrando outras escolas à de Enfermaria e Obstetrícia, vinculada ao Ministério da Saúde. Em 1963 a profissão é incorporada por meio do convênio com o Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social na UNA como carreira universitária. De 1963 até 1987 a formação se estrutura em um determinado Plano Curricular (1º Plano) atendendo às necessidades do tempo histórico e sofrendo as influências da conjuntura política e econômica paraguaia. No ano de 1988 será construído o 2º Plano Curricular que se manterá vigente até 2000 (Resolução 2832/89). Em 2001 o 3º Plano Curricular entra em vigor com um novo esboço curricular na Escola de Trabalho Social, implementado em 2003. Será chamado de “o
currículo da virada” por ser uma revisão mais crítica da formação profissional; uma perspetiva de profissão inscrita na divisão social e técnica do trabalho e o trabalhador social como um profissional que produz conhecimento, assumindo, de acordo com Battilana e López (2018) as expressões da “questão social” como matéria-prima da intervenção profissional. Oo 4º Plano Curricular é de 2012, visando consolidar a matriz curricular através dos fundamentos e princípios curriculares de 2001. Em 2015 se concebe o 5º Plano Curricular. Nesse novo currículo a “Questão Social” é tomada como matéria-prima da profissão. A teoria social é considerada elemento fundamental na formação dos estudantes. Em 2016, o Instituto de Trabalho Social passa a se vincular à Faculdade de Trabalho Social; em 2018, se cria a Faculdade de Ciências Sociais (FACSO) e integra-se a Carreira de Trabalho Social à FACSO; cria-se um Plano Ponte para a implementação do currículo de 2016., através da Resolução 0170 de 2020. Sendo assim, o currículo vigente, já passou pelo Plano Ponte de implementação e está contido na Resolução 0183 de 2015. REFERÊNCIAS BATTILANA, Nidia. LÓPEZ, Sara. Incorporación de la teoría crítica en la formación profesional del trabajo social en la Universidad Nacional de Asunción: una búsqueda sostenida. In.: Formación en trabajo social: miradas y reflexiones sobre el proceso de enseñanza. Editorial Fundación la Hendija. 2018. VERA, Ada. La formación disciplinar del trabajo social. Conservadurismo, derechos sociales y políticas sociales. Revista MERCOSUR de Políticas Sociales, v. 2, p. 310-325, dez. 2018. ISSN 2663-2047. Disponível em: http://revista.ismercosur.org/index.php/revista/article/view/79. Acesso em 8 de março de 2022.UNA, Resolução 0183 de 2015. Plano Curricular da Carreira de Trabalho Social. Universidad Nacional de Assunción (UNA). Informações no site insitucional, 2022. Disponível em: <https://www.una.py/la-universidad/sobre-la-una>. Acesso em 8 de março de 2022.
#135 |
Entre el estallido social y la pandemia. Resistencias y malestares al neoliberalismo
Katia García Benítez
1
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Sonia Brito
1
1 - Universidad Alberto Hurtado.
Resumen:
Entre el estallido social y la pandemia. Resistencias y malestares al neoliberalismo Sonia BritoKatia García La presente ponencia tiene como propósito problematizar el malestar social por la incapacidad del estado de reaccionar oportunamente con políticas públicas robustas y elocuentes ante el estallido social y la pandemia. Lo anterior desde la construcción neoliberal que, desde la arrogancia, ha autodefinido a Chile como los jaguares de Latinoamérica y, del oasis, como un territorio ideal de remanso. Esta ironía chauvinista surge como una forma de marcar una diferencia discriminatoria con los países latinoamericanos y del Caribe.Chile ha tenido, desde sus orígenes la pretensión de imitar las usanzas europeas y por tanto imitar sus modelos educativos, en salud, en otros, entonces se ha importado estructuras y discursos que no calzan con nuestra idiosincrasia y, por otro lado el oasis, haciendo alusión a lo planteado por el ex presidente Sebastián Piñera en Venezuela cuando alardeaba de la tranquilidad y la paz social de Chile. Dicho esto, no es posible hacer alusión a la pandemia sin dar cuenta del estallido social, fenómenos que se dan casi simultáneamente, situaciones que impactan los cimientos de las estructuras, del país y de las personas, cuestión que ha provocado visibilizar aquellos problemas sociales que estaban soterrados. Por tanto, la pandemia no es solo sanitaria, sino que socio sanitaria, dicho de otra manera, opera como una sindemia. y, por otro lado, el estallido social que trae como consecuencia la materialización de un proceso constituyente en donde la ciudadanía delibera y construye colectivamente una nueva constitución, que por primera vez podría desestabilizar la forma implacable en que se ha impuesto el sistema neoliberal.
#392 |
Trabajo Social y Ambiente
Claudia Usaquen
1
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Wendy Godoy
2
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Gloris Tobar
3
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Ana Patricia Quintana
4
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Nélida Ramírez
5
1 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
2 - Universidad Católica Silva Henríquez.
3 - Universidad Católica Luís Amigó.
4 - Universidad Nacional de Colombia.
5 - Universidad Católica del Maule.
Propuesta del Panel:
PANEL: TRABAJO SOCIAL Y AMBIENTE PARA EL XXIII SEMINARIO DE LA ALAEITS El panel que se propone surge desde un trabajo colaborativo entre académicas trabajadoras sociales de Chile y Colombia, considera que la creciente preocupación por el impacto del cambio climático, la degradación ecológica y la injusticia medioambiental, que afectan dramáticamente la calidad de toda la vida en la Tierra y los sistemas sociales, políticos y económicos de los que dependen las comunidades humanas, es un tema transversal y dada su relevancia ha sido y es también de preocupación para el Trabajo Social. en la Educación Superior Chilena. Por lo anterior, la profesora se incluyen Claudia Usaquen Lancheros, expondrá el tema Desarrollo Humano Integral en torno a la Categoría Social del Medio Ambiente: Una Mirada desde La dimensión Ontológica del Trabajo Social, su trabajo parte de la lectura holística de lo social, se analiza la dimensión práctica del medio ambiente, desde Trabajo Social como profesión y disciplina de las ciencias sociales, considerando la interdisciplinariedad y el análisis integral de subcategorías como; la vulnerabilidad, el riesgo, las amenazas y la atención en situaciones de emergencia y desastre, desde diferentes enfoques que conlleven a la comprensión de la realidad, desde el desarrollo humano integral mediante, metodologías participativas que involucren lo individual y lo colectivo, como modo de construcción de territorios que puedan tener la capacidad de respuesta ante el impacto socio ambiental. Complementario a lo anterior, la profesora Wendy Godoy Ormazabal, presentará el tema Trabajo Social y Medio Ambiente: ¿Configuración de una Nueva Cuestión Social?, cuyo objetivo es poner en el debate las nuevas configuraciones de la cuestión social, entre las que se destacan aquí los efectos del cambio climático su incidencia global, pero particularmente la afectación que vivencian amplios sectores de la población empobrecida, quienes son invadidos por modos de producción invasivos, que depredan sus entornos y que en el caso de Chile se denominan algunos de ellos “Zonas de Sacrificios”. Los sectores afectados por la pobreza, son además tensionados por discursos dominantes que amenazan constantemente con la posible pérdida de empleo y con ello el aumento de la precarización sus micro economías de subsistencia. Este dilema tiende a inmovilizar a las poblaciones que se encuentran afectadas directamente por las inmisiones de conglomerados económicos. Algunos de los antecedentes explorados, en este trabajo son el modelo extractivista que cambio los modos de producción, desde fines del siglo XIX y que se agudizó durante el Siglo XX e inicios del Siglo XXI. Considerando la urgente y necesaria participación de nuestra disciplina y profesión la profesora Gloris Rocío Tobar Carreño, expondrá la Intervención del Trabajo Social en el escenario ambiental, a partir de la experiencia de trabajadoras en zona cafetera de Colombia, lo cual es el resultado de un estudio exploratorio que tiene como objetivo develar otras prácticas y saberes de trabajadores sociales que enriquecen la intervención profesional en un escenario que plantea desafíos interdisciplinarios entre las ciencias sociales y humanas, la ciencia jurídica y las ciencias naturales y exactas, para mitigar el deterioro ambiental. Para tal fin, se realiza una interpretación de la información arrojada desde algunos fundamentos de la ecología social, la ecología política, la normatividad ambiental colombiana vigente y la metodología de intervención del trabajo social. Como resultado, se indica que el trabajo social por ser una disciplina que tiene métodos propios de intervención como son los de grupo y comunidad, lo posiciona como una profesión que articula, facilita y media en los procesos de gestión ambiental y territorial para la realización de actividades como la identificación y análisis de actores estratégicos, la lectura de territorio, la generación del vínculo y cohesión social, la planeación territorial y la planeación ambiental.Abordando instancias comunitarias y territoriales, la profesora Ana Patricia Quintana Ramírez presenta la experiencia de Organizaciones Comunitarias que distribuyen agua, una expresión del Buen Vivir Andino. Los intercambios establecidos por grupos indígenas del suroccidente y centro de Colombia, configuran la principal herencia del buen vivir como horizonte ético, basado en la solidaridad y complementariedad. Empezando por la construcción de acequias para canalizar agua para riego, luego por el modelo de distribución del líquido asumido por lavanderas y aguadoras, hasta llegar a acueductos veredales como única la alternativa para acceder al líquido entre población desatendida por el Estado. Las redes sociales que buscaban consolidar alternativas de sobrevivencia en el territorio tejieron alianzas y fluidos económicos, a través de los ríos y quebradas entre los aborígenes ribereños en la época prehispánica. Estos procesos fueron desestructurados por el acaparamiento de la tierra en manos de los españoles durante la colonización del territorio americano. La población indígena y negra esclavizada se refugió en el agua para mantenerse con vida. En los departamentos del Valle del Cauca, Cauca, Risaralda y Cundinamarca, donde habitan las poblaciones que integran actualmente las organizaciones comunitarias afiliadas a la Confederación Colombiana de organizaciones comunitarias de agua y saneamiento básico -COCSASCOL- se encuentra una milenaria historia organizativa en torno a las formas de gestión del agua. Para cerrar el panel la profesora Nélida Ramírez Naranjo realizará un análisis comparativo entre los principios normativos del desarrollo sustentable y la misión del trabajo social. Utilizando la definición internacional de trabajo social como punto de referencia. Esta fue definida por la FITS y la Asociación Internacional de Escuelas de Trabajo Social (IASSW) en un esfuerzo por aclarar la posición y la identidad del trabajo social. El trabajo social puede contribuir a reforzar la dimensión social del desarrollo sustentable: su enfoque emancipador puede mejorar los aspectos sociales, empoderamiento y otras prácticas participativas se consideran ventajas a este respecto. Complementariamente el enfoque del trabajo social en la justicia social podría reforzar su atención a las cuestiones de distribución y redistribución en los procesos de desarrollo sustentable.
#116 |
A formação profissional no Paraguai: um estudo do Plano Curricular atual da Carreira de Trabalho Social na Universidade Nacional de Assunção- UNA
MELISSA PORTES
1
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BEATRIZ FABIANO
1
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
O objetivo deste artigo é apresentar o Plano Curricular atual da Carreira de Trabalho Social na Universidade Nacional de Assunção (UNA) como breve síntese dos estudos desenvolvidos sobre a formação de trabalhadores/as sociais no Paraguai pelo Projeto de Pesquisa intitulado “A formação profissional em Serviço Social/Trabalho Social nos países membros do Mercosul: as assimetrias e convergências em questão” desenvolvido pelo curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL) no Estado do Paraná. A metodologia escolhida deu-se através da pesquisa documental e revisão de literatura. Para a revisão de literatura, selecionamos trabalhos elaborados por docentes da Carreira de Trabalho Social da Universidade Nacional de Assunção (UNA) que discorrem sobre a profissão de Trabalho Social no Paraguai, sendo elas: Stella Mary Garcia, Ada Vera, Nidia Battilana e Sara R. López e no campo da pesquisa documental estudamos a Resolução nº 0183/2015 que dispõe sobre o Plano Curricular atual da Carreira de Trabalho Social da UNA. A escolha do Plano curricular na UNA deriva-se do fato que a universidade foi a primeira criada no país em 1889 e a primeira na oferta de Carreira de Trabalho Social em 1963. No Paraguai, o ensino superior é universitário, contando com 54 universidades, das quais 46 são públicas e 8 são privadas. Do total de universidades no Paraguai, 11 ofertam a Carreira de Trabalho Social. Destas, 4 são em universidades públicas e 7 em universidades privadas. A formação ocorre na modalidade presencial. O Plano Curricular da Carreira de Trabalho Social da UNA aprovado em 2015 e iniciada a implementação em 2016 é regido pela Resolução 0183 de 2015. Destacaremos alguns aspectos dessa resolução, apontando, os objetivos da formação, o perfil a ser formado, as áreas de conhecimento e a estrutura curricular. O
objetivo geral é o de “formar profissionais com conhecimentos teóricos, habilidades técnicas e posicionamento ético” para subsidiar a intervenção profissional nos âmbitos de desenvolvimento de políticas, programas e projeto sociais, permitindo ao profissional “contribuir na elaboração e implementação de políticas sociais no Estado, assim como em espaços de organização e mobilização da sociedade civil para a construção de uma cidadania crítica e participativa” (UNA, RESOLUÇÃO 0183/2015, p. 04).Em relação ao
perfil do egresso espera-se que a formação propicie ao futuro profissional o desenvolvimento de habilidades e atitudes para compreender a realidade nacional a partir das categorias analíticas da teoria social assim como construir propostas de intervenção profissional que promovam o exercício dos direitos humanos, tendo como fundamento a compreensão as relações de classe, gênero, geração e interculturalidade. Atendendo aos objetivos e ao perfil a ser formado, os componentes curriculares estão organizados de acordo com áreas acadêmicas. As áreas se constituem em eixos que articulam os conhecimentos e habilidades necessários para a intervenção profissional nos processos sociais da realidade paraguaia. As áreas são:
Teoria Social, Processos Sociais e Realidade Nacional, Conhecimentos relacionados à Intervenção. A área de
Teoria Social contempla as disciplinas das Ciências Humanas e Sociais que fundamentam o pensamento teórico. Trata-se de um circuito de formação teórica que prepara o futuro profissional para análise da realidade social. A segunda área de
Processos Sociais e Realidade Nacional refere-se à temática dos processos sociais que determinam e condicionam a dinâmica da sociedade. Permite a reflexão das diversas esferas da vida social e oportunizam discussões sobre hegemonia, Estado, partidos políticos, movimentos sociais e setores empresariais. Assume relevância as relações de classe, gênero, étnicas e geracionais. E a área de
Conhecimentos relacionados à intervenção está voltada às bases da investigação científica que estruturam a formação e a intervenção profissional. Referem-se aos conhecimentos, habilidades e estratégias de análise e planificação que servem de ferramentas para a intervenção profissional.
A carreira de Trabalho Social na UNA é uma licenciatura com tempo de duração de no mínimo 10 semestres. Tem uma carga horária total de 3.300 horas e adota como sistema de ensino o regime de crédito semestral. São duzentos e vinte e dois créditos ofertados, distribuídos em 34 disciplinas fundamentais (2040 h), 05 seminários optativos (150 h), 04 em Abordagem Profissional (870 h), orientação de teses (180h) e 90 horas em extensão universitária.
Em relação ao
regime acadêmico, destaca-se que o ingresso na Carreira de Trabalho Social se dará através de um curso probatório. Esse curso é uma oportunidade para que os estudantes se adaptem à vida universitária e se introduzam as disciplinas oferecidas pela universidade para equiparação dos conhecimentos e aprendizagens. Ocorre no primeiro semestre do curso com carga horária de 300 h abordando conhecimentos na área de espistemologia das Ciências Sociais, comunicação oral e escrita; metodologia da aprendizagem, realidade paraguaia e matemática aplicada às Ciências Sociais.
Importante destacar que a estrutura curricular oferece componentes curriculares semestres e anuais. A disciplina de Abordagem Social e a de Trabalho Social são ofertadas anualmente .A discipina de Abordagem Social compreende ao que denominamos de estágio em Serviço Social. O atual Plano Curricular adensa a discussão sobre a questão social e a categoria trabalho e visa, ainda que com fragilidades teóricas e um certo grau de ecletismo, consolidar um marco teórico crítico. Isso se justifica pela referência a autores marxistas e pós-modernos. É possível identificar a influência da produção de conhecimento do Serviço Social brasileiro nos dois últimos processos de revisão curricular, com destaque para as contribuições de Marilda Iamamoto e José Paulo Netto. Destacamos que a Proposta Curricular em questão reafirma os princípios e finalidades profissionais dispostos no Código de Ética do Profissional de Trabalho Social no Paraguai, de 2008 e, mesmo anterior à Lei Federal que regula o exercício profissional (2019) já apontava e continua apontando as competências e funções profissionais hoje descritas na legislação.
#306 |
Rutas, desafíos, tensiones y posibilidades del trabajo social. Lecturas desde la pandemia.
Sonia Brito Rodríguez
1
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Andrea Comelin Fornés
2
1 - Universidad Alberto Hurtado.
2 - Universidad de Tarapacá.
Resumen:
La presente ponencia tiene el propósito de realizar un análisis crítico respecto del rol del trabajo social y las nuevas demandas realizadas a la disciplina a partir de la pandemia, cuestión que ha remecido los cimentos de los sistemas, siendo lo político y económico dos pilares que se han derrumbado. Se ha visibilizado las inequidades históricas y las vulneraciones sistemáticas hacia las personas y grupos que han estado en la periferia de los discursos y despliegues de la política pública. En otro sentido y frente a las demandas históricas del medio, el trabajo social ha tenido una forma de enfrentar las respuestas desde metodologías y epistemologías que tradicionalmente han acompañado el quehacer- pensar. Sin embargo, éstas han ido presentando una fractura o una falsa dicotomía y, que en la actualidad frente al contexto cada vez más cambiante y complejo se nos refleja como una necesidad imperiosa de tener que remirar ese contexto y entender que esa división es falsa, debido a que siempre existe una relación entre lo epistemológico y lo práctico que se unen en el hacer. Frente a este contexto de la pandemia se nos plantean nuevas demandas y se abren nuevos problemas como por ejemplo de atención en lo virtual, levantamiento de instrumentos, metodologías, técnicas que dialoguen con otras epistemologías, otros sujetos, otras subjetividades y otras visiones respecto de la construcción social epocal, situación que exige recorrer otras rutas profesionales. Del mismo modo, es importante problematizar cómo la mercantilización se ha ido filtrando en nuestra comprensión de lo social y no ha permitido reconocer nuestro plano identitario, puesto que ha primado la política pública hiperfocalizada de inclusión y exclusión. Este escenario movedizo requiere necesariamente revisar críticamente la formación profesional, la pertinencia de los curriculums y el reposicionamiento de una disciplina que ha estado en permanente vigilancia epistemológica, sin embargo, ha extraviado la razón de ser toda vez que abandona y olvida su horizonte de transformación. Dra. Sonia Brito RodríguezDra. ©. Andrea Comelin Fornés
#121 |
Trabalho e Formação profissionais em Serviço Social e a expansão dos cursos de graduação à distância no Brasil
Juliana Melim
1
1 - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Resumen:
O trabalho e a formação profissionais do assistente social tem sido tema presente na agenda da categoria e vem ganhando centralidade crescente nos debates de profissionais, estudantes e pesquisadores do Serviço Social brasileiro. Tal centralidade sinaliza a relevância do aprofundamento de estudos e pesquisas que desvendem o movimento e as contradições dos processos que se particularizam na profissão, expressões das leis tendenciais do capitalismo num dado momento histórico. Frente a este quadro, fazem-se necessárias reflexões teóricas e investigações científicas que possam contribuir para que o assistente social, ainda que atuando sob a ordem do capital – cujas inerentes contradições se expressam no cotidiano profissional -, possa melhor compreender a natureza e o significado do seu trabalho e da sua formação profissional nos marcos das relações sociais capitalistas. Afinal, as transformações na dinâmica do capitalismo contemporâneo afetam o mundo do trabalho, seus processos e sujeitos, além de provocarem redefinições no papel do Estado e nas políticas sociais, desencadeando novas requisições, demandas e desafios ao trabalho e à formação profissional do assistente social. O crescimento dos cursos de Serviço Social, sobretudo através da modalidade de graduação à distância, tem acontecido no mesmo lapso temporal em que se processa a expansão do mercado de trabalho marcado pela intensa precarização, que tem se manifestado através do crescimento das contratações temporárias, sem a garantia de direitos trabalhistas, em espaços sócio ocupacionais que executam políticas sociais com cada vez menos recursos e mais focalização no que se refere ao seu público atendido. Nesse contexto, algumas questões são suscitadas e necessitam ser pensadas de forma a contribuir na análise crítica sobre o trabalho e a formação profissionais dos assistentes sociais na contemporaneidade. Eram elas: Por que a expansão da graduação à distância em Serviço Social no Brasil neste momento histórico? Como tem se realizado essa expansão? Há relação entre a expansão dessa modalidade de ensino e os processos de precarização do trabalho profissional? Quais as atuais requisições do mercado de trabalho para os assistentes sociais? Qual perfil profissional vem sendo formado pelo ensino de graduação à distância? Compreende-se que a reflexão teórica sobre essas questões nos exige apreender diversas dimensões da realidade concreta, como: a dinâmica do capitalismo contemporâneo e as relações entre o centro e a periferia da economia mundial; os impactos desses processos no mundo do trabalho; o perfil de trabalhador que vem se gestando tendo em vista atender às necessidades do capital de se valorizar e o perfil de assistentes sociais que vem sendo formado para este mesmo fim; as configurações da política social, reconhecida aqui como base de sustentação funcional-ocupacional do Serviço Social; as características da educação superior e as contradições que se colocam para a formação profissional; a descoberta do curso de Serviço Social como nicho de valorização do capital e sua relação com a demanda de mercado, considerando o formato que adquire o enfrentamento das expressões da questão social pelo Estado e as classes sociais na contemporaneidade; além da apreensão dos movimentos de luta e resistência da classe trabalhadora e, particularmente, da categoria profissional de assistentes sociais no Brasil. Nesse contexto, os caminhos e descaminhos do trabalho e da formação profissional apenas podem ser analisados em sua densidade histórica no contexto da ordem capitalista e da luta de classes. Assim, o presente trabalho objetiva apresentar os resultados da pesquisa realizada em torno do tema – trabalho e formação profissionais no contexto de expansão do ensino de graduação à distância em Serviço Social no Brasil. Para tanto, iremos expor algumas formulações conceituais sobre o movimento do capitalismo contemporâneo, seus impactos no mundo do trabalho, na configuração do Estado e das políticas sociais, especialmente da política de educação no Brasil. Sustentamos a tese de que colada às atuais requisições da política social - minimalista e focalizada - está a expansão de um projeto de formação profissional que não expressa as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) de 1996 e que tem como seu maior expoente de precarização o avanço dos cursos de graduação à distância. Para tanto, recorremos a alguns procedimentos metodológicos como a pesquisa bibliográfica e documental realizada a partir da leitura e análises dos documentos produzidos pelo Banco Mundial, UNESCO, Ministério da Educação e Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). Cabe ressaltar que esta pesquisa incorporou o método materialista histórico e dialético para orientar seus objetivos, procedimentos e considerações finais. Conclui-se que a formação profissional em Serviço Social brasileira tem acontecido, predominantemente, em instituições privadas, não universitárias e tendo o ensino a distância como responsável pela oferta do maior número de vagas. Temos o ensino de graduação à distância como expressão máxima da precarização e da formação sem qualidade, graduando expressivo contingente de assistentes sociais que se afastam, completamente, do perfil profissional pretendido pelas Diretrizes e que, cada vez mais tem se registrado nos Conselhos Regionais de Serviço Social, o que pode indicar a maior presença desses profissionais no mercado de trabalho. Tal movimento revela uma tendência de grande reconfiguração do perfil profissional e é esse movimento que objetivamos desvelar.
#133 |
As contra faces do Ensino Remoto Emergencial e a precarização do ensino superior em Serviço Social: a experiência da Faculdade Paulista de Serviço Social de São Caetano do Sul – Brasil
Sônia Regina Ribeiro Carvalho
1
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Rodrigo Aparecido Diniz
1
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Rosane Durval da Silva
1
1 - Faculdade Paulista de Serviço Social de São Caetano do Sul.
Resumen:
O presente ensaio busca refletir o cenário da educação superior no contexto contemporâneo de crise do capital e a beligerância do neoliberalismo como forma de orientação, produção e reprodução da vida em sociedade. Reflete a reconfiguração da educação sob os marcos da reestruturação produtiva e como esse processo tem impactado o ensino superior, com destaque na formação em Serviço Social brasileira, sobretudo, nos marcos do contexto pandêmico da COVID-19, ao qual se aprofundam as medidas reorganizativas do capital, tendo como expressão o Ensino Remoto Emergencial (ERE), no caso brasileiro, autorizado pela Portaria 343/2020 do Ministério da Educação. Movimenta sua atenção as incidências deste processo na particularidade da formação no âmbito da Faculdade Paulista de Serviço Social de São Caetano do Sul, localizada no Estado de São Paulo, Brasil. Compreende que a crise estrutural do capital não é um processo desencadeado de modo imediato e correspondente ao contexto de pandemia ocasionado pelo surgimento do vírus SARS-COV2, mas uma expressão cíclica do modo de produção capitalista que tem incidência no contexto mundial desde a década de 1970 (ANTUNES, 2020), período em que o mundo da produção se reconfigura para atender as demandas do capital para atingir maior exploração e extração de mais-valia (MANDEL, 1978, BEHRING, 2009). É sob esse contexto que a educação superior vem sofrendo nas últimas décadas o impacto e a incorporação das orientações da reestruturação produtiva, orientando-a à uma perspectiva de mercado, que delibera pela sua privatização em escala sem precedentes, alterando sua concepção para um modelo de negócio, no qual o ensino aprendizagem torna-se pragmático, burocrático, sem tempo para a produção do conhecimento e reflexão crítica. Processo que se agrava e intensifica contexto de crise sanitária, ao qual o capital apropria-se do contexto sanitário para a continuidade e ampliação da exploração e da extração de superlucros, configurando o que Antunes (2002) chama de “capital pandêmico”. Torna-se uma medida político-institucional e econômica que aprofunda o processo de reestruturação produtiva na área da educação, pois movimenta a condução do aparelhamento tecnológico-comunicacional, com a expansão das tecnologias digitais nas instituições públicas e privadas de ensino por meio de plataformas de empresas globais (FERNANDES, GOIN, ROCHA, 2021). O ensino entre telas colabora com a perspectiva individual, privatista, reforça a precarização, o estranhamento ao processo de formação, que pode ficar subsumido ao abismo da despolitização, da negação das formas coletivas de produção do pensamento, conhecimento e ciência. Neste sentido, a crise educacional se aprofunda tendo o ERE como espaço de experimentação e transição do ensino presencial para o ensino entre telas, forçando novas metodologias de ensino, incompatíveis com a proposta político-pedagógica da profissão, contribuindo fortemente para o esvaziamento do papel formativo do docente, em um cenário de esfacelamento do ensino superior, desarticulando-o das diretrizes curriculares. (SILVA, 2019). Gesta-se uma nova cultura formativa, fruto do processo de contrarreforma educacional no país, que dificulta a interação de docentes e discentes na dinâmica universitária antes caracterizada pela troca de experiência e construção coletiva do conhecimento. Cultura formativa alimentada por uma direção altamente tecnificada e mecanizada, realizada mediante processos tecnológicos, impostos em grande medida pela restruturação produtiva que determina uma nova era do trabalho digital, virtual e teletrabalho. (FARAGE, 2021). As mudanças na esfera do trabalho, alinhadas ao contexto pandêmico e educacional intensificaram as demandas de trabalho para aqueles que permaneceram na esfera produtiva, em decorrência das adaptações do ensino presencial para o remoto, e sobretudo, pelas demandas geradas a partir da redução do quadro de docentes nas instituições de ensino privadas. Entende-se que as medidas tomadas em relação à demissão e diminuição do quadro de professores e demais profissionais universitários, correspondem à lógica mercadológica de redução de custos, e maximização de lucros, que se intensificou no cenário pandêmico, tendo como falsa justificativa a grave crise econômica instaurada no país. Observa-se que a medida de implantação do ERE atrela-se aos interesses presentes de tornar o ensino presencial em EAD, potencializando lucros e reduzindo custos. Assim, o Estado não tardou em permitir a utilização de meios e tecnologias da informação para os cursos presenciais, em universidades públicas e privadas, sintonizando os interesses do mercado educacional com as possibilidades que se gestaram a partir da pandemia. A crise educacional e a imposição do ERE tem impactado negativamente à formação, reduzindo-a apenas as aulas, com pouca integração com as atividades de extensão e pesquisa, e tem incidência direta sobre o corpo discente que ficou afastado da dinâmica universitária e construção coletiva do conhecimento. Por fim, compreende-se que as atuais configurações do ensino no Serviço Social tendem a afetar a articulação entre os núcleos de fundamentação das Diretrizes Curriculares, o estágio supervisionado, que vive uma “depreciação de sua importância” (SILVA, 2019), e o Projeto Político-Pedagógico dos cursos que tem sido soterrado mediante as imposições de um ensino tecnificado, desarticulado politicamente, mas direcionado para atender aos interesses do mercado educacional e internacional. É sob este contexto que se apresenta as marcas históricas da Faculdade Paulista de Serviço Social de São Caetano do Sul, que tem 56 anos dedicados à formação. Sua primeira unidade foi inaugurada em 1940, chamada inicialmente de Instituto de Serviço Social de São Paulo (ISS-SP), e tornou-se FAPSS em 1962. Foi a segunda escola de Serviço Social de São Paulo, e a primeira escola masculina de Serviço Social na América Latina. A FAPSS de São Caetano do Sul foi inaugurada em 1966, sendo a primeira instituição de ensino superior no município, e a segunda implantada na região do chamado ABC Paulista, ao longo do tempo atualizou-se em uma perspectiva crítica incorporando as diretrizes da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa de Serviço Social (ABEPSS). Mas na última década sofre os impactos dos novos desdobramentos do capital sob a educação superior, desde sua venda em 2013 para uma nova mantenedora, a escola passa por densos processos de reorganização curricular, redução do quadro docente e pressões econômicas que tendem a movimentar intensificados processos de precarização do ensino em consonância com o bojo conjuntural do neoliberalismo que incide de modo contundente sobre a história, compreensão e direcionamento do futuro do curso.
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#480 |
Desafios e perspectivas da atuação do Serviço Social na Educação no Brasil
Kênia Augusta Figueiredo
1
;
Wagner R Amaral
2
1 - Universidade de Brasilia.
2 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
O presente texto intenciona refletir sobre os desafios e perspectivas do Serviço Social na educação básica brasileira, evidenciando a sua construção histórica ao longo de cerca de 20 anos e culminou na aprovação da Lei 13.935/2019, bem como na garantia orçamentária do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB)/2020 para a viabilização de contratação de assistentes sociais e psicólogos no âmbito da educação. Objetiva ainda pontuar elementos sobre o papel e o significado da e do assistente social na educação, considerando inclusive esse tempo de profundos desafios. Para tal, adotamos por referencial teórico-metodológico o materialismo histórico dialético, uma vez ser este o mais conveniente ao estudo da realidade social, em função de seu pressuposto ontológico e da perspectiva da totalidade, que, por sua vez, é central para se compreender a dinâmica contraditória do real. Partimos, portanto, da concepção de que a realidade é um construto humano histórico, não havendo nenhuma dimensão transcendente à história a determinar os processos sociais, sendo “os homens os únicos e exclusivos demiurgos do seu destino, não havendo aqui nenhum limite imposto a eles senão as próprias relações sociais construídas pela humanidade” (LESSA, 2006, p. 92).Essa perspectiva nos possibilita ainda compreender, por meio da dialética, a realidade social numa totalidade composta por essência e aparência, ambas resultantes do processo histórico, permeado, portanto, por contradições e mediações. Kosik (1995) afirma que, para apreender a essência, precisa-se do fenômeno e de sua manifestação, dado que a aparência fenomênica e imediatamente dada pela realidade é um ponto de partida, afinal, a realidade é um todo e expressa a unidade entre aparência e essência, apesar de não haver coincidência direta entre as mesmas. Para se desvendar a essência de um fenômeno é necessário propor a decomposição do todo em aproximações sucessivas e permanentes, como um ir e vir do conhecimento em relação ao fenômeno analisado, realizar um
detóur (KOSIK, 1995). É importante lembrarmos que o Serviço Social está presente na política da educação desde a sua origem no Brasil, nos anos de 1930, em que pese não ser uma área de destaque para o exercício profissional no desenrolar das décadas. Em momentos posterior ao Movimento de Reconceituação do Serviço Social brasileiro, houve uma associação entre esta área e a Educação mais relacionada ao campo da formação profissional ou à dimensão educativa do trabalho do assistente social. Infelizmente em relação à dimensão educativa da profissão, esta perspectiva vem entrando em desuso desde os anos de 1990, como afirmou Iamamoto (2002), sendo substituída pela demanda frenética das instituições pela operacionalização gerencial e burocrática dos serviços sociais. Urge revisitar a gênese da profissão bem como a produção do Movimento de Reconceituação para reconsiderarmos que a função pedagógica está na essência da profissão, em que pese o conservadorismo na origem. Destaque para as deliberações do Congresso no Chile, em 1969, onde se deliberou sobre o entendimento do papel do assistente social como um/a educador/a social numa perspectiva crítica. Em relação a aprovação da Lei 13.935/2019 que assegura a presença e atuação do Serviço Social e da Psicologia na educação básica, é importante ressaltar o quanto foi vital para a categoria e para o país a atuação do Conselho Federal de Serviço Social e dos Conselhos Regionais de Serviço Social (Conjunto CFESS-CRESS) e da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) no monitoramento da tramitação dos projetos de lei no Congresso Nacional, bem como em atividades que propiciaram sistematizações sobre a atuação das/os assistentes sociais na política de educação. O importante desse resgate histórico é que ele também nos oportuniza reconhecer o que é ter entidades representativas comprometidas com a categoria, mas também com a qualidade de vida da população brasileira. Ou seja, entidades representativas gestadas por assistentes sociais que imprimiram no cotidiano destes espaços o projeto ético-político da profissão. Ao revisitarmos o processo histórico que culminou na conquista da Lei 13.935/2019 fica muito claro a importância da construção coletiva, das instituições públicas, do Estado democrático e de direitos, da necessidade de organização política das trabalhadoras e dos trabalhadores expressos pelas categorias de assistentes sociais e psicólogas/os. Para tal, o texto se propõe a refletir sobre as faces da política de educação no Brasil, considerando o processo histórico e a dinâmica societária expressa entre o conservadorismo e a emancipação humana. Fundamental ainda a abordagem sobre as mobilizações nacionais pela Lei 13.935/2019 e a garantia orçamentária do FUNDEB/2020, refletindo sobre o processo e os aprendizados e desafios que dele podemos extrair. Por fim, importante apontar acúmulos e questões acerca do papel e significado da/o assistente social na educação.Cabe ressaltar que a educação se constitui na política social de maior alcance, perenidade, atendimento em escala e de oferta sistêmica dado ao seu caráter universal determinando o dever do Estado na garantia da escolarização básica a todas as crianças, adolescentes e jovens do país. Tal política apresenta desafios dada as profundas desigualdades educacionais, principalmente a partir do contexto da pandemia da COVID-19. Entendemos como essencial a atuação de assistentes sociais e psicólogas/os nesta política na perspectiva da garantia da educação como direito subjetivo fundamental.Esperamos com essas reflexões contribuir para esse momento que compreendemos ser exigente para a classe trabalhadora uma vez que, sob a hegemonia do neoliberalismo, as conquistas de leis sociais nem sempre correspondem à sua regulamentação nos estados e municípios e mesmo a implementação, requerendo de todas e todos nós muitos diálogos, articulações e enfrentamentos.
#539 |
Entre educar y asistir . Cuestión social y educación. Aproximación a un experiencia en Educación Secundaria en Montevideo
Clarisa Flous
1
1 - Udelar (FHCE; FCS).
Resumen:
La ponencia tiene como objetivo presentar parte del trabajo de investigación en proceso, en el marco del Doctorado en Educación de la Universidad Nacional de la Plata (UNLP). El mismo surge del interés sobre los procesos de política educativa en su relación con procesos de desigualdad en nuestro país. Específicamente la investigación se ubica en el marco de la Educación Secundaria en el presente, en un centro educativo de Montevideo. Nos proponemos en esta instancia abordar aspectos conceptuales relevantes vinculados a la desigualdad, así como aspectos vinculados a la relación de la cuestión social y la “cuestión educativa”, las políticas educativas y protección social. Entendemos que desde las disciplinas que investigan e intervienen en lo educativo y lo social esta relación se encuentra muchas veces fragmentada en términos de abordaje de las políticas públicas, pero las experiencias dan cuenta del entramado inseparable de los problemas y sus manifestaciones. Esto requiere por parte de los actores (tanto educativos como vinculados a la protección social) una serie de prácticas y reflexiones que lejos están de esta separación analítica. Se encuentra demostrado, que los procesos educativos requieren de una mirada integral de sus sujetos, en donde se ponen en juego aspectos que los trascienden, que tienen que ser comprendidos conformando el escenario del ámbito educativo. En la línea de los planteos de Mancebo (2014) a través del análisis de escenas que conforman el registro del trabajo de campo, nos proponemos reflexionar las formas en que se hace presente la cuestión social en una institución educativa, cuáles son los abordajes desde sus actores, qué tensiones se generan con lo educativo, así como de las complejidades a la hora de analizar propuestas relacionadas con aspectos educativos y sociales, en contextos de desigualdad.El proceso de investigación se planteó como objetivos indagar sobre las lógicas educativas y sociales en el marco de las experiencias de “extensión de tiempo pedagógico y resignificación del espacio educativo”. Estas últimas se definen en este caso, en una propuesta de liceo de Tiempo Extendido (ANEP-CES, 2015), propuesta educativa creada en el último período del gobierno de Frente Amplio y en el marco de las políticas comprendidas de inclusión educativa (Martinis y Bordoli, 2020), de la ANEP. Allí profundizaremos sobre diversas interrogantes y dimensiones que esta última modalidad plantea. ¿Qué es Tiempo Extendido? ¿Cuáles son sus fundamentos y sus objetivos como política en educación media? ¿A qué estudiantes va dirigido? ¿Cuál es el sentido de la extensión del tiempo en esta propuesta educativa?Esta política que surge en el año 2016 responde a supuestos donde el mayor tiempo en la instituciones por parte de los jóvenes, principalmente a los jóvenes de sectores populares, aportaría “otras” experiencias significativas (ANEP:CES, 2015). A su vez, en la ponencia también ubicamos en forma breve algunas miradas sobre la propia politica, dando cuenta de sus tensiones y contradicciones. De acuerdo con lo que plantean Feldfeber y Gluz (2020) “las políticas públicas resultan del interjuego entre determinadas condiciones estructurales y normativas, las institucionalidades construidas y las prácticas, posicionamientos, discurso y perspectivas de los sujetos en contextos específicos” (Feldfeber y Gluz, 2020, p.20). En este sentido, no se trata de ver un diseño de la modalidad, que se desarrolla en diferentes liceos, sino de recuperar la complejidad de la política, comprendiendo el diseño como un componente entre varios. De esta forma, el análisis de las políticas como procesos socioculturales (Shore, 2010) inmersos en los procesos sociales, “implica dar sentido al conocimiento tácito, a las múltiples interpretaciones, y a menudo definiciones en conflicto que las políticas tienen para los actores situados en lugares diferentes” (Shore, 2010, p. 24). Esta perspectiva, que toma aportes de la antropología de las políticas públicas permite problematizar las formas de formulación de políticas, resaltando la complejidad de este proceso, dando cuenta de las formas de pensar, la construcción de sentidos, los relatos, los aspectos simbólicos y polisémicos (Shore,2010). De esta forma, contenidos, acciones, contextos institucionales, decisiones, así como las propias voces de los actores involucrados resultan de interés para la comprensión de toda política educativa y/o social..En particular, en el caso indagado la metodología utilizada consistió en un trabajo que toma elementos del enfoque etnográfico, en el sentido de poder registrar y recuperar “los conocimientos y las prácticas que no suelen quedar registradas en las esferas oficiales ni el las sistematizaciones dominantes” (Rockwell 2009, Santillan 2009) De esta forma, el trabajo de campo implicó permanecer y participar en varios espacios de la institución, así como en otros espacios en los cuales participan actores vinculados fundamentalmente al equipo interdisciplinario de la institución. En esa línea se toman como referencia aspectos que surgen de las experiencias escolares cotidianas como el espacio de los talleres y otras instancias educativas, así como trabajo en redes institucionales o actividades de abordaje de problemáticas transversales frente a situaciones que surgieron en la institución. Las reflexiones finales propondrán ubicar esta relación compleja entre lo educativo y lo social, y pensar el lugar de los sujetos y los actores en este entramado. .
FCS - E2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#324 |
DISCURSOS DE INTERCULTURALIDAD EN LA FORMACIÓN DEL TRABAJO SOCIAL: LECTURAS DESDE LA CONSTRUCCIÓN DE PAZ
Myriam Fernanda Torres Gómez
1
1 - Universidad de la Salle.
Resumen:
Formarse como profesional de lo social en uno de los países con mayores indicadores de desigualdad y exclusión de la región, expresado en un índice de Gini de 0,544 para el 2020 según el DANE, y la presencia de la pobreza monetaria en el 42,5 % de la población según esa misma entidad en el 2021, requiere en los profesionales del campo social, todo un repertorio de saberes y prácticas interculturales para asumir alternativas a estos fenómenos, a fin de comprender, cuestionar y transformar la realidad, asumiendo como horizonte de sentido, la justicia social. En este sentido, la presente ponencia retoma los hallazgos de la tesis doctoral, se requiere develar los discursos de interculturalidad y construcción de paz de los integrantes de dos comunidades educativas de Trabajo Social en la ciudad de Bogotá, a fin de afianzar una cultura de paz desde la promoción de la alteridad, la diversidad, y el goce del bienestar para todas y todos, posible esta cultura a través de procesos educativos que conciban al sujeto como transformador de las condiciones inmateriales y materiales de su propia vida y de la vida social, especialmente, la re significación de la vida como valor supremo, la vida del otro y la vida con los otros. Concerniente a la relación interculturalidad y construcción de paz, desde diferentes instancias y ámbitos como lo es la UNESCO, se ha identificado una preocupación por generar conocimientos en torno al tema de cultura de paz, articulados al campo de la educación, a fin de consolidar nuevas ciudadanías que aporten a la trasformación de prácticas cotidianas. En este orden de ideas, la ponencia responde a la pregunta:
¿Cuáles son los discursos educativos sobre interculturalidad que desde la construcción de paz emergen en la formación de profesionales de Trabajo Social, de la ciudad de Bogotá?, justificado en reconocer que la paz es mucho más que la ausencia de conflictos, y que la formación cruza elementos de construcción intercultural
como finalidad para la transformación de la sociedad. El diseño metodológico de la investigación que da origen a la ponencia, parte de la perspectiva cualitativa según Sampieri (2010), a la luz del enfoque crítico social enunciado por Vasco (1990), y el método análisis crítico del discurso desde la perspectiva sociolingüística de Van Dijk (2011). Esta propuesta metodológica se llevó a cabo a partir de la conjugación de varias técnicas de investigación social, entre las cuales están 10 entrevistas dialógicas en profundidad a docentes, 4 grupos de discusión con estudiantes, la investigación documental de 124 textos, y tres observaciones no participantes. Se vincula a este ejercicio, la etnografía doblemente reflexiva de Dietz (2011), como método de análisis de la información, desde el rol de la investigadora como parte de una de las unidades de trabajo. Como hallazgos se esbozan:
1. Discursos institucionales y educativos desde la tensión colonial entre elementos oficiales e informales, debates respecto a la diversidad y paz desde lecturas pluriétnicas, subjetivas y de trayectoria vital; la comprensión de la interculturalidad desde dimensiones culturales, crítica-subalterna y político-pedagógicas, el desafío ante la subordinación de lo femenino en las Ciencias Sociales.
2. Discursos formativos y pedagógicos en torno al sentido de la formación, las pedagogías del encuentro desde didácticas experienciales y personales de la horizontalidad y la emocionalidad, y el reconocimiento de la alteridad; y prácticas educativas donde el currículo es una construcción social que pasa por perspectivas críticas, humanizantes y de análisis de contexto. 3.
Discursos de interculturalidad y construcción de paz a la luz de la paz como proceso- ideal y práctica, compromiso político- ético y profesional, la educación para la paz como tensión para el abordaje de la diferencia en el aula, y la presencia de las didácticas de paz como análisis de coyuntura, desnaturalización de la violencia y resignificación histórica del conflicto. A partir de los discursos analizados, se consolidan una serie de
constructos epistemológicos, formativos, pedagógicos y curriculares, entre los cuales se destacan: Cuestionar ego cartesiano-occidental, la lógica burocrática y la exotización de lo alternativo, debatir el estatus que se atribuye a la investigación y la intervención, leer de forma crítica y compleja la diversidad, y el lugar que le atribuimos al saber y experiencia del otro/a, integrar otras epistemes que movilizan lugares alternativos al contemplar el vínculo entre ser y saber en la formación profesional,, gestar escenarios de aprendizaje que retomen la trayectoria vital del desde las pedagogías de la alteridad y humanizantes, reconocer la interculturalidad crítica como proyecto ético y político transversal en perspectiva de construcción de paz, y promover la inclusión de saberes decoloniales, autores subalternos, trascendiendo la arquitectura blanquecina que caracteriza los currículos acumulativos, vertical y fragmentados. Entre las conclusiones del proceso, se devela la existencia de discursos educativos resistentes, incluyentes y alternativos por parte de docentes y estudiantes en el currículo oculto que trasciende las lógicas coloniales de la Académica, avanzando en la formación de subjetividades profesionales críticas y la deconstrucción relacional. Es de resaltar como fundamento disciplinar del Trabajo Social la diversidad desde la interacción, el diálogo y el reconocimiento que propone la interculturalidad crítica, necesaria en las prácticas educativas como vivencia, y el trabajo con comunidades subalternizadas. El saber y práctica docente enmarcado desde la interculturalidad, se caracteriza por vincular la trayectoria personal y profesional, en donde se promueven pedagogías humanistas, pedagogías críticas que confrontan la historia y el contexto desde aulas abiertas. Se realiza un llamado a descolonizar y despatriarcalizar la formación para reconocer desde otro lugar la diversidad y el conflicto, problematizar la naturalización de las violencias, abogar por el tejido emoción-razón, y construir iniciativas y acciones participativas desde la cultura de paz, como una discusión histórica perentoria en nuestro país, donde Trabajo Social ha hecho parte de apuestas de construcción pacífica de relaciones desde una reflexión y conciencia histórica y política, enfrentando estigmas producto de la persecución a la libertad, la protesta, y lucha por los DDHH.
#353 |
Miradas y voces para un nuevo pacto en el aula. Análisis de las prácticas docentes en la formación universitaria de trabajadoras y trabajadores sociales
CECILIA CONCHA RÍOS
1
;
FRANCISCO SOTOMAYOR LÓPEZ
1
;
RODRIGO CABRERA DEL VALLE
2
1 - Escuela de Trabajo Social Universidad de Valparaíso Chile.
2 - Escuela de trabajo Social Universidad de Valparaíso.
Resumen:
La educación como una categoría polisémica y de orden social, se constituye en locus de estudio permanente de las ciencias sociales, en vista de su valor y por tratarse de un ámbito trascendente en el que se circunscriben intereses sociales, políticos, económicos, ideológicos y culturales; orientados a materializar de manera explícita o implícita, los proyectos sociopolíticos de las sociedades.La ponencia tiene por objetivo compartir reflexiones a partir de una investigación realizada en un espacio educativo universitario contemporáneo, contemplando la emergencia de cambios significativos producto de la irrupción de lógicas neoliberales, mercantilizadoras y de privatización, que desde la década de los ’80 se han extendido en diversas experiencias de América y que han ido permeando la educación en su conjunto, transformándola en un bien de consumo por sobre un derecho consagrado.Entre las manifestaciones de cambio de mayor alcance en este escenario, se encuentran las implicancias para las universidades y sus políticas orientadas a responder a lógicas manageriales y de rendición de cuentas, generando entre otras consecuencias, el aumento expansivo en el acceso a la educación superior - la accountability, burocratización y certificación de mecanismos de calidad en su gestión - el objetivo de la eficiencia y una cultura de clasificaciones y estándares. Entonces, nos enfrentamos a una universidad afecta a transformaciones profundas que incluso se ven reflejadas en “la importancia indebida a los mecanismos de mercado para mejorar la enseñanza y el aprendizaje” (OCDE, 2004, p.290-291). Por consiguiente, esta trama social interpela a reflexionar respecto al orden educativo y develar las racionalidades que pudieran atravesar la formación profesional universitaria y desde allí en particular analizar la docencia en y para Trabajo Social, mediante el cuestionamiento de las prácticas docentes que se ponen en juego en la formación de la disciplina. El Trabajo Social como campo disciplinar, se encuentra exigido por un complejo entramado multidimensional esencialmente dinámico, requiriendo de nociones y argumentos epistemológicos, teóricos y metodológicos, que le permitan conocer de manera integradora las múltiples configuraciones e imbricaciones entre lo micro y macro social de los cambiantes escenarios en los que se sitúa. Al mismo tiempo, precisa atender a las nuevas formas de singularidad de las personas y colectivos, para descubrir e interpretar lo local desde la perspectiva y representaciones de la vida cotidiana de los actores y actoras sociales, y conjuntamente comprender los determinantes históricos, materiales y simbólicos, que influyen en las problemáticas sociales. Por consiguiente, la ponencia gira en torno a los aportes de un estudio realizado desde una perspectiva socio-histórica y política, para descifrar las claves de las prácticas docentes en la formación de Trabajo Social, movilizadas en el espacio áulico que se ve permeado por lógicas neoliberales, mercantilizadoras y privatizadoras. Los resultados advierten la relevancia de este escenario educativo que tensiona las prácticas docentes frente al sustento eidético y construcción histórica de la disciplina, referida a una praxis situada y transformadora de la realidad social, requiriendo por tanto, propugnar prácticas docentes renovadas, reflexivas, contra-hegemónicas y decolonizadoras de saberes, conocimientos y significados en la formación; mediante la interrelación de las subjetividades de docentes y estudiantes, para fortalecer las trayectorias formativas que respondan a los contextos de alta complejidad social y a la propia complejidad del Trabajo Social.
#442 |
LA SITUACIÓN DE LA EDUCACIÓN SUPERIOR EN BRASIL Y LOS DESAFÍOS PARA LAS CARRERAS DE TRABAJO SOCIAL
Gustavo Javier Repetti
1
;
Marina Monteiro de Castro e Castro
2
;
Rodrigo José Teixeira
3
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2 - Universidade Federal de Juiz de Fora.
3 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
La educación superior brasileña está atravesada por una característica estructural, derivada de su formación socio-histórica, que remite al significado de la colonización portuguesa; de los impactos del neoliberalismo para la educación superior; de la expansión exorbitante de la vida universitaria a partir de los años 2000 y, recientemente, de los impactos de la pandemia mundial en los procesos formativos y de intervención. El gobierno brasileño agudizó, en la actualidad, el proyecto del capital para la política de educación, con su desfinanciamiento y la diseminación de un proyecto conservador, anti ciencia y negacionista que ataca la educación pública y crítica. La pandemia agravó aún más esos procesos con la adopción de la enseñanza virtual emergencial y el desarrollo de los procesos educativos por la mediación de la tecnología. Según datos del censo de la Educación Superior de 2020, realizado por el Instituto Nacional de Estudios e Investigaciones Educacionales Anísio Teixeira (Inep), las carreras de grado en general (de todas las áreas) tuvieron más de 8 millones de estudiantes en el año de 2016. La red privada responde por 75,3% de los estudiantes de educación superior, contra el 24,7% del que son responsables las entidades estatales. Al analizar los datos de 2006 a 2016, el aumento de matrículas fue de 66,8% en el sector privado y de 59% en las redes municipales, provinciales y federal de educación superior. En el caso del Trabajo Social, tuvimos – en 2017 - 27.971 egresados. Ese avance incidió en el aumento del colectivo profesional, siendo actualmente casi 200.000 profesionales inscriptos en los Colegios Profesionales. El proceso de expansión universitaria, al tiempo en que permitió el acceso a la educación superior de un segmento de la población históricamente segregado por una universidad elitista y racista, significó la transferencia de recursos públicos para el gran empresariado educacional en el mismo proceso en que se desfinanciaban las universidades públicas.Los datos referentes a la calidad de la educación revelan que permanece en el país la histórica polarización escolar: los niveles primario y secundario, ofrecen a los más pobres una escuela pública desguazada, mientras reserva para las clases media y alta una oferta de educación privada. Esta lógica se invierte en el ámbito de la educación superior, siendo las universidades públicas las más calificadas, con ingreso restricto.En la coyuntura actual, el país pasa por un proceso de desvalorización de la producción de conocimiento, de desestructuración de las agencias de investigación y también la difusión de estrategias de militarización de las escuelas públicas. Vimos, también, la interferencia directa del gobierno federal en diversas Universidades, a través del nombramiento de interventores, no respetando las elecciones de rectores realizadas por las comunidades académicas, en un grave ataque a la autonomía universitaria. La ABEPSS, desde el inicio de la pandemia, viene acompañando los impactos de la enseñanza virtual para la formación profesional en Trabajo Social. La publicación de la entidad de 2021, nos presenta un cuadro preocupante, especialmente, en lo inherente a la calidad de las prácticas pre-profesionales, y a la posibilidad de profundización de contenidos centrales para la construcción del perfil profesional que buscamos en nuestro proyecto de formación y el avance de la incorporación de las tecnologías de información en el proceso de enseñanza/aprendizaje.Anterior a la pandemia, las entidades de la categoría profesional en Brasil ya demostraban el grave retroceso en el ámbito de la educación superior cuya expresión máxima es la educación a distancia. Esta modalidad es la más profunda expresión de precarización, de banalización de la formación profesional. No obstante, observamos un fuerte ataque a la lógica de la formación profesional que alcanza las carreras presenciales. El proceso de mercantilización se expresa cada vez más en los intentos de privatización de la educación pública, atacando su calidad, su gratuidad y su referencia social. Este proceso ataca frontalmente los principios que defendemos en las directrices curriculares, pone en cuestión la ley de ejercicio profesional y tensiona los principios norteadores del Código de ética. En ese sentido, cómo garantizar la formación de un profesional con perfil “intelectual, cultural, generalista y crítico”, en la perspectiva de los principios que orientan nuestro trabajo profesional, en estas condiciones, donde el proyecto hegemónico de educación se propone no sólo garantizar la maximización de los lucros para el capital, sino también, y en el mismo proceso entrenar un profesional técnico sin capacidad crítica, para la operacionalización de algunas políticas sociales regresivas, represivas y focalizadas en la lógica neoliberalEste escenario nos exige que la concepción de profesión que se erige en la indisociablidad entre formación y trabajo profesional se exprese en la indisociabilidad de las dimensiones de la organización política de los trabajadores sociales: colegios profesionales, asociaciones o federaciones de enseñanza e investigación y organizaciones estudiantiles. Estas entidades nos permiten construir estrategias de enfrentamiento colectivo frente a los ataques aquí analizados. Un punto central de esta articulación se da, en Brasil, en la dimensión de las prácticas pre-profesionales que posibilitan la fiscalización del trabajo profesional en el ámbito de la formación. Se trata de estrategias de articulación de los embates políticos con el ejercicio de la fiscalización normativa. En este sentido, destacamos las directrices curriculares de la ABEPSS, la Política Nacional elaborada por la entidad para las prácticas pre-profesionales, las resoluciones del Colegio Federal de trabajadores sociales sobre la supervisión de prácticas pre-profesionales como atribución exclusiva de trabajadores sociales, sobre las condiciones éticas e técnicas para el ejercicio profesional, posicionamientos contrarios à la educación a distancia, a las prácticas terapéuticas, posicionamientos en defensa de la libre orientación sexual, antimachistas, anti LGBTQIA+ fóbicos e antirracistas.En este escenario de retrocesos recuperar una de las principales conquistas de la reconceptualização, esto es, a necesidad de una nueva articulación latino-americana libre de tutelas imperialistas y confesionales, una propuesta de integración a partir de una concepción de unidad latino-americana en la diversidad de las particularidades nacionales es indispensable.
#454 |
Formação em Serviço Social: o contexto atual do Ensino a Distância (EAD) em países do Mercosul
Solange Emilene Berwig
1
;
Rosilaine Coradini Guilherme
1
;
Leonel Del Prado
2
1 - Universidade Federal do Pampa.
2 - Universidad de la República.
Resumen:
Este texto tem como tema central o estudo do ensino a distância (EAD) no âmbito da formação profissional em Serviço Social em países do Mercosul. O objetivo que materializa esta proposta trata de evidenciar o atual contexto do ensino à distância (EAD) no âmbito da formação em Serviço Social em países do Mercosul (Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de produzir reflexões críticas a respeito da expansão dessa modalidade de educação superior. Os avanços do processo de mercantilização do ensino superior pautados por uma lógica neoliberal têm implicado em mudança substanciais no processo de formação. Aligeiramento da formação, redução da carga horária (componente curriculares, estágios) e a introdução de novas modalidades configuram um cenário de fragilização do ensino em Serviço Social sob uma perspectiva crítica. Nesse contexto o ensino a distância (EAD) tem assumido um papel importante sendo responsável por parte significativa dos profissionais formados em Serviço Social nos últimos anos, o que tem exigido da categoria profissional conhecer e tecer análises sobre essa modalidade de ensino. Para dar conta do objetivo geral deste estudo realizou-se uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo documental e bibliográfica que buscou identificar as condições da formação em Serviço Social pelo ensino a distância (EAD) nos países do Mercosul com ênfase para o contexto do Argentina, Brasil e Uruguai. A análise das informações foi construída com base na análise de conteúdo que oportuniza refletir sobra realidade e está em coerência com a pesquisa qualitativa e método. A luz da experiência brasileira que apontam dados preliminares da pesquisa busca-se identificar a expansão do ensino a distância também nos países da Argentina e Uruguai. No caso do Brasil cabe salientar que a primeira Escola de Serviço Social brasileira foi fundada em 1936, a partir da oferta de natureza privada vinculada à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, de caráter presencial, o que predominou até os anos 2000. A chegada do ensino a distância foi recebida com resistência pela profissão o que não teve força para barrar esta modalidade de ensino apesar da posição política em defesa do ensino presencial, público, de qualidade e socialmente referenciado defendido pelas entidades representativas da categoria. Desde o início da oferta na modalidade EAD no Brasil as vagas cresceram exponencialmente levando a um quantitativo importante de assistentes sociais formados por esta modalidade. É possível evidenciar que no ano de 2018 existiam 480 Cursos de Graduação em Serviço Social no Brasil – envolvendo a modalidade presencial e a modalidade à distância: 85,42% em instituições de ensino superior privadas e 14,58% em instituições públicas. O domínio das instituições de ensino superior se mantém quando da análise dos demais dados: nº de instituições que ofertam o curso (85,13% contra 14, 87%); nº de vagas oferecidas (97,68% contra 2,32%); nº de matrículas (87,57% contra 12,43%). Quando da estratificação dos dados, do universo de 480 Cursos de Graduação em Serviço Social, 50 se vinculam ao EAD e são todos ofertados por instituições privadas. O Serviço Social brasileiro – considerando o posicionamento das entidades representativas da categoria profissional – coloca em questão a incompatibilidade entre graduação à distância e Serviço Social. Entre os pontos de debate há que o ensino a distância mercantiliza o direito a educação garantido constitucionalmente. Os números são ainda mais expressivos quando se observa o quantitativo de vagas ofertadas: do total de 279.893, 53,01% das vagas ofertadas em 2018 foram na modalidade a distância. Da mesma forma quando do recorte do nº. de matrículas do total de 138.995, 62,19% correspondem a matrículas na modalidade a distância. Destacamos ainda que com o aumento considerável na oferta de vagas, especialmente a oferta EAD já se expressa sobre o número de Assistentes Sociais graduados, atuando no Brasil. Segundo as informações do Conselho Federal de Serviço Social, em 2019, éramos 190.000 Assistentes Sociais registradas em todo o país. O que traz à tona a ampliação do processo formativo nos últimos 10 anos, bem como demandas de organização, e manutenção da perspectiva crítica no País, dada a sua dimensão territorial, e a diversidade de unidades de ensino. O número exponencial de profissionais e de escolas de Serviço Social aponta para uma diversidade de formatos nos currículos escolares, que seguem, ou não, as Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Tais informações contudo, não nos revelam as condições em que a formação vem ocorrendo, o que carece de maior adensamento. Nesse sentido a pesquisa busca apresentar as tendências contemporâneas da formação profissional, aferindo criticamente a respeito de categorias emergentes como: conservadorismo e ultraneoliberalismo. Para tanto se faz necessário problematizar a temática do ensino a distância no contexto dos demais países que compõem a amostra do estudo – Argentina e Uruguai -, já que os mesmos, embora com características territoriais particulares, se situam no continente Latino-americano, mais precisamente no Mercosul. Tais elementos nos convocam a refletir sobre as condições de formação e trabalho em Serviço Social, o que cabe incluir: qual o perfil profissional predominante dos assistentes sociais nestes países?
#522 |
GOBIERNOS “PROGRESISTAS” Y NEOLIBERALISMOBolivia y el Movimiento al Socialismo MAS. Repercusiones sobre el Trabajo Social
NORAH CASTRO ORTEGA
1
1 - UNIVERSIDAD MAYOR DE SAN ANDRÉS.
Resumen:
El año 2005, después de 20 años de neoliberalismo y la emergencia de alianzas entre organizaciones de bases, sindicales, barriales y amplio apoyo también de las clases medias urbanas, triunfó en elecciones el Movimiento al Socialismo (MAS) de Evo Morales, antiguo dirigente sindical de los productores de coca, con un programa que ofertaba la nacionalización de los hidrocarburos, otra reforma agraria, asamblea constituyente y un referéndum para considerar procesos autonómicos regionales.Lo anterior tuvo como antecedente un largo proceso para desarticular el modelo neoliberal instalado en Bolivia desde hacía una veintena de años atrás. Y aunque Morales no representaba precisamente a los líderes que se habían visibilizado en las luchas de todos esos años, se instaló en el imaginario popular logrando captar al mismo tiempo, amplio respaldo de iglesias y organizaciones de la cooperación internacional.Alrededor del año 2010, la situación para el MAS fue cambiando y aunque volvió a ganar elecciones, paulatinamente dejó de contar con el apoyo popular optando por la cooptación de las organizaciones sindicales, su alineamiento a los gobiernos caracterizados como progresistas (Cuba, Venezuela y Nicaragua) y una amplia difusión a nivel internacional de programas de asistencia de corte universal, principalmente una renta mensual para la población mayor de 60 años, un subsidio para las madres gestantes y un bono anual para los estudiantes de establecimientos fiscales.Para la implementación de dichas medidas, en general no se convocó a profesionales, por el contrario, el discurso oficialista siempre giró en torno a desmerecer la labor que podría realizar cualquier profesional. En este marco, el Trabajo Social tuvo pocas variantes en cuanto a su crecimiento en el mercado laboral, aunque paradójicamente -pero fácilmente explicable- surgieron más centros de formación.El descontento paulatino en torno al gobierno del MAS tuvo su culminación el año 2019, cuando realizadas las elecciones (rechazadas por amplios sectores porque hubo un referéndum previo que negó la posibilidad de una cuarta reelección de Morales) se denunció fraude y la propia OEA emitió informe similar, entonces sobrevino una insurrección popular que llevó a la renuncia del presidente y su salida del país, vacío que fue llenado por un gobierno transitorio que a la par de la rearticulación de las organizaciones del MAS, tuvo que sortear la pandemia de inicios del año 2020 y la presencia de casos de corrupción en su seno, de ahí que el año 2021 en la elecciones volvió a ganar el MAS con otro candidato que de inmediato declaró que lo sucedido el año 2019 se trató de un “golpe”, entonces el país se polarizó entre ese calificativo y su contrario el “fraude”.Pero ¿dónde queda el título de esta ponencia que se plantea presentar el Seminario Latinoamericano? en que trascurridos casi cuarenta años desde que a mediados de los 80 del pasado siglo, se implementaron las medidas de corte neoliberal en particular en la economía y el empleo y que pasando por el gobierno de Morales , el gobierno transitorio y nuevamente el MAS en el poder, esa estructura no cambió, repercutiendo centralmente en el incremento del trabajo por cuenta propia (realizado por más de dos tercios de la población, donde se cuenta oficialmente, incluso a niños/as de 10 años), la disminución acelerada de las reservas de divisas del país, el incremento del narcotráfico, el contrabando, desastres ambientales por la contaminación del agua por la minería, la quema de bosques para loteamientos y avasallamientos indiscriminados, etc. Y si bien se ha dado la emisión de muchas leyes de carácter social, en realidad se implementan muy cortamente porque a la par no se han gestado ni las instituciones ni la incorporación masiva de profesionales y técnicos que dichas normativas precisarían. Por tanto, queda una interrogante que también la ponencia intentará responder en torno a por qué un gobierno como el Movimiento al Socialismo no logró superar al neoliberalismo y comparativamente, una aproximación a lo que acontece en el ámbito latinoamericano y del caribe.Y cómo una particular preocupación, el que cuando aconteció lo descrito el año 2019, muy rápidamente ALAEITS realizó un pronunciamiento totalmente contrario a lo que fueron las manifestaciones de ABEITS, el Colegio de Trabajadores Sociales de Bolivia y otras organizaciones del gremio profesional, esto en el entendido y para sentar precedente de que toda manifestación institucional latinoamericana o mundial tiene que tomar en cuenta la información y el posicionamiento de los interesados (los países afectados) y no colocarse por encima porque así no se ejerce democracia ya que se estaría sobreponiendo una postura política sobre otras que no se pueden negar y que solo podrían demostrar su legitimidad con información, con discusión y con aquello tan antiguo que nos enseñó la dialéctica materialista y que sigue teniendo vigencia: de que el criterio de verdad radica en la práctica y no en meros deseos ni verbalismo, como lo hace el posmodernismo.
#490 |
Potenciación de esperanzas ante la depauperada formación y ejercicio profesional. Un caso de Trabajo Social
Ivonne Nogales
1
1 - Universidad mayor de San Simón.
Resumen:
La presente ponencia: “Potenciación de esperanzas frente a la depauperada formación y ejercicio profesional. Un caso de Trabajo Social”, surge de un quehacer investigativo enmarcado en una epistemología del presente potencial o de la conciencia histórica, desarrollada por el pensador latinoamericano Hugo Zemelman (1987-2013), que metodológicamente se plasma en procesos de apertura o ampliación de mirada y pensamiento respecto al recorte de realidad; problematización entendida como la exigencia de interrogar preguntando a las propia pregunta, sin quedarse en la pregunta en sí misma y la reconstrucción articulada o campo de opciones de articulación.Desde la experiencia de docencia en la Carrera de Trabajo Social de la Universidad Mayor de San Simón, pretende ser un aporte iluminador, que parte del cuestionamiento a ese sentido paralizante de victimización como trabajadores sociales (docentes, estudiantes y profesionales), que se va construyendo socialmente en los entornos de formación y ejercicio profesional. Es un asunto de interés social, puesto que ésta nos paraliza en nuestro actuar cotidiano, en vez de movilizarnos, en un contexto actual que demanda de un profesional en el campo social, con capacidad de incidir en procesos de sensibilización, prevención, participación, organización, en fin, en la toma de conciencia colectiva frente al desarrollo humano, presente y futuro. Hoy por hoy el quehacer profesional y su formación se enmarcan en el encapsulamiento de la resolución de problemas en el nivel individual familiar, que nos coloca en una labor técnica operativa y administrativa, circunscrita a la comodidad de una oficina.Para la epistemología de la conciencia histórica o presente potencial, toda persona, por acción u omisión, es artífice de su y la historia, por tanto, bajo este postulado central, se identifican determinados hitos que van marcando esa tendencia en la formación de profesionales y en el ejercicio profesional, en un sentido de desesperanza y victimización, con sentimientos pesimistas y derrotistas en la colocación frente a la realidad, que generalmente derivan en una postura de acomodo y aislamiento. El eje de sentido que va configurando esta situación es la pauperización en la formación de profesionales que, en el estudio particular de la Carrera de Trabajo Social de la Universidad Mayor de San Simón, se identifican algunos sucesos históricos:Surgimiento de una Carrera, que responde a la utopía de una persona, con características particulares, a la que se suman un círculo de personas, que se apropian de las aspiraciones de constituir una carrera, como respuesta a necesidades sociales del medio cochabambino, construyendo así un sentido de proyecto colectivo durante los primeros años de existencia, que posteriormente se quiebra por la polarización política, la cooptación, el prebendalismo y el nepotismo.Formación en condiciones de precariedad, de mercantilización de la educación superior y de una permanente polarización de posturas políticas, marcadas por relaciones politizadas y judicializadas vs. un contexto interno y externo a la universidad de despolitización social, que configura un escenario de colocaciones de los sujetos, mayoritariamente, de retraimiento, aislamiento y, minoritariamente, de una lógica de guerra, que se debate entre la legitimidad y la legalidad. En consecuencia, las relaciones se deterioran y desgastan bajo un sentimiento de desesperanza, sin luces posibles de transformación de la situación.Sentimiento de soledad, que alimenta la individualización, en un contexto global de neoliberalismo, que se apropia de los “deseos más íntimos” de cada ser, que se imagina a sí mismo como un capital más: Un recurso humano a explotar, caracterizado por la liberalización del mercado de trabajo: ¿es posible la constitución de un nuevo sujeto?, en tanto, ¿la formación y el ejercicio profesional se dan en condiciones precarias y depauperadas?Ante sentimientos y construcciones de sujetos profesionales marcados por la desesperanza, que históricamente pasan de un imaginario profesional totalmente optimista de agente de cambio a otro pesimista de funcionario público o consultor independiente que se debate en la sobrevivencia, es menester proponer “el retorno sobre sí mismos” (Filloux, 1996), tanto personal como profesionalmente, en la perspectiva de proponer posibilidades de transformación, en una estructura que se mueve en una lógica capitalista/neoliberal, cada vez más devastadora. La misma, pasa por la constitución de sujetos capaces de reposicionarse colectivamente, a partir de relecturas de la realidad.Tales relecturas pasan por actitudes investigativas que rompen con tendencias metodologizantes de producción de conocimiento. El retorno sobre sí mismos, la ampliación de conciencia y la vigilancia epistémica son procesos a incorporar en la formación, que sitúan a los trabajadores sociales en formación y en ejercicio, ante la construcción de otras realidades posibles. Por tanto, se reconocen “espacios relacionales” (Quintar, 2019) de construcción de sentido y significado (Nogales, 2009), tanto en el campo del acervo teórico metodológico de la profesión, como en el de la intervención social, en el contexto de las prácticas preprofesionales en la Carrera de Trabajo Social de la Universidad Mayor de San Simón, que se llevan a cabo en convenio con instituciones gubernamentales y no gubernamentales.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Panel presencial
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#282 |
Trabalho, direitos, políticas sociais e COVID-19 no Brasil: desigualdades raciais e desafios ao Serviço Social
Gracyelle Costa Ferreira
1
;
Tereza Cristina Santos Martins
2
;
Ana Paula Procopio da Silva
3
;
Magali da Silva Almeida
4
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2 - Universidade Federal de Sergipe.
3 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
4 - Universidade Federal da Bahia.
Propuesta del Panel:
A pandemia de COVID-19 causada pela propagação do vĩrus SARS-CoV-2 ou Novo Coronavírus acirra contradições estruturais da organização da vida social em nível mundial, escancarando o abismo posto na desigualdade entre classes. Em concomitância verifica-se a exacerbação das disparidades raciais, que no Brasil são base de sua fundação como nação, como em outros países latino-americanos. No contexto contemporâneo são intensificadas as condições sócio-políticas de reprodução do racismo, na medida em que as respostas e não-respostas de enfrentamento da pandemia pelo Estado se revelam por vezes dotadas de aspectos eugenistas, sobretudo, destinados à populações negras. As medidas de higienização, distanciamento social e de isolamento são as recomendações básicas da Organização Mundial de Saúde - OMS para a contenção da circulação do vírus e redução do contágio. Contudo, a despeito dessas orientações, inviáveis para milhares de pessoas, a crise sanitária continua mortal para as populações negras. No Brasil, a primeira vítima fatal da COVID-19 foi uma mulher negra, empregada doméstica. Este é um quadro que precisa ser entendido para além de uma fatalidade neutra. Isso porque a circulação do vírus não é democrática. Ainda que possa atingir todas as pessoas, indiscriminadamente, as possibilidades de adesão às orientações da OMS se demonstraram desiguais em países como o Brasil. Nesta direção, os números da mortalidade de populações negras por Covid-19 reproduzem os dados de desigualdades de mortes entre populações negras e brancas anteriores à pandemia. É nesse horizonte que as teses de Clóvis Moura sobre as resistências negras e a categoria amefricanidade de Lélia Gonzalez se apresentam como contribuição a análise do aprofundamento das iniquidades raciais no Brasil no contexto da pandemia de Covid-19. As relaçõs étnico-raciais que atravessam a "questão social" no Brasil permite compreender o racismo que permeia as relações sociais no país e, como resultante, o distanciamento dos/as negros/as dos direitos da cidadania brasileira inerentes à lógica contributiva e do regime de trabalho formal. A expressão desse racismo pode ser apreendida nas estatísticas de desemprego, de informalidade e de relações de trabalho mais precárias, lugar historicamente ocupado por esse segmento, e por consequência distantes do acesso a políticas sociais e da prometida proteção social institucional. Não por acaso, uma vez distante da proteção social ensejada pela lógica contributiva, como a Previdência Social, os/as trabalhadores/as negros/as distanciam cada vez mais dos direitos de cidadania principalmente quando se observa o "desfinanciamento" de políticas sociais como saúde, assistência social e de políticas públicas como educação e moradia. Somente com a implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), parcela negra da classe trabalhadora alcança alguma "proteção social", que se revela insuficiente. Por isso também será discutido neste painel as relações étnico-raciais no âmbito da questão social brasileira, priorizando o debate do trabalho e da proteção social. Sob esse mesmo contexto se torna fértil a análise da política social e sua tensa relação na relação entre classes sociais racializadas, como no Brasil. Não por acaso, uma série de mobilizações produzidas nas periferias em todo o país e protagonizadas pela população negra ganharam destaque ao mesmo tempo em que a via estatal respondeu à miséria ampliada pela pandemia com lentas ações ou com inações, que as fizeram ser comparadas a princípios eugenistas. A partir da formação sócio histórica é possível analisar a situação da saúde da população em “situação de rua”, durante a COVID-19 no Brasil. Aspecto que será abordado a partir da hipótese de que a ocupação da rua como moradia e trabalho pelos (as) trabalhadores(as) negros(as) hoje, resulta de processos históricos que organizaram o mundo do trabalho capitalista, envolvendo o Estado, a família, o sistema jurídico e outros aspectos impostos pela Modernidade. No Brasil o escravismo manteve-se durante 388 anos. No percurso de seu desenvolvimento, auge e declínio, o escravismo, contraditoriamente, abriu espaços para a ocupação das ruas das cidades (em contraponto com o mundo rural) para o exercício laboral precarizado, a exemplo escravizados(as) ao ganho no espaço urbano. No pós-abolição a massa de trabalhadores(as) negros(as) libertos(as) ocuparão as ruas da cidade, espaço de recrutamento e de realização trabalho desprestigiado moral e economicamente em vista à acumulação capitalista. Processo elementar para entender como, a despeito da potência das africanidades em cidades, como Salvador (Bahia), a cidade mais negra do Brasil, a população em situação de rua, majoritariamente negra, é alvo histórico do racismo estrutural. Desprovida de ações protetivas do poder público e a despeito de iniciativas de setores progressistas da sociedade civil, do poder legislativo e do poder executivo locais, torna-se cada vez mais frágil a rede de atendimento a essa população, sobretudo, durante a pandemia da COVID19. Essa rede afetada diretamente pelas políticas de austeridade e pelo projeto de nação em curso no Brasil, tensionada pelos movimentos sociais. Nesse cenário, assistentes sociais ocuparam frentes de trabalho em variados espaços sócio-ocupacionais, especialmente, nas políticas sociais supracitadas. Isso também nos leva à reflexão sobre quais desafios ainda se colocam ao Serviço Social.
16:00 - 18:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#460 |
(Re)visitando experiencias en la formación de grado en Trabajo Social a partir de la condición de pandemia por covid-19
María Silvina Cavalleri
1
;
Roxana Basta
1
;
Marina Stancanelli
1
1 - UNLu.
Resumen:
La ponencia que se presenta se enmarca en el proyecto de investigación titulado
Formación de grado en Trabajo Social en Universidades Públicas de la Ciudad de Buenos Aires y Provincia de Buenos Aires en la actualidad desde la perspectiva de sujetos del currículum (Programa sobre Fundamentos Teórico-Metodológicos del Trabajo Social- Departamento de Ciencias Sociales- Universidad Nacional de Luján) cuyo objetivo es contextualizar y analizar los fundamentos y características de los Planes de Estudios de Carreras de Trabajo Social vigentes en las Universidades Públicas de la Ciudad de Buenos Aires y Pcia. de Buenos Aires desde la perspectiva de los sujetos del currículum. Sin embargo, la irrupción de la pandemia de covid-19 trajo nuevas preguntas al equipo de investigación por lo cual se encaminó un trabajo que se propuso reconstruir las principales transformaciones en la enseñanza del Trabajo Social en el marco del ASPO (Aislamiento Social, Preventivo y Obligatorio) y DISPO (Distanciamiento Social, Preventivo y Obligatorio). Para ello realizamos entrevistas semiestructuradas -de manera virtual- a referentes académicas/os de diez (sobre un total de once) Carreras de Trabajo Social de Universidades Públicas que se ubican en la Ciudad de Buenos Aires y Provincia de Buenos Aires (Argentina) durante los meses de septiembre y noviembre de 2020. En las mismas se reunió información acerca de decisiones institucionales que permitieron adecuar los procesos de enseñanza y aprendizaje a la virtualidad, las distintas políticas tendientes a propiciar inclusión y permanencia de estudiantes en las aulas; y también, más particularmente, los cambios y adecuaciones que se llevaron a cabo en las Carreras de Trabajo Social y los debates que se abrieron -en ese contexto tan particular- en torno a la formación profesional.En esta ponencia nos proponemos reflexionar -desde la actualidad- sobre algunos de los cambios suscitados en la formación de grado en Carreras de Trabajo Social con el advenimiento de la pandemia de covid-19. Para ello, realizaremos una reconstrucción de las medidas tomadas por el Poder Ejecutivo Nacional (Presidencia, Ministerio de Educación de la Nación, Secretaría de Políticas Universitarias) en el momento de irrupción de la pandemia en marzo de 2020 que llevaron a la virtualización de las actividades de enseñanza y aprendizaje, así como una reconstrucción -desde las entrevistas realizadas- de las distintas resoluciones e iniciativas tomadas en cada una de las Universidades. Las alternativas que se plantearon en las distintas Casas de Estudios fueron variadas, aunque el interés por garantizar la continuidad pedagógica y el derecho a la educación se manifestaron prontamente en el debate presente en las instituciones; cuestiones que se ponen de manifiesto en las entrevistas junto con el reconocimiento del “esfuerzo enorme de docentes y estudiantes” y del señalamiento de que está en juego la forma de enseñar y aprender. Las distintas definiciones institucionales manifiestan improntas y dinámicas particulares al mismo tiempo que muestran puntos de partida diferentes si tomamos en cuenta aspectos tales como condiciones académicas, administrativas, la disponibilidad y extensión en el uso de plataformas digitales antes de la pandemia, la situación de lxs estudiantes, las posibilidades de lxs docentes de enseñar a través de mediaciones tecnológicas, fundamentalmente. Cabe agregar que estos diferentes puntos de partida se asocian también con la heterogeneidad característica del sistema universitario en Argentina así como con la autonomía de las instituciones para la toma de decisiones en el marco de las medidas de excepcionalidad y transitoriedad tomadas por el Gobierno Nacional y el Ministerio de Educación de la Nación.En otra parte de esta ponencia se recuperan y sistematizan diferentes definiciones tomadas en relación a la enseñanza en Carreras de Trabajo Social que tuvieron implicancias en relación a la implementación de los Planes de estudios. Entre los principales cambios se destacan los vinculados con contenidos, modalidades de evaluación y redefinición de herramientas de trabajo -en los que ganan protagonismo las Tecnologías digitales- en los espacios curriculares, en las prácticas de formación profesional (o prácticas pre-profesionales, de acuerdo a distintas denominaciones a las que se alude), en las estrategias comunicativas entre docentes y entre docentes y estudiantes. Posteriormente, se presentarán algunos aspectos que, desde el planteo de las entrevistadas, permiten repensar la formación profesional, algunos de los cuales, se manifiesta, “se han impuesto” como temas de discusión en el contexto de la pandemia. Entre ellos emergen interrogantes acerca del perfil profesional, acerca de qué “¿queremos que aprendan lxs estudiantes?”, tensiones en cuanto a la virtualización de la enseñanza; cuestiones como las anteriores se encuentran relacionadas con la revisión del diseño curricular del Plan de Estudios. Asimismo y también ligado a potenciales revisiones curriculares, reflexiones acerca de contenidos, problemas y situaciones que han emergido y/o agudizado en la pandemia que tienen repercusiones tanto para el ejercicio como para la formación profesional en Trabajo Social. Finalmente, desde la actualidad en la que se está produciendo el retorno a la presencialidad, compartiremos algunas preguntas y supuestos iniciales respecto de secuelas y posibles huellas que van delineándose respecto de la virtualización de la enseñanza en Trabajo Social.
#464 |
Modelos de Extensión Universitaria en contexto de pandemia Covid 19
Olga Paredes
1
;
Luis González
1
;
Stella Garcia
1
1 - FACSO UNA.
Resumen:
La extensión universitaria requiere estudio y profundización, ya que junto a la docencia y a la investigación, es uno de los pilares fundamentales de la educación universitaria. Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre la extensión universitaria y sus modelos, en contexto de Covid 19, tomando como estudio de caso las perspectivas de estudiantes de carreras empresariales y de humanidades de la Universidad Metropolitana de Asunción. Se trata de una investigación de tipo descriptiva-analítica, con enfoque cualitativo. Toma como población a las y los estudiantes universitarios de carreras de la Facultad de Ciencias Empresariales y de Humanidades, con los cuales se desarrollaron dos grupos focales respectivamente, previa elaboración de un instrumento cuestionario guía de preguntas pertinente. Revisando la literatura al respecto, encontramos clasificación de los modelos o paradigmas de la extensión universitaria. La clasificación de Serna (2007) es la más extendida, en la que presentan los modelos de extensión en: altruista, divulgativo, concientizador y empresarial (Serna, 2007). Sin embargo, para Tomasino y Cano (2016) existen sólo dos modelos principales de extensión a saber: el modelo difusionista o transferencista y el crítico o transformador. Segovia y Zavala (2014) se refieren a las modalidades de extensión clasificándolas en: difusión, divulgación y promoción; asimismo, las autoras tomando a Sanchez de Mantrana en Sifuentes (2011), diferencian entre una extensión académica orientada a la formación integral y a una universitaria, orientada a servicios a la comunidad para estudio, análisis y solución de sus problemas. Entre las conclusiones podemos mencionar, que al profundizar sobre el concepto de extensión universitaria, se identificaron los modelos predominantes de fondo que varían según las áreas del conocimiento a las cuales están orientadas las carreras que siguen los estudiantes. Por citar, el estudiantado de la facultad de ciencias empresariales conceptualizó la extensión universitaria en relación al modelo divulgativo o también llamado cultural, en tanto que el estudiantado de la facultad de humanidades enfatizó la extensión entorno al modelo altruista eminentemente con una tendencia hacia el modelo concientizador también. En la exploración sobre las perspectivas y realidades del modelo altruista de la extensión encontramos dos visiones en el estudiantado de las carreras de empresariales; por un lado, un grupo de ellos consideró que el modelo altruista pasa por una opción personal y no tiene que ver con el deber académico universitario, en tanto que otro grupo de estudiantes consideró que la asistencia humanitaria debe ser un componente trasversal de la extensión. Las y los estudiantes pusieron en destaque que no todas las personas se encuentran en condiciones de desarrollar este modelo, teniendo en cuenta la condiciones materiales y psicológicos de cada uno. En el actual contexto de Covid 19, desarrollar proyectos de intervención desde el modelo altruista se presenta como necesario desde la perspectiva estudiantil, para responder algunas de las necesidades en las comunidades; esta visión fue resaltada especialmente por las y los estudiantes de los centros de apoyo de distintas ciudades del interior del país. En cuanto a las experiencias en el marco de este modelo, se dieron experiencias desde la sede central, con acciones de asistencia a las poblaciones afectadas por las inundaciones, en las ciudades de Asunción y de Pilar (Ñeembucu). En tanto que en el interior del país, las y los estudiantes se han organizado para desarrollar acciones solidarias con personas en situación de vulnerabilidad, esto, además de solidarizarse dentro del propio grupo estudiantil, con compañeros que se encuentren pasando alguna crisis económica o de salud. La facultad de humanidades comentó más experiencias desarrolladas en el marco de este modelo. En relación al modelo divulgativo aparece como uno de las ideas predominantes a la hora de conceptualizar la extensión misma. La palabra “charla” se vuelve recurrente. Se destaca la importancia otorgada por los estudiantes a los espacios formativos facilitados por profesionales del área específica, dentro de la institución para su propio estudiantado. Mencionaron su deseo de llevar adelante charlas y capacitaciones sobre temas afines, planes que se han suspendido con motivo de la pandemia de Covid 19. No mencionaron alguna experiencia relevante entorno al desarrollo de proyectos de capacitación o transferencia de conocimiento en comunidades. El modelo concientizador no se presenta en mayor medida en la cosmovisión de las y los estudiantes. Las y los estudiantes de empresariales manifiestan claramente que uno de los fines de la extensión es compartir o extender el conocimiento a los demás, pero poco se menciona que en ese proceso debe apuntarse a la toma de conciencia, la participación o el desarrollo; de esta forma, es sólo el modelo divulgativo el que se presenta. Al reiterar en relación al modelo divulgativo, se destacó el uso de TICs para generar nuevos espacios virtuales de formación. Sin embargo, esta metodología tiene sus limitaciones, que además de la conectividad y la accesibilidad, existen ciertos contenidos específicos académicos que no pueden desarrollarse con facilidad por medios virtuales; por ejemplo, las aplicaciones prácticas directas de las tareas de las carreras de empresariales.Por último, el modelo empresarial no es registrado por las y los estudiantes participantes. Sin embargo, el modelo tuvo una acogida positiva, ya que manifestaron el deseo de aplicarlo para el asesoramiento a PYMES en contexto de pandemia. Asimismo comentaron otras experiencias similares en el marco de este modelo en otras instituciones. Se generó un debate en torno a los intercambios e incentivos que supone este modelo, analizando si al haber una contraprestación en el proceso, acaso no se desvirtúa el proceso extensionista mismo. Si bien en las perspectivas y experiencias del estudiantado destaca en primer lugar el modelo divulgativo, en el análisis de la predominancia entre los modelos, se manifestó un acuerdo general de que existe una complementariedad entre los modelos diferenciados.
#500 |
Realidades y desafíos de la extensión universitaria en contexto de pandemia de Covid 19.
Olga Paredes
1
;
Luis Gonzales
1
;
Stella Mary Garcia
1
1 - FACSO UNA.
Resumen:
La extensión universitaria es uno de los aspectos menos profundizados en el espacio universitario. Las actividades de extensión universitaria son asociadas con cursos, seminarios o en su defecto, con actividades de beneficencia focalizadas a poblaciones en estado de vulnerabilidad. Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre realidades y desafíos de la extensión universitaria en contexto de Covid 19, tomando como estudio de caso las perspectivas de estudiantes de carreras empresariales y de humanidades de la Universidad Metropolitana de Asunción. Se trata de una investigación de tipo descriptiva-analítica, con enfoque cualitativo. Específicamente, se busca conocer las perspectivas entorno a los desafíos hacia la extensión crítica, así como describir las realidades entorno a la extensión en contexto de pandemia desde la perspectiva de las y los estudiantes. Toma como población a las y los estudiantes universitarios de carreras de la Facultad de Ciencias Empresariales y de Humanidades, con los cuales se desarrollaron dos grupos focales respectivamente, previa elaboración de un instrumento cuestionario guía de preguntas pertinente. En el estado del arte respecto al análisis histórico de la extensión universitaria y sus implicancias, algunos autores coinciden que se pueden distinguir dos trayectorias diferentes de la tradición de la extensión universitaria; por un lado la anglosajona, caracterizada por los paradigmas de asistencia y de difusión cultural, en tanto que la tradición francófona adopta el modelo de las universidades populares, que buscarán preparar a las personas de clases trabajadoras para afrontar los problemas sociales desde el conocimiento científico (Caballo et al, 2014). Para Serna (2007), así como para Ortiz y Morales (2011), claramente en América Latina se identifica una tradición diferenciada orientada al cambio social, diferenciándose claramente de la corriente anglosajona. Incluso autores como Tomasino y Cano (2016) introducen el concepto de extensión latinoamericana, como una forma regional diferenciada de entender y desarrollar la extensión universitaria de forma crítica y transformadora. En plena pandemia de la Covid 19, Galán (2020) destaca que no es la primera vez que la extensión universitaria debe repensarse y desarrollar acciones en medio de una emergencia. Asimismo, otros referentes de la región como Storani (2020) concuerdan en que a través de la virtualidad continúa el desarrollo de proyectos de extensión. Entre las principales conclusiones, en cuanto a la discusión sobre el concepto de la extensión latinoamericana o también llamada crítica por algunos autores, las y estudiantes reflexionaron sobre la importancia de que la orientación de los proyectos de extensión universitaria hacia un formación integral y no sólo especializada en la carrera, sino también hacia una formación cívica que les permita tener una visión política y consciente de la realidad. No descartaron que desde la extensión y la universidad puedan generarse acciones de incidencia en políticas públicas, pero destacaron que para ello es preciso que en los procesos de extensión haya una capacitación previa, ya que comúnmente existen muchas confusiones en cuanto a las implicancias y los alcances de la política.La extensión universitaria en contexto de Covid 19 ha llevado a la suspensión indefinida de varios proyectos presenciales previstos por las y los estudiantes. Sin embargo, la extensión es viable y el estudiantado es consciente de que es necesario repensar los proyectos. En este sentido las herramientas digitales son una ayuda importante, ya que las y los estudiantes aún temen exponerse al contagio y sus consecuencias para ellos y sus familias. El estudiantado manifestó que es necesario generar acciones en este contexto de crisis, ya que es un imperativo aportar solidaridad ante las necesidades que padecen tantos compatriotas. Especialmente estudiantes del interior del país pusieron énfasis en esta idea. El modelo divulgativo de la extensión ha sido el más desarrollado en este tiempo de pandemia. Como consecuencia se promovió la educación a través de medios digitales e incluso la idea de la educación permanente. Gracias a las herramientas digitales, las y los estudiantes pueden acoplarse a las actividades desde donde estén. Sin embargo, el gran problema reside en la conectividad, agravada en ciudades del interior del país especialmente. La dificultad en el uso de las herramientas digitales o también llamada accesibilidad estuvo presente y en ello fue fundamental la solidaridad de algunos estudiantes que actuaron de guías de sus propios compañeros y compañeras. Finalmente, en cuanto a la participación del estudiantado en las actividades de extensión desarrolladas en contexto de Covid 19, señalaron las ventajas en el acceso y aprovechamiento de los conocimientos dictados en espacios digitales, siempre que se cuente con conectividad y accesibilidad. Comentaron que gracias a las redes sociales especialmente, estos conocimientos pueden ser fácilmente compartidos con sus familias, amigos e incluso con la comunidad entera. Consideraron que es posible aprender tanto como en las actividades presenciales, siempre que existan condiciones mínimas y predisposición para el efecto. Las y los estudiantes manifestaron que eminentemente el modelo divulgativo es el que puede desarrollarse en contexto de pandemia y aislamiento y que es necesario poner énfasis nuevamente en el factor comunicacional, mediante el cual es posible informar y difundir las actividades con el mayor impacto posible.
#501 |
Formación de grado en pandemia: estrategias para el aprendizaje en estudiantes campesinos/as del norte argentino.
Eduardo Landriel
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Nadia Hoyos
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1 - Universidad Nacional de Santiago del Estero.
Resumen:
Esta ponencia trata de hacer conocer las diferentes dimensiones que han atravesado el proceso de formación en Trabajo Social de un grupo de estudiantes residentes campesinos durante el período de aislamiento sanitario por la pandemia de COVID-19, durante los años 2020 y 2021.Las dimensiones a las que nos referimos se relacionan con el aislamiento geográfico de los centros urbanos y el contexto de ruralidad, los recursos de conectividad y accesibilidad a la educación, las estrategias de aprendizaje, el rol de agentes institucionales, familiares y comunitarios, la enfermedad y el cuidado de la salud, entre otras ; que se irán descubriendo a medida que se avance en el abordaje de un grupo de estudiantes de la carrera de Trabajo Social de la Universidad Nacional de Santiago del Estero, Argentina. La pandemia de COVID 19 ha impactado en todas las dimensiones de la vida de los sujetos y, sin dudas, la educación ha sido uno de los campos en donde se evidenció con más énfasis. La educación superior no escapa a ello. En el caso del norte argentino, particularmente en la provincia de Santiago del Estero, la situación se agudiza. Esto debido a que se trata de la provincia argentina con mayor cantidad de población residiendo en el campo en forma dispersa o en poblaciones con menos de dos mil habitantes. Y dentro de la matrícula de la carrera de Trabajo Social contamos con un alto índice de estudiantes provenientes de zonas rurales. Allí se centra el interés de esta ponencia: conocer cómo han sobrellevado su vida en relación a su proceso de formación, con el cursado de asignaturas y qué estrategias han debido desarrollar para generar aprendizajes durante el período de aislamiento sanitario. Como docentes de la carrera de Trabajo Social de la Universidad Nacional de Santiago del Estero, hemos vivenciado el cambio que ha significado el proceso de enseñar y aprender en espacios virtuales. En este sentido es que nos hemos visto atravesados por múltiples dificultades asociadas al pasaje de la presencialidad a los entornos virtuales de enseñanza-aprendizaje. No obstante, somos conscientes que estas dificultades afectaron particularmente a los estudiantes. La pandemia ha hecho visibles las múltiples desigualdades (donde interseccionan la edad, el género, la clase social, la etnia, la residencia) magnificando las condiciones sociales desfavorables que inciden en las posibilidades y limitaciones del aprendizaje. Estas condiciones han situado a estos estudiantes en posiciones desiguales desde la cual han transitado su experiencia. Una de esas condiciones es la de residir en el campo, en una provincia ruralizada y con un alto nivel de pobreza estructural.En este marco es que se presenta este trabajo, que es el resultado de un proceso de investigación empírica que tiene la intencionalidad de describir y analizar las diversas estrategias que la población estudiantil campesina de la carrera de Trabajo Social de la UNSE, desarrolló durante el período de ASPO en relación a su proceso de cursado virtual de asignaturas, los obstáculos presentados y su impacto en el aprendizaje. Para ello, el abordaje se enmarca en tres categorías vinculadas a ese proceso: 1- El contexto socioeconómico, de accesibilidad e infraestructura que presenta la ruralidad santiagueña: nos referimos a identificar y describir la situación provincial, una de las que detenta uno de los mayores índices de desigualdad y pobreza; sumado a indicadores que se potenciaron durante la pandemia, a través de acciones punitivas que se establecieron desde el Estado mediante normativas que restringieron derechos y enfatizaron controles y disciplinamiento sobre todo en los jóvenes.. 2- Los recursos de conectividad y accesibilidad a la educación: se relevarán datos referidos a la infraestructura comunicacional de la jurisdicción y su alcance y nivel de cobertura en la zona rural; a la vez de advertir cómo afectó a los estudiantes.3- El rol de los agentes externos: en este caso analizaremos las acciones que llevaron adelante una serie de agentes vinculados a los estudiantes y cómo éstos facilitaron y/u obstaculizaron el proceso de aprendizaje. Identificamos entre ellos a docentes, compañeros, la universidad y su política de contención, la familia, amigos y referentes estatales y/o comunitarios que fueron, a su vez, referenciados durante las entrevistas por los alumnos/as.Para lograr este propósito, se recurrió a realizar un relevamiento de la población estudiantil campesina, y el diseño y aplicación de entrevistas en profundidad a un grupo de estudiantes seleccionados en base a una serie de criterios de inclusión tales como: que provengan de parajes plenamente rurales y localidades de menos de dos mil habitantes, que hayan cursado y/o rendido al menos dos asignaturas durante los años 2020 y 2021, y que hayan estado cursando entre el segundo y el cuarto año de la carrera. Por otra parte, como marco referencial, se tomarán operadores teórico-conceptuales que aporten a la comprensión de lo situacional, problematizando categorías locales y construidas por los autores, con centralidad en la especificidad.n
#542 |
Competencias emocionales en la formación de Trabajadoras y Trabajadores Sociales en contexto de pandemia por COVID-19
Marcela Concha
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1 - Universidad del Bío-Bío.
Resumen:
La pandemia mundial por COVID-19 develó las múltiples desigualdades e injusticias sociales a las que se ven expuestas principalmente las personas más pobres y vulnerables, quienes son víctimas directas de las fallas e ineficiencia de las políticas públicas neoliberales. Para el Trabajo Social en tanto profesión y disciplina, este escenario conlleva múltiples desafíos a la hora de generar espacios y oportunidades de desarrollo que permitan a las/os sujetas/os acceder a sus derechos tanto sanitarios como sociales. El actual contexto de emergencia socio-sanitaria trajo consigo entre otras cosas, la oportunidad de visibilizar los cambios que se requieren hacer a nivel del quehacer profesional y en los procesos de formación, demandado a la profesión reinventarse y llevar a cabo nuevas forma de ayuda e intervención en crisis. Esto implicó desplegar todo su potencial en cuanto a ofrecer recursos de apoyo emocional en situaciones de distanciamiento físico-social, aislamiento, teletrabajo y/o confinamiento, generando por ende un tremendo desgaste y agotamiento emocional tanto en el colectivo profesional como en las/os estudiantes en formación. Es por ello que este trabajo pretende visibilizar la relevancia que tiene el desarrollo de competencias emocionales en la formación y desempeño profesional de Trabajadoras y Trabajadores Sociales, no sólo en contexto de pandemia sino en cualquier situación cotidiana que requiera de nuestra atención o intervención, ya que en las últimas décadas y de acuerdo a la evidencia científica nacional e internacional, las competencias emocionales tienen directa relación con las habilidades sociales, cognitivas, aprendizaje, rendimiento académico y resultados laborales. Del mismo modo, estas competencias permiten afrontar los desafíos de la vida profesional como la superación del estrés, la incertidumbre, el temor, la inseguridad, la angustia, propios de la vida humana en general y en especial en momentos críticos como los actuales, siendo por tanto, necesario fortalecerlas como parte del proceso de crecimiento personal, formación integral y profesional, para que a futuro las/os estudiantes en formación se desenvuelvan de manera efectiva, desarrollen un mayor bienestar personal y respondan de forma pertinente a las demandas de la sociedad actual, que requiere cada vez más de profesionales que posean este tipo de habilidades y/o competencias para su inserción en el mundo laboral. La formación en competencias emocionales, tiene como finalidad el desarrollo humano integral, así como también favorecer la interacción social, la autogestión, el trabajo colaborativo, la toma de decisiones, la interdependencia y el discernimiento ante situaciones que involucren tanto las propias emociones como las emociones de los demás, en una actividad profesional o personal. Por tanto, se convierten en un eje fundamental del proceso de enseñanza-aprendizaje, cuya incorporación formal en los planes de estudio, tanto internacionales como nacionales, sigue siendo aún incipiente, así como también lo es la investigación sistemática que haya explorado las implicaciones de las emociones y las competencias emocionales en el bienestar de estudiantes y profesionales del Trabajo Social. A pesar de ello, la competencia emocional ha demostrado ser fundamental para explicar el bienestar personal de los profesionales de la intervención social, caracterizados por una alta carga de trabajo y elevados índices de angustia psicológica y burnout. Cabe destacar, que las competencias emocionales es un constructo que tiene dos modelos relevantes, el de Saarni (1999), quien define las competencias emocionales como un conjunto articulado de capacidades y habilidades que un individuo necesita para desenvolverse en un ambiente cambiante y surgir como una persona diferenciada, mejor adaptada, eficiente y con mayor confianza en sí misma, y por otro lado, el modelo pentagonal de competencias emocionales de Bisquerra (2003, 2009), que las comprende como un conjunto de conocimientos, capacidades, habilidades y aptitudes necesarias para comprender, expresar y regular de forma apropiada los fenómenos emocionales. Entre éstas se pueden distinguir la conciencia emocional, la regulación emocional, la autonomía emocional, la competencia social y las habilidades para la vida y el bienestar. Particularmente en el campo del Trabajo Social, los estudiantes y futuros/as profesonales deben conocer y manejar las emociones, posibilitándoles tanto el afrontamiento de sus propias frustraciones, como servir de estímulo a las/os usuarias/os para superar sus dificultades. Las frecuentes experiencias de afecto negativas, tales como la ansiedad o el dolor, a las que se ven expuestas/os las/os Trabajadoras/esSociales durante su actividad laboral, sobretodo en contexto de pandemia, demandan que los planes de estudio integren programas en donde se fomente el desarrollo de las competencias emocionales. Del mismo modo, las elevadas exigencias laborales a las que se enfrenta este colectivo profesional, como consecuencia, entre otros aspectos, de la excesiva burocratización de las instituciones estatales y públicas, lo hace aún más muy vulnerable a padecer ciertos riesgos psicosociales, frente a lo cual desarrollar competencias emocionales les permitirá afrontar estas demandas profesionales que pueden afectar a su bienestar y rendimiento laboral. Los/as trabajadores/as sociales que poseen competencias emocionales adecuadas, se encuentran mejor preparadas/os para mantener una buena calidad de vida laboral y una apropiada felicidad subjetiva, lo cual a su vez contribuye positivamente en la relación, calidad de la intervención y prestación de servicio hacia las/os usuarias/os, ante las elevadas exigencias del contexto laboral actual.
#515 |
La pertinencia del Perfil de Egreso ante las demandas y necesidades de formación de la carrera licenciatura en Trabajo social
Sandra Concepción Ventura Escobar
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Jenny Ivonne Ayala Sánchez
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1 - Universidad Dr. Andrés Bello.
Resumen:
La calidad en la educación es un tema de constante revisión en las Instituciones de educación Superior (IES) dentro de sus acciones prioritarias se encuentra la evaluación curricular, ya que a través de ella puede conocer sus aciertos, falencias, logros y oportunidades de mejora.La evaluación de un programa o carrera en este caso un plan de estudios es necesaria debido a que el contexto social cambia contantemente provocando que la ciencia y la tecnología avanzan rápidamente y lo que se diseñó en un tiempo no responda a esa realidad del momento. Con respecto a ello, Hernández, García y Luna (2018) citando a Roldán (2005) manifiestan que:Los planes de estudio deben caracterizarse por ser dinámicos y que realmente respondan a las necesidades tanto sociales como individuales. Sin embargo, las universidades en el contexto internacional han implementado innovaciones curriculares en el diseño de los programas incorporando nuevos enfoques y metodologías, pero ha faltado una evaluación que evidencie el logro del perfil de egreso en cuanto a su impertinencia respecto a las características de la sociedad actual (p.141).La Universidad Dr. Andrés Bello (UNAB) a través de la Secretaría General y la Unidad de Egresados, realizó una evaluación de la pertinencia del perfil de egreso de la carrera licenciatura en Trabajo Social en 2019 y 2020 que tuvo por objetivo identificar el logro del perfil de egreso de la carrera y las demandas y necesidades de formación, considerando lo que plantea el Ministerio de Educación de Educación , Ciencia y Tecnología (2018) que: La pertinencia de la educación superior se relaciona con la armonización de las IES con las políticas públicas: planes de desarrollo productivo, de desarrollo regional, sectorial y social. Se vincula, además, con las necesidades de distintos grupos sociales, con el sistema de valores de la sociedad, con los procesos de desarrollo internacionales y con la mejora de la calidad de vida de los ciudadanos (p.12). educación Superior (IES) dentro de sus acciones prioritarias se encuentra la evaluación curricular, ya que a través de ella puede conocer sus aciertos, falencias, logros y oportunidades de mejora.La evaluación de un programa o carrera en este caso un plan de estudios es necesaria debido a que el contexto social cambia contantemente provocando que la ciencia y la tecnología avanzan rápidamente y lo que se diseñó en un tiempo no responda a esa realidad del momento. Con respecto a ello, Hernández, García y Luna (2018) citando a Roldán (2005) manifiestan que:Los planes de estudio deben caracterizarse por ser dinámicos y que realmente respondan a las necesidades tanto sociales como individuales. Sin embargo, las universidades en el contexto internacional han implementado innovaciones curriculares en el diseño de los programas incorporando nuevos enfoques y metodologías, pero ha faltado una evaluación que evidencie el logro del perfil de egreso en cuanto a su impertinencia respecto a las características de la sociedad actual (p.141).La Universidad Dr. Andrés Bello (UNAB) a través de la Secretaría General y la Unidad de Egresados, realizó una evaluación de la pertinencia del perfil de egreso de la carrera licenciatura en Trabajo Social en 2019 y 2020 que tuvo por objetivo identificar el logro del perfil de egreso de la carrera y las demandas y necesidades de formación, considerando lo que plantea el Ministerio de Educación de Educación , Ciencia y Tecnología (2018) que: La pertinencia de la educación superior se relaciona con la armonización de las IES con las políticas públicas: planes de desarrollo productivo, de desarrollo regional, sectorial y social. Se vincula, además, con las necesidades de distintos grupos sociales, con el sistema de valores de la sociedad, con los procesos de desarrollo internacionales y con la mejora de la calidad de vida de los ciudadanos (p.12). El estudio buscó propiciar la problematización de la pertinencia de la educación superior considerando como punto clave para su logro el diseño curricular de los planes de estudios en la carrera de Lic. en Trabajo Social ya que permite a través de la formación que las y los estudiantes alcancen su realización personal y laboral. Además de contribuir con el desarrollo de la sociedad y cumplir así la función social designada. En este sentido, se verificó la participación de las y los actores clave del proceso necesarios para un currículo pertinente. Por medio de la investigación se valoró el logro del perfil de egreso actual del plan de estudio de la carrera con las personas empleadoras, graduadas, egresadas, docentes, especialistas y el gremio. El diseño fue de tipo descriptivo, cualitativo y transversal. Se utilizó el muestreo No probabilístico de tipo intencional. Se administró 57 encuestas a las y los actores clave mencionados anteriormente. Asimismo, se realizaron 9 grupos focales. Entre los resultados cuantitativos a destacar están que las áreas de desempeño de las personas graduadas coinciden con los campos laborales declarados en el perfil de egreso de la carrera. Respecto a los resultados cualitativos, se obtuvo que las principales áreas de mejoras en la formación están: dar mayor énfasis a la intervención agregando el enfoque de atención a victimarios, migración, emprendedurismo, pedagogía, gerencia social, las TIC en la intervención entre lo más relevante.
#578 |
Distancia física no social: reconfiguración de la participación ciudadana de jóvenes universitarios en contextos de crisis por pandemia
Paula Leal Tejeda
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1 - Universidad de Tarapacá.
Resumen:
En tiempos de crisis por pandemia debido a la COVID-19, una de las estrategias para combatirla es la distancia social, con el consecuente confinamiento a nivel nacional e internacional y la necesidad de la educación virtual. Con la distancia social, surge la reflexión de si la participación ciudadana se está debilitando y qué consecuencias tendría ello. Entonces, surgen propuestas de referirnos a distancia “física” y no “social”, entendiendo que lo “social” no desaparece sino que el encuentro entre ciudadanos/as se expresa de diferentes formas. Para contextualizar esta ponencia, me remonto al retorno a la democracia en 1990, en que el discurso público enfatizaba que Chile hacía esfuerzos para crecer con igualdad y alcanzar el desarrollo. La educación fue vista como una herramienta fundamental para la superación de la pobreza intergeneracional, ante lo cual se impulsaron reformas orientadas a incrementar calidad e igualdad, con foco en formación ciudadania (MINEDUC, 2010). Sin embargo, una agenda educativa neoliberal en Chile desde la dictadura de Pinochet, se plasma en un sistema segregado, fragmentado y desigual que, como argumenta Ball, aumenta la segregación social (González y Parra, 2015). Este “cuasi mercado educativo”, el rol secundario asignado al Estado en materia de educación y el lucro en educación, dieron lugar a movimientos de estudiantes secundarios el 2006 (Revolución Pingüina) y el 2011. La ciudadanía en Chile ha expresado que las promesas de mayor igualdad y equidad no se han cumplido en un sentido general, con problemas estructurales que se demandan cambiar. Movilizaciones sociales en la última década han dado paso a un movimiento unificado nacional, el “estallido social” del 18 de octubre de 2019. Tanta fuerza cobró este movimiento que hoy estamos a las puertas de votar por una propuesta de nueva constitución.El escenario descrito tensiona las definiciones y prácticas de ciudadanía. Según Bellamy y Palumbo (2010), ciudadanía implica una condición de igualdad cívica y de membresía a una comunidad política. Se critica, sin embargo, que las definiciones más tradicionales dejan a un lado a grupos sistemáticamente marginados y vulnerables (Roniger, 2006). Cobra relevancia la reconfiguración y ampliación de ciudadanía para responder a los retos de una realidad globalizada, multicultural, cosmopolita, fragmentada y hoy, en crisis por la pandemia. Por ello, se comprende ciudadanía como una condición propia del ser humano, una identidad y pertenencia a una comunidad; Cortina (2009) plantea que dicha pertenencia conlleva la búsqueda de justicia. Uno de los grupos que ha participado activamente en las demandas por justicia e igualdad en Chile son las/los jóvenes universitarios, siendo sus movilizaciones expresiones concretas del ejercicio de ciudadanía. El concepto “juventud” no es un universal; cómo las/los jóvenes viven sus experiencias depende de diferencias en poder, estatus, conocimiento y experiencia. Como lo argumentan Osler y Starkey (2003), a las/los jóvenes se les presenta con frecuencia como ciudadanos en espera, y como una “amenaza” debido a la apatía política. Sin embargo, son perfectamente capaces de articular cómo desean pertenecer y participar en comunidad (Hart, 2009) y se toman en serio sus responsabilidades como ciudadanos/as (Lister et al., 2003), contradiciendo el argumento de que son individuos pasivos. Pensarles como tal es una de las razones por las que se ha ignorado su voz y no se ha tenido en cuenta su opinión en decisiones públicas. Siguiendo a Roberts (2007, 2009), las transiciones en etapas de la vida de las/los jóvenes se construyen socialmente. Esto tiene implicaciones teóricas y metodológicas tales como considerar el contexto social, el sistema educativo chileno, el mercado laboral, los patrones y características familiares, el contexto universitario, la comunidad local y el contexto de pandemia que deben tomarse en consideración analítica. Al explorar las reconfiguraciones de las/los jóvenes hacia la ciudadanía, también se consideran las reformas educativas neoliberales desde la dictadura como un punto de inflexión que moldeó la identidad y las experiencias de ciudadanía de las generaciones anteriores y, por lo tanto, influye a las generaciones actuales de jóvenes. Respecto al contexto que influye en la construcción social y ciudadana de las/los jóvenes, según la UNESCO (2019), la globalización exige constantemente la evolución de la educación superior para atender a las demandas cada vez más diversificadas de la población y contribuir a que las/los estudiantes aprendan a pensar y actuar críticamente. Las comunidades educacionales (universidades), como espacio democrático, pueden fomentar la participación ciudadana, apoyar la interacción social y promover el potencial para la transformación de la sociedad. No obstante, las/los jóvenes son críticos/as de la educación superior y, sobre todo, del desarrollo de la educación virtual durante el confinamiento, cuestionando, por tanto, este rol atribuido a la universidad como espacio potenciador del desarrollo de ciudadanía, lo cual influye en la configuración de ciudadanía.Esta ponencia presenta resultados preliminares de proyectos de investigación que buscan responder a cómo se reconfigura la participación ciudadana en tiempos de crisis por pandemia, tomando como foco a jóvenes universitarios/as del sur y norte de Chile, específicamente en las regiones de La Araucanía y de Tarapacá. Esto ya que se discute que en las últimas décadas dicha participación se caracteriza por la influencia de un sistema educacional neoliberal, por su informalidad y por su invisibilización desde la política pública y la sociedad civil; así mismo, porque se interroga si dicha participación ha sido obstaculizada por la educación virtual. El aporte principal es visibilizar la voz de los/las jóvenes universitarios/as respecto a sus propias experiencias de participación ciudadana en contexto de pandemia y las sugerencias surgidas de ellos/ellas para enfrentar futuras crisis como la actual. Se utiliza una metodología cualitativa, con un enfoque interpretativo y un diseño descriptivo y exploratorio. Participan 20 jóvenes de comunas de Temuco e Iquique. Este Proyecto, al tener un enfoque cualitativo, plantea supuestos tales como que la participación ciudadana de jóvenes universitarios/as en se ha reconfigurado por la influencia de la pandemia por COVID-19 y la educación virtual; y que los/las jóvenes universitarios/as en la ciudad de Temuco e Iquique han generado altermativas para la participación ciudadana en tiempos de pandemia, las cuales pueden ser propuestas para enfrentar futuras crisis. Los resultados son un aporte a la investigación e intervención en Trabajo Social, a la comunidad científica-académica y la comunidad en general.
FCS - F2
11:00 - 13:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#244 |
A covid-19 em tempos de neoliberalismo: caso brasileiro
VANIA CARVALHO SANTOS
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Izadora Rodrigues de SOUZA
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1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE.
Resumen:
A covid-19, também conhecida como novo coronavírus ou SARS-CoV-2 faz parte de uma das diversas linhagens do vírus até então conhecida no mundo. O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez no final do ano de 2019 em Wuhan na China, causou surtos de doenças respiratórias, este por sua vez, colocou todos os continentes em estado de alerta. A China foi o epicentro da covid-19, logo depois a Itália ocupou essa posição e em seguida a Espanha com disseminação do vírus. As informações sobre o vírus eram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a qual estabeleciam recomendações aos países, através dos protocolos os quais era elaborados a partir das descobertas sobre o vírus. No Brasil, inicialmente os alertas destinavam-se principalmente as pessoas que haviam realizado viagens internacionais e/ou teriam tido contato com viajantes, com o passar dos meses e a transmissibilidade em alta, esta recomendação já não fazia tanto sentido, pois o vírus estava num estágio de transmissão comunitária. Na primeira versão do Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus disponibilizado pelo Ministério da Saúde, o tratamento para o vírus era classificado com um tratamento de suporte e inespecífico, posteriormente, este quesito viria a ser bastante discutido em território nacional devido a incentivos para automedicação com farmacológicos ineficazes segundo os cientistas e a própria OMS. Neste momento, as autoridades e estudiosos em todo o mundo defendiam apenas um tratamento eficaz, que era formado por distanciamento de no mínimo 2 metros por pessoa e isolamento social com funcionamento apenas de comércio e serviços essenciais. Os números de casos da covid19 em países que adotaram a estratégia de isolamento social, demonstravam a eficácia da alternativa, enquanto que os países que não seguiam as recomendações tinham cada dia mais pessoas contaminadas e o índice de mortos em níveis altos, sobretudo no Brasil cujas as recomendações foram negligenciadas e tardiamente administradas. Segundo o Protocolo de Manejo Clínico para o Novo Coronavírus (2019-nCoV) do Ministério da Saúde (MS) em 22 de janeiro de 2020 foi ativado o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para o novo Coronavírus (COE – nCoV), iniciavam assim os estudos de estratégias para enfrentamento a covid-19 no Brasil. A pesquisa foi epidemiológica do tipo transversal descritiva e teve como objetivo principal: Analisar os casos de Covid-19 no período de março de 2020 a outubro de 2021 na capital do menor estado brasileiro (Aracaju/Sergipe). Foi utilizado esse recorte temporal a fim de abranger as denominadas 1ª e 2ª onda da pandemia em território brasileiro. A coleta de dados foi realizada na plataforma “Todos contra o coronavírus”, desse modo dispensou a apreciação no Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos, tendo em vista que essas informações são de domínio público. No ano de 2020 foram contabilizados 55.539 casos no município, já no ano de 2021 foram totalizados 72.533 casos. O número de óbitos decorrentes dessa doença compreendeu 895 e 1.532 em 2020 e 2021 respectivamente. Os principais achados do estudo referem-se a: 71,3% dos óbitos de covid-19 ocorridos em Sergipe em 2020 (março a dezembro) foram de idosos, as mortes até junho de 2020 apresentaram correlação com a presença de comorbidades especialmente a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Cardiopatias. A partir de janeiro de 2021 ocorreu crescimento na proporção de mortes e de letalidade entre 20 e 59 anos em ambos os sexos. Pode-se considerar a maior letalidade das novas variantes, e também o relaxamento nas medidas de isolamento, um terceiro fator é o aumento da pobreza haja vista a população mais vulnerável vivenciar um ano em que não podia sair para buscar formas de sobrevivência. Conclui-se que os percentuais demonstram que Aracaju teve mais óbitos entre os municípios do estado, por possuir maior densidade demográfica.No ano de 2020 o maior número de óbitos estava associado as comorbidades que os indivíduos apresentavam, especialmente a população idosa, já em 2021 o aumento expressivo se mostra justificável perante o baixo índice de isolamento social e o surgimento das variantes do vírus, assim como o início da imunização pelas pessoas mais idosas, estes aspectos atrelados a mudança na faixa etária que mais tiveram óbitos. Os resultados da pesquisa apontaram que Aracaju teve 128.072 casos positivos de covid-19 no período estudado, representado por 46% de casos quando relacionado a todo o estado. No que desrespeito aos óbitos foram 2.427, 40% de óbitos no estado. Sabe-se ainda que a pandemia gerou inúmeros problemas sociais como a redução de salários, aumento do desemprego e da informalidade os quais dificultaram ainda mais a adesão ao isolamento social, e impacta milhares de famílias com os casos e óbitos. O cenário pandêmico aumentou as desigualdades e a superexploração do trabalho através de suas novas formas, sob o comando do capital financeiro escancarou mais uma vez os diferentes projetos societários. O quadro de desigualdade socioeconômica envolve desemprego, subemprego, moradias precárias ou ausência das mesmas, saneamento básico, etc., portanto, uma conjuntura desafiadora aos assistentes sociais que tem em sua atuação o dever de defesa da liberdade, autonomia, democracia, entre outros.
#304 |
MANIFESTACIONES SOCIALES OCASIONADAS POR LA PANDEMIA EN LA REGIÓN DEL SUR DEL PERÚ RESUMENDesde la perspectiva del Trabajo Social, la pandemia ha trastocado lo público y lo privado de la familia como ente social, porque fue protagonista d
Victoria Delfina Quispe Arapa
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Corina Coila Ruelas
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Marlene Noemi Rosado Zavala
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1 - Universidad nacional del Altiplano de Puno.
2 - Universidad Nacional del Altiplano de Puno.
3 - Municipalidad de Tacna.
Resumen:
Desde la perspectiva del Trabajo Social, la pandemia ha trastocado lo público y lo privado de la familia como ente social, porque fue protagonista de dar frente a la enfermedad del Covid-19, el mismo que ha ocasionado desde diferentes posturas como: en lo cultural, considerado como una desgracia; lo económico familiar, que se dieron los ajustes del gasto per cápita y las nuevas formas de ingreso para su subsistencia; lo laboral, que dieron muestra, en que muchas familias están inmersos en un trabajo informal y lo organizativo familiar que se dibuja en encierro domiciliario, el mismo que ha generado el miedo, pánico, estrés y sobre todo la interrogante de la encrucijada ¿Cuándo termina la pandemia? ¿Cuándo van a volver a una situación normal o estar libres? ¿Cuándo dejan de utilizar el barbijo?, entre otras interrogantes.Rol del Trabajadora jugo un papel preponderante, porque fue el nexo entre la institución y la familia, aplicando estrategias comunicativas como: el WhatsApp, meet o sencillamente lo hace a través de las llamadas, sin embargo, no fue tan asertivo, por el mismo hecho que no se recoge información fidedigna, lo cual ha conllevado a un fracaso de intervención. Así mismo se ha demostrado a la importancia de contar en una institución una trabajadora social, porque en muchas instituciones sobre todo en los centros educativos de nivel básico, entre otras.Lo manifestado, es un tema social que atraviesa la Trabajadora social desde el área de bienestar social, dándole un sentido singular su accionar, que fue de manera creativa, mostrando actitudes de empatía, producto de ello se tiene en cada una de ellas que conjugaron estrategias que le permitieron llegar a ser nexo. A partir de la actuación colectiva frente a los problemas y a la solución de los mismos como horizonte entre lo micro social en relación con lo macro (las políticas sociales) que se ha visibilizado a partir de la cotidianeidad laboral.Entonces estas cuestiones se expresan en términos de Accesibilidad al Sistema de Salud, a las Políticas Sociales y a los Sistemas de cuidado en general. Esto se da a tres niveles: la primera es al personal que labora en una determinada institución pública, quienes acceden a un servicio de atención por el Hospital de ESsalud, que es sistema de servicio de salud paraestatal el mismo que no ha tenido cobertura de atención al 100% porque en plena pandemia hace colapsar los servicios de atención y la segunda es para el ciudadano que accede a un servicio de Sistema Integral de salud (SIS), quienes son los Hospitales, establecimiento de Salud y centros de salud, que son servicios que ofrece el Estado y la tercera es el personal quienes laboral en las empresas privadas, y estas tienen convenios de atención en clínicas o aseguradoras, con una brecha de atención de camas UCI (Unidad de cuidado intensivo), este último solo se tienen los Hospitales del Estado y el Hospital Essalud.Esta pandemia exigió remirar y reconstruir aspectos como: la convivencia familiar y la construcción de lazos entre los miembros que la integran, la organización social de una ciudadanía responsable de sus actos, una gobernabilidad local y regional en aras de preservar seguridad y respeto al distanciamiento y la practica de la empatía y la necesidad del trabajo en equipo multidisciplinario y/o profesiones que dieron muestras de enfrentar esta pandemia.Es así que la región de sur del Perú (Puno, Moquegua y Tacna) convivieron situaciones álgidas desde el momento de inicio de la pandemia hasta estos últimos días que aún se convive en zozobra, sobre todo en la movilización de las familias, en cuanto al retorno de sus tierras que lo vieron nacer y nuevamente retornar a la ciudad en la que migraron con el único objeto de sobre salir o en búsqueda de mejores condiciones de vida, el mismo que fue trascendental para la historia de las regiones del sur y sus pueblos originarios, que le permitió entender o no el duelo individual y colectivoFinalmente se tiene que comprender que la realidad del Covid-19 no es sólo el número de contagiados, hospitalizados, curados y muertos, sino que es algo mucho más complejo, es un tema social si lo vemos desde la accesibilidad a los servicios de salud, el profesionalismo del personal de salud, el accionar de la Trabajadora Social y es también la oportunidad de revalorar el lugar del Estado, las relaciones de las personas, la asunción de responsabilidades, la organización social del ciudadano(s). Y también es reflexionar profundamente el componente social como un derecho a un bienestar colectivo e individual, sobre todo es el derecho a vivir, el solo vivir que resignifica las manifestaciones que se viene dibujando en un proceso histórico y Social y de construir más y nuevas formas de convivencia desde el sentir peruano en su condición de niño, adolescente, joven, mujer y adulto mayor
#562 |
O trabalho do assistente social no Centro de Referência em Assistência Social no Brasil: Os desafios da nossa atuação no contexto da Pandemia de COVID 19 &
Marina Leite Melo
1
1 - Universidade Federal da Paraíba.
Resumen:
Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise da experiência profissional na política de Assistência Social em Brasília, capital do Brasil, no contexto da grave crise econômica e social agudizada pela Pandemia de COVID 19. Trata-se de um relato de experiência da autora, a partir da sua inserção no Centro de Referência em Assistência Social - CRAS, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal - SEDES. A política de Assistência Social no Brasil segmenta suas ações em duas frentes, a proteção social básica e a proteção social especial. A instituição referenciada neste texto se insere na primeira frente, sendo porta de entrada para a população nesta política, que visa mitigar manifestações singulares de vulnerabilidade social nos territórios de maior incidência das expressões da questão social. O contexto da Pandemia de COVID 19 ampliou a busca pelos serviços e benefícios vinculados a esta política. No caso do Distrito Federal, em 2020 a política de assistência social atendeu 284.090 famílias, e até maio de 2021, foram registradas mais de 123.00o demandas de atendimento no CRAS. Em decorrência da Pandemia de COVID 19, a SEDES implementou um sistema de registro virtual de demanda para atendimento no CRAS, no sentido de não expor a população à longas filas presenciais, que poderiam ser um fator de disseminação do vírus. A experiência profissional aqui relatada demonstrou que a população espera, em média, 10 meses entre o registro da demanda e a efetivação do atendimento. O principal motivo pela busca de atendimento no CRAS está vinculado ao acesso a programas de transferência de renda e de enfrentamento à insegurança alimentar. Neste período também foi possível observar o crescimento da demanda por acolhimento institucional provisório voltado para pessoas em situação de rua. O público atendido na instituição relatou, em sua maioria, a perda de renda e proteção social no período da Pandemia de COVID 19, sobretudo aquelas pessoas inseridas em trabalhos informais destituídos de direitos trabalhistas. Também foi possível observar uma demanda considerável por atendimento daquelas pessoas que passaram a conviver com as sequelas decorrentes da COVID 19, e não tinham condições de se reinserir no mercado de trabalho. A insegurança alimentar, consequência deste processo, estava presente no relato de praticamente todas as famílias que passaram por atendimento no CRAS. Vale destacar que a Pandemia de COVID 19 foi especialmente danosa no Brasil, tendo em vista que estamos submetidos ao governo de Jair Messias Bolsonaro, de tendência ultraneoliberal, que deu continuidade às políticas do governo golpista de Temer. Desde de 2016, o Brasil enfrenta a regressividade das políticas sociais, a seguridade social passou por cortes no orçamento a partir da Emenda Constitucional 95/2016, que prevê o congelamento dos gastos do orçamento fiscal e da seguridade social por 20 anos. Além disso, a reforma trabalhista de 2017 impulsionou a informalização dos trabalhadores, que passaram por ampla destituição dos seus direitos trabalhistas. O governo Bolsonaro seguiu com a agenda de regressividade ao aprovar a contrarreforma da Previdência Social em 2019, que restringiu o acesso dos trabalhadores à mesma. No que diz respeito à Pandemia de COVID 19, é sabido que o atual presidente e seus ministros se posicionaram contra às medidas de prevenção à disseminação do vírus, com a narrativa de minimizar a gravidade desta conjuntura. O governo foi contra as ações de isolamento social, atacou os governadores e prefeitos que adotaram tais medidas, o Ministério da Saúde não se responsabilizou pela garantia do acesso aos serviços de saúde, e atrasou a aquisição de vacinas. Estas ações foram investigadas pelo Senado Federal, por meio da Comissão Parlamentar de Inquérito da COVID 19, até o momento nenhum dos sujeitos que compõe este governo foi responsabilizado. Esta realidade colocou diversos desafios para os assistentes sociais que atuam no CRAS, que não contaram com o apoio do Estado diante do crescimento vertiginoso da pobreza e da desproteção social. As condições de trabalho precárias colocaram em risco a saúde destes profissionais, que foram expostos ao contágio do vírus, pois as instituições não contavam com a medidas de segurança do trabalho de prevenção ao contágio da COVID 19. Além disso, a estrutura física dos CRAS do Distrito Federal são extremamente insalubres, e não garantem o direito ao sigilo no atendimento das famílias. Os profissionais trabalharam em espaços pouco ventilados, desconfortáveis e inseguros do ponto de vista da saúde no contexto pandêmico. O descaso do Estado com a política de assistência social é reflexo da orientação política de cunho neoconservador e higienista do atual governo, que trata a população pobre de forma desumanizada, policialesca e viola constantemente seus direitos. Os assistentes sociais inseridos nesta política enfrentam um contexto de calamidade pública em condições adversas. Para superar estes desafios, faz-se necessária a articulação coletiva e política da categoria profissional para enfrentar a orientação política de caráter neofacista do governo Bolsonaro, que penaliza a população mais pobre e aprofunda o quadro de desproteção social destes sujeitos.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#006 |
Accesibilidad web, la fotografía sanitaria del sitio web del Ministerio de Salud en Chile y la ausencia de ajustes razonables para Personas con Discapacidad vistos con estándares internacionales.
christopher acuña mellado
1
1 - Universidad academia de humanismo cristiano.
Resumen:
Observando la necesidad de las personas con discapacidades sensoriales e intelectuales de conocer el entorno que les rodea y conocer como enfrentan según su experiencia la actualidad sanitaria, se investigó la primera barrera que se debe sortear, esta es la accesibilidad de la información y la comunicación, elementos básicos considerados para su diario vivir, es por este motivo, que los resultados son con base en investigación empírica.Es necesario conocer la norma internacional que protege a esta comunidad, es así como en el año 2006 se crea la Convención Internacional de los Derechos de las Personas con Discapacidad, que su objetivo es transmitir los derechos individuales, garantías para esta comunidad y asegurar el goce pleno, en esta convención adscribieron 88 países, entre ellos Chile en 2008 que en muchos de sus derechos no se ajusta a la normativa internacional, la finalidad de esta convención es por medio de sus derechos mandatar con una batería de derechos que favorecen a la comunidad con discapacidad para lograr su calidad de vida y buen vivir.Continuando con el análisis de la Convención de Personas con Discapacidad, se encuentra un derecho básico, que permite ampliar el abanico de las ofertas en información y comunicación, incluyendo variadas tipologías, además, se menciona la obligación de adoptar medidas y hacer efectivo los ajustes razonables para las personas con discapacidad en sus requerimientos necesarios para lograr el acceso.En dicha Convención, nos encontramos con el Artículo 9 que nos recomienda la accesibilidad para fomentar la independencia y la participación plena en todos los aspectos de la vida, estos derechos descritos y con la finalidad de obtener “igualdad de condiciones frente a las demás personas”, siendo el derecho de la información y la comunicación una parte importante del principio de Accesibilidad y considerado uno de los ejes principales para vivir en independencia con la autonomía suficiente, continuando con el análisis de la convención, en el articulo 21, obliga a los países parte a garantizar la libertad de expresión y la opinión de las personas con discapacidad, haciendo un lema de la frase “Nada sobre nosotros sin nosotros”.Especialmente, en el artículo 25 de la convención, donde se refiere a la salud, manifiesta implícitamente la necesidad de informar de todos los servicios y centros de salud que se encuentren cercanos al domicilio de las personas con discapacidad, incluidas las zonas rurales.Siendo este articulo en el cual nos detendremos, problematizaremos y que nos servirá de guía para el análisis del sitio web del Ministerio de Salud en Chile, comparando bajo las normativas internacionales, donde se mostraran el grave problema de la ausencia de herramientas cualitativas que permiten el desarrollo del acceso a la información en temas prioritarios de salud.En estos momentos de crisis sanitaria, se encuentra la accesibilidad de información y comunicación envuelta por los problemas que provoca el COVID-19, entre otras problemáticas que se visibilizaron en esta pandemia, según lo antes mencionado, se hace indispensable el formato en que la información se trasmite a las personas con discapacidad, sobretodo por considerarse pacientes con mayor vulnerabilidad a contraer el virus por sus patologías asociadas y anexas a la discapacidad.Es así como, la investigación realizada al sitio web del Ministerio de Salud en Chile, nos encontramos con la ausencia de herramientas que permiten los ajustes razonables y necesarios con los que podemos informar a pacientes que posean discapacidad sensoriales e intelectuales, claramente esta ausencia perjudica una atención de salud oportuna y de calidad, al no contar con estas herramientas necesarias para la comunidad con discapacidad, se incumplen normativas internacionales y nacionales respecto a este grupo de personas, al extremo de optar por la vida o la muerte.Se hace relevante cumplir con este principio básico, que entrega el mínimo para una atención en salud y al ser reconocidas las personas con discapacidad, se hacen individuos garantes para exigir a sus estados una salud oportuna y de calidad cumpliendo el principio básico de Accesibilidad en la información y comunicación, este principio se debe cumplir por medio de los ajustes razonables que estimen convenientes en cada discapacidad.A lo referido anteriormente, dentro de toda esta institución, encontraremos buenas y malas prácticas. Una de las buenas prácticas la conoceremos a través de un caso, el sitio web del Hospital San Juan de Dios, situada en los límites de la comuna de Santiago y categorizado como hospital de Alta Resolución de la zona Occidente de la Región Metropolitana en Chile, donde hallamos los ajustes razonables para la comunidad con discapacidad visual y baja visión, cumpliendo los ajustes necesarios, colocándolo al servicio de la comunidad hospitalaria, de personas mayores y personas con discapacidad.Como conclusión, el abordar el diseño universal es prioritario para lograr la accesibilidad en la información y la comunicación, coloca a la accesibilidad como punto relevante, no solo para permitir el acceso de personas sin discapacidad si no que, otorga la accesibilidad al universo de los diferentes tipos de personas, aumentando el espectro en la atención de salud y que esta cumpla con las características de ser oportuna, inclusiva y que incluya calidad.Claramente, esta ausencia apunta a la falta de fiscalización del estado, ya que, existiendo normativas internacionales dedicadas a esta materia, no se cumplen en Chile, se hace necesario el cumplimiento de estas normas que benefician a un porcentaje amplio de la ciudadanía que alcanza al 20% en el país.Se recomienda, el uso de ajustes razonables en la programación de paginas web desde un principio, evitando así la desinformación en uno de los principios básicos de la universalidad de usuarios y usuarias, además de, propiciar espacios inclusivos donde se fomentarán la participación de la totalidad de la sociedad.
#066 |
Pessoas com deficiência no ensino superior: relato de intervenção sobre inclusão em uma universidade brasileira
Fernanda Lanzarini da Cunha
1
1 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Resumen:
Neste texto toma-se como processo de intervenção uma ação de extensão desenvolvida na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que objetivou envolver a comunidade acadêmica na discussão sobre a inclusão de pessoas com deficiência (PcD). Tomando a educação como um direito social fundamental, este trabalho centra-se neste campo, enfatizando que a dimensão da acessibilidade é central para a inclusão das PcD no ensino superior. No sentido de destacar os direitos das PcD, o documento legal mais recente que faz ampla referência na defesa destes é a Lei Brasileira de Inclusão (LBI - Lei nº 13.146/15), tomada como instrumento de emancipação social e sendo reconhecida como o Estatuto da PcD (BRASIL, 2015). Segundo o último censo demográfico, realizado no Brasil em 2010, significativa parcela da população brasileira possui algum tipo de deficiência, representando “23,9%” (BRASIL, 2012). Historicamente, este segmento esteve à margem do acesso às garantias mínimas como no caso da educação. Entre as PcD no Brasil o percentual que possui o ensino superior é de apenas “6,7%” (BRASIL, 2012). Portanto, apesar do avanço legal no sentido do reconhecimento dos direitos das PcD em usufruir dos bens sociais produzidos pela sociedade, entre eles o ensino superior, ainda persiste parcela significativa de PcD fora deste sistema. Em muitas Instituições Federais de Ensino no Brasil há setores destinados ao apoio de acessibilidade para PcD, tendo sido incentivada a criação destes a partir de um Programa Nacional do ano de 2006 chamado “INCLUIR”. No caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, conhecido da instituição como INCLUIR, executa alguns serviços relacionados à permanência das PcD de modo a garantir a sua autonomia. O INCLUIR foi instituído na UFRGS em 2014 e vem desenvolvendo ações relacionadas ao acompanhamento e apoio para PcD, oferta de equipamentos de tecnologia assistiva e adaptação de materiais ampliados, táteis e em Braille. A adaptação de materiais tem sido uma das ações mais regulares e sistemáticas, envolvendo um grande número de recursos humanos e insumos. É sobre o sistema Braille que a ação de extensão desenvolvida na UFRGS teve seu foco, buscando expandir os conhecimentos relativos à área de inclusão e acessibilidade enquanto condição essencial para o reconhecimento do direito social à educação, preconizado pela Convenção Internacional sobre os Direitos das PcD e pela LBI. Muitos deficientes visuais são usuários do sistema Braille e, neste sentido, se procurou garantir na comunidade universitária a discussão deste sistema de leitura e escrita mediante o projeto de extensão “Adaptação de materiais didáticos para sistema Braille: escrita, edição e impressão”. A lógica empregada foi encontros teóricos sobre o histórico do sistema Braille, além de oficinas práticas que envolveram a operacionalização de equipamentos e softwares na produção e impressão de materiais em Braille. Muito embora a ação de extensão tenha tido como eixo central a discussão sobre os aspectos técnicos e éticos sobre a produção de materiais adaptados para o sistema Braille para PcD com vínculo institucional, os encontros foram permeados também por férteis reflexões sobre a inclusão social. Segundo Diniz (2007), a inclusão social somente se efetiva quando se considera as PcD como partícipes e integrantes de todos os espaços em sociedade, destacando-se a diversidade na perspectiva do modelo social da deficiência. Desse modo, se abriu caminho por meio da atividade extensionista para se discutir acerca da equidade para as PcD no meio universitário, dessa forma contrapondo as barreiras atitudinais e expressões de preconceitos e discriminação que permeiam o meio social e universitário. Na linha de desmistificar a visão sobre as PcD, onde a tendência é ver somente as limitações impostas pela deficiência, desconsiderando as potencialidades dos sujeitos, é que teve centralidade nas discussões o necessário rompimento com a barreira atitudinal. Sob essa ótica é imprescindível que as práticas acadêmicas no âmbito universitário sigam considerando a luta dos grupos e sujeitos políticos em defesa de suas necessidades, se opondo, assim, às diferentes formas de dominação e discriminação que persistem na sociedade. Diante de um processo educativo com interação transformadora na universidade, considera-se que a intervenção através da ação extensionista impactou na reflexão de práticas inclusivas e na discussão sobre a permanência de PcD no meio universitário. Nessa linha, a intervenção teve destaque pelo potencial em dotar a instituição de condições para materializar os princípios da inclusão educacional, assegurando principalmente que as PcD e suas necessidades sejam consideradas por todas as instâncias neste processo. A partir da intervenção percebe-se inúmeros caminhos em uma postura social de inclusão que reforce a política de inclusão das PcD no universo do ensino superior, já que a realidade demonstra que ainda é irrisório o quantitativo de PcD com nível superior. As ações de intervenção e/ou extensão como a relatada, em conjunto com outras práticas que fomentem na universidade a expansão da inclusão e acessibilidade, contribuem no alargamento das possibilidades de permanência de PcD no espaço universitário, além da inserção de outras neste âmbito.
#347 |
Los/as usuarios/as tienen la palabra: Evaluación social de la atención a la Salud Mental en el Uruguay del S XXI. Avances de una investigación en curso.
Carla Palombo
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María Julia Perea
1
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Valeria Piriz
1
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Mariana Pereira
1
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Fiorella Grippi
1
1 - Facultad de Psicología.
Resumen:
La propuesta que se presenta, refiere a un estudio actualmente en curso, llevado a cabo desde el Instituto de Psicología de la Salud, de la Facultad de Psicología de la Universidad de la República (UdelaR), Uruguay. El mismo ha sido financiado por la Comisión Sectorial de Investigación Científica de la UdelaR, en el marco del llamado I+D 2020. La investigación se inscribe en una línea de acumulación sobre evaluación y monitoreo de políticas públicas en salud mental, a partir de sucesivas revisiones realizadas individual o colectivamente como Grupo de Investigación Interdisciplinaria Complejidad Social y Salud Mental, coordinado por la Dra. (PhD) Beatriz Fernández Castrillo, trabajadora social, docente e investigadora de gran prestigio en este campo de estudio, quien falleciera en febrero del año 2021. En esta oportunidad, un equipo interdisciplinario de investigadoras, provenientes del área de Trabajo Social, Sociología y Psicología, se propone evaluar la resolutividad (López Puig y colabs., 2014) de los servicios públicos de Salud Mental del Primer Nivel de Atención (PNA) en Montevideo y Área Metropolitana, con la intención de observar su efectividad, a partir de una consulta realizada a la población mayor de 18 años que ha recibido asistencia en el último año, incluyendo aquella que ha consultado por sufrimientos relacionados a la crisis sanitaria resultado del COVID19. Dentro del universo de estudio, también son considerados usuarios/as de policlínicas de la Intendencia de Montevideo que reciben atención psicológica. La investigación resulta relevante ya que, según la revisión realizada, son pocos los estudios nacionales encontrados que evalúen la capacidad resolutiva de los servicios del PNA. A su vez, parece muy oportuno monitorear el proceso de innovaciones emprendidas en Salud Mental, que tiene lugar a partir del año 2011 al decretarse el Plan de Implementación de Prestaciones en Salud Mental en el Sistema Nacional Integrado de Salud (PIPSM-SNIS), seguido de la aprobación de la primera Ley de Salud Mental Nº 19.529 y el Plan Nacional de Salud Mental 2020- 2027, dada la inversión económica y social que han implicado estos cambios normativos para abordar un problema sociosanitario muchas veces marginado de la preocupación ciudadana. La estrategia de abordaje consiste en profundizar el protagonismo de los usuarios de los servicios de Salud Mental y de los familiares para comprender los mecanismos que podrían optimizar el acceso a la política nacional en Salud Mental, a efectos de realizar un estudio de tipo descriptivo, analítico relacional y exploratorio, “enmarcado en el paradigma cualitativo con predominio metodológico en la interacción entre la recolección de datos, el análisis y la elaboración de resultados” (Krause, 1995: 20). Todo el trabajo de campo se apoya operativamente en una pauta de indagación común, adaptada de la Escala de Verona para Valoración de la Satisfacción de los usuarios de los Servicios, (Ruggeri, M.; Lasalvia, A.,Dall’Agnola, R. 1996). Mediante la realización de entrevistas semiestructuradas y grupos focales, ya sea en forma presencial o virtual, se busca reunir información respecto a: la orientación en primera consulta de un equipo de recepción; coordinación general de la Dirección de Salud Mental del servicio; accesibilidad a los servicios (receptividad, barreras geográficas o económicas, buen trato, etc.); puntualidad en la consulta y la atención a la lista de espera; habilidades, empatía y competencias profesionales; respeto por el secreto profesional; respuesta ante situaciones imprevistas; acceso a medicamentos controlados; incorporación de familiares en el tratamiento; información sobre los servicios y tratamientos disponibles; calidad del servicio y la atención de áreas específicas; existencia de mecanismos de evaluación del servicio por parte de usuarios y familiares. La propuesta ha sido concebida como aproximación investigativa, en la medida que sea capaz de contribuir a generar nuevo conocimiento sobre la base de la sistematización de evidencias implicadas en las prácticas en este complejo campo. A su vez, ha sido concebida como investigación aplicada, ya que sus resultados pretenden contribuir a la evaluación de esta política, haciendo hincapié en la importancia de la participación social de usuarios y familiares en el proceso de transformaciones del sistema de salud. En líneas generales, los/as usuarios/as entrevistados/as están conformes con la calidad de la atención que reciben por parte de los profesionales que conforman los equipos de salud mental en el PNA. Esto se traduce en una buena valoración de aspectos relacionados con la empatía, el trato y las competencias profesionales. Sin embargo, no manifestaron la misma conformidad con el personal administrativo, de quienes demandan mayor comprensión y un trato más amable. Por otro lado, surge reiteradamente la necesidad de contar con espacios terapéuticos de escucha, especialmente en momentos críticos como fue el contexto de pandemia. No obstante, según dicen muchos de ellos/as la demanda de este tipo de recurso, no lograría ser cubierta en gran parte de los servicios del PNA. En este sentido, también expresan molestias ante las dificultades en el acceso a la consulta con psiquiatra cuando son derivados/as. Respecto a la figura del Licenciado/a en Trabajo Social, cuando se demanda su intervención, generalmente no se lo visibiliza como parte del abordaje en salud mental. Los usuarios consultados respecto a su percepción sobre el trabajo en equipo, señalan que no siempre habría coordinación entre los profesionales al momento de abordar la situación de consulta. Bibliografía: Krause, Mariane. (1995) La Investigación Cualitativa: un Campo de Posibilidades y Desafíos. Revista Temas de Educación Nº 7. 19 39. http://www.esnips.com/nsdoc/62c4 cc01 63a6 478d 9291 60f05e590f1b. Recuperado el 23/6/2020; López Puig, P.,García Milian, A., Segredo, A., Alonso, LSantana, F, (2014) Procedimiento para medir la capacidad resolutiva de los equipos básicos de salud, Rev Cubana Salud Pública. 40(4). Disponible en http://www.bvs.sld.cu/revistas/spu/vol40_4_14/spu02414.htm. Recuperado el 13/5/2020;Ruggeri, M., Lasalvia, A., Dall’Agnola, R., Van Wijngaarden, B., Knudsen, H.C., Leese, M., Gaite, L.,Tansella, M. y the Epsilon Study Group (2000). Development, internal consistency and reliability of the Verona Service Satisfaction Scale European Version. British Journal of Psychiatry, 177(Suppl. 39), s41 s48.
#531 |
Movimento Sociais, Extensão Tecnológica e Serviço Social: a experiência do Guia de Serviço Públicos de Proteção Social a pessoas LGBTI+
Bruna Andrade Irineu
1
1 - UFMT.
Resumen:
O projeto de extensão “Guia de Serviços Públicos de Proteção Social a pessoas LGBTI+ nos territórios da comunidade #Fervo2k20”, foi financiado pelo edital de Extensão Tecnológica da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso - FAPEMAT. A Fervo2k20 é neste projeto a co-produtora da transferência de tecnologia social proposta no projeto, a partir da relação entre universidade e movimento social. Ela se apresenta como uma plataforma que promove articulação da rede de ações afirmativas protagonizadas por jovens negras/os, mulheres e LGBTQI+, de ou com trajetória de periferia no Brasil, através de apoio social e econômico a artistas visando a monetização de suas produções e a transferência de recursos informacionais, financeiros e de formação humana. Neste sentido, o Guia
de Serviços Públicos foi uma proposta de pesquisa e intervenção nos territórios dos 348 artistas e/ou coletivos artísticos situados em 14 estados do Brasil. Partimos da urgência em solucionar problemas de dificuldade de acesso as políticas públicas setoriais existentes nesses territórios, com intuito de promover inserção nos serviços sociais e efetivação dos direitos de artistas negros/as, mulheres e LGBTQI+. Vinculado ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Relações de Gênero (NUEPOM), o projeto também buscou contribuir com formação integral e cidadã das(os) estudantes de graduação e pós-graduação proporcionando vivências teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas de maneira crítica, interdisciplinar e integrada ao currículo. O NUEPOM realizou o projeto Observatório Virtual de Gênero e Sexualidade na pandemia de Covid-19, o GenSex Covid (https://medium.com/pauta-genero/tagged/gensex), que articula pesquisa e extensão, respeitando o distanciamento social, fazendo uso de dados virtuais e de colaborações virtuais para disseminação de análises e propostas de enfrentamento a realidade atual, e desde abril de 2020, em parceria com o PET Saúde Interprofissionalidade. Os resultados do levantamento indicam ausência de produção de conteúdos jornalísticos nas mídias locais abordando saúde e população LGBTI+, as notícias tratam exclusivamente de situações de violência, que também operam pouco com o sentido pedagógico da mídia. Isso demonstra que, os conteúdos informativos sobre direitos LGBTI+, tem circulado majoritariamente pelas redes sociais e canais não governamentais. Essa ausência reforça nossas hipóteses de que as produções LGBT+ vem sendo feitas pela própria comunidade LGBTI+, colocando assim a urgência de fomento e apoio a essas produções de dados, informações, conteúdos artísticos, entre outros. A pandemia, como demonstra os dados do Relatório da Pesquisa #VoteLGBT, agravou o empobrecimento da população LGBTI+. Esses indicadores são reais e justificam a criação de plataforma de solidariedade e cuidado mútuo, que surgiram na pandemia. A plataforma #Fervo2k20 é um exemplo disso. A Fervo2k20 é uma plataforma que promove articulação da rede de ações afirmativas protagonizadas por jovens negras/os, mulheres e LGBTQI+, de ou com trajetória de periferia no Brasil, através de apoio social e econômico a artistas visando a monetização de suas produções e a transferência de recursos informacionais, financeiros e de formação humana. Judith Butler (2020) afirma que o contexto de isolamento social para enfrentamento a pandemia de coronavírus tem nos mostrado muito sobre nossa interdependência global no novo tempo e espaço. Do mesmo modo que somos solicitados ao recolhimento doméstico e a privação de contato social também vemos a transposição de fronteiras entre territórios nacionais. Débora Diniz (2016) ao recuperar sua trajetória de pesquisa sobre a epidemia de Zika no sertão nordestino, nos ensina que quando investigamos novos adoecimentos precisamos mover múltiplos quebra-cabeças do método científico. Em seu estudo ela monitorou cinco mil veículos de comunicação nacionais e internacionais, além de ter acompanhado grupos de
whatsapp com mulheres que foram acometidas pelo vírus. Esse turbilhão de informações lhe fez reunir múltiplas fontes documentais e audiovisuais, que lhe deram condições de uma análise rigorosa sobre a doença. O recente levantamento da SPW (Sexuality Policy Watch) demonstra que a pandemia de COVID-19 tem inúmeras dimensões que se articulam com gênero, raça, etnia, nação, sexualidade, geração e classe social. O imperativo do isolamento e a litúrgica de “guerra ao vírus” tem legitimado o autoritarismo em muitos países. As populações encarceradas, trabalhadores/as do sexo, idosos/as, pessoas
hiv positivo, quilombolas, povos indígenas, LGBTI+, mulheres e crianças em situação de violência denunciam os aspectos evidentes de uma pandemia em uma “conjuntural global de desdemocratização” (BROWN, 2014). Frente a este cenário de isolamento, distanciamento e de medidas contra a pandemia de COVID-19, instituições publicas e movimentos sociais tem construído estratégias de apoio e solidariedade com as populações empobrecidas e de grupos vulneráveis, como a #Fervo2k20 que cadastrou artistas negros/as, mulheres e LGBTQIA+ e vem distribuindo insumos, alimentos e prêmios para redistribuição e monetização das produções artísticas. Assim, o trabalho aqui apresentado relata a experiência de sistematização de dados nos 14 estados brasileiros do catálogo da #Fervo2k20, indicando a criação dos canais de comunicação e informação a grupos vulneráveis como população LGBTI+, trabalhadoras do sexo e mulheres em situação de violência de gênero a partir de um Mapa e um Guia de Serviço Sociais da área de Saúde, Justiça, Assistência Social e Direitos Humanos .
16:00 - 18:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#025 |
Resiliencia Comunitaria: El Trabajo Histórico de Líderes Locales. Bitácoras en Imágenes
Sandra Rojas Caceres
1
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Viviana Donoso Donoso
1
1 - Universidad Viña del Mar.
Resumen:
RESUMEN INVESTIGACIÓNLa presente investigación se sitúa en el desarrollo del trabajo de los y las estudiantes de la asignatura de Práctica de Grupo-Comunidad del último año de la carrera de Trabajo Social de la Universidad Viña del Mar, en contexto de crisis socio sanitaria año 2021.La problemática que dio inicio a este trabajo fue la ausencia de políticas que dieran respuesta oportuna y efectiva a la crisis sociosanitaria producto del Covid-19 en los sectores más desprotegidos, en este caso específico, en el cerro emblemático de Viña del Mar Forestal. Ante este trabajo de colaboración y solidaridad desarrollado por los vecinos y vecinas de Forestal, surge la necesidad de conocer la influencia de la crisis sociosanitaria en la configuración de la identidad local del territorio a través de la caracterización de las fotografías, como elementos identitarios de la comunidad y de arraigo territorial en Forestal, durante el 2021. Las y los estudiantes mediante la recolección de relatos espontáneos, narraciones de vivencias e imágenes entregadas por las y los líderes históricos seleccionados, motivados por resaltar movimientos e iniciativas locales de un cerro emblemático de la comuna de Viña del Mar, buscan investigar y reconocer los procesos de la identidad local y la resiliencia comunitaria de los habitantes de Forestal a través de la fotografía social en el contexto de crisis socio sanitaria.Para ello, la investigación se posiciona desde un paradigma sociocrítico, a su vez, se utiliza un marco teórico sustentado en la Resiliencia comunitaria y sus cuatro pilares fundamentales de los autores Simpson, Munist, Santa Cruz, Kotliarenco, Klasse y Melillo, 2018, Compilado Resiliencia Comunitaria, lo que permite el análisis de conceptos como Resiliencia Comunitaria, a través de sus cinco pilares: Identidad Cultural, Solidaridad, Honestidad estatal, Humor social y Autoestima colectiva, con los propios habitantes, quienes aportan desde sus perspectivas y cómo estás convergen desde sus acciones colectivas, plasmadas en los retratos que ellos mismos han realizado y seleccionado para la investigación.En relación a la metodología, se utiliza un enfoque cualitativo, con el método de acercamiento a la realidad de la Investigación Acción Participativa y para el levantamiento de los datos, se utilizan como instrumentos el focus group, la entrevista en profundidad y la fotografía social. A su vez, el análisis de los datos se realiza a través del análisis crítico del discurso del Modelo tridimensional del discurso Fairclough.Por otra parte, los resultados de la investigación arrojan que la pandemia del covid-19 ha dejado patente la ineficiente capacidad de actuar de las instituciones chilenas tanto públicas como privadas, en el territorio de Forestal, lo que ha ocasionado que los mismos dirigentes-as del sector, tengan que generar estrategia para afrontar las diversas problemáticas locales. Esto se debe, en gran parte, a que al vivir en el mismo territorio comparten una realidad similar, misas problemáticas, recursos y anhelos, lo que les ha permitido desarrollar una batería de estrategias para enfrentar la crisis sociosanitaria. Al mismo tiempo, al hacer frente a la crisis sociosanitaria, logran reforzar su identidad local y sentido de pertenencia con el territorio, es decir, se construye comunidad.
#040 |
PRÁTICAS SOCIAIS URBANAS NA REGIÃO PORTUÁRIA DE SANTOS
Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz
1
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Luzia Fátima Baierl
1
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Sonia Regina Nozabielli
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1 - Universidade Federal de São Paulo.
Resumen:
É conteúdo da formação profissional, da pesquisa e da extensão, em uma perspectiva de totalidade, a articulação das atividades formativas com as lutas e movimentos sociais, com uma ação política e inserção em espaços públicos, alimentando a interação entre universidade e sociedade. Nessa direção, esta atividade de extensão, denominada Práticas Sociais Urbanas, tem como eixo principal viabilizar a apropriação e integração de conhecimentos teórico-metodológicos de diferentes áreas do conhecimento, em especial do Serviço Social, para a identificação e desenvolvimento de práticas sociais urbanas junto a grupos e movimentos sociais, com vistas às fomentar conquistas no campo das políticas sociais e urbanas, par e passo com a afirmação da função social da universidade. Um dos desafios desta extensão consiste, portanto, em apreender os mecanismos e as formas de atuação de grupos e movimentos sociais junto às instâncias de poder, e desenvolver práticas sociais urbanas que viabilizem a linguagem das redes sociais, as tecnologias de pertencimento e a afirmação de lugares políticos, ao entrelaçar políticas sociais e urbanas, participação social e diversidade cultural e estimular processos interinstitucionais e interprofissionais, tendo em vista o lugar da universidade na construção e na disseminação de conhecimento e de saberes. Na conjuntura brasileira do início da terceira década do século XXI, evidenciam-se o aumento da desigualdade social, do preconceito racial, da violência institucional por um lado, e por outro, um processo de encolhimento do Estado e da progressiva transferência de suas responsabilidades sociais para a sociedade civil. A manipulação da classe trabalhadora é levada ao limite, o consentimento e a adesão dos trabalhadores tornam-se objetivo das empresas para viabilizar um projeto que é desenhado e concebido segundo os fundamentos exclusivos do capital.E nesses tempos contraditórios, a participação social assume um perfil formal, de predomínio dos privilégios que naturalizam as desigualdades econômicas e sociais, perdendo seu caráter progressista. A complexidade desse processo evidencia que uma dimensão importante a ser explorada, no nível teórico e prático cotidianos, é a representação política dos sujeitos diante de projetos societários em disputa, repensando processos participativos, principalmente tendo em vista a pluralidade de interesses e a heterogeneidade da sociedade brasileira. Um dos elementos importantes desse processo, que é social e político, diz respeito aos fatores culturais, àqueles que historicamente vão construindo movimentos diferenciados de representações, de participação, de incorporação das conquistas sociais de determinada sociedade. Portanto, falar de práticas sociais urbanas, é falar, antes de tudo, da atuação de diferentes sujeitos políticos nas relações sociais vinculadas à participação social e gestão das políticas e ações na esfera pública.É nesse quadro que emerge a relevância da universidade pública experienciar, apreender, fomentar e contribuir no desenvolvimento do que estamos denominando práticas sociais urbanas, principalmente aquelas que se constituem em torno de formas de mobilização social e organização coletiva, de participação no planejamento e na efetivação das políticas públicas, tendo em vista melhores condições de vida para segmentos da classe trabalhadora. A realidade das cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista, onde a universidade está inserida, revela profundas contradições não só entre os municípios como no interior destes, onde pobreza e riqueza convivem cotidianamente. As contradições desse processo estão explícitas nas desigualdades significativas na região, com os números demonstrando que o desemprego e a informalização atingem 25% da população, que 44,10% residem em áreas precárias, que 54,63% das crianças de 0 a 5 anos vivem em más condições e que 17,95% é a taxa média de mortalidade na infância para crianças menores de 5 anos. São dados que traduzem o perfil de uma sociedade de raízes oligárquicas, presentes em um coronelismo que subsiste, principalmente nas regiões mais pauperizadas, na escravidão por dívida, no trabalho infantil, na clandestinidade das relações de trabalho, no trabalho precário com regressão dos direitos. A experiência vivenciada no desenvolvimento de práticas sociais urbanas com as “mulheres da maré”, moradoras do Dique Vila Gilda, palafitas na área portuária de Santos, uma das cidades da região, vem mostrar novos mecanismos de ativismos políticos e, nas alianças estabelecidas e em construção, busca potencializar espaços de reivindicação de movimentos e grupos sociais por melhores condições de vida e, ao mesmo tempo, incentivar, viabilizar e afirmar a participação da universidade pública nesse processo, envolvendo estudantes e docentes, por meio de ações e processos de formação educativos interdisciplinares, na inter-relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, proporcionando novos horizontes às demandas e reivindicações das classes subalternas. Assim, na promoção de diálogos formativos e debates com diferentes sujeitos coletivos no desenvolvimento de práticas sociais urbanas, o exercício da extensão proporciona a ampliação de mecanismos que garantam a participação política da população, além da construção compartilhada de conhecimento, tendo em vista fortalecer a esfera pública e ampliar o espaço da cidadania, em uma perspectiva democrática de defesa de direitos.E na apreensão das múltiplas expressões da questão social, a extensão torna-se uma atividade importante na formação profissional, na indagação que faz e na descoberta da realidade. E para a formação em Serviço Social, a relação da profissão com diversos grupos sociais e sujeitos políticos, alimentando diferentes experiências universitárias, é fundamental na construção de um perfil profissional crítico.
#099 |
Apreendendo sobre Liberdade Através das Músicas: uma experiência na docência em Serviço Social
ALAN ALVES
1
1 - Pontificia Universidade Católica de São Paulo.
Resumen:
O presente artigo tem como objetivo relatar e analisar a experiência profissional como docente no curso de Serviço Social numa universidade privada de São Paulo, no Brasil, lecionando as disciplinas de Fundamentos Históricos Teóricos Metodológicos do Serviço Social e Ética no ensino sobre liberdade como valor central da profissão. Especificamente, analisar o recurso da música como instrumento metodológico e pedagógico para trabalhar com os discentes o valor liberdade no Serviço Social.No processo educacional como docente, depara-se cotidianamente com dificuldade dos discentes – mesmo após várias aulas expositivas - em compreender o valor central da profissão explicitada na direção do projeto ético-político do Serviço Social brasileiro.O projeto ético-político da profissão em vigência no país inicia-se na transição das décadas 1980-1990, quando a profissão, depois do Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina, passa a questionar o status quo e as contradições existentes na sociedade capitalista, nas políticas sociais e no próprio exercício profissional. A partir desse movimento, o Serviço Social brasileiro fundamenta-se com base na teoria marxista, buscando recriar a profissão, procurando romper com o conservadorismo; assume um compromisso e um posicionamento a favor da classe trabalhadora. Neste período, a profissão torna-se madura em virtude da sua organização política e acadêmica, passa a se reconhecer como classe trabalhadora e se posicionar a favor e reivindicar junto à classe trabalhadora, como também muda a relação com os usuários, compreendendo o ser humano como ser social e ontológico, ou seja, como ressalta Barroco (2003), ser capaz de agir de forma livre e universal.O projeto ético-político do Serviço Social marca o projeto profissional e societário da profissão, assumindo, conforme aponta Netto (2006, p.15), ter como valor central a liberdade, concebendo-a “[...] historicamente, como possibilidade de escolha entre alternativas concretas; daí um compromisso com a autonomia, a emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais”. Esta liberdade é defendida pela profissão na contemporaneidade como categoria histórica e não individual, singular, cristã, moral, autoritária e/ou legalista, mas sim como coletiva e real, dentro das alternativas concretas criadas pelo Ser Social para traçar sua direção e também superar os limites no sentido da emancipação.A materialização do projeto ético-político da profissão se dá nas três normativas autônomas, porém relacionadas: a Lei que Regulamenta a Profissão (Lei 8.662/93), o Código de Ética (1993) e as Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social (1996). Além disso, se materializa também no cotidiano profissional por meio do trabalho composto por múltiplas dimensiones interrelacionadas, que se retroalimentam e se desenvolvem, sendo elas as dimensões: ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa. Agora, no processo de docência explicava para os discentes sobre a construção do projeto ético-político, seu significado e os valores expressos nele; no entanto, identificava que os alunos decoravam que a liberdade era o valor central da profissão, porém não conseguiam expressar seu entendimento e nem o que tinham apreendido. Em decorrência disso, foi necessário pensar e repensar estratégias para ensinar e proporcionar aos discentes uma compreensão crítica da liberdade defendida pela profissão como projeto profissional e societário. Para isto, com o intuito de gerar um debate sobre esta categoria, nesse sentido, foi solicitado aos discentes que formassem grupos por afinidades e escolhessem músicas que tratassem de liberdade e expressassem o entendimento sobre esta categoria.A utilização da música se deu por compreendê-la como “[...] uma arte universal e democrática, a música está presente na vida humana por gerações, além de fazer parte da nossa cultura, do nosso dia-dia, ela é capaz de mudar nosso comportamento diante da mensagem que ela representa a cada indivíduo” (SILVA e LOPES, 2020, p.607). Em decorrência disso, a música é adotada como instrumento metodológico e pedagógico de ensino, especialmente no ensino básico, que deveria ser também aplicada nos níveis fundamentais, médio e superior de educação, pois ela pode trazer reflexões, interpretações e criatividades para apreender e aprofundar conhecimentos no espaço educacional.Neste sentido, aplicou-se uma dinâmica junto aos discentes de pensarem e escolherem uma canção que apresentasse uma visão sobre liberdade. Os alunos elegeram músicas de diversos estilos, tais como gospel, música popular brasileira, samba enredo, rock e rap nacional, entre outras. Esta dinâmica gerou debates nos grupos formados pelos discentes, uma vez que, perceberam que nas diferentes canções existiam diferentes concepções sobre este valor. No entanto, predominaram canções com discursos sobre liberdade como amor, solidariedade, compaixão e empatia, como também vinculadas à expressão da sexualidade e o rompimento com a escravidão. A partir disso, foi possível questionar aos discentes se a concepção de liberdade que estava nas canções apresentadas compactuava com o valor central da profissão, no qual expuseram que, através do instrumento metodológico, foi possível perceber que existem várias abordagens sobre liberdade, que culturalmente ainda entendiam a liberdade por visões conservadoras defendidas pela sociabilidade do capital. Desse modo, foi possível retomar o conteúdo sobre fundamentos da profissão na contemporaneidade, demarcando a importância da liberdade para a profissão; que a abordagem feita pela profissão na atualidade não trata de uma visão romantizada, conservadora, individualista nem meritocrática da sociabilidade burguesa, mas sim, como possibilidade de escolhas entre alternativas concretas e de caráter universal do ser humano genérico, direcionada para construção de um projeto societário diferente da ordem burguesa. Por fim, destaca-se que a utilização da música como instrumento metodológico foi importante para a reflexão, aprendizagem e construção de conhecimentos dos discentes do curso de Serviço Social sobre o valor central da profissão, na construção de profissionais competentes e compromissados com a formação, com o trabalho profissional e com a população usuária dos serviços.
#103 |
Los Estándares Globales para la Educación y Capacitación en Trabajo Social: Un esfuerzo conjunto de la FITS y la AIETS.
Marinilda Rivera-Diaz
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1 - Universidad de Puerto Rico.
Resumen:
La Federación Internacional de Trabajadores y Trabajadoras Sociales (FITS) y la Asociación Internacional de Escuelas de Trabajo Social (AIETS) han actualizado conjuntamente la versión de los Estándares Globales para la Educación y Capacitación en Trabajo Social adoptada en Adelaide, Australia en 2004. Con la adopción de una nueva Definición Global de Trabajo Social en julio de 2014, y la publicación de la Declaración de Principios Éticos de Trabajo Social Global actualizada en 2019, el documento de Estándares Globales para la Educación y Capacitación en Trabajo Social requirió actualizarse para integrar los cambios de estos dos documentos y para reflejar los desarrollos recientes en el Trabajo Social global. Para ello, ambas organizaciones crearon un Grupo de Trabajo Conjunto compuesto por la Comisión Interina de Educación Global de la FITS y el Grupo de Trabajo de Estándares Globales de la AIETS. Este Grupo de Trabajo se involucró con la comunidad global del Trabajo Social a través de una consulta rigurosa que duró más de 18 meses e incluyó comentarios de 125 países representados por 5 asociaciones regionales y aproximadamente 400 universidades y organizaciones de educación superior. Los Estándares Globales tienen la intensión de capturar la universalidad de los valores del Trabajo Social y la diversidad que caracteriza a la profesión a través de la articulación de un conjunto de estándares que se dividen entre obligatorios y aspiraciones. Los primeros son aquellos que se deben asumir en todos los programas educativos de trabajo social. Los aspiracionales son aquellos que las escuelas y programas deben aspirar a incluir en sus programas. Esta presentación tiene el propósito de discutir la pertinencia y los desafíos que presentan para su cumplimiento los Estándares Globales frente a la radicalización del neoliberalismo y las implicaciones que ello tiene para los derechos humanos de las poblaciones que acompañamos, así como la amenaza a la desprofesionalización y precarización de las condiciones de trabajo de los profesionales del Trabajo Social. Además, se discutirá con la audiencia de la ALAEITS la fundamentación de los Estándares Globales para la Educación y Capacitación en Trabajo Social, y sus tres estándares a saber: la escuela, las personas y la profesión, así como el procedimiento de aval que tendrán los programas que deseen adherirse y aspiren a ser reconocidos públicamente como programas que han cumplido cabalmente con los Estándares Globales para la Educación y Capacitación.
#110 |
“Propuesta discursiva y material para comprender las prescripciones del trabajo social chileno”.
Raúl Hozven
1
1 - Universidad de Valparaíso.
Resumen:
La ponencia se interroga acerca de la arquitectura del trabajo social chileno, relevando discursos y la agencia de materialidades no humanas, que en diálogo con el management dan cuenta de una profunda desregulación. El Nuevo Management Publico se ha catalogado como un movimiento para transformar y homologar la gestión pública con la privada, planteando cambios en las formas de organización laboral, pero también en la vida cotidiana. El NMP se basa en una serie de principios entre los cuales es posible destacar la competencia, la gestión de resultados basada en incentivos, la reducción del Estado y la emergencia de un contexto de flexibilidad laboral. Germina, en consecuencia, una nueva subjetivación entre los profesionales en redes públicas y privadas, aspecto que sin dudas surte efectos sobre la intervención social produciéndose una combinación de principios que genera una práctica ambivalente, superficial y/o sutil que resulta especialmente interesante observar en nuestra realidad nacional y latinoamericana. Esta pregunta se despliega en el contexto de un nuevo estatuto para el trabajo social, tanto para su formación como para su desarrollo en diferentes tejidos laborales. En aquel escenario, se plantea analizar la última discusión parlamentaria en torno al trabajo social chileno, que terminó por erigir la Ley 20.054, de 2005, que incide respecto a cómo se concibe e imparte en universidades e institutos profesionales, que concebida como materialidad no humana ha tenido incidencias inusitadas. Sin embargo, analizar el trabajo social chileno y su relación con material no humano amerita una mirada histórica, para aquello el trabajo de Castañeda y Salamé (2012) resulta orientador. En este contexto una primera estación acaece en la década de 1920, en la que predominaba una visión higienista complementada por lineamientos católicos, conformando en el entonces servicio social una práctica asistencial, que recién comenzó a transformarse en la década de 1960. Aparece entonces, una segunda fase, de promoción social, caracterizada por la influencia de las ciencias sociales y el compromiso político; luego, el importante movimiento de reconceptualización coincidente con la Unidad Popular (UP), que tensionó los cimientos políticos del país y de esta profesión. Esta ruta experimentó una retracción profunda en una tercera etapa durante los años setenta, con la dictadura de Pinochet, que desmanteló avances en materia social; pero también abatiendo a esta profesión porque se cerraron centros educativos, se limitan las vacantes, se persiguió y –lo más dramático– se eliminó a muchos asistentes sociales. Se forjó una versión de la profesión oficial a través del ejercicio en las políticas del gobierno de facto, y otra versión, sustentada en los derechos humanos y la recuperación de la democracia, por más de 17 años.En dictadura emerge la cadena de materialidades no humanas (jurídicas) en estudio, que implican al Decreto con Fuerza de Ley (DFL) 1, del 3 de enero de 1981, específicamente el articulo n.º 12, a través del cual se cristalizó la pérdida del rango universitario. En unión, cabe mencionar al DFL 5, del 16 de febrero de 1981, que originó a los institutos profesionales (IP) y en los que es posible impartir profesiones que no tengan rango universitario, como en aquel entonces servicio social. Sin embargo, con la recuperación de la democracia se rastrea otro objeto no humano, la Ley Orgánica Constitucional de la Enseñanza 18.962 (LOCE), que se publicó en el Diario Oficial el 10 de marzo de 1990. En esta, particularmente en el artículo 52, se ratificó la pérdida del rango universitario ocurrido a inicios de los años ochenta, todo en el contexto de una cuarta etapa desde 1990, marcada por la formación en universidades privadas y una empleabilidad dinámica en proyectos sociales en un Estado subsidiario. Posteriormente, en el marco de una quinta etapa, en los años 2000, irrumpe la Ley 20.054, de 2005, materialidad concéntrica en este artículo que modificó la LOCE, restableciendo la exclusividad universitaria, pero conformando una formación de servicio (asistencia) o trabajo social con licenciatura en las universidades privadas o públicas; servicio (asistencia) o trabajo social sin licenciatura, en los institutos profesionales (IP), y la posibilidad de obtener la licenciatura en trabajo social en una universidad pública o privada que la imparta de manera tardía, plataformas que han llevado a que el trabajo social chileno sea una de las profesiones masificadas en la educación superior.La última materialidad no humana que surge, tras tensiones ocurridas en 2014 experimentadas por otras profesiones, corresponde al dictamen 39.296, de fecha 15 de mayo de 2015, desde la Contraloría General de la República de Chile, que en su texto general ratificó que los IP que imparten las carreras de trabajo social o servicio social a la entrada en vigencia de la Ley 20.054, pueden seguir haciéndolo, pero sin otorgar el pertinente grado de licenciado, aspecto que perdura hasta la actualidad. Actualmente en este tejido emergen voces de oposición y/o cambio, como el movimiento por la regulación del trabajo social chileno, y acciones organizadas por el Colegio de Trabajadores Sociales de Chile, quehaceres destinados para discutir una nueva ley para el trabajo social. Por ello, para entrever lo anterior en Chile, un acercamiento a la Ley 20.054, conforme algunos elementos que provee la perspectiva de la psicología discursiva resultan clave para comprender las tensiones presentes y futuras del trabajo social chileno. Para aquello, mediante la propuesta de análisis de discurso de Potter y Wetherell, se examinan los repertorios interpretativos de disciplina científica-social y prestación de servicios presentes en aquel debate, con el objetivo de entrever las complejidades y desafíos para el trabajo social chileno, que se encuentra próximo a cumplir cien años de existencia.
#568 |
Estudiantes tradicionales y no tradicionales de educación superior universitaria, el análisis de conglomerados para una carrera de trabajo social
Gaston Quintela
1
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Cosme Farfán
1
1 - Universidad Santo Tomás.
Resumen:
IntroducciónEste estudio presenta una tipología de estudiantado tradicional y no tradicional de educación superior para una carrera de trabajo social de una universidad chilena, a partir de variables relacionadas al origen social, cultural y étnico, rango etáreo de acceso a los estudios, actividad principal de estudiantes, junto con diez factores de riesgo para la permanencia en la universidad. Las variables incorporadas en el modelo sintetizan algunos criterios utilizados en la literatura especializada para construir las definiciones en el campo de estudio (Carvajal & Cervantes, 2017; Kim, 1998; Pillera & Corsini, 2018; Sánchez-Gelabert & Elías-Andreu, 2017). La muestra analizada pertenece a cohortes de admisión de una carrera y universidad no adscrita al sistema único de admisión y con opciones de financiamiento a través de crédito con garantía estatal, becas y recursos propios del estudiante. Objetivos/ProblemáticaA nivel de la institucionalidad en educación superior, se reconoce el importante aumento de la oferta académica de pregrado (Antivilo-Bruna et al., 2017), caracterizado por el acceso de grupos socioeconómicos y culturales antes excluidos, en definitiva, implicó una diversificación amplia del estudiantado en términos de sus atributos y origen social (SIES, 2014), en comparación al estudiantado tradicional de la época de la educación superior de elite (Orellana, 2011). Algunos modelos explicativos que abordan la diversidad de acceso a los estudios superior ponen especial atención a la articulación entre las preferencias del estudiantado, sus creencias sobre habilidad académica y restricción objetivas provenientes del diseño institucional que pueden ser entendidas como el conjunto de oportunidad (Boudon, 1983; Breen, 2001; Erikson et al., 2005; Gambetta, 1987; Jackson et al., 2007; Nash, 2003). El objetivo se enuncia como: “Desarrollar una tipología empírica de estudiantado tradicional y no tradicional a partir de atributos de los actores relacionados con el origen social, cultural y étnico, rango etáreo de ingresos a los estudios y factores de riesgo para la permanencia en la universidad”. Consideraciones MetodológicasSe desarrolló el análisis de conglomerados no jerárquico de k-medias para generar grupos homogéneos de estudiantes a partir de las 22 variables
dummy provenientes del cuestionario de “Caracterización del Estudiantado No Tradicional en Educación Superior” (CENT-ES), se presenta una solución de 5 conglomerados en función de criterios metodológicos y de interpretación de los datos en relación al sustento conceptual de la investigación (Ammon et al., 2008; Chang et al., 2020; Organista-Sandoval et al., 2012; Sáenz et al., 2011). Resultados/DiscusiónLa tipología presenta 5 conglomerados de estudiantes universitarios, cuyo proceso de etiquetamiento teórico se desarrolló en dos etapas. Primero, se estructuran dos grupos mayores en función del
nivel educativo los/as padres y madres, emergiendo la primera distinción entre estudiantado tradicional (C1 y C2) y no tradicional (C3, C4 y C5) fundamentada en
origen social de los sujetos; en los conglomerados de estudiantes tradicionales (32,4%) se constatan proporciones de 6 de cada 10 cuyas/os madres o padres cuentan con educación superior; por el contrario, en los conglomerados de estudiantes no tradicionales (67,6%) dicha proporción no supera a 2 de cada 10 sujetos. Segundo, el análisis de las variables de mayor contribución para la conformación de los grupos permitió la asignación de etiquetas de mayor especificidad; estas son: Estudiantado tradicional con:
Dedicación preferente a los estudios y primera experiencia en la universidad (C1: 18,1%), este subgrupo presenta las mayores frecuencias relativas para la educación superior de madres (73,1%) y padres (84,6%), donde una proporción importante de los/as encuestados/as declaran que su actividad principal corresponde a estudiante (98,1%), con acceso a los estudios superiores con menos de 23 años (92,3%), siendo su primera experiencia en la universidad (92,3%)
Conciliación entre los estudios y actividades laborales y experiencias previas en la universidad (C2: 14,3%), %): en este subgrupo se observan importantes pesos relativos para la educación superior de madres (61,0%) y padres (73,2%), con altas proporciones de estudiantes que declaran actividad principal como estudiante universitario (87,8%), junto con una relación de cerca de 7 de cada 10 estudiantes que desarrollan actividades remuneradas durante sus estudios (68,3%). Estudiantado no tradicional con:
Familia independiente, hijos y experiencias previas en la universidad (C3: 15,7%), este subgrupo evidencia menores proporciones de nivel educativo superior para madres (6,7%) y padres (22,2%) y mayores pesos relativos en la conciliación entre los estudio y trabajo remunerado (75,6%), estado civil casado/a, conviviente o divorciado (46,7%), con hijos/as (88,9%), y que han formado un hogar independiente (75,6%).
Educación secundaria particular subvencionado y primera experiencia en la universidad (C4: 28,2%), subgrupo con menor peso relativo de estudios superiores en madres (17,3%) y padres (13,6%), con una importante proporción de padres en ocupaciones elementales (71,6%), madres que se desempeñan en el hogar en labores domésticas (60,5%) y habiendo ingresado a la educación superior con menos de 23 años (84,0%).
Educación secundaria pública y primera experiencia en la universidad (C5: 23,7%), este subgrupo presenta la menor proporción de estudios superiores en madres (5,9%) y padres (8,8%) para la muestra estudiada; en cuanto a las ocupaciones la mitad de las madres desarrollan actividades domésticas en el hogar (54,4%) y 7 de cada 10 de los padres de los/as estudiantes trabajan en actividades de menor nivel de calificación (70,6%) y un tercio han accedido a los estudios universitarios con 23 años o más (35,3%). Conclusiones.En análisis de los resultados permite inferir que los conglomerados empíricos de estudiantes tradicionales y no tradicionales de educación superior se configuran como una combinación compleja de atributos de los sujetos en la muestra analizada. Los criterios provenientes desde miradas institucionales como la edad del estudiantado y desempeño de actividades laborales no determinan de manera exclusiva la agregación de los grupos; en este sentido, las variables relacionadas al origen social, como el nivel educativo de los/as padres y madres, resultan relevantes en la configuración de la tipología en el diseño institucional analizado.
FCS - G2
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#345 |
Reconocimiento de daños, vulnerabilidades, resistencias y potencialidades de las mujeres en contextos de persistencia del Conflicto armado
Ana Elizabeth Zamora Bastidas
1
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Harold Juajibioy Otero
1
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Sahara Ibeth Ortega España
1
1 - Universidad Mariana.
Resumen:
La persistencia del conflicto armado en Colombia y su reconfiguración en las regiones exige retomar nuevos análisis del impacto en sus víctimas, en especial en las mujeres rurales. Dicho análisis debe contar con un doble sentido con el fin de reconocer a las mujeres como víctimas, y a la vez, como sujetos con poder, resistencia y actuación no violenta ante sus victimarios. La comprensión de la vida de las mujeres bajo estas dos lógicas, en contextos específicos de reconfiguración del conflicto armado, y con sustento en los derechos humanos, las necesidades humanas fundamentales, las identidades y apuestas organizativas, las redes de apoyo comunitarias e institucionales y las políticas públicas, tiene una alta relevancia tanto para comprender su situación de riesgo actual, como para definir medidas de atención, protección y potenciación de sus experiencias de paz. Frente al reto anterior, en el marco del proyecto “Construcción de un modelo socio-institucional de prevención, protección, reparación y potenciación de las experiencias de mujeres para reducir los impactos diferenciales del conflicto armado en las mujeres residentes en el municipio de Policarpa, departamento de Nariño” ha sido necesario adelantar un estudio preliminar de orden teórico y metodológico para fundamentar y modelar un proceso participativo de comprensión de los impactos del conflicto armado en las mujeres de Policarpa, Departamento de Nariño. El modelo de análisis implica una caracterización y precisión de, las vulnerabilidades que afrontan las mujeres (asociadas a su condición de ser mujer, su nivel educativo, situación socio-económica, distancia geográfica, edad, pertenencia a diversidades culturales, reconocimiento y desconocimiento de los derechos humanos, del DIH, de funciones de entidades del estado, convivencia con situación patriarcales que acentúan la exposición a riesgos, y su relación con dinámicas sociales, culturales y organizativas) los daños que ocurren en un contexto conflictivo (daños morales, físicos, psicológicos, morales, identitarios, culturales, organizativos, simbólicos, y territoriales) pero, también sus formas de resistencia (basadas en actuaciones colectivas de orden organizativo, cultural, por movimientos sociales; relacionadas con sus subjetividades y discursos ocultos ante los victimarios; participación en iniciativas de construcción de paz; vinculación en procesos de autonomía y reconocimiento étnico; luchas por los derechos de las mujeres en contextos de patriarcado y violencia por conflicto armado; reivindicaciones de derechos basados en género, y participación en el acuerdo de paz) así mismo, estrategias de empoderamiento y resiliencia, que son producto de las (particularidades de violencia simbólica, violencia estructural que no permiten oportunidades de participación social; y la violencia física y sexual representada en escenarios privados y públicos, por lo tanto, el empoderamiento converge en procesos de la producción oral en contextos de nuevos territorios, donde se gestan encuentros de aprendizaje, reflexión y son el punto de partida para gestar herramientas de autoeducación y emprendimiento social que se convierten en los primeros escenarios para la transformación social en cada una de las mujeres. Este doble sentido de comprensión de las mujeres viviendo en contextos de conflicto armado puede contribuir en definir mejores estrategias de prevención, protección y empoderamiento anta la violación de derechos humanos y menoscabo de sus procesos de cultivo de la paz. Por lo tanto, el fin de estructurar el modelo se convierte en la articulación de una “Mujer” con capacidad de modelar sus vidas, su entorno, su territorio de forma consciente, con el reconocimiento personal de roles, estatus y con pleno empoderamiento de los procesos de interacción; garantizando la reminiscencia de los derechos de las mujeres en ámbitos político y sociocultural, contemplando los inconvenientes intelectuales y económicos del medio. Además, lograr jalonar respuestas organizativas de las comunidades, de las instituciones y de instancia de políticas públicas, por tanto, su aplicación se evaluará para hacer continuas mejoras y determinar su impacto en la reducción de vulnerabilidad, riesgos, daños y vulneración de los derechos de las mujeres. El modelo de análisis prioriza la vereda El Ejido, Policarpa, Departamento de Nariño zona que ha sido morada para diferentes grupos al margen de la ley como disidencias de las FARC, ELN, Grupos Paramilitares que en su proceso de control y disputa territorial acentúan las vulnerabilidades, provocan daños, inhiben y degradan resistencias pacíficas y obstaculizan el afianzamiento de capacidades de las mujeres en un contexto social, cultural y territorial. Resaltando que Policarpa pese al acuerdo de Paz del Estado con la antiguas FARC EP ahora Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común (FARC) no ha podido consolidarse en un territorio de construcción de paz y más bien a quedar en medio de las lógicas de guerra. Finalmente, es importante destacar el proceso que se apalancan con el acompañamiento de la Fundación Murú Centro para la Investigación, Paz y Memoria, quien desarrolla acciones en torno a la generación de capital social y patrimonial mediante la promoción y defensa de DDHH, el fortalecimiento a los procesos de memoria histórica, reconciliación, convivencia, construcción de paz, comunitarios, institucionales, productivos, deportivos, ambientales, cívicos, de infraestructura y entornos protectores y realiza su proceso de articulación población con las mujeres víctimas del conflicto armado en municipio de Policarpa; Además, permea en el aporte a la política pública del Departamento de Nariño frente al trabajo desarrollado por Secretaria de Género en el componente de igualdad e inclusión social, y con el liderazgo de investigadores a nivel de la Universidad Mariana.
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MASCULINIDAD HEGEMÓNICA Y VIOLENCIA DE GÉNERO ESTUDIO DE CASO ACADEMIA NACIONAL DE POLICIAS
SANDRA VERÓNICA ORELLANA PUENTE
1
1 - UNIVERSIDAD MAYOR DE SAN ANDRÉS.
Resumen:
MASCULINIDAD HEGEMÓNICA Y VIOLENCIA DE GÉNEROCASO ACADEMIA NACIONAL DE POLICIASDurante la gestión 2019, se realizó una investigación para cumplir un requisito académico, la tesis de maestría. La investigación fue realizada en la carrera de Investigación Criminal de la Academia Nacional de Policías.Para explicar cómo se forman y cimientan los constructos mentales que han contribuido a la construcción de formas de pensar sexistas y estereotipadas conducentes a la violencia de género ha sido importante partir desde la evolución histórica de los movimientos feministas, pasar por el surgimiento de la categoría género y los conceptos que la componen para llegar a explicar lo que para la propuesta es relevante:
el proceso de construcción de la masculinidad.El diagnóstico realizado ha permitido evidenciar que quienes participaron del estudio, damas y caballeros cadetes de séptimo semestre de la carrera de Investigación Criminal, tienen conocimiento teórico sobre el objeto de estudio, por ejemplo, pueden diferenciar los conceptos sexo y género, pero no explicar la relación entre ambos, lo mismo sucede con el concepto de género y masculinidad, es decir pueden conceptualizar, pero no identificar sus manifestaciones y su interrelación. En ese marco y ante el reconocimiento de que la realidad boliviana ha sufrido grandes transformaciones desde el 2009, año en el que se promulga una nueva Constitución Política en Bolivia, traducido en cambios sustanciales como los criterios de igualdad de género, reconocimiento a los derechos sexuales y reproductivos, acceso de las mujeres a la tierra, igual remuneración por igual trabajo entre hombres y mujeres, el derecho de las mujeres a vivir libre de violencia son prioridad para el Estado Plurinacional mismo que está explicitado en el art. 15 de la Constitución Política del Estado Boliviano y que establece la obligatoriedad de garantizar el ejercicio pleno de los Derechos Fundamentales.El acápite II del mencionado artículo establece que ninguna persona y en particular las mujeres deben sufrir violencia, en concordancia con ello se ha instituido una base jurídica conformada por varias leyes entre ellas la Ley Nº 348 Ley Integral para garantizar a las mujeres una vida libre de violencia, así como también por Tratados y Convenios Internacionales de Derechos Humanos ratificados por Bolivia. La adopción de estas leyes corresponde a compromisos internacionales sobre la Eliminación de todas las Formas de Discriminación contra la Mujer (CEDAW) y la convención para Prevenir, Sancionar, y Erradicar la Violencia contra la Mujer (Convención de Belem Do Pará). Ley 348 cuenta desde el 2014 con el DS 2145 que reglamenta – entre otros- las competencias de la Fuerza Especial de lucha contra la Violencia (FELCV) Dado que uno de los brazos operativos más importantes de la Ley 348 son funcionarios policiales se considera importante la capacitación de estos sobre todo en aspectos que subyacen al comportamiento violento del agresor y agresora, a los constructos mentales que determinan comportamientos estereotipados y a la posibilidad de construir prácticas sexistas. Se ha partido de la premisa a priori de que la mejor manera de prevenir la violencia de género es organizando procesos formales de capacitación de recursos humanos policiales, pero para que los contenidos temáticos a trabajar constituyan aprendizajes significativos es necesario generar procesos de deconstrucción es decir que las técnicas a utilizar deben servir para pensar y repensar en la práctica cotidiana de las y los participantes del curso. El trabajo desarrollado ha permitido arribar a las siguientes conclusiones:La revisión bibliográfica realizada permitió sistematizar los principales elementos teóricos en los cuales se fundamenta la tesis. Para el marco histórico las corrientes del feminismo, para el marco contextual el feminismo, género y patriarcado, el sistema sexo-género, identidad de género, patriarcado, violencia y violencia de género. Para el marco prospectivo la construcción de la masculinidad, tipos de masculinidad y la construcción individual y social de la masculinidad patriarcal.Con referencia a la percepción respecto a la violencia de género que tienen damas y caballeros cadetes de la carrera de Investigación Criminal de la Academia Nacional de Policías se puede concluir la existencia de indicios de nuevos conocimientos, pero también de la existencia de estereotipos de género enraizados en la mentalidad de la población de estudio. Son familias nucleares en su mayoría compuesta por no más de cinco miembros en las que la socialización la realizan los padres a los hijos y las madres a las hijas. Los entrevistados/as señalan que los hombres aprenden los roles a desempeñar por imitación se infiere que se debe a que acompañan a los padres de familia en todas sus actividades. En el caso de las mujeres ellas aprenden por inducción, en virtud de que muchas veces las madres de familia delegan la responsabilidad de las tareas domésticas y el cuidado de los hermanos menores por lo tanto todo lo que conlleva el cumplimiento de estos roles es inducido por las madres como parte del deber ser femenino.Otro aspecto relevante es el referido a la práctica de micro machismos, muchas acciones como por ejemplo el atribuirle toda la responsabilidad de la planificación familiar a la mujer no es considerado violencia, como tampoco considerar la manutención del hogar como responsabilidad exclusivamente masculina.Sin duda llama también la atención el hecho de que las mujeres no consideren violencia al hecho de inculpar a las mujeres víctimas de violación por su manera de vestir, esto responde al ideal de mujer que la sociedad ha construido y que es difundido de manera individual y social a través de los mecanismos de socialización.Con respecto a los mecanismos de sanción social al incumplimiento de roles asignados por la sociedad, estos se aplican en función a la falta y oscilan entre sanciones legales hasta sociales, estas últimas se expresan en burlas y críticas.Finalmente señalar que existe la necesidad de deconstruir el contenido de los procesos de socialización por ello es importante trabajar en educación formal, a ello responde el diseño del Programa de capacitación sobre masculinidad hegemónica y violencia de género dirigido a cualificación de profesional de damas y caballeros cadetes de la carrera de Investigación Criminal de la Academia Nacional de Policías.
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ENTRE MARÉ VERDE E ONDA CONSERVADORA: A QUESTÃO DO ABORTO NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE
Maurílio Castro de Matos
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Franciele da Silva Santos
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Tatianny de Souza de Araújo
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1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
Resumen:
A comunicação é resultado parcial da pesquisa "As legalidades e ilegalidades do direito ao aborto na América Latina e Caribe". Na região,a maioria dos países, até então pesquisados, proíbe o direito ao aborto como exercício da livre escolha das mulheres e pessoas que gestam, permitindo alguns precedentes como risco de morte em gestação e em decorrência de estupro.Na pesquisa nos interessa estudar os dois pólos opostos. Identificar quais foram os sujeitos, e seus discursos, que permitiram a legalização do aborto (em Cuba, Guiana, Porto Rico, Uruguai, Argentina, Colômbia, Chile e no México - Cidade do México/DF, Oaxaca, Hidalgo, Veracruz, Baja Califórnia, Colima, Coahula, Sinaloa) e a total criminalização do aborto (em El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, República Dominica e Suriname) na região da América Latina e Caribe.A pesquisa prevê estudos bibliográficos, documentais e atividades de campo, que serão retomadas com a reabertura em decorrência da diminuição dos casos de Covid-19 no mundo.Num preliminar panorama sobre os marcos legislativos dos países que avançaram na legalização do aborto, podemos ressaltar: Na Guiana, desde 1995, o aborto por livre escolha da mulher é permitido, devendo ser realizado até a oitava semana de gestação. A lei de 1995 permitia apenas aos/ás profissionais da medicina a realização do aborto. No entanto, como são poucos/as os/as médicos credenciados/os e a maioria na capital do país (Georgetown), o poder judiciário decidiu, em 2016, que outros/as profissionais (parteiras, enfermeiros, farmacêuticos e profissionais de nível médio, sob supervisão de médicos) podem realizar o aborto medicamentoso. No Uruguai, o aborto por livre escolha da mulher é garantido desde 2012, por meio da Lei n. 18.987, podendo ser realizado até a décima segunda semana de gestação. A interrupção voluntária da gravidez deve ser realizada apenas no serviço público, pois é considerado "um ato médico sem valor comercial".Em Porto Rico, considerado um Estado livre Associado dos EUA, o direito ao aborto é regulado pela lei norte americana, que legalizou o aborto em 1973, numa decisão que ficou conhecida como Roe
versus Wade.Em Cuba o aborto era regulado no país desde 1936, pelo
Código de Defensa Social, sendo permitido nas seguintes situações: para salvar a vida da mulher ou evitar um grave problema de saúde, em caso de violação e para evitar doença hereditária ou contagiosa grave. Em 1965, o governo revolucionário implementou o serviço de atendimento ao aborto nos hospitais a partir de uma interpretação mais alargada da lei. Em 1979, o Código Penal cubano alterou a norma referente ao aborto, garantindo a sua realização até a décima semana de gestação, por livre escolha de mulheres acima de 18 anos.A Cidade do México, a capital do país do mesmo nome, é a segunda maior cidade do continente americano e desde 2007, a interrupção voluntária da gravidez é garantida até a décima segunda semana de gestação, devendo ser realizada no serviço de saúde. Podem ser atendidas mulheres de qualquer parte do país e do mundo, acima de 18 anos. Em caso de menores faz se necessário a autorização do responsável. E desde 2019 diversos estados mexicanos vem aprovando a legalização do aborto e em 2021 a Suprema Corte de Justiça do país da inconstitucionalidade da criminalização do aborto no país. Na Argentina, após diversas mobilizações, foi aprovado em dezembro de 2020 a legalização do aborto. Tal conquista é fruto da luta histórica dos movimentos feministas.Na Colômbia que já tinha uma lei bastante alargada no acesso ao aborto, o direito de livre escolha pela mulher foi garantido em 2021.E no Chile, no atual Código Penal em elaboração está inscrito o acesso livre do direito ao aborto.Por outro lado, nos países em que proíbem totalmente o aborto, podemos destacar, que:Em El Salvador, que permitia em três possibilidades (se a vida da mulheres tivesse em perigo, se a gravidez fosse resultado de um estupro ou em caso má formação fetal) o procedimento foi totalmente criminalizado pelo Código Penal promulgado em 1998.No Haiti o aborto é criminalizado, inclusive com previsão de prisão perpétua, pelo Código Penal que data de 1835. Em 1997 houve uma alteração no Código Penal de Honduras criminalizando totalmente o aborto. Em 2009 o Congresso proibiu a pílula do dia seguinte. E em 2021 o mesmo Congresso aprovou que há vida desde a concepção.Na Nicarágua, o Código Penal de 1893 garantia o aborto no caso três ou mais médicos avaliassem que a vida da mãe corria risco ou que a gravidez fosse resultado de estupro ou incesto. Contudo, mais de cem anos depois, em 2006, a Assembléia Nacional do país realizou uma emenda na lei, criminalizando o aborto em todas as situações.Na República Dominicana o Código Penal de 2014 previa a possibilidade do aborto nos casos de estupro, incesto e má-formação do embrião incompatível com a vida. Contudo, tal Código enfrentou uma forte oposição. O Tribunal Constitucional declarou a inconstitucionalidade dos artigos a que se referia despenalização nos casos citados. Em 2016 a Câmara dos Deputados aprovou por 132 votos favoráveis e 06 contrários a total criminalização do aborto.Sobre a questão do aborto no Suriname, todas as pesquisas e publicações na mídiaindicam que é proibido no país. Entretanto, encontramos poucas informações sobre a legislação e as lutas em torno do tema, tanto de defesa da criminalização como pela sua legalização.O assunto está em disputa na região da América Latina e Caribe, tendo um "mar verde" com aprovação recente da legalização do aborto em alguns países e uma "onda conservadora" que impõe a criminalização total do aborto em outros, ou que Envolvo-me, às vezes, não no acesso de mulheres e pessoas que gestam à escolhas quanto ao libre exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
#391 |
Enfoques feministas en las políticas públicas chilenas, en el abordaje con mujeres sobrevivientes: miradas y desafíos desde el trabajo social
Marcela Huenulao
1
1 - Universidad Autónoma de Chile.
Resumen:
Esta ponencia tiene como objetivo, abrir el debate frente al rol que cumple el trabajo social en las instituciones chilenas que abordan temáticas de género, específicamente el trabajo con mujeres sobrevivientes de violencia en contexto de pareja y exparejas, y a partir de este tema, develar los desafíos que tiene el trabajo social, en términos teóricos, prácticos y políticos. Respecto a la metodología para este trabajo, se ha basado en un abordaje de tipo hermenéutico y crítico, por cuanto, parte en primer término de un análisis e interpretación documental-histórica y, por otro lado, desde la intervención, es decir, la experiencia laboral que permite generar la acción en conjunto con las mujeres. Y a partir de ello, se genera un análisis dialectico, que confrontan a la acción cotidiana del profesional. Cómo síntesis, desde nuestra perspectiva, se busca replantear algunos desafíos para la profesión en el campo de la intervención social.Este trabajo develar los desafíos que tiene la o él trabajador(a) social, a la hora de realizar una intervención co-construida que permiten fortalecer las diferentes autonomías de las mujeres, para poder salir de los espacios de violencia. Uno de los aspectos importantes a considerar, tiene que ver con las estrategias y modelos a utilizar a la hora de realizar la intervención y como esta repercute y genera un impacto en la mujer.Sí bien todas estas temáticas se vienen trabajando desde hace años a nivel nacional e internacional, en el caso internacional, Naciones Unidas (ONU), han reconocido y visibilizado los derechos e igualdad de las mujeres, que, se inicia con la Declaración Universal de los Derechos Humanos, aprobada en 1948, que señala derechos iguales para hombres y mujeres y la protección y el fomento de los derechos humanos de las mujeres como responsabilidad de todos los Estados.Y por su parte, las diversas Convenciones Internacionales, sobre la eliminación de todas las formas de discriminación contra la mujer (CEDAW, por sus siglas en inglés, 1979). En esta Convención, considerada la carta internacional de derechos de las mujeres, se define qué es la discriminación y se establece un programa de acción nacional para ponerle fin. Convenio sobre Igualdad de Remuneración, 1951, que reconoce el principio de igualdad de remuneración entre la mano de obra masculina y la mano de obra femenina por un trabajo de igual valor. Convenios sobre protección a la maternidad de las mujeres trabajadoras. Por otra parte, la Convención Interamericana para Prevenir, Sancionar y Erradicar la Violencia Contra la Mujer de Belem do Pará, afirma que “la violencia contra la mujer constituye una violación de los derechos humanos y las libertades fundamentales y limita total o parcialmente a la mujer el reconocimiento, goce y ejercicio de tales derechos y libertades” reconoce derechos a las mujeres y el deber de los Estados de abordar esta materia con prioridad. Respecto al nivel nacional, Chile ratificó la CEDAW en 1989, pero su implementación comenzó el año 1991, con la creación del Servicio Nacional de la Mujer. Posteriormente el Ministerio de la Mujer y Equidad de Género Fue creado durante el segundo gobierno de la expresidenta Michelle Bachelet, mediante la Ley 20.820, el 20 de marzo de 2015. Posteriormente con fecha 1 de junio de 2016, entra en funcionamiento, siendo dependiente del poder ejecutivo. La importancia de este ministerio es para terminar con las desigualdades entre hombres y mujeres. Y acortar las brechas de género que se expresan en los salarios y en la representatividad en los espacios de toma de decisión. Y, en último término, para superar las barreras que enfrentan las mujeres en lo laboral, educacional, político y social. Respecto a estas temáticas, en tiempos de pandemia del virus Covid- 19, se han visibilizado nítidamente la vulnerabilidad de las mujeres, demostrando un retroceso importante en avances vinculados sobre todo con la autonomía económica y la sobrecarga en las labores de cuidado, corresponsabilidad y la violencia contra las mujeres. Por todo este contexto, el Estado ha tenido que resguardar los derechos de los grupos vulnerables y trabajar para erradicar la discriminación contra las mujeres. Es así, como el Ministerio de la Mujer y la Equidad de Género creó el Consejo Mujer Covid -19, que realizó Propuestas para enfrentar la situación desde la acción del Estado. A partir de una descripción y análisis histórico, político y económico-social, que permita formarse una idea de sus causas y consecuencias, este trabajo permite abrir el debate frente al rol que cumple el trabajo social en las instituciones chilenas que abordan temáticas de género. Específicamente nos interesa dar cuenta de la experiencia de teórico-práctica del trabajo con mujeres sobrevivientes de violencia en contexto de pareja y exparejas, y a partir de este tema, develar los desafíos que tiene el trabajo social. Como profesionales trabajadoras y trabajadores sociales, nos parece que es de suma importancia conocer y comprender críticamente este fenómeno, tener suficientes elementos para el análisis de las condiciones históricas, ideológicas, políticas y sociales, para, con ello, contribuir al posicionamiento y desarrollo profesional y cientístas sociales, que no solo describen e intervienen en un fenómeno determinado, sino que contribuimos en términos teórico-prácticos y ético-políticos para su transformación.
#525 |
Las margenes de concreción del trabajo social crítico y la experiencia del movimiento social de niñez trabajadora
Jorge García Escobar
1
1 - Universidad Nacional Mayor de San Marcos.
Resumen:
La presente ponencia se orienta al análisis de la relación potencial entre el trabajo social y una forma de acción colectiva sui generis: el movimiento social de la niñez y adolescencia trabajadora del Perú, teniendo en cuenta la compleja asunción por parte de la academía de la actoria política y protagonismo social de sectores de infancia, muchas veces visionados desde perspectivas negadoras de capacidades y encuadres eminentemente asistencialistas en la profesión. Nuestro abordaje parte del reconocimiento de los paradigmas del sujeto social y de la profesión al momento de configurar nuestra perspectiva sobre los limites y posibilidades de la praxis especializada del trabajador social. Buscamos entradas renovadoras que permitan aproximar nuestro quehacer tantas veces pensado en teoría y práctica en coordenadas libertarias y revolucionarias en la valoración, dimensionamiento y colaboración de este tipo de movimientos sociales que con su acción de influencia social y política van redefiniendo nuestras comprensiones sobre el individuo políticamente organizado y diverso por naturaleza humana. Siendo el tema de la infancia y adolescencia un tópico marginado tradicionalmente de las agendas prioritarias de las políticas públicas neoliberales y además, de reciente preocupación dentro de las ciencias sociales, el desarrollo de trabajos analíticos en torno a la lucha social de las infancias y adolescencias trabajadoras son pocos, novedosos y no siempre aceptados. Por ejemplo algunos textos desarrollados en Europa y América Latina muestran como en los últimos cuarenta y seis años los movimientos sociales de infancia y en especifico los de niñez trabajadora han perseguido influir en la definición de políticas sociales de infancia (Liebel 2003, Cussiánovich 2003, Martínez y Liebel 2009, Bazán 2021) aprovechando las contiendas y oportunidades políticas y estableciendo una relación variable (entre tensión, oposición, consenso o disenso) con los entes gubernamentales y los organismos multilaterales que en teoria se preocupan de las infancias, pero al mismo tiempo se niegan a reconocerlas y valorarlas como interlocutores validos cuando poseen un discurso crítico y cuestionador. Se sobre entiende que detrás del creciente protagonismo de la infancia y adolescentes trabajadora organizada se encuentra la necesidad de exigencia de sus derechos ante Estados incapaces de gestar sistemas de políticas y programas sociales que puedan satisfacer sus necesidades y posibilitar su acceso a los beneficios del desarrollo, que al menos puedan tener en cuenta un apice de su agenda social. Para el caso específico, la ausencia de abordajes intelectuales en torno a la atención política de la niñez trabajadora que se ha dado desde el Estado peruano es evidente, el trabajo más cercano al respecto sigue siendo el de Portocarrero sobre la historia del trabajo infantil en el Perú (Portocarrero 1998). La propia formulación de los instrumentos de política social aprobados por Estado peruano y que sintetizan los resultados esperados, metas y estrategias a concretar para modificar positivamente la situación de la infancia muestra una seria debilidad respecto al marco analítico en el devenir de las políticas sociales hacia la niñez trabajadora, esto se puede verificar con una rápida revisión del contenido de los planes y estrategias nacionales de prevención y erradicación del trabajo infantil, documentos donde está ausente el reconocimiento de los hitos fundamentales y orientaciones socio ideológicas de las políticas hacia la infancia trabajadora. En correlación con ello es de esperar que el proceso técnico de formulación de planes y programas dirigidos a la niñez trabajadora carezca de base teórica e histórica, ausencia de estudios diagnóstico y ello deviene en el factor de fracaso de los instrumentos de política estructurados, además de los diagnósticos de la realidad es imprescindible una reconstrucción ordenada de los marcos de política, de los paradigmas subyacentes a los instrumentos y los programas que en el país y en diversos momentos de la historia han tratado de beneficiar a la niñez trabajadora. Entonces la ponencia propuesta tiene una importancia medular en la medida que pretende comunicar un balance por demás necesario de la organización socio política de la niñez trabajadora en Perú y su acción directa orientada a influir en los marcos legales y políticos del Estado peruano respecto a su población. Para la adecuada comprensión de la labor de acción colectiva de la niñez trabajadora en coordenadas criticas se propone una lectura desde las claves de análisis propuestos por los autores del projecto ético político del trabajo social latinoamericano. Entendemos que esta perspectiva de vanguardia y de comprensión marxiana nos puede permitir tener una mirada abarcadora, completa y compleja sobre el ser y proceder del movimiento social de niñez trabajadora. De esta forma, equiparamos un marco análitico potencial que nos permita llevar al limite la experiencia de brega por derechos de un sector social, pero al mismo tiempo optamos con una lógica en viceversa, pues queremos denotar que tan amplios en el sentido libertario y de valoración de las capacidades del sujeto puede llegar a ser la perspectiva del trabajo social critico, pues nuestro proletario incidente no es el típico proletario, es más bien un trabajador negado por el adulto trabajador organizado.
#508 |
Trabajo Social Laboral: desde la perspectiva de la gestión del talento humano. Christopher Fernando Muñoz Sánchez. Docente de la Carrera de Trabajo Social de la Universidad Católica de Santiago de Guayaquil. Estudiante del Doctorado en Cien
Christopher Fernando Muñoz Sánchez
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1 - Universidad Católica de Santiago de Guayaquil.
Resumen:
Esta ponencia pretende difundir el estado del arte realizado en la investigación titulada
Intervención del trabajo social en la gestión del talento humano, la misma que se realiza dentro de los estudios del Doctorado en Ciencias Sociales de la Escuela Internacional de Posgrados de la Universidad de Granada, España. El interés de la investigación es comprender la intervención del trabajo social en el ámbito empresarial e industrial, en el campo de la gestión del talento humano, con el fin de orientar los procesos formativos y de cualificación profesional . Al hacer el levantamiento de información previo, se ha encontrado desarrollo bibliográfico e investigativo referido a tres concepciones de trabajo social en este campo. La primera, desde un acercamiento histórico-evolutivo de la profesión, que data de su concepción inicial y las formas en que intento dar respuesta a las demandas de la época en el ámbito de la empresa y la industria, centrándose en la administración de servicios sociales. La segunda, una concepción que hace referencia a que el trabajo social, tal como se conoce en la actualidad, se debe repensar en una siguiente forma de acción social que tiene una mejor cabida en la empresa. Una que está en pleno y creciente auge y que ha sido denominada como responsabilidad social empresarial. La tercera, desde la mirada del investigador a partir de la revisión del estado de la cuestión, que concibe un vacío de conocimiento sobre la intervención del trabajo social en el de la gestión de talento humano campo -en los seis subsistemas- donde se podrían incluir las otras dos concepciones.El objetivo de esta comunicación es presentar en línea de tiempo, el desarrollo académico y profesional que se ha producido a la fecha actual, desde esta tercera mirada o perspectiva, la de gestión del talento humano. La misma que se realiza en toda organización que requiera de trabajadores, tanto públicas como privadas. De esta manera, sus resultados contribuyen al fortalecimiento de la práctica formativa y de la práctica profesional que permita continuar insertos laboralmente en las empresas e industrias de Latinoamérica, sobre todo en la región Andina, donde existe como campo formativo y campo laboral.La investigación doctoral en curso es de enfoque mixto, de tipo aplicada y de nivel descriptiva., se usó la hermenéutica para la comprensión de las fuentes bibliográficas consultadas en repositorios de universidades y de revistas científicas indexadas de Iberoamérica, que sirvieron de base del estudio y para la elaboración de la presenta ponencia. Entre los resultados, se presenta el desarrollo profesional y disciplinar en contextos organizacionales, vinculados al pensamiento económico productivo de cada una de las revoluciones industriales vividas hasta el momento actual, desde la primera hasta la cuarta en curso, adaptando su saber y saber hacer frente a las demandas del mundo del trabajo, no solo de la parte empleadora, sino de forma especial, de la parte trabajadora, y por supuesto, desde las características de cada una de las revoluciones. La gestión del talento humano se presenta como un campo emergente de estudio, sobre todo cuando se cuenta con normativas nacionales en Colombia, Ecuador y Perú que establecen la contratación obligatoria de trabajadores sociales en empresas e industrias que cuenten con más de cien trabajadores, abarcando aquellas que se dedican a distintos sectores como la construcción, de servicios, etc. generando puestos de empleo y de desarrollo profesional, frente a un panorama laboral muy competitivo donde otras profesiones de lo social no cuentan con esta obligatoriedad legal, y que frente a ello, realizan gestiones para modificar la ley y poderse incluir como profesiones afines, debido a que muchas de ellas, ya han conseguido ubicarse en los puestos destinados a las y los trabajadores sociales. A manera de conclusión, se afirma que el trabajo social es aquella profesión y disciplina de las ciencias sociales que puede actuar de mediador entre el sector económico-productivo y los trabajadores, para juntos encontrar alternativas de solución a las demandas exigidas por nuestras sociedades industriales, nuestras universidades y nuestros gremios profesionales, re valorando nuestra práctica profesional en el campo de actuación profesional de las empresas e industrias, y sobre todo a la de su propia subsistencia y empleabilidad en el mundo del trabajo.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Panel presencial
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#354 |
ESTADO EN EL CAPITALISMO, POLÍTICA SOCIAL Y PANDEMIA DE DESIGUALDAD
Tábita Pollyana Alves de Souza
1
1 - Universidad Federal de Pernambuco.
Resumen:
Este artículo presenta una síntesis de las principales temáticas que investigo en las discusiones desarrolladas en el ámbito de la disciplina "Estado, Sociedad y Derechos", que forma parte de la rejilla curricular del Doctorado en Servicio Social de la Universidad Federal de Pernambuco/Brasil. También nació de la unión de mis afinidades electivas con el tema del Ajuste Fiscal resultante del proyecto de investigación "Ajuste fiscal y sus implicaciones en la realización de las Políticas Sociales, en el agravamiento de la pobreza y en las desigualdades" coordinado por el Grupo de Investigación GEP-QPSOCIAL de la Universidad Federal de Rio Grande do Norte/Brasil. La propuesta es problematizar el Estado capitalista y su forma pandemica, principalmente los gastos sociales destinados a las políticas sociales, en particular la Política de Asistencia Social, en el contexto del ajuste fiscal y desigualdad permanente, a partir de las provocaciones de Salvador (2020), Behring y Boschetti (2021). En la pandemia de COVID-19, la situación brasileña, se tornó más dramática, sin precedentes y escancaró para el mundo el fracaso del modelo ultraneoliberal y los efectos de la desfinanciación de las políticas sociales. En esas circunstancias, sigue afectando especialmente a las poblaciones más vulnerables. En el caso brasileño, los efectos de COVID-19 fueron prácticamente ignorados por el gobierno y se agudizaron con las medidas de ajuste fiscal permanente y su cara más reciente de austeridad fiscal. Desde 2016, está en curso la Enmienda Constitucional (EC) 95, que limita por 20 años los gastos corrientes del gobierno, especialmente con las políticas sociales. El sistema de protección social brasileño, de carácter universal con participación y control social, viene sufriendo las consecuencias nefastas de las contrarreformas constitucionales adoptadas, entre ellas las alteraciones en la legislación laboral, previsional y en la reducción de los recursos públicos para las políticas sociales. Evidentemente lo que se hace en este espacio es trazar algunos caminos para la reflexión, a partir de la crítica dialéctica de la Economía Política, perspectiva que refleja tramas de relaciones sociales constituidas por intereses contradictorios, que confrontan y atraviesan el aparato estatal y su trato con las políticas sociales, así como la reproducción de las desigualdades sociales. La investigación de cuño bibliográfico y documental, presenta un doble movimiento para dar cuenta de la comprensión de la dinámica de la totalidad social en los días corrientes, a la vista de las contrarreformas ultraneoliberales que impactan directa y negativamente las ofertas de las políticas públicas y que penalizan cada vez más a la población vulnerable y que vive en condiciones más desiguales. Primero, destaca el debate del Estado como categoría, a partir de algunos parámetros teórico-históricos; cubre los enfoques teóricos sobre el Estado capitalista en su relación con la sociedad y con la política social; realiza una breve visita a los autores políticos e investidas subsecuentes en la profundización del análisis de lo Estado capitalista en la pandemia; analiza algunos movimientos recientes del Estado brasileño en su relación con las clases sociales, buscando apuntar tendencias generales, acirradas en tiempos de pandemia, de un Estado Social Capitalista que no reduce la desigualdad social porque se basa en la financiación regresiva de sus ingresos, gravando las demandas de los más pobres y de los trabajadores, sus necesidades sociales reales, y privilegiando la acumulación capitalista, especialmente el capital financiero. Segundo, este estudio se expresa una reflexion de las tendencias da Política de Asistencia Social y un balance representativo y cualitativo de información presupuestaria en la pandemia, a través de la recolección en el portal de transparencia del gobierno federal brasileño y el análisis de contradicciones en el proceso histórico de aplicación de recursos realizada. Sin embargo, cuando preparamos este texto, nos dirigimos a un segmento específico, una vez que es necesario hablar de la naturaleza y alcance de la financiación pública de la Política de Asistencia Social en el recorte del período pandémico. Revelando y debatiendo su carácter regresivo y pulverizado, en una perspectiva crítica que busca: la aprehensión de la totalidad del coste de los gastos sociales en la pandemia; sacar los nexos entre fondo público y política social con el circuito ampliado de las formas de Agenda Política . Examinamos los gastos de Asistencia Social, con vistas a analizar las acciones puntuales y omisiones del Gobierno Bolsonaro, que nunca reconoció la inmensidad de la crisis sanitaria y social en Brasil, contribuyendo al agravamiento del contagio y de las muertes y ha hecho crecer el nivel de pobreza, hambre y desprotección entre la población. Asimismo, analizamos los informes sobre la gravedad y los impactos de la pandemia de COVID-19 en Brasil, ante un ambiente de reestructuración productiva y de agravamiento de la desigualdad y la pobreza, acompañado por el objetivo real del capital monopolista, que no es la disminución del Estado, sino la disminución de las funciones estatales cohesivas, precisamente las que reponen la satisfacción de los derechos sociales, puesto que millones de personas han perdido sus puestos de trabajo, ingresos y dignidad, por otro lado unos pocos súper ricos se hicieron aún más ricos en la pandemia. Por fin, los resultados de este estudio contribuyen a desvelar la realidad y potenciar estrategias de resistencia y de control social, pues dará subsidios teóricos y políticos para que la clase trabajadora se apropie del sentido de como los cambios implementados en las políticas sociales, a partir del ajuste fiscal, afecta los servicios prestados y la población usuaria durante la pandemia. Comprender cómo estas alteraciones se expresan, subsidia el debate con informaciones y reflexiones que problematizan la pauta del XXIII Seminario Latinoamericano y del Caribe de Escuelas de Servicio Social.
FCS - H2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
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Virtualidad de emergencia en contextos de masificación en la Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de la República
Carolina González Laurino
1
;
Sandra Sande Muletaber
1
;
Santiago Zorrilla de San Martín
1
1 - Universidad de la República.
Resumen:
IntroducciónEsta presentación constituye uno de los productos de la investigación de largo aliento titulada: «Estudio de las modificaciones del perfil de los estudiantes[1] del ciclo avanzado de la Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de la República en el proceso de masificación de la educación superior» financiada en el marco del Régimen de Dedicación Total a la Universidad de la República.En esta instancia se propone problematizar la masificación de la enseñanza en trabajo social en contexto de pandemia que generara una serie de dispositivos virtuales de emergencia durante los años 2020 y 2021. La investigación fue implementada mediante una serie de cuestionarios autoadministrados que se aplicaron cada tres años desde 2013 en una asignatura masificada del ciclo avanzado de la licenciatura. Dado que el objetivo de la ponencia pone en juego la masificación junto a la virtualidad, esta ponencia resume los resultados y principales conclusiones de la última medición desarrollada en 2021.Si bien la masificación es en parte, producto de un proceso de democratización de la educación superior llevado a cabo por la Universidad de la República que ha permitido el acceso de sectores sociales que en el siglo XX no accedían a los estudios terciarios, también supone la pérdida de la relación docente-estudiante en aquellas situaciones que los estudiantes requerirían de mayor acompañamiento. MetodologíaEl universo de análisis de la investigación son los estudiantes del ciclo avanzado de la Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de la República (Udelar). Se tomó como muestra representativa del conjunto a los estudiantes que cursan una asignatura masificada de carácter teórico-práctico que no forma parte de las prácticas de intervención preprofesionales, ya que, en esta asignatura, llamada Proyectos Integrales que forma parte del Módulo Fundamentos de Trabajo Social se encuentra estipulada la relación de un docente cada 20 estudiantes. Se utilizó un instrumento cuantitativo de medición con preguntas codificadas de carácter cerrado que fue aplicado mediante cuestionario autoadministrado antes de la primera prueba parcial del curso por 272 encuestados. ResultadosLos resultados de la encuesta corroboran la información acumulada en mediciones anteriores respecto a las variables de carácter estructural como sexo, edad, lugar de nacimiento y residencia, tránsito estudiantil por otras formaciones de grado de la Udelar, participación social, cultural y política, apoyo al estudio mediante trabajo remunerado y becas solventadas por los egresados de la Udelar, así como formación académica y ocupación de padres y madres. En este sentido, se ratifica la información del VII Censo de estudiantes universitarios aplicado en 2012 por la Udelar que indica que los actuales estudiantes de la Universidad de la República son —en su mayoría— la primera generación de universitarios de sus familias de origen.En relación con la experiencia en situación de virtualidad de emergencia en contexto de la pandemia por Covid-19, los estudiantes indicaron como dificultades la dificultad de interacción con sus compañeros de estudio y con los docentes, dificultades relativas a la vivienda que, en ocasiones dificultaba tiempos de retiro para dedicar al estudio y cuidado de personas en situación de dependencia.Entre los aspectos positivos destacaron la disponibilidad de tener la bibliografía y las clases grabadas para ser escuchadas durante los momentos disponibles desde cualquier punto geográfico y mayor tiempo para dedicar a la lectura y al estudio con la evitación de traslados al centro educativo. ConclusionesLa virtualidad de emergencia permitió que los estudiantes permanecieran en sus lugares de origen y cursaran asignaturas teóricas de distintos años de la carrera, permaneciendo en el curso de referencia de este estudio durante mayor tiempo sin desertar antes de la segunda evaluación parcial como sucedía durante los cursos presenciales.Los resultados de la encuesta 2021 incrementó el proceso de masificación que ya estaba instalada en la Licenciatura en Trabajo Social de la Facultad de Ciencias Sociales de la Udelar, sin el incremento de recursos humanos para responder a la demanda creciente. En este sentido vale aclarar que la Licenciatura en Trabajo Social es la única masificada en la Facultad de Ciencias Sociales y la que tiene menor distribución de recursos, situación que no tiene perspectivas de modificación a corto plazo.Los resultados de la encuesta docente de la Udelar en 2020 dan cuenta de que la experiencia de la virtualidad de emergencia generó agotamiento entre los docentes que se vieron instado a incorporar nuevas herramientas y tecnologías para ofrecer recursos creativos durante la enseñanza con preparación escasa. Por ese motivo, es posible afirmar que la experiencia de la virtualidad en la Licenciatura en Trabajo Social produjo consecuencias negativas en términos relativos, pese a que los estudiantes manifestaron su satisfacción en algunas de sus consecuencias. Esta conclusión abre el debate acerca de la posibilidad de combinación de la virtualidad en las asignaturas masificadas con la presencialidad en las prácticas preprofesionales, dado que mediante este sistema se produjo el retorno a la enseñanza de muchos estudiantes que se habían alejado de la universidad.
#346 |
Trabajo social para el mundo pospandémico: un desafío en clave interseccional.
sandra Sande
1
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Romina Mauros
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1 - DTS-FCS-Udelar.
Resumen:
El actual plan de estudios implica que el ciclo profesional de la licenciatura en Trabajo Social cuente con 8 módulos con créditos obligatorios y optativos, que suponen la posibilidad de una formación básica a partir de la cual se puede desarrollar un perfil específico según intereses, incorporando la noción de integralidad. El modulo Fundamentos teórico metodológicos del trabajo social concentra la formación específica a nivel disciplinar. Es también donde se incluye el aprendizaje de la práctica pre-profesional, a través de la inclusión de estudiantes en proyectos de equipos docentes que articulan enseñanza, investigación y extensión a partir de los Proyectos Integrales (PI) en una propuesta que promueve la formación en teoría y metodología vinculada a la intervención profesional. En este proceso, el propio plan de estudio, y sobre todo la fundamentación del módulo impartido, debe ser tomado como objeto de reflexión para buscar mejoras en el proceso de enseñanza-aprendizaje. Esta presentación intenta hacer una interpretación y lectura que permita reflexionar sobre el proceso de enseñanza-aprendizaje.El profesional del Trabajo Social se inserta en el campo profesional como trabajador asalariado que implementa, diseña, ejecuta y /o planifica las políticas de acuerdo a las orientaciones del Estado a partir de las Políticas Públicas.La propuesta planteada por el Plan de estudios 2009 propone que la práctica profesión de quien egresa de la formación en Trabajo Social, a partir de lo incorporado durante la carrera, y especialmente vinculado a los contenidos específicos se “orientará por la honestidad y creatividad intelectual, integrando críticamente en su desempeño específico la complejidad del entorno en el que está inserto” (Plan de estudios 2009).Para ello es necesario fomentar la capacidad de compromiso ético institucional, a partir de la incorporación de competencias profesionales que den cuenta de la especificidad de la profesión, incorporando la articulación con lo interdisciplinario, formando profesionales con autonomía y sentido crítico fundamentados en una sólida base de teoría
.Pero, esto que en el plano de la intención política y de la adecuación académica se propone se enfrenta al desafío de una sociedad que impulsa al productivismo, que tiende a la individuación y que promueve tránsitos efectivos, lo más acelerados posibles porque además se trata de una trayectoria en la que el grado es el piso mínimo y por tanto una situación a sortear. Las sociedades contemporáneas basadas en la eficiencia, la técnica y la cualificación son cada vez más desiguales y la lógica del mercado se extiende a la formación académica aún en las licenciaturas que históricamente ha estado más cercanas a la promoción del pensamiento crítico.La pandemia COVID-19 en Uruguay irrumpe en un escenario de cambios de conceptualización sobre las problemáticas sociales y redefinición del alcance material de las políticas públicas, poniendo en cuestión la intervención del Estado. La emergencia sanitaria más significativa de las últimas décadas, se desarrolla en un contexto de debilitamiento de la malla de protección social, la incidencia territorial de grupos anti derechos que promueven explícitamente discursos y actos de odio; una postura central de gobierno orientada al neoliberalismo, el punitivismo, la meritocracia y un Estado progresivamente más distante. La respuesta desde la sociedad civil organizada ante la ausencia de contención estatal ha sido la solidaridad, debiendo asumir la responsabilidad de tender redes que garanticen el acceso a necesidades básicas. En el marco de la pandemia se construyeron dicotomías que enfrentaron a la población a la decisión entre cuidarse o empobrecerse, a la vez que se reconoce la interdependencia y necesidad de la otredad como forma de preservación de la vida. El distanciamiento y virtualidad han traído sus propias consecuencias, donde el cuidado pasó a ser alerta y la otredad un riesgo, así como derechos básicos pasaron a configurarse como privilegios (Danel, 2020) Es en esta compleja arena que nuestra profesión se desarrolla, a la vez que se piensa, se forma y en algunos casos, se precariza y flexibiliza. Por un lado, el campo profesional coloca ante sí el desafío y la responsabilidad de reflexionar críticamente sobre estos factores estructurales y estructurantes para así no retroceder y ubicarse en el lugar de “gestores de miseria”. Por otro, la formación académica debe tomar para sí la responsabilidad de dar las apoyaturas teóricas necesarias para comenzar a dar respuesta a las preguntas que la coyuntura nos presenta ¿cuál es el papel que juega el Trabajo Social?, ¿cómo diferenciamos la promoción de derechos y acceso a los mismos, de respuestas cortoplacistas e insuficientes? Si no orientamos en este sentido, ¿desconocemos o dejamos de incidir en la materialidad?; ¿cómo se interrelacionan el cuidado humano, la ciudadanía y la protección social?; ¿cómo nos pensamos como trabajadores y trabajadoras? La dialéctica entre el campo profesional y la formación de grado es fundamental para alimentar una praxis que pueda definirse desde la crítica y sensibilidad, tal como se promueve desde la epistemología feminista, para no reproducir modelos instrumentales, utilitarios y coloniales. Trabajo Social se caracteriza por el afán de ampliar sus marcos teóricos e interpretativos, acompañando las transformaciones sociales y necesidades desde la interlocución permanente entre teoría y práctica. A nivel institucional, los Proyectos Integrales son un reflejo de estos movimientos y un ámbito de suma potencia para la producción de conocimiento, intercambio reflexivo y cercano, así como claves en la formación por el acompañamiento en la intervención pre profesional. Es necesario profundizar en la formación de grado la transversalización de la perspectiva interseccionalidad como herramienta para el análisis, entendiéndose el espacio de supervisión de práctica como un ámbito idóneo para desplegar la problematización de las múltiples intersecciones que atraviesan la temática específica que se pueda estar abordando. Incorporar la lectura que sobre la realidad aporta la teoría feminista y
queer resultan insumos necesarios para dimensionar la interrelación entre los diversos sistemas de opresión y desigualdad. Reflexionar sobre cómo el propio derrotero de la experiencia cotidiana ha generado cambios, algunos sutiles, otros de forma y algunos de contenido de los propios programas, incorporando perspectivas, herramientas pedagógicas, tecnologías, para dar cuenta de los intereses tanto de la academia, como de la realidad social.
#027 |
Tensiones e Interpelaciones en los procesos formativos en Trabajo Social en tiempos de pandemia. El caso de la Universidad de Guadalajara
Elisa Cerros
1
1 - Universidad de Guadalajara.
Resumen:
La pandemia por COVID-19 ha ocasionado graves repercusiones en diferentes ámbitos, uno de ellos el ámbito educativo. El objetivo de esta ponencia es reflexionar sobre las tensiones que hemos enfrentado desde la formación académica en Trabajo Social tanto estudiantes como profesores durante este tiempo de confinamiento, el cual provocó trasladar las actividades educativas a entornos virtuales, teniendo una serie de consecuencias los procesos formativos. Analizamos de manera puntual la situación que vivieron estudiantes de la Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de Guadalajara a partir de la investigación cuantitativa realizada por integrantes de la Red de Investigación Académica en Trabajo Social: Formación y Ejercicio Profesional (RIATS) en dos cortes 2020 y 2021. Los años 2020 y 2021 quedarán marcados en los anales de la historia, ya que durante ellos el mundo registró una de las mayores crisis de la que se tenga memoria a causa de la pandemia por COVID-19, la cual alteró la vida cotidiana de todos los habitantes del planeta, teniendo repercusiones económicas, políticas, sociales sin precedente. Además, el prolongado confinamiento, tuvo consecuencias diferenciadas en la población a partir de su condición económica, de género, de etnia, y edad, incrementando las desigualdades ya preexistentes en términos de pobreza, desempleo. En el caso particular de México, representa una de las mayores crisis económicas en los últimos 100 años. Por su parte, los procesos formativos se vieron trastocados durante la pandemia por Covid-19. Transitamos de clases presenciales a clases a distancia, lo cual tuvo un impacto significativo en el estudiantado y en el profesorado. De acuerdo a la Encuesta para la Medición del Impacto COVID-19 en la Educación (COVID-ED) 2020 del INEGI, los principales motivos de deserción asociados a la pandemia fueron en primer lugar, que perdieron el contacto con maestras/maestros o no pudieron hacer tareas (28.8%), en segundo lugar, que alguien de la vivienda se quedó sin trabajo o redujeron sus ingresos (22.4%), y en tercer lugar, que se carecía de computadora u otros dispositivos o conexión a internet (17.7%).Una vez declarada la suspensión de clases presenciales en la Universidad de Guadalajara el viernes 13 de marzo de 2020, y con la indicación de retomar las clases de manera virtual en la plataforma de propia elección, transitamos de manera abrupta a un entorno virtual para muchos prácticamente desconocido, ya que sólo algunos cursos ya se ofrecían en la plataforma MOODLE previo a la pandemia. En el mes abril del 2020, integrantes de la Red RIATS se interesaron en documentar a través de un ejercicio de tipo exploratorio las principales dificultades que estaban enfrentando los estudiantes en diferentes dimensiones: académica, de salud, y económica, a fin de implementar algunas estrategias para atenuar los impactos en estas dimensiones. El proyecto de investigación de corte cuantitativo fue coordinado por la Dra. Adriana Ornelas, la Mtra. María Luisa Brain y la Mtra. Nelia Tello, a través de un instrumento de 43 ítems. Inicialmente sólo se había considerado aplicarlo en el año 2020, pero dado el prolongado confinamiento, se consideró pertinente realizar una segunda aplicación en el 2021 y poder realizar un análisis comparativo, a fin de identificar diferencias en los resultados obtenidos, ya sea de mejora debido a la atención, o por el contrario, agudización de los problemas encontrados en el 2020.En la primera aplicación del instrumento en mayo del 2020, contamos con la participación de 305 estudiantes (96% mujeres y 4% hombres) los cuales representaban el 28% de la población estudiantil (1,100 estudiantes). En el año 2021 participaron 223 estudiantes (92% mujeres y 8% hombres) representando el 22% de estudiantes activos. Resultados: La condición de salud física en la que se encontraban los estudiantes al inicio del confinamiento, ésta fue calificada como regular por el 27% de los estudiantes participantes; entre los principales malestares se encontraron dolor de cabeza en un 35% y alergias en 19.4%. Un dato significativo, fue que al aplicar en el 2021 nuevamente el instrumento, observamos que su condición de salud empeoró, al reportar un 35% su salud como regular; de igual manera se incrementaron los porcentajes de dolor de cabeza (46%) y alergias (21.5%). Respecto a su salud mental, también observamos un deterioro significativo, ya que en el 2020 el 74% la consideraron regular y el 5% la consideraron mala, en el 2021 el 52% la evaluó como mala. Entre los principales padecimientos que reportaron fue la ansiedad la cual pasó de 17.5% en el 2020 al 63% en el 2021, y el insomnio que pasó del 16.5% al 52% respectivamente. Esta situación como se puede observar resulta preocupante y requiere de la atención institucional. Respecto a la dimensión académica, los estudiantes señalaron que su experiencia con las clases en línea para casi el 60% de los encuestados no fue una experiencia favorable, ya que la consideran regular (47%), y mala (11%). Sobre los contenidos tratados en cada una de las materias, el 31% considera que aprendió la mitad de los contenidos abordados en el 2020, incrementándose al 36% en el 2021. Al evaluar el semestre, los estudiantes lo consideraron que fue muy difícil en el 2020 y para el 2021 se incrementa esa percepción al 11%. Un dato sumamente relevante es que un poco más del 45% de los estudiantes, consideró darse de baja de manera temporal y poco más del 20% consideró darse de baja. Como podemos apreciar, estos datos muestran los conflictos, las tensiones, y el desgaste emocional que han vivido los estudiantes a fin de sobrellevar su aprendizaje a distancia, lo cual compromete a las escuelas formadoras a atender estas tensiones con un sólido compromiso hacia ellos, colocándolos al centro, como eje articulador de todas las acciones universitarias.
#038 |
Afrontando lo académico. Estudiar Trabajo Social en la virtualidad.
Marta Inés Levin
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Analía Catalina Carusso
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1 - Universidad Nacional de Mar del Plata.
Resumen:
La ponencia que se presenta dará cuenta de los avances de un proyecto de investigación financiado por la Universidad Nacional de Mar del Plata, iniciado a comienzos del año 2020, presentado y aprobado antes del advenimiento de la Pandemia por COVID-19, razón ésta, que significó un cambio que demandó un ejercicio de formulaciones y reformulaciones para poder adaptarlo a los nuevos escenarios locales y mundiales. La Pandemia por Covid-19 se manifestó a nivel global, sorprendiendo a casi todos los países de la tierra, y dejando al descubierto desigualdades sociales, económicas, sanitarias y políticas, mostrando lo vulnerables que somos los seres humanos. El objetivo parte de indagar sobre la nueva situación académica en relación a la exploración de estructuras que provean
reconocimiento social de manera individual o colectiva en los estudiantes universitarios; la aparición de condiciones de malestar en los integrantes del colectivo académico que habilitaron formas de actuación que observaban y comprendían modalidades de afrontamiento y mostraban el reconocimiento como proceso que asignaba un valor propio al contexto. La base teórica se sustenta en el enfoque sobre afrontamiento social (Levin; 2017) a partir de experiencias educativas, para conocer y analizar los
procesos de afrontamiento de los jóvenes estudiantes universitarios desde el punto de vista del reconocimiento social (Honnet, 1997). Según Meirieu (2007), el motor para el aprendizaje es el deseo, motivado por la tarea del docente, siendo responsabilidad de éste, el hacer emerger el deseo de aprender, creando situaciones en donde el estudiante se vea reconocido en sus potencialidades. Es así que el derecho a la educación en tiempos de pandemia toma un protagonismo especial en la vida de los estudiantes universitarios…
Vivir sin derechos individuales significa, para el miembro de la sociedad, no tener ninguna oportunidad para la formación de su propia autoestima… (Honnet; 1992). Como método de investigación se utilizó el método científico, y como método específico el descriptivo, analizando e interpretando un total de 28 cuestionario; los cuales apelaron a aspectos personales, de salud y datos académicos; otros, a aspectos cualitativos, los cuales tenían que ver con las expectativas, experiencias y reflexiones acerca de la irrupción de la Pandemia por Covid 19 en la práctica educativa universitaria. Los resultados responden a los análisis e interpretaciones de los aspectos cuantitativos y cualitativos relevados en el proceso de sistematización de los instrumentos. Palabras clave:
afrontamiento social; reconocimiento social; situación académica de estudiantes universitarios; Pandemia por Covid 19.
#039 |
Afrontando lo acadçemico. Estudiar Trabajo Social en la virtualidad.
Analia Catalina Carusso
1
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Marta Inés Levin
1
1 - Universidad Nacional de Mar del Plata.
Resumen:
La ponencia que se presenta dará cuenta de los avances de un proyecto de investigación financiado por la Universidad Nacional de Mar del Plata, iniciado a comienzos del año 2020, presentado y aprobado antes del advenimiento de la Pandemia por COVID-19, razón ésta, que significó un cambio que demandó un ejercicio de formulaciones y reformulaciones para poder adaptarlo a los nuevos escenarios locales y mundiales. La Pandemia por Covid-19 se manifestó a nivel global, sorprendiendo a casi todos los países de la tierra, y dejando al descubierto desigualdades sociales, económicas, sanitarias y políticas, mostrando lo vulnerables que somos los seres humanos. El objetivo parte de indagar sobre la nueva situación académica en relación a la exploración de estructuras que provean
reconocimiento social de manera individual o colectiva en los estudiantes universitarios; la aparición de condiciones de malestar en los integrantes del colectivo académico que habilitaron formas de actuación que observaban y comprendían modalidades de afrontamiento y mostraban el reconocimiento como proceso que asignaba un valor propio al contexto. La base teórica se sustenta en el enfoque sobre afrontamiento social (Levin; 2017) a partir de experiencias educativas, para conocer y analizar los
procesos de afrontamiento de los jóvenes estudiantes universitarios desde el punto de vista del reconocimiento social (Honnet, 1997). Según Meirieu (2007), el motor para el aprendizaje es el deseo, motivado por la tarea del docente, siendo responsabilidad de éste, el hacer emerger el deseo de aprender, creando situaciones en donde el estudiante se vea reconocido en sus potencialidades. Es así que el derecho a la educación en tiempos de pandemia toma un protagonismo especial en la vida de los estudiantes universitarios…
Vivir sin derechos individuales significa, para el miembro de la sociedad, no tener ninguna oportunidad para la formación de su propia autoestima… (Honnet; 1992). Como método de investigación se utilizó el método científico, y como método específico el descriptivo, analizando e interpretando un total de 28 cuestionario; los cuales apelaron a aspectos personales, de salud y datos académicos; otros, a aspectos cualitativos, los cuales tenían que ver con las expectativas, experiencias y reflexiones acerca de la irrupción de la Pandemia por Covid 19 en la práctica educativa universitaria. Los resultados responden a los análisis e interpretaciones de los aspectos cuantitativos y cualitativos relevados en el proceso de sistematización de los instrumentos.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#042 |
Território e direito à cidade: análise da relação público/privado no subúrbio do Rio de Janeiro.
Rodrigo Manhães da Silva
1
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Camila dos Santos Sousa
1
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Naiara Franco Ferreira
1
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Alvaro Braga de Souza Junior
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1 - Universidade Estácio de Sá.
Resumen:
O presente trabalho apresenta reflexões acerca do espaço urbano na contemporaneidade, com o recorte das formas de vida na zona norte do Rio de Janeiro e a forma como se desenvolvem as relações humanas. As reflexões aqui expostas possuem como campo de análise o bairro de Madureira, no Município do Rio de Janeiro, neste sentido, utilizamos levantamento de dados, como instrumento de coleta de informações acerca dos indicadores sociais e informações estatísticas que nos aproximam das características dos elementos (sociais, econômicos, culturais, etc.) que permeiam a dinâmica das relações sociais da região. O estudo aqui indicado se assenta na pesquisa bibliográfica como instrumento que contribuiu para o entendimento dos signos identificados na localidade para além da aparência imediata, para tal movimento encontramos suporte na literatura clássica e recente sobre as temáticas envolvidas no estudo, material cujas análises partem do prisma materialista histórica e dialético. Neste movimento, apontamos que a realidade atual do território apresenta diversas contradições que atualizam cada vez mais a necessidade do estudo.As recentes transformações visíveis em Madureira nos devem trazer, antes de tudo, o questionamento sobre a forma como essas alterações foram geradas e o teor representativo desta nova vida aos indivíduos que residem naquele local.Harvey (2013), faz uma análise sobre o direito a cidade, direito de muda-la, mesmo que existam agentes que tentem, e acabem conseguindo, impossibilitar que façamos algo para mudar o que consideramos que não está bom em nossa cidade. Os cidadãos têm o direito de mudar as coisas quando sentem que a vida se tornou um pouco cinza, alienante, ruim, entre outros.Segundo o autor, o ritmo de urbanização dos últimos cem anos foi tão intenso que tornou difícil a reflexão dos cidadãos sobre nosso papel na cidade. As cidades têm sido refeitas ao longo desses anos e consequentemente, os cidadãos têm sido “refeitos”, e como está reflexão não acontece, só aceitam e continuam sem entender o motivo de serem refeitos ou como são refeitos. E isso, na verdade, só nos causou frustrações, rotinas pesadas e falsa sensação de bem-estar.Dentro de uma cidade, existem várias sub-cidades, onde são divididas socialmente entre a minoria da elite financeira e a maioria de trabalhadores de baixa renda, desempregados, pessoas em situação de rua, entre outros. O autor chama essas cidades de “cidades globais do capitalismo avançado”, onde fica evidente essa luta de classes e a desigualdade social, onde poucos tem muito e muitos têm pouco.As cidades são lugares extremamente diversificados, com misturas étnicas, religiosas, culturais, de classes socais, entre outras; isso torna a vida urbana uma “confusão”, Harvey destaca que existem dois lados: o positivo e o negativo. O negativo diz muito sobre o direito do cidadão dentro da cidade, já o positivo ressalta as formas criativas de lidar com esse resultado de tantas misturas. Uma delas, citada no texto, são as tradições musicais. Com todas essas diferenças, apesar de algumas serem positivas, podem gerar intolerância, preconceito, exclusão, entre outros.Cidadãos fazem as suas cidades diariamente baseadas em seus cotidianos e opiniões políticas, o quer dizer que movimentos sociais são uma forte maneira de mudar as cidades. No texto, o autor diz que, é difícil notar que algo está errado quando já se vive ali por tanto tempo e é mais difícil ainda mudar isso sem a consciência de classe. Cada indivíduo da cidade tem o “poder de muda-la”, e ele fica mais forte se muitos se juntam a causa. O direito a cidade, como o autor diz, não é só aquilo que já existe, mas também a fazer mudanças ativas na cidade conforme as necessidades do coletivo.Quem decide o que é relevante para determinada região é a elite e em grande parte das vezes, para atender as necessidades dessa elite. Isso se reflete em tudo em uma cidade, arquitetura, urbanismo, transportes escolhidos para transitar pela cidade, preços de mercadorias, espaços de lazer – ou falta deles, entre outros. Vem sempre de cima para baixo e a grande maioria aceita o que essa elite determina. Harvey diz que
“O direito à cidade não é um presente. Ele tem de ser tomado pelo movimento político” (2013), evidenciando que apesar de termos modos de agir diretamente no que julgamos como errado em nossas cidades, não conseguimos, pois, uma grande parte da população não sabe que existem meios para isso e os que sabem não os fazem por medo. Portanto, a forma como as mudanças foram impostas na região nos indicam uma dupla preocupação. Na medida em que o processo de construção da nova dinâmica do bairro não contou e não partiu diretamente das representações das identidades locais, uma vez que toda mudança possui uma intencionalidade, devemos entender o porquê dessa não participação social e a quem atende de fato, essas alterações no bairro de Madureira.
#048 |
Protección de los derechos humanos en el contexto del estallido social del 2019: Análisis de los marcos interpretativos de organizaciones y agrupaciones que asumieron la defensa de los derechos humanos en la región de Valparaíso, 2019-2020
Yerko Toledo Valenzuela
1
1 - Universidad de Las Américas.
Resumen:
El presente resumen dice relación con la presentación de resultados y hallazgos preliminares del proyecto de investigación llevada a cabo por académicos de la Escuela de Trabajo Social de UDLA, campus Viña del Mar, que es parte de un fondo interno financiado por la Universidad de Las Américas. El proyecto lleva por nombre Protección de los derechos humanos en el contexto del estallido social del 2019: Análisis de los marcos interpretativos de organizaciones y agrupaciones que asumieron la defensa de los derechos humanos en la región de Valparaíso, 2019-2020.En este contexto, la propuesta de investigación tiene como objetivo analizar los marcos interpretativos que orientaron el accionar colectivo de las organizaciones de la sociedad civil que asumieron la tarea de defender los derechos humanos durante las movilizaciones desplegadas en el marco del estallido social del 2019, en la región de Valparaíso. Esta investigación se configura desde el diálogo interdisciplinario de las ciencias sociales y las humanidades, para discutir la noción de marcos interpretativos, articulación de la sociedad civil, defensa y promoción de los derechos humanos, trayectorias biográficas de defensores/as de derechos humanos, motivaciones, experiencias y estrategias desplegadas. Cabe mencionar que la revisión del Estado del Arte da cuenta de la necesidad de producción científica a nivel local, ya que, de los distintos estudios revisados, provenientes de disciplinas diversas, tienden a abordar los orígenes del estallido, causas y factores condicionantes. A su vez, se ha documentado las graves violaciones a los derechos humanos, no obstante, existe una riqueza en las prácticas de resistencia, defensa, denuncia y protección de los derechos humanos, en aquellas personas y organizaciones que actuaron, no obstante persisten vacíos en materia de producción científica local que contribuya al reconocimiento de las actorías, la lógicas de proceso, organización y actuación frente a violaciones a los derechos humanos, desde espacios locales-microsociales. Por tanto, la presente comunicación versará sobre resultados preliminares del proyecto, en virtud de dos objetivos específico, los cuales corresponden a los siguientes: Objetivo n° 2, Describir los marcos interpretativos que guiaron la tarea de defensa de los derechos humanos, por parte de las organizaciones de la sociedad civil, durante las movilizaciones sociales y, objetivo n° 3 Analizar el repertorio de acción colectiva desplegado por organizaciones de la sociedad civil que asumieron tareas de protección y defensa de los derechos humanos de los, las y les participantes de las movilizaciones sociales.En este sentido, los hallazgos preliminares permiten aproximarnos al reconocimiento de quienes asumieron tareas de promoción, defensa y protección de los derechos humanos, más allá de la esfera institucional, en la región de Valparaíso, específicamente en las provincias de Marga-Marga y Valparaíso. En este contexto, se espera evidenciar el accionar colectivo de distintas organizaciones de la sociedad civil, las que se movilizan para desplegarse como actorías relacionadas con el rol de co-garantes de derechos, lo cual es relevante de valorar, debido a su compromiso ético político junto a la contribución que pueden asumir, dentro del marco de la generación de prácticas locales de protección de los derechos humanos, desde la sociedad civil. Sumado a lo anterior, los resultados preliminares del proyecto invitan a rescatar las experiencias-invisibilizadas- que asumieron organizaciones sociales en materia de promoción, protección y defensa de los derechos humanos, en las calles de la región, asumiendo responsabilidades y obligaciones del Estado. Por último, la comunicación contribuirá a la comprensión de los marcos interpretativos de aquellas actorías colectivas que asumen la defensa de derechos humanos, como construcción social y colectiva, en cuanto a la protección del derecho a la protesta social y la protección del derecho a defender los derechos humanos. A su vez, los hallazgos preliminares aportan a la generación de espacios de diálogo, que nos permitan avanzar en la construcción de pedagogías socioeducativas, en torno a las memorias, la construcción de políticas locales socioeducativas en materia de protección, defensa y educación basada en derechos humanos.Cabe mencionar que la ponencia de hallazgos preliminares tributará a la comunicación científica, en aras de contribuir al rol de co-garantes que asumen los sujetos en materia de derechos humanos. Sumado a lo anterior, los hallazgos iniciales aportan a la formación de estudiantes de Trabajo Social, en materia de derechos humanos, específicamente en la asignatura que lleva dicho nombre, al fortalecimiento de la línea de la Escuela de Trabajo Social que lleva por nombre derechos humanos, la comunidad de la Carrera de Trabajo Social y universitaria, articulando la generación de conocimiento y la formación de estudiantes, de acuerdo con los valores institucionales. Por último, el presente resumen favorece la comunicación en instancias latinoamericanas donde pueda debatirse sobre la relevancia del reconocimiento y protección institucional de defensores de derechos humanos, por parte del Estado y sus instituciones.
#300 |
Nuevas Masculinidades: Subjetividades en la población campesina de la Vereda Vaivén del Municipio de Cachipay Cundinamarca como aporte a la construcción de la política pública de género del Municipio
Camilo Sanabria
1
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Adriana Barreto
1
1 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
Resumen:
La presente investigación-acción se enmarca dentro de los estudios de género en torno al hombre, mostrando las nuevas masculinidades como aquellas que “no imponen ni sugieren un nuevo modelo a seguir, ni constituyen una serie de requisitos para catalogar a un varón como no machista y no homofóbico” (Boscán, 2008, p.106), una categoría que reúne distintas expresiones masculinas, permitiendo identificar nuevos comportamientos masculinos y comprenderlos de forma positiva para la sociedad. En el que, a través de las subjetividades se permite la enunciación de los sujetos, tanto de expresiones simbólicas como verbales, ya que como lo refiere (Heidegger, 1991 p.25 como se citó en Corral, 2004, p. 190).”La palabra es un bien, en el sentido de primogénito de los bienes: lo cual significa que la Palabra responde por, lo que asegura que el hombre pueda tener historia y ser histórico”, en el que, desde la verbalización de lo real verdadero y las prácticas, acciones y vivencias, se permite al sujeto existir, ser y tener, permitiendo recabar lo que ellos han vivido para aquella visión que le dan al mundo y las prácticas y mecanismos simbólicos que ejecutan para expresarlo tanto de forma directa como inconsciente. Es así que, se tiene como objetivo general comprender las nuevas masculinidades desde las subjetividades de la población campesina de la Vereda Vaivén del Municipio de Cachipay Cundinamarca como aporte a la construcción de la política pública de género del municipio. Por otro lado, para efectos de la investigación-acción se toma como autor metodológico a Antonio Latorre desde el libro “La investigación-acción: Conocer y cambiar la práctica educativa” (2005), en el que se desarrollan las fases metodológicas de la IA siguiendo un modelo en espiral o circular; es decir, en ciclos sucesivos que involucran diagnóstico, planificación, acción, observación y reflexión, circunscribiendo el proyecto desde el enfoque cualitativo y el paradigma interpretativo comprensivo, mediante el muestreo por voluntarios, de acuerdo a los intereses de los participantes de la comunidad; las técnicas para la recolección de información hasta el momento son: observación participante, cartografía social y entrevistas semiestructuradas, con instrumentos como: diarios de campo, mapa territorial y cuestionarios. Adicionalmente, la creación de mesas de trabajo en la Vereda Vaivén como aporte a la construcción de la política pública de género en el municipio. Es de lo anterior, que se problematizan las nuevas masculinidades, el rol del hombre y las acciones que se han ido modificando a lo largo del tiempo, debido a que “cada sujeto tiene la libertad de decidir la clase de masculinidad con la que más cómodo se encuentra” (Boscán, 2008, p. 106) De allí, el reconocimiento de ser hombre, aunque desde una óptica urbana, por lo que se puede evidenciar que La mayoría de estudios se han realizado en medios urbanos, sin embargo debemos considerar que gran parte de la población vive en zonas rurales y que el campo ha sufrido serios cambios estructurales como migración, feminización e incursión de las mujeres en labores remuneradas (Ayala, 2007, p. 740) De modo que, se evidencian vacíos de los estudios de género en torno al hombre en el contexto rural y al ser estos no menos importantes, es necesario el reconocimiento de aquellas subjetividades y nuevas masculinidades latentes en la población campesina y sus territorios, pues si bien, el hombre urbano poco se ha investigado, el mismo efecto y en mayor medida sucede en los contextos rurales. Adicionalmente, desde la revisión legal, se evidencia normatividad dirigida “al blindaje jurídico en favor de la mujer, dejando totalmente excluido al género masculino de su cobertura”(Rey, 2018, p.30) dejando de lado e invisibilizando aquellos hombres que no hacen parte del modelo hegemónico, patriarcal, blanco, occidental y heterosexual, que llega a padecer del acceso, goce y ejercicio de los derechos humanos. Por otro lado, se presenta el cuestionamiento en el proceso de investigación-acción de
¿Cuáles son las nuevas masculinidades que emergen desde las subjetividades de la población campesina de la vereda Vaivén del municipio de Cachipay Cundinamarca esto como aporte a la construcción de la política pública de género en el Municipio?. Se evidencia la importancia de estudiar desde Trabajo Social en un contexto rural las subjetividades en torno a las nuevas masculinidades y los aportes que se dan a la construcción de las políticas públicas que configuran el quehacer profesional y permite generar una praxis real con las comunidades. De allí, como conclusiones iniciales, se evidencia una reconfiguración del ser hombre desde el reconocimiento de valores para beneficio tanto propio como para el otro, esto, dada la deconstrucción de prácticas machistas las cuales siguen replicando algunas características pero en menor medida, esto se observa en la integración del hombre en diferentes espacios, como las labores domésticas. Adicional, se interpretan las subjetividades sobre nuevas masculinidades de la población campesina de la vereda Vaivén del municipio de Cachipay Cundinamarca, enmarcadas en las prácticas del cuidado de sí mismo y con otro, también, desde el reconocimiento de la importancia de la mujer en diferentes escenarios como los laborales, sociales, políticos y económicos, brindándole un valor simbólico al azadón, herramienta de trabajo, que permite ver las prácticas de igualdad y una subjetividad de las acciones contemporáneas que permiten el bienestar social que permita posibilitar las diversas formas de ser en cualquier contexto.
#452 |
Movimientos sociales y crisis de la tanatopolítica neoliberal. Una discusión desde el Trabajo social hacia la ampliación de los derechos
Leticia Arancibia Martínez
1
1 - Pontificia Universidad Católica de Valparaíso.
Resumen:
La ponencia analiza la capacidad de los movimientos sociales y su impacto en la producción de nuevas prácticas y sentidos sobre las relaciones sociales, la política, la economía y la cultura, que han puesto en tela de juicio la fragilización de la vida que se ha ido desarrollando sistemáticamente en el contexto del capitalismo neoliberal. La acción de los movimientos sociales en campos tan diversos, en diferentes territorios, diversos actores y actoras, y demandas, así como las conexiones entre esas demandas y la posibilidad de generalización de las mismas, ha demostrado su aptitud para interpelar al estado, a las élites y oligarquías sobre la desigualdad, la violencia y la exclusión, y ha generado nuevas significaciones apelando a reivindicaciones nuevas e históricas, para la ampliación de los derechos humanos y para la democratización en un continente afectado por sucesivas crisis políticas, golpes de estado y violaciones sistemáticas de derechos. Con la ocurrencia de la crisis socio-sanitaria a causa de la pandemia de Covid-19, hemos podido distinguir la extensión de un conjunto de problemas y conflictos que van más allá de lo sectorial, pues sus efectos y también sus causas nos dan cuenta de la extensión de una crisis global que refiere a un conflicto de alcances mayores. En efecto, hoy somos testigos desde la profesión del Trabajo social el enfrentamiento del conflicto capital-vida (Amaia Pérez-Orozco, 2009) que ya se advertía en España luego de la denominada crisis subprime que se había iniciado en Estados Unidos y que ya se encontraba instalada en Latinoamérica en el contexto neoliberal, ante la fragilidad de la vida y los estados para hacerle frente. En el caso chileno el experimento neoliberal durante la dictadura significó la privatización de un amplio conjunto de servicios proporcionados por el estado (salud, educación, pensiones, agua, electricidad, telefonía, etc.); y se liberalizaron distintos ámbitos de la economía ajustándose hacia la doctrina neoliberal que se impondrá en Chile, asesorados por los denominados Chigago boys, discípulos directos de Milton Friedmann, cuyo paquete de reformas se condensó en el llamado “ladrillo” (Fuentes, 2021), cuyos efectos de exclusión y desigualdad continúan hasta el presente y se agudizaron durante la pandemia, evidenciando la extensión y profundidad de la crisis. Los movimientos sociales han puesto en la discusión nuevos paradigmas contra las hegemonías instituidas en el capitalismo neoliberal. En el contexto de crisis de las democracias, crisis económica, precarización de la vida, explotación de recursos en dinámicas de globalización, agudización del conflicto de las lógicas extractivistas que ponen en tensión las relaciones en diferentes niveles y entre diferentes grupos y poderes de la sociedad, que han implicado a los seres humanos y a la naturaleza, que amenazan la sostenibilidad de la vida misma.Sobre la base de investigaciones sobre el movimiento estudiantil, movimientos socioambientales y movimiento feminista en Chile la ponencia analiza los contenidos principales que configuran nuevas significaciones, prácticas y sentidos. Se describe en términos teóricos y empíricos el cambio en los imaginarios sociales (Castoriadis, 1975, 2002) y el lugar que tienen en la construcción social desde una lectura sobre la condición biopolítica (Esposito, 2006; Agamben, 2003; Foucault, 2000) que acompaña a los procesos de subjetivación individual y colectiva, distinguiendo los procesos colectivos desde los cuales se ha desarrollado la crítica al modelo neoliberal, y han sido capaces de crear nuevas significaciones y lógicas de acción. Desde el quehacer del Trabajo social, en la intervención y en la investigación, vemos que ha sido en el seno de los movimientos sociales donde se han producido nuevas formas de subjetivación que pretenden "dislocar los viejos escenarios” (Guattari, 1989, p.161). En efecto, la organización y las formas de la crítica de estos movimientos han logrado modificar los debates políticos, que se encapsulaban en los salones y la política de las élites, ciegas ante las demandas, necesidades y el padecer de los grupos excluidos en las escuelas, en el espacio público, en el ámbito de la vida cotidiana, y en los territorios afectados por los conflictos medioambientales. Desde una perspectiva gramsciana, la formación de un movimiento social es “un acto político porque constituye un sujeto colectivo que afecta la relación entre gobernantes y gobernados, relación que a su vez rige la organización de la vida en común” (Ortega y Pimmer, 2010: 192). Desde la teoría política, los movimientos sociales expresan la condición conflictiva del campo político, dejando en evidencia las rupturas, los quiebres y los cuestionamientos de las ciudadanas y ciudadanos sobre las formas en que se instituyen las relaciones sociales, aportando a la desnaturalización de lo social, pues sus demandas y prácticas no solo refieren temas, sino el estado en que se encuentra el sistema y los significantes en tensión en la sociedad, el estado, la cultura y la economía. En el caso de Chile, pero también en otras latitudes, los movimientos sociales están operando como herramienta de resistencia y cuestionamiento de los imaginarios de una racionalidad neoliberal, presionando hacia contenidos de democratización y ampliación de derechos. Los movimientos sociales son la expresión de lo que Félix Guattari (1989) denomina “agenciamientos sociales vivos” (161), que se observa en la multiplicidad de estrategias y repertorios de acción de los movimientos, que han ido desarrollando nuevas lógicas de acción y de relación política, cuyo poder para desnaturalizar las desigualdades, la exclusión y la violencia, con el objetivo de preguntarse por el modo de ciudadanía desde el cual se subvierten los procesos de subjetivación del orden neoliberal de la postdictadura chilena, desde donde podemos extraer análisis en diálogo con la realidad de los otros países del Sur.
#548 |
AMEFRICANAS NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO. Histórias de lutas e resistências
Douglas Santos
1
1 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP.
Resumen:
A formação social brasileira é permeada de exploração, violências e desigualdades. Na história temos registradas as lutas de muitas mulheres que se propuseram a lutar, resistir e romper barreiras.Apesar de todas adversidades cotidianas, muitas mulheres, enfrentando preconceitos de gênero, classe social, discriminações e dificuldades estruturais de sobrevivência, construíram (e ainda constroem), um legado intelectual riquíssimo para o debate contemporâneo sobre o protagonismo das mulheres.Porém, os sinais de apagamento da produção negra são evidentes. É raro que as bibliografias dos cursos indiquem mulheres ou pessoas negras; mais raro ainda é que indiquem a produção de mulheres negras, cuja presença no debate universitário e intelectual é extremamente necessário.No Brasil, nos últimos anos, o Conselho Federal de Serviço Social e dos Conselhos Regionais de Serviço Social (Conjunto CFESS-CRESS), foram realizas atividades com o intuito de debater o racismo no exercício profissional de assistentes sociais. Ao dar centralidade a este debate, foi possível fortalecer e incentivar a promoção de ações de combate ao racismo no cotidiano profissional de assistentes sociais, ampliando a percepção sobre as diversas expressões do racismo.Temos grandes e potentes contribuições no debate racial dentro do Serviço Social, professoras como Magali Almeida, Elisabete Aparecida Pinto, Matilde Ribeiro, Suelma de Deus, Renata Gonçalves, Roseli Rocha, Maria Helena Elpidio, Ana Paula Procópio, Márcia Eurico, entre muitas outras, são algumas referências que contribuem para o debate do Serviço Social e luta antirracista.Como aponta Gonçalves, “a invisibilidade de intelectuais negras/os escamoteia personagens, lutas e resistências fundamentais nos levantes e insurreições do Brasil. Em especial as mulheres negras estão ausentes como protagonistas de processos históricos e como intelectuais, cujas formulações teóricas são bastante relevantes para a compreensão da estrutura de dominação e exploração na sociedade brasileira, do período colonial aos dias atuais”. (GONÇALVES, 2022, n.p.).Falar sobre racismo e a luta das mulheres negra no Brasil é, sobretudo, fazer um debate estrutural. A história é permeada de desigualdades sexuais, sociais e étnico-raciais, indicando as diversas visões sobre as mulheres negras brasileiras. No Serviço Social também é permeado pelas consequências do racismo e de muitas desigualdades construídas historicamente.A questão racial não é apenas expressão da questão social, ela antecedeu e, ao mesmo tempo, sustentou a conformação do antagonismo entre as classes sociais. A autora indaga qual a razão do Serviço Social ainda permanecer tímido com relação à abordagem da questão racial e de sua face mais cruel: o racismo naturalizado nas práticas institucionais cotidianas. (GONÇALVES, 2018, p.515).Vivemos em um país com uma estrutura racista onde a cor da pele de uma pessoa infelizmente é mais determinante para o seu destino social do que o seu caráter, a sua história, a sua trajetória.Neusa Santos (1983), afirma que a sociedade escravista, ao transformar o africano em escravo, definiu o negro como raça, demarcou o seu lugar, a maneira de tratar e ser tratado, os padrões de interação com o branco e instituiu o paralelismo entre cor negra e posição social inferior. É fundamental trazer a perspectiva histórica e começar pela relação entre escravidão e racismo. É preciso falar sobre a questão racial, desmistificar o racismo, superar a discriminação racial. O título “Amefricanas no Serviço Social brasileiro”, surgiu das leituras dos textos de Gonzalez (1988) que, em suas reflexões propunha um olhar novo e criativo no enfoque da formação histórico-cultural do brasil que, por razões de ordem geográfica e, sobretudo, inconsciente, geralmente se afirma: um país cujas formações são exclusivamente europeias, brancas. Esse breve texto se propõe a refletir e fortalecer o debate sobre o debate étnico-racial na formação social brasileira e no Serviço Social, principalmente nas últimas décadas. O artigo apresenta, de maneira resumida, a trajetória acadêmica/profissional de mulheres que enfrentaram lutas cotidianas contra os preconceitos e as desigualdades estruturais da sociedade.Busca-se articular diretamente a produção do conhecimento de autoras sobre o tema. Utilizou-se pesquisa bibliográfica e documental como procedimentos metodológicos. Também constou de consulta online dos Currículos Lattes (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq) das referidas autoras.O objetivo central desse breve texto é que nós comecemos a fortalecer a inserção de autoras negras em nossos referenciais, deixando de olhar o mundo pela ótica dos homens brancos, ou da mulher branca como unidade de referência. O sentido de criar referenciais de autoras/es negras/os é que queremos estar lado a lado com as/os nossas/os companheiras/os na luta pela transformação social, para nos tornarmos porta-vozes de nossas próprias ideias e necessidades. Assistentes sociais e autoras negras, ao longo dos anos, sempre pautaram as discussões teóricas sobre a questão étnico-racial dentro da formação acadêmica e da categoria profissional. Devemos construir espaços sólidos e acolhedores para mulheres negras. Muitas abriram o caminho para que possamos estar realizando esse debate hoje. A dimensão da coletividade é fundamental para nossas lutas cotidianas.Temos que ocupar os espaços (acadêmico e na categoria profissional) para reconhecer a história de luta das mulheres e de Assistentes Sociais negras/os na história. Temos que enegrecer nossas referências. Torná-las visíveis e difundir seus pensamentos. UBUNTU!
#595 |
La dimensión socio-cultural del territorio como fundamento para la descentralización participativa en Uruguay y en Chile
Claudia Kuzma
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales-UdelaR.
Resumen:
La siguiente ponencia constituye una síntesis del proyecto de investigación llevado a cabo para obtener el grado de PhD in International Development de la Universidad de Ottawa (Canadá), a través de una beca de post-grados en el exterior, otorgada por la Agencia Nacional de Investigación e Innovación (ANII) del Uruguay, entre los años 2016 y 2020. Dicho estudio procuró dar respuesta a inquietudes y preocupaciones emergentes de mi propia experiencia profesional como Trabajadora Social, en el ámbito del Ministerio de Desarrollo Social del Uruguay, tales como la implementación de un modelo de gestión territorial a lo largo de todo el país, para atender los fenómenos de la pobreza y las desigualdades sociales en nuestro país. Esta investigación se sustentó también en mis intereses académicos, incluyendo la construcción de nueva ciudadanía y el fortalecimiento de la democracia en América Latina. Desde estas motivaciones, este trabajo analiza cómo y en qué medida el territorio, particularmente su dimensión socio-cultural, incide en la implementación de las políticas de descentralización participativa (DP) del Estado y su impacto en el desarrollo humano, entre los países en desarrollo, de ingreso medio de América Latina desde una perspectiva comparativa, interdisciplinaria y comprometida con el paradigma de los Derechos Humanos (PNDU, 2016; Banco Mundial, 2015). Para ello, esta investigación aborda las experiencias de implementación de la política de descentralización participativa a nivel municipal, en las últimas décadas en Uruguay y en Chile. En concreto, tres municipios uruguayos son comparados con sus pares chilenos basados en el método de diferencia de John Stuart Mill, también conocido como “the most-similar design”, considerado uno de los métodos cualitativos más exitosos y apropiados para estudiar los procesos de democratización en América Latina (George & Bennett, 2005). En este estudio, el método de comparación de Stuart Mill es utilizado en dos sentidos: 1) Comparando municipalidades o municipios similares entre los dos países, para poder observar y analizar la variación del modelo o proyecto político sobre descentralización participativa entre Uruguay y Chile; y 2) Comparando las municipalidades o municipios dentro de cada uno de los países, para poder observar la influencia de la dimensión socio-cultural del territorio, dentro de un único modelo o proyecto político de descentralización participativa. De esta forma, la importancia del modelo o ideología del proyecto político de descentralización participativa varía dentro de un contexto amplio de comparabilidad. Es importante resaltar que los dos países comparten un sistema de gobierno unitario, experiencias de descentralización municipal, un pasado y legado autoritario, generado por las pasadas dictaduras, un nivel similar de desarrollo socio-económico, una relativa alta calidad institucional dentro del contexto regional y ciertos aspectos culturales. Sin embargo, mientras el modelo de descentralización implementado en Uruguay puede ser caracterizado por la participación y compromiso de la ciudadanía en el gobierno local, a través de organizaciones vecinales y sociales y una creciente descentralización política; en Chile, dicho modelo se caracterizó por una fuerte tendencia tecnocrática, un modelo gerencial anti participativo y economicista que, influenciado por el régimen autoritario, se focalizó desde sus orígenes en transformar al Estado en un aparato cada vez más eficiente y efectivo (Eaton, 2004; Garretón, 1983; Moulián, 1997; Navia, 2010). Para explorar la influencia de la dimensión socio-cultural del territorio en los resultados de la descentralización participativa, algunas variables se mantuvieron constantes en los tres casos municipales de cada país: el nivel socio-económico bajo o medio, la presencia de un porcentaje significativo de grupos étnicos (población Afro-descendiente en Uruguay y comunidad Mapuche en Chile) y la residencia geográfica (rural o urbana). La comparación entre los casos rural/grupo étnico y rural/no grupo étnico dentro de cada país permitió analizar la variación o “efecto de la dimensión étnico-cultural” del territorio en los resultados de la DP dentro del país en cuestión. La comparación entre los casos rural/no grupo étnico y urbano/no grupo étnico dentro de cada país facilitó observar el “efecto de la residencia geográfica” del territorio al interior de dicho país. Si los tres casos en Uruguay evidenciaban similitudes a nivel nacional, y los tres casos municipales en Chile también revelaban similitudes dentro del país, pero los casos uruguayos presentaban diferencias respecto a los chilenos, entonces podíamos inferir que el proyecto político es el factor más importante para explicar los resultados de la descentralización participativa. Por tanto, en los casos similares a nivel nacional se estaría observando el efecto del proyecto político en los resultados de la DP. Sin embargo, si las comparaciones de los casos entre ambos países presentaban mayores similitudes que las constatadas entre los tres casos entre sí dentro de cada país, entonces podíamos inferir que la dimensión socio-cultural del territorio constituye un factor más relevante que el proyecto político para explicar los resultados de la DP. Sin desestimar el rol del proyecto político y de otros factores institucionales y políticos, este análisis sugiere que la dimensión socio-cultural del territorio constituye el factor más importante para comprender la variabilidad de los resultados de la descentralización participativa. En el marco de este Seminario, se presentarán los principales hallazgos tanto en relación al denominado “efecto de la dimensión étnico-cultural del territorio” como al llamado “efecto de la residencia geográfica” en la descentralización participativa, a partir de la comparación dentro de cada país y de la comparación entre los dos países en cuestión. A pesar de las diferencias existentes entre Uruguay y Chile en términos de sus respectivos proyectos o modelos políticos de la descentralización participativa; ambos países aún enfrentan obstáculos estructurales para implementar dicha política, tales como el histórico y arraigado centralismo, el caudillismo, el paternalismo, el clientelismo y el racismo estructural. En este contexto, la dimensión socio-cultural del territorio no sólo permite explicar estos obstáculos, sino también constituye una estrategia fundamental para la transformación de la actual cultura política a través de un proceso socio-educativo que implica tomar en cuenta las relaciones de poder, las relaciones sociales, las identidades e imaginarios para profundizar la distribución del poder político, la participación ciudadana y la educación de líderes y lideresas políticos/as a nivel local comunitario.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#238 |
A Política de Assistência Social em Mato Grosso em tempos de pandemia – orçamento, execução e serviços
Leana Freitas
1
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Giovanna Teles
1
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Jainny Carmeen
1
1 - Universidade Federal de Mato Grosso.
Resumen:
A pandemia provocada pelo novo coronavírus, além, obviamente de seus efeitos sobre a saúde e vida da população, acentuou crises econômico-sociais, impondo uma situação generalizada de emergência pública sem precedentes na história mundial mais recente. No Brasil, as medidas de enfrentamento aos danos da pandemia, adotadas pelo governo e autoridades sanitárias são insuficientes, precárias, corroboradas pelo discurso negacionista do governo federal, que explicitamente prioriza os interesses de mercado, em detrimento da saúde de sua população. Entre os serviços considerados essenciais no enfrentamento à Covid 19 estão aqueles implementados pela Assistência Social no atendimento à população em situação de vulnerabilidade, conforme Decreto Presidencial nº 10.282/2020. Como desdobramento desse decreto foi promulgado um conjunto de normatizações entre Portarias, Notas Técnicas e Orientações do Ministério da Cidadania para organizar e dar suporte aos estados e municípios na condução de benefícios e à rede socioassistencial, de modo a responder demandas da população mais empobrecida. Dito isto, neste texto apresentamos os resultados da pesquisa A Política de Assistência Social em Mato Grosso em tempos de pandemia – orçamento, execução e serviços, a qual intentou realizar um diagnóstico socioterritorial da Assistência Social no estado, buscando levantar recursos, investimentos e serviços implementados no âmbito da Política Pública de Assistência Social. Foi realizada pesquisa de tipo documental, a partir de dados secundários publicizados pelas instituições de Assistência Social estadual e nacional como Notas Técnicas, Orientações, Notas Públicas, Recomendações de Instâncias Colegiadas de pactuação e Fóruns de Trabalhadores do SUAS; Relatórios de Gestão das Secretarias municipais de Assistência Social e Relatórios de Execução dos Fundos Estadual e Municipais de Assistência Social, além de material de divulgação do governo estadual, publicado nas diferentes mídias. Da investigação realizada o que se pode depreender é que Mato Grosso encontra-se na 13ª posição no país em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, é o 13º mais rico do Brasil e o 6º em renda per capita. É o segundo estado do país (e o primeiro da região Centro-Oeste) com mais municípios entre os 100 maiores PIBs per capita: um total de 12. Mas, se é aqui que se encontra a sexta renda per capita do país é aqui, também, que se encontra a triste fila de ossinhos. Em 2020 eram 520 mil famílias inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, o que representa 60% da sua população. Dessa população, pelo menos 40% estão abaixo da linha da pobreza, vivendo com renda de até meio salário-mínimo per capita por mês e 15% vivendo em situação de extrema pobreza. Dessas famílias inscritas, apenas 161.235 (13,83%) eram beneficiárias do Programa de Transferência de Renda - Bolsa Família e o valor médio do benefício de R$ 167,78 (cento e sessenta reais e setenta e oito centavos) por família. Do Cadúnico também foi possível extrair a informação de que em 25 municípios, de um total de 141 do estado, as taxas de sua população vivendo em situação de extrema pobreza variam de 54% a 30%. Em contrapartida, no ano de 2020, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT) repassou, correspondente ao cofinanciamento do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS), para o conjunto dos municípios mato-grossenses, no âmbito das medidas adotadas para amenizar a situação emergencial dos municípios devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um montante de R$ 7,1 milhões referentes as duas últimas parcelas do cofinanciamento de 2019, seguido pela primeira parcela de 2020, de R$ 4,5 milhões. Em 2021, até o foram repassados aos municípios pelo FEAS R$ 8.152.014,75, segundo informações obtidas Fiplan/SACE/SEFAZ/Consulta Pública. Montantes inexpressivos diante das desigualdades sociais do estado e de seus índices de pobreza e miséria, sobretudo, quando se sabe que em 2020, Mato Grosso fechou o ano com uma arrecadação de R$ 23,819 bilhões. Sua despesa líquida foi da ondem de R$ 19,913 bilhões, gerando um superávit de R$ 3,906 bilhões aos cofres do tesouro estadual que, ao certo, serão redirecionados aos grupos tradicionalmente dominantes do Estado, reforçando sua histórica concentração de renda.É inegável, portanto, mesmo porque visivelmente perceptível, o aumento da pobreza, do desemprego, do trabalho precário, informal e desprotegido e das perdas de direitos trabalhistas e da proteção social, decorrentes das contrareformas implementadas nos últimos anos no Brasil. Situação que se agrava, portanto, no contexto da pandemia. Por seu turno, os/as profissionais que atuam no Sistema Único de Assistência Social - SUAS, especialmente as Assistentes Sociais que estão na linha de frente no atendimento, encontravam- se em situações precárias de trabalho. Muitas sequer tiveram sua carga horária de trabalho reduzida, ou alternadas em forma de rodízio. Os atendimentos em sua maioria ocorrem sem um redesenho ou protocolo de segurança que levem em conta os riscos da contaminação pelo corona vírus. Os EPIs, quando há são frágeis, e pouco seguros (máscaras e jalecos de TNT). Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS assistem o aumento de demanda por cestas básicas, documentos, informações sobre o auxílio emergencial, CadÚnico; e recebendo toda sorte de denúncia de violência agravadas pelo isolamento social. As equipe de trabalho reduzidas e sem os recursos adequados para execução dos serviços acabam se sobrecarregando para responder, minimamente, as demandas dos usuários.Logo, as medidas e ações no campo assistencial têm se constituído em meros paliativos, e nos termos e condições como vêm sendo operadas é de se duvidar de sua capacidade de enfrentar as consequências da pandemia, cujo maior efeito foi revelar a barbárie em que nos encontramos.
#260 |
BREVE ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O PROGRAMA BOLSA FAMÍ LIA E O PROGRAMA BRASIL AID
Stephanie Barreto
1
1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
Após dois anos de execução, o Programa Bolsa Família (PBF) foi extinto em novembro de 2021 e substituído pelo Programa Auxílio Brasil (PAB). Este artigo aborda o fim do PBF e a implantação do PAB, além de fazer uma breve análise das semelhanças e disparidades entre os dois programas brasileiros de transferência de renda anteriores a fevereiro de 2022. Olhando para a história do Brasil, observo que os programas transferência de renda ganhou o campo em nível nacional na década de 1990. Enquanto isso, em 2001, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), houve uma ampliação da implementação de programas federais, além da ampliação de dois programas criado na década anterior. Com base em um estudo não realizado para a elaboração deste artigo, Cabe destacar que os programas de transferência de renda implementados entre os anos de 1990 e 2000 representavam diversas políticas sociais de forma fragmentada e eram aplicados individualmente a cada uma das áreas envolvidas. O Programa Bolsa Família surgiu em 2003, a partir da união de dois Programas do Governo FHC, durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi executado no terceiro ou terceiro ano do mandato do presidente Jair Messias Bolsonaro. De acordo com as informações do Manual de Gestão do PBF, o benefício consistia em uma transferência de renda condicionada destinada às pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza inscritas nos programas Cadastro Único Social. Sabe-se que os valores da renda per capita correspondentes à pobreza e extrema pobreza das famílias beneficiárias foram alterados diversas vezes durante dois mandatos presidenciais e execução do PBF. Ainda, em agosto de 2021, por meio da Medida Provisória nº 1.061 de 9 de agosto de 2021, convertido no Decreto nº 10.852 de 8 de novembro de 2021, foi servidor ou Programa Auxílio Brasil. Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 14,6 mil famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família migraram para o PAB em novembro de 2021. Antes, clama, com base nesta pesquisa, analisar comparativamente o Programa Bolsa Família e o Programa Auxílio Brasil de acordo com o processo de formulação e implementação de políticas sociais no Brasil. Os critérios e a forma de seleção serão comparados; Valores e tipos de benefícios; Condicionalidades; Os valores per capita das linhas de pobreza e de extrema pobreza Não de início, foi realizada uma breve abordagem do PBF, passando pelos governos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Visa, com base nesse tema, expor algumas ações ao longo do programa que culminarão em sua extinção não definitiva em 2021. Posteriormente, uma análise sintética das semelhanças e diferenças entre o PBF e o PAB com base na legislação recente e os dados serão divulgados oficialmente pelo Ministério da Cidadania, já que o Auxílio Brasil está em vigor há apenas cinco meses. Dessa forma, pretende contribuir com a recente pesquisa realizada sobre o novo Programa de Transferência de Renda, após duas décadas de PBF no Brasil, deixando explícito que o PAB possui benefícios associados ao PBF, porém outras modalidades inéditas de benefícios foram aderidas ao PAB. Observando as condicionalidades de dois programas, verifica-se que na área de Educação, por exemplo, houve redução significativa na exigência de frequência escolar de dois alunos beneficiados em todas as faixas etárias. No entanto, o impacto dessa redução só pode ser analisado com base em dois indicadores que serão produzidos ao longo do tempo: 3 de fevereiro de 2022. Essas relações intergovernamentais cooperativas foram construídas a partir da redemocratização do país, assim como as relações intersetoriais, fomentadas da Constituição Federal. O PAB, bem como o fazia ou PBF, Propõe integrar diferentes políticas públicas, como Assistência Social, Saúde, Educação, Emprego e Renda. Em suma, os programas brasileiros de transferência de renda condicionada estão inseridos em uma lógica de trabalho em rede, o que favorece a intersetorialidade desses programas, uma vez que possuem condições políticas, econômicas e sociais para serem implementados de forma verdadeiramente articulada e descentralizada. ações de administração (libertação; bloqueio; suspensão; cancelamento; bloqueio; desbloqueio; reversão da suspensão; e reversão do cancelamento) beneficiamos as famílias em caso de descumprimento das condições mínimas estabelecidas de frequência escolar e cuidados de saúde e também em casos de retorno de cumpro as condicionalidades. Com base nas informações apresentadas neste artigo, Observo que as transformações ocorridas com o Programa Bolsa Família durante o governo do Presidente Bolsonaro culminariam no fim do programa e trilharam o caminho para a implantação, na sequência, do Programa Auxílio Brasil. não sendo reconhecido pelo presidente Bolsonaro como uma continuação do PBF ou um “novo Bolsa Família”, ou o Auxílio Brasil se baseia em um programa que antecede e mantém muitas características do PBF, a qualquer momento. Ainda assim, as legislações publicadas apresentam algumas modificações significativas. Sobre as relações entre os dois Programas Brasileiros de Transferência de Renda, vale a pena acompanhar dois estudos sobre o desenvolvimento do PAB, pois a realidade está em constante movimento.
#287 |
¿Hacia una nueva matriz de protección social?: la política social en Uruguay desde el 2020 hasta nuestros días
Natalia Bisio
1
1 - Universidad de la República.
Resumen:
Los cambios en el contexto socio-político actual del Uruguay, principalmente los referidos al rol del Estado y de la Sociedad Civil en la gestión de la política social, han impactado fuertemente en el Trabajo Social. El giro conservador en la conducción política del país sumado al contexto de pandemia que atravesó el país durante los últimos dos años, han puesto al desnudo las miserias del modelo neoliberal del desarrollo capitalista que coloca en cada individuo, la responsabilidad del éxito o fracaso en su vida, y retira al Estado de la producción y distribución del bienestar. La radicalización de las desigualdades sociales ha acentuado las contradicciones que atraviesan las democracias modernas, reconfigurando con ello el tratamiento de la cuestión social, así como el papel del Trabajo Social en su abordaje. En este contexto, se torna impostergable repensar el significado e intencionalidad de nuestro quehacer en y desde la “problematización de las necesidades humanas, los procesos de colectivización y las formas sociales de satisfacción de las mismas”.
Así pues, el cuestionamiento de las categorías mediante las cuales los profesionales de Trabajo Social buscamos comprender los fenómenos sociales, así como la interpretación de las normas, leyes y políticas desde las cuales intervenimos, resultan de suma relevancia a la hora de pensar y repensar nuestro campo de actuación. En este contexto, desde el colectivo profesional, se reivindica la responsabilidad irremplazable del Estado en el abordaje de las situaciones de pobreza que atraviesa la población, así como de la estructura de desigualdad que la sustenta. La ética como un espacio de reafirmación de la libertad y la autonomía, nos exige denunciar los valores mercantilistas, utilitarios e individualistas que fundan la moralidad dominante en la sociedad capitalista (Rebellato 1997) y que, en el escenario actual, aparecen como sustento de la política social. Un proceso de “desprofesionalización” y de “voluntarismo partidario” resurge con fuerza en el ámbito de las políticas sociales, desdibujando no solo el rol profesional sino también los procedimientos institucionales que actúan como garantes del acceso a los servicios por parte de la población beneficiaria. Teniendo en cuenta los principios orientadores de la política social durante el período progresista (2005 – 2019), la ponencia tiene por finalidad dar cuenta del proceso de desmantelamiento de la matriz de protección social asociada a ellos, identificando en dicho proceso, la ausencia de respuestas claras y fundadas para atender las situaciones de pobreza a las que aquellos programas hacían referencia, así como el cambio en las orientaciones conceptuales y metodológicas de la intervención socio-política del Estado. Para ello, se toman como referencia los programas sociales (más significativos por su cobertura y centralidad institucional), dirigidos a la atención de las situaciones de pobreza y vulnerabilidad social, creados durante el período mencionado. De este modo, a los efectos de dar cuenta de las transformaciones en la matriz de protección social que se comienzan a vislumbrar a partir de la asunción del nuevo gobierno, se analiza la concepción de la política social (y su objeto) que asume el Estado, así como su rol en la implementación de la misma, a partir de la re-orientación o cierre de dichos programas. La reflexión que se presenta, es elaborada a partir de la lectura de datos secundarios de sobre los programas seleccionados (Uruguay Crece Contigo, Cercanías, Uruguay Trabaja, Jóvenes en Red), y nuevos lineamientos comunicados a través del sitio oficial del Ministerio de Desarrollo Social, y de entrevistas a informantes calificados de las Oficinas Territoriales de Salto, Paysandú y Bella Unión.El estado de incertidumbre generado por la imprecisión de los anuncios gubernamentales con respecto al recorte y reorientación de la casi totalidad de programas sociales bajo la órbita del MIDES, la ausencia de espacios de intercambio entre equipos técnicos y las nuevas direcciones para conocer las dinámicas y valoraciones del trabajo acumulado, el verticalismo en la toma de decisiones, el bloqueo de la acción colectiva y de espacios para plantear otras opiniones, malestares, propuestas, etc., y el silencio de las poblaciones afectadas por el retiro de las prestaciones sociales, son algunos de los elementos que se destacan en la nueva forma de gestionar la política social, sobre todo durante el primer año del gobierno. El desmantelamiento de la matriz de protección social, consolida una mirada individualista que responsabiliza al sujeto por su situación. Tal como sucede en varios países de la región, se identifica un resurgimiento del conservadurismo en el campo de actuación profesional, tensionando (sobre todo) da la dimensión asistencial del ejercicio. En este marco, se construye un relato donde la asistencia se presenta como algo indigno y las políticas sociales como constructoras de pasividades. En un contexto fuertemente marcado por las medidas de encierro para evitar la propagación de la COVID 19, se restringen aún más los espacios y mecanismos para reivindicar las conquistas y denunciar las ausencias del Estado en la atención de las necesidades de la población en condiciones de mayor vulnerabilidad social. Identificar las nuevas expresiones de la pobreza y la desigualdad, resulta una tarea imperiosa para pensar la política social más allá del “parche” y concebirla en términos de derechos.
#405 |
Gestão territorial e Proteção Social na Bahia- Brasil
Jucileide Ferreira do Nascimento
1
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Sara França Spinola
1
1 - UFRB.
Resumen:
A Política de Desenvolvimento Territorial da Bahia foi instituída através do Decreto 12.354( 25/08/2010), e caracterizada como grupamento identitário formado de acordo com critérios sociais, culturais, econômicos e geográficos, reconhecido pela sua população como o espaço historicamente construído, como identidade que amplia as possibilidades de desenvolvimento social e territorial e contida no arcabouço institucional, que se manifesta como conquistas sociais, dentro de limites burocráticos aos anseios da sociedade civil, vez que emana de um processo de definição de novas institucionalidades. A gestão territorial em curso na Bahia dialoga com os conceitos de Território de Identidade na perspectiva da Política de Assistência Social (PNAS), através do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pressupondo que o maior desafio dessa política pública é assegurar que seu projeto político institucional viabilize condições necessárias para superação, por parte da Assistência Social, de seu caráter de política para amenização e/ou erradicação da pobreza, para então afirmar-se como política de cidadania, contribuindo para o enfrentamento das desigualdades sociais. A proposição do conceito de territorialização dos serviços e equipamentos, sob o ordenamento SUAS, não consegue romper com a dualidade predatória dos modelos dessa política pública, haja vista que tal hegemonia parte da racionalidade história que orienta diferentes modelos de reprodução das condições de vida e acumulação capitalista com base no ordenamento territorial e que o reconhecimento do cenário histórico, econômico e social de formação do Territórios de Identidade constitui-se como seu habitat natural e espaço de intervenção e validação dessa política. (PEREIRA,2010, p.191) Existem, portanto, desafios estruturais em torno da consolidação de uma metodologia que, de fato considere a dimensão territorial como uma das categoriais propositivas para formulação, análise, controle social e monitoramento da Política Pública de Assistência social, visando romper com o que denominamos de um uso "funcional" dessa categoria. Tal posicionamento deve focar-se em promover uma ruptura com antigos paradigmas da política de pensá-la em si e a partir de si, de forma a não perpetuar a política como instrumento integrante do processo de acumulação. Trata-se, pois, de um longo caminho para a afirmação de uma política pública territorializada, universalista e democrática, capaz de impulsionar a promoção da cidadania ativa na esfera local, com impacto nas dinâmicas mais estruturais. Partindo dessa análise, temos aqui a emergência de uma concepção de política social que não se remete à crítica de seus limites e suas dimensões compensatórias, mas que reconhece dialeticamente as possibilidades e inflexões dos patamares civilizatórios, dos direitos humanos e sociais, dos quais a Assistência Social é parte e expressão, contribuindo assim para a formação de uma massa crítica, fundamentada no reconhecimento das lutas da classe trabalhadora e dos movimentos sociais mediados pela Assistência Social. (COUTO,2010, p.52). Nesse contexto, o presente trabalho é um resultado parcial de uma pesquisa em andamento em nível de mestrado acadêmico cujo objetivo é investigar o processo de constituição e implantação da proposta Território de Identidade, no Litoral Sul no Estado da Bahia - Brasil e analisar sua inter-relação com a Política de Assistência Social, tendo como parâmetro os marcos legais e regulatórios dessa política, na perspectiva de um sistema único de Assistência Social no Brasil. O referencial teórico critico marxista utilizado na pesquisa e os dados quali-quantitativos iniciais já levantados apontam dilemas e desafios no processo de desenvolvimento nacional nas economias latino‑americanas , cujo processo histórico revela o círculo vicioso da dependência e do subdesenvolvimento, tais elementos carecem da compreensão sobre de que forma as forças produtivas deveriam ser associadas à solução dos problemas fundamentais da população nacional, tais como o pauperismo e a desigualdade social. Nessa perspectiva, consideramos que a análise da política Território de Identidade prescinde do reconhecimento de que a atuação do Estado é um maquinário importante para o sistema capitalista, portanto, a análise do desafio territorial na formulação das políticas sociais, perpassa pelo reconhecimento da fragilidade na constituição de sua representatividade, considerando-se a intencionalidade por parte do Estado, vez que a convergência desse direcionamento, estrutura-se a partir das medidas anticíclicas, ao lançar mão de políticas assistencialistas, sem perder de vista a privatização e máxima exploração da força de trabalho. Portanto, os resultados parciais da pesquisa apontam que o desenvolvimento das ações da política de assistência social com ênfase territorial é necessário efetivar modelos de gestão mais participativos e coordenados com os sujeitos locais e o público destinatário da política. Ademais o estudo aponta ainda que outra questão em análise, é se a experiência de gestão territorial em curso se traduz, de fato, em percursos coordenados e de cooperação entre os principais sujeitos sociais e institucionais que atuam nos territórios. Faz-se necessário ainda identificar a existência ou não de instrumentos fundamentais à efetivação das ações territoriais, suas principais potencialidades e os desafios para a execução da gestão territorial. Os achados da pesquisa até aqui apontam que no processo de implementação dos serviços socioassistenciais de base territorial existem fatores intervenientes que comprometem a materialização desse princípio e, consequentemente, contribuem para a manutenção do padrão de fragmentação das ações realizadas e prejudicam a oferta de serviços, programas, projetos e benefícios necessários para a materialização da proteção socioassistencial estatal nesse território, como previsto na legislação em vigor (Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993, Lei 12.435, de 06/julho de 2011), e proposto pela Constituição brasileira de 1988.
#448 |
La Política Social en Colombia: Experiencia y Práctica del Servicio Social para la Seguridad Económica de la Juventud
Nestor Orlando Fonseca Chavez
1
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Daniel Mauricio Guasgüita
1
1 - Secretaría Distrital de Integración Social.
Resumen:
La presente propuesta de ponencia pretende exponer un servicio social diseñado y ejecutado desde la
Subdirección para la Juventud de la
Secretaría Distrital de Integración Social de Bogotá, el cual lleva por nombre
Servicio Social para la Seguridad Económica de la Juventud (SSSEJ). La estructura general de este servicio encuentra su justificación en las necesidades generadas a partir de la agudización de la cuestión social causada por la emergencia sanitaria y las políticas de aislamiento preventivo. En el marco de esta contingencia se llevaron adelante innovaciones sociales realizadas en la Política Social de la Entidad: la
Política Pública Distrital de Juventud, exigiendo que las estrategias de las demás dependencias se reorganizaran en torno a dichas innovaciones que tienen como objetivo principal del
SSSEJ: contribuir con la reducción del riesgo social de jóvenes altamente vulnerables a través de su inclusión en dinámicas educativas y sociales, orientación socio ocupacional y formación en habilidades para el trabajo que promuevan la prevención, promoción y protección de sus derechos mediante un modelo de
Transferencias Monetarias Condicionadas (TMC).El Ciclo Operativo del Servicio inicia con la priorización de los beneficiarios que harán parte de él mediante la aplicación del Índice de Vulnerabilidad Juvenil (IVJ), el cual recoge información del instrumento de caracterización de la estrategia territorial de la Subdirección para la Juventud compuesto por las dimensiones de Educación y Trabajo; Enfoque Diferencial y Género; Familiar; Salud; Maternidad y Paternidad Temprana.Cumplida esta priorización, se establece el ingreso a la modalidad de Ruta Pedagógica para la Inclusión Social de Jóvenes que enmarca las actividades condicionadas que deben ser cumplidas por parte de las/os participantes para acceder de manera efectiva al monto mensual de la transferencia. En este sentido, la ruta de actividades condicionadas está conformada por cuatro componentes:
-Componente pedagógico y de acompañamiento psicosocial. Tiene como objetivo capacitar a las y los jóvenes participantes del servicio, para que sean agentes comunitarios de cambio y multiplicadores positivos en su comunidad. Aborda las siguientes temáticas: a) prevención de violencias; b) prevención de consumo de Sustancias Psicoactivas (SPA); c) prevención de maternidad y paternidad temprana; d) prevención en salud mental y e) orientación socio ocupacional.
-Componente práctico y de incidencia comunitaria. Este componente implica el desarrollo de actividades orientadas a que las y los participantes del servicio se involucren de manera directa con las realidades de sus comunidades y puedan poner en práctica los conocimientos adquiridos en el anterior componente pedagógico.
-Componente recreativo y de manejo del tiempo libre. Implica el desarrollo de actividades recreativas como la participación en campeonatos deportivos, asistencia a eventos (conciertos, festivales, partidos), campamentos, obras de teatro, entre otros, que permita la vinculación de los y las beneficiarias a la oferta cultural y deportiva del Distrito y que incentive la permanencia en el servicio y el uso adecuado de su tiempo libre.
-Componente de formación educativa y de acceso al mercado laboral. Implica en primera instancia la identificación del perfil de la persona beneficiaria para direccionarla a las actividades condicionadas específicas de acuerdo con sus necesidades e intereses.Transversal al cumplimiento de esta Ruta Pedagógica, se realiza la Dispersión de las Transferencias Monetarias Condicionadas (TMC) de acuerdo con los tiempos establecidos para la realización de las actividades de cada una de las fases y los tiempos requeridos para la verificación del cumplimiento de los participantes para hacer las TMC a los jóvenes que efectivamente cumplieron con el porcentaje requerido en sus actividades condicionadas.Es pertinente anotar que como modelamiento orgánico del (SSSEJ) se incluye la función de engranaje de cada equipo de la Subdirección para dar cumplimiento a uno de los productos más determinantes de la Política Pública Distrital de Juventud: la Ruta se Atención Integral a Jóvenes (RAIJ), cuyo objetivo es dar respuesta a las vicisitudes de los participantes del SSSEJ garantizando el restablecimiento inmediato de sus derechos cuando se presentan vulneraciones y haciendo búsqueda constante de oportunidades a través de la intermediación laboral con enfoque de género, la gestión de recursos a nivel local para el fortalecimiento de unidades productivas y la articulación interinstitucional con el sector público y privado para eliminar la barrera de acceso a educación básica, media, superior y continua.Por último, y asociado a la RAIJ, se concretiza un modelo de Acompañamiento Psicosocial orientado hacia la corresponsabilidad, valor determinante de todo el SSSEJ, y entendido como el conjunto de procesos articulados de servicios que tienen la finalidad de favorecer la prevención y mitigación de los daños psicosociales asociados al sufrimiento emocional y a los impactos a la integridad psicológica y moral, y al proyecto de vida de las y los jóvenes del SSSEJ como fundamental consecuencia de la vulneración a los Derechos Humanos. Este acompañamiento impulsa la activación de alertas desde el seguimiento psicosocial persona a persona el cual hace énfasis detallado en la historia social de cada joven durante su participación en el SSSEJ.
#593 |
A arte e a desigualdade urbana
Juliana Abramides
1
1 - Fapcom.
Resumen:
As cidades se constituem em espaços de reprodução da estrutura de desigualdade de classes em que o urbanismo se configura como mercado e a necessidade de acumulação de capital em permanente processo de espoliação. A partir dessa concepção, observo as artes plásticas urbanas em modos particulares de manifestação e protesto criados principalmente por jovens de todos os grandes centros do mundo, setores originalmente empobrecidos, moradores das periferias, dois grandes centros urbanos. A arte urbana como forma de apropriação criativa das cidades para a arte de rua não está sujeita às relações de produção e reprodução da vida social. Essa forma de apropriação urbana expressa a cultura da rua e expressa o mundo do imediatismo; Essa arte reflete o grau de desagregação da cultura que não vemos nas crises da relação social do capital. Ou uma reflexão sobre essa crise de sociabilidade na construção cultural que aparece na miséria e grandeza de um tipo de produção periférica: ou hip-hop, ou rap, ou pixo, como poesia marginal, com teoria da elaboração e crítica variável; que no caso do pixo apresenta uma mediação menor, pois é uma comunicação mais endógena ao mesmo tempo com alto poder de criar sua própria estética a partir de novos signos inexistentes. Lidar com essa questão é fundamental na relação profissional de todos aqueles que atuam como incentivadores da criação e expressão popular. Por ser uma comunicação mais endógena ao mesmo tempo, tem um alto poder de criar sua própria estética a partir de novos signos inexistentes. Lidar com essa questão é fundamental na relação profissional de todos aqueles que atuam como incentivadores da criação e expressão popular. Por ser uma comunicação mais endógena ao mesmo tempo, tem um alto poder de criar sua própria estética a partir de novos signos inexistentes. Lidar com essa questão é fundamental na relação profissional de todos aqueles que atuam como incentivadores da criação e expressão popular.
FCS - L1
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#019 |
A GARANTIA DO DIREITO À SAÚDE NO BRASIL: LUTAS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO
Maria Inês Souza Bravo
1
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Juliana Souza Bravo de Menezes
2
1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
2 - Ministério da Saúde (MS).
Resumen:
Este trabalho pretende analisar as lutas no Brasil em defesa da saúde pública, estadual, de qualidade e contra a privatização, com ênfase nos Fóruns de Saúde e na Frente Nacional contra a Privatização da Saúde que surgirão em meados do ano 2000. Essas manifestações vem resistindo Anos de ataques que associamos diretamente foram sofridos como neoliberalismo. Somente no final da década de 1970, com o processo de redemocratização do país, ocorreu um movimento significativo na saúde, denominado Movimento Sanitário, que reuniu trabalhadores da saúde e movimentos sociais e elaborou uma proposta de Reforma Sanitária. Este Projeto de Saúde tem como pressupostos centrais a defesa da universalização das políticas sociais, a garantia de dois direitos sociais, a participação popular, a intersetorialidade e o financiamento efetivo do Estado. Destaca o conceito ampliado de saúde, considerado como melhores condições de vida e de trabalho, a importância de dois determinantes sociais, uma nova organização do sistema de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus princípios como integralidade e descentralização. Nos anos 1990, com a ofensiva neoliberal, o Projeto de Reforma Sanitária brasileiro é questionado e um outro projeto é elaborado tendo como características: o caráter focalizado para atender às populações vulneráveis através do pacote básico para a saúde, a ampliação da privatização e o estímulo ao seguro privado. Verifica-se, nesta década, a afirmação das contrarreformas de cunho neoliberal, defendidas pelas agências multilaterais. Face a Política de Ajuste, diversas entidades substituíram suas lutas coletivas por lutas corporativas. Nesta conjuntura, de fragilização e fragmentação dos movimentos, não se conseguiu uma defesa da Seguridade Social e da Saúde. O que ocorre é a valorização da participação popular colaboracionista e o apassivamento dos movimentos sociais. Em meados dos anos 2000, identificou-se o ressurgimento de diversos movimentos sociais com a preocupação de articular as lutas frente às precárias condições de vida da população. A expansão da privatização das políticas sociais e de saúde é tal como o surgimento de novos mecanismos de luta como os Fóruns de Saúde em vários estados e a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde. Essa Frente tinha como objetivo a mesma motivação que deu sustentação às lutas pelo Movimento da Saúde na década de 1980: ou combater a privatização da saúde. Assim como esse Movimento, a Frente também se opõe à tendência de prestar assistência à saúde como fonte de lucro. É formado por diversas entidades, movimentos sociais, fóruns/frentes estaduais de saúde, centrais sindicais, sindicatos, partidos políticos e projetos universitários. A Frente e suprapartidária, Ao analisar o contexto atual de crise estrutural do capital, pode-se afirmar que a saúde tem sido um espaço de grande interesse de grupos econômicos em sua busca por lucros e em seu movimento para impor a lógica privada nos espaços públicos. O seu caráter público e universal, tão defendido pelo Movimento de Reforma Sanitária brasileiro dos anos 1980 e pelos lutadores da saúde, vem sendo ameaçado.A eleição do Partido dos Trabalhadores (PT) para Presidência da República, em 2002, trouxe discussões, contradições e dilemas postos durante as campanhas eleitorais e que se agudizaram no decorrer dos mandatos, na medida em que foram apresentadas propostas de contrarreformas e ajustes no mesmo sentido das verificadas em governos anteriores neoliberais.O projeto de conciliação de classes utilizado pelo PT, que favoreceu os interesses do grande capital, implementando algumas escassas e tímidas reformas sociais, encerrou o seu ciclo com o processo de impeachment e afastamento de Dilma Rousseff da presidência da república, em 2016.Nessa direção, assumiu de maneira ilegítima Michel Temer, representando os setores mais conservadores e reacionários da sociedade brasileira. O governo de Temer tratou-se de uma restauração conservadora de um projeto político ultraneoliberal, assumidamente pró-capital, que visava resolver os impasses de acumulação e favorecer os interesses da classe dominante do país e aprofundar sua dependência junto ao capital internacional. O governo Bolsonaro, eleito em 2018, representa a radicalização e a ofensiva da política ultraneoliberal, com fortes ataques aos direitos sociais e às liberdades democráticas. A partir de 2019, as contrarreformas iniciadas pelo governo anterior foram aprofundadas, verificando-se a aceleração e intensificação de políticas que contribuem para o desmonte do Estado brasileiro. A situação da pandemia do novo Coronavírus no Brasil foi agravada devido à ação do Presidente da República que, junto a grupos de empresários, incentivou a população a desobedecer às medidas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Governo Federal fez recrudescer a desigualdade social, já tão profunda em nosso país, e tem empreendido esforços para estabelecer uma falsa normalidade em nome do lucro, negando a Ciência e banalizando as milhares de mortes que ocorreram no país. Ainda que o vírus tenha atingido diferentes estratos sociais, a pandemia desvelou a desigualdade brasileira. Os dados mostraram que a tragédia é maior para aqueles com menor poder aquisitivo da classe trabalhadora e para os negros.Este contexto pandêmico reforçou a necessidade e a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as suas áreas: de vigilância em saúde, de cuidado em todos os níveis, promoção, prevenção e pesquisa. Um SUS público, com acesso universal, 100% estatal, de qualidade, com financiamento efetivo, de forma a produzir as melhores respostas possíveis no enfrentamento da atual crise sanitária tem sido a luta dos Fóruns/Frentes estaduais e Frente Nacional contra a Privatização da Saúde.Apesar do atual contexto de dificuldades e complexidade, lutas, resistências e mobilizações estão ocorrendo. Atos nos diversos estados e municípios contrários à política do governo federal vem acontecendo. Na saúde, antes mesmo da pandemia, a Frente Nacional contra a Privatização da Saúde e seus diversos Fóruns estaduais têm cumprido um importante papel crítico. Na atual conjuntura de crise do capitalismo, o desafio é ampliar a luta coletiva, fortalecendo as lutas sociais e a organização das classes subalternas, na defesa da emancipação política, tendo como horizonte a emancipação humana, e um novo projeto societário anticapitalista.
#119 |
O Banco mundial e a incorporação de tecnologias no setor saúde
Alessandra Ribeiro de Souza
1
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Palloma Efigenia Quirino
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1 - Universidade Federal de Ouro Preto.
Resumen:
Em janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID como emergência de saúde pública e em 11 de março como uma pandemia. É importante destacar que a Pandemia se abate sobre o mundo em uma conjuntura marcada pelo aprofundamento das respostas do capital à sua crise estrutural que rasteja desde a década de 1970. Tais respostas se sustentam no tripé: neoliberalismo que fundamenta a ofensiva sobre os direitos sociais e a redução do Estado em ações e politicas voltadas aos trabalhadores o que tem por consequência, por exemplo, a conformação de serviços públicos de saúde precarizados e subfinanciados; na reestruturação produtiva que visa rebaixar o valor da força de trabalho com o objetivo de impulsionar a extração de mais valia e que tem decorrido na extinção de milhares de postos de trabalho e em vínculos cada vez mais frágeis; e na financeirização que foi a responsável pela expansão fictícia de capitais sem lastro na economia real que em um contexto de mundialização foi detonadora da crise de 2008(Marichal, 2010; Mészáros, 2011).Tais respostas são impulsionadas em países de economia periférica como o Brasil pela implementação de draconianos programas de “ajuste” fiscal propostas por organismos internacionais como o Banco Mundial (BM). Em sua origem conforme inscritos nos estatutos do BM, sua atuação deveria dar ênfaseao “capital produtivo”. Tal direção respondia a uma dupla injunção, a primeira referia-se à própria dinâmica da acumulação capitalista, que naquele momento e no quarto de século que se seguiu se centrava na esfera produtiva; e a segunda relacionada ao pensamento convencional da época, segundo o qual o crescimento econômico demandaria a eliminação de obstáculos e/ou a constituição de condições para o aumento da produtividade média, sob a forma de grandes inversões em capital físico (PEREIRA,2010, p.106).Atualmente, de acordo com Pereira (2021), realiza fundamentalmente quatro tipos de atividade: a) empréstimos e créditos para projetos e políticas; b) aconselhamento, assistência técnica e advocacia em favor de determinada agenda de políticas; c) pesquisa econômica especializada em todas as áreas do desenvolvimento; d) mobilização e articulação de agentes públicos e privados para iniciativas multilaterais globais.Ainda que os empréstimos e créditos para projetos constituam uma importante atividade desenvolvida pelo BM, é reconhecido o empenho ao longo de sua história em se forjar como um “Banco do Conhecimento” que, através dos dados e pesquisas que mobiliza, apresenta uma agenda politica e econômica sob uma aparente neutralidade (Pereira, 2021) utilizada para justificar e subsidiar as contrarreformas indicadas nos programas de Ajuste fiscal .No Brasil, a analise dos documentos de Estratégia de Assistência ao País (EAP’s), publicação nacional mais importante elaborada pelo Banco, indicou que todos osgovernos do período da redemocratização tem incorporado orientações que visam implementar um duro programa de ajuste fiscal e medidas como a privatização de setores estratégicos como o de telecomunicação que tem como consequência a ampliação da dependência.A implementação desses programas por décadas em um pais de economia periférica como o Brasil fizeram com que o país adentrasse à pandemia fragilizado pela debilidade de seu sistema público de saúde - ainda que seja importante ressaltar que o Sistema Único de Saúde(SUS) constitui um dos maiores sistemas público e gratuito do mundo -, com um alto contingente de desempregados ou subempregados que vinha se ampliando desde a contra reforma trabalhista de 2017 e submetido a um sistema de dívida pública que extrai grande parcela do fundo público e o destinada à esfera da financeirização.Em estudo anterior analisamos todos os documentos EAP’s e indicamos como sua atuação no Brasil tem tido como direção a implementação de umsistema de saúde público cuja universalidade deveria ser restrita ao sistema de atenção básica ou ainda limitado a uma “lista” de serviços e procedimentos enquanto os demais serviços e insumos de saúde deveriam ser ofertados pela rede privada. Essa concepção expressa o ideário neoliberal que compreende a saúde como uma mercadoria e que não deve ser acessível a todos como um direito. A implementação dos programas de ‘”ajuste fiscal” também impactam o investimento em ciência e tecnologia o que na atualidade tornam o país extremamente dependente de importação de tecnologias que acessam dados de toda a população que os utiliza com uma frágil politica de privacidade. Cabe ressaltar que o Banco incentivarou a privatização do setor de telecomunicação brasileiro reconhecido atualmente pelo próprio organismo como o país que conta com o serviço mais caro mundo.A Pandemia e as necessárias medidas de distanciamento adotadas levaram a uma aceleração da incorporação de tecnologia no âmbito da saúde pública brasileira.Foi durante esse período que o Ministério da Saúde autorizou, por exemplo, serviços de telemedicina, para permitir que profissionais de saúde principalmente os médicos façam consultas online e enviem prescrições médicas eletronicamente. De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI:Telemedicina, em sentido amplo, pode ser definida como o uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde, viabilizando a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde (ampliação da assistência e da cobertura), nos casos em que a distância é um fator crítico. Acesso, equidade, qualidade e custo são os principais problemas enfrentados pelos sistemas de saúde em nível mundial, numa realidade na qual a população se apresenta crescentemente longeva e o perfil epidemiológico se centra em doenças crônicas. Neste contexto, a telemedicina vem sendo vista como uma ferramenta importante para o enfrentamento destes problemas (ABDI, 2016, p.7). Ainda que a Pandemia tenha acelerado a incorporação da telemedicina, o Brasil já vinha elaborando estratégias de incorporação dessas tecnologias com apoio do Banco e de organizações que agregam entidades privadas do setor.Estudos recentes tem indicado questões que merecem ser aprofundadas como a capacidade dos sistemas e programas adotados no âmbito do SUS protegerem dados confidencias sobre a saúde dos usuários, o acesso da população que apresenta altos índices de exclusão digital, o custo dessa incorporação ao se importar tecnologia dentre outros. Nossa pesquisa pautada metodologicamente na analise documental buscou revisar os documentos elaborados pelo governo brasileiro a partir de 2016 bem como os documentos elaborados pelo Banco evidenciando a relação entre os mesmos.
#163 |
EBSERH: Solução ou venereação ao cavalo de Tróia?
Karolayne Góes
1
1 - IFPB.
Resumen:
O Estado tem centralidade na exploração do homem pelo homem, e compreender isso é também entender como o poder é exercido na história da sociedade. O objetivo principal deste trabalho é o de analisar o atual papel do Estado brasileiro na intensificação da precarização do trabalho e consequente adoecimento dos trabalhadores, especificamente, no Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL, situado em Natal, no Rio Grande do Norte. Para isto, delimitamos três objetivos específicos: investigar o papel do Estado no Modo de Produção Capitalista, analisar as particularidades da formação e atuação do Estado brasileiro e identificar como se expressam as atuais configurações da precarização do trabalho e o adoecimento para os profissionais do HUOL após a transferência da sua gestão para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH. Partimos do pressuposto de que a forma como o Estado brasileiro atende as necessidades de expansão do capital mundial, na atualidade, implica a perpetuação de sua submissão aos países de capitalismo central, por meio da adoção da política neoliberal, em que a proposta do Estado, de modernizar a gestão dos hospitais universitários, não passou de uma oportunidade para ampliar a política neoliberalista no país e desresponsabilizar o ente estatal da prestação direta dos serviços públicos e terceirizar tais serviços, bem como de desmoralizar o serviço público brasileiro e intensificar a precarização do trabalho, principalmente por meio da quebra da estabilidade do vínculo trabalhista dos novos trabalhadores do serviço público federal.Temos, portanto, uma clara evidência da mercantilização dos serviços públicos, que privatiza tais serviços em benefício da esfera privada, diminuindo o papel do Estado e maximizando as possibilidades de atividades lucrativas para o empresariado. Além do mais, a EBSERH criou, dentro dos HU’s, vínculos trabalhistas diversos: os trabalhadores terceirizados celetistas e o estatutário do quadro efetivo, o que submete os profissionais a direitos trabalhistas diferentes, ainda que o processo de trabalho seja exatamente igual. Para construção deste trabalho, pautamo-nos no método de interpretação da realidade crítico dialético, por entendermos que os acontecimentos no mundo dos homens devem ser explicados por meio da história e por compreendermos que a realidade social é dinâmica, contraditória e impermanente. Esta pesquisa é de caráter bibliográfico, documental e empírico, uma vez que nos referendamos por estudos bibliográficos de autores que discutem as categorias centrais de nossas análises: trabalho, Estado e adoecimento da classe trabalhadora. Utilizamos autores como Antunes (2005), Behring (2003) e Mandel (1985), além de estudiosos da área da psicologia social, respaldada na tradição marxista, a exemplo de Holzkamp (2016). No campo do sofrimento do trabalhador, decorrente da atual organização do trabalho, utilizamos o francês Dejours (2019), que considera o trabalho como fundante do gênero humano. O caminho metodológico do trabalho envolveu pesquisa documental que investigou documentos como o contrato de gestão firmado entre a UFRN e a EBSERH (contrato nº 055/2013), o acórdão 1520/2006 do Tribunal de Contas da União – TCU e o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE, do ano de 1995. Também realizamos uma pesquisa empírica, por meio de entrevista semiestruturada, com os trabalhadores do Hospital Universitário Onofre Lopes – HUOL, que contemplou indagações sobre a gestão da EBSERH e seus impactos no âmbito do trabalho do hospital. Nossa pesquisa foi de cunho qualitativo, o que nos remete a uma valorização do conhecimento científico que tem como matéria prima opiniões, crenças, valores, representações, relações e ações humanas e sociais sob a perspectiva dos atores entrevistados. Isto implica dizer que nossa interpretação considera, para além das falas propriamente ditas dos sujeitos, o contexto social em que eles estão inseridos. Destacamos que entrevistamos dois trabalhadores de cada categoria citada, exceto para o empregado da EBSERH que também é sindicalista. Ressaltamos, ainda, que entrevistamos uma gestora que trabalha na UFRN e que acompanhou o processo de transferência da gestão do HUOL para EBSERH, o que totaliza treze entrevistados. No que se refere ao tratamento dos dados coletados, optamos pelo uso da análise de conteúdo, em que, incialmente, reunimos e lemos todas as entrevistas realizadas e retomamos os pressupostos e os objetivos iniciais de nossa pesquisa. Posteriormente, analisamos e contamos os assuntos mais relatados nas entrevistas para, só então, agruparmos os dados por categorias de análise (processo de implantação da EBSERH na UFRN, diferenças dos direitos trabalhistas entre empregados e servidores públicos, condições objetivas de trabalho após a implantação da EBSERH, impactos subjetivos para os trabalhadores após a organização do trabalho pela EBSERH e a atuação dos sindicatos dos empregados e dos servidores públicos), o que viabilizou a interpretação das falas dos sujeitos, analisadas por meio da influência de estudiosos que compreendem o mundo do trabalho pelo viés da teoria critico-dialética. A intepretação dos nossos dados de pesquisa revelou que existe uma tendência estatal em quebrar a estabilidade do servidor público por meio das terceirizações dos serviços públicos, como forma de intensificar a dominação da classe trabalhadora e de flexibilizar o direcionamento do orçamento público para o capital financeiro. Nossas análises também revelaram os conflitos desencadeados pela convivência de trabalhadores com vínculos trabalhistas diferentes e, portanto, direitos trabalhistas diferentes, o que dificulta a gestão do trabalho e incita a competição entre a classe trabalhadora. Identificamos que a intensificação da precarização do trabalho no HUOL, hoje, não decorre apenas de vínculos trabalhistas diferentes, mas também devido a nova organização do trabalho executada pela lógica empresarial da EBSERH, intensificando a perda do sentido do trabalho e o adoecimento na classe trabalhadora do hospital, especialmente para os servidores públicos federais. Nossas considerações apontam para a progressiva perda de autonomia dos trabalhadores do serviço público, subjugados pela estrutura de poder do Estado brasileiro, e para o esfacelamento da real essência do trabalho: dar sentido à vida humana, através da construção de nossa identidade.
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Trabalho em saúde e alienação: as mudanças contemporâneas do trabalho e os impactos na Atenção Primária de Itaberaí
Caroline Silva da Luz
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Tereza Cristina Pires Favaro
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1 - Universidade Federal de Goiás.
Resumen:
Esta pesquisa, à luz do materialismo histórico dialético, analisa as transformações contemporâneas do trabalho e suas implicações para o trabalho em saúde na Atenção Primária em Itaberaí, município goiano, localizado a 95km da capital do estado. A Atenção Primária à Saúde (APS) é entendida como a porta de entrada do SUS e definida como um conjunto de ações de saúde, individuais e coletivas, que direcionam ações de saúde para promoção, proteção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e redução de danos, a fim de desenvolver uma atenção integral a saúde individual e coletiva. Pensada como o primeiro contato da população usuária com a rede assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS) pautada na integralidade, justificando, portanto, a necessidade de reorganização do processo de trabalho, pautado na autonomia, na qualificação, no diálogo e na troca de saberes. Marx no ensina que por meio do trabalho, o ser social está em constante transformação, cria e modifica a natureza de acordo com as suas necessidades humanas. Por meio do trabalho, o ser social está em constante transformação, cria e modifica a natureza de acordo com as suas necessidades humanas. Entretanto, Max também recorda que sob a égide capitalista, o trabalho se apresenta como forma de manutenção da vida para a exploração e extração da mais valia à medida que atende os interesses do capital e contrapõe aos dos trabalhadores, no qual o(a) trabalhador(as) não tem suas potencialidades consideradas, sendo considerado pelo capital como uma mercadoria, que agrega valor de uso ao capital. Aí se configura a alienação, quando o(a) sujeito(a) tem o objeto do trabalho expropriado; o capitalismo suga a força de trabalho, apresentando-se como manutenção da vida para exploração e extração de mais valia, associando o trabalho a um processo obrigatório, mecanizado, operacional, sem autonomia. Em tempo de crise e da reestruturação produtiva, o que se percebe é uma exacerbação da intensificação, exploração e alienação, atravessada pela redução da força de trabalho especializada, o aumento de produtividade, organização do trabalho que reforça as relações verticalizadas, além da ausência de diálogos e espaços democráticos para reflexão crítica do processo de trabalho, o que, de acordo com Antunes e Praun (2015) acarreta em alta incidência de acidentes de trabalho, lesões osteomusculares e transtornos mentais, sem negar a possibilidade do óbito do/a trabalhador/a. Em um contexto em que o Estado se mostra mínimo na prestação dos serviços públicos e no atendimento das demandas da classe trabalhadora ao não assegurar proteção social, a APS vem assumindo um modelo assistencial fragmentado, predominantemente biomédico, somado a um modelo gerencial, ao qual intensifica o trabalho na produtividade e na lógica do desempenho que sedimenta a alienação. Portanto, o objetivo do estudo foi analisar as transformações contemporâneas do trabalho e suas implicações para o trabalho em saúde na Atenção Primária em Itaberaí, bem como os elementos sócio-históricos e as contradições que por ele perpassam. Trata-se de estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, e o procedimento metodológico articula revisão bibliográfica, pesquisa documental e de campo envolvendo trabalhadores/as vinculados/as a APS de Itaberaí que aceitaram participar do estudo assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e responderam às perguntas de um formulário enviado via Google forms, respeitando assim, as orientações das autoridades sanitárias de distanciamento físico por conta da Covid-19. A investigação desenvolvida possibilitou a pesquisadora empreender uma reflexão sobre o trabalho em uma conjuntura de aprofundamento do projeto neoliberal e de ofensiva contra os direitos sociais historicamente conquistados pela classe trabalhadora. Os resultados obtidos evidenciaram a intensificação, a exploração e a alienação presentes no trabalho, e, ainda, gerador de sofrimento e adoecimento nos/as trabalhadores/as da Atenção Primária à Saúde itaberina, orientações que confrontam os princípios do Projeto de Reforma Sanitária e do Sus e suas concepções coletivas e universais de saúde. A ausência de espaços democráticos impossibilita a reflexão crítica sobre os desafios cotidianos do trabalho, pois tais espaços são indispensáveis para o desenvolvimento da autonomia, o fortalecimento das decisões compartilhadas, e a valorização dos/as trabalhadores/as. As situações causadoras de insatisfações decorrem da intensificação do trabalho, aumento de demandas, atribuições e metas, associadas a redução de pessoal e dos direitos trabalhistas, o que leva a insatisfação profissional. Assim, as condições objetivas e subjetivas do trabalho impactam no desenvolvimento da atividade profissional e identificação do/a trabalhador/a, o que leva a um processo de frustração, que suscita a um sentimento de tristeza, impotência e insatisfação com o trabalho, que perde a concepção emancipatória e garantidora da satisfação das necessidades humanas. Essa organização do trabalho que intensifica e aliena, traz vivências de adoecimento, desmotivação, sofrimento, assim como indiferença por parte desses/as trabalhadores/as, ao qual entendem o trabalho como estranho, sem reconhecimento e desumanizado. Desse modo, foi possível empreender uma reflexão sobre as mudanças contemporâneas no trabalho e suas implicações na APS de Itaberaí, bem como apreender como as contradições se apresentam nesta realidade, no movimento do real, tendo em vista que tais mudanças contemporâneas, ditadas pelo atual estágio do capitalismo, diante da intensificação do trabalho e exploração da força de trabalho, torna o trabalho como algo mecanizado e alienado.
14:00 - 16:00
Eje 4.
- Ponencias presenciales
4. El uso del espacio
#086 |
Ambiente, distanciamiento social y regulación de relaciones sociales
Resumen:
Ambiente, distanciamiento social y regulación de relaciones sociales Lic. Nicolás RivasEl pensamiento y la acción higienista, en el caso de argentino y como parte predominante del pensamiento positivista de la época, desplegó a fines del siglo XIX sus saberes teóricos y procedimientos metodológicos y lo hizo desde un posicionamiento que superase el oscurantismo religioso, sus concepciones y prácticas: liberales, reformistas, científicos por un lado y católicos por otro. El abanico ideológico que se presentaba como separado y enfrentado en el terreno de las disputas a los nacientes derechos de los trabajadores, por ejemplo, se volvía un solo bloque a la hora de enfrentarse a las ideas clericales. Un ejemplo de ese conflicto y desde el ámbito de la educación, se puede comprender por la expulsión del representante del Papa en argentina en el año 1884. Julio Argentino Roca defiende a su ministro de Justicia, el médico higienista Eduardo Wilde, que había sido criticado por otro religioso de menor envergadura que el Vicario, por designar maestras protestantes en una escuela de mujeres de la provincia de Córdoba (Mauro). Resultaba ya necesario avanzar en dirimir esas tensiones en disputa desde perspectivas teóricas y políticas diferentes. Este texto tomará como referencia de reflexión los inicios de la “visita domiciliaria” en la ciudad de Buenos Aires, Argentina, en el marco de la ofensiva del pensamiento positivista de fines del siglo XIX. En aquel tiempo, la Sociedad de Beneficencia creada por Bernardino Rivadavia y gestionada por un grupo de mujeres, ya daba señales de dificultades en el abordaje de las nuevas y complejas problemáticas donde intervenía. Será desde el concepto de
ambiente, considerado como condiciones sociales y naturales que tienen relación con el
otro que este escrito se estructurará.
En esa línea, el
distanciamiento social que se impuso e impone en este tiempo de pandemia también es visto como parte de una reactualización de las cuestiones de la higiene, ya en un marco de desaparición de pensamiento positivista, pero con resabios vigentes que operan en la vida cotidiana de las personas.Una de las características del higienismo es su capacidad de reciclarse y el
distanciamiento social fue y es un ejemplo de ello, imponiendo su costado más invisible: la naturalización de las desigualdades sociales en el escenario del desarrollo capitalista. Comprobado está que, hasta ahora y por fuera de las vacunas, lo único que impide que el virus se transfiera de persona a persona es la distancia. Pareciera que esa
distancia es un acto solamente voluntario cuya responsabilidad recae solo en la autonomía del sujeto y sus decisiones. Y si bien hay un marco inicial de la propia decisión, la imposibilidad de hacer efectiva esa distancia no puede achacarse (solamente y de manera punitiva) a actitudes individuales, tanto por las cuestiones habitacionales y de territorio como por la necesidad de no poder cumplir el aislamiento porque resulta imprescindible generar ingresos para la reproducción social. Por fuera de esta caracterización o en una zona poco delimitada de manera clara, quedan las personas que, por propia decisión y fundamentando su autonomía en la no injerencia del Estado y en su libertad individual, militan contra las campañas de vacunación (Stefanoni, Pablo). Hoy, en un momento que pareciera de retirada de la pandemia, las instituciones asistenciales y sanitarias ponen de manifiesto la fragilidad que ya tenían. Y, al tiempo que la pandemia lo evidencia, también nos interpela en esa supuesta normalidad del pasado que pareciera que es el lugar del retorno al que no se quiere volver. Estamos recorriendo un camino que, aunque queramos renunciar a la búsqueda de su salida para adelante, ir para atrás lo convierte en laberinto.
Incertidumbre es la palabra para definir este tiempo institucional. En el campo de las disciplinas cuyo eje está centrado en el contacto con el otro y el contexto, la división de trabajo dejó afuera a aquellos que pusieron el cuerpo, de modo literal, en aquella coyuntura: médicos, enfermeros, trabajadores sociales, camilleros, maestros, etc. El cuerpo pierde su carácter simbólico al tiempo que se potencia como límite.
La práctica de trabajo remoto o a distancia da cuenta de un proceso de degradación y de resignificación con beneficios también inciertos: psicólogos
sin cuerpos de pacientes, Trabajadores Sociales
sin ambiente y docentes
sin aulas ni estudiantes presentes. Al tiempo que el trabajo a distancia se hace eficiente en la relación laboral empleado / empleador / población, esa misma situación laboral se debilita en su condición de trabajador
solitario. En la lógica de maximización de ganancias, solo se pone de manifiesto su nueva condición de prescindible. Mayor desocupación, más informalidad laboral, más pobreza: lo que se agrega a este ya excluyente modelo capitalista es el proceso de
uberización que crece día a día. Sostenemos que resultaba posible y necesario operar en el ambiente de esos otros para que algo se modifique y que resulta necesario hacerlo de modo presencial. Como señala John Dewey, el ambiente no es sólo aquello exterior al sujeto, sino
que “consiste en aquellas condiciones que promueven o dificultan, estimulan o inhiben las actividades características de un ser vivo”. En términos macrosociales el resultado de la relación de fuerzas políticas impondría el sentido de esas modificaciones que, en los últimos 50 años de nuestra historia, marcan el crecimiento de las desigualdades sociales. En el nivel microsocial también está ese ambiente y dialoga de forma directa con la intervención del Trabajo Social: esa regulación opera sobre esos resultados de procesos de relaciones sociales desiguales y
también sobre mecanismos de integración en un marco de reducción de padecimientos mediante condiciones que mejore la accesibilidad y la cobertura a derechos sociales (Ferrara)
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#106 |
Investigación territorial en Pandemia. Propuesta teórico-metodológica, Reflexiones y Desafíos
Mario Catalán
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Yerko Toledo
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Flavia Giusto
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1 - Universidad Viña del Mar.
Resumen:
La siguiente comunicación plantea una reflexión teórico-metodológica al ejercicio de investigar del Proyecto de Investigación de la Universidad Viña del Mar: Protagonismo comunitario en el desarrollo de tácticas y estrategias socio-territoriales para la gestión de pandemia COVID-19 en contextos de vida cotidiana en emergencia en la ciudad de Viña del Mar, el cual tiene como objetivo analizar las tácticas desarrolladas por actores sociales en contextos territoriales para la gestión de la pandemia COVID-19, en relación a las estrategias desarrolladas desde el Estado. El proceso de investigación se sitúa desde la perspectiva teórica de Vidas Cotidianas en Emergencia (Reyes, Arensburg y Póo, 2016), considerando para el análisis la distinción que realiza De Certeau (1990) entre estrategia y táctica para desarrollar las concepciones de resistencia y poder.La investigación se posiciona desde las metodologías cualitativas, recurriendo a fuentes secundarias, mediante el análisis de contenido de documentos (López, 2002) y, fuentes primarias, con el uso de entrevistas en profundidad (Alonso, 2003) a dirigentes sociales, profesionales de salud y profesionales municipales, así también se realizan Jornadas Cartográficas Expresivas, donde participan representantes de los tres actores señalados. La información producida se procesa desde el Análisis de Contenido (Cáceres, 2003).La propuesta de las Jornadas Cartográficas Expresivas (JCE), se realiza a partir de la articulación teórico-metodológica de los Encuentros Creativos Expresivos (Scribano, 2013) y la Cartografía Social (Diez, 2018). Lo anterior, se posibilita a partir del posicionamiento epistemológico desde los Conocimientos Situados (Haraway, 1995), toda vez que propone situar la construcción del conocimiento en los contextos particulares, donde las “encarnaciones (y visiones) en las que la posición desde la cual se “mira” define las posibilidades de lectura y acción” (Montenegro & Pujol, 2003, pp. 303-304). En este sentido, se adscribe a la noción de territorio desarrollada por Sosa (2012), el cual considera que éste es más que un espacio físico de un sector determinado, sino que se establecen relaciones sociales, que generarían grados de pertenencia(s) e identidad(es), configurándose como espacios construidos socialmente en la articulación de dimensiones eco-geo-antrópica, política, social, económica y cultural. Estas dimensiones se proponen representar en mapas de las JCE, donde dicho dispositivo metodológico desde la representación gráfica del territorio, busca visibilizar las subjetividades de los y las participantes, como también dar cuenta de la expresividad en relación las estrategias y tácticas de gestión de pandemia. En este sentido, se comprende la expresividad siguiendo a Scribano (2013) quien señala que es una forma de explicitar y analizar las prácticas sociales a las cuales se refiere, como una práctica discursiva dialógica que se articulan con otros/as. En este sentido, las JCE se desarrollan a partir de elaboraciones plásticas, puesto que “el hacer participar en la elaboración, interpretación y/u observación de las expresiones plásticas a los sujetos, involucra retomar los cruces (olvidados y negados socialmente) entre lo estético y la (con)figuración de lo social” (Scribano, 2013, pág. 88), entendiendo a su vez que la estética es una forma de la expresividad humana que da cuenta de las diversas prácticas de los/as participantes a partir de la elaboración de mapas, donde este se vuelve un texto del territorio de poder de lo representado (Diez, 2018).El proceso e implementación de la experiencia de investigación social llevado a cabo, se inscribe en un marco histórico, sanitario, político, sociocultural y económico que afecta, condiciona e impacta su ejecución. Producto de lo anterior, el desarrollo de la investigación se entiende como un ejercicio situado, de acuerdo con lo señalado por Sandoval (2013), ya que la producción de conocimiento se inscribe como una práctica social elaborada en contextos, como acción situada, que es producto de un trasfondo corporal e histórico que articula saberes y prácticas, junto a artefactos, espacios y tradiciones en escenarios de la vida cotidiana. En este sentido, la experiencia investigativa se encuentra enmarcada en diversos escenarios, que responden a los marcos institucionales y, los cambios observados en el escenario político-institucional.Con relación al contexto institucional, este se caracteriza por dinámicas burocráticas signadas por el alto nivel de formalización de los procedimientos internos (Martínez, 2006), que generan temporalidades distintas a los procesos comunitarios y, al desarrollo de la investigación. Además, es necesario considerar el escenario político nacional de proceso constituyente y de cambio de gobierno local, donde en este último, fue posible realizar entrevistas a actores institucionales relevantes de la administración anterior, desde la Dirección de Desarrollo Comunitario como también, en la atención directa, que asumieron una labor significativa para dar respuesta a necesidades y problemas sociales emergentes en pandemia. Los cambios enunciados se extendieron al área de salud local, lo cual afectó la apertura del campo de investigación en salud, retrasando significativamente el proceso de producción de información. A su vez, la alta demanda de los equipos de salud, sumado a los cambios y ajustes observados en los CESFAM, para hacer frente a la atención de personas, asociada a COVID-19; junto al proceso de vacunación y el desgaste de los equipos de salud primaria; limitaron las posibilidades del trabajo de campo durante el año 2021, retomándose el 2022, mediante las diversas gestiones realizadas por el equipo investigador, recurriendo a canales formales como también, a los vínculos institucionales, para lograr la apertura al desarrollo de entrevistas y jornadas.A pesar de las dificultades vividas, el uso de fuentes secundarias, sumado al vínculo construido con dirigentes/as en los territorios de Chorrillo y Santa Inés, contribuyó a avanzar en la producción de información, contrarrestando de esta manera, las limitaciones antes mencionadas. Los cambios observados en materia sociosanitaria, traducidos en mayor apertura y presencialidad, constituyéndose en un escenario favorable para desarrollo de las JCE, las cuales permitieron el encuentro de actores participantes. En conclusión, en el oficio de investigar en el ámbito territorial-comunitario, es necesario considerar tres aspectos fundamentales: la capacidad de adaptación del equipo de investigación, en relación a los contextos; la flexibilidad y articulación de los dispositivos de investigación y los desafíos de la gestión, considerando las diversas temporalidades institucionales, académicas y comunitarias. Esto último, un aporte del Trabajo Social, asociados a la gestión de proyectos de investigación.
#126 |
Hora de “pasar la manada”: expropiaciones socioterritoriales en tiempos de emergencia sanitaria
Gabriela Lema
1
1 - Universidad Federal de Rio de Janeiro.
Resumen:
En este trabajo nos proponemos abordar las experiencias de algunos movimientos socioterritoriales y sus procesos de resistencia ante la intensificación de la expropiación territorial, de áreas urbanas y rurales, durante la emergencia sanitaria en Brasil. El presente trabajo es parte de investigaciones y acciones de extensión que desarrollamos durante nuestra trayectoria como docente investigador en la Universidad Federal de Rio de Janeiro y en este sentido atribuimos parte de sus contenidos y reflexiones al trabajo colectivo realizado con colegas y alumnos de graduación y pos graduación sin los cuales no tendríamos los avanzos necesarios para desarrollar los argumentos aquí presentados. La depredación de territorios ocupados por poblaciones llamadas de “tradicionales”, en particular por las remanecientes etnias indígenas y el sistemático exterminio de sus habitantes, no es un tema nuevo ni particular de Brasil. El genocidio indígena data de la llegada europea al continente y sus históricas y repetidas embestidas contra todas las formas de vida existentes. También es común para todos los pueblos de las américas que a partir de ese momento y en cada ciclo histórico de acumulación de riquezas nuevos embates contra los legítimos ocupantes de los territorios fueron efectuados teniendo como principal actor a los modernos estados coloniales. En todo el territorio brasilero la rapiña y el exterminio también afectan a otros grupos sociales que históricamente producen su sustento de los ecosistema que habitan, quilombolas (territorios habitados por descendientes africanos esclavizados que huían de los señores terratenientes o como única opción de sobrevivencia después de la abolición de la esclavitud), quebradoras de coco (poblaciones que se sustentan de la venta o intercambio de la pulpa del fruto de una palma llamada de “babaçu”), pescadores, pequeños y medios agricultores, entre otros. El siglo XXI se inicia con la retomada de un viejo y conocido ciclo productivo, que coloca Brasil, así como la mayor parte de los países de América Latine y el Caribe como exportadores de productos primarios, minerales y agropecuarios, explotados por grandes multinacionales que negocian con los gobiernos de la región condiciones muy favorables para sus negocios. A este proceso de reprimarización de las economías, particularmente aquellas mercancías transformadas en
commodities en la actual fase financierizada de la economía mundial, debe agregarse la codicia por mayores y mejores tierras, ya sea para el cultivo de granos, la pecuaria o la extracción de minerales. Estas tierras, algunas de las cuales legalmente constituidas en reservas ambientales, localizadas en su mayoría en el Amazonas brasilero, son territorios habitados por poblaciones indígenas, algunas totalmente aisladas de cualquier contacto con otras poblaciones, y que se han visto invadidas por expropiadores privados con el beneplácito estatal. Aunque esta situación no es nueva, ni exclusiva al actual gobierno, los datos demuestran que desde el golpe jurídico parlamentar contra la presidenta Dilma Ruseff (2016) el aumento de ataques y depredaciones a los territorios indígenas, a las tierras ocupadas productivamente por el Movimiento de Trabajadores Rurales, inclusive aquellas en proceso de regularización de registro, y de pequeños agricultores, tuvieron un considerable aumento. Para esto se construyó una alianza entre la bancada ruralista parlamentar y el poder ejecutivo, anulando las funciones de control y fiscalización de los órganos públicos encargados de la protección indígena y de los ecosistemas, en especial el Instituto brasilero de medio ambiente y recursos naturales renovables (IBAMA) y el Instituto Chico Mendes para la conservación de la biodiversidad (ICMbio).En el contexto de prácticas gubernamentales ultraconservadoras, de evidentes expropiaciones de derechos sociales a través de la implementación de cortes y límites a los gastos sociales (educación, salud, jubilaciones, vivienda, asistencia), contrarreformas a las leyes que reglamentaban el trabajo y la seguridad social y el “negacionismo” exacerbado, que ha intentado substituir la ciencia por interpretaciones bíblicas, inclusive como forma de conducir las intervenciones de organismos y políticas de Estado, los retrocesos se agravaron con la crisis sanitaria del SARS COVID 2.La emergencia sanitaria, mismo tratándose de un factor exógeno a la crisis social, económica y política que atravesaba el país, fue utilizada como una oportunidad por parte del gobierno Bolsonaro, que no titubeó en avanzar con las actividades ilegales como la desforestación en el Amazonas y entrada de mineros armados en áreas de preservación donde viven poblaciones indígenas extremamente vulnerables a los efectos del virus. “Es hora de pasar la manada” expresó el Ministro de Medio Ambiente en plena reunión ministerial, sin percibir que estaba siendo gravado.En ámbito urbano, principalmente las megalópolis brasileiras que actuaron como puerta de entrada del virus y de su rápida propagación, en relación directa con las condiciones de hacinamiento en que vive una parte significativa de la población, no casualmente la misma que mayoritariamente utiliza los medios de transporte público siempre abarrotados, también se intensificaron los ataques a los derechos humanos y sociales de los habitantes urbanos empobrecidos. Allanamientos, ejecuciones, prisiones y desalojos en aumento agravaron la letalidad de la pandemia. Analizaremos algunas de las principales formas de resistencia organizadas e implementadas por las poblaciones más hostigadas en un contexto de avanzo de las expropiaciones primarias y secundarias, que colocan en riesgo la existencia social en su totalidad (Fontes, 2010). APIB - Nossa luta é pela vida; Comisión Nacional para la Vida y la Memoria Indígena Noviembre de 2020- APIB_relatoriocovid_v7ES.pdf - http://www. emergenciaindigena. apiboficial.info, en 20/3/22CPT. Mapa dos Conflitos, 2022 https://apublica.org/mapadosconflitos/ en 26/4/22 GOULART, Débora Cristina. O anticapitalismo do MTST, Tese de Doutorado, UNESP-Marília, 2011. FONTES, Virgínia. O Brasil e o capital imperialismo: teoria e história. / Virgínia Fontes. - 2. ed. Rio de Janeiro: EPSJV/Editora UFRJ, 2010. ________________. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 130, p. 409-425, set./dez. 2017 409 http://dx.doi.org/10.1590/0101-6
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O Serviço Social nas políticas habitacionais em tempos de pandemia no Brasil
Edenilza S. Cesário
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Francine Helfreich Coutinho dos Santos
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
O texto propõe a analisar dos desafios para o trabalho de assistentes sociais no âmbito da política habitacional na cidade do Rio de Janeiro, problematizando sobre as questões que incidem no cotidiano profissional frente ao contexto da pandemia. Este trabalho é produto de uma pesquisa bibliográfica assim como as observações oriundas do exercício profissional. Seu objetivo é compreender como o profissional constrói estratégias diante das questões que lhe são apresentadas na “nova” dinâmica institucional produzida pelo contexto de crise e pandemia. Do ponto de vista metodológico, as reflexões e análises são sustentadas em uma abordagem de natureza qualitativa, utilizando-se de pesquisa documental e bibliográfica para a sua elaboração.A sequência de mudanças na sociedade fomentadas pelo neoliberalismo e pela reestruturação produtiva, que tem como princípio reerguer os níveis de acumulação e concentração do capital, desencadeou inúmeras transformações que afetaram o mundo do trabalho, de maneira que o Estado executa as políticas sociais. Nesse bojo, há um processo de agravamento da questão social, onde há a
“precarização do conjunto das condições de vida maioria da população brasileira, quadro esse agravado com a retração do Estado em suas responsabilidades sociais, justificada em nome da crise fiscal” (Iamamoto: 2009, p. 9). Partindo da premissa que o Serviço Social tem como principal objetivo intervir na
“questão social apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura” (p. 27), todo esse processo traz repercussões para o fazer profissional. A crise sanitária brasileira ocasionada pela pandemia do Coronavírus (COVID-19) auxiliou a intensificação das manifestações da questão social. O governo brasileiro, sempre pronto para atender as necessidades do capital, não enfrentou a pandemia no seu início. Com isso, ampliou o número de infectados, empurrando o país para a maior tragédia da saúde pública com mais de 600 mil mortes. O momento exige investimentos em saúde pública, financiamento maior em ciência e tecnologia, crédito a micros e pequenos empresários e redistribuição de renda para as populações mais empobrecidas. O presidente Jair Bolsonaro até o momento continua apostando no negacionismo e sabotando o combate à epidemia, o que levou a sua denúncia na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e no Tribunal Penal Internacional, além de receber muitas críticas dentro e fora do Brasil.As condições de vida deterioram rapidamente, em grande medida como consequência de ações e omissões de governantes negacionistas: a saúde entrou em colapso, sem estrutura e equipamentos para atender as vítimas da pandemia, o impasse na garantia de vacinas para todos; desemprego; fechamento de empresas; renda insuficiente, situação agravada pelo fim do auxílio emergencial[1]; destruição do meio ambiente, do patrimônio público, de estruturas garantidoras dos direitos sociais e dos próprios direitos sociais e do trabalho. A crise que perpassa a economia brasileira desde o final de 2014 e que, desde então, produziu cerca de 20 milhões de desempregados associada à retração dos investimentos nos programas habitacionais a destacar o fim do Programa Minha Casa Minha Vida[2], trouxe repercussões importantes na Política Habitacional. Na esteira do abrupto ajuste fiscal realizado durante o curto segundo mandato de Dilma Roussef e aprofundado durante os governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, contribuiu para o acirramento das desigualdades socioespaciais e da consequente favelização nas cidades brasileiras. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o déficit habitacional entre 2015 e 2017 foi acrescido de 220 mil imóveis atingindo 7,78 milhões de unidades habitacionais.Nesse cenário, o assistente social vivencia as contradições da atual conjuntura: se por um lado experimenta situações de sujeição ao Estado (principal empregador da categoria) que reduz gastos investimentos e políticas sociais, do outro lado tenta viabilizar acesso aos direitos sociais conquistados. O trabalho do assistente social na política habitacional no Brasil se propõe a desenvolver ações de planejamento, execução e acompanhamento dos programas e projetos habitacionais, e na atual conjuntura o profissional que atua na área é desafiado diante das novas exigências impostas, as quais implicaram em diminuição de postos de trabalho, contratações com vínculos trabalhistas precários, polivalência e a própria reorganização do seu fazer profissional; o que leva a profissão experienciar antigos dilemas que são reatualizados: poucos recursos e muita demanda, persistindo os traços conservadores nas requisições profissionais e formas opressivas de gestão da cidade. Quanto às particularidades do período pandêmico, diante da necessidade do isolamento social, a lavagem das mãos, o uso de máscaras, dentre outras ações de enfrentamento à disseminação do coronavírus, fez como que a categoria profissional se deparasse como questões elementares: a falta de uma moradia ou de uma moradia adequada com espaço para o distanciamento, com acesso à água, por exemplo, dificultava que parcelas significativas da população fizessem o tão necessário isolamento social. O que foi possível constatar que quem mais sofreu nesse período foi a população que mora nos espaços mais pauperizados da cidade Partindo dessas reflexões ainda de caráter propedêuticas, o que se pode perceber quanto aos desafios do trabalho profissional na habitação é que no período de mais intensificação do isolamento, os profissionais buscaram alternativas distintas para não romper os vínculos com a população e buscaram a internet como ponto de elo entre os sujeitos atendidos. Tal estratégia explicitou que muitas pessoas ainda não possuem acesso e conhecimento sobre o uso da Internet. Segundo uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), em 2020, 14% da população nunca teve contato com a internet, e que nas classes sociais D e E, apenas 67% têm acesso à internet. A pandemia ampliou o trabalho de assistentes sociais na política habitacional da cidade do Rio de Janeiro, tendo em vista que, além das famílias que já eram atendidas nos equipamentos públicos, muitas pessoas, em decorrência do desemprego, passaram a buscar os serviços sociais. Nesse cenário, o trabalho do assistente social é demandado a ser repensado e construir novas estratégias coadunadas com a direção social referenciada no projeto ético-político da profissão.[3] Para tanto, impõe-se uma agenda de mais participação política de assistentes sociais nos Congressos, mais diálogos e trocas de experiências, mais processos de capacitação continuada, envolvimento com espaços coletivos que contribuam para a afirmação de uma prática profissional alinhada com a afirmação dos direitos humanos e para a superação de referências conservadoras no trabalho profissional. [1] O auxílio emergencial benefício de renda mínima aos brasileiros em situação mais vulnerável durante a pandemia do Covid-19.[2] O Programa Minha Casa Minha Vida foi uma política pública criada em 2009, durante o segundo mandato do ex-presidente Lula da Silva. O objetivo foi subsidiar a aquisição de moradia própria para famílias de baixa renda e oferecer financiamento imobiliário a juros baixos para famílias com renda até R$ 9000,00. [3] O Projeto Ético Político Profissional do Serviço Social brasileiro é um conjunto de diretrizes norteadoras da formação e da intervenção profissional dos assistentes sociais que se alinham à possibilidade histórica de superação da ordem social capitalista e do conjunto de opressões socioculturais que dela fazem parte.
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INVISÍVEIS E INDESEJADOS: POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA, ESPAÇO URBANO E COVID-19 EM ARACAJU-SERGIPE/BRASIL
VANIA CARVALHO Santos
1
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Maria de Lourdes Barros AVELINO
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1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE.
Resumen:
O uso do espaço urbano é permeado por disputas de variadas dimensões. Há convívio desigual nos territórios, que ultrapassam o concreto e engloba os caminhos percorridos pelos sujeitos, dentre esses a população em situação de rua, que faz parte de uma dinâmica emaranhada de negação dos direitos de corpos desabrigados e fora da normalidade padronizada. As pessoas que vivem em situação de rua fazem parte de um grupo populacional heterogêneo, embora apresentem aspectos em comum (Ex.: pobreza extrema, vínculos familiares fragilizados/interrompidos, inexistência de moradia convencional regular, uso dos logradouros públicos e áreas degradadas para moradia, trabalho e realização de atividades cotidianas, temporariamente ou permanente, utilizam unidades de acolhimento para pernoite ou moradia provisória), características que as deixam mais expostas a situações de vulnerabilidades sociais do que outros extratos populacionais. A saúde e assistência social se destacam dentre as políticas públicas que atendem essa população vulnerabilizada historicamente, onde a crise sanitária acentuou a decadência econômica e social capitalista em curso. A política de saúde funciona através do Sistema Único de Saúde (SUS) no território nacional, sendo regionalizada e descentralizada entre os entes federativos e por níveis de complexidade crescente (atenção primária, secundária e terciária). O Consultório na Rua faz parte da atenção primária e realiza o cuidado em saúde no território dos usuários, cumprindo os princípios do SUS (universalidade, integralidade e equidade), através de ações de redução de danos e articulações intra e intersetoriais. A pandemia da COVID-19, alterou as formas de conviver em sociedade e os cuidados que devem ser adotados para preservação da vida. Os impactos dessa crise sanitária extrapolam os âmbitos da biomedicina e da epidemiologia, interferindo nos aspectos socioeconômicos, políticos e culturais da sociedade. O IPEA estima que em 2015 houvesse 101.854 pessoas em situação de rua, já em 2020 com a COVID-19, houve o crescimento para 221.869 sujeitos sem proteção estatal e garantia de acesso aos direitos sociais. A depender dos projetos de sociedade adotados pelos governantes dos países, as medidas de distanciamento social podem ganhar um caráter de afrouxamento ou endurecimento, resultando no crescimento sinalizado em solo nacional. O contexto de desigualdade social vigente no sistema capitalista evidencia as dificuldades de acesso ao cuidado em saúde ou na manutenção do distanciamento social sem que haja o comprometimento dos meios de sobrevivência dessa população. Esta pesquisa teve como objetivo precípuo a análise do cuidado em saúde prestado pela da equipe do Consultório na Rua em Aracaju-Sergipe/Brasil, enquanto componente da atenção primária à saúde que assumiu um papel preponderante na assistência às pessoas em situação de rua durante o primeiro ano de vigência da pandemia. Enfatizando que esta atuação é uma das formas de minimização das vulnerabilidades enfrentadas por esse público, mas ainda assim insuficiente devido se tratar de um cenário de crise sanitária inclusa na decadência estrutural do capitalismo. Pesquisa decorrente da atuação como assistente social residente em saúde mental do HU/UFS no Consultório na Rua. A vivência proporcionou a partilha e construção de conhecimento com os trabalhadores no desafio cuidar em saúde e possibilitar o aceso a direitos sociais básicos a essa parcela da população brasileira historicamente que é colocada à margem da sociedade, não apenas numa realidade pandêmica, visto a disputa territorial existente nas cidades e o entrecruzamento de intenções sobre a ocupação e utilização das ruas. A pesquisa foi qualitativa exploratória com esses resultados: sexo masculino (70%), heterossexuais (89%), jovens e adultos (30% na faixa etária de 25 a 34 anos), concluíram o ensino fundamental (76%), não são alfabetizados (14%), cursaram o ensino médio (8%) e curso superior incompleto (1%). A motivação de estar nas ruas: não informaram (47%), uso de álcool e drogas (36%), conflitos familiares (10%), uso de SPAs e conflitos familiares (3%). Vínculos familiares rompidos (47%) ou fragilizados (40%); sobre trabalho e renda: não informaram (32%), artesãos (10%), guardadores de automóveis (9%), construção civil (9%). As condições de saúde: (84%) não possuem doenças crônicas, doenças infectocontagiosas (7% com tuberculose, 7% HIV/AIDS e 1% com Sífilis). Acesso ao Consultório na Rua: 50% abordagem, 23% demandas espontâneas, 19% via equipamentos da assistência social, 6% pelo Projeto Redução de Danos e 2% via outros serviços; 81% não recebem benefícios sociais, 9% recebem bolsa família, 6% benefício de prestação continuada e 1% auxílio doença. Os números versam sobre atendimentos individuais e articulações com a política de saúde, assistência social, poder judiciário, defensoria pública ou cartórios, com realização de 2.545 atendimentos – 539 na sede administrativa e 2006 nos territórios. A atuação ocorre de forma integrada aos outros equipamentos das políticas sociais, ocorrendo 300 articulações – 157 intrasetoriais e 143 intersetoriais. As principais demandas foram: dores em geral, falta de ar e crises asmáticas, tosses, corizas, ausência de olfato e paladar, diarreia, febre, suor frio, vômito, dificuldade para caminhar, desidratação, cansaços, indisposições, ferimentos, dermatite de contato, infecções fúngicas, falta de apetite, realização de testes rápidos para detecção de ISTs, consultas pré-natal e puerperais e puericultura, consultas médicas, exames citopatológicos, uso de contraceptivos, dúvidas e queixas ginecológicas dispensação de medicamentos e renovação de receitas, diabéticos e hipertensos, pessoas com deficiência, queixas psicossociais, queixas urológicas, consultas com especialistas. Demandas para emissão relatório, inserção em abrigos emergenciais, segunda via de documentos (Cartão do SUS, Carteira de Identidade, Certidão de Nascimento). Atuação durante a COVID-19 segue recomendações dos organismos nacionais e internacionais e diretrizes ligadas à promoção de direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais, articulação e integração de políticas no governo e sociedade civil, respeitando os territórios e aproveitamento potencialidades. Busca-se construção do diálogo inter/intraredes para compartilhamento do cuidado, identificação de demandas e respostas possíveis, evita-se discurso verticalizado e excludente, afastando estigmas e discriminações socioculturais e econômicas, democratização do acesso aos espaços públicos. É relevante serviços que atuam nos territórios e com pessoas em situação de rua para promoção de sua cidadania, executando valores da CF/1988 e da PNPSR, para assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro as políticas públicas existentes, intervenções intersetoriais e compreendendo especificidades, dar lugar e voz para exposição de suas demandas e romper com a invisibilidade, reconhecendo direitos e combatendo assistencialismo e higienismo na atualidade.
#371 |
La (a)normalidad en casa. Cómo la pandemia impactó desigualmente en las formas de habitar en las ciudades.
Inés Martínez
1
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Ana Bajac
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Beatriz Rocco
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Valentín Trinidad
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1 - Departamento de Trabajo Social. FCS. Udelar.
Resumen:
Durante los últimos dos años la situación de pandemia experimentada por la expansión de lo que se dio a conocer COVID-19 generó múltiples consecuencias a nivel cultural, social y económico en términos sistémicos. En las personas, diferencialmente según su clase, género, etnia, generación, entre otros aspectos, produjo consecuencias físicas y psicológicas cuyos impactos seguramente aún no hemos avizorado completamente.El presente artículo se enfocará en algunas reflexiones que este contexto de pandemia y sus consecuencias permiten realizar en una doble escala, de familia y barrio, enfocando en las dinámicas de los usos de la vivienda y cómo la precariedad tensiona la posibilidad del habitar[1].En primer lugar podemos destacar que el habitar quedó en el centro de la pandemia, en tanto dónde y cómo habitar, los usos de los espacios necesarios para articular como nunca antes la esfera productiva y la reproductiva, las tipologías de viviendas existentes y necesarias, las dinámicas familiares y su afectación en el marco de una convivencia obligadamente plena. Quedaron al descubierto así situaciones de desigualdad en el acceso, calidad y posibilidad de uso y disfrute de los espacios de ese habitar, fundamentalmente en situaciones y territorios de extrema precariedad. Si bien esto pareciera ser una realidad propia de la pandemia, apenas revela o muestra una realidad de larga data, una vieja deuda urbana.El “fin de la pandemia” nos coloca en el desafío de mirar y resignificar dicha realidad revelada, en tanto escenario que trasciende una situación transitoria. Lo que queda a la vista nos interpela para pensar la vida cotidiana en la vivienda, en el barrio y en la ciudad. Inevitablemente, interrelacionado con esto, la sociedad que queremos construir en ese habitar y qué cambios, transformaciones o, al menos, pactos sociales son necesarios.
Algunos puntos de partidaLas formas en que los sujetos y los colectivos habitan la ciudad dan cuenta de procesos muy complejos, donde entran en juego múltiples factores como ser: las dinámicas del mercado, las intervenciones del Estado y las decisiones que toman las propias personas; esta última, estrechamente relacionada con las dos anteriores. Esto a su vez denota las diversas trayectorias existentes que claramente expresan las posibilidades que tienen las familias de acceder a una vivienda.Justamente, el acceso al hábitat y a la vivienda constituye uno de los principales satisfactores de las necesidades humanas y el derecho a su acceso es reconocido por ley. Sin embargo, el mismo se encuentra vulnerado en ocasiones por acciones u omisiones del Estado, y fundamentalmente por las leyes de funcionamiento del mercado inmobiliario y el derecho a la propiedad privada. Esto ha llevado a que la resolución de la problemática se presente como un asunto a ser abordado por las familias de manera individual.La pandemia originada por la extensión del virus del COVID 19 entre los efectos que ha tenido, uno es la (re)valorización del espacio residencial, como espacio de protección y refugio, como fue el caso de la consigna “quedate en casa”.La vivienda, se volvió el único lugar posible donde transcurrir la vida. Si se la entiende como espacio de vida, de habitar, donde se dan múltiples interacciones y se realizan funciones de la vida que ocurren en simultáneo en un mismo tiempo y espacio… queda planteada una tensión para aquellos que no cuentan con una vivienda adecuada para transitar dicha experiencia. Así, las distintas condiciones habitacionales, los espacios abiertos, las posibilidades de convivencia intergeneracional, han sido parte de lo emergente en este contexto. Reforzar la vivienda como espacio privilegiado para la reproducción social de la población, implica revisar su carácter de derecho en nuestro país, que históricamente para una parte importante de la población ha sido negado u obturado. Requiere, asimismo, revisar nuestro concepto de hogar, entendiendo que el mismo debe ser saludable y permitir la mencionada reproducción social y todo lo que ella requiere en condiciones de seguridad para sus habitantes.Nada más peligroso y denigrante que vernos obligados y obligadas a permanecer puertas adentro cuando ese lugar es precario, no tiene las condiciones mínimas, las dimensiones físicas espaciales adecuadas para vivir y convivir. La precariedad, el hacinamiento, son la realidad de muchas personas. Las condiciones materiales de vida se vuelven centrales en la posibilidad de la producción y reproducción de la vida. Asimismo, la vivienda esconde reparto desigual de las tareas y cuidados, relaciones desiguales de poder, opresión, abuso y violencia de género.Esta situación ha puesto en evidencia más que nunca las desigualdad en el acceso y uso de los espacios de habitar, el déficit cuantitativo y cualitativo de vivienda, que condena a parte de la población a resolver en forma deficitaria o precaria su espacio residencial.El contexto actual está signado por el congelamiento y vaciamiento de muchas de las políticas orientadas a la atención de los sectores más vulnerados. De esta manera, mientras las desigualdades se refuerzan, el Estado opta por su retiro y por darle al mercado un lugar de mayor privilegio en la materia. Lo urbano, y en particular lo habitacional, es un ámbito en que, a diferencia de otras arenas de políticas sociales, el interés privado es superlativo, dada la alta rentabilidad que se obtiene con inversiones no demasiado riesgosas.¿Cómo se puede volver a poner en el debate público la deuda urbana? ¿Cómo y en qué dimensiones la pandemia y la pospandemia agudizaron las desigualdades preexistentes? ¿Qué dimensiones pueden volver a ser tomadas por colectivos y organizaciones para lograr mejores condiciones de vida? [1] Dada su complejidad, y la imposibilidad de abarcar la totalidad de situaciones de vulneración, quedarán excluidas de este análisis aquellas que transcurren en situación de calle o en viviendas de tipo colectivo gestionadas por el Estado (refugios, hogares)
#463 |
Organizaciones e instituciones barriales en contexto de emergencia alimentaria y pandemia. Estrategias y prácticas en un barrio de Tandil, Pcia. de Buenos Aires, Argentina. 2016-2021
Yamila Calabrese Chumeque
1
1 - FCH, UNICEN.
Resumen:
En este trabajo recuperamos parte del proceso de construcción de la tesis de Licenciatura en Trabajo Social (FCH, Unicen) que estamos transitando. Procuramos abordar la situación en relación al acceso a alimentos en un barrio de la ciudad de Tandil, desde la perspectiva de las instituciones/organizaciones presentes en el territorio. Haciendo hincapié en las estrategias/ prácticas que construyen las organizaciones/instituciones barriales que materializan las políticas alimentarias en torno al acceso de los alimentos frente a la emergencia alimentaria y el contexto de pandemia mundial, Covid-19. Tomando como período para el análisis: 2016-2021.La situación socioeconómica observada desde el año 2016 hasta el momento se caracteriza por el aumento de la desocupación, la precarización del empleo e inflación por encima del 40%, afectando fundamentalmente el acceso a los alimentos. Estos procesos no son novedosos, ni surgen en el período mencionado, pero sí en estos años se ha incrementado y con ello potenciado la situación de emergencia alimentaria en un contexto de mayor desigualdad social. El periodo elegido no fue al azar, ya que desde Diciembre de 2015 a Diciembre de 2019 estuvo marcado por un retroceso hacia una matriz neoliberal, donde hubo recorte del gasto público y un desguace en las políticas públicas. Estas fueron recesivas, segmentadas y focalizadas, donde las políticas sociales alimentarias no fueron ajenas a esto.Desde el año 2020 a nivel mundial nos encontramos en situación de pandemia por Covid-19, donde en su inicio tuvimos que realizar aislamiento social, preventivo y obligatorio (ASPO) y este se dispuso mediante el Decreto 297/2020. La complejidad de la situación epidemiológica y social no permitió a miles de personas poder ir a sus lugares de trabajo, quedando fuera del mercado laboral y/o trabajando en condiciones aún más precarias. Durante 2020 aumentó el desempleo, la precarización laboral, la inflación, la pobreza y la desigual social. Por estas razones visualizamos la situación actual como de emergencia social y sanitaria (llamada también emergencia socio-sanitaria). Y dentro de esta emergencia se consideran centrales las dificultades en el acceso a la alimentación.Como se ha estudiado, a los alimentos los podemos obtener a través del mercado y para poder comprarlos necesitamos dinero. Sin embargo, cuando se pierden fuentes de trabajo (formales y/o informales) y cuando el precio de los alimentos aumenta constantemente las posibilidades de adquirirlos son cada vez menores traduciéndose en disminución de cantidad y calidad alimentaria (Aguirre, 2005)En este contexto se hace necesario pensar esta situación de emergencia alimentaria como manifestación grave y vital de la Cuestión Social. Estudiar la problemática alimentaria demanda considerar factores económicos, políticos, sociales y culturales. Entre ellos las “respuestas” que se van construyendo en torno a la problemática y cómo se van redefiniendo territorialmente. Consideramos a las instituciones/organizaciones barriales como actores protagonistas en torno a cómo se responde a la problemática alimentaria, a cómo delinean estrategias y prácticas en el marco de la emergencia y a cómo se construyen demandas ante el Estado y/o otras organizaciones.En un contexto de emergencia alimentaria y de aumento de la desigualdad, las organizaciones barriales han tomado una gran relevancia en torno a la problemática alimentaria, pues reciben las demandas de los usuarios y materializan las políticas sociales en territorio. Teniendo en cuenta lo antes dicho, interesa conocer también los cambios que han observado, las estrategias que despliegan y los desafíos que visualizan dichos actores, entre ellos los/las trabajadores sociales y/o los/las referentes institucionales en torno al acceso a los alimentos en el barrio.Recuperaremos elementos en relación al objetivo general planteado:- Visibilizar la situación en relación al acceso a alimentos en el Barrio Las Tunitas de la ciudad de Tandil, desde las perspectivas de las organizaciones barriales y las estrategias/prácticas que estas utilizan frente a la emergencia alimentaria y en contexto de pandemia mundial por Covid-19. En el periodo 2016-2021.Se considera que este trabajo sumará a trabajos que abordan sobre la temática y contribuirá en visualizar la perspectiva de las instituciones/organizaciones que materializan políticas sociales alimentarias territorialmente. Sumando a la producción y al debate sobre las políticas públicas en torno a lo alimentario y poder repensar las existentes, para que sean satisfactorias a la población. Para aproximarnos a la temática se indaga en libros, investigaciones realizadas y artículos que abordan la temática, etc. A su vez, se explora documentos de planes y programas; retomar lo trabajado en el marco de las prácticas pre-profesionales de la Lic. en Trabajo Social, FCH, Unicen y realizar entrevistas a referentes claves de cada institución/organización que materialice políticas sociales alimentarias en el barrio.Teniendo en cuenta las características del presente problema de investigación, se decide utilizar la metodología mixta, haciendo hincapié en cuestiones cualitativas, ya que, en ella se encuentran las herramientas más pertinentes para la interpretación de datos de lo que desea estudiar. Se considera pertinente emplear las entrevistas semiestructuradas. Se decidió por este tipo de entrevistas, ya que, con los referentes de cada institución se ha tenido relación, ya sea, en las mesas barriales o en otras intervenciones dentro del marco de las prácticas pre-profesionales. Se pondrán en relación con el trabajo realizado en el marco de las prácticas pre-profesionales, tratando de acercarnos a responder las preguntas que guían este trabajo, principalmente si las institucionales y organizaciones han modificado sus estrategias y prácticas a la hora de vincularse con los/las usuarios/as al momento de la materialización de las políticas sociales alimentarias. Acercándonos desde esta arista al cómo se accede a los alimentos en un barrio de una ciudad intermedia de la provincia de Buenos Aires en el período 2016-2021.
FCS - L2
14:00 - 16:00
Eje 4.
- Ponencias presenciales
4. El uso del espacio
#058 |
Contribuciones del Trabajo Social a las resistencias eco-territoriales frente al extractivismo en América Latina: Reflexiones a partir de la expansión del agronegocio en el centro-sur de Chile.
Claudia Mendoza
1
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Alexander Panez
1
1 - Universidad del Biobío.
Resumen:
En América Latina, en las últimas tres décadas ha existido una fuerte discusión en el pensamiento crítico respecto al extractivismo como forma de acumulación que se basa exportación de commodities con altos impactos socioecológicos en las comunidades donde se ubican estos proyectos (principalmente de explotación de petróleo, minería, agronegocio, celulosa, etc.). Esta forma de “desarrollo” se profundiza en la fase neoliberal del modo de producción capitalista, la cual se alimenta de la explotación y acaparamiento de territorios y sus bienes comunes naturales (Svampa, 2019; Gudynas, 2013; Machado, 2015). A pesar de la larga discusión existente sobre ésta temática en las ciencias sociales en América Latina, los debates sobre el extractivismo y sus impactos en los territorios no han atraído atención significativa por parte de la investigación en Trabajo Social. Si bien hay un incipiente campo de discusión socioambiental en Trabajo Social en América Latina (Ramírez, 2020; Quintana-Ramírez, 2019; Franceschi, 2014), categorías como conflicto, resistencia y extractivismo no han adquirido una profundización teórica y empírica en la producción bibliográfica (salvo trabajo como el de Jeréz, 2015). Nos parece importante problematizar esta poca profundización por dos motivos centrales. En primer lugar, una parte considerable del ejercicio profesional se encuentra permeado por las lógicas de las políticas neoliberales, naturalizando la instalación de proyectos extractivos en los territorios donde interviene el Trabajo Social e incluso, operando como agentes de control territorial y de desmovilización de posibles oposiciones a dichos proyectos. Un segundo motivo, es que si bien una fértil discusión en el campo crítico del Trabajo Social respecto al proyecto ético-político y la incorporación de aproximaciones emancipatorias en la acción profesional, dentro de dicho debate no hay un posicionamiento enfático respecto a los impactos que el extractivismo y la crisis socio-ecológica generan en la configuración de la cuestión social. La pregunta sobre ¿cómo nos posicionamos teórica y políticamente como colectivo profesional ante el incremento de los conflictos territoriales y la emergencia de los movimientos que colocan la lucha por el territorio como una cuestión central? permanece como interrogante que requiere avanzar en sus respuestas. En dicho contexto, esta ponencia tiene como objetivo explorar las contribuciones que el Trabajo Social puede generar a las resistencias al extractivismo en territorios de América Latina. Para ello, desarrollamos un análisis que se nutre de dos componentes centrales. Por una parte, hacemos una reflexión conceptual sobre la relación entre Trabajo Social, extractivismo y resistencia ecoterritoriales tomando referencias de la ecología política latinoamericana sobre extractivismo y la revisión documental de artículos de revistas, capítulos de libro y tesis de pregrado y postgrado que han abordado la vinculación entre Trabajo Social, extractivismo y resistencia o conflictos ecoterritoriales (Sepúlveda-Úcar, 2019).En segundo lugar, reflexionamos a partir de la experiencia que hemos desarrollado como escuela de Trabajo Social de la Universidad del Bio-Bio, en base a un trabajo de Investigación-Acción que ha buscado analizar los impactos socio-ecológicos de la expansión del agronegocio frutícola en una de las regiones de la zona centro-sur de Chile (región de Ñuble) y cómo estos impactos afectan la reproducción de las desigualdades en los territorios. Este trabajo de investigación también ha llevado a cabo un proceso de apoyo a una de las comunidades rurales de esta región que se opone a la construcción de un megaproyecto de embalse que viene a despojar las formas de vida existentes en el territorio, con el fin de incrementar la capacidad de riego de los grandes agricultores. Este caso es paradigmático ya que la estrategia de Chile de fomento de las exportaciones agrícolas no tradicionales, suele presentarse como un ejemplo exitoso de crecimiento económico, incluso como modelo para ser replicado. Sin embargo, en la última década se han evidenciado los límites socioecológicos de la estrategia del agronegocio, como la disminución de la disponibilidad de agua, el aumento de los conflictos por la tierra y el agua, y las transformaciones sociales, culturales y simbólicas que ocasionan en los territorios donde se sitúan.Respecto a la estructura de la ponencia, en primer lugar, se expone un análisis sobre los debates contemporáneos en América Latina sobre el extractivismo y los impactos socioecológicos en los territorios rurales. Como segundo punto, analizamos el debate actual en Trabajo Social latinoamericano sobre los impactos del extractivismo y el recorrido ya hecho (Pineda, 2013; Soto, 2000; Arellano-Escudero, 2017; Mora, 2017; Jerez, 2015). Posteriormente, brindamos algunos antecedentes sobre la expansión del agronegocio frutícola en Chile y el caso de estudio que abordamos. Finalmente, reflexionamos sobre algunos retos para el Trabajo Social a partir del trabajo de Investigación-Acción que hemos desarrollado y la producción bibliográfica revisada. Concluimos afirmando que surgen nuevos retos para responder de manera más significativa y transformadora el abordaje de los impactos del extractivismo en los territorios rurales dentro de los debates actuales en Trabajo Social y nos interrogamos sobre ¿cómo llevamos a cabo estas nuevas maneras de intervenir dentro de un Trabajo Social altamente institucionalizado?Entendemos que las transformaciones en curso en las comunidades rurales son una manifestación concreta de la cuestión social dentro del capitalismo contemporáneo, discutida extensamente en Trabajo Social Latinoamericano. Sin embargo, surgen nuevos retos para responder de manera más significativa y transformadora desde esta posición, ¿cómo abordamos los impactos del extractivismo en los territorios rurales dentro de los debates actuales en Trabajo Social? Y ¿Cómo llevamos a cabo estas nuevas maneras de intervenir dentro de un trabajo social tan institucionalizado? Es una cuestión que buscaremos nutrir desde el camino analítico que proponemos.
#240 |
TERRITORIALIZAÇÃO DO CAPITAL NA AMAZÔNIA: “acumulação por legislação” e conflitos socioambientais
Laira Vasconcelos
1
1 - Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - Unifamaz e Universidade Federal do Pará - UFPA.
Resumen:
O cenário atual do Brasil e especificamente da Amazõnia é nefasto, marcado pela crise sanitária e por um projeto político de morte do Poder Executivo Federal brasileiro, sendo que nenhum dos dois são resultados do acaso, mas sim de processos históricos. Pessoas que moram nas cidades e no campo sofrem com os efeitos dessa realidade. Com desdobramentos severos, uma vez que a pandemia do SARS-CoV-2, também conhecido como novo coronavírus, foi instrumentalizada para potencializar ataques contra os diretos básicos. Os quais apesar de constitucionalmente previstos ainda estão muito longe de serem plenamente assegurados, a exemplo do direito à moradia, as terras e territórios, seja no campo ou nas cidades, somadas a ação/omissão do Estado e os preponderantes interesses do capital. Compreender essa realidade, é um ponto de partida para enfrentá-la. Entendemos que não há possibilidade de combater o sistema capitalista sem dar conta dessa relação sociometabólica com a natureza. A qual foi rompida pelo sistema capitalista, estabelecendo predominantemente, uma relação predatória com a natureza, vista tão somente enquanto repositório de lucros em potencial. Portanto, no capitalismo, o homem se aliena da natureza. David Harvey apresenta a existência de uma nova onda de "expropriação das terras comuns" que conta com o poder do Estado para efetivar o “bárbaro processo de expropriação”. Entendemos com base em David Harvey e Virgínea Fontes que a expropriação não pode ser limitada a um período anterior, denominado de ‘primitivo’, que teria ficado no passado, pois continua ocorrendo e se renovando em nossos dias. Observa-se, portanto, que prossegue um movimento contínuo de “expropriação dos trabalhadores rurais, em especial, nos países onde vastas parcelas camponesas vêm sendo ‘urbanizadas’ ou expropriadas”. A expropriação deve ser compreendida forma ampliada, como processos que roubam dos trabalhadores todas as garantias da sua existência, em que os meios de existência são transformados em capital, entendido como relações sociais e não somente o domínio de coisas, e se vale de três elementos: o Estado, o direito (legalidade) e a violência. Nesse sentido, algumas das principais causas estruturais para a eclosão de epidemias e sua acelerada dispersão em pandemias são identificadas: o modo de uso e ocupação do solo entre campo e cidade, a concentração de terra e recursos naturais com a destruição massiva de ecossistemas e a crescente homogeneização das paisagens decorrente da adesão a monocultura dos plantios. As sucessivas crises do capital, a dependência e a expropriação foram e ainda são estratégias utilizadas para o processo de territorialização do capital no Brasil e em específico na Amazônia. Objetivamos refletir sobre a renovação das estratégias de territorialização do capital na Amazônia. Utilizamos pesquisa bibliográfica e documental na coleta dos dados e analisamos com base na teoria crítica marxista. Identificamos as flexibilizações na legislação fundiária e ambiental, por meio inclusive de instrumentos inadequados no aspecto formal de criação de normas, como Medidas Provisórias, ao invés de um processo amplo e complexo de revisão legislativa a chamada“acumulação por legislação”. A “acumulação por legislação” aprofunda a dinâmica das expropriações, dos cercamentos das terras, expulsam-se populações para dar lugar à produção de commodities ou mesmo para instalação de megaempreendimentos a estes relacionados, seja na área de energia, transporte ou indústrias de beneficiamento de matérias primas. E os conflitos socioambientais como agroestratégias para a continuidade do avanço do Agronegócio, por meio da captura e estoque de terras e posterior inserção no mercado. Podemos afirmar que as políticas de destinação de terras são apontadas nesses estudos como instrumentos de legalização da grilagem, estímulo aos conflitos fundiários, concentração de terras, ao latifúndio, a monocultura, a escravidão, perpassadas pela colonialidade do poder e estão diretamente relacionadas ao modelo de “desenvolvimento” que tem como fundamento a desigualdade, configurando verdadeiras agroestratégias. As agroestratégias indicam uma renovação da implantação do capitalismo nessa região com alto grau de impacto na reprodução social, no modo de vida e organização territorial, respectivamente, dos trabalhadores e das comunidades tradicionais. Sem dúvida a disputa pela terra/território assume uma centralidade nas situações de conflitos, uma vez que a “terra tradicionalmente ocupada” pelas comunidades tradicionais se colocam como obstáculo à implantação/ampliação das atividades ligadas ao agronegócio e ao extrativismo mineral. Por meio do levantamento de dados e observações atentas a realidade socioambiental da Amazônia, a concentração fundiária, expressa a desigualdade na distribuição de terras, situação favorecida pela atuação do Estado, por meio da “acumulação por legislação” e agroestratégias, que ao longo dos anos tem negligenciado a proposta da reforma agrária ou promovido legislações favoráveis a lógica de mercado, gerando inúmeras tensões e conflitos territoriais. Sendo precípuo para o capitalismo o rompimento da relação sociometabólica entre homem e natureza, não é possível resolver esse cenário se o sistema capitalista permanece vigente. No entanto, precisamos construir alternativas para a nossa situação atual, partimos do pressuposto de que é indissociável o tratamento conjunto da política urbana e agrária, bem como das questões ambientais e fundiárias. Para tanto, é necessário compreender que somente as políticas de destinação de terras, a exemplo da atual política de regularização fundiária, não resolve e tão pouco diminui o problema socioambiental da Região Amazônica e inclusive a regularização fundiária é indicada como instrumento para o aumento da desigualdade social e da concentração de terras, quando não tratada a partir da compreensão de Ordenamento Territorial, ou seja, o processo de gestão territorial contínua, transparente e democrática. A política de ordenamento territorial, que visa a promover o desenvolvimento sustentável, deve ser pactuada com os diferentes atores: federal, estadual, municipal e sociedade civil, instrumento que permite conhecer a realidade fundiária e planejar a destinação das terras.
#312 |
Territorios fragmentados. Entre los consensos institucionales locales y el peso de la actividad extractivista.
Javier León
1
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Esaú Figueroa
1
1 - Universidad del Bío-Bío.
Resumen:
El trabajo se proponer analizar la diferencia entre la expresión local de las expectativas y vocación productiva consensuada por actores locales en torno a las posibilidades de la acción municipal y la confrontación con la racionalidad económica dominante en un territorio. El análisis se realiza de modo exploratorio en base a indagar la diferencia entre la idea de vocación productiva territorial en la provincia de Arauco, Chile, zona de persistentes indicadores de pobreza dentro del contexto de un denominado rezago. El enfoque utilizado ha sido cualitativo. Esto ha consistido en el análisis de los contenidos relevante expresados en el principal instrumento de planificación local que poseen los municipios chilenos, esto es el Plan de Desarrollo Comunal. La metodología ha consistido en realizar el contraste de los contenidos de los componentes normativos estratégico de los planes, es decir: misión, visión y objetivos de siete municipios, con la presencia dominante de la producción de monocultivo forestal. Nos enfocamos en los planes locales y su definición de los horizontes de carácter económicos productivos y lo comparamos con la estructura económica dominante. El resultado ratifica el desajuste entre las expectativas de agentes locales con la base de producción hegemónica. La zona analizada se caracteriza por una condición de ruralidad histórica y la presencia del pueblo lafkenche. En dicha zona existen, además de mayores índices de pobreza que el promedio nacional por décadas, conflictos de posesión de tierras y uso de recursos marinos donde en los que se ilustran con mayor claridad la falta de articulación entra la planificación de los inversores de la gran industrial forestal y las necesidades y expectativas de las comunidades que allí habitan.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#498 |
Investigar en forma situada las juventudes: los avatares de la pandemia
Susana Andrada
1
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Luis Arévalo
2
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Consuelo Gonzalez
3
1 - FCS - UNC.
2 - FCS- UNC.
3 - FCS UNC.
Resumen:
La pandemia de Covid 19 y las medidas de aislamiento y distanciamiento social preventivo y obligatorio, fueron un gran desafío para la tarea de investigación; por ello queremos compartir aquí las redefiniciones teórico-metodológicas del proyecto “Jóvenes, educación, trabajo y participación: Estrategias y circuitos de acceso que les jóvenes de sectores populares despliegan en contextos y tiempos de restricciones”[1], los aprendizajes de este trabajo y algunos de sus resultados. La experiencia de trabajo de campo a través de encuestas virtuales durante el 2020 y el 2021 un muestreo de 500 jóvenes entre 14 y 22 años de la Ciudad de Córdoba, entre los meses de abril - mayo del 2020 y noviembre - diciembre del 2021, tuvo por objetivo producir conocimiento situado recuperando las prácticas y percepciones en torno a los cambios y dificultades que imponía el ASPO / DISPO y la crisis social en el acceso a la educación, la salud, el trabajo y la participación, así como sus miradas en torno a las políticas públicas implementadas por los gobiernos para este sector etario. Y como toda producción de conocimiento, no pretendíamos neutralidad sino mas bien desde el saber, visibilizar las formas en que las desigualdades generacionales desde una perspectiva interseccional precarizaban la vida de les jóvenes. Los ejes para este análisis fueron la generación como punto de partida y punto de entramado de las posiciones de género, y clase en su vinculación territorial. Prestar atención a los impactos de la pandemia en las juventudes diversas y desiguales de nuestra ciudad, es y fue una forma de participar activamente en las disputas de sentidos que se tejen entorno al grupo etario, al que rápidamente desde los medios de comunicación se lo ubicó en el lugar de la despreocupación, cuando no de peligrosidad.La construcción de un instrumento virtual implicó nuevos aprendizajes para el equipo que en general había realizado indagaciones cualtitativas, la elaboración de preguntas, y las estrategias de captación de informantes (que fueron diferentes en los dos años) cristalizan las reflexiones, pero también el conocimiento del campo y de los sujetos con los que trabajamos, tanto aquellos/as que entendemos como sujetos de nuestra investigación, como la composición del equipo donde participan activamente jóvenes estudiantes. También comprendemos los límites de las formas de conocer, en palabras de Boaventura de Sousa Santos (2019) “Hacia dondequiera que se orienten los objetivos, los instrumentos y las metodologías para conocer una realidad dada, nunca se conoce todo sobre ella y queda igualmente por conocer cualquier otra realidad distinta de la que tuvimos por objetivo conocer.” Y por ellos compartimos junto a los resultados las preguntas que nos surgen y que exigen nuevas indagaciones. También queremos compartir algunos de los resultados en diálogo con las estrategias teórico metodológicas de la investigación. Por un lado, los datos del estudio ofrecen elementos para describir el modo en que la pandemia impactó en las desigualdades preexistentes de este segmento poblacional, especialmente aquellas referidas al nivel socioeconómico, el género, y la generación (atendiendo una división en rangos etarios al interior del grupo encuestado: un primer grupo de 14 a 17 años y un segundo de 18 a 22). Partiendo de las viejas y consabidas desigualdades como inserción laboral y la participación, se agregaron a nuestras dimensiones las emociones como elemento central de la salud, la participación en la organización familiar en la pandemia, y las percepciones sobre las políticas públicas y decisiones estatales vinculadas a la emergencia sanitaria. Las desigualdades de género y de nivel socioeconómico son una constante en ambos estudios. Los/as jóvenes de niveles socioeconómicos más bajos se encuentran más insertos/as en el mercado laboral, en peores condiciones y con mayores niveles de desempleo. El aislamiento provocó una significativa pérdida de ingresos, mayor precarización o interrupción de los puestos de trabajo, a la vez que se evidencia que para ellos/as el trabajo remoto no fue una alternativa posible. En el caso de las mujeres se registra una mayor carga en el trabajo doméstico y las responsabilidades de cuidado. Son ellas incluso quienes dijeron vivenciar en mayor medida emociones como angustia, cansancio o ansiedad. Durante el primer año de pandemia hubo una pérdida significativa de acceso a espacios de participación, y en el 2021, parece que los/as jóvenes encontraron espacios para reactivar solidaridades frente al empobrecimiento y los obstáculos que generó la pandemia. Aparece como una necesidad y una redefinición en torno a los modos de mirar el trabajo, incorporar el trabajo doméstico y de cuidados no remunerados en futuros estudios, y el modo en que las inserciones laborales formales se combinan con cargas y estrategias familiares. Otro aspecto es el territorio como lugar de accesos u obstáculos al acceso de recursos, servicios y prácticas que intervienen en la realización de derechos. Las percepciones de los/las jóvenes y la emocionalidad con que se tramitan los acontecimientos son elementos centrales para comprender dominaciones y posicionamientos en el entramado familiar, territorial y social. Estos recorridos no solo pretenden profundizar el conocimiento, también pretenden constituirse en una herramienta fundamental para la intervención del trabajo social en tiempos de inestables postpandemias. La hondura de las desigualdades y sus formas destituyentes nos plantean la urgencia de pensar y construir estrategias de investigación y acción que reafirmen derechos. [1] Proyecto de Investigación Consolidar- SeCyT- Directora Patricia Acevedo- Co-directora Susana Andrada. Docentes: Luis Arévalo, Paola Machinandiarena, Eliana López, Valentina Tomasini, Nicolás Giménez. Egresada: Consuelo Gonzales. FCS. UNC. Argentina
#553 |
La investigación como acción reivindicativa del proyecto ético-político profesional del Trabajo Social costarricense
Laura Rivera-Alfaro
1
1 - Universidad de Costa Rica / Colegio de Trabajadores Sociales.
Resumen:
A pesar de que existe una reflexión histórica de la distancia de la investigación con el ejercicio profesional del Trabajo Social, -vinculada entre otros motivos a los orígenes de la profesión como una disciplina especialmente ejecutora de servicios sociales-, se parte de la premisa de que el conocimiento se constituye en un elemento central para impulsar proyectos de transformación social. En este sentido, la investigación como forma de conocimiento con perspectiva transformadora, es el punto de partida de la autora. La ponencia se plantea a partir de la experiencia de acompañamiento como consultora para la conformación del Grupo de Estudio e Investigación (GEI) en el Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica (COLTRAS), proceso que inicia en agosto del 2021 y que ha permitido la apertura de un espacio de encuentro e intercambio de personas estudiantes y profesionales en Trabajo Social interesadas en realizar investigación. Como parte de los insumos iniciales para la conformación del GEI, se elaboró una primera aproximación a la situación de la investigación en Trabajo Social en Costa Rica (Rivera-Alfaro y Vindas, 2021). En este proceso fue posible ubicar especialmente productos de investigación académica sobre el Trabajo Social, fundamentalmente Trabajos Finales de Graduación en el nivel de licenciatura, así como algunos artículos académicos. En el diagnóstico mencionado no se ha logrado encontrar documentación que muestre evidencias concretas sobre la situación de la investigación en el Trabajo Social costarricense en el contexto actual que permita responder a la interrogante:
¿Se hace investigación desde el ejercicio profesional de Trabajo Social en Costa Rica, o es una actividad profesional limitada al ámbito académico de la profesión?Adicionalmente, respecto a las informaciones disponibles en la actualidad sobre la situación de la investigación en Trabajo Social como parte del ejercicio cotidiano profesional, se retoma que, a partir de la consulta de condiciones laborales del 2021 realizada por el COLTRAS, se determina que de las personas que participaron en el sondeo, un 10% indicó que cuenta con estudios de posgrado, y en su mayoría tratándose del grado de maestría. En este sentido, el proceso metodológico ha permitido indagar sobre las temáticas que se investigan desde las instituciones y su vínculo con las áreas de política pública específica en que se encuentra inserto el ejercicio profesional o las poblaciones con las que se trabaja, ya que es posible que de esta manera se encuentren claves sobre las estrategias que desarrollan las profesionales en Trabajo Social para desarrollar investigación en el ámbito cotidiano. Adicionalmente a estas acciones, se está realizando una investigación de campo para tener una aproximación a las colegas insertas en diversas instituciones y organizaciones y conocer lo que ellas mismas comprenden por investigación social y si desde esta comprensión se identifica como una actividad sustantiva del ejercicio profesional del Trabajo Social en Costa Rica. Como parte de la sustentación teórica del proceso, se reconoce que la investigación permite el acceso a conocimiento y la producción social del mismo, pensada como una actividad social, más que meramente individual, que posibilite reflexionar sobre las posibilidades que la profesión tiene para comprometerse y trabajar por un proyecto ético-político desde una perspectiva crítica. A su vez, y en la aproximación al ejercicio profesional desde el quehacer institucional, se considera que la investigación es una oportunidad para comprender las políticas públicas, la forma en que estas son gestionadas y la generación de oportunidades de incidencia en la defensa de las conquistas sociales que se encuentran siendo amenazadas hoy más que nunca como producto de la crisis del capital y el establecimiento de procesos regresivos en derechos sociales y económicos, en todos sus ámbitos. “…la investigación es una estrategia que permite trascender la mirada tecnocrática y eficientista prevaleciente en muchos de los programas sociales en el contexto neoliberal actual; es necesario develar explicaciones a las causas de las desigualdades, y relacionarlas con las manifestaciones que se muestran en forma de problemáticas sociales. A partir de esa comprensión se podría trabajar por la reformulación de las políticas públicas, hacia un horizonte más redistributivo e inclusivo, con la finalidad de abordar integralmente las exclusiones e inequidades que expresan las manifestaciones de la cuestión social.” (Franceschi y Rodríguez, 2020, p. 14) De esta forma, esta investigación constituye un aporte a un tema que se considera central en la actualidad, como una oportunidad para fortalecer el posicionamiento de la profesión a nivel social, más allá del análisis interno del colectivo, con el fin de fortalecer la legitimidad social e institucional del Trabajo Social costarricense, haciendo más visible su labor, Una profesión carente de investigación o insuficientemente desplegada, quedará irremediablemente reducida a una práctica repetitiva y escasamente lúcida para enfrentar los complejos desafíos actuales y futuros de la realidad social de nuestros países. (Alayón, 2016, p. 18) Finalmente, se busca con la información recabada aportar en la construcción de estrategias para el fomento de la investigación como actividad sustantiva a nivel profesional, valorando alternativas que puedan fortalecer los esfuerzos que ya se realizan desde la academia para promover la investigación profesional, al igual que el fortalecimiento de los procesos que se realizan desde el COLTRAS, contando con mayor información sobre la situación actual de la investigación desde el ejercicio profesional en las diversas instituciones y ámbitos profesionales en que está inserto el Trabajo Social. Alayón, Norberto. (2016). Desafíos para el Trabajo Social em América Latina en los momentos decisivos de capital y el avance del conservadurismo. Textos & Contextos (Porto Alegre), v. 15, n.1. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil. http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=321546615002 Franceschi, H. y Rodríguez, M. (2020). Desafíos para la investigación profesional de Trabajo Social en políticas sociales.
Revista Costarricense de Trabajo Social. N. 37. https://revista.trabajosocial.or.cr/index.php/revista/article/view/380/541Rivera-Alfaro, Laura; Vindas, Tania. (2021). Situación de la Investigación sobre el Trabajo Social Costarricense. Orientaciones para la Definición de Rutas de Investigación Profesional. Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica. Documento inédito. Sanchez Alvarado, Mariangel. Informe de Consulta de Condiciones Laborales de las Personas Profesionales en Trabajo Social 2021. 2022. Unidad de Investigación. Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica.
#557 |
La investigación como espacio esencial en el trabajo profesional: La experiencia de la Unidad de Investigación del Colegio de profesionales en Trabajo Social de Costa Rica.
Mariangel Sánchez
1
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Jennifer Mata
1
1 - Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica.
Resumen:
La investigación es una actividad necesaria en todo espacio de trabajo, ya que permite comprender la realidad más allá de lo aparente e inmediato y así aprehender la realidad a partir de las múltiples determinaciones que la componen. Para esto, se considera indispensable desde el Colegio de Trabajadores Sociales de Costa Rica, fomentar y consolidar una Unidad de Investigación, la cual contenga la estructura, las áreas y líneas de investigación y la definición de los programas para la consecución de los objetivos propuestos. Según acuerdo III-1. Artículo III: Informe de presidencia, de Junta Directiva en sesión ordinaria 0015-2020-O, celebrada el 27 de enero de 2020, se conforma la Unidad de Investigación del Colegio de Trabajadores de Costa Rica. Esta Unidad, tiene como finalidad primordial evidenciar y gestionar áreas y líneas de investigación y acción para abordar las necesidades que se en las condiciones profesionales, laborales y de formación presentes en la realidad. Asimismo, contar con un monitoreo sistemático de estas condiciones, la divulgación de información pertinente e incentivar a las personas profesionales en Trabajo Social que constituyan estrategias replicables a nivel nacional en la defensa, respeto, promoción y protección de los derechos sociales de las distintas poblaciones en todo el territorio nacional, a fin de reconocer las prácticas profesionales y su compromiso con los sectores más vulnerables, la justicia y la equidad social.En la profesión, la investigación asume un papel transcendental para el posicionamiento ético y estratégico en la construcción de acciones profesionales críticas y calificadas en la prestación de servicios a la población. Estas acciones deben de estar pautadas en el análisis de los procesos sociales y de los desafíos que se presentan en la agenda de las políticas sociales y del trabajo profesional.Como una forma de resistencia al conservadurismo profesional, que ha estado presente desde la génesis de la profesión hasta nuestros días, la investigación se convierte en una estrategia crucial para poder analizar la realidad a partir de un abordaje ontológico, punto inicial donde debemos de partir para comprender de una forma material y dialéctica la misma, con el fin de transformarla más allá de lo inmediato, de su apariencia.Esto es de suma importancia ya que, en la medida que la persona trabajadora social parte del principio de que la realidad se manifiesta en su apariencia y que es necesario buscar la concreción de cada hecho o su relación con las otras partes que lo componen en la totalidad del ser social, analizando las contradicciones y posibilidades de superación, se pasa a comprender la necesidad de analizar su cotidiano y entenderlo como categoría analítica, fundamental para conocer el objeto en sus aspectos más generales y, también, como categoría empírica, capaz de denotar las determinaciones y especificidades que se expresan en la realidad. Se sabe que todos estos procesos son fruto de las transformaciones generales de las relaciones sociales y el sistema de producción que las sobredetermina, que afecta el Estado y las políticas sociales, las cuales establecen las exigencias al Trabajo Social y transforman su mercado de trabajo. Ante esto, como profesionales, debemos de reflexionar críticamente al respecto, analizando las atribuciones y competencias en la sociedad capitalista en cada momento histórico determinado.Los debates construidos en el interior del Trabajo Social, si bien no son propios de la profesión pues responden a condicionantes estructurales y coyunturales de las relaciones sociales, son sustanciales para su análisis y comprensión a partir de su posicionamiento teórico-metodológico, ético-político y técnico-operativo y su relación con el mercado de trabajo. Este conjunto de elementos redimensiona cualitativamente la comprensión y relación del Trabajo Social con la investigación y la producción de conocimientos que dialécticamente traerán nuevas posibilidades para la actualización constante de la profesión. De esta manera, al presentarse la investigación como una aproximación sistemática para la construcción de un análisis de la realidad, sus problematizaciones pueden indicar la necesidad de profundizar los estudios referentes a determinadas necesidades, ayudando a establecer áreas y las líneas de acción que la propia realidad demande. Ante este panorama, se evidencia la necesidad por parte del Colegio de Trabajadores Sociales en buscar el fortalecimiento de la investigación en el gremio profesional, monitorear la formación, investigación y condiciones objetivas en las que se encuentran laborando las personas profesionales. Esto con el fin promover la unificación gremial para la exigibilidad y lucha por mejores condiciones de vida, tanto como para la población usuaria de los servicios, como para las propias personas trabajadoras sociales.
#597 |
Pasar del pensamiento a la escritura: el taller de investigación como espacio y tiempo de producción de proyectos.
Mariana Patricia Acevedo
1
1 - Universidad Nacional de Cordoba.
Resumen:
Desde hace más de 20 años me dedico a acompañar investigadores (estudiantes de grado y posgrado) en su procesos de formulación y ejecución de proyectos de investigación. Mis reflexiones y producciones han ligado el papel de la docencia en esta dimensión de la formación, con el efectivo ejercicio de la Investigacion (conduciendo equipos y programas).En esta ocasión, me propongo compartir, de manera ordenada, las diversas estrategias que he desplegado en estos años, para acompañar el transito del pensamiento a la escritura. La lógica del trabajo seguirá la lógica de un proyecto de Investigacion y algunas recomendaciones, tips o trucos (al decir de Becker) que he ido recogiendo en los talleres y seminarios que he conducido; es una reconstrucción historizada y situada (en el contexto de pandemia) ; y los ejes que me ordenan son: Como llegue a ser quien soy y a investigar lo que investigo?; dejar de leer sentarse a escribir; mas propósitos que objetivos; la artesanía desplegada en la construcción de la metodología ; el desafío de la escritura.
FCS - L3
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Panel presencial
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#451 |
Racionalidad neoliberal y producción de subjetividades: intervención social, políticas sociales y politicidad popular
NATALIA BECERRA SILVINA CUELLA
1
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FEDERICO GUZMAN RAMONDA
2
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MARIA PILAR FUENTES
3
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ROSANA PIERUZZINI
2
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CLAUDIO RIOS
3
1 - IPSIS-FCS-UNC.
2 - FTS-UNER.
3 - IETSyS - FTS - UNLP.
Propuesta del Panel:
Proponemos tematizar en este Panel algunas preocupaciones y reflexiones acerca de los modos en que se entraman los procesos de reproducción de la vida y de construcción de subjetividades en el marco de la dominación neoliberal; así como las formas que adquiere la intervención en lo social, particularizando en las políticas sociales, en las estrategias de los sectores populares y en los desafíos que ello imprime a la intervención del Trabajo Social.Situamos estos intercambios en un escenario de crisis sistémica, donde el advenimiento de la pandemia Covid19 -que ha provocado la pérdida de más de 5,4 millones de vidas humanas- puede comprenderse como un emergente que pone en cuestión la sostenibilidad de la vida, especialmente en los países de latinoamerica y del Caribe. En este contexto, para el caso de Argentina, las modificaciones regresivas en las condiciones de reproducción de la vida de los sectores populares ocurridas durante el gobierno de la Alianza Cambiemos (2015-2019), se profundizaron con la crisis pandémica que reorganizó inesperadamente la vida cotidiana de la población; especialmente la de los sectores populares. Crisis que también puso en evidencia, los impactos diferenciales que las modalidades de intervención estatal pueden generar en términos de protección, asistencia y cuidados para estos sectores.Entendemos resulta indispensable conmover una cierta petrificación de la categoría
neoliberalismo para reconocer que la dominación neoliberal se recrea en cada tiempo y espacio y que por ello requiere ser interrogada, cartografiada y narrada en sus derivas, para identificar aquellos aspectos e intersecciones que aseguran su persistencia y renovación; así como la operatoria política moralizante por la cual saquea cuerpos y territorios, a la vez que familiariza los cuidados y la atención de diversos problemas (Brown, 2020).Una lectura del avance discursivo de la derecha y su capacidad de penetración en la vida social. El mismo no se restringe a slogans verbalizados sino a una profunda impugnación de la política y la responsabilidad estatal en la atención de lo social; que tomó forma en el caso argentino en el gobierno de la Alianza Cambiemos produciendo al decir de Alemán (2022
) una captura neoliberal de la nación, a través de transformaciones sustantivas en las lógicas de gestión estatal. Al mismo tiempo, no puede comprenderse esta dominación sin los procesos de resistencia y rebeldía que los pueblos despliegan frente al avasallamiento de derechos y conquistas adquiridas. Los sectores populares y sus organizaciones inscriben sus estrategias en la difusa frontera entre lo social y lo político; combinando resistencias, acciones y prácticas que los ubican tanto en las urgencias de la resolución de necesidades cotidianas como en la construcción de proyectos que disputen modelos de sociedad. El panel procura explorar diferentes aristas de este análisis, para lo cual anticipamos aquí algunos de los ejes a trabajar en cada una de las exposiciones: 1) La racionalidad neoliberal se estructura como una gramática que reordena y otorga sentido constitutivo a diferentes prácticas. No existe un vínculo lineal entre el discurso neoliberal con las prácticas sociales, es necesario observar cómo se concreta esta racionalidad en procesos específicos. Proponemos mirar cómo esta racionalidad se ensambla con discursos, prácticas, tradiciones, saberes que ponen en juego organizaciones sociales en los procesos de satisfacción de sus necesidades. La experiencia situada de estas organizaciones, sus politicidades constituyen el territorio que opera como mediación para abordar la relación entre procesos de neoliberalización, acción y producción de subjetividad en los sectores populares de la ciudad.2) En este marco, el trabajo con las familias en tanto sujetos de las intervenciones, se constituye en un analizador sugerente y necesario para desarmar jerarquías y acoples de proposiciones neoliberales y conservadoras que la responsabilizan de un conjunto de acciones a ser provistas por el Estado. O para decirlo de otro modo, proponemos visibilizar y problematizar el modo en que la dominación neoliberal pugna por disolver lo social bajo la entronización del mercado, valiéndose de un ordenamiento familiarista que desdibuja los procesos de democratización del poder societal, legitimando tradiciones que reproducen privilegios de género, de clase, raciales, entre otros; obturando la potencia emancipadora de los derechos.3) Los sectores populares, por las dificultades y precaria inserción en el mercado de trabajo, requieren de la presencia del Estado -como espacio privilegiado de la política- haciendo uso de las políticas sociales para atender los obstáculos que presentan la reproducción de la vida. Por ello las sensibilidades políticas, creencias y actitudes de estos sectores sobre la misma (la política) están imbricadas con la experiencia cotidiana en torno a sus demandas, necesidades, reivindicaciones y su vinculación con las políticas estatales. En esas experiencias también se identifican rasgos de la
Politicidad popular, en tanto el concepto mismo de politicidad refiere a un sentido práctico, pragmático, en los procesos de resolución de los problemas, siempre cambiantes, frente a los cuales se opera con creatividad, con improvisación y apelando a la experiencia, a la historia hecha cuerpo y que se construye en el devenir diario (Peralta, Cuella y Becerra, 2018). Nos proponemos en este sentido, caracterizar las reconfiguraciones de los procesos de reproducción de la vida, las reorganizaciones territoriales en tiempos de pandemia y su impacto en la politicidad popular.4) Estrategias colectivas y trabajo de la economía popular: Proponemos, además, recuperando las formas de lucha por la vida y el trabajo de los sectores populares, enfocarnos en aquellas estrategias colectivas que los sectores populares inscriben como demandas acerca del trabajo de la economía popular, interpelando al Estado en sus respuestas en términos de política social y politizando lo social en el mismo movimiento. Compartimos algunos supuestos sobre las estrategias que se desplegaron, en el contexto particular de pandemia Covid19. Consideramos que la implementación del Salario Social Complementario y el Programa Potenciar Trabajo- aparece articulada en las organizaciones sociales bajo la idea de
sostener y sostenerse construyendo integración social. Agregamos, con Danani (2004), que si entendemos que las políticas sociales hacen sociedades según los principios que las orientan, aquí esta construcción aparece ordenada alrededor de los principios del trabajo y la solidaridad social, y en esa medida impugnando el orden neoliberal.
14:00 - 16:00
Eje 7.
- Ponencias presenciales
7. Formación de posgrado
#068 |
Formação pós-graduada em Serviço Social em tempos de pandemia
Maria Liduina de Oliveira e Silva
1
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Rafaela Bezerra Fernandes
2
;
Tales Willyan Fornazier Moreira
3
1 - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
2 - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
3 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Resumen:
Este artigo visa problematizar o processo de formação pós-graduada em Serviço Social no Brasil em contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE) em face da pandemia da covid-19. Partimos da compreensão de que a conjuntura pandêmica foi um catalisador dos desmontes em curso ante a crescente mercantilização da educação no país que, sob a égide do neoliberalismo, encontra no governo atual o palco que agudiza e escancara o descompromisso com o ensino público brasileiro. Imbricados nesse campo de tensões e disputas é que se deu a iniciativa pelo desenvolvimento do presente estudo. Para além de identificar as configurações, arranjos e percursos assumidos pelas Unidades de Formação Acadêmica (UFAs), esta pesquisa se voltou, igualmente, à preocupação em compreender a dimensão dos impactos na produção de conhecimento na área e, por consequência, seus reflexos a longo prazo na formação e trabalho profissional. Se, inegavelmente, o ERE se constitui como mais um braço da contrarreforma da política de educação brasileira, torna-se, portanto, premente conhecer e compreender os elementos que o atravessam enquanto adendos ao amplo processo de precarização da formação a que estamos coletivamente submetidos na conjuntura nacional. Para tanto, a pesquisa
A Formação em Serviço Social e o Ensino Remoto Emergencial, levada à frente pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), enquanto esforço coletivo da entidade, foi realizada no período de fevereiro a março de 2021 através de Formulário no
Google Forms, composto por perguntas abertas e fechadas, o qual foi encaminhado por e-mail às/aos coordenadoras/es dos 36 Programas de Pós-Graduação (PPG) da área de Serviço Social, tendo um alcance de 100% dos Programas. Dentre os principais dados obtidos, destacam-se: a) a natureza dos PPGs: 30 (83,3%) são de instituições públicas e 6 (16,7%) estão vinculados à instituições privadas/comunitárias; b) quanto ao nível de pós-graduação: 20 (55,6%) ofertam mestrado e doutorado; 16 (44,4%) ofertam apenas mestrado; c) em relação ao ingresso na pós-graduação na pandemia: 33 (91,7%) PPGs mantiveram processo seletivo remotamente, 3 (8,3%) não realizaram processo seletivo e, dentre estes, 10 (27,8%) mencionaram aumento na procura por vagas; d) no que diz respeito à oferta de disciplinas: 33 Programas (91,7%) ofertaram tanto disciplinas obrigatórias, quanto optativas/eletivas, sendo esta a tendência prevalecente entre os PPGs; e) os critérios para ofertada de disciplinas foram muito variados: levou-se em conta a autonomia docente; prioridade das disciplinas obrigatórias e optativas; alguns PPGs optaram por disciplinas do eixo de pesquisa/metodologia para acompanhar o processo de orientação em curso (remoto); redimensionamento do conteúdo e vagas das disciplinas; oferecimento de disciplinas de forma não concomitante (uma por vez); f) quanto à política de bolsas: 33 (91,7%) dos PPGs mantiveram os mesmos critérios de acesso às bolsas, 17 (47%) informaram que tiveram redução de bolsas, 1 (2,8%) indicou ter perdido todas as bolsas no corte de recursos de 2020, e todos os 36 (100%) PPGs prorrogaram as bolsas CAPES por 3 ou por 6 meses, conforme Portaria CAPES publicada em 2020; g) acerca do funcionamento dos núcleos/grupos de pesquisas: foi fundamental para integração e articulação entre a graduação e pós-graduação, 15 (41,7%) dos Programas afirmaram que houve funcionamento remoto dos Grupos, 15 (41,7%) informaram que a decisão de manter ou suspender a sistemática de trabalho ficou sob responsabilidade docente, mas a tendência foi pela continuidade das atividades em formato remoto; h) em relação às atividades coletivas desenvolvidas, aparecem com maior constância: a realização de
lives, webinários, mesas virtuais, seminários, simpósios, minicursos, aulas públicas, lançamento de livros, atividades de extensão articuladas à graduação e atividades com outros grupos de pesquisa no âmbito nacional e internacional; i) no que se refere ao aspecto relacionado à saúde mental: 30 (83,3%) dos Programas identificaram situações de adoecimento de docentes e discentes; 5 (13,9%) identificaram adoecimento apenas em discentes; e 1 (2,8%) não identificou adoecimento; j) quanto à relação graduação e pós-graduação: 13 (38,9%) dos Programas destacaram ter havido maior distanciamento nessa relação e destacaram alguns elementos que contribuíram para tal cenário: a ocorrência de calendários distintos e a dificuldade de compatibilização da dinâmica das atividades remotas, contudo 7 (19,4%) dos PPGs indicaram ter ocorrido maior aproximação; l) sobre os prejuízos do ERE à pós-graduação: 12 (33,3%) dos Programas reconhecem a ocorrência de prejuízos; 22 (61,1%) apontaram que os prejuízos ocorreram de modo parcial, e 2 (5,6%) Programas indicaram que não houve prejuízos – dado este que nos chama a atenção. Considerando a síntese supracitada, para melhor entender os prejuízos do ERE é fundamental não descolarmos a análise do contexto das contrarreformas do Estado e da crise estrutural do capitalismo a partir das imposições do paradigma de educação terciária desenhada pelos organismos internacionais do capital para o Brasil e demais países da América Latina. Fruto de análise de dados e pesquisa bibliográfica, este artigo trata-se de um esforço de síntese que busca reunir, analisar e refletir sobre a relevância das informações obtidas através da pesquisa que traz apontamentos da realidade atual enfrentada pelas UFAs no que tange à adequação do modelo de ensino-aprendizagem em contexto de excepcionalidade, bem como enunciam sementes daquilo que carece de enfrentamento para que não permaneça como herança deletéria no processo formativo crítico da profissão. Desse modo, a construção deste artigo objetiva visibilizar e permitir maior alcance aos dados coletados[1], além de suscitar debates, subsidiar reflexões e estratégias de defesa de um projeto de formação profissional crítico, com o rigoroso aporte nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (1996), cujos princípios formativos orientam historicamente a direção social que defendemos e vão muito além da nossa categoria profissional, haja vista que esta direção estratégica se articula a um projeto societário de emancipação humana. [1] A totalidade dos dados encontram-se sistematizados e reunidos em brochura publicada pela ABEPSS, intitulada “A Formação em Serviço Social e o Ensino Remoto Emergencial”, que articula o levantamento envolvendo Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social, disponível em: https://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/20210611_formacao-em-servico-social-e-o-ensino-remoto-emergencial-202106141344485082480.pdf.
#334 |
AS RELAÇÕES SOCIAIS NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE - possibilidade de fortalecimento coletivo pelo resgate dos fundamentos teórico-metodológicos da profissão.
Ana Maria Santana de Alcântara
1
;
Maria Lucia Martinelli
1
1 - PUC-SP.
Resumen:
A sociabilidade capitalista, com seus característicos ardis, fragiliza o sujeito coletivo, desarticulando e fomentando questões individualizadas de respostas ao cotidiano. As relações sociais se configuram pela luta de classes, através da exploração de uma pela outra (MARX&ENGELS, 2015).O Serviço Social é caracterizado em seu processo histórico por uma profissão que responde a necessidade de uma ordem burguesa, requisitado a equalizar os conflitos na luta de classes e apaziguamento das demandas da classe trabalhadora, contudo, sem esquecer de seu compromisso legalmente instituído, inclusive, com um projeto ético-político na busca da emancipação humana e defesa intransigente dos direitos humanos. Profissão que trabalha cotidianamente com a tensão entre potencializar sua atuação em ações pontuais focalizadas e precarizadas de acesso dos sujeitos aos serviços sociais ou, ser mediador de uma política de direitos e acesso a esses mesmos bens e serviços, com vistas a emancipação humana (IAMAMOTO, 2012; IASI, 2019).A lógica capitalista, intensificada pelo ideal conservador que transversaliza a profissão desde sua gênese, impõe a coisificação do trabalho humano, desagregando-o do produto final de sua atuação, buscando a redução do processo de trabalho em fragmentação de trabalhos simplificados e individualizados. No âmbito do Serviço Social, verificamos uma exigência institucional para uma atuação burocrática, administrativa, com requisição de produtividade, desvalorização do profissional, muitas vezes permeada pela superficialidade, fragmentação, nos afastando cada vez mais da complexidade das relações sociais, impondo a apresentação de respostas imediatas à questões complexas, reduzindo a reflexão de totalidade. A atuação profissional, sem apurada reflexão e cuidado, corre o risco de uma mediação transformada em tarefa mecanizada, esvaziada teórica e politicamente, desconectada do sentido do trabalho social proposto pelo projeto ético político profissional.Fundamental se coloca a importância da categoria se apropriar e aprofundar nas contradições postas na sociabilidade capitalista e em especial nas políticas sociais, para que, no âmbito da saúde se engaje na defesa do SUS em sua concepção de sistema público, estatal, universal e democrático para a efetivação do direito à saúde. O assistente social se coloca no conflito entre projeto privatista e projeto da Reforma Sanitária, através das diferentes requisições que são atribuídas na atuação profissional.Nesse cenário de disputa, surge a formação profissional em pós graduação na modalidade de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS). Propondo a formação voltada a qualificação de profissionais de saúde em áreas prioritárias do SUS, a RMS preconiza a adesão a uma nova consciência sanitária, em consonância com os pilares da Reforma Sanitária Brasileira e em uma formação que privilegie o trabalho coletivo, horizontal, com base na interdisciplinaridade. Entretanto, o sucateamento e (des)financiamento do SUS coloca duros entraves na instauração de uma atenção em sua dimensão pública e universal (CASTRO, 2013). O trabalho e a formação nesse contexto se defrontam com a insuficiência de meios concretos para sua plena realização, cenário em que a RMS está engendrada uma vez que é uma formação pelo trabalho em saúde.Buscando superar a tradicional formação em saúde centrada na atenção biologizante, individualista, fragmentada e desconectada do contexto social, a RMS ocupa lugar estratégico onde paradoxalmente pode contribuir para uma atuação profissional pautada no SUS através de seus princípios e conceito ampliado de saúde, mas também pode “ser utilizada como forma de substituição e precarização das condições de trabalho no SUS” (SILVA, 2020).Acrescido à esse histórico, desde março de 2020, com a declaração do estado de pandemia global, vivemos um contexto sanitário que transformou de maneira significativa as formas de organização e sociabilidade do mundo, reorganização que tende a acentuar e distanciar cada vez mais os sujeitos com as exigências de isolamento e distanciamento social, mas também nos compele a encontrar estratégias coletivas de aproximação e construção de um cotidiano que seja mais leve e compartilhado. Na atenção à saúde, os serviços foram reorganizados para o atendimento à população, bem como o cotidiano de trabalho dos profissionais se transformaram de maneira abrupta e quase sem planejamento. Apesar da proposta da RMS propor a formação de profissionais qualificados para o trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS), surgindo como importante estratégia para o fortalecimento da Política de Saúde em consonância com a Reforma Sanitária, porém, “
também cabe refletirmos que esse processo tem enfrentado desafios em sua plena instituição intensificados pelo processo de contrarreforma do Estado que impacta na política de saúde”. CFESS, 2017Os profissionais residentes em saúde, inseridos no atendimento direto, convencionalmente chamado de “linha de frente”, bem como seus preceptores, tutores e docentes foram demandados a repensar a formação nesse novo contexto. O cotidiano se coloca com particularidades e tensões, mas sempre há possibilidades. Nesse sentido, entendendo que o significado social da profissão precisa estar relacionado com sua inserção na sociedade, no contexto de suas relações sociais ampliadas e permeadas por essa sociabilidade capitalista, no esforço de superar a pretensão de uma explicação endógena do Serviço Social (YAZBEK, 2020), realizamos uma breve análise da conjuntura da profissão, bem como da modalidade de formação da RMS no cotidiano profissional, resgatando a importância de seus Fundamentos Teóricos e Metodológicos para o enfrentamento a conservadorismo e fortalecimento (e não fragilização) da categoria profissional, na perspectiva de que a emancipação não é individual, e sim coletiva.Necessário reafirmar o compromisso de resistir aos ataques à classe trabalhadora e a atuação de um Serviço Social crítico, buscando a consciência e fortalecimento de uma classe para si, somando esforços com todos os profissionais e contribuindo para a discussão do enfrentamento de disputas inter-trabalhadores que só respondem e reforçam os interesses da classe dominante.Cabe ressaltar, enfim, que o enfrentamento do projeto societário capitalista passa necessariamente pela consciência de classe, pela luta coletiva, que pode - e deve - ser potencializada pela formação e a revisitação permanente do profissional aos seus fundamentos críticos e atravessados por uma nova ordem societária emancipatória e justa.
#565 |
Desarrollo de competencias disciplinares, una propuesta de medición de indicadores conductuales en el proceso formativo de una titulación universitaria de Trabajo Social en el contexto de la Educación Superior de masas.
Gastón Quintela
1
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Cosme Farfán
1
1 - Universidad Santo Tomas.
Resumen:
En el contexto del cambio de paradigma en la educación superior de masas en el mundo desarrollado (Dubet, 2005), y particularmente en Chile, la mercantilización de la oferta educativa propició el acceso a los estudios terciarios a personas de grupos socioeconómicos y culturales antes excluidos, en definitiva, implicó una diversificación amplia del estudiantado en términos de sus atributos y origen social (SIES, 2014b), en lo referido a modelos formativos centrados en el aprendizaje de los/as estudiantes, la innovación en los planes de estudios universitarios desde las
competencias profesionales presenta, como uno de los desafíos, la búsqueda de estrategias para conocer y gestionar el desarrollo de los conocimientos, habilidades y conductas propias del actuar disciplinar del Trabajo Social en los/as estudiantes. Esta ponencia tiene por objetivo difundir una experiencia de
medición de indicadores conductuales de siete competencias disciplinares en estudiantes de último año de una universidad chilena, a saber: (Diagnostico de necesidades, Intervención social, Proyectos y programas sociales, Políticas Sociales, Redes Sociales, e Investigación Social) ; los cuales se han dispuesto en un instrumento de recolección de datos autoreportado y de modalidad web survey denominado
“Cuestionario de Competencias Básicas para el Trabajo Social” (CCB-TS). Para lo anterior, se construyó, validó e implementó un conjunto de indicadores de las competencias específicas de Trabajo Social en dos momentos del proceso formativo (inicio y mitad del plan de estudios vigente). Esto resulta relevante para el monitoreo del avance del plan de estudios en términos de desarrollo de competencias disciplinares y la posibilidad de incorporar mecanismos adicionales que aseguren el cumplimiento del perfil de egreso y el monitoreo de la progresión académica en el marco de exigencia a las instituciones de educación superior de gestión de la retención. El CCB-TS fue implementado durante el segundo semestre de 2020, sobre una muestra de 289 estudiantes con un 4,4% de margen de error, 95% confiabilidad y máxima heterogeneidad poblacional.El instrumento fue sometido a evaluación de contenido de expertos, análisis de propiedades métricas y trasformación de los datos brutos a índices sintéticos La información a presentar responde al formato de índice sumativo global (rango 0 a 1) a partir de la estandarización y agregación de las puntuaciones brutas de los 21 ítems del instrumento. La puntuación de 0,60 corresponde el umbral para establecer la valoración cualitativa de la escala: desempeño básico ≥ a 0,60 punto.La población estudiada se ha desagregado en cinco grupos a partir de las cohortes de ingreso, concretamente 2020, 2019, 2018, 2017 y 2013-16, los cuales permiten analizar las puntuaciones de las carreras-sede-jornadas como indicador proxy de los años cronológicos que han experimentado los/as estudiantes encuestados/as. La Escuela Nacional para la cohorte 2013-16 presenta un índice de 0,52 punto a nivel agregado para el CCB-TS, esta puntuación se ubica cercana a la mitad de la escala teórica (0,50) y por debajo del umbral de desempeño básico de las competencias (0,60). En este sentido, es posible establecer a partir de las creencias del estudiantado sobre la frecuencia de ocurrencia de los indicadores conductuales, una calificación de desempeño receptivo (0,47–0,59) para este conjunto de estudiantes que está próximo al egreso de la titulación. A nivel de las competencias, los resultados permiten evidenciar que las competencias relacionadas con el “diagnóstico de necesidades” (índice: 0,70) y “análisis crítico” (índice: 0,67) presentan un mayor desarrollo en la población estudiada; por el contrario, aquellas competencias vinculadas a procesos de interacción social y comunitario, como “proyectos y programas sociales”, “redes sociales”, junto con “investigación social” presentan valores promedio por debajo del puntaje medio teórico (índices: < 0,50). Para estos últimos resultados podrían ayudar a perfilar generaciones de estudiantes no familiarizados con la vida social proyectada en la vida comunitaria o con un entorno social en el cual están insertos en que se promueve la individualización, donde la respuesta formativa debe estar centrada en el reconocimiento de proyectos colectivos y transformador desde la intervención y generación de conocimiento que el Trabajo Social aporta.La estrategia de conocer el desarrollo percibido del nivel de competencias disciplinares por el estudiantado resulta complementario a otras iniciativas institucionales. A través de este mecanismo es posible monitorear el avance del currículo, tomar decisiones de gestión docente por cohortes y potencialmente analizar el valor agregado de la formación.Así se puede proyectar el potencial de generar un diseño/resideño/actualización del currículum con características “Bottom Up”, a partir de las percepciones del estudiantado y desde la expresión conductual de las competencias disciplinares, las cuales se articularan con otros mecanismos tradicionales (pares expertos, empleadores, directivos de universidad, etc.) ya formalizados y con capacidad de transferirse como un modelo a cualquier carrera Universitaria con las características de la analizada.En este marco, el desafío para la formación disciplinar implicaría el promover una “ética de la alteridad” que enfrente el impacto que en sociedades neoliberales como la Chilena ha tenido la predominancia individual sobre la colectiva y que podría afectar y se profundiza, bajo condiciones de confinamiento producto de la pandemia, en las dimensiones colectivas y/ sociales del desarrollo de sus competencias disciplinares.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#047 |
A ofensiva neoconservadora e o enfraquecimento da Esquerda Católica: impactos no Serviço Social brasileiro
Guilherme Costa dos Reis
1
1 - Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP.
Resumen:
Este trabalho tem por objetivo analisar a ofensiva neoconservadora no Brasil, dando destaque para o fundamentalismo religioso e seus impactos no Serviço Social brasileiro. Para isso, ele se dividirá em três partes. Apresentará na primeira a construção do Projeto Ético-Político profissional e sua relação com a Esquerda Católica. Na segunda se discutirá a ofensiva neoconservadora e o enfraquecimento do catolicismo crítico, enfraquecimento mostrado como fundamento do avanço do fundamentalismo. Na terceira e última se analisará os impactos desses processos para a direção social crítica da profissão.O trabalho tem como metodologia o desenvolvimento de uma pesquisa bibliográfica, buscando nos referenciais históricos, teóricos e metodológicos da profissão e em literaturas referentes às experiências católicas brasileiras, material que sustente as formulações propostas pelo objetivo do presente estudo. Se analisará nos textos e artigos não só a fundamentação teórica de cada tema destes estudos, mas também de que forma tais temas (neoconservadorismo, Serviço Social, esquerda católica) se relacionaram e ainda se relacionam na atualidade. Tal estudo busca um diálogo profundo com o eixo temático 8, Investigación en Trabajo Social. O trabalho procura ser um aprofundamento histórico e atual da formação em Serviço Social no Brasil. Entendemos que estudar os fundamentos da profissão, sua história, influências e diálogos, permitirá entender e combater os novos processos e ataques frente a direção social crítica assumida pela formação profissional brasileira, ou seja, é a partir de uma investigação sobre o Serviço Social brasileiro que se poderá compreender os atuais desafios da formação profissional na contemporaneidade. É importante ressaltar a temática central deste trabalho, que é a ofensiva neoconservadora, em curso não só no Brasil, mas no mundo. Essa ofensiva resgata o antigo conservadorismo e dialoga com a contemporaneidade irracional e destrutiva do capitalismo. O fruto desse processo são as diversas manifestações de caráter, racista, homofóbico, antidemocrático, machista, dentre outras. Dentre esses elementos que compõem o caldo neoconservador, destaca-se o fortalecimento do fundamentalismo religioso.O fundamentalismo religioso compõe essa ofensiva neoconservadora em curso. Na particularidade brasileira, como aponta Pleyers (2020), ele tem ocupado um papel central, por meio das igrejas evangélicas, de formador do pensamento conservador. Tal fundamentalismo também chegou às instâncias públicas, prova disso é o amplo apoio das igrejas evangélicas, e também de setores fundamentalistas católicos, para a eleição de Bolsonaro. Busca-se analisar a profunda relação desse fundamentalismo com o enfraquecimento da Esquerda Católica brasileira. A perseguição e a consequente desmobilização dos grupos católicos progressistas, que bebiam na Teologia da Libertação, deu espaço para o crescimento das igrejas fundamentalistas. Toda articulação das CEBs e das Pastorais Sociais, que mobilizaram a população na luta pelos seus direitos, deu lugar à setores fundamentalistas, protestantes e católicos, que formam sujeitos a partir de uma moralidade conservadora.Esse fundamentalismo, somado aos outros aspectos da ofensiva neoconservadora, impactou significativamente o Serviço Social. Uma das atuais vertentes conservadoras da profissão dialogam explicitamente com esse fundamentalismo religioso. A ofensiva neoconservadora também tem afetado os diversos parceiros históricos da profissão, como os movimentos sociais, que cada vez mais vêm sendo reprimidos e deslegitimados. Dentre esses movimentos, destacam-se os grupos da esquerda católica, os quais foram de fundamental importância para a construção da direção social crítica profissional. Ou seja, o fundamentalismo religioso não só é fruto do enfraquecimento da esquerda católica, mas também colabora para sua desmobilização. Sendo assim, nota-se que esse recrudescimento do conservadorismo, carregado de fundamentalismo religioso, ataca profundamente o legado crítico profissional responsável pela construção do Projeto Ético Político-Profissional (PEPP) no Brasil. Se naquele processo histórico a Teologia da Libertação contribuiu decisivamente com o trabalho popular, com o debate dos problemas reais vivido pelas camadas trabalhadoras, com o Serviço Social e com a composição de sua matriz crítica, hoje o que vemos é o fundamentalismo religioso sendo antítese dessa esquerda católica no sentido de contribuir com a negação do legado deixado pela Teologia da Libertação. O que existe, hoje, é um processo de retomada e de reconstrução de um projeto conservador de perfil explicitamente reacionário, frequentemente articulador de uma alternativa que ajusta fundamentalismo religioso, defesa da propriedade, ideologia da prosperidade social e econômica daqueles (as) que são tementes a Deus, valores conservadores sustentados na tríade Deus-pátria-família (monogâmica e patriarcal), empreendedorismo social, valorização dos mais fortes e preparados (as) (de suas habilidades pessoais) e absoluta subserviência à sociabilidade capitalista e a seus valores. Esta complexa articulação, cuja base de sustentação encontra-se na própria realidade e no ideário das classes sociais dominantes, se expressa em uma tradição bastante regressiva que tenta resgatar e reeditar os vínculos da profissão com um passado doutrinário já criticado pelas frações mais progressistas Movimento e Reconceituação latino-americano. Destacamos por fim a importância da defesa do Projeto Ético-Político, projeto construído historicamente no Brasil e que, como já apontado, apresenta importantes princípios e valores emancipatórios. A defesa dessa direção social crítica passa por um estudo do processo histórico da sua construção e o pleno entendimento do seu legado, mas também passa pela análise e as reflexões acerca da atual conjuntura e das ofensivas que ele vem sofrendo na contemporaneidade.
#075 |
Examen a los hallazgos de la Investigación “Museos Viñamarinos: Discursos por una Web 2.0 y su Parentesco con el Trabajo Infantil durante el Periodo 2015-2021 en Viña del Mar”
Raúl Cardemil
1
1 - Universidad de las Américas.
Resumen:
El escenario complejo que tiene emergencia al combinarse la respuesta de la sociedad civil ante el desgaste del modelo neoliberal y la ocurrencia de un contexto sanitario con características pandémicas impele a la disciplina a explorar producciones de conocimiento no convencionales. A partir de ese cuadro, es consistente apelar a la integración del aumento de comprensión del parentesco como ensamble que supera las fronteras de las distinciones, según Donna Haraway, del tránsito de lo arborescente a lo continente rizomático, de acuerdo Félix Guattari y Gilles Deleuze, de la interpretación que entrega el marco interdisciplinario que permite analizar el fenómeno de las ideologías, desde la visión de Teun van Dijk, y la utilización de teoría de grafos para reflejar redes de alta complejidad y multidimensionalidad. (salto de linea)Presentando hallazgos y conclusiones de la tesis de pregrado del autor, esta ponencia pretende develar la reproducción discursiva del poder social en las prácticas de las instituciones museales como medios de masas que construyen contenidos en web 2.0 que ensamblan materialidades sociotécnicas generadoras de asimetrías como el trabajo infantil.(salto de línea)En primer lugar, se hace reconocimiento cómo esta investigación - exploratoria, crítica y utilizando el análisis crítico del discurso - deconstruye al museo como medio de masas (ruptura del contacto de la interacción, su realidad real consiste en su propia operación y creando una ilusión transcendental – memoria social -, desde el punto de vista de Bruno Latour) para visibilizar una serie de parentescos, en perspectiva cyborg, que instalan una interfase entre la memoria social (semántica) con la memoria personal (episódica) y sus representaciones que sustentan prácticas de grupo (ideología, en van Dijk). Una consideración requerida es el horizonte que abre la Big Data, expresada en la Web 2.0, sobre el modo que dichos parentescos son parte de un proceso de construcción de una identidad/reproducción social en el territorio digital, presentando un continente ignoto para el Trabajo Social. Desde este despliegue de antecedentes se delimita la cuestión que mueve esta investigación: ¿Cuáles son las estructuras y procesos que se aproximan en la construcción que realizan los museos viñamarinos en los discursos por una Web 2.0 y su parentesco con el Trabajo Infantil durante el periodo 2015-2021 en Viña del Mar? (salto de línea)El despeje de dicho problema de investigación es significativo para la Disciplina y Profesión, por una parte, desde la negatividad enunciada por Matus con sus requerimientos de un concepto anti predicativo de reconocimiento ( por lo tanto, visibilizando redes multidimensionales) para deconstruir las máquinas abstractas del neoliberalismo : el reemplazo de un sistema solidario por uno de capitalización y responsabilidad individual ( en la salud, la educación, el trabajo y la previsión social) y el uso de la teoría del riesgo para focalizar sujetos; por otra parte, el aporte de Marilda Iamamoto en torno a que la producción y reproducción de la riqueza material no tiene frontera con la creación y recreación de las formas sociales de que se reviste con características de un proceso social, y como secuencia de reproducción ampliada del dominio de clase, que tiene en el Estado un instrumento de ejercicio del poder, que exhibe una recreación de las formas mistificadas que encubren la explotación, labor reproductiva de los medios de masas como los museos. ( salto de línea)Para su resolución, esta propuesta de tipo exploratoria y diseño crítico utiliza metodológicamente el Análisis Crítico del Discurso desde la perspectiva multidisciplinar indicada por Teun A. Van Dijk: descripción teórica de la Ideología desde el complejo triángulo Discurso-Cognición-Sociedad, que en el caso del trabajo infantil permite esclarecer el tipo de dominio adultocentrista . Para la aproximación de la problemática de investigación, el marco teórico utilizado es una síntesis entre la ontología cyborg, concepción del objeto fluido (tiempo) (pensamiento marxiano joven), el rizoma como superación de lo arborescente hacia la meseta de las multiplicidades, la ideología a partir de un enfoque socio-cognitivo-discursivo y uso de la teoría del grafo para visualizar complejidades. (salto de línea)Un posicionamiento que lleva al investigador, a continuación, de registrar el corpus escrito compuesto por el discurso en los mensajes en la Web 2.0 Twitter realizados por los museos viñamarinos ( 3 en funcionamiento) realizado en el periodo estudiado con un total 560 documentos (mensajes emitidos), aplicando procesos de doble aleatoriedad, en el aspecto ético para investigación virtual usando la excepción a las guías éticas de realización en espacio público según Estalella & Ardèvol, triangulando entre la aproximación multidisciplinaria a la ideología propuesta por Teun Van Dijk, modelo de construcción-integración de Kintsch, la categorización de los ejes temáticos referenciales con los puntos del horizonte planteado por Suely Rolnik, determinación de diversidad lexical, ingresando corpus escrito en software de análisis cualitativo MAXQDA Plus 2020 20.4.1 y uso de elementos de la teoría de grafos, hacia deslindar los siguientes hallazgos desde el registro de emisiones en la Web 2.0 por parte de los museos viñamarinos que arrojan la delimitación de un dispositivo de prácticas discursivas de carácter rizomático asociado a un modelo mental definido por la producción del tiempo, la orientación individual, relaciones de consumo, categorías adultocéntricas, el cual establece parentescos (ensambles ciborg) con inclusión/exclusión ideológica que da emergencia a condiciones para el desarrollo de prácticas perjudiciales para el desarrollo y derechos de la niñez trabajadora. (salto de línea)En síntesis, lo develado por esta ponencia interpela al Trabajo Social del Abya Yala a generar un debate necesario sobre el tipo de respuestas frente al interacción entre el desgaste/reciclaje del modelo neoliberal, la invisibilización de lo colectivo como horizonte, la big data como una plataforma de reproducción de la “mística” que sostiene la asimetría que respalda la ubicación de las riquezas y , a juicio del investigador, un cuestionamiento al paquete tradicional de intervención social hacia fronteras abiertas con el encuentro ontológico, como sostiene Suárez Manrique.
#513 |
Empoderando la investigación para el desarrollo y fortalecimiento de las organizaciones de bienestar social en Panamá, para la implementación de políticas sociales
Spalding Teresa
1
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Malvina Díaz
1
1 - Universidad de Panamá.
Resumen:
La disminución de los estudios sobre la relación entre la investigación social y las políticas sociales, contrasta con la necesidad de crear nuevos enfoques para la investigación en ciencias sociales, y nuevas bases para los modelos de aplicación de investigaciones cuyo objetivo gire hacia potenciar la eficacia de las políticas que respondan a los problemas sociales, como la pobreza endémica y las desigualdades ,los programas de bienestar social actualmente en entredicho, el envejecimiento de la población ,la desigualdades de género y la criminalidad y violencia entre otros.En América Latina la relación entre investigación social y toma de decisiones públicas, según algunos estudiosos es interactivo, donde operan múltiples racionalidades, pues los procesos que conducen a ellas están en función del juego de los agentes y sus interesesCada uno está presumido de conocimiento local, y de información parcial y actúa en un medio incierto a pesar de la presión que impone la burocracia a los procesos de toma de decisiones. Esto supone que la investigación debe adaptarse a las cambiantes condiciones de la producción y circulación de conocimientos. En Panamá coexistía el uso de modelos de investigación de solución de problemas, toma de decisiones y el modelo interactivo que supone que los resultados de las investigaciones pudiesen penetrar en el terreno de las políticas como parte de una búsqueda interactiva de conocimientos. Con ello se deseaba el fomento e integración de una cultura institucional hacia la investigación, objetivo que no se ha logrado dado los intereses de los posteriores gobiernos en el fomento de los programas de apoyo a sectores vulnerablesPor ende, el Trabajo Social, como disciplina científica a través de sus prácticas en Panamá, poca ha sido la producción en materia de investigación , a pesar de que surgen escenarios emergentes en donde hay que desarrollar nuevas estrategias de intervención y dar nuevas respuestas efectivas, ante esa nueva cuestión social.Hoy los, las profesionales de Trabajo Social se encuentran relegados desde su escenario laboral dentro de los requerimientos administrativos de las organizaciones, de ahí las necesidades de información y de investigación no cumplen la función básica en el terreno de planificar, gestionar políticas y programas de desarrollo social.Nuevos retos tiene el Trabajo Social frente a este debate. Hacemos referencia en el empoderamiento de la ciudadanía en la tarea investigativa, promoción de los resultados para la gestión de políticas sociales y la reconstrucción de la intervención profesional ante los escenarios emergentes.Por ende, la redefinición de la calidad de los servicios y programas sociales para los grupos de población vulnerables, teniendo como uno de sus instrumentos básicos el ejercicio de la investigación científica, debe constituirse en política privilegiada de los gobiernos y de aquellas profesiones que tienen como tarea fundamental el logro del desarrollo humano sostenible.No cabe duda de que esta investigación facilitará el cumplimiento de las metas de los programas de acuerdo con la diversidad social existente, ofrecerá estrategias para el fortalecimiento de la investigación en las diferentes agencias de Bienestar Social, lo que mejorará la toma de decisiones para la implementación de políticas sociales y forzar alianzas entre los encargados de la ejecución de los mismos.El diseño de la investigación se enmarca en el de tipo exploratorio -descriptivo. Su finalidad será recopilar datos sobre las áreas de análisis definidas que responden a las preguntas de investigación, relacionadas a la situación a investigar con los sujetos de estudio. Su enfoque es de carácter mixto dado que su objetivo es medir el comportamiento del fenómeno ,para derivar un marco conceptual referente al problema de investigación, y expresar las relaciones entre las variables. La población objeto de estudio está conformada por un numero de 60 agencias entre públicas y privadas de bienestar social que desarrollan programas a nivel del área metropolitana de la Ciudad de PanamáEstará formado por dos segmentos. Los as profesionales encargados de la jefatura de la unidad de investigación de la agencia de existir ésta, o bien el funcionario, a que por su jerarquía pueda responder sobre los aspectos que cubren.Se hará uso de dos modalidades de instrumentos de recolección de datos. Una entrevista, identificada como técnica descriptiva con un cuestionario cuantitativo y sesiones de grupos focales. El primero se aplicará a través de convocatorias grupales para responder al cuestionario. Su diseño está basado en preguntas cerradas, de selección múltiple y abiertas. En el marco del Seminario Latinoamericano, presentaremos avances del estudio en función de los resultados obtenidos en la fase de recolección de datos cualitativa, en donde el conocimiento obtenido a partir de los sujetos abordados ,generarà valiosos aportes para el análisis de experiencias y para revalorizar el potencial de los trabajadores sociales en la gestión de políticas sociales , a través de la toma de decisiones producto de la tarea investigativa.
#081 |
¿Qué hacemos con lo investigado? Perspectivas críticas de la producción investigativa de Trabajadoras sociales insertas en Universidades neoliberales
Gabriela Rubilar
1
1 - Universidad de Chile.
Resumen:
Esta ponencia discute y tensiona el concepto de trabajo académico y las formas de medición de la productividad científica vigente en las Universidades neoliberales chilenas (Sisto, 2017, Fardella, 2020). Algunas de estas dinámicas se han visto exacerbadas en las últimas décadas producto de dinámicas de productivismo, formas de teletrabajo producto de la pandemia por SARS-Cov-2 que afectó a la región y la crisis social y política vivida en el país desde octubre de 2019 (Rubilar, Galaz y Labrenz, 2020).Se revisan los productos de investigaciones financiados con fondos externos en el país, las publicaciones académica que se derivan de estos trabajos, pero también otros productos menos considerados en las métricas de productividad como formación de nuevos investigadores, transferencia, charlas o conferencias de divulgación de resultados en formatos abiertos y dirigidos a públicos no académicos.El trabajo académico en general y la producción investigativa en particular aparecen como un lugar privilegiado para observar las transformaciones en el trabajo en contextos neoliberales, que refuerzan lógicas de competencia, meritocracia y voluntarismo en las/los académicos en cuyas subjetividades se personaliza la idea del esfuerzo investigativo.A partir del análisis de un corpus de entrevistas realizadas a trabajadores y trabajadores sociales chilenos (proyecto Fondecyt 1190257), se analiza también como el neoliberalismo ha transformado también el trabajo en la universidad. Quienes se desempeñan allí son concebidos como trabajadores cognitivos o del conocimiento y sus modos de producción están ajustado a lógicas que promueven formas de estandarización, sistema de evaluación y formas de registro que miden y valoran sus resultados, al mismo tiempo que arrojan orientaciones para la acción. De allí la noción trabajada junto a Muñoz et al de 2021 de productivismo académico.Los instrumentos de evaluación de la productividad científica, crean la ilusión que regulan la competencia, bajo la concepción que los más destacados o mejores “ganan”, adjudican fondo de investigación, lo que les permiten contar con recursos y prestigio para desarrollar su trabajo académico.La idea de prestigio es un elemento clave en el análisis de las trayectorias y transiciones investigativas, ya que los productos de las investigaciones inciden también en el capital reputacional de los académicos y termina siendo un elemento clave para pensar el análisis de estas trayectorias más allá de los parámetros vigentes de evaluación académico.En el ámbito académico se hacen públicos los resultados de las investigaciones en producciones escritas como informes, reportes institucionales, libros y artículos académicos, así como en conferencias, presentaciones en congresos y otros formatos de transmisión oral.En el formato escrito los artículos en revistas aparecen como el principal medio para presentar los resultados e investigaciones. Nogués y Cabrera (2016) le llamaron “la tiranía del paper” y Muñoz (2018) lo recoge en su escrito como uno de los exponentes de la razón neoliberal: En esa línea, y en consistencia con el ethos neoliberal, la productividad de los/as investigadores /as se mide en función de su capacidad de publicar sus resultados de investigación en revistas de alto impacto (indexadas en Web of Science o Scopus, por los que se asignan puntajes preferenciales). (2018, p.36)La tasa de publicaciones/anuales, el tipo de revista donde se publica, el orden de los autores en la publicación y el índice de citas son parámetros con los que se mide la producción de conocimiento y la trayectoria académica en las Universidades y centros de investigación. En este sentido, consolidar una carrera académica e investigadora en contextos universitarios neoliberales implica comenzar a plantearse algunas de estas cuestiones y tomar decisiones al respecto, acerca del trabajo académico que se espera realizar y las tensiones que esto supone.Algunas cuestiones del quehacer académico también se abordan en esta ponencia, que tiene continuidad en los planteamientos posteriores de Sisto (2017) y Fardella et al. (2017, 2020), quienes debaten acerca de los esquemas de financiamiento de la universidad neoliberal en una perspectiva muy simular a lo planteado por Zapata-Sepúlveda (2021). Para el caso de Chile, las universidades consideran en sus esquemas de financiamiento un fondo basal por desempeño, que se financia en base a la acreditación de las instituciones de educación superior y las publicaciones científicas que se producen. Los recursos provenientes de las publicaciones tienen relación con los sistemas de indización de la producción científica, Muñoz et al. (2020 y 2021) muestra la inserción del Trabajo Social en esta nueva economía del conocimiento marcada por lógicas de capitalismo cognitivo:El pago que debe realizarse para acceder a estas publicaciones -indexadas en WOS y algunas SCOPUS- oscila entre los USD 40,00 (por un acceso de 24 horas a un artículo específico) hasta los USD 345,00 (por un acceso de un mes a un número de una revista). Esta situación, además de reproducir el carácter elitista de la producción de conocimientos en trabajo social, refuerza la reproducción geopolítica del conocimiento válido -que es construido por quienes pueden acceder a él e interpelarlo desde sus mismos códigos. (2021, p.154)Simburguer y Neary (2016) y Simburguer (2020) también han analizado críticamente estas cuestiones para el contexto chileno, incluyendo en sus últimas aproximaciones la pregunta acerca de ¿Para quién escribimos? Sin lugar a duda, en el ámbito académico se escribe para informar y reportar los resultados de la investigación y dar a conocer el cumplimiento de los objetivos propuestos; también se escribe porque muchas veces es una exigencia de las agencias que financian los proyectos y un mecanismo de financiamiento, ya que las universidades allegan recursos por esta vía, lo que paradójicamente permite continuar desarrollando el trabajo investigativo.Es decir, se publica el conocimiento producido al mismo tiempo que se reproducen ciertas lógicas que caracterizan al capitalismo cognitivo, situación que da cuenta de las tensiones de la investigación actual, y de allí la importancia de prestar atención a ciertas prácticas y desarrollar discusiones acerca de políticas de publicación de investigaciones con financiamiento público. Optar por publicaciones de acceso abierto (open access), o pagar por este cuando las revistas no disponen de acceso abierto, forma parte de algunas de las cuestiones que hemos comenzado a discutir y problematizar en estos espacios.
#093 |
Propuestas comunitarias para resistir a la cuestión social: el caso de los mercados campesinos autónomos y las ecoaldeas en Colombia.
Antonia Arévalo Agredo
1
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Daniela Giraldo Giraldo
1
;
Laura Baquero Muñoz
1
1 - Universidad Externado de Colombia.
Resumen:
La cuestión social latente y exacerbada en Latinoamérica pone al Trabajo Social en un lugar donde las rutas de acción profesional se bifurcan entre: un ejercicio tradicional vinculado a la mitigación de sus efectos, y otro lugar, donde la profesión se asume como agente participante de las rupturas necesarias (Guerra, 1999) para resistir a las lógicas societales hegemónicas y proponer formas alternativas de habitar el mundo. Esta ponencia busca presentar dos procesos de investigación que se desarrollan actualmente en el área de Economía, Trabajo y Sociedad de la Facultad de Ciencias Sociales y Humanas en la Universidad Externado de Colombia. Estos procesos de investigación son desarrollados por estudiantes de Trabajo Social y asesorados por una docente trabajadora social; allí, se busca indagar la cotidianidad, los retos y posibilidades de propuestas comunitarias locales, que asumen la construcción de formas económicas, culturales y sociales que no se identifican con el paradigma predominante de orden capitalista. La primer investigación se enmarca en la discusión sobre el campesinado colombiano, reconocido como una población vulnerada históricamente por el Estado, ha tenido que enfrentar diferentes problemáticas sociales, económicas, culturales y políticas que han generado desigualdad y precariedad. El Trabajo Social no es ajeno a este panorama y por ello asume en la búsqueda de procesos solidarios como una puerta alternativa, que desde la autogestión, la participación, la democracia, la solidaridad, la conciencia y la justicia (Babativa & Gómez Rico, 2018), (Serna-Gómez & Rodríguez-Barrero, 2015), (Doria-Orozco, 2017), promueve la organización económica, territorial y social del campesinado, para que estas puedan hacer economía con lógicas distintas al modelo imperante, desarrollándose socialmente, aumentando su calidad de vida y la de su comunidad, incorporándose a la vida laboral, promoviendo el consumo consciente e impulsando la producción responsable y colectiva (Gómez & Insuasty Rodríguez, 2016) (Serna-Gómez & Rodríguez-Barrero, 2015).En concordancia con lo anterior, esta primer investigación que aborda la ponencia se construye con un mercado campesino autónomo ubicado en el centro de Bogotá, que agrupa 13 iniciativas agroecológicas provenientes de municipios rurales aledaños. Allí se evidencian las estrategias de resistencia comunitaria ante la falta de respaldo gubernamental y cómo en el marco de un proceso productivo colectivo se promueve la soberanía alimentaria y se establecen formas de construcción de tejido social entre los miembros del mercado y los vecinos del sector.De otro lado, la segunda investigación posiciona como centro de estudio a las ecoaldeas por ser un movimiento en auge que con sus prácticas basadas en una relación armónica con la naturaleza, reivindican la vida por encima de la economía neoliberal (Escobar, 2000); las Ecoaldeas que, según Pinzón (2014), buscan el cambio de perspectiva o visión del mundo impuesto por el modelo capitalista, la reivindicación del trabajo y la convivencia cooperativa; los cambios de la perspectiva económica; y el trabajo en conjunto con la naturaleza, son una propuesta comunitaria de alto alcance para transformar las dinámicas del territorio y sus habitantes. Esta investigación se lleva a cabo en una ecoaldea ubicada en el municipio de Cachipay en el departamento de Cundinamarca. Donde se busca contrastar las prácticas enmarcadas en la sustentabilidad y la permacultura, verificar la perspectiva de decrecimiento en el marco de los procesos económicos y Cotejar la practica comunitaria a la luz del principio de cosmovisiones relacionales.Para finalizar la ponencia se busca desarrollar una reflexión general para el Trabajo Social en el marco de las siguientes premisas:+ El Trabajo Social tiene un lugar protagónico en la discusión sobre las formas de transición socioecológica que se requieren para superar la crisis societal.+ Las lógicas económicas que se construyen en los ámbitos comunitarios en perspectiva ecológica y humanista son un campo de estudio relevante para la formación de las nuevas generaciones de trabajadores/as sociales.+ La reparación del tejido social fragmentado por el conflicto armado colombiano requiere de la inserción de perspectivas culturales y sociales alternativas y características de las comunidades indígenas y campesinas locales.
#098 |
AS POLITICAS PÚBLICAS DE ATENDIMENTO A PESSOA IDOSA:NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS E ACONTECIMENTOS AO LONGO VIDA
Nanci Soares
1
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Thomás André Vendrame Rodrigues
2
1 - UNESP - FRanca/SP/Brasil.
2 - UNESP - Franca/SP/Brasil.
Resumen:
Este artigo possui enquanto premissa básica a exposição dos dados coletados, a partir da aplicação da pesquisa intitulada Changements et Èvénements au cours de la Vie (CEVI) no Brasil reconhecida enquanto Estudo Internacional Sobre as Mudanças e Acontecimentos ao Longo da Vida, elaborada originalmente pelos professores Christian Lalive d'Epinay e M. Stefano Cavalli, no ano de 2003 em Genebra (Suíça). Adaptada pelo Grupo de Estudo e Pesquisa: Envelhecimento, Políticas Públicas e Sociedade (GEPEPPS) da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS), UNESP de Franca, para a aplicabilidade desta, na região Sudeste do Brasil, mas especificamente na região administrativa do município de Franca, em que se contabiliza um total de 23 municípios. O presente estudo, possui enquanto objetivo geral, o mapeamento das características e condicionantes sociais que perpassaram toda a trajetória de vida dos indivíduos pertencentes a essa região, até a atualidade, permitindo assim visualizar os acessos dos mesmos aos direitos sociais básicos, principalmente aqueles que competem ao segmento idoso. Em contrapartida, o artigo também retrata a percepção destes, aos marcadores históricos, tanto a nível conjuntural, quanto mundial, possibilitando assim a construção de um perfil de cidadã e cidadão local. Neste sentido, cabe afirmar que a natureza desse estudo é de cunho exploratório, por ser um inovador e poupo pesquisado para o campo das ciências humanas e sociais. A abordagem por sua vez deve ser considerada enquanto qualiquantitava por utilizar-se da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, junto da exposição e mensuração dos dados, representados a partir de gráficos e tabelas, obtidos através da aplicação de questionários e da tabulação possibilitada pelo programa IBM SPSS Statistics Data Editor. Por último, o método utilizado foi o materialismo histórico-dialético por este contribuir de maneira critica com a análise e interpretação dos dados obtidos, a fim de materializar e aprimorar a eficácia da universalidade dos direitos sociais, previstos na Constituição de 88, e assim contribuir para o campo acadêmico das ciências humanas e sociais, bem como a gerontologia social.
#129 |
Investigadores por Naturaleza: una iniciativa universitaria de apropiación social del conocimiento con escolares rurales, gestada desde el Trabajo Social.
Andrea Prado Blanco
1
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Juan Sebastián Correa
1
1 - Universidad Industrial de Santander.
Resumen:
El programa Investigadores por Naturaleza es una experiencia de apropiación social del conocimiento científico con niños, niñas y jóvenes escolares rurales de la zona de influencia del páramo de Santurbán, en la provincia de Soto Norte, departamento de Santander, Colombia. La experiencia nace desde la Universidad Industrial de Santander (UIS) con un enfoque de extensión solidaria que busca promover la investigación y apropiación social del conocimiento científico y tecnológico con perspectiva territorial. La propuesta fue planeada, gestionada, implementada y sistematizada desde un equipo de coordinación social, que incluyó la perspectiva interdisciplinar, holística e integradora del trabajo social contemporáneo, que expresa en esta experiencia el rol de la profesión-disciplina en los escenarios de apropiación social de conocimiento científico. En la ponencia se expondrán los aprendizajes y reflexiones gestados entre el período del 2019 al 2021 desde el rol de la gestión social y la asesoría pedagógica, ubicando al trabajo social como un campo de intervención y acción profesional emergente en el actual contexto de la sociedad del conocimiento y la cuarta revolución industrial en el contexto colombiano. El programa plantea como propósito el de: Estimular las vocaciones científicas de niñas, niños y jóvenes estudiantes de estas instituciones, a partir de la creación de semilleros de investigación y la articulación e intercambio de diversas experiencias y capacidades de la comunidad científica de la UIS en el área de promoción de ciencia y tecnología, con las dinámicas pedagógicas de los colegios (Prado y Hernández, 2021, p.7) La iniciativa nace desde el 2019 y ha contado con la participación de más 400 niños, niñas y jóvenes escolares, 29 docentes de 7 instituciones educativas de 5 municipios, 5 grupos de investigación de la Universidad Industrial de Santander, 12 jóvenes promotoras científicas y 1 centro de investigación entre el período 2020-2021. El programa ha constituido un ecosistema enfocado a la promoción de ciencia e investigación en la escuela rural colombiana, en el marco de la coyuntura sanitaria del covid-10. En el año 2020 se consolidaron 20 semilleros de investigación formativa (Prado et al, 2021) y en el año 2021 17, en las diversas instituciones educativas participantes (Prado et al, 2021). El proceso consiste en el encuentro entre los actores de las Instituciones educativas de básica y media y los grupos de investigación UIS. De esta forma, cada semillero contó con el apoyo de 1 de los 5 grupos de investigación UIS, orientado en cada institución por las jóvenes promotoras científicas encargadas de gestar las sesiones de enseñanza-aprendizaje en ciencia, con cada uno de los niños, niñas y jóvenes. Por el lado de las instituciones, participaron los y las docentes y rectores acompañantes del proceso quienes convocaron y motivaron al estudiantado en el desarrollo de las actividades remotas e híbridas. En el centro del programa, se ubicaron los y las estudiantes ocuparon el rol de investigadores(as) y experimentadores(as) de sus territorios con las herramientas brindadas por cada grupo de investigación, a su vez las familias que se convirtieron en acompañantes y co-investigadoras desde sus casas en el año 2020(Prado et al). El programa surge orientado a la provincia de Soto Norte, en Santander, que se encuentra en medio de un conflicto-socio ambiental por cuenta de la explotación minera cielo abierto, de la multinacional Minesa en el ecosistema de páramo. Lo anterior, generó un debate público en los diversos actores del departamento de Santander acerca del modelo de desarrollo territorial (Linares y Hernández, 2021). La discusión pública sobre los fenómenos económicos, políticos, culturales y ambientales en el páramo de Santurbán ha generado el interés de la academia colombiana en este territorio, expresado en más 85 documentos investigativos que conciben a este lugar como objeto de estudio. Las áreas del conocimiento interesadas son: ciencias humanas, ciencias biológicas, ciencias jurídicas y políticas, ciencias económicas y administrativas, ciencias de la tierra e ingenierías físico mecánicas y físico químicas (Linares y Hernández, 2021). Acorde a lo anterior, la región se ha concebido como un objeto de estudio e investigación por las diferentes áreas del conocimiento, aportando elementos al debate político desarrollado por la ciudadanía, empresa, Estado y habitantes de Soto Norte sobre la explotación sobre el ecosistema. Sin embargo, en los fines misionales de la universidad no solo se encuentra la investigación, sino también la extensión, la cual permite la construcción de procesos de articulación entre la academia y sociedad con el fin de abordar problemáticas sociales concretas. Es así que, en la fase de planeación del programa, liderada por profesionales del Trabajo social, se planteó la pregunta, ¿cómo gestar procesos de extensión universitaria con recursos de investigación? La respuesta arrojó una síntesis disyuntiva orientada a la promoción de investigación con enfoque pedagógico con población escolar infantil, juvenil y docente del páramo de Santurbán (Prado, et al, 2021). También, fue resultado del diálogo de saberes interinstitucional y de movilización de actores (Mejía y Manjarrés, 2011), como rectores y docentes de las instituciones educativas del territorio e investigadores y administrativos UIS, que permitieron la construcción de una propuesta orientada desde el nivel universitario, para fortalecer las capacidades de apropiación social del conocimiento a nivel interno con grupos de investigación y a nivel externo, fortalecer la investigación en la escuela. El diálogo de saberes entre la educación superior pública y la básica y media rural, gestó una apuesta que brindó las herramientas necesarias para realizar procesos de investigación formativa con la comunidad educativa de Santurbán.La apropiación social del conocimiento y la ciencia desde sus orígenes institucionales, plantea una tensión constante, dada su relación con el neoliberalismo (Escobar, 2017), ya que el capitalismo cognitivo lleva a concebir los productos de la academia como mercancías y objetos de valor, por ello la apuesta debe superar “las esferas del mercado, en dónde las métricas, los sectores industriales, las patentes, la innovación, las propiedades intelectuales y los derechos intelectuales entre otras cosas, restringen su divulgación científica (Gutiérrez, Hincapié, y Sánchez, 2020,p.123). La apuesta de la apropiación social del conocimiento debe ser por una apuesta democrática, que potencie el diálogo de saberes entre academia y comunidades, con el fin de diseñar estrategias de transformación de realidades que mejoren las condiciones de vida de las personas (Gutiérrez, Hincapié, y Sánchez, 2020). La reflexión sobre el proceso de investigadores por Naturaleza permite observar que la apropiación social no se realiza de manera unilateral, sino que se gestan procesos de investigación formativa situados, los cuales permiten brindar herramientas de enseñanza-aprendizaje que desarrolle pensamiento crítico, reflexivo, democrático y ciudadano en los estudiantes desde sus territorios. El trabajo social como profesión-disciplina de las ciencias sociales apuesta por su intervención en el ámbito educativo que propenda por una sociedad más inclusiva en contextos escolares rurales, en los cuales niños, niñas y jóvenes gocen de su derecho a la ciencia y educación escolar de calidad. La movilización social de actores educativos y científicos permite el mapeo y la gestión de alternativas de articulación y trabajo en red (Martínez y Merlo), que consolidan la apuesta de apropiación social en las escuelas. A su vez, el Trabajo Social desde su dimensión pedagógica permite generar reflexiones sobre los tipos de relaciones que se gestan entre los actores del escenario educativo y el juego de saberes entre la escuela y la comunidad rural y la universidad pública, gestando reflexión y acción en la manera como se definen los contenidos del programa (Bermúdez, 2008). La ponencia se enfoca a profundizar en las reflexiones emergentes de la sistematización y análisis de esta experiencia, detallando, entre otros, el enfoque problematizador de Paulo Freire, que concibe al ser humano como “un ser en situación, que todo hombre vive y se desenvuelve en un contexto socio-cultural, en un lugar determinado en sentido geográfico, con sus características peculiares” (Viscarret, 2012p. 220). La acción educativa socio-cultural, asume relaciones horizontales, críticas y dialógicas entre los diversos actores, que permite romper con el adultocentrismo presente en la escuela y la jerarquía científica universitaria, que niega los conocimientos y saberes de grupos poblacionales. Acorde a lo anterior, en el marco de la concepción de la apropiación social del conocimiento en contextos educativos rurales, resulta clave asumir principios como: la Participación, la formación y la comunicación (Gutiérrez, 2019).
FCS - L4
14:00 - 16:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#340 |
Prácticas económicas de ajuste para la gestión de la incertidumbre económica en hogares de clases populares de Santiago de Chile
Lorena Pérez Roa
1
1 - Universidad de Chile.
Resumen:
En esta ponencia presentaremos los resultados premilinares de una investigación que buscó analizar las prácticas de ajuste económicas en 15 hogares de sectores populares de Santiago. La incertidumbre económica, entendida como la percepción de riesgo y de insuficiente apoyo institucional que los individuos experimentan especialmente frente a sus decisiones económicas (Hofreiter y Bajana, 2020) afecta directamente las actividades de reproducción social presentes y a su vez, alimentan las expectativas del futuro económico. La incertidumbre activa prácticas económicas concretas que se crean a partir de las expectativas futuras que los hogares recrean (Villarreal, 2021). En este sentido, las formas en que los hogares han experimentado el aumento en la cesantía, la disminución salarial, la lentitud de la respuesta institucional y el ambiente de fuerte conflictividad social trasversalmente afectado por las transformaciones políticas del Chile actual, se vuelven interpretables a partir de las prácticas económicas concretas que los individuos despliegan para responder al día-día y que buscan calmar los temores que albergan las exceptivas de futuro. Las prácticas económicas se sostienen en justificaciones de alta sofisticación sobre cómo conciliar los recursos limitados y las exigencias familiares. Bajo un capitalismo financiarizado (Lapavistas, 2011; Lazzarato, 2013; Marazzi, 2014) el futuro se ha convertido en una categoría central para las operaciones domésticas de los hogares (Zaloom, 2018). Los hogares desarrollan “ficciones proyectivas” (Zaloom, 2018; Beckert, 2013) que les permiten guiar sus acciones económicas en función de las percepciones que construyen sobre las tendencias económicas nacionales y globales, y su propia economía doméstica. En un contexto en que la pandemia ha puesto un freno al sistema económico mundial, las expectativas para este futuro críticamente incierto albergan incertidumbres difíciles de procesar (Villarreal, 2021). Los hogares se enfrentan a un conflicto entre gastar y hacer frente a las necesidades del presente o ahorrar y prepararse para un futuro incierto (Gallardo, 2021). En este escenario de gestión de la incertidumbre, los hogares populares se han visto obligados a desplegar una serie de prácticas económicas de ajuste que buscan movilizar recursos financieros y no financieros. Por recursos financieros, entenderemos todos aquellos que los hogares perciben a través de instrumentos del mercado y que se han incorporado a las rutinas y procesos cotidianos de los hogares (Langley, 2020; Luzzi, 2017; Wilkis, 2014; Montgomere, 2020). Por su parte, los recursos no financieros son aquellos apoyos económicos que provienen de: 1) redes familiares y/o comunitarias (Cataldi & Costa, 2021; Villarreal, 2010); 2) transferencias económicas directas provenientes del gobierno (Hormes, 2017, 2021); 3) acciones económicas o “emprendimientos por necesidad” (Pérez-Roa, 2019; García-Lorenzo, 2018) que desarrollan los hogares por fuera de sus ocupaciones laborales principales. Estas prácticas económicas componen el objeto de estudio de este proyecto de investigación. Específicamente, se busca analizar estas estrategias a partir de tres dimensiones: 1) los efectos diferenciados por género en el acceso, uso y distribución de los recursos movilizados por los hogares (Predmore, 2020; Gago, 2019; Belleau y Hechoz, 2008; Pahl, 2000, 2008); 2) el peso y valorización de los apoyos estatales y comunitarios 3) el peso de las transferencias económicas intergeneracionales en la disposición de recursos de los hogares estudiados (Mejía-Guevara et al, 2019; Brit, 2016).Para los efectos de investigación utilizamos una metodología cualitativa para la recolección y el análisis de la información, que incluyó la realización de tres ciclos de entrevistas a jefes de hogar de 15 hogares de sectores populares de Santiago, la documentación de las prácticas económicas a través de los registros financieros y cuadernos contables, el seguimiento a través de registros de audio y video y la construcción de una línea de tiempo de los ciclos económicos del hogar (Duhaime, 2009). Se adoptó un enfoque de teoría fundamentada
en datos para conducir un análisis orientado por la comprensión de los participantes de las prácticas de ajuste desarrolladas. Para los efectos de esta presentación buscaremos profundizar en dos hallazgos preliminares de nuestra investigación: primero, en un análisis desde una perspectiva temporal las prácticas económicas de ajuste que los hogares de sectores populares desarrollan para sobrellevar las incertidumbres económicas; y segundo efectos diferenciados por género en el acceso, uso y distribución de las prácticas económicas de ajuste que los hogares desplegan para hacer frente a la incetidumbre económica
#493 |
Pobreza encubierta en plástico: las develaciones de desigualdad y mitos de la “clase media”. Reflexiones desde la intervención de Trabajo Social en pandemia. Chillán – Chile
PATRICIA ALEJANDRA BECERRA AGUAYO
1
1 - UNIVERSIDAD DEL BIOBIO.
Resumen:
El presente documento contiene una serie de reflexiones desde la intervención, durante la pandemia, del Trabajo Social en espacios no tradicionales y que no son asociados a la pobreza, pues, ya sea por criterio subjetivo u objetivo (clasificaciones/categorías de las políticas sociales y públicas y la propia percepción del sujeto/familia y su entorno) no están en línea de la pobreza ni son sujetos habituales de apoyos económicos y/o beneficios sociales.La pandemia desnudó un secreto a voces y derrumba el mito de la “clase media emergente” (según Bazoret, 2017, un 70% de los chilenos cree pertenecer a la clase media, pero sólo un 30% estaría en esta condición y de ellos el 38% se podría considerar emergente) en un sistema neoliberal que perpetúa las desigualdades, pero también construye realidades alternativas para un supuesto desarrollo y movilidad social.¿existe la clase media emergente o es una clase media baja y una media alta o una media media? Una clasificación que parece un juego de palabras, que resulta de la imprecisión de poder determinar quienes no son ricos y quienes son pobres, pues a juicio de Bazoret, no es apropiado declararse en los extremos; sin embargo es posible constatar en la casuística que en los últimos años como resultado de la disminución de componentes objetivos de la pobreza, distribuciones territoriales e identidad que congrega a profesionales jóvenes, con empleos precarizados, micro empresarios, más bien “emprendedores” que, por lo general, tienen ingresos no estables y recurren al sistema bancario configurando su vida económica a través de una tarjeta de crédito que les permite acceder a bienes para mantener un status y posición social como signo de desarrollo, hay un grueso de personas y familias en este gran espacio de clase media.La pandemia dejó al desnudo una cruel realidad del sistema neoliberal: la clase media no era media ni emergente para muchos de quienes allí se percibían, pues quienes están en ese espacio de limbo, no sobreviven sin el apoyo de la banca y, por ende, del crédito.A poco andar de iniciada la pandemia, con un país que comenzaba a paralizarse por las cuarentenas, se facilitó el trabajo desde casa, pero muchos/as personas no pudieron acceder a él y se entregó herramientas a los empleadores para precarizar aún más sus fuentes laborales, accediendo a la suspensión temporal del empleo y debiendo acceder anticipadamente a los fondos de seguros de cesantía (Ley de protección al empleo, BCN, 2021). Sin embargo, una gran cantidad de familias no tuvo esa posibilidad, pues no cumplía con los requisitos, otras personas quedaron sin trabajo de un día para otros y se descubre que: no tienen redes de apoyo económicas, no conocen las redes de apoyo del Estado, se sienten discriminados por tener que recurrir a estas redes, dejan de ser sujetos de crédito, pues ahora para los bancos no resultan rentables, no pueden pagar lo que deben y se exponen a que les sean expropiados sus bienes como casa y vehículo, los cuales, también se descubre, no son de ellos/as pues deben muchos años del crédito solicitado; si no hay tarjeta, no hay “ingreso-préstamo” complementario y, por ende, no hay comida.Sumado a lo anterior, considerando que las familias suelen unirse a territorios según sentido de pertenencia y, en contraparte las ayudas estatales y/o municipales también recaen en el registro territorial (administrada principalmente desde los municipios como gobiernos locales), la focalización de la entrega de ayuda no llega a estos nuevos pobres y se deben levantar sistemas de apoyo no formales, basado en la solidaridad, sistemas distintos a los que suelen levantar “los pobres” que rápidamente generaron estrategias de apoyo como ollas comunes, pero acá, los territorios de clase media, fueron invisibilizados, no existían, pues son de personas “con recursos”, no existe la solidaridad, si no la caridad, de la cual, la mayoría de las veces se es gestor, no receptor, por lo que muchos territorios también tendieron a ignorar, por omisión o simple mito, la existencia de personas y/o familias que estaban en situación de una nueva pobreza pandémica. (Recopilación de entrevistas en casuística).Generar estrategias para estos grupos no ha sido fácil y es una gran deuda, se mantiene la invisibilización, pues, actualmente, se cursa un periodo de cierta “normalidad”, en un sistema deshumanizante; reconvertir la forma de mirar el territorio, reconvertir la forma de mirar la comunidad educativa; reconvertir la discriminación; reconvertir las redes de apoyo han sido solo algunas de las necesidades que surgieron para el Trabajo Social al alero de estos espacios de intervención; sin embargo queda la impresión que se ha humanizado por un rato para volver pronto a la deshumanización; los sistemas de acompañamiento y seguimiento no dan abasto para recuperar no solo el poder adquisitivo si no la salud mental y la familia en torno a un ingreso y a un duelo por la pérdida de un estatus que, posiblemente, no recuperen en mucho tiempo.En la casuística se puede probar y comprobar que la desigualdad no sólo está instalada en la diferencia de ingresos entre ricos y pobres, si no, en la injusticia y crueldad del sistema que esconde una pobreza disfrazada de plástico, tratando de convertirla en no pobres de clase media y pone en jaque al Trabajo Social para crear nuevas posibles intervenciones, desafiantes y humanas a la vez.
#567 |
Cooperativas Sociales: Autogestión colectiva como alternativa al desempleo. Una mirada desde el Trabajo Social
Carla de Mello
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales - UdelaR - Uruguay.
Resumen:
La ponencia a ser presentada surge del trabajo final de grado para obtener la Licenciatura en Trabajo Social en la Universidad de la República (Uruguay). El objeto de estudio de la misma se constituye en torno a la capacidad de la Política Pública para lograr la inserción laboral de los sujetos por medio de la autogestión colectiva, como es el caso del Programa de Cooperativas Sociales del Ministerio de Desarrollo Social del Uruguay. Dicho Programa surge en el año 2006, en el marco del primer gobierno del Frente Amplio, fuerza política que aglutina a los sectores progresistas, teniendo como objetivo el lograr la inserción laboral de sectores en situación de vulnerabilidad social, proponiendoles la posibilidad de formar una cooperativa de trabajo con determinados beneficios como la posibilidad de ser contratados por el Estado mediante el mecanismo de compra directa y la exoneración de todo tributo nacional, además se establece un acompañamiento técnico en las áreas tanto económica como social para el proceso de formación y capacitación del proyecto, como para un seguimiento posterior. Por otro lado se establecen una serie de requisitos para su habilitación, como la presentación de un proyecto viable y un cliente que declare formalmente que contratará sus servicios. A esto se le suma algunas restricciones sobre su funcionamiento, argumentadas sobre la base de la necesidad de generar mecanismos que motiven a los proyectos a independizarse de la ayuda estatal, en este sentido los sueldos percibidos por los y las cooperativistas no pueden superar el laudo establecido para cada rama de actividad laboral, además los excedentes económicos generados no podrán ser repartidos entre los socios. A partir de una serie de entrevistas a actores vinculados con el Programa, nos pudimos acercar a la realidad actual de las cooperativas sociales, las posibilidades y limitantes que esta política establece para el desarrollo de la viabilidad, la autonomía y la capacidad de autogestión de las cooperativas sociales, las implicancias del nuevo contexto político, económico y social del país sobre los proyectos. Así como también sobre los desafíos del ejercicio profesional del Trabajo Social, vinculado con esta política en particular. Respecto a las limitantes identificadas para el desarrollo de los proyectos, en primer lugar se considera que los diferentes puntos de partida de las cooperativas sociales, tienen efecto en el desarrollo futuro, así, aquellas cooperativas que comienzan su funcionamiento con una experiencia laboral relativamente sólida y estable, logran procesos de crecimiento, fortaleciendo su viabilidad económica y social y su capacidad de autonomía. Por el contrario, aquellos proyectos que cuentan con propuestas laborales frágiles en términos de corta o intermitente duración, con tareas que van cambiando en el tiempo, entre otras cosas, no logran fácilmente desarrollar al máximo sus proyectos, corriendo el riesgo de desaparecer. En segundo lugar se advierte que las condiciones laborales a las que acceden las cooperativas podrían estar contribuyendo a favorecer determinados esquemas de precariedad laboral funcionales a las instituciones contratantes. Por último se entiende que actualmente se asiste a una intensificación de los componentes del Paradigma de la activación para esta política social en particular, donde se refuerzan concepciones que tienden a responsabilizar a los destinatarios de esta política por sus condiciones de existencia y por la construcción de soluciones para las misma. Esto se vincula con el fortalecimiento de la hegemonía neoliberal en la conducción del Estado, al cual se asiste a partir del cambio de gobierno nacional en el año 2020. Más allá de estas limitantes se considera que las cooperativas sociales representan una gran alternativa para los sujetos en ellas insertos, sobre todo pensando en las características que adquieren estos proyectos en términos de autonomía y capacidad de autogestión, que aunque siempre relativas, son herramientas claves a la hora de pensar las potencialidades de estos proyectos. Al respecto se evidencia que el modelo cooperativo de gestión de trabajo posibilita a las y los trabajadores apropiarse de la riqueza que genera su trabajo sin intermediarios. Además de que la capacidad de autogestión de los proyectos les permite orientar determinada dirección para el mismo de forma colectiva. En este sentido la posibilidad de autogestionar sus proyectos, habilita a las cooperativas a desarrollar acciones orientadas a la protección de sus socios, dando cuenta de que la visión que poseen sobre su proyecto cobra un sentido más amplio que el mero hecho de organizarse para trabajar, posibilitando trayectorias transformadoras tanto de las condiciones objetivas como subjetivas de los sujetos. Respecto al ejercicio profesional del Trabajo Social, se identifican algunos desafíos relacionados a que su inserción en el campo de los proyectos laborales autogestionados es relativamente nueva en el tiempo y distinta a los lugares tradicionales. En este sentido se advierte un proceso de deslegitimación profesional vinculado al desdibujamiento de los roles profesionales, fundamentalmente en lo que tiene que ver con el área social, promoviendo una desprofesionalización de las políticas sociales. A esto se le agrega una creciente tendencia a la desmaterialización de las políticas sociales, que en este caso particular se evidencia en la distancia existente en las amplias demandas colocadas por los sujetos destinatarios del Programa, que trascienden ampliamente las posibilidades de intervención de las y los profesionales, sobre todo pensando en las herramientas que están a su disposición para pensar sus estrategias. De igual manera es posible identificar un aporte diferencial del Trabajo Social en estos proyectos vinculado al fortalecimiento de las capacidades grupales de las cooperativas, pero también pensando en la capacidad de las y los profesionales de realizar aportes una serie de reflexiones respecto de la coyuntura donde se inserta esta política social, las posibilidades de lograr sus objetivos y respecto a los soportes puestos en juego para que las cooperativas sociales logren generar proyectos viables de forma autónoma. Si bien dicho aporte suele ser subestimado por algunos jerarcas o por algunos grupos de socios cooperativistas, el mismo además de ser útil para problematizar a la propia política social, es fundamental a la hora de que los propios profesionales construyan estrategias de intervención optimizando las posibles resoluciones a las situaciones que se les plantean.
#585 |
El trabajo en la era digital; Condiciones de vida de los Trabajadores/as en las plataformas en línea basadas en la ubicación en Paraguay
Carmen Garcia
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
Este trabajo es el resultado de una investigación que tuvo como objetivo, conocer la condiciones de vida de los trabajores /as por plataformas en línea basadas en la ubicación de personas y reparto de productos. Es una investigación exploratoria, de tipo cualitativa, se tuvo acceso a la población a conveniencia. En las entrevistas se pudo conocer la condiciones de precariedad laboral que estas personas padecen, al ser trabajadores legalmente por cuenta propia. Las aplicaciones establecer ciertos acuerdos implícitos en la contratación en la que establecen, las modalidades de trabajo, remuneración e incentivos, no así riesgos laborales los cuales van por cuenta propia de los trabajadores. La población entrevistada osciló entre jóvenes de 18 años hasta personas mayores de 40. Los motivos de ingreso a esta actividad se dieron por necesidad en muchos casos de obtener un mayor ingreso en la familia, debido a que muchos de sus miembros cuentan contrabajos estables. Otros por necesidad de contar con ingresos. Sobresale la vulnevilidad de las mujeres y la expectativa de que esta sea una actividad temporal al ser indagados en las entrevistas.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Panel presencial
8. Investigación en Trabajo Social
#185 |
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina: determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória (1960-1980)
Marilda Vilella Iamamoto
1
;
Cláudia Mônica dos Santos
2
;
Carina Berta Moljo
2
;
Sergio Quintero Londoño
3
;
Maria Rosângela Batistoni
4
1 - UERJ.
2 - UFJF.
3 - Universidade de Caldas.
4 - UNIFESP.
Propuesta del Panel:
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina: determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória (1960-1980).Nossa finalidade com esse painel é apresentar resultados da pesquisa “O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina: determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória (1960-1980)”, bem como a proposta de continuidade da mesma já em construção. Essa pesquisa – realizada no período de 2016 a 2021 – aborda o movimento de reconceituação na América Latina e seus desdobramentos contestatórios ao conservadorismo nesse universo profissional. Simultaneamente realiza interlocução com iniciativas similares ocorridas na Europa Ibero-americana, (Portugal e Espanha), no Reino Unido, na América do Norte (EUA): tanto aquelas que dele sofreram alguma influência quanto expressões de iniciativas exógenas contemporâneas, como o Serviço Social Radical de raiz anglo-saxônica e/ou norte-americano. O interesse recai sobre os fundamentos históricos e teórico-metodológicos do Serviço Social, as experiências de formação universitária e de pesquisa exemplares nesta área, identificando suas incidências no exercício profissional. Ela parte do pressuposto que elucidar as constelações que ligam presente e passado é um movimento heurístico fundamental para compreender tanto o passado recente quanto o ineditismo das atuais condições históricas; e para recriar a práxis de enfrentamento a esses tempos de regressão conservadora, contribuindo para formas de resistência política. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social (1965-1975) é um marco na sua aproximação política e teórica com as lutas, organizações e movimentos sociais que portam a defesa dos direitos, interesses e projetos societários das classes subalternas, na década de sessenta do século XX. Ele desencadeia inédita incorporação de concepções histórico-críticas no universo intelectual do Serviço Social; na afinidade eletiva entre o Serviço Social latino-americano e a vida, projetos e disputas coletivas de segmentos de trabalhadores, numa conjuntura de efervescência social na América Latina e no cenário mundial. Esta é a angulação privilegiada de leitura da história latino-americana e do Serviço Social nesse universo, no contraponto à história oficial, que passa a ser a apreendida “pelo avesso”.Nesta direção esta pesquisa alarga a interlocução internacional do Serviço Social latino-americano com propostas teóricas e político-profissionais emergentes em outras latitudes, também insurgentes ao Serviço Social instituído, em um amplo espectro. Essas experiências contestatórias indicam um processo de questionamentos, calcado em forças sociais, políticas e orientações teóricas em disputa, que sinalizam dimensões da “erosão do Serviço Social tradicional” (NETTO, 1992) no período de 1960-1980. Aqui constam diálogos com o Serviço Social na Europa (Espanha, Portugal e Reino Unido) e com a América do Norte (EUA).Essa pesquisa, realizada “em rede” internacional de pesquisadores/as na área dos fundamentos do Serviço Social, agrega aproximadamente quarenta pesquisadores dentre docentes e discentes de doutorado, mestrado e de iniciação científica, integrantes de universidades latino-americanas e europeias, nomeadamente: Instituições universitárias executoras: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Universidade Federal de Juiz de Fora; Universidade Federal Fluminense; Universidade Federal de Ouro Preto; Universidade Federal de São Paulo; Universidade Federal do Espírito Santo; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Universidade Estadual do Oeste do Paraná; Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Instituições estrangeiras colaboradoras: Portugal: Instituto Superior Miguel Torga; Universidade Lusófona do Porto; Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Espanha: Universidad de Granada; Universidad de las Islas Baleares; Chile: Universidad Católica de Valparaíso; Universidad de Chile; Argentina: Universidad Nacional de La Plata; Universidad Nacional de Rosario; Colômbia: Universidad Externado de Colombia; Corporación Universitaria Minuto de Dios. Esses/as pesquisadores/as se dividiram em subgrupos de investigação, a saber: A pesquisa acadêmica no Centro Latinoamericano de Trabajo Social - CELATS; Antecedentes e expressões da reconceituação latino-americana na “Escola de Porto Alegre”, Brasil; O significado histórico e contribuição teórica do Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS) no Brasil; O projeto profissional da Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais (1964-1980) – Brasil; Trabalho social e movimentos sociais no Chile e na América Latina. Análise histórica e desafios contemporâneos; La reconceptualización del Trabajo Social em la Universidad Católica de Valparaiso. Chile; O marxismo na reconceituação da Colômbia (As experiências de Cali, Mendellin, Bogotá e Manizales); O movimento de reconceituação argentino; O movimento de reconceituação na Costa Rica; O movimento contestatório do Serviço Social europeu no período de 1960-1980. Espanha e Portugal e Reino Unido no contraponto com a América do Norte - EUA. Desta pesquisa resultaram vários artigos em periódicos e apresentações em eventos nacionais e internacionais; dois livros editados pela UFJF e pela editora Cortez, bem como foram realizados vários simpósios internacionais. Essas produções são frutos do esforço coletivo de pensar o Serviço Social historicamente. Privilegiar a historicidade do Serviço Social supõe apreendê-lo no seu movimento de vir a ser cotidiano, em seu permanente processo de transformação ante as mudanças históricas, e mediante o protagonismo dos “trabajadores sociales”. A angulação prioritária na leitura do Serviço Social é a de sua reconceituação – determinantes históricos, memória e desdobramento – e superação, aliada aos diálogos internacionais com movimentos contestatórios no Serviço Social. Em primeiro lugar, aqui a abordagem amplia-se para o conjunto da América Latina e seu território – o continente e as ilhas caribenhas. Em segundo lugar, adquirem especial relevância, no quadro da cultura de resistência latino-americana, a releitura e a denúncia de sua dependência aos centros hegemônicos mundiais, especialmente aos EUA, e das políticas imperialistas para a região. Em terceiro lugar, o ângulo de observação do capital como relação social contraditória se mantém com centralidade, mas a ênfase da análise é deslocada para o polo das classes trabalhadoras – os “oprimidos” e subalternos –, suas lutas e projetos sociais na América Latina, na Europa (Espanha, Portugal e Reino Unido) e nos EUA, na contramão das tendências predominantes. Desta forma, apresentar os resultados dos subgrupos da pesquisa e a proposta de continuidade da mesma é dar centralidade aos fundamentos históricos do serviço social.
FCS - L5
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#010 |
“Políticas migratorias en Argentina- Cambios y controversias del gobierno conservador (2016-2019)”.
Sandra Liliana del Carmen Montiel
1
1 - Universidad Nacional de Misiones.
Resumen:
Este trabajo forma parte de una investigación en desarrollo en la actualidad sobre migrantes colombianos y venezolanos en la ciudad de Posadas, Misiones. Es un estudio descriptivo orientado a caracterizar las trayectorias migratorias, educativas, laborales, aspectos demográficos, acceso a servicios públicos y las representaciones sociales sobre estos procesos. El trabajo de investigación se realiza con metodología cualitativa y la recolección de la información está orientada a conocer y comprender desde los discursos de los migrantes los motivos de elección de este destino, las formas de adaptación a este nuevo espacio, sus trayectorias laborales actuales, sus condiciones de trabajo e ingresos. Argentina es un país de migraciones y esto se refleja a lo largo de toda su historia con la presencia de diferentes corrientes migratorias de europeos, de países limítrofes y no limítrofes de América, y de países extracontinentales de Asia y Africa. A partir de la década de los ’90 hasta la actualidad tuvo lugar la llegada masiva de migrantes de países limítrofes: Bolivia, Paraguay, Chile, Brasil y Uruguay; de personas procedentes de países no limítrofes como Perú, Colombia, Venezuela; y de países de Europa, Asia y Africa. En los comienzos de esta etapa, los procesos de radicación tuvieron lugar principalmente en la ciudad de Buenos Aires y en los grandes centros urbanos y posteriormente en otros puntos del país. La cuestión de las migraciones ha tenido una presencia fundamental en las políticas de Estado en la Argentina y en la construcción discursiva de la Nación (Domenech, 2007), y ha reflejado siempre las tensiones entre sectores de la sociedad, las corrientes de pensamiento y los proyectos políticos en distintas etapas de la historia. La Constitución de 1853 promovía la “inmigración europea” desde la perspectiva de que los migrantes realizarían un aporte a la sociedad argentina; mientras que a fines del siglo XX la presencia “visibilizada” de personas de países limítrofes exponía una mirada contrapuesta de los migrantes como una amenaza a la seguridad, al mercado laboral, y al uso de los servicios públicos de los argentinos. La Ley “Videla” vigente en ese período del país contribuyó a legitimar las políticas de rechazo y persecución a los migrantes propias del régimen dictatorial de la década anterior. En contraposición a ello, en el año 2003 se sancionó la Ley Nacional de Migraciones 25871 que presentaba una perspectiva totalmente diferente a partir de considerar “que migrar es un derecho humano” y estaba fundamentada en los principios de inclusión, pluralismo cultural, y ciudadanía comunitaria. Se garantiza el derecho a ingresar, permanecer y hacer uso de los servicios sociales básicos como la educación, la salud, el trabajo, la justicia y la seguridad social.En el año 2017 el presidente Mauricio Macri sancionó el Decreto Nacional Nº70 estableciendo una serie de requisitos para el ingreso de los migrantes al país, como ser la ausencia de antecedentes penales bajo amenaza de deportación. De este modo se vinculó el derecho a la migración con el “delito” facilitando la expulsión de extranjeros en Argentina, lo que posibilitó la deportación de más de 2.500 migrantes del país. Mientras que, en el caso de los venezolanos, se han establecido una serie de resoluciones especiales que facilitaron su permanencia en el país ya que se definió a la misma como una migración por causas humanitarias (Pedone y Mallimaci, 2019).La provincia de Misiones está ubicada en un lugar geopolítico singular que limita con Paraguay y Brasil en un 90% de su territorio, y solo en un 10% con Argentina. Ha tenido distintos procesos de ocupación del espacio regional con corrientes migratorias europeas primero, con migrantes de los países limítrofes a lo largo del siglo XX, y en las últimas décadas con personas procedentes de China, Laos, Haití, Senegal, y principalmente de Colombia y Venezuela. En este último caso se radicaron estos migrantes extracontinentales e intrarregionales principalmente en la ciudad de Posadas, capital de la provincia. Los migrantes colombianos y venezolanos representan uno de los grupos más numerosos, visibilizados en distintas actividades laborales, y en espacios institucionales educativos. Se presentan en este trabajo algunos resultados parciales de la investigación y reflexiones sobre los datos. Los migrantes colombianos presentan bajo nivel educativo, escasos ingresos e inserción laboral en oficios de carpintería, venta de muebles y préstamos en efectivo. En general, sus trayectorias migratorias están relacionadas a la presencia de familiares en la ciudad, o de personas del mismo pueblo o ciudad de origen que promovieron su traslado a Posadas. Presentan un alto grado de movilidad en función de la situación económica, puesto que ante la falta de ingresos se trasladan a otras ciudades, países de la región o retornan a Colombia. El proceso de radicación de migrantes venezolanos data en la mayoría de los casos desde el año 2017 hasta la actualidad. Han llegado solos, en pareja o con su grupo familiar. Presentan perfiles de altos niveles de instrucción en general, en muchos de los casos cuentan con una formación universitaria de grado y posgrado. En la mayoría de los casos trabajan en oficios y actividades no vinculadas a su formación académica y profesional, en servicios, ventas, empleo doméstico y oficios de la economía informal, sujetos a condiciones de inestabilidad laboral, bajos ingresos y falta de protección social. Caben destacar diferencias significativas en términos de imaginarios sociales y acciones legales en relación a estos migrantes. En el caso de los migrantes colombianos son mirados con desconfianza y temor ante el estigma siempre vigente de la relación de su país con el narcotráfico; y han vivenciado situaciones discriminatorias y de persecución de las autoridades policiales por un lado, y de grupos sociales por otro. Mientras que, en el caso de los migrantes venezolanos tienen facilidades legales de residencia, una mejor inserción laboral por sus perfiles educativos, y la mirada social de apoyo social ante la crítica situación de su país. La intervención profesional del Trabajo Social con migrantes se desarrolla en los servicios públicos y en ONG´s, y constituyen practicas novedosas en la región.
#049 |
Movimentos sociais, manifestações e protestos em Santa Catarina no contexto da pandemia do Covid-19
Gabrielly Cabral Monsani
1
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Maria Teresa Santos
1
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Tânia Regina Kruger
1
1 - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.
Resumen:
O presente estudo visa apresentar dados e reflexões construídos com base na realização de uma pesquisa de caráter exploratório a partir de notícias sobre movimentos sociais, coletivos organizados, manifestações e protestos no estado de Santa Catarina (Brasil) no contexto da pandemia do Covid-19, mais especificamente entre o período de 13 de março de 2020 - quando foi identificado o primeiro caso em Santa Catarina - e 31 de julho de 2021. Com o objetivo geral de identificar os movimentos sociais e as formas de resistência popular neste território e conjuntura explicitados, este estudo ainda buscou apontar algumas hipóteses e caminhos que jogam luz, dentre outros, para quais protestos, manifestações e lutas foram desencadeadas nesse período; quem protagonizou as lutas e a quem representavam; o que reivindicavam e quais eram suas principais bandeiras de luta; quem publicou a notícia, em quais
sites e com que frequência. A metodologia adotada na realização do estudo consistiu, primeiramente, em buscas no
site de pesquisas
Google, em abril de 2020, pelas palavras-chave “protestos”, “manifestações” e “movimento sociais”, com o intento de localizar os
sites de jornais de Santa Catarina, de movimentos sociais e outras organizações com atuação local que tratassem dos movimentos sociais, manifestações e protestos ocorridos em território catarinense no contexto desta crise sanitária e socioeconômica. Com base nessa procura preliminar, definiram-se dezoito
sites como fontes privilegiadas para coleta de dados, a qual ocorreu a partir da pesquisa interna pelas palavras-chave utilizadas anteriormente. Resultaram desta busca, no período de dezesseis meses destacado previamente, o significativo número de trezentas e noventa e cinco notícias, com predominância do
site NDmais, vinculado ao Grupo Rede Record de TV, concentrando aproximadamente 58,7% das publicações. O NDmais configurou-se, assim, como o principal
site a respeito dos movimentos sociais e/ou grupos organizados que se manifestaram no contexto da Covid-19 em SC no intervalo contemplado por este levantamento. A partir da análise e sistematização das matérias encontradas, é possível apontar, de maneira sintetizada, que dos dezoito
sites pesquisados, a distribuição de notícias foi bastante desigual em relação ao período, macrorregião do estado de Santa Catarina e ao próprio
site de veiculação de notícias. No que se refere aos sujeitos coletivos, o levantamento explicitou que as notícias deram ênfase a sujeitos genéricos como “manifestantes”, “população”, “moradores” e outras expressões similares - cerca de 17,97% das notícias -, sem aprofundamento na apresentação e/ou detalhamento de quem são ou por quem são constituídos estes grupos. Foi possível também identificar nas notícias a presença de grupos organizados mais tradicionais como associações, sindicatos e a aglutinação de alguns grupos para determinadas ações - 4,55% das manchetes. Ainda, observou-se que os
sites que divulgaram as notícias, ao passo que não aprofundaram as características dos sujeitos e suas reivindicações, possivelmente revelaram a presença marcante de movimentos das chamadas “novas direitas” no Brasil, com suas pautas, refletidas e divulgadas especialmente pelo site NDmais, explicitamente vinculado às forças conservadoras em Santa Catarina. Dentre estas, ressalta-se que 12,91% das notícias apresentavam como principal reivindicação o retorno presencial de alguns setores - com ênfase no setor privado e do comércio -, a manutenção da forma presencial de uma determinada atividade apesar da piora dos quadros da pandemia ou, ainda, pela desvinculação da matriz de risco das decisões sobre a abertura ou fechamento dessas atividades ou setores. Nesse sentido, destaca-se neste trabalho o papel das notícias enquanto mercadoria, produtos que refletem as relações de poder e enfatizam, por um lado, as ações de oposição à restrição de várias atividades comerciais sob a alegação de prejuízo à economia no contexto da pandemia, protagonizadas por representantes variados destes setores. Do ponto de vista das classes subalternizadas e setores populares, a ênfase voltou-se à questão da terra, moradia e/ou contra o despejo, sobretudo no que diz respeito a demarcação das terras indígenas e contra o Projeto de Lei nº 490/2007, conhecido como “Marco Temporal” - totalizando 6,83% das notícias, sendo esta a segunda reivindicação mais recorrente - e pelo direito à vacinação - correspondendo, respectivamente, a 5,82% das notícias e a posição de terceira pauta mais frequente. Dessa maneira, estes conteúdos explicitam os conflitos presentes no cenário catarinense em face da pandemia, sendo uma amostra do universo do movimento mais amplo do negacionismo dos efeitos da Covid-19 e suas consequências, bem como do movimento que cobra que o Estado e o poder executivo federal assuma seu papel de gestor da política de saúde pública e implemente ações efetivas no combate à propagação do vírus, evitando o contágio progressivo e as mortes em decorrência do mesmo. Demonstra-se que, apesar da difícil conjuntura e das classes e frações dominantes, representadas pela maior parte dos
sites pesquisados e notícias veiculadas, há resistência popular pulsante nas terras catarinenses. Ademais, considera-se que foram identificados importantes elementos para aprofundamento e análises sobre as iniciativas de resistência popular na busca de sobrevivência e/ou melhores condições de vida, bem como as manifestações de grupos e segmentos que lutam pela conservação da ordem vigente, expressões do ultraconservadorismo no estado de Santa Catarina.
#013 |
La reconstrucción familiar de adolescentes migrantes en la comuna de Recoleta
Francisco Ramirez
1
1 - UDLA.
Resumen:
El creciente fenómeno de los procesos migratorios en Chile, ha venido acompañado del aumento de la migración familiar de población menor de 18 años, profundizando su situación de vulnerabilidad propia de la edad, con su condición migratoria. Esta complejidad se acreciente frente a la fragilización familiar en los procesos migratorios, ya que la migración va apareada de elementos relacionados con el bienestar y la reconstrucción familiar, donde los adolescentes también se ven involucrados en los procesos. Es por ello que se realiza una investigación que pretende recoger las experiencias y visiones de los adolescentes sobre sus procesos migratorios.Para este estudio se realizó entrevistas grupales, con adolescentes de tres diferentes escuelas básicas municipales pertenecientes a la comuna de Recoleta, que se encontraran cursando durante el desarrollo de la investigación octavo básico. La investigación fue del tipo descriptivo y longitudinal, entendiendo que no solo se realiza un proceso de descripción de los elementos presentes en la construcción sociofamiliar de los adolescentes, sino que también en relación al proceso migratorio desde las experiencias subjetivas de los mismos adolescentes.Se observa que dentro de los procesos migratorios de los adolescentes se caracteriza, por lo general, por una separación y una reunificación familiar, donde se complejizan y fragilizan las dinámicas familiares, tanto por la separación con alguno de los padres, como por las redes familiares que se tejen con los cuidadores en sus lugares de origen. Es por ello que el proceso de reunificación familiar, que contemplan las políticas públicas, se vuelve en una verdadera reconstrucción familiar para los adolescentes.A la vez uno de los principales elementos revelados es sobre su participación en el proceso migratorio, donde se surge la necesidad desde los adolescentes de ser involucrados desde la toma de decisiones y las trayectorias migratorias, proceso que puede influir en una adecuada inserción al lugar de llegada.Ser adolescente migrante es un aspecto que influye de manera más bien subjetiva y emocional a este colectivo, marcado por la pugna y contradicción entre las culturas de origen y llegada, con las que convive. La investigación realizada nos permite considerar junto con los adolescentes migrantes, sus condiciones sociales y familiares que ellos visualizan y consideran, para poder construir identidades positivas, hibridas, complejas y flexibles.
#329 |
Sujetos migrantes y neoliberalismo. Análisis sobre el impacto de la política de securitización en el sur.
Luciana Oholeguy
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales UdelaR.
Resumen:
Esta ponencia pretende desarrollar algunos de los enfoques teóricos que se utilizan para analizar el tema de la migración en el contexto actual del neoliberalismo, perspectivas que permiten comprender a la migración desde diversos ámbitos ya sea, como movimiento social; por otro lado, analizarla como movilización forzada y también conectar estas situaciones con las políticas de securitización y su impacto en los países del sur. Analizar cómo se estas políticas exponen a los sujetos migrantes a transitar en situaciones de vulnerabailidad, los exponen a mayores riesgos como lo es el ejemplo del tráfico de personas.Para ello presentaremos algunos enfoques teóricos como lo es el de “la autonomía de las migraciones” y el “enfoque de la teoría del sistema mundial”. Para la teoría del sistema mundial las migraciones son "un producto más de la dominación ejercida por los países del centro sobre las regiones periféricas, en un contexto de estructura de clases y conflicto". (Arango, 2003:17) En este sentido, autores como Portes, Sassen, Durand y Massey iluminan desde un marco global y macrosocial el análisis teórico del fenómeno de la migración internacional y permiten comprender y explicar desde lo conceptual y lo contextual, los determinantes del tipo de migración que estudiamos en la actualidad.El enfoque de Castells (2001), plantea a la migración como un movimiento social, señala el cuestionamiento del poder, la lucha de clases, remarca los procesos de resistencia de los migrantes y también posibilita pensar el capitalismo contemporáneo. Desde el enfoque de la autonomía de las migraciones, Mezzadra (2012:160) se basa en algo diferente: observa que los migrantes -documentados e indocumentados-actúan como ciudadanos e insiste en que esos migrantes ya son ciudadanos. Esto requiere conceptualizar la ciudadanía de un modo distinto del empleado por los estudios convencionales, en los que la preocupación esencial consiste en integrar a los migrantes dentro de un marco legal y político ya existente. Nosotros, en cambio, destacamos la importancia de las prácticas y reivindicaciones de aquellos que no necesariamente son ciudadanos en términos jurídicos con el fin de desarrollar una comprensión adecuada para transformar el propio marco legal de ciudadanía.Tal como señala el autor, este enfoque posibilita analizar los movimientos y las luchas de los migrantes en condición irregular como un elemento central para la construcción de la ciudadanía. Y si pensamos en luchas de los inmigrantes y demás, surgen las siguientes preguntas que señala Castells, (2001: 136): ¿qué estados están implicados? ¿A qué conquista del poder nos referimos? ¿A la del país de origen o a la del país receptor? Esta cuestión no es en absoluto intrascendente sobre todo si tenemos en mente toda una serie de interpretaciones ultrainternacionalistas. Éstas se basan en la realidad de la inmigración y la internacionalización del capital y abogan por una revolución internacional (...)Luego de realizar este recorrido teórico, la propuesta es caracterizar el contexto en el cuál se enmarcan las trayectorias migratorias de las personas cubanas que inmigran hacia Uruguay en la actualidad, fundamentalmente en lo que respecta al impacto de la política de securitización desde el sur sobre la población inmigrante. Finalmente, se desarrolla de manera breve como se realiza el tránsito de la población cubana hacia Uruguay. Me centraré en analizar la cuestión de las migraciones inscriptas en un capitalismo global y el neoliberalismo, entendido este último como propuesta de tipo de sociedad y de lazo social. (...)la matriz neoliberal no se reduce a un conjunto de medidas macroeconómicas más o menos 'duras' sino que supone un cambio filosófico radical respecto de cómo construir sociedad, para usar el lenguaje de Castel. Por eso enfatizamos que estamos trabajando en el nivel de la racionalidad, los fundamentos, la lógica de intervención del Estado. (Campana, 2014: 16) Se parte de la base de que el neoliberalismo ha provocado la desigualdad global, incide en el desarrollo de la migración económica, también en lo que respecta al tráfico de personas, este último, un negocio en el cual existe una ambivalencia y un conjunto de actores que se manejan entre lo legal y lo ilegal. En Uruguay el tema del tráfico de migrantes y de migración irregularizada, se aborda desde la disputa entre su criminalización y el discurso de derechos humanos, donde se ha visualizado la situación de violencia que acarrean estos desplazamientos en las trayectorias migratorias de las personas, sobre todo desde el discurso de ongs y redes de migrantes que trabajan en la asistencia social directa a los mismos. BIBLIOGRAFÍA Arango, J. (2003) “La explicación teórica de las migraciones: luz y sombra” en Migración y Desarrollo, Zacatecas, Latinoamericanistas, nº 001. Castells, M. (2001) La Sociología Urbana. Alianza Editorial. Madrid. Campana, M. “Del Estado Social al Estado Neoliberal: un nuevo pacto social en Nuestra América”. En Perspectivas Sociales, vol. 16, nro. 1. Universidad Autónoma de Nuevo León, Nuevo León, México, 2014. Cordero, B. Mezzadra, S. A y Varela A. (coords.) (2019) América Latina en movimiento. Migraciones, límites a la movilidad y sus desbordamientos. Universidad Autónoma de la Ciudad de México. Traficantes de sueños.Mezzadra, S. (2012). Capitalismo, migraciones y luchas sociales. La mirada de la autonomía. Nueva Sociedad, núm. 237. Quijano, A. (2000) Colonialidad del poder y clasificación social. Journal of World-System Research, Vol. XI, No. 2, Summer-Fall, pp. 342-386 Zolberg.A.R. "The Next Waves: Migration Theory for a Changing World". International Migration Review, Vol. 23, No. 3, Special Silver Anniversary Issue: International Migration an Assessment for the 90's. (Autumn, 1989), pp. 403-430
#356 |
Cuidado Humano y Migración. Las respuestas del Estado uruguayo dirigidas hacia la primera infancia migrante.
Luciana Oholeguy
1
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Melina Osores
2
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Cecilia Fajardo
2
1 - Facultad de Ciencias Sociales. UdelaR..
2 - FCS UdelaR.
Resumen:
La presente ponencia busca analizar la perspectiva del Cuidado Humano en el contexto de Migración, desde la óptica del país de destino: Uruguay. Más específicamente, se busca indagar sobre cuáles son las respuestas que brinda el Estado para la población migrante con niños/as en la primera infancia y las estrategias de cuidado que utilizan. Por otro lado, analizar cómo se presenta esta temática en dos ciudades: Montevideo (la capital del país) y Rocha, un departamento del interior.Para ello, se utilizará la perspectiva teórica de cuidado humano, de capital social y cultural de Bourdieu, el análisis sobre la infancia en contexto de migración, el género y las políticas públicas. El propósito de esta ponencia es realizar un trabajo colectivo de reflexión sobre estas temáticas, en las que cada una de las autoras hemos venido trabajando desde los diversos ámbitos.La dimensión espacial de este estudio, comprende a dos lugares geográficos delimitados. Por un lado, un barrio de Montevideo: la Ciudad Vieja, lugar que cuenta con alta densidad de población migrante residente y por el otro, las ciudades de: La Paloma y La Pedrera, en el Departamento de Rocha. Se busca en este trabajo, analizar con qué recursos cuentan las familias para solucionar el cuidado de sus hijos/as en la primera infancia. Este trabajo se encuentra enmarcado temporalmente en los últimos dos años (2021-2022), período de tiempo el cuál estuvo atravesado por la pandemia mundial del SARS-CoV-2, donde solucionar el cuidado de hijos/as ha sido una de las necesidades más importante de las personas en contexto de migración.El contexto de pandemia implicó desafíos en la relación del ámbito productivo y reproductivo de las familias migrantes, incrementando la injusta distribución de las tareas al interior del hogar y fundamentalmente, en las mujeres con una sobrecarga de estas tareas (Bango, 2020). Tal como plantea Aguirre (2005), entendemos al cuidado, como una actividad con rostro femenino, dado que son las mujeres, las que mayoritariamente realizan el trabajo no remunerado en el ámbito familiar. Es por esto, que el análisis desde la perspectiva de género, es fundamental para conocer cómo se da la adjudicación de roles a nivel social y familiar. Según Aguirre (2008) el cuidado puede ser remunerado o no remunerado, como consecuencia de las elecciones políticas, las diversas culturas y estructuras de género imperantes. Es por ello que entendemos que la perspectiva de cuidado, debe estar transversalizada por el análisis de género y la perspectiva de las políticas públicas.Como expresa Bourdieu (2000), la dominación masculina siempre ha estado presente, y estas relaciones de poder de los hombres sobre las mujeres, cobran más fuerza en las relaciones de parentesco. Retomando a Gonzálvez (2013):la migración pone en evidencia un problema social no cubierto (...) estrechamente relacionado con un Estado de Bienestar que se fundamenta, en palabras de Comas D’Argemir, en un modelo laboral masculino que jerarquiza entre lo público y lo privado, mantiene el constructo de la mujer con lo doméstico, y a partir de ello establece una desigualdad estructural entre hombres y mujeres. (Gonzálvez, 2013:134)En cuanto a la perspectiva del cuidado humano, visto desde las políticas públicas que abordan el problema del cuidado infantil, nuestro país cuenta con soluciones de carácter focalizadas, dirigidos a los sectores más vulnerables de la sociedad, una de las más importantes a subrayar es la política del Plan CAIF. Este Plan se ha posicionado como una política de trascendencia en el cuidado de niños en la Primera Infancia, debido al incremento de la población atendida y la expansión de los centros en el territorio nacional. Esta política es de carácter intersectorial, de alianza entre Estado y Organización de la Sociedad Civil, con fondos de INAU,[1] brinda atención interdisciplinaria a niños de 0 a 3 años de edad en situación de vulnerabilidad, promoviendo la protección y promoción de Derechos y el fortalecimiento del vínculo con los adultos referentes (MIDES, 2021). Con base a lo expuesto con anterioridad, es que cobran relevancia los Caif, como una red de carácter institucional.Como manifiesta Montoya (2019), el capital social de las personas inmigrantes se centra en la obtención de redes sociales, que hacen posible su inserción en el nuevo destino. Concibiéndose fundamental, este tipo de capital en el proceso migratorio, debido a que funciona como un elemento central para sortear los desafíos que se presenten, como por ejemplo, la conciliación del cuidado con el empleo. BibliografíaAguirre, R. (2005).
Los cuidados familiares como problema público y objeto de políticas públicas. Montevideo, Uruguay: Universidad de la República. Extraído de: Rosario_Aguirre.pdf (cepal.org)Aguirre, R. (2008). El futuro del cuidado en Arriagada, I.
Futuro de las familias y desafíos para las políticas. CEPAL. Publicación de las Naciones Unidas.Bango, J. (2020).
Cuidado en América Latina y el Caribe en tiempos de COVID-19. Hacia sistemas integrales para fortalecer la respuesta y la recuperación. ONU Mujeres, CEPAL.Bourdieu, P. (2000).
La dominación masculina. Buenos Aires, Argentina: AnagramaFajardo, C. (2022) “
Las mujeres inmigrantes latinoamericanas en el departamento de Rocha: Un acercamiento a la conciliación del cuidado con el empleo”. Tesis de grado. Universidad de la República (Uruguay). Facultad de Ciencias Sociales. Departamento de Trabajo Social. Gonzálvez, H. (2013).
Los cuidados en el centro de la migración. La organización social de los cuidados transnacionales desde un enfoque de género. Migraciones. Publicación Del Instituto Universitario De Estudios Sobre Migraciones, 127-153. Ministerio de Desarrollo Social (2021) CAIF. Extraído de: https://www.gub.uy/ministerio-desarrollo-social/node/8934 Montoya, L. (2019).
Las redes migratorias y el Capital Social: Un estudio de caso de la integración de dos estudiantes migrantes venezolanos en Bogotá. Bogotá, Colombia: Pontificia Universidad Javeriana.Oholeguy, L. (2013).
“Las trayectorias de vida de las inmigrantes peruanas que trabajan en el servicio doméstico en Montevideo. ¿Cómo impacta el proceso migratorio en sus identidades como mujeres trabajadoras? ” Tesis de Maestría en Trabajo Social. Facultad de Ciencias Sociales. Departamento de Trabajo Social. En: Colibri: Las trayectorias de vida de las inmigrantes peruanas que trabajan en el servicio doméstico en Montevideo. ¿Cómo impacta el proceso migratorio en sus identidades como mujeres trabajadoras? (udelar.edu.uy) Osores, M. (2022) “
Estrategias de cuidado en la primera infancia migrante en una zona de Montevideo-Uruguay”. Tesis de grado. Universidad de la República (Uruguay). Facultad de Ciencias Sociales. Departamento de Trabajo Social. [1]Instituto del Niño y Adolescente del Uruguay.
#125 |
A educação mediada por tecnologias digitais em tempos pandêmico de ofensiva ultraliberal: o Serviço Social se manifesta - sei que não vou por aí
Tereza Cristina Pires Favaro
1
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Elizangela da Conceição Ribeiro
2
1 - Universidade Federal de Goiás.
2 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
A construção desta proposta subsidiada pela revisão bibliográfica, documental, respaldada em autores que se apropriam da concepção histórico-dialética, baseando-se no pensamento e estudos de Marx, se deu pela importância de problematizar criticamente a imposição do Ensino Remoto Emergencial(ERE) às universidades brasileiras em tempos pandêmicos pelo Covid-19, face a ameaça da destituição da “educação de seu sentido mais pleno, qual seja, o da troca e construção coletiva no processo de ensino-aprendizagem” (ANDES, 2020, p. 8). O ERE, “compreendido como um dos elementos do processo de contrarreforma da educação em curso no Brasil e em toda a América Latina” (FARAGE, 2020, p.55), impostos pelo projeto capitalista internacional, produzindo/reproduzindo uma sociabilidade e um desenvolvimento desigual e combinado para fortalecer o capital em detrimento da vida e do trabalho humano. Processo que afeta todas as universidades públicas, precariza a formação, acentua o individualismo e intensifica o trabalho docente.Nesta conjuntura, desde março de 2020, diversas instituições federais de educação superior encontram-se com suas atividades presenciais suspensas. Visto que, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a situação de pandemia provocada pela Covid-19, e a necessidade de isolamento social como estratégia de contenção do vírus, justificativa que o Ministério da Educação (Mec) apropriou para substituir as classes presenciais por meios digitais, pela Portaria n. 343, de 17 de março.Nesse sentido, as atividades mediadas por tecnologias digitais configuram um arranjo para manter a “normalidade acadêmica”, porém, excludente, porque o uso de tecnologias não alcança a maioria dos estudantes da classe popular que ingressa na universidade pública, historicamente, ocupada pela minoria da sociedade brasileira. Assim posto, aprofunda o distanciamento entre educação e transformação da realidade social da classe trabalhadora, ao impor/reproduzir a educação superior de bases elitista.No atual cenário de incertezas diante do aprofundamento da política ultraliberal sobre a educação superior pública e na medida em que o momento histórico aponta para adesão ao ERE, a pandemia intensifica a ofensiva mercantil/financeirizada. Ao fazê-la, sucumbe professores e administrativos em situação de intensa exploração, i.e., precarizados em seu trabalho ao sucatear a educação pública, em específico na instância federal, e deixar estudantes pertencentes à classe trabalhadora que vivem em localizações distanciadas do urbano – sem fornecimento adequado e condições para utilizar a internet, ficam à mercê e/ou eliminados do processo educacional brasileiro. Diante disso, o ERE corrobora para devastar mais ainda as condições do retorno presencial e ameaçar a autonomia das universidades federais, com o discurso falacioso de expansão da educação superior, apropriado pelo projeto do REUNI Digital, que intensifica a ofensiva do seu projeto privatista.Esta realidade de crise do capital acirra-se com a pandemia no Brasil, impacta a sociabilidade, as relações de trabalho e de familiares, visto que, esses tempos ofensivos com a política do governo, intensifica-se com a produção/reprodução da violência, a barbárie humana, se apoia no negacionismo, na tentativa de desmoralização da educação pública, criminalização do pensamento crítico e nos cortes constantes do orçamento financeiro público. Neste ordenamento, o Relatório do Banco Mundial intitulado “Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, de 2017, a aprovação da Emenda Constitucional 95 (conhecida como teto dos gastos) e proposta do Projeto Future-se, derrubada em 2016 por meio de luta e pressão, dão pistas da intencionalidade do Ministério da Educação por um projeto de mercantilização da educação pública superior, apoiado na Declaração de Bolonha (1999) (BOSCHETTI, 2015).As instâncias burocratizadas pelo Estado brasileiro, utilizam a pandemia para esvaziar politicamente as demandas de ensino e as pautas que requerem a participação estudantil vêm marcadas por discussões aligeiradas, sem aprofundamento das reflexões e das respectivas propostas. Para Leher (2020)[...] a universidade comprometida com os problemas nacionais e dos povos, [...] diante da crise, a saída do capitalismo dependente é sempre autocrática. Em nossos dias, não há como compatibilizar democracia burguesa com pedagogia revolucionária. A pedagogia que se chama “liberal” e “democrática” tornou-se ultrarreacionária na América Latina (p. 29-30).O conservadorismo reacionário defende a neutralidade da educação e a universidade pública sem posicionamento crítico perante a realidade social. Contrapondo a Paulo Freire (1987): a educação não pode ficar neutra frente às forças opressoras, deve sim, assumir posição crítica e contribuir na sua transformação comprometida com a liberdade e autonomia do homem, sujeito histórico no mundo em que vivemos. Por isso, afirma: “seria ingenuidade esperar das elites opressoras uma educação de caráter libertário” (p.84).Esses desafios ao conjunto do Serviço Social interpelam a reafirmar a educação e a universidade pública como essenciais para potencializar o ser social frente às contradições do capital e exige o compromisso da classe trabalhadora na luta pela defesa da universidade pública e da formação de sujeitos críticos sustentada no tripé ensino-pesquisa-extensão articulada as demandas sociais. REFERÊNCIAS BOSCHETTI, Ivanete. Expressões do Conservadorismo na Formação Profissional. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n.124, p. 637-651, out./dez. 2015. BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº 343, de 17 de março de 2020. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ed. 53, 18 mar. 2020. Seção 01, p. 39.CFESS. Conselho Federal de Serviço Social. Nota das entidades sobre o trabalho e ensino remoto emergencial. 2020. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/1NotaForumNacional2020.pdf. Acesso: 01 mai. 2021.FARAGE, Eblin. Educação superior em tempos de retrocessos e os impactos na formação profissional do Serviço Social. Revista Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 140, p. 48-65, jan./abr. 2021. Disponível em:https://www.scielo.br/pdf/sssoc/n140/0101-6628-sssoc-140-0048.pdf. Acesso: 18 jul. 2021.FREIRE, Paulo. In: FREIRE, Ana Maria Araújo (org.). Pedagogia da tolerância/Paulo Freire. São Paulo: Editora UNESP, 1987.LEHER, Roberto. Universidade Brasileira: reforma ou revolução? Atualidade de uma obra fundamental. In. FERNANDES, F. (Org.) Universidade brasileira: reforma ou revolução? 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2020.SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (ANDES). Projeto do capital para a educação: o ensino remoto e o desmonte do trabalho docente. Cartilha ANDES-SN, Brasília, v.4,
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#212 |
La Renovación Crítica de la Ética del Trabajo Social en Colombia. Una lectura desde la Ontología del Ser Social de György Lukács.
Daniel Guasgüita
1
1 - Corporación Universitaria Minuto de Dios.
Resumen:
La propuesta de esta ponencia es resultado parcial del proyecto de investigación que el autor adelanta actualmente en el marco de la
Maestría en Ética y Problemas Morales Contemporáneos de la Corporación Universitaria Minuto de Dios, Bogotá, Colombia. La problemática central de la investigación es la
Renovación Crítica de la Ética del Trabajo Social en Colombia teniendo como fundamentos filosóficos los aportes de la
Ontología del Ser Social de
György Lukács. Por lo tanto, se intenta responder a la pregunta
¿Cuál es el proyecto de Renovación Crítica de la Ética propuesto por Lukács en su Ontología y cómo ello aporta al proceso de Renovación Crítica de la Ética del Trabajo Social en Colombia? La respuesta a este interrogante tiene el siguiente desarrollo temático:La
Crisis del Gremio del Trabajo Social en Colombia se agudizó a inicios del 2020 debido a que, dada la no expedición de la versión del Código de 2019 por parte del Congreso de la República, los
Entes Reguladores de la profesión diseñaron una nueva versión del Código en forma de
proyecto de ley para que cumpliera con dicho requisito sancionatorio. Sin embargo, hubo un obstáculo:
la vigilancia de los profesionales de base, organizados en varias agremiaciones, que denunciaron la
ilegitimidad de dicho
proyecto de ley al no responder a un proceso democrático amplio y participativo y por hacerse a espaldas de la mayoría de los profesionales. Puesto que la versión del Código de 2020 no logró pasar por el Congreso de la República, debido a la presión ejercida por las
Asociaciones y
Agremiaciones, en este momento el Código de los Trabajadores Sociales en Colombia es un Código
ilegal y, con eso, también
ilegítimo, pues como no existen mecanismos de participación efectivos ni principios democráticos que lleven a un debate abierto y profundo sobre las necesidades éticas del gremio, su regulación ha quedado en manos de una burocracia gremial arbitraria que desconoce la realidad académica, laboral y formativa de los Trabajadores Sociales de base.Esta situación provoca que en la actualidad toda la
contradicción entre
Entes Reguladores y
Organizaciones Profesionales gire en torno a la modificación de la
Ley 53 de 1977 que regula el ejercicio profesional en Colombia y que resulta anacrónica e insuficiente por estar formulada bajo la Constitución de 1886 y no por la Constitución de 1991, y, junto con eso, provoca que gire también en torno a la formulación de un nuevo Código de Ética que, según el avance de la lucha profesional, pueda contar con una legitimidad auténtica e incluir en su seno las reivindicaciones de los sectores profesionales más amplios, democráticos y participativos, haciendo del problema de la ética profesional no un asunto de mera normatividad, sino de la más
cualificada sustantividad al pasar de la sanción deontológica al empoderamiento de los proyectos ético-políticos profesionales fundados sobre bases ontológicas.Para saldar la problemática actual de la ética en la profesión, es necesario ejercer una crítica al Código de Ética por más ilegal o ilegítimo que pueda ser. La naturaleza de los Códigos de Ética guarda en su constitución varias problemáticas relacionadas con su carácter
deontológico y
axiológico. A lo que se refiere esto es que la Filosofía Moral y la Reflexión Ética pueden encontrar en un Código Deontológico una forma de manifestación, pero también necesitaría que su axiología explícita se llevara al plano de la
inmanencia de la práctica profesional y, en ese caso, la axiología del Código tendría que salir de él hacia el mundo y, sobre todo,
nacer del mundo. Este alcance dialéctico-materialista propicia una crítica que no pueden cumplir la deontología ni la axiología por sí mismas, aunque ellas sean importantes, sin la referencia a una ontología que fundamente la inmanencia de los
valores y del
deber.Siendo así, se propone una
fundamentación ontológica de la ética para la renovación crítica de la ética profesional. Estos fundamentos ontológicos de la ética vienen dados por la
Ontología del Ser Social elaborada por el marxismo de Lukács. El edificio conceptual de esta moral ontológica, dialéctica y materialista parte del
trabajo como categoría fundante del Ser Social. De allí, de esta determinación productiva, nacen consecuencias reproductivas en el plano de la consciencia dando lugar a expresiones diferenciadas de la reproducción de las condiciones de producción, más específicamente, de la reproducción moral. Dado que la orientación, como se dijo, es dialéctico-materialista, las categorías marxistas básicas de
relaciones sociales de producción y de
lucha de clases, podrán explicar de qué manera la reproducción moral deviene en alienación por las características propias del Orden Social Capitalista. Como fin último, la Ontología del Ser Social propone una serie de
suspensiones de dicha reproducción moral alienada, en las que se cuenta la
reflexión ética y la
acción política, para poder alcanzar un
momento catártico de concientización crítica de la moral.En ese estado de concientización ético-política se encuentra el Gremio Profesional en Colombia que mediante la lucha por organizarse, ha revelado una nueva forma ontológica de fundamentar su ética exigiendo que el reconocimiento del profesional como asalariado -es decir, como parte de la clase trabajadora- le permita defender sus condiciones laborales, y exigiendo también una reforma de toda la estructuración gremial bajo un principio democrático-participativo real que dé paso al empoderamiento profesional de la cultura política democrática como praxis ético-política. Esto significa que la discusión ética en la profesión deba hacer un tránsito desde el Código de Ética hacía la construcción de un
Proyecto Ético-Político Profesional Crítico que esté en concordancia con principios y valores éticos acordes con el
Proyecto Societario de construir
Paz con Justicia Social.
#217 |
Participación del trabajo social en los procesos de planeación del desarrollo territorial. Reflexiones a partir de una práctica profesional
Harlinson Perez Varela
1
;
Cristian David Ceron
1
1 - Universidad de Antioquia.
Resumen:
Por un momento al pensar en la planeación, pareciera que toda nuestra atención se enfocara inmediatamente en acciones a largo plazo, en nuestra cabeza se recrean pensamientos que logran idealizar el bienestar y avance cómo sociedad. Frente a ello, se adhieren un concepto el "desarrollo territorial" como una relación necesaria con la planeación, conceptos que a su vez podrían volverse posturas que ayudan a consolidar el sentido de los procesos de intervención social que se pueden promover para crear una interrelación con las prácticas políticas, culturales, económicas y sociales en espacios determinados.En esta ponencia se plantea un análisis desde el quehacer del profesional de trabajo social en el escenario de la planeación del desarrollo territorial, reconociendo su manera de ser y estar en dicho espacio, las críticas que se han consolidado desde trabajo social alrededor de esa área, para luego evidenciar nuevas formas de su participación en algunos procesos específicos de dicha área, y finalmente, proponer unas proyecciones en ese campo laboral. El papel del profesional de trabajo social en la planeación del desarrollo territorial en Latinoamérica se ha venido realizando en la lógica del desarrollo capitalista, y en muchas ocasiones las prácticas profesionales no logran escapar de dicha influencia, es por eso que su participación en esta área se ha visto reflejada en procesos de mediación entre los territorios, comunidades, e intereses políticos con su respectiva visión del desarrollo, además en la creación de proyectos de sostenibilidad, y estrategias preventivas para contrarrestar algunas problemáticas futuras, mismos procesos que causan dilemas éticos para el profesional, lo cual ha sido detonante para establecer algunas críticas frente a su participación en esa área. En cuanto a la crítica desde el trabajo social en torno a la planeación del desarrollo territorial, esta se verá direccionada hacia la noción del desarrollo. La disciplina ha hecho aportaciones desde lo teórico-metodológico, ha logrado manifestarse a lo largo de su historia a través de su misma reconceptualización, en sus aportes a la teoría intercultural y decolonial, y nuevas visiones del desarrollo, también de abstenerse como profesión a tratar casos, grupos y comunidades sin suficiente análisis contextual, postura que a su vez actualiza la importancia del diagnóstico social para participar en procesos de planeación en los territorios.Lo anterior nace de una reflexión de un proceso de prácticas profesionales, enmarcada en la secretaría de planeación de la Alcaldía de Turbo, Antioquia, Colombia, un municipio al lado del Mar Caribe, que limita con Panamá, además el municipio cuenta con amplias proyecciones de crecimiento poblacional determinada por la perspectiva de desarrollo derivadas de proyectos de infraestructura cómo la construcción de un puerto marítimo, por otra parte la empleabilidad en el área agroindustrial debido a que este municipio es uno de los mayores exportadores de banano del país, teniendo en cuenta lo anterior el territorio se ha visto como gran epicentro económico, sin embargo, no significa que en materia social sea lo mismo, dado que aún convergen varios actores al margen de la ley que en muchas ocasiones limitan la participación ciudadana para la reclamación de sus derechos, también existen carencias en proyectos sociales que involucran el gasto público para resolver problemáticas en los servicios básicos, vivienda, educación, deporte, cultura y la integración social, puesto que son latentes algunos intereses particulares y la falta de una voluntad política que permea la buena gestión y accionar en las intervenciones sociales.Por otra parte, teniendo en cuenta la participación y aportaciones del trabajo social en el campo de la planeación del desarrollo territorial, se ha dado apertura al proceso de visibilización del quehacer profesional dentro de la administración pública del municipio de Turbo, en donde el profesional de trabajo social ha visto la oportunidad de actuar desde espacios diferentes a la inclusión social cómo suele ser, para integrar elementos que consolidan su accionar en procesos de planeación, los cuales giran en torno a proyectos de infraestructura, de ambiente, sociales y de organización territorial, es así como el quehacer del trabajo social desde este contexto se encuentra vinculado por tres categorías; lo físico, lo ambiental y la participación social, mismas que han direccionado la postura profesional para que exista una intervención integral. El trabajo social ha validado su quehacer en dicha área de la institución a través de su participación en la creación de un modelo de Planes de Desarrollo Participativos, el cual se empieza a implementar en la administración pública a partir de 2016, teniendo en cuenta la metodología usada mediante jornadas participativas de imaginarios y la alcaldía a tu barrio, propuesta direccionadas desde el componente social en donde se logró destacar la participación de la comunidad para la creación de un diagnóstico más aterrizado, esto permitió darle un sentido social a la configuración del Plan de Desarrollo Territorial. En ese orden de ideas, fue dicha participación la que permitió instaurar su intervención en otros procesos, en los cuales se hará especial énfasis para vislumbrar la reflexión de la práctica profesional, la cual se enmarca por un lado en el proyecto que busca la sustitución de vehículos de tracción animal a tracción mecánica, y la construcción de una plaza de pescado, dichos procesos buscan mejorar los espacios físicos para el trabajo, teniendo en cuenta el componente ambiental y la participación social, en donde la intervención desde el trabajo social ha tenido como objetivo principal promover procesos organizativos comunitarios que permita la autogestión de los sujetos mediante una estrategia socio-comunicativa que les permita ser los protagonistas.El quehacer de la profesión en este escenario permite que se recreen nuevas posibilidades de replicación en otros lugares, es una apuesta que logra consolidar el verdadero potencial de las intervenciones, puesto que se deposita en trabajo social una capacidad innovadora de promover el reconocimiento social y la apuesta de lo público por vincular intereses que parten de la motivación misma de los sujetos, desde allí se adoptan nuevas perspectivas para abordar el desarrollo territorial desde un enfoque social en lo público - privado, desde las alianzas, redes institucionales y el fortalecimiento mismo de la participación comunitaria.
#229 |
Assédio moral no trabalho de assistentes sociais no Brasil: a luta pela hegemonia e a disputa política, teórica e metodológica
Isaura Gomes de Carvalho Aquino
1
;
Nanci Lagioto Hespanhol Simões
1
;
Pedro Leonardo Cedrola Vieira
2
1 - Universidade Federal de Juiz de Fora.
2 - Universidade Federal de Viçosa.
Resumen:
O presente artigo coloca na pauta do trabalho profissional de assistentes sociais a questão do assédio moral, identificado nas relações e processos de trabalhos nos quais assistentes sociais se inserem, a partir de uma experiência acadêmica de estágio supervisionado e de demandas dos profissionais que chegam ao CRESS (Conselho Regional de Serviço Social) da 6ª Região, Seccional de Juiz de Fora (Minas Gerais), no Setor de Orientação e Fiscalização (SOFI). Direcionada pela Política Nacional de Fiscalização do Conjunto CFESS/CRESS (Resolução CFESS – Conselho Federal de Serviço Social - 512/2007), a fiscalização do exercício profissional possui caráter preventivo e educativo no que tange à orientação do Código de Ética (1993) e da Lei de Regulamentação da Profissão, número 8.662, de 7 de junho de 1993, bem como, as demais Resoluções emitidas pelo CFESS.De acordo com o levantamento de dados disponibilizados pelo CRESS/6ª Região (Vieira, 2017) e do Relatório produzido pelo SOFI (2012), identifica-se que 18,7% das demandas ao CRESS, referem-se às relações de trabalho de assistentes sociais em seus mais diversos espaços sócio-ocupacionais. Profissionais que foram atendidos no CRESS demonstraram dificuldade no exercício pleno da ética profissional, o que gerou, desgaste físico e mental, redundando em “insegurança ética”. Entretanto, o assédio moral se manifesta, no plano da imediaticidade do efetivo exercício profissional, através de conduções abusivas, intencionais e recorrentes de chefias, colegas de trabalho e, até mesmo, de usuários dos serviços prestados por assistentes sociais, sejam por orientações verbais ou escritas, que desqualificam, constrangem e isolam profissionais que passam a sofrer com o trabalho. Entretanto, estas manifestações de assédio moral possuem raízes mais profundas e são analisadas aqui, para fins do desenvolvimento do artigo, como uma das estratégias contemporâneas de
controle da força de trabalho, tendo em vista a superexploração e a subsunção formal da força de trabalho (Marx, 1969). Em tempos de crise do capital, com bases na financeirização do capital, na superação, em processo, do modelo de acumulação taylorista/fordista para a acumulação flexível, inúmeras são as estratégias de gestão e racionalização da força de trabalho, tendo em vista a ampliação, em escala exponencial, da capacidade de acumulação do capital.A partir da análise dos dados apresentados no Relatório produzido pelo SOFI (2012), o assédio moral sofrido por assistentes sociais atravessa interesses institucionais que contribuem para a reprodução do capital, como a polivalência, a subcontratação (terceirização), formas alternativas à legislação trabalhista que são legalmente burladas, contratando assistentes sociais de formas precárias, para desenvolver o trabalho, em condições igualmente precárias. Sendo o assistente social um trabalhador assalariado está submetido à logica e às manifestações deste novo modelo de acumulação. Além do processo de alienação, do desenvolvimento de atividades com finalidades a um fim, de produzir concretamente recursos institucionais com vistas à execução de políticas sociais públicas ou privadas nas quais está inserido, este trabalhador, coletivo, possui outras particularidades em face dos demais: as contradições que envolvem o estatuto profissional, Projeto Ético-Político dos assistentes sociais brasileiros e as demandas institucionais; a tensão entre classes sociais e; a manifestação e luta por hegemonia de projetos sociais antagônicos e divergentes (Iamamoto, 2007 e 1988). O Relatório do SOFI aponta, ainda, para um dado peculiar em relação ao trabalho de assistentes sociais na contemporaneidade, a explicitação da luta por hegemonia na direção teórica, política e ideológica que fundamentam historicamente o trabalho profissional. O Serviço Social brasileiro que sofreu uma grande inflexão no início dos anos de 1980, na esteira da Reconceituação do Serviço Social latino-americano, superando o Serviço Social tradicional e lançando bases sólidas para o enfrentamento do conservadorismo profissional - fundamentado no positivismo e na sua tradição, tais como, as influências do funcionalismo, do estruturalismo e do estrutural-funcionalismo. Não obstante, como bem observou Netto (1996), em prospecção quanto às vertentes teórico-profissionais, àquela época, na primeira metade dos anos de 1990, identifica-se “o desenvolvimento de uma
vertente neoconservadora, inspirada fortemente na epistemologia pós-moderna, afinada com as tendências da moda das chamadas ciências sociais e tendo o seu gume crítico apontado para a revisão dos substratos das conquistas anticonservadoras dos anos oitenta” (Netto, 1996, p. 127,
grifos do autor), capaz de ressuscitar práticas tradicionais (estratégias profissionais), funcionais à ordem do capital. Concomitantemente, identifica-se, a partir do Relatório do SOFI, o que Netto (1996, p. 127) denominou de “repulsa anarcoide ao universalismo da modernidade (...), seja no irracionalismo aberto (...), seja no relativismo mais primário (com a equalização de todas as formas de socialidade)” que, em síntese, equipara-se à onda pós-moderna que atinge, com vigor, a direção social crítica alicerçada na teoria social de Marx, substrato da vertente “intenção de ruptura” (Netto, 1994, p. 247 e ss). Profissionais assediados em seus espaços sócio-ocupacionais, são em geral, aqueles que defendem o Projeto Ético-Político e fazem o enfrentamento teórico e político em oposição ao neoconservadorismo e às expressões pós-modernas que têm invadido o Serviço Social.Referências bibliográficasBrasil.
Lei de Regulamentação da profissão. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/legislacao_lei_8662.pdf. Acesso em: 12/04/2022.Código de Ética do Assistente Social. Disponível em: https://www.tjsp.jus.br/Download/Corregedoria/pdf/Codigo_de_Etica_do_Assistente_Social.pdf Acesso em 22/04/2022.CRESS 6ª Região.
Relatório de Fiscalização – COFI Juiz de Fora, 2012.IAMAMOTO, Marilda Villela.
Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez Editora, 2007.IAMAMOTO, Marilda Villela e CARVALHO, Raul de.
Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 6ª edição, São Paulo: Cortez; [Lima, Peru]: CELATS, 1988.MARX, Karl
. Capítulo VI Inédito de O Capital: resultados do Processo de Produção Imediata. São Paulo: Moraes. 1969NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social. São Paulo: Cortez Editora. 1994.___. Transformações societárias e Serviço Social – notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. In:
Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez Editora. Ano XVII, nº 50, abril de 1996.VIEIRA, Pedro l. C. - As Relações e Condições de Trabalho do Assistente Social na Contemporaneidade – Juiz de Fora – Graduação em Serviço Social /
Universidade Federal de Juiz Fora - Trabalho de Conclusão de Curso, 2017.
Virtual 1
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias virtuales
6. Formación de grado
#137 |
Un análisis decolonial desde el Trabajo Social
Sofía Rivero
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
Un análisis decolonial desde el Trabajo Social Categoría: Reflexión/estudio teórico-metodológico.Eje Temático: Formación de grado. Comencemos pensando en colonialidad, específicamente en los primeros encuentros. Imaginemos aquella época, donde el territorio americano al que construían como un lienzo blanco, el cual supuestamente esperaba ser coloreado por aquellas ocupantes con brillantes armaduras y montadas en bestias desconocidas. Pocas veces reparamos en las consecuencias de la conquista, y su trascendencia a lo largo de las épocas siguientes. Las mismas se presentan como una extensión legítima de un proceso completo de tipificación, subjetiva y objetiva, de los componentes de la vida actual en nuestro territorio.La producción de conocimiento acaba determinando el método de sustento teórico racional, que permite la extensión de la dominación colonial, ejerciendo una doble violencia: epistemológica e histórica-social. Este proceso, no sólo epistemológico, sino también social, determina la perspectiva a través de la cual se va a observar y analizar la realidad. En este entramado, la Universidad cumple el rol de rectora y albacea de la producción del conocimiento “válido” en todas las áreas, teniendo como objetivo echar luz sobre la totalidad de los aspectos del mundo que nos rodea. (Castro-Gómez, 2007)La lógica colonial de conocimiento, que marca el rumbo a recorrer por parte de la institución, la podemos identificar en varios de sus aspectos medulares. Por un lado, tenemos la perspectiva de análisis, relacionada enteramente con las distintas corrientes epistemológicas que dominan el campo de conocimiento en cada una de las áreas. Continuamos con la metodología, utilizada para corroborar la objetividad de la investigación en curso, partiendo generalmente de una concepción donde quien investiga es diferente al objeto de estudio. Por último, tenemos la estructura organizativa de las Universidades, divididas en facultades, departamentos, cátedras y comités académicos. Una perspectiva de análisis del mundo, que lo concibe de manera parcelada y no como una entidad compleja, retroalimentada por cada uno de sus aspectos constitutivos. La Universidad cumple el papel de albacea del conocimiento, no solo como hogar de la producción académica, sino también como celadora de la legitimidad de la misma, planteando así una estructura arbórea, la cual favorece el desarrollo de zonas delimitadas y jerarquías entre las disciplinas que conviven en ella: “Es decir que el conocimiento ya no tiene como fin último la comprensión de las “conexiones ocultas” entre todas las cosas, sino la descomposición de la realidad en fragmentos con el fin de dominarla” (Castro-Gómez, 2007, p. 82)La corriente racionalista dominante de la ciencia moderna, toma como referente de su planteo a Descartes. Los argumentos metodológicos, se basan en la división de la realidad en factores que respondan a las reglas matemáticas. Estos, tienen como fin alcanzar un análisis integral controlado de los fenómenos a través de su división. Así, las conexiones tendidas con el resto de las áreas de la realidad pasan a segundo plano. Este método de análisis del mundo, se puede extrapolar a la estructura institucional/organizacional universitaria, en la cual nos encontramos con la misma lógica de concepción y producción de conocimiento. Este perfil epistemológico, para Castro-Gómez se puede nombrar como “Hybris de punto cero”:La ciencia moderna pretende ubicarse en el punto cero de observación para ser como Dios, pero no logra observar como Dios. Por eso hablamos de la hybris, del pecado de la desmesura. Cuando los mortales quieren ser como los dioses, pero sin tener capacidad de serlo, incurren en él y esto es, más o menos, lo que ocurre con la ciencia occidental de la modernidad. De hecho, la hybris es el gran pecado de Occidente: pretender el predominio de una perspectiva sobre todas las demás, pero sin que de él se pueda tener otro punto de vista. (Castro-Gómez, 2007, p. 83)El pecado original occidental no confesado, determina la existencia de un contingente de teorías y conceptos que terminan siendo validados por el propio hecho de existir, transformándose en una falacia aplicada como una verdad. La verdad, al no ser una sola, nos abre la ventana a un tipo de pensamiento otro. En el corazón de la Hybris del punto cero, tenemos el modelo de pensamiento complejo (Castro-Gómez, 2007), el cual parte de la base de la integralidad material/epistémica del universo (transdisciplinariedad) y de la convergencia de todo conocimiento en todos los conocimientos. Teniendo en cuenta nuestro rol dentro de la investigación: “Descender del punto cero implica, entonces, reconocer que el observador es parte integral de aquello que observa y que no es posible ningún experimento social en el cual podamos actuar como simples experimentadores. Cualquier observación nos involucra ya como parte del experimento” (Castro-Gómez, 2007, p. 89).En este caso, la búsqueda de objetividad se basa en el reconocimiento del lugar ocupado en el campo de estudio, dejando atrás aquella posición externa o diferenciada del objeto, y partiendo de la idea de que el trabajo realizado va a incluir a ambas, en todo los procesos en los que la investigación se embarque. Ello, lejos de resultar algo negativo, se visualiza como oportunidad para la producción de intercambios superadores con aquella(s) que deseo entender. Luego de identificar las líneas divisorias dentro y hacia fuera de los ámbitos de producción y reproducción del conocimiento, debemos encontrar los modos de trascenderlos. Con el fin de completar el proceso, se vuelve necesario retomar el concepto de transdisciplinariedad, el cual se relaciona con la producción de una amalgama, con los conocimientos disponibles vinculados a un tema, que aporten una visión integral del mismo. Para lograrlo, debemos romper con la barrera del conocimiento moderno, que cataloga a todo lo que no se encuentra alineado a la perspectiva eurocéntrica, como mitología. Sumiendo en zonas grises aportes vinculados a la concepción integral-histórica-territorial de los fenómenos. Con el fin de materializar este modelo de deconstrucción del conocimiento decolonial, se torna imperiosa la ruptura de la barrera epistemológica dominante y la convergencia de las diferentes formas de conocimiento no-hegemónicas que forman parte, también, de la cosmología ignorada del saber. BIBLIOGRAFIA:Castro-Gómez, S. y Grosfoguel, R. (2007). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.Cedrés, E. (2016) “Humanidad, Política y Utopía. Aportes de la Teología de la Liberación y la Reconceptualización, para pensar el papel del Trabajo Social hoy” Fronteras [en línea]. 2016, n.9, pp. 63-75.Claramunt, A. y Leopold, S. (2007). El Trabajo Social en Uruguay. Tensiones y desafíos de la formación y la inserción laboral de los profesionales en la actualidad. En: Trabajo y formación en Trabajo Social. Avances y tensiones en el contexto de Iberoamérica. Guerra Et All. Coordinadores. Editorial Universidad de Granada, Campus Universitario de Cartuja, Granada, España.De Martino, M.; (2008); Poniendo el cuerpo... trabajadoras en contextos de incertidumbre. En: Porzekanski, T. (coord) El cuerpo y sus espejos. Estudios Antropológicos — culturales. Editorial Planeta, Buenos Aires, v. 1, p. 191-206.Doménech, A. (2013). La metáfora de la fraternidad republicano-democráticarevolucionaria y su legado al socialismo contemporáneo. Revista de Estudios Sociales N° 46. Bogotá, mayo-agosto de 2013. Donzelot, J. (2007) La invención de lo social. Ensayo sobre la declinación de las pasiones políticas. 1° Edición. Buenos Aires. Nueva Visión.
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DESAFIOS À FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL E PERFIL PROFISSIONAL: BREVES CONSIDERAÇÕES
Itamires Lima Santos Alcantara
1
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Sandra Lourenço de Andrade Fortuna
1
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Luciane Francielle Zorzetti Maroneze
2
1 - Universidade Estadual de Londrina/UEL.
2 - Universidade Estadual do Paraná/UNESPAR.
Resumen:
Este ensaio teórico tem por objetivo analisar os desafios postos à formação profissional em Serviço Social no Brasil na atual conjuntura, tendo em vista as contradições entre o projeto de formação construído historicamente pela profissão, cuja expressão maior se evidencia na construção das Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS de 1996, e o projeto burguês que sustenta hegemonicamente as relações sociais que se materializam nas particularidades brasileiras. Este projeto implica numa determinada concepção de educação – imediatista, superficial e pragmática, que influi diretamente na formação e no trabalho profissionais, especialmente no caso em tela relativo ao Serviço Social, impondo tensionamentos à constituição de um perfil com qualificação necessária para apreender a realidade social como totalidade e para intervir profissionalmente de forma crítica e propositiva.A tradição crítica e a produção do conhecimento no Serviço Social, conforme nos aponta Lima (2012), Pereira e Queiroz (2020) têm um amplo acúmulo de debate e crítica ao projeto de educação burguesa, na qual a educação é entendida como mercadoria e ao mesmo tempo, formação de um determinado perfil de trabalhador fundado na “razão instrumental” que atende primordialmente às exigências do mercado de trabalho e voltada para os interesses do capital (FERREIRA, 2018). Vivemos numa conjuntura de crise estrutural do capitalismo com grandes consequências para o conjunto da classe trabalhadora – e vale destacar, com acentuados rebatimentos em trabalhadores/as negros/as, mulheres, LGBTQIA+, indígenas, etc.-, agravada sobremaneira pela pandemia do novo coronavírus eclodida no ano de 2020, com números alarmantes no Brasil. Toda essa dinâmica tem aprofundado e evidenciado as desigualdades sociais estruturais de matriz colonial e racista existentes no país no qual a maioria de sua população vive em condições extremamente adversas de vida.O que fica evidenciado para nós é que, embora as desigualdades educacionais em nosso país tenham raízes profundas, se tem no Brasil, principalmente, a partir dos anos 1990 com o processo de neoliberalização do capital, um projeto em curso de contra-reforma das políticas sociais (BEHRING, 2008), dentre elas, da educação, alinhado às exigências dos organismos internacionais.Esta contrarreforma no âmbito do ensino superior se expressa na perda do monopólio do Estado no que tange à garantia da educação, no privilegiamento do repasse de verbas públicas ao setor privado em detrimento das universidades públicas, na flexibilização do ensino manifesto no ensino a distância, na precarização do trabalho, dentre muitos outros fatores.Diante desse contexto, como nos chama atenção Ferreira (2018), conhecer o perfil de estudante que adentra os cursos de graduação em Serviço Social não deve passar como uma questão despercebida, ao contrário, esta é uma tarefa que deve ser entendida como fundamental para se pensar as particularidades que perpassam a formação, considerando que as Diretrizes Curriculares oferecem as ferramentas para apreender não somente este perfil, mas as possibilidades de vislumbrar propostas que qualifiquem a formação profissional na direção do fortalecimento do Projeto Ético-Político do Serviço Social.Esse processo nos demonstra que a educação é um campo constante de luta. Como acentua Tonet (2005), vivemos numa sociedade de classes, e por isso mesmo, a educação é atravessada pelos antagonismos sociais, onde o direcionamento das políticas educativas é dado pelas classes dominantes. Desse modo, qualquer proposta de educação emancipatória, será sempre cerceada pelos limites do próprio capital. Por esse motivo, a transformação da educação implica na própria superação da sociedade de classes (MÉSZÁROS, 2008).Diante destas questões, o presente artigo, oriundo de levantamento bibliográfico, apresenta análises que evidenciam o quão imperativo é o fortalecimento desta discussão, a qual exige a análise crítica da realidade para entendermos o projeto de mercantilização da educação e seus rebatimentos no processo de formação profissional em Serviço Social à luz do Projeto Ético Político Profissional e as Diretrizes Curriculares da ABEPSS para os cursos de graduação em Serviço Social no Brasil, tendo em vista o perfil de profissional que se pretende construir em contraposição ao perfil exigido pelo mercado.Ressalta-se que a preservação e o aprofundamento do Projeto Ético-Político Profissional do Serviço e o fortalecimento da formação profissional dependem não apenas da vontade do corpo profissional, mas também do fortalecimento da luta mais geral da classe trabalhadora. ReferênciasBEHRING, E. Brasil em Contra-Reforma: desestruturação do Estado e perda de direitos. 2ed. São Paulo: Cortez, 2008. FERREIRA, A. M. Capitalismo em crise, educação superior e as configurações do perfil do estudante de Serviço Social: reflexões a partir do estágio supervisionado. Tese (Doutorado em Serviço Social). Programa de Pós-Graduação da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7452460. Acesso em: 30 abr. 2022.LIMA, K. Expansão da educação superior brasileira na primeira década do novo século. In: PEREIRA, L.D; ALMEIDA, N.L.T.de. (Orgs). Serviço Social e educação. Coletanea Nova de Serviço Social. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012, p. 1- 28.MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.PEREIRA, L. D. Expansão dos cursos de Serviço Social na modalidade de EAD no Brasil: análise da tendência à desqualificação profissional. In: PEREIRA, L.D; ALMEIDA, N.L.T.de. (Orgs). Serviço Social e educação. Coletanea Nova de Serviço Social. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012, p.51- 70.QUEIROZ, V. de. O fundo patrimonial (endowment fund): a agenda do capital para as universidades brasileiras. Revista Universidade e Sociedade, n. 65, jan. 2021, p. 42-35. Disponível em: https://issuu.com/andessn/docs/revista_us_65_web. Acesso em 30 abr. 2022.TONET, Ivo. Educação, cidadania e emancipação humana. Ijuí: Unijuí, 2005.
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EDUCAÇÃO, “INOVAÇÃO DISRUPTIVA” E OS NOVOS DESAFIOS À FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA CLASSE TRABALHADORA
Taise Negreiros
1
1 - Universidade de Brasília.
Resumen:
Este artigo tem como objetivo discutir o conceito de inovação disruptiva e como ela repercute nas políticas educacionais. Esta discussão teórica é parte de um trabalho maior referente a uma pesquisa de doutorado cujo objeto de estudo foi o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação em processos de formação profissional a partir de dois anos de 2000. Para este artigo, o recurso metodológico utilizado foi a revisão bibliográfica a que se destina. trabalhar os principais conceitos e elementos teóricos necessários para apreender o objetivo agora para o propósito.O conceito de inovação disruptiva foi criado pelo professor norte-americano Clayton Christensen (2013) e atualmente está presente no avanço das tecnologias de inovação e comunicação (TIC’S), tecnologias digitais, inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT) e constituiu-se mais como uma estratégia em um campo ideológico que busca recompor o poder hegemônico burguês em um contexto de consolidação da crise socioeconômica, mais precisamente, a partir da crise de 2008. De acordo com as análises feitas pelo referido autor (CHRISTENSEN, 2013; CHRISTENSEN; EYRING, 2014), inovação disruptiva refere-se a toda e qualquer inovação que rompa radicalmente com os meios atuais de atender uma necessidade específica ou prestação de serviço. Ao longo do desenvolvimento histórico da humanidade, podemos observar diversos processos no campo do desenvolvimento tecnológico que contribuem para romper com um determinado padrão tradicional, revolucionando totalmente a forma como a sociedade atende a determinadas necessidades, por exemplo: navios a vapor, microcomputadores, máquinas fotográficas digitais e etc A partir de dois anos de 2000, evidenciamos a promoção da incorporação do uso das TICs e tecnologias digitais tanto no campo da produção industrial quanto nos mais diversos serviços prestados à população. Entendemos que esse avanço faz parte do processo de reestruturação produtiva em curso no modo de produção capitalista desde a década de 1970 e que, na atualidade, ganha novos contornos devido ao crescimento do domínio técnico-científico que a humanidade alcançou ao longo das últimas décadas . A partir das leituras de Harvey (2017), Antunes (2006; 2018) e outros autores da tradição crítico-marxista, essas transformações me provocam, ainda provocam, mudanças radicais tanto no campo da produção e das relações de trabalho quanto no campo do social. relações político-culturais. Nesse cenário, defende-se o uso de dois recursos de TIC e tecnologias digitais na educação formal como premissa básica para a necessária reconfiguração que esta educação deve passar diante das atuais transformações promovidas pelo uso das novas tecnologias no mercado de trabalho e na vida social como um todo. Nesse contexto, observamos a defesa da expansão da modalidade de Ensino a Distância e/ou da hibridização da modalidade de ensino tradicional sob o argumento de que os modelos atuais, baseados na educação presencial, estariam obsoletos diante da novas tendências do mundo digital. Segundo Christenten e Eyring (2014) e Christensen (2013), à adoção de novos métodos didático-pedagógicos que promovam um melhor desenvolvimento das competências necessárias para o mercado de trabalho, para “liberalizar” dois espaços institucionais e todos os recursos para eles ( material e humano) dá a responsabilidade de ministrar as salas de aula, A suposta facilidade de adaptação de duas horas dedicadas aos estudos à vida profissional de dois alunos constitui algumas das contribuições que tanto a modalidade de ensino a distância quanto o modelo de ensino híbrido podem proporcionar. Portanto, as modalidades de ensino que têm como premissa básica ou utilizam dois recursos digitais constituem inovações disruptivas no campo educacional que, necessariamente, a médio e longo prazo, terão que substituir os modelos tradicionais de ensino. Compreendemos que as mudanças no âmbito das políticas educacionais ao longo do desenvolvimento histórico da sociabilidade capitalista fazem parte de um processo constante e necessário de reconfigurar o processo formativo/educativo da classe trabalhadora como estratégia de recomposição do poder hegemônico burguês (SAVIANI, 1995). Consideramos que a reconfiguração do processo formativo atende aos interesses burgueses em duas frentes: a primeira está relacionada aos interesses econômicos, em que visa abrir novos nichos de acumulação e exploração do capital como estratégia para ampliar os impostos sobre o lucro, especialmente em um contexto de expansão do mercado financeiro no setor de serviços articulado ao fortalecimento da política econômica neoliberal. Tanto a ampliação da privatização de dois sistemas de ensino quanto a venda de recursos educacionais digitais abrem um mercado altamente lucrativo que ainda apresenta fortes possibilidades de expansão e exploração, principalmente no campo didático-pedagógico, viabilizado pelo avanço de dois sistemas educacionais digitais. Recursos. A segunda, refere-se às estratégias político-ideológicas que essas mudanças promovem no processo formativo da classe trabalhadora em um contexto de desalento social e uberização da vida (ANTUNES, 2018). Assim, reforça-se uma educação que visa desenvolver “novas habilidades” dos sujeitos, mais voltadas às competências e habilidades socioemocionais, perspectiva empreendedora e capacidade de adaptação a um contexto de esfacelamento de um modelo de trabalho estável e respaldado em direitos. Mostramos também como a defesa de uma inovação disruptiva no campo da educação está relacionada ao empobrecimento intelectual do processo de formação da classe trabalhadora, uma vez que ela tem defendido um modelo de formação mais leve, baseado mais nas experiências pessoais e cotidianas daquela não é um arcabouço teórico-científico, pois esse novo contexto é marcado pela velocidade das mudanças e, consequentemente, pelas exigências do mercado de trabalho e, portanto, o conhecimento necessário tenderá a tornar-se cada vez mais obsoleto. Por fim, destacamos a importância desse debate para podermos refletir sobre as novas determinações que estão sendo impostas à formação da classe trabalhadora e, em particular, à formação profissional dos futuros assistentes sociais em um contexto de expansão da o uso de recursos digitais. Estamos enquadrados pela sociabilidade capitalista, ou pelo uso desses recursos, e permeados por contradições que precisam ser devidamente aprendidas para que possamos resistir aos ataques aos nossos direitos duramente conquistados e buscar estratégias que nos possibilitem fazer ou utilizar esses recursos para uma ação contra a hegemonia.
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Los procesos de revisión curricular em tiempos de precarización del trabajo.
Juan Retana Jiménez
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
El presente trabajo es una reflexión, a partir de la experiencia vivenciada a lo largo de la carrera docente y profesional, sobre las modificaciones, reformas y elaboración de nuevos currículos en la formación académica, particularmente en Trabajo/Servicio Social, donde como se sabe ni siempre contamos con la capacitación especializada en el campo de la pedagogía y la organización curricular, lo que demanda una serie de desafíos para las equipes docentes, una vez que refleja tensiones entre la realidad y las propuestas de enseñanza, la calidad de las competencias, perfil profesional y la pérdida de derechos laborales, precariedad del empleo y condiciones de vida.Partimos del principio que educación no es una mercancía, a pesar de que en esta sociedad todo se vuelve como tal, con lo cual nos situamos en un lado de la historia, la que prima por la vida, en defensa de la educación pública, gratuita, socialmente referenciada, universal y democrática.Enfrentar esta temática en la coyuntura actual, donde contradictoriamente, son defendidas propuestas para simplificar los planes educativos escolares en los diversos niveles desde primaria hasta superior, no es una tarea fácil, esa lógica de crear centros de formación al estilo “fast-food”, de flexibilizar la educación, propuestas por diversos segmentos de la elite capitalista, ancorados en la idea de que las nuevas tecnologías y el acceso amplio y masivo resultaría en superar el modelo educativo actual, nos colocan un gran desafío para quienes estamos en la docencia y afirmamos la necesidad y centralidad de una educación democrática, presencial, emancipadora como defendía, Paulo Freire.A simple vista parece sintomático de modo general, que desde los anos de 1970/80 del siclo XX, se estructurara una tendencia, hoy claramente definida, de revisiones y reformas a los currículos profesionales. De cualquier ángulo que se analice esta tendencia, trae en su génesis conceptual la prerrogativa, válida ciertamente, de que los cambios mundiales y las grandes trasformaciones del mundo contemporáneo, requieren profesionales altamente cualificados desde la perspectiva teórica, sus fundamentos y desde la dimensión técnico-operativa / práctico-intervencionista (concebida como la acción profesional en sí). Sin embargo, lo que ni siempre estaba claro, es que en ella predominaba (y continúa predominando) una concepción pragmática a la hora de concebir las reformas y revisiones curriculares. Esta afirmación no deja de lado tensiones y alternativas críticas en ese proceso. En todo caso, lo que realmente se instaura como posibilidad y en muchos casos necesaria, es un sistemático proyecto de evaluación curricular continua y de monitoreo de los alcances a corto, mediano y largo plazo, así como de los impactos en la configuración de los llamados perfiles socio profesionales que tiene su base en la organización curricular; pero que por diversos aspectos también los extrapola. Aquí nos interesa llamar la atención para el análisis de los currículos insertados en los proyectos políticos pedagógicos de carreras profesionales de grado (PPC) por que entendemos que los proyectos pedagógicos son más amplios que el propio currículo como componente indisociable, aunque permeable a cambios y revisiones que ni siempre transcienden a modificaciones del PPC.También es importante dejar claro, que a partir de la concepción histórico-crítica de las visiones de mundo (Lowy, 1987) que atraviesan el debate ideológico, ético-político y de la función que estas desempeñan en las instituciones educativas, estamos de acuerdo en no caer en “la simplificación consistente en asimilar el aparato escolar a un reflejo inmediato de la organización social” (Subirat, 1996:9, cfr. Lessa, 1999, Bordieu y Passeron. 1996, Saviani, 1983). A pesar de las interfaces, entrelazamientos sociales y culturales que están sustentado las relaciones entre estas esferas autonomizadas.Nuestro objetivo es indagar y reflexionar sobre la relación existente entre los procesos de revisión ajuste /reforma curricular, sus impactos en los PPC y en directrices generales para los cursos de formación de grado presencial em Trabajo/Servicio Social focalizando un aspecto sensible, a saber: la calidad y las competencias de la formación, expuestas en los perfiles profesionales, que dicen respecto al saber /poder (Faleiros, 1997, ABEPSS, 1995), saber/quehacer dentro de una perspectiva histórico-crítica fundamentada en la ontología del ser social (Lukács, 1979, Netto, 1999; Guerra, 1995;) contrastándolas con el proceso en curso de precarización de las condiciones de trabajo y empleo, sustentadas en las pérdidas de derechos y garantías laborales, que a duras penas fueron conquistadas, aunque de forma desigual por parte de la clase trabajadora en las diversas experiencias del Estado Social de derecho. Partimos del presupuesto que las revisiones curriculares en curso están direccionadas para ser moldadas a las nuevas configuraciones del capital financiero mundial, incursión que busca respuestas adaptativas en las nuevas formas de trabajo deteriorado que visiona una adecuación del currículo a la lógica predominante del trabajo precarizado e incorporación de plataformas digitales y aplicativos que en apariencia sustituyen el trabajo docente.El hilo conductor que nos guía en esta reflexión es: ¿Estamos formando profesionales competentes altamente cualificados para ingresar en un mercado socio ocupacional diverso, exigente, diametral y estructuralmente precarizado? Lo que nos lleva a cuestionar algunos desafíos que se nos han colocado como inseparables de la formación profesional en Trabajo/Servicio Social: la multi e interdisciplinariedad (campos de saberes) y el carácter generalista, la dimensión política de la práctica profesional los desafíos del uso de tecnologías de información y de comunicación (TIC’S). Es a partir de estas indagaciones que podemos enfrentar el “fantasma” de la desprofesionalización, consolidando estrategias de formación y cualificación profesional continuas, no obstante, resaltando que la base puesta en los proyectos pedagógicos y en la organización curricular de grado tiene que ser consistente y adecuada para enfrentar los dilemas y desafíos de la realidad en este, intenso, siglo XXI.Referencias bibliográficas ABEPSS, (1995) Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social. Proposta básica para o projeto de formação profissional Documento ABESS/CEDEPSBordieu, P y Passeron JC. (1996)La reproducción. Elementos para una teoría del sistema de enseñanza. Mexico. Ed. Laia. Fontamara 2ªed.Faleiros, (1997) Saber profissional e poder institucional. São Paulo. Cortez editora.Guerra, (1995) A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo Cortez.Lessa, (1999) Sociabilidade e individuação. Maceió, EdUFAL.Lowy, (1987) Ideologia e ciências sociais. São Paulo, Editora CortezLúckács, (1979) As bases ontológicas da atividade humana. Temas No. 4 São Paulo. Ed. Ciências HumanasNetto, 1999 A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente à crise contemporânea. Capacitação em Serviço Social e Política Social Brasilia, CEAD/UNB-CFESS-ABEPSSSaviani, Demerval (1983) Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. Campinas. Editora Autores Associados. Coleção polemicas de nosso tempo. Vol. 5Subirat, (1996) Introducción a la edición castellana. Bordieu e Passeron. obra citada.
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Uma extensão universitária como estratégia para uma aproximação sensível e crítica da Universidade com os territórios.
Heloísa Teles
1
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Dilceane Carraro
1
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Cristiane Luisa Sabino de Souza
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1 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Resumen:
O tempo presente é marcado pela agudização das condições para a reprodução da vida social. A crise sanitária da Covid-19, iniciada em março de 2020, aprofundou a crise política e econômica, radicalizou o processo de destruição de direitos sociais e acentuou a fragilização democrática. Na particularidade brasileira, o projeto político do governo atual, por sua vez, além da escalada autoritária, tem concretizado a desregulamentação de uma série de direitos sociais, trabalhistas, previdenciários, impactando na garantia de emprego, de salário, de habitação, de acesso a saneamento básico, de segurança alimentar, o que atinge ainda mais fortemente as classes populares.Diante desse cenário, no que diz respeito à extensão universitária, os desafios da universidade pública são ainda maiores, quanto a se pensar, conjuntamente com os sujeitos envolvidos, em um plano estratégico que apresente alternativas para as urgentes demandas sociais colocadas, considerando-se a universidade enquanto espaço de formação para a sociedade, caracterizando-se como campo político democrático, portanto, amplo de reflexão crítica e de estudo, que inclui a todos (as). Nesse contexto, a aproximação com os territórios é imprescindível para alimentar as ações desenvolvidas pela universidade com a materialidade da vida social.Conforme estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996) em seu art. 43, inciso VI, é premente que a universidade desenvolva uma relação de reciprocidade com a sociedade e, dessa forma esteja, atenta aos problemas nacionais, regionais, locais e, assim, sistematize, amplie e discuta os conhecimentos trazidos pela comunidade, os conhecimentos produzidos na universidade para, então, apresentar coletivamente alternativas às demandas colocadas.A extensão, apoiada no ensino e na pesquisa, tem a prerrogativa de atuar enquanto importante articuladora entre universidade e sociedade, assumindo um papel significativo, pois possibilita a aproximação de docentes e discentes do contexto em que a universidade está inserida, para o qual tem o dever de contribuir na proposição de alternativas às suas demandas e tensionar as mudanças necessárias, subsidiando, assim, o entorno, as regiões, para a ampliação de políticas públicas estratégicas e efetivas, na busca de solução para questões complexas da nossa sociedade, uma vez que a universidade pública é financiada com recursos públicos e a produção de conhecimentos deve ser direcionada às necessidades da sociedade que a financia.Dessa forma, são imprescindíveis ações de extensão que alicercem a formação profissional, proporcionando aos(as) acadêmicos(as) a possibilidade de contato direto com a realidade social e comunitária que contribuam também na estruturação de serviços qualificados, desde que não se balizem em políticas de segregação, exclusivistas, discriminatórias, as quais se constituem enquanto instrumentos para a consolidação das assimetrias sociais, considerando-se que na atual situação de pandemia muitos(as) estudantes e suas famílias estão desprovidos(as) do básico para a subsistência, não contando com equipamentos tecnológicos e correlatos.Igualmente importante é considerar as particularidades da universidade brasileira que tem no elitismo uma de suas marcas principais. Desse quadro decorre os inúmeros desafios postos à concretização da extensão ancorados nos princípios aqui já citados. Questões como as restrições orçamentárias, a burocratização excessiva, a pedagogia conservadora e até a própria cultura política do não direito constituem o chão concreto das nossas Universidades. Soma-se a isso o constante processo de difamação que vem sofrendo nos anos recentes, colocando em dúvida a função social pública que desempenha na sociedade em benefício dos projetos de privatização que assolam os serviços públicos brasileiros. Inscrita nesse contexto, a formação dos (as) assistentes sociais se constitui como m dos eixos fundamentais do projeto ético-político profissional, que vem sendo construído desde 1980. A partir de seu projeto o Serviço Social se coloca no espaço de radicalização da igualdade e de construção de uma nova sociabilidade, posicionando-se de maneira enérgica diante das desigualdades. Nesse sentido, a experiência da extensão, contribui significativamente para uma atuação transformadora e crítica da profissão.A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), entidade acadêmico científica que coordena e articula o projeto de formação em Serviço Social, no Brasil, tem lutado por uma formação de qualidade na graduação e na pós-graduação, através de ações que viabilizem uma formação crítica, com direção social e política, que reafirme o projeto ético-político do Serviço Social. Nessa perspectiva, a leitura da realidade social, de suas contradições e desafios, possibilitadas também pelas ações de extensão, são imprescindíveis na formação do (a) assistente social, para habilitá-lo (a) a construir ações interventivas.Dessa forma, a dimensão territorial compreendida como produto do processo histórico, social e ao mesmo tempo, condição para o
devir, torna-se pressuposto fundamental para a extensão universitária. Principalmente, quando considerado que a produção de conhecimento constituída pela universidade em nosso país tem, historicamente, servido a interesses alheios a da sociedade brasileira. Expressão dessa desvinculação territorial é a própria fragilidade da extensão compondo o tripé universitário.Portanto, reitera-se a extensão universitária como estratégia potente para avançar na aproximação sensível e crítica da Universidade com os territórios e, a partir disso, constituir com os sujeitos envolvidos respostas às diversas necessidades sociais que perfazem nossa sociedade. É preciso que os muros que hierarquizam e privatizam a construção do conhecimento sejam derrubados e, em seu lugar, sejam erguidas relações dialógicas e solidárias que sirvam para dar sentido a existência da Universidade e contribuam para a construção de uma nova ordem societária, pautada em valores democráticos e de justiça social.
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Modelos de extensión universitaria en contexto de pandemia Covid 19
Olga Paredes
1
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Luis Gonzalez
1
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Stella Garcia
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1 - Facultad de Ciencias Sociales UNA.
Resumen:
La extensión universitaria requiere estudio y profundización, ya que junto a la docencia y a la investigación, es uno de los pilares fundamentales de la educación universitaria. Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre la extensión universitaria y sus modelos, en contexto de Covid 19, tomando como estudio de caso las perspectivas de estudiantes de carreras empresariales y de humanidades de la Universidad Metropolitana de Asunción. Se trata de una investigación de tipo descriptiva-analítica, con enfoque cualitativo. Toma como población a las y los estudiantes universitarios de carreras de la Facultad de Ciencias Empresariales y de Humanidades, con los cuales se desarrollaron dos grupos focales respectivamente, previa elaboración de un instrumento cuestionario guía de preguntas pertinente. Revisando la literatura al respecto, encontramos clasificación de los modelos o paradigmas de la extensión universitaria. La clasificación de Serna (2007) es la más extendida, en la que presentan los modelos de extensión en: altruista, divulgativo, concientizador y empresarial (Serna, 2007). Sin embargo, para Tomasino y Cano (2016) existen sólo dos modelos principales de extensión a saber: el modelo difusionista o transferencista y el crítico o transformador. Segovia y Zavala (2014) se refieren a las modalidades de extensión clasificándolas en: difusión, divulgación y promoción; asimismo, las autoras tomando a Sanchez de Mantrana en Sifuentes (2011), diferencian entre una extensión académica orientada a la formación integral y a una universitaria, orientada a servicios a la comunidad para estudio, análisis y solución de sus problemas. Entre las conclusiones podemos mencionar, que al profundizar sobre el concepto de extensión universitaria, se identificaron los modelos predominantes de fondo que varían según las áreas del conocimiento a las cuales están orientadas las carreras que siguen los estudiantes. Por citar, el estudiantado de la facultad de ciencias empresariales conceptualizó la extensión universitaria en relación al modelo divulgativo o también llamado cultural, en tanto que el estudiantado de la facultad de humanidades enfatizó la extensión entorno al modelo altruista eminentemente con una tendencia hacia el modelo concientizador también. En la exploración sobre las perspectivas y realidades del modelo altruista de la extensión encontramos dos visiones en el estudiantado de las carreras de empresariales; por un lado, un grupo de ellos consideró que el modelo altruista pasa por una opción personal y no tiene que ver con el deber académico universitario, en tanto que otro grupo de estudiantes consideró que la asistencia humanitaria debe ser un componente trasversal de la extensión. Las y los estudiantes pusieron en destaque que no todas las personas se encuentran en condiciones de desarrollar este modelo, teniendo en cuenta la condiciones materiales y psicológicos de cada uno. En el actual contexto de Covid 19, desarrollar proyectos de intervención desde el modelo altruista se presenta como necesario desde la perspectiva estudiantil, para responder algunas de las necesidades en las comunidades; esta visión fue resaltada especialmente por las y los estudiantes de los centros de apoyo de distintas ciudades del interior del país. En cuanto a las experiencias en el marco de este modelo, se dieron experiencias desde la sede central, con acciones de asistencia a las poblaciones afectadas por las inundaciones, en las ciudades de Asunción y de Pilar (Ñeembucu). En tanto que en el interior del país, las y los estudiantes se han organizado para desarrollar acciones solidarias con personas en situación de vulnerabilidad, esto, además de solidarizarse dentro del propio grupo estudiantil, con compañeros que se encuentren pasando alguna crisis económica o de salud. La facultad de humanidades comentó más experiencias desarrolladas en el marco de este modelo. En relación al modelo divulgativo aparece como uno de las ideas predominantes a la hora de conceptualizar la extensión misma. La palabra “charla” se vuelve recurrente. Se destaca la importancia otorgada por los estudiantes a los espacios formativos facilitados por profesionales del área específica, dentro de la institución para su propio estudiantado. Mencionaron su deseo de llevar adelante charlas y capacitaciones sobre temas afines, planes que se han suspendido con motivo de la pandemia de Covid 19. No mencionaron alguna experiencia relevante entorno al desarrollo de proyectos de capacitación o transferencia de conocimiento en comunidades. El modelo concientizador no se presenta en mayor medida en la cosmovisión de las y los estudiantes. Las y los estudiantes de empresariales manifiestan claramente que uno de los fines de la extensión es compartir o extender el conocimiento a los demás, pero poco se menciona que en ese proceso debe apuntarse a la toma de conciencia, la participación o el desarrollo; de esta forma, es sólo el modelo divulgativo el que se presenta. Al reiterar en relación al modelo divulgativo, se destacó el uso de TICs para generar nuevos espacios virtuales de formación. Sin embargo, esta metodología tiene sus limitaciones, que además de la conectividad y la accesibilidad, existen ciertos contenidos específicos académicos que no pueden desarrollarse con facilidad por medios virtuales; por ejemplo, las aplicaciones prácticas directas de las tareas de las carreras de empresariales.Por último, el modelo empresarial no es registrado por las y los estudiantes participantes. Sin embargo, el modelo tuvo una acogida positiva, ya que manifestaron el deseo de aplicarlo para el asesoramiento a PYMES en contexto de pandemia. Asimismo comentaron otras experiencias similares en el marco de este modelo en otras instituciones. Se generó un debate en torno a los intercambios e incentivos que supone este modelo, analizando si al haber una contraprestación en el proceso, acaso no se desvirtúa el proceso extensionista mismo. Si bien en las perspectivas y experiencias del estudiantado destaca en primer lugar el modelo divulgativo, en el análisis de la predominancia entre los modelos, se manifestó un acuerdo general de que existe una complementariedad entre los modelos diferenciados.
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Dilemas da Democratização do Ensino Superior e os Desafios da Permanência Universitária
Caroline dos Santos Lima
1
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Andréa Alice Rodrigues Silva
1
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Albany Mendonça Silva
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1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Resumen:
O foco na democratização do ensino superior, com base em políticas afirmativas, em torno da possibilidade de acessibilidade dos segmentos populares com a reserva de vagas para negros, pardos, indígenas, alunos nativos de escola pública e de baixa renda, ou que provocou uma mudança significativa não Perfil da universidade pública brasileira. Com esse novo público inserido para o ensino superior, observamos novas demandas colocadas no sistema educacional, evidenciando as adversidades socioeconômicas e culturais desses grupos e exigindo ações que afetem as condições desiguais de permanência de dois estudantes. Não teoricamente, este trabalho, que é resultado de uma pesquisa monográfica, foca sua análise nas discussões políticas de dois estudantes universitários e do ensino superior no Brasil, contextualizando as mudanças ocorridas desde os primeiros movimentos no sentido de democratização do ensino superior até os dias atuais e destacando os impactos do processo de redução de investimentos no sistema educacional. Em termos metodológicos, o estudo caracteriza-se como exploratório-descritivo, composto por análises bibliográficas e documentais, realizadas a partir de documentos oficiais e obras publicadas anteriormente conforme o assunto em questão. Afirmamos que a universidade pública no Brasil, desde sua fundação nos dias de hoje, passou por mudanças significativas que ocorreram, entre outros motivos, pelas ações realizadas pelo Banco Mundial, dando uma mudança de paradigma na gestão estatal e seu destaque alcançado por dirigentes, movimentos sociais e estudantes em prol da educação pública. A necessidade do Brasil de promover o desenvolvimento econômico e tecnológico é fator determinante para que a formação técnica e acadêmica seja colocada como prioridade nas agendas estaduais. O processo de industrialização produtiva é de grande importância nesse panorama, com as inovações tecnológicas há a necessidade de investir na qualificação de mão de obra especializada para atender essa demanda. Com isso a educação pública passou a ganhar destaque por meio de políticas estudantis e observou-se uma massificação de novos ingressantes. A implantação do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Programa de Financiamento Estudantil (FIES) possibilitou o financiamento de cursos superiores, gerando um salto no número de novas matrículas. Contudo, apesar deste aumento, regista-se expressiva retenção e evasão de dois alunos, Tenho em vista as dificuldades materiais e simbólicas inerentes ao curso de formação aliadas aos impactos de dois tribunais orcamentários que congelam os recursos para o pagamento de bolsas e investimentos no sistema educacional. Esses indicadores mostram os efeitos da perspectiva neoliberal para a educação, ou da ideologia modernizadora e universalista da educação que esconde a intenção de servir a dois interesses de mercado por meio do financiamento da educação. É importante notar que os programas de financiamento estudantil são um incentivo para a expansão do ensino privado e rapidamente se tornarão os motores do mercado educacional. OU Dadas as dificuldades materiais e simbólicas inerentes ao curso de formação aliados aos impactos de dois tribunais orcamentários que congelam os recursos para o pagamento de bolsas e investimentos no sistema educativo. Esses indicadores mostram os efeitos da perspectiva neoliberal para a educação, ou da ideologia modernizadora e universalista da educação que esconde a intenção de servir a dois interesses de mercado por meio do financiamento da educação. É importante notar que os programas de financiamento estudantil são um incentivo para a expansão do ensino privado e rapidamente se tornarão os motores do mercado educacional. OU Dadas as dificuldades materiais e simbólicas inerentes ao curso de formação aliados aos impactos de dois tribunais orcamentários que congelam os recursos para o pagamento de bolsas e investimentos no sistema educativo. Esses indicadores mostram os efeitos da perspectiva neoliberal para a educação, ou da ideologia modernizadora e universalista da educação que esconde a intenção de servir a dois interesses de mercado por meio do financiamento da educação. É importante notar que os programas de financiamento estudantil são um incentivo para a expansão do ensino privado e rapidamente se tornarão os motores do mercado educacional. OU Esconde-se uma ideologia modernizadora e universalista da educação, para servir a dois interesses do mercado através do financiamento da educação. É importante notar que os programas de financiamento estudantil são um incentivo para a expansão do ensino privado e rapidamente se tornarão os motores do mercado educacional. OU A ideologia modernizadora e universalista da educação escondia a intenção de servir a dois interesses do mercado através do financiamento da educação. É importante notar que os programas de financiamento estudantil são um incentivo para a expansão do ensino privado e rapidamente se tornarão os motores do mercado educacional. OU O estímulo à expansão do setor privado de ensino por meio de políticas de financiamento do ensino superior possibilita ou exponencial o crescimento do número de cursos de graduação na modalidade de educação a distância (EAD) modificou a qualidade do ensino superior no país, Portanto, Esta modalidade foi transferida para outra pessoa responsável pela sua permanência. Nesse sentido, pode-se inferir que o ensino superior se constituiu, como um universo paralelo à realidade de dois jovens e/ou estudantes pobres, vinculado à criação das primeiras políticas de ingresso e permanência estudantil, portanto, não ser levantadas, pois não contemplaremos a universalidade e especificidade que envolve vocês alunos. Ao lado da criação de políticas de ação afirmativa e do sistema de cotas econômicas e raciais, visando à reparação social e à redução das disparidades existentes, observou-se uma maior democratização do acesso ao ensino superior. Além do Programa de Reestruturação Universitária (REUNI), ou do Exame Nacional de Medicina (ENEM) e do Sistema de Seleção Unificada (SISU), A distância social e econômica entre a população de negros e brancos que ocupava os bancos universitários teve uma redução considerável. Esses programas viabilizarão ou apoiarão instituições públicas de ensino superior com ênfase na inclusão social e foco na ampliação do acesso e permanência estudantil, viabilizando condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e pedagógica. Esses instrumentos são de grande importância para que haja continuidade na formação de dois alunos mais pobres, que em sua maioria são negros. No entanto, nos anos que ocorrerão o Boom das matrículas universitárias, essa conquista foi corroída pelo retrocesso e descontinuidade de dois direitos sociais e políticos e por um golpe na educação brasileira. Atualmente, A educação pública enfrenta a carência de investimentos essenciais para fazer melhorias nas estruturas físicas, formar professores e criar políticas educacionais, aliados a essa conjuntura socioeconômica e política, tornando essa realidade ainda mais complexa. Portanto, considera-se importante que o papel da universidade seja adotar ações que minimizem essas desigualdades e contribuam para tornar a educação pública cada vez mais democrática e acessível a todos os alunos. Diante disso, destaca a importância de ampliar o debate sobre a permanência do aluno para repensar os problemas do ensino superior contemporâneo, considerando as contradições políticas e sociais que cercam esse processo. tornando essa realidade ainda mais complexa. Portanto, considera-se importante que o papel da universidade seja adotar ações que minimizem essas desigualdades e contribuam para tornar a educação pública cada vez mais democrática e acessível a todos os alunos. Diante disso, destaca a importância de ampliar o debate sobre a permanência do aluno para repensar os problemas do ensino superior contemporâneo, considerando as contradições políticas e sociais que cercam esse processo. tornando essa realidade ainda mais complexa. Portanto, considera-se importante que o papel da universidade seja adotar ações que minimizem essas desigualdades e contribuam para tornar a educação pública cada vez mais democrática e acessível a todos os alunos. Diante disso, destaca a importância de ampliar o debate sobre a permanência do aluno para repensar os problemas do ensino superior contemporâneo, considerando as contradições políticas e sociais que cercam esse processo.
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Experiencias de estudiantes de Trabajo Social en una Universidad del sureste mexicano sobre trayectoria escolar y clases presenciales en el contexto de la COVID-19
Ingrid Andrea Pech Sonda
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Gabriela Isabel Vázquez Díaz
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Silvia Andrea Serrano Padilla
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1 - UADY-Facultad de Enfemería.
Resumen:
ResumenExperiencias de estudiantes de Trabajo Social en una Universidad del sureste mexicano sobre trayectoria escolar y clases presenciales en el contexto de la COVID-19. Br. Ingrid Andrea Pech Sonda LTS. Gabriela Isabel Vázquez DíazLPISC Y TS. Silvia Andrea Serrano Padilla. El paso de educación presencial a virtual y todos los cambios condicionó a los estudiantes porque se vieron envueltos en reformas de aprendizaje y organización sin precedente alguno. Advirtieron que la flexibilidad es una característica necesaria para desarrollarse como un alumno “virtual”. La flexibilidad es aún más importante en un contexto como el nuestro, en el que no ha habido el tiempo necesario para una adaptación plena. El hecho de asistir a la universidad significa, al principio, una serie de sensaciones de pérdida de control que ocasionan estrés y que podrían, incluso, llevar a la deserción universitaria. Este hecho, unido con una flexibilidad necesariamente impuesta, tuvo como consecuencia un aumento excesivo en los niveles de estrés universitario. Hecho que, a su vez, significó afecciones a la salud mental de los estudiantes (Salinas, 2004; Martín 2007, citado en Lovón y Cisneros, 2020). Aunado a lo anterior, la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO en adelante) hace mención que la principal repercusión de la COVID-19 en la enseñanza y el aprendizaje está vinculada al hecho que se ha recurrido a la enseñanza en línea y a la modalidad de enseñanza híbrida (UNESCO, 2021, parr. 4). A partir del 7 de marzo de 2022, los estudiantes de licenciatura y posgrados regresaron con el aforo del 100%, es decir todo el alumnado tendría que acudir en sus horarios de clases establecidos por su plan de estudios, esto con los protocolos establecidos por la facultad de enfermería y medicina. A pesar del retorno a clase, la UNESCO en conjunto con el Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe (IESALC en adelante), abordan sobre los impactos que ha conllevado los cambios que se han presentado a partir de la COVID-19, puntualizando en situación particularmente preocupante respecto de los y las estudiantes más vulnerables que ingresaron a la educación superior en condiciones más frágiles. Una disrupción en el entorno como la que está produciendo esta crisis puede convertir esa fragilidad en abandono, reproduciendo así, una vez más, la exclusión que da lugar a la inequidad para el ingreso a la educación superior. También esta inequidad se refleja en las elevadas tasas de abandono y no compleción de los estudios superiores (Ferreyra, Avitabile, Botero Álvarez, Haimovich Paz, y Urzúa, 2017, citado en UNESCO IESALC, 2020). Rodríguez-Rodríguez, (2021) hace referencia que Los estudiantes adolescentes sufren los efectos de un largo año de pandemia, al reanudar las clases presenciales en el presente curso, el alumnado adolescente se está enfrentando a unos aprendizajes propios del curso en el que está escolarizado y, en algunas materias, a otros añadidos para recuperar los no impartidos el curso pasado. Este esfuerzo intelectual, sumado a la falta de hábito de trabajo, y posibles problemas emocionales del confinamiento, está generando en muchos adolescentes crisis de ansiedad ante el estudio y sentimientos de incapacidad para superar el curso. (parr.9).Ahora bien, en el contexto actual de la educación, en estudiantes pertenecientes a la Universidad Autónoma de Yucatán (UADY en adelante) la cual, busca proporcionar servicios de calidad que coadyuven a la formación integral, la promoción de la permanencia, el buen desempeño y egreso oportuno del estudiante (UADY, 2012); después de dos años de estar en clases en modalidad virtual, el 31 de enero de 2022 los estudiantes retornaron a las aulas, a través de la modalidad híbrida, esto respecto a las recomendaciones del Gobierno estatal y federal.Es decir, principalmente las afectaciones que los estudiantes están teniendo son psicológicos, los estudios que actualmente se encuentran realizados están enfocados en las repercusiones de la modalidad virtual, estadísticas sobre el desempeño escolar; muy pocos están relacionados a las experiencias de los estudiantes sobre las clases presenciales en el contexto de la COVID-19. Por lo tanto, es necesario realizar esta investigación con un enfoque cualitativo para analizar sus realidades y los contextos que han influido en su trayectoria académica de los estudiantes de Trabajo Social en este nuevo contexto.Por lo anterior, el presente estudio de investigación tiene como propósito analizar las experiencias de estudiantes de la Licenciatura en Trabajo Social de una Universidad del sureste de México acerca de su trayectoria escolar en las clases presenciales en el contexto de la COVID-19, a través de entrevistas semiestructuradas para el conocimiento de sus experiencias después de estar dos años en clase virtuales. La investigación tiene un enfoque cualitativo, diseño no experimental con corte transversal, con el método fenomenológico para estructurar las experiencias de los y las estudiantes de Trabajo Social. La investigación se deriva del protocolo "Diagnóstico de la Trayectoria escolar y entorno sociofamiliar de estudiantes de la Licenciatura en Trabajo Social de la Facultad de Enfermería, Universidad Autónoma de Yucatán” forma parte de grupo de investigación “Política Social y Desarrollo Humano” de la Facultad de Enfermería de la Universidad Autónoma de Yucatán (FEUADY). Palabras clave: Trayectoria escolar, clases presenciales y desempeño académico. ReferenciasLovón, M., Cisneros, S. (2020). Repercusiones de las clases virtuales en los estudiantes universitarios en el contexto de la cuarentena por COVID19: El caso de la PUCP.
Propósitos y Representaciones, (8). http://dx.doi.org/10.20511/pyr2020.v8nSPE3.588 Rodríguez-Rodríguez, J. (2021).
Los estudiantes adolescentes sufren los efectos de un largo año de pandemia. La conversación. https://theconversation.com/los-estudiantesadolescentes-sufren-los-efectos-de-un-largo-ano-de-pandemia-156177. UADY. (2012).
Misión y visión. Obtenido de Sistema de Atención Integral al Estudiante. https://cutt.ly/AA4OSeb UNESCO (2021, 28 de julio).
Nueva encuesta a escala mundial de la UNESCO revela la repercusión de la COVID-19 en la educación superior. Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. https://www.unesco.org/es/articles/nueva-encuesta-escala-mundial-de-la-unesco-revela-la-repercusion-de-la-covid-19-en-la?hub=701 UNESCO IESALC. (2020, 6 de abril).
COVID-19 y educación superior: De los efectos inmediatos al día después. Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe. https://www.iesalc.unesco.org/wp-content/uploads/2020/04/COVID-19-060420-ES-2.pdf
#453 |
Realidades y desafíos de la extensión universitaria en contexto de pandemia de la Covid 19
Olga Paredes
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Luis Gonzalez
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Stella García
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1 - Facultad de Ciencias Sociales UNA.
Resumen:
La extensión universitaria es uno de los aspectos menos profundizados en el espacio universitario. Las actividades de extensión universitaria son asociadas con cursos, seminarios o en su defecto, con actividades de beneficencia focalizadas a poblaciones en estado de vulnerabilidad. Este trabajo tiene como objetivo reflexionar sobre realidades y desafíos de la extensión universitaria en contexto de Covid 19, tomando como estudio de caso las perspectivas de estudiantes de carreras empresariales y de humanidades de la Universidad Metropolitana de Asunción. Se trata de una investigación de tipo descriptiva-analítica, con enfoque cualitativo. Específicamente, se busca conocer las perspectivas entorno a los desafíos hacia la extensión crítica, así como describir las realidades entorno a la extensión en contexto de pandemia desde la perspectiva de las y los estudiantes. Toma como población a las y los estudiantes universitarios de carreras de la Facultad de Ciencias Empresariales y de Humanidades, con los cuales se desarrollaron dos grupos focales respectivamente, previa elaboración de un instrumento cuestionario guía de preguntas pertinente. En el estado del arte respecto al análisis histórico de la extensión universitaria y sus implicancias, algunos autores coinciden que se pueden distinguir dos trayectorias diferentes de la tradición de la extensión universitaria; por un lado la anglosajona, caracterizada por los paradigmas de asistencia y de difusión cultural, en tanto que la tradición francófona adopta el modelo de las universidades populares, que buscarán preparar a las personas de clases trabajadoras para afrontar los problemas sociales desde el conocimiento científico (Caballo et al, 2014). Para Serna (2007), así como para Ortiz y Morales (2011), claramente en América Latina se identifica una tradición diferenciada orientada al cambio social, diferenciándose claramente de la corriente anglosajona. Incluso autores como Tomasino y Cano (2016) introducen el concepto de extensión latinoamericana, como una forma regional diferenciada de entender y desarrollar la extensión universitaria de forma crítica y transformadora. En plena pandemia de la Covid 19, Galán (2020) destaca que no es la primera vez que la extensión universitaria debe repensarse y desarrollar acciones en medio de una emergencia. Asimismo, otros referentes de la región como Storani (2020) concuerdan en que a través de la virtualidad continúa el desarrollo de proyectos de extensión. Entre las principales conclusiones, en cuanto a la discusión sobre el concepto de la extensión latinoamericana o también llamada crítica por algunos autores, las y estudiantes reflexionaron sobre la importancia de que la orientación de los proyectos de extensión universitaria hacia un formación integral y no sólo especializada en la carrera, sino también hacia una formación cívica que les permita tener una visión política y consciente de la realidad. No descartaron que desde la extensión y la universidad puedan generarse acciones de incidencia en políticas públicas, pero destacaron que para ello es preciso que en los procesos de extensión haya una capacitación previa, ya que comúnmente existen muchas confusiones en cuanto a las implicancias y los alcances de la política.La extensión universitaria en contexto de Covid 19 ha llevado a la suspensión indefinida de varios proyectos presenciales previstos por las y los estudiantes. Sin embargo, la extensión es viable y el estudiantado es consciente de que es necesario repensar los proyectos. En este sentido las herramientas digitales son una ayuda importante, ya que las y los estudiantes aún temen exponerse al contagio y sus consecuencias para ellos y sus familias. El estudiantado manifestó que es necesario generar acciones en este contexto de crisis, ya que es un imperativo aportar solidaridad ante las necesidades que padecen tantos compatriotas. Especialmente estudiantes del interior del país pusieron énfasis en esta idea. El modelo divulgativo de la extensión ha sido el más desarrollado en este tiempo de pandemia. Como consecuencia se promovió la educación a través de medios digitales e incluso la idea de la educación permanente. Gracias a las herramientas digitales, las y los estudiantes pueden acoplarse a las actividades desde donde estén. Sin embargo, el gran problema reside en la conectividad, agravada en ciudades del interior del país especialmente. La dificultad en el uso de las herramientas digitales o también llamada accesibilidad estuvo presente y en ello fue fundamental la solidaridad de algunos estudiantes que actuaron de guías de sus propios compañeros y compañeras. Finalmente, en cuanto a la participación del estudiantado en las actividades de extensión desarrolladas en contexto de Covid 19, señalaron las ventajas en el acceso y aprovechamiento de los conocimientos dictados en espacios digitales, siempre que se cuente con conectividad y accesibilidad. Comentaron que gracias a las redes sociales especialmente, estos conocimientos pueden ser fácilmente compartidos con sus familias, amigos e incluso con la comunidad entera. Consideraron que es posible aprender tanto como en las actividades presenciales, siempre que existan condiciones mínimas y predisposición para el efecto. Las y los estudiantes manifestaron que eminentemente el modelo divulgativo es el que puede desarrollarse en contexto de pandemia y aislamiento y que es necesario poner énfasis nuevamente en el factor comunicacional, mediante el cual es posible informar y difundir las actividades con el mayor impacto posible.
14:00 - 16:00
Eje 2.
- Ponencias virtuales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#320 |
Institucionalização e Prisão: Proteção ou Violência.
Tahina Silva
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Dagoberto José Fonseca
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1 - UNESP- Universidade Estadual Paulista.
Resumen:
A institucionalização de crianças e adolescentes é sem dúvidas uma das expressões da questão social, que em sua gênese tinha como pressupostos fundamentais corrigir um problema de desarranjo social. E esteve por muito tempo ligada a estereótipos de raça e classe (RIZZINI,2004). Por volta do século XII um Bispo ao caminhar pelas margens dos córregos de Roma se deparou e testemunhou uma cena que lhe chocara, bebês eram pescados como peixes pelos pescadores, determinou então a construção dos primeiros locais para abrigamento de crianças órfãs ou abandonadas (BOSWEL,1998). No Brasil o encaminhamento de crianças e adolescentes para os chamados “
internatos de menores” tem seu ápice no final do século XIX. A maneira a qual foi conduzida a retirada de crianças e adolescentes pobres de suas famílias criou uma verdadeira cultura de institucionalização. Isso porque se introduz no cenário nacional a ideia de que o último recurso ou alternativa para sanar os problemas das crianças que perambulavam pelas ruas ou a punição das famílias que não garantiam o sustento de sua prole era a institucionalização (ARRUDA, 2006). A década de 1990 é importante no que diz respeito a questão infantil e juvenil porque as coloca como centro das atenções e sujeitos de direitos. Condena-se a prática centenária de institucionalização mediante o argumento de pobreza e estabelece requisitos de excepcionalidades e temporalidade da prática. No entanto o que se tem visto é que as diretrizes indicadas pela lei conduzem até o presente momento mudanças parciais ainda que significativas. As instituições vêm tentando sobreviver e se ajustarem as “novas” regulamentações, contudo para que haja uma mudança sistêmica e profunda em relação a garantia de direitos, o papel do Estado e dever das famílias precisa ser evidenciado e igualmente responsabilizados. Abrigar crianças e adolescentes é uma demanda persistente. Os abrigos preenchem o vazio deixado pela perca do poder familiar, porém criam novos problemas. Crianças e adolescentes são sentenciados a passar meses ou até anos em instituições na esperança de serem reinseridas em suas famílias de origem ou acolhidas por famílias substitutas. O vazio e angústia tende a aumentar quando se trata de crianças e adolescentes negros que comumente são os/as que mais permanecem nas instituições de acolhimento e que mesmo quando conseguem a tão sonhada reinserção familiar defrontam com uma crise existencial com sentimento de não pertença. A crise existencial está ligada a questão da identidade que é fundamental para o reconhecimento humano, seja ela étnica, social e cultural. Feita uma breve contextualização a presente reflexão implica numa reflexão crítica sobre a possível relação existente entre as instituições de acolhimento infantil e o encarceramento penal da juventude negra brasileira. Primeiramente, gostaria de mencionar que este projeto é fruto de dois momentos distintos: o primeiro está relacionado à minha trajetória acadêmica a qual o tema de pesquisa desenvolvido desde o primeiro ano de graduação em Serviço Social foi à adoção de crianças negras. O segundo é resultante de um olhar reflexivo e social sobre os caminhos trilhados por essas crianças após alcançarem a maioridade. O encarceramento é a punição de maior impacto para a sociedade brasileira, operando como controle a criminalidade. Mediante o contato com algumas famílias e instituições de acolhimento ao longo da graduação e pós-graduação notou-se que há uma estranha relação que coloca esses mesmos jovens em contato novamente com a institucionalização por parte do Estado. Após completarem dezessete anos e onze meses os jovens são obrigados a deixarem as instituições que os acolherem durante a vida toda, ou grande parte dela. Sendo lançados a própria sorte, na maioria dos casos. Quando a adoção não se efetiva ou não acontece o regresso às famílias de origem, a rua passa a ser o novo lar dos jovens antes abrigados. Consequentemente o contato com as atividades ilícitas tornam-se rotina para esse contingente que é violentado desde muito cedo, facilitando o retorno ao confinamento do Estado por meio das penitenciárias. |Este trabalho faz parte da pesquisa a ser desenvolvida no processo de doutoramento em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista- Campus de Franca-SP. Para tal tem como intuito aprofundar a temática com auxílio de entrevistas, teses, livros e dissertações que abordem o tema na tentativa de trazer a reflexão para todos os profissionais inseridos desde o processo de institucionalização até o seu desligamento, buscando junto aos órgãos competentes medidas que amenizem essa realidade. Propõe-se ainda ampliar o debate da questão junto ao Serviço Social para que se possa pensar políticas públicas e meios legais que ampare e discuta a responsabilização para com essa juventude. A realização de um estudo cientifico permite aproximar de respostas e indagações que permeiam o cotidiano do pesquisador. Possibilitando ampliar seu conhecimento de determinado assunto e sua socialização com outros estudiosos. A pesquisa terá uma abordagem ampla e interdisciplinar. Devido a realidade exclusiva do Brasil em relação a sua constituição enquanto nação houve uma dificuldade em encontrar um referencial teórico que contemplasse nossa realidade afim de conseguir explicá-la.
#343 |
A interseccionalidade entre classe, raça e gênero aplicada aos estudos da política de saúde brasileira: a política social e o SUS sob a lente da interseccionalidade.
Matheus Oliveira de Paula
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
No Brasil, ao final da década de 1970/1980, com as reivindicações e lutas políticas que começaram a surgir, tal como a crise social e econômica que afetou o país a época, a ditadura civil-militar vivenciada no Brasil começou a ruir. Nesse processo, congregou-se diversos atores e sujeitos sociais na luta pela redemocratização e na construção de uma nova Constituição, aprovada em 1988. A Carta Magna de 1988, ganhou o nome de “Constituição cidadã”, por garantir direitos sociais, organizando a proteção social brasileira a partir do tripé da Seguridade Social: saúde, assistência social e previdência (BRASIL,2016). Construiu-se assim, a partir da Constituição e da legislação infraconstitucional (BRASIL, 2016; 1990), o Sistema Único de Saúde (SUS), ganhando relevância pelo seu caráter universal no âmbito das políticas sociais, o qual intenta garantir uma ampla gama de serviços, ações, programas e projetos que promovam, previnam e deem assistência ao processo saúde-doença da população brasileira. Muito embora ainda permaneçam diversos desafios, que muito se colocam frente a falta de financiamento adequado para as ações do sistema de saúde, assim como a priorização da mercantilização da saúde frente a saúde pública, gratuita e estatal, o SUS avançou enormemente, se tornando uma das maiores políticas sociais do Brasil.A construção do SUS desde a década de 1990 vêm sendo atravancada pelo espraiamento da ideologia neoliberal, os impactos da adoção do modelo de gestão e organização das políticas sociais através do neoliberalismo foi um forte impeditivo do seu desenvolvimento orgânico e da sua materialização como prevista em lei. Assim, as privatizações nos serviços vêm ocorrendo através de contratos de gestão para operacionalizar a política de saúde, bem como o sucateamento, empurrando a busca da população por serviços de saúde no mercado privado. Vale indicar que a lógica privada da saúde focaliza em uma dimensão biomédica e patológica, desconsiderando, por vezes, a centralidade da dimensão social. É uma lógica curativista que enfoca na doença e na priorização da assistência – médica – direta à saúde, com reduzidas estratégias de promoção da saúde e de construção de uma política pública mais ampla que se articule com outras dimensões da vida dos sujeitos. O processo saúde-doença vem sendo estudado e refletido durante a história de diversas maneiras, a partir de diversos sentidos e narrativas (ALMEIDA-FILHO, 2011). Esse processo histórico não é circunscrito a partir de uma linearidade, contudo, a questão biológica/patológica, com enfoque na doença, deu a métrica nos estudos sobre saúde, indicando a partir de uma ideia de enfermidade, do “corpo doente”.Os estudos contemporâneos aprofundaram a relação do processo saúde-doença com a dimensão social, ou seja, estruturas e relações de poder conformadas historicamente afetam as formas de viver e existir, bem como o acesso e a qualidade da saúde-doença dos indivíduos (BARATA,2009; LAURELL,1981; PAIM, 2009).No Brasil, um marco para adoção da compreensão ampliada do processo saúde-doença, agregando a dimensão social, foi o Movimento da Reforma Sanitária e a construção e institucionalização do SUS, assim, o reconhecimento se deu perante a lei (BRASIL, 1990). O SUS, em sua forma institucional reconhece que as condições de vida e existência, assim como o meio ambiente, interferem na saúde individual e coletiva.O processo saúde-doença, enquanto processo social, é inserido na dinâmica das relações sociais, dentro do modo de produção vigente e de dinâmicas culturais, regionais e locais das sociedades. A determinação social do processo saúde doença é central para compreender como as desigualdades se expressam, conformando os determinantes sociais a partir de questões econômicas, sociais, políticas e culturais. Nas últimas décadas, o debate sobre a interseccionalidade se aprofundou, buscando compreender as relações de poder que configuram as relações de desiaguldade e opressão/exploração de diferentes maneiras, a partir de suas intersecções. Nesse processo, diversos marcadores sociais da diferença podem ser acionados – aqui, a análise se dá sobre as categorias de classe, gênero e raça, contudo, podemos adicionar a dimensão da territorialidade, da idade e da capacidade – para compreender de maneira mais aprofundada o processo saúde-doença individual e coletivo e realizar intervenções que contribuam para ações ampliadas em saúde. A interseccionalidade se mostra como uma ferramenta analítica capaz de indicar que as relações de poder e as desigualdades em diversos níveis não estão separadas, mas andam interseccionadas e mediadas por diversas dimensões da vida social. Nesse sentido, múltiplos sentidos são encontrados para o processo saúde-doença da coletividade, indicando que a população brasileira não é homogênea e não tem acesso as mesmas condições, tal e qual o adoecimento recai de maneiras diferenciadas para determinadas partes a população. Assim, olhar para a política de saúde, como também para a política social, a partir de um olhar interseccional, é compreender como a cidadania e os direitos sociais são construções desiguais para os sujeitos sociais marcados por classe social, gênero/sexo e raça/cor. As experiências se interseccionam em diversos pontos, mas mostram que a vulnerabilidade não é a mesma para todos, mas sim mediada por categorias analíticas e marcadores sociais da diferença. O estudo pretende indicar uma abordagem que aprofunde a investigação da dimensão social da saúde, considerando os determinantes sociais da saúde, a partir da ferramenta analítica da interseccionalidade. Esse movimento parte de análises estruturais da formação social e histórica brasileira, a partir das dimensões de colonialidade, do patriarcado e do racismo, articulando com a lógica das políticas sociais no atual momento neoliberal. A política de saúde no Brasil, organizada através do SUS, demostra avanços no reconhecimento das desigualdades que afetam a vida dos sujeitos sociais de diferentes maneiras, através dos marcadores sociais da diferença, contudo o avanço do neoliberalismo e a priorização de um modelo de política de saúde calcado nos princípios do mercado, com enfoque estrito na biologia/patologia, aprofunda a medicalização da saúde/doença, tal e qual, inviabiliza aproximações que construam direções que adotem, efetivamente, abordagens que respondam as desigualdades e iniquidades em saúde considerando as dimensões interseccionais de classe, gênero e raça.
#355 |
A Política de Saúde Mental no Brasil em Contexto de Acirramento da Contrarreforma Psiquiátrica
Gabriela Fernandes Chaves Lira
1
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Andreia Oliveira
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1 - Universidade de Brasília.
2 - Universidade de Brasilia.
Resumen:
As políticas sociais estão sofrendo rebatimentos intensos no que diz respeito aos seus modelos, financiamento, perspectivas e direcionamentos, devido ao acirramento da ofensiva neoliberal e neoconservadora. O seu redimensionamento subserviente aos interesses e hegemonia do grande capital, ocorre por meio de um conjunto de medidas denominadas de contrarreforma do estado, que se caracteriza na apropriação do fundo público pelo setor privado e esfacelamento dos direitos da classe trabalhadora. No âmbito da política de saúde brasileira um conjunto de retrocessos vem sendo implementando, por meio de normativas legais e institucionais, concomitante ao processo acelerado de desfinancimento, sucateamento da rede pública de serviços, acompanhado por um amplo processo de privatizações e privilegiamento do mercado. A trajetória das políticas públicas de saúde mental no Brasil tem a marca da luta pela libertação e da resistência aos manicômios. Esse componente que se denomina enquanto luta antimanicomial, é constitutivo dos movimentos sociais organizados em defesa de uma sociedade sem manicômios, tendo como base o reconhecimento da liberdade e da democracia. Em contrapartida, notadamente nos últimos dez anos, forças contrárias as propostas da Reforma Psiquiátrica Brasileira vêm se articulando e ganhando expressividade, especialmente nos espaços institucionais estratégicos no executivo e parlamento, com forte direcionamento da política de saúde mental aos interesses do setor privado e filantrópico, caracterizando-se no que se denomina como
contrarreforma psiquiátrica. Não datada em um período específico, não mensurada apenas por dados, mas pelo projeto de desestruturação dos princípios norteadores e fundantes da proposta de um modelo de atenção em saúde mental de base antimanicomial, territorial, sob a primazia do direito humano à saúde, da autonomia e exercício da cidadania. Para os objetivos deste texto pretendemos identificar à configuração da política de saúde mental em contexto de contrarreforma psiquiátrica. Realizou-se uma pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica e complementada por análise documental. O levantamento bibliográfico, não exaustivo, foi realizado nas seguintes bases de dados:
Lilacs, BVS e OasisBR, utilizando as expressões: contrarreforma psiquiátrica ou saúde mental, combinadas com o operador booleano “AND (E)”. A escolha das bases se sucedeu a partir da capilaridade no âmbito das pesquisas em saúde; além disso foram também utilizados artigos, livros e demais publicações de referência que compreendem a relação dessas categorias centrais, bem como sobre o processo de contrarreforma do estado. A análise documental, se debruçou nas normativas acerca do reordenamento da política de saúde mental em especial no período compreendido entre 2019 até 2021e suas repercussões no modelo interventivo, nas modalidades de financiamento, gestão e organização dos serviços. O trabalho está dividido em duas partes: a primeira recupera as características centrais da política de saúde mental no Brasil, a dualidade dos modelos e suas contradições. Na segunda parte, identifica-se expressões da contrarreforma psiquiátrica sob a ênfase de análise no campo normativo e do financiamento. Em termos de resultados, o estudo sugere que os aguçamentos nos retrocessos no campo da saúde mental se conformam no seio da luta de classes e são pervertidos no agravamento da exploração da classe trabalhadora. A hegemonia da psiquiatria é histórica para a saúde mental, desde a orientação com que se deu esse cuidado, até dos dias atuais; essa referência pareia normativas, serviços e práticas. Antes do processo de Reforma Psiquiátrica (RP), muito se perdeu no que diz respeito ao genocídio da população que foi segregada nos manicômios. A RP possibilitou, por meio do levante social, repensar os modelos de tratamento em saúde mental, consumando essa perspectiva também através da diretriz do orçamento para serviços e espaços que previam a extinção dos manicômios. No entanto, essa movimentação societária - que se conforma em seios contraditórios - ao passo que se via a efervescência da luta antimanicomial, da Reforma Sanitária, do processo de redemocratização, o neoliberalismo não se intimidou em chegar e instalar suas bases. Conquanto, foi possível arrefecer a hegemonia da base manicomial e angariar possibilidades em redirecionar o cuidado em saúde mental. Da implementação de serviços substitutivos ao manicômio, da valorização e articulação de base territorial, apontando para a importância da integralidade e intersetorialidade dos sujeitos, criação de normativas e investimentos com base nos preceitos da RP, se concretizaram as possibilidades em caminhar para o objetivo de construir uma sociedade sem manicômios. Todavia, o movimento de contrarreforma foi se alastrando e tomando corpo à medida que o neoliberalismo também ia ganhando suas afirmações. O projeto de privatização das políticas sociais começou a ganhar representatividade parlamentar, destinando essas políticas para um enxugamento orçamentário. Esse movimento deu abertura ao fortalecimento das privatizações e, no âmbito da saúde mental, visando a remanicomialização dos serviços. É por isso que, desde que se inicia o movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB), coexiste uma contrarreforma psiquiátrica, que vai se aguçando à medida que as políticas neoliberais e conservadoras vão sendo favorecidas pelo contexto político, econômico e social. Com isso, observa-se um retorno ao favorecimento da hegemonia psiquiátrica, estimulada, principalmente a partir do ano de 2017 por um conjunto de legislações e normativas operacionais que corroboram com práticas rechaçadas pela perspectiva antimanicomial. O processo de desfinanciamento e precarização dos serviços substitutivos de abordagens voltadas para autonomia, cidadania e garantia dos direitos humanos, ocorrem ao mesmo tempo em que se amplia o financiamento para estabelecimentos privados e filantrópicos que privilegiam modelo interventivo na direção oposta às propostas defendidas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira, ou seja, reafirmam práticas obsoletas e disciplinadoras em contraposição aos princípios dos direitos humanos. Não obstante, tem-se observado os movimentos sociais enquanto meio de fomentar a defesa de uma política de saúde mental pautada nos preceitos da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial.
#382 |
Financeirização das políticas sociais e Assistência Social no Brasil: a gestão do trabalho precário sob radicalização da crise do capital
Ana Paula Mauriel
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Alexsandra Freitas dos Santos
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
O texto é uma reflexão teórica fruto de pesquisa ainda em andamento, que tem como base revisão bibliográfica e análise documental, o qual tem como objetivo analisar a relação entre o processo de financeirização das políticas sociais e a política de Assistência Social no Brasil no contexto recente. Para isso, busca identificar quais as formas de expressão concreta que a lógica da financeirização vem tomando nas condições de trabalho das equipes, nos atendimentos aos usuários, na gestão de serviços e programas e no financiamento, observando particularmente a relação da política Assistência Social com as demais políticas de Seguridade Social. Parte-se da hipótese de que a financeirização das políticas sociais compõe traço particular de um novo padrão de enfrentamento da questão social brasileira sob neoliberalismo, se destacando como tendência que marca a emergência de aspectos novos das políticas sociais, pondo-as a serviço do capital financeiro. Diante disso, se faz importante entender a lógica da financeirização, a noção de financeirzação das políticas sociais, além de recuperar a história recente da política de Assistência Social, dando especial atenção ao momento de precipitação da crise do capital pós 2008 até o seu agravamento com a crise pandêmica.A ordem capitalista imperialista e o padrão de acumulação contemporâneo, desde a crise dos anos 1970, trouxeram como saída medidas materializadas pelas políticas e ajustes neoliberais, os quais promoveram três grandes processos de liberalização, desregulamentação e privatização, cujos efeitos combinados tiveram como objetivo de criar e aprofundar espaços de valorização para uma massa de capital super acumulado que havia sido produzida em excesso. Tais medidas de resposta à crise impuseram nos planos econômico, político, ideológico e militar um novo padrão de acumulação, onde a financeirização adquire uma relevância inédita, tendo no aumento da proporção de capital fictício e especulativo em escala sem precedentes, o traço particular deste período.Todas essas condições impuseram novos papeis para os Estados, que se convertem em mediadores de valorização de grandes massas de capitais. E, como a parte da riqueza social que se encontra sob a forma de fundo público é operada pelo Estado burguês, além de ser uma necessária uma profunda alteração no modo de ser das políticas e serviços sociais para que, em meio a essa dinâmica, funcionem como mediações centrais de transferências de riqueza social para o capital. É nesse sentido que pensamos ser a financeirização um dos pilares do neoliberalismo enquanto estratégia de dominação burguesa para reativar as taxas de lucro via da apropriação do fundo público por meio do capital privado, tendo como parte central dessa estratégia a reconfiguração das políticas sociais, adequando seu desenho às novas demandas de acumulação. As políticas sociais, ao responder a isso, tiveram (e têm) como principais tendências a ameaça de destruição da previdência pública, mercantilização na saúde e o aumento dos serviços privados complementares e os assistenciais, aliados às políticas de incentivo ao trabalho (de ativação, geração de emprego e renda). Diante disso, Assistência Social na crise vem ganhando a cena como importante política na garantia de rendimento para assegurar o consumo e a reprodução da força de trabalho e recursos para aqueles que não podem trabalhar. Na periferia do capitalismo a tendência ao crescimento da ponta assistencial foi maior em função do eixo da transferência de renda, que ganha centralidade como uma das únicas saídas para a questão da precarização do trabalho. Se, por um lado, a ampliação da ponta assistencial significou um obscurecimento da diminuição das outras políticas que compõem a Seguridade, ou mesmo sua captura de sua lógica pela monetarização por parte da transferência de renda, pela lógica da financeirização por parte do acesso ao microcrédito para ações de microempreendedorismo associadas a novas formas de inserção produtiva e capacitação dos segmentos mais pobres para consumo. Por outro lado, essas ações mostraram a importância da base material das ações assistenciais para reprodução social dos estratos mais pauperizados e precários da classe trabalhadora (justamente os grupos que mais crescem diante da reconfiguração das condições e relações de trabalho como resposta à crise capitalista) diante da precarização estrutural da vida e pauperização em meio à crise.Os equipamentos sociais públicos de Assistência Social e da rede conveniada sempre padeceram de problemas estruturais sérios: históricos e do próprio processo de implementação do recente sistema criado em 2004. Entre estruturas precárias e recursos humanos limitados (cujas relações e condições de trabalho são em sua maioria extremamente precarizadas), o rol de elementos que balizam as condições físicas dos estabelecimentos, onde são realizadas as atividades e serviços socioassistenciais sempre imputaram grandes dificuldades à consolidação de uma rede pública de serviços de qualidade.Este quadro de precarização da política se aprofundou drasticamente nos últimos anos e mesmo os programas de transferência de renda – que desde 2004 vinham recebendo a maior aporte de recursos federais no campo assistencial – tiveram queda de investimento. Ou seja, do golpe que retirou a presidenta Dilma em 2016 até 2020, a assistência social foi um dos setores que expressou o ávido processo de desmonte e financeirização das políticas sociais no país.A ingerência do governo federal no enfrentamento à crise sanitária e as manifestações da tragédia social que ela vem deflagrando ocupa lugar de destaque no cenário mundial. Em 2022, ano de pleito eleitoral para presidente, houve uma súbita mudança do histórico Programa Bolsa Família para o novo Auxílio Brasil, o que podem confirmar as perspectivas já apontadas no último período.Diante isso, as tendências que se apresentam na Assistência Social hoje são parte complexa de um conjunto de contradições que compõe um novo padrão de intervenção sobre a questão social por parte do Estado na fase imperialista atual, em que as ações assistenciais são um aspecto particular da financeirização das políticas sociais, compreendida como processo que relaciona políticas sociais e mecanismos de expropriação financeira, principalmente com estimulo à bancarização e acesso ao crédito, por meio da transferência de renda.
#386 |
DEPENDÊNCIA E SUBDESENVOLVIMENTO NO GOVERNO TEMER:Uma Ponte para qual futuro?
Eloá Almeida da Costa
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Thaís Lopes Vasconcelos
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Cláudia Maria Costa Gomes
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1 - Universidade Federal da Paraíba.
Resumen:
INTRODUÇÃO/OBJETIVO: O presente artigo é parte das discussões que vem sendo desenvolvidas na pesquisa de iniciação científica em andamento, com apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPQ/UFPB). Tem como objetivo discutir a agenda de desenvolvimento, contida no programa "Travessia Social – Uma Ponte para o Futuro", implantado no Governo Temer a partir de 2015, que instituiu uma política econômica de ajuste fiscal. O estudo, integra o Projeto de Pesquisa intitulado: O Capitalismo em Crise: fatores contra restantes nas políticas econômicas brasileiras a partir de 2016.METODOLOGIA: O estudo se fundamenta na crítica da economia política e tem um caráter teórico de abordagem qualitativa de tipo bibliográfica e documental. Nossa suposição é que o programa em análise: "Travessia Social – Uma Ponte para o Futuro", aprofunda as relações de dependência do Brasil e amplia a precarização da classes trabalhadora, tendo em vista não apenas as reduções e os cortes nos investimentos em políticas sociais, assim como, o aumento dos níveis de desemprego e pauperismo. Buscamos encontrar as determinações mais universais que sobrevêm sobre as circunstâncias presentes no Brasil, nos estudos dos autores clássicos que interpretaram o Brasil, a exemplo de Florestan Fernandes, extraindo as categorias analíticas de subdesenvolvimento e dependência, como necessárias para a compreensão do desenvolvimento do capitalismo periférico no país. Concluímos que o ajuste realizado no Brasil nos últimos anos está pautado na justificativa à saída da crise. A aprovação da PEC do Teto (PEC 241/55), o qual congelou por vinte anos os gastos públicos, demonstra o tamanho da regressão social, com uma tendência ao aprofundamento da pobreza e desigualdade no país.DESENVOLVIMENTO: Nosso objetivo nesse artigo consiste em construir uma exposição que estabeleça um diálogo inicial entre as determinações recentes do modelo de desenvolvimento implantado no país a partir de 2015 e as características particulares da formação econômico-social do Brasil, no intuito de construir um esboço sobre os ajustes econômicos, feitos no Governo Temer (2015-2019), no sentido de contornar a crise, os quais se expressaram no sentido da diminuição dos diretos dos trabalhadores, redução do acesso a serviços públicos e subtração do financiamento de direitos sociais. Nosso esforço incide na busca por aprofundar o debate no campo temático “desenvolvimento” e “subdesenvolvimento”, tomando como referencia os estudos de Florestan Fernandes, para fazer uma análise do capitalismo dependente e avançarmos no texto com a caracterização dos elementos econômicos que demarcam a agenda do capital periférico na atual etapa da vida nacional. Trata-se de analisar a política de ajuste fiscal, dentro da agenda de desenvolvimento, contida no programa “Travessia Social – Uma Ponte para o Futuro” do governo de Michel Temer. O empenho teórico-metodológico na pesquisa tem como foco, aprofundar a caracterização do momento presente no Brasil, o que significa analisar estrutura e conjuntura, sob as quais emerge e se desenvolve a crise capitalista brasileira, assinalando as particularidades do modelo de desenvolvimento ortodoxo-liberal no país, que tem aprofundado o caráter dependente, desigual e combinado de nossa formação social. Nesse cenário, o programa "Travessia Social - Uma Ponte para o Futuro"
é um exemplo dos objetivos da política de equilíbrio fiscal, que “direciona a economia para um novo modelo de desenvolvimento, baseado em reformas liberalizantes (reforma trabalhista, reforma previdenciária, etc.) e na reafirmação das políticas econômicas conduzidas de forma ortodoxa” (OEIRO, 2019, p. 2). A agenda de desenvolvimento contida no programa, segundo o documento "Uma Ponte para o Futuro", previa a participação mais efetiva e predominante do setor privado, sem intervenções que distorçam os incentivos de mercado nas relações político-econômicos. De tal forma, o programa objetivou conquistar o empresariado e as entidades patronais em linha de fogo aberto contra o governo Rousseff-Temer (2014-2016), que levaram o país a uma recessão, com tendência a estagnação e crescimento praticamente nulo em termos de PIB per-capta, ao redor de 1,0% ao ano no período 2017-2019 (IPEADATA, 2019), tangente à reestruturação das bases produtivas e do Estado, onde podemos visualizar o quadro de desmonte dos direitos sociais. CONCLUSÃO: Consideramos, em consonância com a interpretação de subdesenvolvimento e dependência de Florestan Fernandes, que a particularidade brasileira revela, o avanço da crise mundial, o qual impõe novas condições e possibilidades de inserção da economia brasileira no mercado mundial, cujos adensamentos por meio de uma política econômica ortodoxa-liberal, ditados por meio de ajustes financeiros, reproduzem com mais força a dependência e subordinação do Brasil ao capital internacional a partir de 2015. Concluímos, portanto, que o ajuste realizado no Brasil nos últimos anos está pautado na justificativa à saída da crise, com ênfase para a aprovação da PEC do Teto (PEC 241/55), o qual congelou por vinte anos os gastos públicos, demonstra o tamanho da regressão social, com uma tendência ao aprofundamento da pobreza e desigualdade no país. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL. Poder Executivo. Proposta De Emenda À Constituição Nº 241-A, de 2016. Altera o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o Novo Regime Fiscal, e dá outras providências. Brasília, DF: Poder Executivo, 2016. 62 p.GOMES, Cláudia M. C. O Capitalismo em crise: fatores contra restantes nas politicas econômicas brasileiras a partir de 2016. Projeto de Pesquisa, 2020, UFPB/CNPq. 32fs.INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – Ipeadata. Dados macroeconômicos, regionais e sociais. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br>. Acesso em 16 set. 2008.OREIRO, José Luís.; DE PAULA, Luiz Fernando. A economia brasileira no governo Temer e Bolsonaro: uma avaliação preliminar. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Joseluis-Oreiro/publication/336147850_A_economia_brasileira_no_governo_Temer_e_Bolsonaro_uma_avaliacao_preliminar/links/5d92c2f092851c33e94b3d60/A-economia-brasileira-no-governo-Temer-e-Bolsonaro-uma-avaliacao-preliminar.pdf>. Acesso em 12 abr. 2022.
#413 |
La cuestión social en Brasil y la tendencia de las políticas sociales en tiempos de gobierno neofascista y ultra neoliberal y bajo la pandemia.
Patrícia Soraya Mustafa
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1 - Universidad Estadual Paulista -UNESP y Universidad de Granada.
Resumen:
El actual (des)gobierno de Brasil lleva a cabo una política neofascista, expresada, sobre todo a través del odio a la izquierda y a las organizaciones obreras, feministas, LGBT; por el desprecio a la ciencia, por una política social-darwinista (muertes de pobres y negros en la pandemia y en operaciones de la policía). Y también ultra-neoliberal en lo cual el “mercado domina todo o espaço social e o Estado não passa de avalista das regras do jogo econômico e financeiro. (PAULANI, 2021, para. 10). El ultra neoliberalismo gana fuerza, mundialmente, a partir de la crisis de 2008 y se traduce en el corte de los gastos sociales, a fin de alcanzar la “manutenção da rentabilidade de um sistema fetichista e cruelmente desumanizante” (MESZÁROS, 2015, p. 26).Esta orientación política y económica agrava la cuestión social brasileña, ya antes de la pandemia de COVID 19, aunque esta contribuye para su profundización. En este resumen se presentará un poco como va la cuestión social en Brasil en la actualidad y los paradigmas de las actuales políticas sociales neoliberales. Se trata de un estudio bibliográfico y documental que se hace desde algunos años. Es importante decir que la cuestión social es de acuerdo con Iamamoto (2008, p. 156) “inseparável da emergência do “trabalhador livre”, que depende da venda de sua força de trabalho como meio de satisfação de suas necessidades vitais.” Y que bajo el capitalismo dependente de la periferia del capital estos/as trabajadores/as no pueden satisfacer sus necesidades más elementares.Se demostrará aquí algunas expresiones de la cuestión social actualmente en Brasil, la primera a destacar es la violencia generalizada hacia los negros. En la pandemia estos/as se han muerto cuatro veces más que los blancos (INESC, 2022). Además, más de 20 mil jóvenes negros se mueren al año en nombre del combate al tráfico de drogas (violencia racial); aún la tasa de feminicidio de mujeres negras ha subido 54%, mientras que para las mujeres blancas ha bajado 9,8%; además los/as trabajadores/as negros/as cobran 57,4% de lo que cobran los/as blancos (IBGE, 2014).Otra manifestación de la cuestión social es el paro y los trabajos precarios – en diciembre/febrero de 2022 la tasa del paro era de 11,2%, pero esta tasa ha llegado a más de 14% en 2021, y al paro se suma la gente que ya no busca más trabajo por desaliento (4,2%), los que tienen trabajo muy precario 12,6% (IBGE, 2022). Aun, ha habido un aumento de la desigualdad de la renta del trabajo en 2020 – la diferencia de los 10% que cobran más en relación con los 40% que cobran menos es de 39 veces. En 2019 era de 20 veces. (PUCRS, et al, 2020). Otro dato es el aumento de la desigualdad social, entre los billonarios y la clase obrera, en América Latina y Caribe, de acuerdo con OXFAM (2020), desde el inicio de las recomendaciones del aislamiento social, ocho nuevos billonarios han emergido en la región, en cuanto se estimaba que hasta 52 millones de personas se convertirían en pobres y 40 millones iban a perder sus trabajos. Y la riqueza de los supermillonarios de la región ha aumentado en 17% desde marzo (2020): son 48,2 billones.Si por un lado sobra, por el otro el hambre, al final de 2020, alcanza 59,4% de los/as brasileños/as que tenían algún grado de inseguridad alimentaria – son 125,6 millones de personas que, o no tienen lo que comer, o no tienen lo suficiente en cantidad y calidad para comer, o, aún viven sin saber se van a tener una próxima comida. (ALMEIDA, 2021). Bajo toda esta problemática, el Estado se queda prácticamente ausente en el sentido de enfrentarlas. El presupuesto de las políticas sociales, entendidas como medidas estatales necesarias para el enfrentamiento/amenización de la cuestión social, ha bajado, y solo no ha bajado más porque de alguna manera el Estado fue presionado a crear algunas medidas para amenizar los efectos de la pandemia. Lo que hay son políticas sociales neoliberales que nada tienen que ver con los paradigmas del Estado Social como la universalidad - la seguridad social – la responsabilidad del Estado por protección Social. La lógica de las políticas sociales es la del mercado y se expresa por los siguientes paradigmas:. Meritocracia: derechos o auxilios asociados a condicionalidades – el pobre tiene que ser merecedor - el no merecedor queda fuera. Así era el Beca Familia, ahora Auxilio Brasil, creado por la Medida Provisória nº 1.061, de 9 de agosto de 2021.. Atomización del individuo: es decir, el incentivo por la salida individual - emprendimiento, educación financiera, búsqueda de una plaza en la educación infantil privada, estos dos últimos están contemplados en el programa de trasferencia de la renta Auxilio Brasil. . Financiarización – se observa en la propuesta de microcrédito puesta en el Auxilio Brasil – que puede comprometer el 30% del beneficio, cuyo objetivo es “permitir una mejor administración del presupuesto familiar y la realización de la planificación financiera con miras a las pequeñas empresas y el emprendimiento”. (MP 1061, 2021). Pero también se puede ver en el incentivo a las pensiones privadas, en el caso de la política de previdencia social (seguro social). Y sobre todo cuando se transfiere recursos públicos de la Seguridad Social para el pago de la deuda pública, es decir el presupuesto público siendo utilizado para alimentar el capitalismo financiero.. Privatización: presente en la política de salud, educación, habitación, previdencia social para citar algunas.. Refilantropización: responsabilidad de la sociedad civil en el enfrentamiento de las expresiones de la cuestión social, eso se ha podido observar durante toda la pandemia de la COVID en Brasil, durante la cual las comunidades (favelas) en Brasil tuvieron que autoorganizarse para hacer frente a la imposibilidad de trabajar, y todas las consecuencias que eso implica, una vez que el Estado se ausenta. Dicho todo eso, a las/os trabajadoras/es sociales cabe evidenciar estos fenómenos para que no se los naturalice y se pueda pensar en cómo se los enfrenta, aunque de manera parcial en esta sociabilidad, teniendo siempre como reto una sociedad justa e igualitaria.
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A questão agrária e a luta pela reforma agrária no Triângulo Mineiro/ Minas Gerais/Brasil : a reforma agrária social
Gabriela Abrahão Masson
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1 - Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Resumen:
A concentração fundiária no Brasil segundo Barbosa (2012) é uma das maiores do planeta. Apenas 0,8% dos proprietários rurais ocupam 31,6 % das terras agricultáveis. Estima-se que a realização da reforma agrária, promovendo a desconcentração da estrutura fundiária no Brasil, beneficiaria diretamente 2,5 milhões de famílias sem-terra. Neste contexto a reforma agrária, enquanto política pública de desenvolvimento, juntamente com as políticas agrícolas e sociais poderia desencadear no território brasileiro um processo de desenvolvimento rural sustentado não apenas de desenvolvimento agrícola, capitaneado pelo agronegócio. No entanto, sabemos que as opções sociais, políticas, econômicas, portanto históricas que perpassaram o Estado brasileiro, em torno da questão agrária e reforma agrária resultam na atualidade em uma “não reforma agrária”, nos termos de Oliveira (2011). Assim, para que se possa dirimir a desigualdade social engendrada no país desde a invasão portuguesa, colonização e escravização de negros e negras, pressupõe-se muito mais que um a política de desapropriação, mas sim políticas públicas que contribuam e fortaleçam para permanência de trabalhadores e trabalhadoras no campo, dos assentados e assentadas da reforma agrária nos assentamentos rurais do Brasil. Neste trabalho visamos socializar pesquisa bibliográfica, documental e de campo realizada no período de 2011 a 2020 na região do Triângulo Mineiro/ Minas Gerais/ Brasil, em assentamentos e acampamentos rurais de reforma agrária, problematizando se a reforma agrária em curso nesse território caracteriza-se enquanto política pública de desenvolvimento, ou se torna cada vez mais uma política social seletiva, focalizada e compensatória. Realizamos entrevistas semiestruturadas com os assentados e as assentadas da reforma agrária que residem nos assentamentos rurais na região, Liderança política do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Triângulo Mineiro/Minas Gerais/Brasil , o Secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Apicultura de Uberaba/Minas Gerais/Brasil e Superintendente Estadual do Instituto Nacional de Recolonização Agrária (INCRA) de Minas Gerais. A análise dos dados foi pautada na metodologia qualitativa e o método materialista histórico dialético de apreensão da realidade, que possibilitou sucessivas aproximações à particularidade estudada a partir da teoria social crítica. Os resultados da pesquisa de uma década foram socializados na tese de doutorado intitulada, “
A reforma agrária como uma política pública de desenvolvimento ou política social? Uma análise a partir dos assentamentos rurais ‘Tereza do Cedro’ e ‘Dandara’ no município de Uberaba/Minas Gerais”, defendida em 2016 na Universidade Estadual Paulista (UNESP) no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e no livro, “
A questão agrária e a luta pela reforma agrária no Triângulo Mineiro”, publicado em 2020. Apreendemos que a constituição dos assentamentos rurais estudados possui muitas contradições estrutururias que impuseram muitos desafios ao cotidiano dos assentados e assentadas na atualidade. A Reforma Agrária em curso nestes assentamentos rurais ainda constitui-se um processo em construção perpassado por desafios estruturais da realidade brasileira, que diariamente inviabilizam a reforma agrária, enquanto política pública de desenvolvimento neste território. Estes desafios perpassam, a morosidade do Estado brasileiro no processo de desapropriação das propriedades rurais, em consonância com a função social da terra inscrita no artigo 186º da Constituição Federal de 1988; a criminalização dos movimentos sociais e sujeitos coletivos que organizam-se na luta pela terra em uma região onde o agronegócio possui centralidade; a falta e ausência de políticas públicas, agrícolas, agrárias e sociais nos territórios da reforma agrária e até mesmo o envelhecimento da população e a ausência da juventude no campo. Apesar desta realidade, a tônica da luta de classes dos camponeses, trabalhadores e trabalhadoras sem-terra nestes assentamentos é o horizonte que pode se traduzir em melhores condições de vida e trabalho. Apesar dos inúmeros desafios constatados em pesquisa empírica signatária no Triângulo Mineiro, é necessário reconhecer as potencialidades da reforma agrária, enquanto política pública, na medida em que houve transformação de latifúndios e propriedades privadas, em assentamentos rurais, onde residem mais de 100 famílias; a possibilidade das famílias em residirem em uma moradia de alvenaria ao invés de uma lona preta ou moradias muito precárias; a possibilidade de uma alimentação mais diversificada e até mesmo uma produção agroecológica; a reduzida dependência do mercado para satisfação das necessidades; o cumprimento da função social da terra e o acesso ainda que muito limitado às políticas que compõem a reforma agrária. No entanto, a indagação que deu origem ao estudo de Masson (2016) e às sistematizações teórico-práticas inscritas no livro em 2020 confirmaram a hipótese de que a reforma agrária em curso não tem efetivado-se enquanto política pública de desenvolvimento, com viés redistributivo, portanto política pública de caráter estrutural. Mas sim, política social que diante de critérios focalizados, seletivos e excludentes aproxima-se de uma política pública meramente distributiva e compensatória que a autora nominou de Reforma Agrária Social. As transformações discutidas foram e são engendradas neste território pelos trabalhadores (as), camponeses (as) sem terra que resistiram e resistem ao “limbo” a que são acometidos (as) diariamente pelo Estado, que possui a intencionalidade de materializar a reforma agrária como uma política compensatória no território mineiro. Assim as famílias assentadas que persistem, com a enxada na mão, e são responsáveis pela reforma agrária que o Estado brasileiro insiste em gotejar por meio da política compensatória, que cada vez mais degrada as condições sociais no campo e na cidade consequentemente. Logo, as implicações deste processo em curso sinalizam o quanto a questão agrária, enquanto manifestação da questão social redefine-se por meio de uma “política de assentamentos” que não garante a longo prazo a reprodução dos (as) assentados (as) no campo mineiro.
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Os Policiais Penais e o Trabalho no Sistema Prisional
Neide Aparecida de Souza Lehfeld
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Rafael José Martins
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1 - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP).
Resumen:
As sociedades, desde tempos remotos, procuram formas de solucionar o problema da criminalidade, entendendo por crime toda ação imputável da lei penal por dolo ou culpa; os delitos previstos em lei. As penas e punições buscam desencorajar a prática de ações criminais e o encarceramento consagrou-se como a principal penalidade nas sociedades modernas, adquirindo um viés reeducativo e ressocializador, o que se torna contraditório, pois é retirado do indivíduo sua condição imanente enquanto sujeito, que é a liberdade. Ainda que onusto de problemas, o encarceramento tem sua prática e existência assentida pela sociedade e pelo Estado, detentor do monopólio da violência. A pena de privação de liberdade, como realizada no Brasil, tem resultado em diversos malefícios para os custodiados e para os que trabalham nas unidades prisionais, que vivenciam cotidianamente com situações de superlotação e insalubridade, o crescimento do poder de facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital, rebeliões etc. Os policiais penais, responsáveis pela segurança dentro das unidades prisionais, ainda convivem com falta de equipamentos e, principalmente, uma grande defasagem de funcionários para garantir a efetividade e segurança do trabalho. No estado de São Paulo, o sistema prisional está sob o comando da Secretaria da Administração Penitenciária, criada após o massacre do Carandiru, que expôs as mazelas das prisões paulistas. A criação da Secretaria teve como objetivo solucionar os problemas das prisões, contudo a política de encarceramento aqui praticada torna o Brasil um dos quatro países que mais prende pessoas no mundo e impossibilita a realização dos preceitos humanitários da pena de privação de liberdade. A população penitenciária é majoritariamente composta por homens jovens com pele preta ou parda e de classe social subalternizada, evidenciando o sistema de justiça segregacionista, classista brasileiro. Nesse contexto está inserida a figura dos policiais penais: trabalhadores que dentre as suas funções encontra-se a incumbência de assegurar o cumprimento da pena de privação de liberdade, impedindo a fuga do apenado e que tiveram no decorrer da história várias outras denominações, sendo a nomenclatura carcereiro a mais comumente associada à profissão.
#596 |
Contrarreforma do Estado, gerencialismo e seguridade social no Brasil nos anos 2000
Robson Silva
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1 - Universidade Federal Fluminense - UFF.
Resumen:
Este trabalho busca apresentar a incidência do gerencialismo nas políticas de seguridade social no Brasil nos anos 2000. A ideia de construí-lo está associada à existência do que se poderia chamar de uma cultura gerencialista no mundo e no Brasil, que se desenvolve a partir de uma desqualificação do Estado promovida pela neoliberalização; e à importância de apreender as determinações mais profundas das propostas de contrarreforma do Estado e da administração/gestão pública, recuperando o vínculo entre as ideias e as classes dominantes, tendo em vista que a burguesia critica hoje a forma de gestão/administração burocrática que ela mesmo defendeu para salvar o padrão de acumulação no começo do século XX. (IASI, 2012).A compreensão sobre a administração/gestão pública no contexto da neoliberalização a partir de uma perspectiva crítica ainda é um campo teórico em construção, tendo em vista as perspectivas teórico-metodológicas em disputa. Como apontam Souza Filho e Gurgel (2016, p. 14), as “principais formulações, presentes hoje no debate, se aproximam da perspectiva do filósofo alemão Jürgen Habermas e/ou do pós-modernismo do cientista político Boaventura de Souza Santos”, e/ou das ideias da “terceira via”, que preserva as premissas do neoliberalismo e que tem como um dos expoentes o sociólogo Anthony Giddens, que defende “uma visão mais pragmática do Estado, valorizando a filosofia de livre-mercado do ponto de vista econômico e moral”. (PAULA, 2005, p. 72).Ao contrário desse pragmatismo, que corresponde ao modo de pensar a realidade na sua imediaticidade e de agir assim sobre ela, este trabalho adota a perspectiva do materialismo dialético, que permite apreender a materialidade do Estado e da administração/gestão pública a partir das transformações que ocorrem na produção e na reprodução das relações sociais. Particularmente, no capitalismo, Mészáros (2015, p. 29) aponta que “a materialidade do Estado está profundamente enraizada na base sociometabólica antagônica sobre a qual todas as formações de Estado do capital são erguidas”. Nessa direção, cabe considerar que –, diferente das perspectivas e análises pragmáticas/neoconservadoras que justificam a utilização de concepções e mecanismos “técnicos” e “táticos” gerenciais, a partir de uma compreensão de crise como endógena ao Estado, que intervém e desperdiça demais, possui um “modelo” burocrático pouco moderno e eficiente –, é importante apreender a implementação do gerencialismo como parte inseparável do fenômeno cujos outros aspectos constituem a contrarreforma do Estado e o processo de reestruturação produtiva, que são respostas à crise estrutural do capital iniciada nos anos 1970. As primeiras experiências do gerencialismo no contexto da neoliberalização ocorreram nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os sujeitos conservadores que defendiam essa experiência se colocavam como uma força “anticonservadora” e “antissistema”. Além disso, apresentavam-se como aqueles que reivindicavam a mudança e a “reforma”. Uma das constantes retóricas desses sujeitos consistiu em mobilizar a opinião pública contra os “desperdícios”, os “abusos” e os “privilégios” da burocracia estatal. Assim, o gerencialismo apresentou-se como uma “reforma” ideologicamente “neutra” e que “beneficiária a todos”, quando na verdade significou uma reestruturação neoliberal do aparelho do Estado (DARDOT; LAVAL, 2016). De acordo com Coutinho (2010), os ideólogos do neoliberalismo apresentam-se hoje como defensores de uma suposta “terceira via” entre o liberalismo puro e a social-democracia “estatista”, como representantes de uma posição ligada às exigências da modernidade (ou da chamada pós-modernidade) e, portanto, ao progresso. Assim, o autor aponta que fazem da “reforma” ou mesmo da revolução (pois alguns defendem uma “revolução liberal”) suas principais bandeiras. Porém, alerta que a palavra reforma esteve sempre ligada às lutas dos trabalhadores para transformar a sociedade e que o neoliberalismo vem utilizando a seu favor. Logo, “o que antes da onda neoliberal queria dizer ampliação dos direitos, proteção social, controle e limitação do mercado etc., significa agora cortes, restrições, supressão desses direitos e desse controle [um indiscutível processo de contrarreforma]”. (COUTINHO, 2010, p. 35). No Brasil, o termo reforma também foi apropriado indebitamente pelo projeto hegemônico neoliberal em curso desde os anos 1990, o seu significado e as mudanças que vêm ocorrendo a partir do uso pragmático desse termo distanciaram-se de qualquer conteúdo progressista (BEHRING, 2003). Por essa razão, tem sido adotado o termo contrarreforma do Estado, que não deve ser restringida apenas a sua dimensão administrativa, posto que o gerencialismo é uma das dimensões da contrarreforma do Estado, que é constituída também pela contrarreforma econômica, fiscal, da previdência social etc. (BEHRING, 2003; SOUZA FILHO, 2011; SOUZA FILHO; GURGEL, 2016). A apreensão do gerencialismo, como uma das dimensões da contrarreforma do Estado brasileiro, deve ocorrer à luz dessas determinações, mas sem desconsiderar a dependência e subordinação do capitalismo brasileiro, que historicamente se organiza a partir das condições, possibilidades e limitações impostas pelo capitalismo mundial. Souza Filho (2011) destaca, neste sentido, a importância de compreender as transformações na gestão pública como resposta ao movimento do capitalismo brasileiro, distanciando das análises endógenas e evolucionistas da administração pública –, que entendem a história da ordem administrativa restrita ao processo que articula patrimonialismo, burocracia e gerencialismo, enquanto distintos modelos de gestão –, e daquelas que interpretam a administração pública como uma estrutura que não se modificou ao longo do desenvolvimento da sociedade, mantendo-se predominantemente patrimonialista, independentemente das transformações ocorridas na hegemonia do pacto de dominação e em sua ordem administrativa necessária à expansão e reprodução do capital.Esse mesmo autor também aponta que os mecanismos gerenciais viabilizaram a flexibilização da administração pública brasileira, com a finalidade principal de reduzir o aparelho do Estado e de contribuir com o ajuste fiscal, que segundo Behring (2017) tem sido permanente. Sem romper com o patrimonialismo, o uso dos mecanismos gerenciais (descentralização administrativa, parcerias entre Estado e organizações sociais, terceirização, desregulamentação da força de trabalho, redução do poder de auto-regulamentação das profissões, avaliação por desempenho/produtividade, conselhos consultivos etc.), a partir de determinadas condições objetivas e subjetivas, vem contribuindo com a privatização e mercantilização das instituições e dos serviços públicos; com a precarização das relações e condições de trabalho, perda de autonomia das profissões e centralização do poder de decisão. Por essa razão, este trabalho busca demonstrar os traços do gerencialismo na seguridade social nos anos 2000.
#333 |
Saúde Sexual e Reprodutiva de Jovens: A materialização da perspectiva crítica dos Direitos Humanos na Política de Saúde.
Mariane de Castro Echer
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Giovane Antonio Scherer
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1 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS.
Resumen:
O presente artigo visa analisar a materialização da saúde sexual e reprodutiva de jovens como direito humano na política de saúde, a fim de contribuir para subsídios de condições do acesso de jovens no serviço de saúde na atenção terciária. O estudo se calca no projeto ético político do Serviço Social, já que a profissão é constituída de princípios e valores humanistas, destaca-se algumas como: o reconhecimento da liberdade, emancipação dos indivíduos sociais e de seus direitos e a defesa intransigente dos Direitos Humanos (CRESS -10º região). Diante do avanço neoliberal e neoconservador em toda a América Latina, com impactos na vida social, econômica e política da classe trabalhadora, por meio do aprofundamento de diversas expressões da questão social (Netto, 1992), esse tema torna-se de profunda importância para o Serviço Social latino americano. As medidas adotadas nesse cenário, a lógica do sistema de exploração, utiliza-se das relações de gênero para seus interesses, que atravessam o recorte de raça e geração. Ressalta-se que, a temática da saúde sexual e reprodutiva foi historicamente permeada de valores morais que não permitiam o verdadeiro acesso a informações. Para Pimentel (2002, pg.156) a expressão dos direitos sexuais e reprodutivos deve ser compreendida, como uma redefinição do pensamento feminista sobre a liberdade reprodutiva. Falar da saúde de jovens é também, uma compreensão que necessita ter aos movimentos sociais, que por muito anos vêm lutando incansavelmente pela visibilidade dessas questões e pela garantia dos direitos das mulheres. Diante disso, liberdade ou escolha particular, não têm sentido sem as condições e garantias efetivas, para exercer o seu exercício. Condições essas, que abrangem alguns fatores, como a facilidade do acesso aos serviços de saúde, profissionais e serviços capacitados, assim também, fatores culturais, políticos, educacionais e econômicos. Segundo Beauvoir (1949), o impasse para efetiva garantia está na desigualdade de gênero, na dicriminição contra a mulher e nas raízes do sistema patriarcal, que, para a sua superação demanda efetiva concretização dos Direitos Humanos, na perspectiva de garantia da dignidade da pessoa humana. Olhar para o cenário de jovens, exige analisar o contexto e as condições em que se desenvolvem dentro da sociedade, afetados pelas diversas e variadas manifestações da questão social, das múltiplas formas de discriminação, opressões e desigualdade em suas vidas cotidianas, que se fundam em padrões societários: o patriarcado, herança escravocrata, colonial e o modo de produção capitalista (MONTAÑO, 2021). É nesse cenário que jovens fazem parte, um solo histórico marcado por resistência e significativas lutas, de enfrentamento e o reconhecimento dos mesmos, como sujeitos de direito. Com o avanço do neoliberalismo e o pensamento conservador, inicia-se um período de minimização das ações do Estado e o avanço para o desmonte de políticas públicas de proteção social. Nesse contexto de rupturas, Yazbek (2018) atenta sobre a defesa da democracia e dos direitos sociais, propostas de Emendas Constitucionais, como a PEC do congelamento de gastos públicos, tem se apresentado uma ameaça às políticas sociais, em especialmente as que são voltadas à minimização da pobreza. Com isso, aumentam os obstáculos à concretização dos Direitos Humanos, tendendo o aumento por demanda de políticas sociais à medida que as reformas econômico-financeiras implicam em maiores desigualdades sociais. Ressalta-se que a noção de Direitos Humanos utilizada é da perspectiva crítica, ou seja, um olhar para a sua totalidade, sobre a dinâmica social da luta contra os processos hegemônicos, que caminhe para o horizonte da mudança, da transformação, assumindo um compromisso político de emancipação humana, por uma ordem social como uma forma de organização de sociedade, onde que todos e todas possam ter uma vida digna. Tais reflexões partem da experiência da pesquisadora como Assistente Social, inserida no campo da saúde, na Residência Multiprofissional em Saúde pelo Grupo Hospitalar Conceição, do programa de Atenção Materno Infantil e Obstetrícia, voltada para atenção aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde no Brasil. Os resultados refletem dados parciais da dissertação de mestrado que está sendo construída junto ao PPG da UFRGS, que busca analisar de que forma vem se constituindo as condições do acesso de jovens no serviço de saúde na atenção terciária com demandas sobre saúde sexual e reprodutiva. Utilizou-se como método a revisão bibliográfica, buscando uma revisão sistemática da literatura, analisando a produção do conhecimento relacionado às categorias: saúde sexual e reprodutiva de jovens, Direitos Humanos e Políticas Públicas, na perspectiva do método dialético-crítico, à luz da teoria marxiana. Para Madeiro e Diniz (2017) alguns dos desafios para o acesso a saúde sexual e reprodutiva, como a escassez de serviços de referência públicos, o despreparo técnico das instituições, a desarticulação da rede de atenção à saúde, o desconhecimento da legislação por parte dos profissionais, exigências burocráticas e desnecessárias, assim como, a objeção de consciència dos profissionais. São diversos obstáculos para a efetivação plena dos direitos sexuais e reprodutivos de jovens, como as falhas na execução de políticas públicas, a desarticulação da rede de atenção à saúde, as dificuldades de acesso ao serviço, a rede de atenção básica e os serviços hospitalares não estão suficientemente preparados para a assistência ao atendimento de saúde sexual e reprodutiva (GIUGLIANI: RUSCHEL:PATUZZI, 2017), sendo assim, esses diversos obstáculos, é entendido como uma violação dos Direitos Humanos de jovens. Nesta perspectiva, Scherer (2013) destaca que tem sido cada vez mais escasso os canais de escuta sobre as violações dos direitos humanos, e o reconhecimento destes direitos. Embora os Direitos Humanos na atenção à saúde sexual e reprodutiva estejam assegurados em leis, declarações, convenções e códigos internacionais, são cotidianamente desrespeitados e violados, realidade que aumenta a distância entre a prática e o normativo jurídico. Há muito a se fazer para garantir os direitos sexuais e reprodutivos de jovens, sendo urgente considerar que para a efetiva garantia desses direitos, requer a articulação das políticas na perspectiva intersetorial, através da participação dos Conselhos de Direitos, no planejamento de ações que possibilite o fortalecimento da rede de atendimento e na participação de jovens na formulação e fiscalização das políticas sociais públicas, assim, garantindo as condições plenas para o exercício de seus direitos.
#342 |
O trabalho das assistentes sociais na política de saúde brasileira: caminhos, desafios e potencialidades.
Matheus Oliveira de Paula
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1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
A partir da consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, e de uma compreensão ampliada de saúde, que agregou a dimensão social da saúde, diversos movimentos foram realizados para dar materialidade e institucionalidade a política de saúde, bem como melhorar as práticas e processos de trabalho coletivos em saúde. É decerto, que o arcabouço teórico, e as propostas indicadas à época, construído no bojo do Movimento de Reforma Sanitária, não foram implementadas na sua concretude – como algumas reformas de bases que eram defendidas, que iam além do setor saúde (PAIM,2009). Desde 1990, no Brasil, a política de saúde vem sofrendo influxos do ideário neoliberal.No âmbito do trabalho das assistentes sociais na política de saúde as profissionais se inserem em diferentes atividades, tanto no âmbito da execução, quanto na gestão, tendo que articular com outros profissionais, em equipes multidisciplinares e ou intersiciplinares, construindo estratégias e pactuações políticas para a estruturação do trabalho coletivo em saúde. Assim, as disputas políticas que se expressam dentro das instituições, pela direção social das intervenções e ações, são mediações essenciais a serem empreendidas no trabalho profissional (YASBEK,2014). Nas equipes multiprofissionais, na ponta dos serviços de saúde, lidando com os usuários, as assistentes sociais são essenciais para a consecução do trabalho em saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), intervindo sobre as expressões da “questão social” que causam desigualdades no processo saúde-doença. Esse trabalho realizado vai na direção de construir estratégias de intervenção e respostas profissionais a partir da compreensão da determinação social da saúde, visualizando como os determinantes sociais influenciam e causam iniquidades em saúde. Essa perspectiva se alia a um olhar aprofundando que tem implicado na compreensão aguçada da importância da interseccionalidade de classe, gênero e raça como ferramenta analítica para a compreensão das desigualdades em saúde.A gestão das unidades de saúde sob a égide gerencialista (MENEZES&LEITE,2016) impõe para as profissionais uma lógica produtivista, com foco na eficiência, em que reproduz-se, reiteradamente, uma lógica perversa de alienação, na qual os usuários do sistema de saúde são vistos como “números” e/ou “leitos” a serem “desocupados”, em um processo de reificação das relações sociais (MARX, 2017), processo que se dá de mesmo modo na construção do trabalho coletivo em saúde. Nesse sentido, as práticas profissionais das assistentes sociais podem reproduzir respostas profissionais cotidianas, reiterativas e imediatistas (COELHO,2008) que não realizam as mediações entre teoria e prática. Contudo, apresentam, ao mesmo tempo, potencialidades para indicar caminhos e não reproduzirem as falácias neoliberais.O processo de trabalho na saúde se dá de modo coletivo, acionando diversos profissionais a construir estratégias e intervenções conjuntas, na direção de um olhar ampliado sobre o processo de adoecimento individual e coletivo. A assistente social, pautada à luz do Código de Ética Profissional, na construção de estratégias coletivas, imprime parte da sua formação e valores compartilhados pela categoria profissional. É nesse sentido que se abrem possibilidades, dentro da sua autonomia relativa, para a construção de processos que promovam reflexões críticas e mudanças na instituição e na relação com os usuários do sistema de saúde. Assim, logra o fomento de discussões éticas na equipe de saúde, facultando a reflexão sobre processos sócio históricos macrossociais, relacionados à determinação social do processo saúde-doença, favorecendo a compreensão de que os processos sociais não são fragmentados, mas estão articulados na totalidade da realidade social. A dimensão técnico-operativa, reiteradamente, é sobrepujada frente às outras dimensões constitutivas do trabalho profissional, uma vez que, o modo de produção capitalista intenta mistificar o caráter eminentemente político e ideológico que as atividades e ações realizadas têm, apresentando um ar de neutralidade aos instrumentos e as técnicas. Entretanto, é importante demarcar o direcionamento ético-político, que o desenvolvimento das atividades possui no seu cerne, tal qual a sua vinculação teórico-metodológica, já que os instrumentos não se dão aquém de balizamentos teóricos, que exteriorizam um determinado ponto de vista sobre as relações sociais e a compreensão da totalidade na dinâmica da vida social (IAMAMOTO,2004).Dois aspectos são importantes de serem salientados, que tem a potencialidade da construção de estratégias de resistência e democratização das ações e dos serviços, a saber: a dimensão política e a dimensão socioeducativa, no trabalho profissional das assistentes sociais na saúde. Assim, as ações e atividades devem ser construídas de forma coletiva, com os usuários do serviço de saúde, visando fomentar o protagonismo dos mesmos, e ampliar a democratização das informações, serviços e ações, revelando-se como estratégias políticas de expansão da participação e do conhecimento coletivo. No mesmo sentido se dá a dimensão socioeducativa, devendo ser respaldada pelo código de ética, fortalecendo processos mais horizontalizados de maneira dialógica, promovendo uma construção coletiva dos saberes.Logo, repõe-se a necessidade de sedimentação da prática teórico crítica no trabalho profissional, a partir da apreensão das dimensões estruturais e conjunturais que conformam as dimensões da realidade social. Na conjuntura atual a dimensão político-pedagógica do trabalho profissional se evidencia mormente, necessitando ampliar as articulações políticas com as usuárias para a defesa dos direitos sociais e do SUS. Assim, os espaços de participação e controle social devem ser alavancados como lugares nos quais abrem-se possibilidades de construir propostas para a política de saúde que respondam as reais necessidades dos usuários. O protagonismo deve ser fomentado, não de maneira estritamente representativa, mas substantiva, para uma construção coletiva, democrática e que possa representar as demandas da classe trabalhadora. A dimensão socioeducativa do trabalho das assistentes sociais na saúde, a partir de uma perspectiva dialógica e horizontalizada, que respeite a pluralidade dos saberes e epistemologias, mobilizada a partir de uma perspectiva crítica, buscando ampliar a comunicação e democratizar as informações, apresenta caminhos profícuos para a resistência frente aos retrocessos desse momento histórico.
#395 |
Los significados y prácticas en torno a la promoción de la salud mental en la comunidad universitaria pos confinamiento por el COVID 19
YAMILE BORDA
1
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SARA RODRIGUEZ
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1 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
Resumen:
La ponencia surge de la investigación que tiene como objetivo Comprender los significados y prácticas en torno a la salud mental en la comunidad universitaria.El contexto de fragmentación social que ha dejado la pandemia COVID 19, hace parte de las múltiples causas del estado de bienestar y salud mental de las personas y comunidades. La salud mental como constructo psicosocial requiere de ser comprendido contextualmente para la construcción de agendas institucionales para su promoción y cuidado. Para esto se realizo un abordaje cualitativo a partir recolección de información con cuestionario aplicado a estudiantes universitarios de diferentes programas académicos., la aplicación de una metodología para la co-creación de ambientes saludables y orientaciones generales del proceso de investigación acción como ruta de diagnóstico y diseño de acciones para el mejoramiento de la salud mental de la comunidad universitaria; a partir de las concepciones, significados y prácticas en torno a la salud mental de la comunidad universitaria y reintegración social en la universidad. El sentido procede de la consideración histórica de ambientes diseñados por las formas modernas analítico-reduccionistas para responder a las necesidades humanas, se han caracterizado por generar subjetividades, estilos de vida, y formas de relación que a la larga expresan y promueven la fragmentación de la condición humana. Estos ejercicios de diseño, condicionan las formas de relación social desplegadas en los espacios, priorizando los principios racionalistas y mercantiles, hasta tal punto que terminan por convertirse en dispositivos de control y regulación de la vida social. Las formas de diseño así entendidas, cobran mayor efectividad en los entornos educativos, en tanto se constituyen en la práctica, como espacios sociales que producen y reproducen formas de relación basadas en la dialéctica de la autoridad y la obediencia. Lo anterior se expresa, para el caso del colegio, en algunos visos de desconfianza y miedo mutuo entre las personas que conforman este entramado social, así como en la consolidación de la condición fragmentada de lo humano, aspectos problemáticos si comprendemos con rigurosidad la función social de la institución educativa La universidad como institución educativa en el campo de pensar ambientes que sirvan para la formación integral de los seres humanos que co-habitan en ella, y que puede tener efectos positivos, no solamente en términos académicos, sino también en términos sociales y culturales. Inclusive puede permear la manera en la que enseñan y aprenden todos los miembros de la comunidad educativa.De ahí que resulte imprescindible poner en el centro del diseño de estos ambientes, a los seres humanos que los habitan y que son transformados por ellos. Por tal razón, resulta necesario partir de principios metodológicos orientados desde enfoques comunitarios, coherentes con los procesos de Investigación cualitativa, que reconozcan que los procesos de diseño son colectivos, y que, al igual que la salud, los ambientes son construidos por las personas en sus interacciones diarias y cotidianas. Es en este orden de ideas que se escoge la metodología de Diseño Centrado en los Seres Humanos (Human Centered Design - IDEO, 2015) cuyos métodos favorecen la reflexión en la práctica y la creación desde y con las personas involucradas, en este caso, el grueso de la comunidad educativa. El contexto universitario se convierte en un entorno promotor de la salud, siendo concebido como un escenario de vida cotidiana en el que quienes conviven desarrollan capacidades desde el proceso de aprendizaje/enseñanza, además de, participar y reproducir la cultura, los hábitos y estilos de vida que generan mejores condiciones para vivir y relacionarse con sí mismo, con los demás y con el ambiente. Por ende, las personas que quieren convivir en ambientes sanos educativos, le brindan mayor importancia a optimizar los espacios ecológicos del contexto, de manera que, se disfruten los procesos formativos contando con interacción, confianza, respeto, autoestima, comunicación afectiva, prevención de riesgos a partir del reconocimiento de las expresiones de lo distinto.Es así como, se encuentra la diversidad humana que, -como principio- comprende el reconocimiento que el sujeto da sobre sí mismo y sobre los demás en cuanto a sus diferencias, dando valor a estas desde el enriquecimiento que otorga a la convivencia. Así que, la diversidad reúne aspectos -diferentes entre sí-, que generan estímulos sociales si se entiende desde el aprendizaje, la comprensión e identificación del otro por lo que cada cual es y no por lo que se desearía que fuera. Particularmente, la salud mental combina y retoma diferentes aspectos de la diversidad humana como es el reconocimiento de valores, identidades, expresiones de lo distinto y la construcción a partir de la diferencia, de horizontes sentido en la vida cotidiana de las personas.Asimismo, se hace un aporte significativo desde la diversidad, puesto que, se resalta el valor de la identidad y su relación directa con el desarrollo de la salud mental, respondiendo al contexto universitario de los estudiantes y sus implicaciones en los espacios educativos y sociales, enfocados en la comprensión y el diálogo de diferentes culturas, identidades, saberes, entre otros. De este modo, los contextos educativos -en este caso- la universidad pasa a ser un espacio de interacción y construcción de lo diverso, en el que se presentan factores del conocimiento y las relaciones sociales, y, surge la necesidad de atender y dar apoyo desde la comprensión de la diversidad humana y la salud mental.En lo que respecta a la diversidad humana dentro del contexto universitario, se hace referencia a un concepto que implica la vivencia de situaciones, en la cual el sujeto conoce a profundidad cuál es su lugar de origen, su historia, sus costumbres y tradiciones, el sentido de su vida cotidiana y las de los otros en las cuales le permiten construir sucesos en los cuales se desenvuelve cultural, social y académicamente dentro de este espacio permanente de interacción, dialogo y cuidado.
16:00 - 18:00
Eje 3.
- Ponencias virtuales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#113 |
La construcción de la maternidad: recorrido histórico de una práctica discursiva.
Carla Valdés Sarmiento
1
1 - Universidad Andrés Bello.
Resumen:
Este trabajo fue originalmente elaborado cuando aún no se visibilizaban socialmente con fuerza en el país las críticas del activismo feminista respecto a las prácticas y discursos sobre el género, y la matriz cultural que posibilita la continuidad y reactualización de estas prácticas de naturalización sobre el lugar de la mujer y su relación aparentemente determinante con la maternidad, como con otras dimensiones a su vez.En ese entonces, este artículo tuvo como propósito realizar un recorrido histórico con respecto a los Discursos que han existido con respecto a la “maternidad” y cómo estos han contribuido a la demanda sociocultural sobre la mujer-madre hoy en día y en el contexto chileno. Por otra parte, abre la interrogante respecto de que, si como Trabajadores sociales somos consciente del discurso materno que encarnamos de manera individual o colectiva, especialmente en el campo de la intervención familiar o de políticas de niñez o infancia. Las reflexiones abordadas en el artículo se logran a partir del análisis documental y de contenido como metodología de estudio y la producción científica relacionada con el tema. Como resultado del análisis de los distintos elementos, se ofrecen algunas categorías de análisis de los tipos de discursos presentes en la construcción histórica del ideario materno.En este estudio, fue posible advertir que, a través de diversos agentes e instituciones, ha pervivido un tipo de ideal de “maternidad” que responde a un modelo occidental hegemónico, consistente con los sistemas de valores de los estratos y clases socioeconómicamente dominantes que se impone y encarna tanto en los imaginarios colectivos y subjetivos de las personas. Este modelo de ordenamiento se ha constituido en una estructura sociopolítica poderosa que ha tenido la capacidad de delimitar las trayectorias de vida tanto de hombres y mujeres en el espacio público y privado.Los discursos aquí denominados como del
déficit, inferioridad y la naturalización, son discursos que no operan de forman separada, sino que más bien se complementan y alternan en protagonismo durante la historia.El modelo de la mujer-madre contemporánea, opera como una matriz híbrida que coloniza a otras subculturas mediante los medios de masas. Para Hays (1998) el gran problema de este modelo, es la compatibilización, donde criar y educar bajo el exigente paradigma de la maternidad y la infancia no se complementa con la promesa del desarrollo profesional para la mujer. Esta autora señala que la “verdad” que la sociedad ha difundido sobre la maternidad, “ha instado a las madres a dar con abnegación su tiempo, dinero y amor sagrado a los niños, al mismo tiempo que la impulsa a ser individualista y ambiciosamente competitiva y destacada en el trabajo” (Hays, 1998) para poder progresar. El paradigma del sacrificio y de la individualidad tensionan a las mujeres-madres a través del malestar y la responsabilización por conciliar.Tensionado por las condiciones estructurales construidas, emerge como respuesta un tipo de discurso socialmente incómodo y rechazado que cuestiona la experiencia y la voluntad de la maternidad, en disputa con aquella fuerza permanente que busca someterla a la funcionalidad de la estructura social, en la lógica de los acomodos y resignificaciones que tiene como costo asumir “la tarea más noble que una mujer pudiera realizar” (Discurso de la patria), y amortiguadas por la exaltación que la mujer alcanza al convertirse en madre, prestigio que en trayectorias individuales tensionadas, resuelven de alguna manera su lugar en el mundo.La persistencia del discurso materno idealizado bajo un cierto modelo de mujer- madre, no hace más que fragilizar paradójicamente nuestra sociedad. Invisibiliza otras maternidades y a otras mujeres madres que, acomodándose a sus contextos, realidades y soportes, despliegan prácticas tensionadas con el modelo vigente de maternidad, pero no por ello menos legítimas de acuerdo a las condiciones que la misma sociedad, en su modelo de desarrollo impuesto, ha generado.La intervención Social vinculada a esta dimensión de estudio, desde cualquier campo o disciplina, requiere revisar como acción ética y política, los modos de construcción tanto de las Instituciones culturales como de los fenómenos sociales que emergen de ellas, de manera de reconocer su escenario y el sentido político de sus acciones en el entramado de relaciones desde donde actúa.Si sabemos que la mujer queda determinada por condiciones estructurales y discursos culturales de larga duración, a permanecer mayormente ligada a un espacio doméstico cuya representación es devaluada por un sistema social; si no se generan políticas públicas que favorezcan la conciliación entre los géneros sobre la distribución de las actividades públicas y privadas; si todos aquellos que operamos como interventores sociales de los espacios cotidianos no posibilitamos y visibilizamos la emergencia de otros discursos sobre maternidades y paternidades en espacios comunes formales e informales, poniendo en valor “lo doméstico”, todos aquellos que intervenimos de una forma u otra en los discursos públicos, contribuimos a la persistencia de un malestar y deterioro que decanta en violencia real y simbólica.Es por lo anterior que resulta no menor preguntarse cuáles son las perspectivas y representaciones de la maternidad que se encuentran a la base del diseño de la política social de tipo familiarista (Esping-Andersen) con la que se abordan los temas de la infancia vulnerada en Chile. Y más pertinente aún preguntarse si, con nuestras intervenciones desde el Trabajo Social, hemos contribuido a la perpetuación de aquella categoría homogénea, o logramos fisurarlas para posibilitar que emerjan otras Maternidades (y paternidades tal vez) que propongan alternativas situadas en la construcción de las relaciones interhumanas y de nuevos escenarios de convivencia.
#373 |
LOS DERECHOS HUMANOS DE LAS PERSONAS CON DISCAPACIDAD Y LA DISCRIMINACIÓN POSITIVA: EL APORTE DESDE EL TRABAJO SOCIAL EN EL PERÚ
CLARISA JOHANA GARCIA MAGAN
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1 - COLEGIO PROFESIONAL DE TRABAJO SOCIAL DEL PERU- REGION II SEDE TRUJILLO.
Resumen:
LOS DERECHOS HUMANOS DE LAS PERSONAS CON DISCAPACIDAD Y LA DISCRIMINACIÓN POSITIVA: EL APORTE DESDE EL TRABAJO SOCIAL EN EL PERÚ Palabras claves: Persona con discapacidad, discriminación positiva, derechos humanos.El 15% de la población mundial presenta algún tipo de discapacidad (OMS, 2021), esto es, unos 1,200 millones de personas en todo el mundo. Se trata de distintos tipos de discapacidad: Física o Motora, Sensorial, Intelectual, Psíquica; ya sea adquirida o innata, y de carácter temporal o permanente. Antiguamente las personas que presentaban algún tipo de discapacidad eran objeto de esclavitud, exclusión y hasta extermino. En el medioevo eran recluías en nosocomios y su condición era entendida como un asunto de naturaleza privada, incluso como un signo de castigo divino. Será recién desde la segunda mitad del siglo XX, con la Organización de las Naciones Unidas, que se empieza a reconocer la discapacidad como un asunto de interés público y a impulsar políticas de promoción de los derechos de las personas con discapacidad, contribuyendo con instrumentos normativos de carácter vinculante o recomendatoria, que allanan el terreno para que los estados parte impulsen acciones concretas en favor de los derechos humanos de las personas con discapacidad. En 1982, las NNUU aprueba un primer Programa de Acción Mundial para Personas con Discapacidad, que promueve medidas de prevención y rehabilitación, así como su participación, en píe de igualdad, en la vida social y en el desarrollo. Para sensibilizar a gobernantes y tomadores de decisiones, se declara la Década de las Naciones Unidas para las Personas con discapacidad (1983-1992), pero sólo 24 años más tarde, se aprueba la Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad (NNUU, 2006) que busca “Promover, proteger y asegurar el goce pleno y en condiciones de igualdad de todos los derechos humanos y libertades fundamentales por todas las personas con discapacidad, y promover el respeto de su dignidad inherente” (Art. 1°).En el Perú, la Constitución de 1993, en su Artículo 7°, señala que “... La persona incapacitada para velar por sí misma a causa de una deficiencia física o mental tiene derecho al respeto de su dignidad y a un régimen legal de protección, atención, readaptación y seguridad”, pero no se impulsó ninguna política pública para abordar el tema, como tampoco se hizo en el año 2007, cuando el estado peruano ratifica la “Convención sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad y su Protocolo Facultativo” (Resolución Legislativa Nº 29127). Las primeras acciones en favor de la población peruana que presenta discapacidad de inician en el año 2012, cuando se dicta la Ley N° 29973, que “establece el marco legal para... la vida y protección de derechos de una persona con discapacidad a nivel del territorio nacional, promueve el buen desarrollo de la persona y su participación efectiva en la vida política, económica, social, cultural y tecnológica” (Art.1). Aunque se trata de algunas acciones importantes, como fueron la conformación del Consejo Nacional para la Integración de la Persona con Discapacidad (CONADIS) y la instalación de las Oficinas Municipales para la Atención de Personas con Discapacidad (OMAPED), instancias adscritas al Ministerio de la Mujer y Poblaciones Vulnerables, encargados del registro e identificación de las personas con discapacidad, además de beneficios pecuniarios, entre otros, consideramos que no se trata aún de una política pública propiamente tal, la que requiere de una entidad autónoma y sobre todo desconcentrada para una gestión pertinente de la discapacidad, dada la contrastante realidad social y geográfica peruana. Se requiere para ello, garantizar un presupuesto fijo (incrementando el actual 1% del presupuesto de los gobiernos local y regional) destinado a los OMAPED, a fin de realizar diagnósticos locales y contar con los equipos interdisciplinarios, que incorporen a las/los trabajadores sociales para abordar los temas preventivos, de rehabilitación y participación social de las y los usuarios en los asuntos del desarrollo local, tal como se propuso hace ya cuatro décadas.Se propone para ello, implementar desde el gobierno local, la estrategia conocida como discriminación positiva (Eguzki Urteaga, 2009 y otros), que consiste en atender de manera preferencial a las personas con discapacidad, eliminando las barreras que impiden su desarrollo social, educativo, sanitario, laboral, habitacional, cultural, lingüístico, tecnológico, patrimonial, etc., a fin de brindarles las oportunidades para que puedan ejercer plenamente sus derechos y obligaciones en beneficio propio, de sus familias y de su comunidad. En éste esquema, la intervención del/la Trabajador/a Social se enmarca en la Ley N° 30112, cuyo Arts. 5° lo faculta, entre otras funciones: participar en la gestión, formulación, ejecución y evaluación de planes, programas y proyectos sociales dirigidos a mejorar las condiciones y calidad de vida de la población (inc. a.), para procurar el bienestar social, bienestar laboral, seguridad social y salud ocupacional (inc. b.), tanto en organismos gubernamentales y no gubernamentales (inc. c.), así como a formular propuestas de políticas públicas para mejorar las condiciones y calidad de vida de la población (inc. d.), participar en proyectos de investigación social y científica con el fin de optimizar el mejoramiento de la calidad de vida de la familia, los grupos y la población (inc. e.) (Ley 30112, 2013)Se propone impulsar un Plan Piloto en una OMAPED distrital de la región La Libertad (Perú) que tome en cuenta las buenas prácticas y los estándares internacionales en materia de gestión pública (y privada) con personas con discapacidad, para aplicar un sistema de discriminación positiva dirigida a la población, que empiece con un estudio de Línea Base, para identificar el o los ámbitos a intervenir, por ejemplo. rehabilitación y equipamiento educativo en niños, capacitación y fomento del empleo en adultos, etc.Un aspecto a considerar en ésta propuesta es la alta capacidad autogestionaria que tienen las personas con discapacidad en el Perú, cuya condición ha sido históricamente postergada y cuyas vidas transcurren, muchas veces en la mendicidad, al margen del estado. La experiencia profesional desarrollada con personas y grupos de personas con discapacidad en la ciudad de Trujillo, revelan que no hay un trabajo personalizado y cercano a quienes, por su condición de discapacidad, requieren de la atención del estado. Las escasas personas que los atienden, realizan principalmente labor administrativa (inscribir, emitir carnets y contabilizar la discapacidad), no realizan labor promocional, por cuanto tampoco reciben en sus domicilios la visita de un/a Trabajador/a Social que se interese por su condición de desventaja y de sus familias, siendo las mismas personas discapacitadas quienes tienen que acercarse a veces sin un resultado concreto a las OMAPED. Existe mucha desinformación sobre las normas internacionales y nacionales que les protegen y desconocen que la ley peruana obliga a los gobiernos locales y regionales a invertir el 1% de su presupuesto en servicios preventivos, de rehabilitación y desarrollo personal, que garanticen el pleno ejercicio de sus derechos humanos.Por su cercanía con las personas, grupos y comunidades, por su formación interdisciplinaria, por su capacidad para investigar y formular políticas sociales en favor de grupos humanos que viven en condiciones de vulnerabilidad, el Trabajo Social está habilitado para diseñar e implementar una política social que haga uso de la discriminación positiva, como una estrategia que garantice el ejercicio de los derechos humanos de las personas con discapacidad.
#112 |
A dimensão do debate acadêmico-científico sobre os direitos humanos e a socioeducação no Brasil: contribuições teóricas da área do Serviço Social
Amanda Oliveira Pereira
1
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Viviani Yoshinaga Carlos
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1 - Universidade Estadual do Paraná - Campus Apucarana.
Resumen:
Este trabalho se ocupou com a temática dos direitos humanos na socioeducação e como ela tem sido tratada no debate acadêmico científico na área de Serviço Social. No Brasil, a socioeducação refere-se ao atendimento voltado aos adolescentes que cometeram ato infracional, ou seja, que estão em conflito com a lei. O sistema socioeducativo brasileiro é organizado segundo os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), e abrange a execução das medidas socioeducativas em meio aberto (liberdade assistida e prestação de serviço à comunidade) e em meio fechado, que corresponde às medidas socioeducativas de restrição e privação de liberdade (semiliberdade e internação em estabelecimento educacional). A execução dessas medidas é orientada pela doutrina de proteção integral, de forma a garantir todos os direitos fundamentais dos adolescentes em conflito com a lei. Porém, responsabilizar o adolescente pelo ato infracional cometido e garantir que seus direitos sejam efetivados pode constituir uma incongruência não só para os leigos no assunto, como também para muitos dos profissionais que atuam no sistema socioeducativo, que lidam diariamente com conflitos éticos que envolvem a punição e a proteção dos adolescentes autores de ato infracional. Refletir sobre os limites existentes entre a responsabilização dos adolescentes e a garantia de seus direitos exige aprofundar a compreensão sobre os direitos humanos no atual estágio do capitalismo. Trata-se, portanto, de ampliar o debate através de uma abordagem crítica, que permita compreender o fenômeno para além de sua aparência. Neste aspecto, as discussões tratadas no âmbito do Serviço Social tendem a apresentar um viés crítico que pode contribuir para que o debate teórico sobre os direitos humanos se aproxime dos demais profissionais que atuam no sistema socioeducativo. Boa parte das discussões que apresentam uma abordagem crítica são produzidas nas universidades, através dos Programas de Pós-Graduação, nos níveis de Mestrado (acadêmico) e de Doutorado. Desta forma, este trabalho teve como objetivo dimensionar o debate acadêmico-científico sobre a temática “direitos humanos e socioeducação” na área de Serviço Social no Brasil, a partir de teses e dissertações, defendidas entre os anos de 2013 e 2018. Por meio de estudo bibliográfico, foi realizada inicialmente, a construção de um referencial teórico sobre a compreensão histórica dos direitos humanos e os limites para a sua efetivação na sociedade capitalista. Segundo Bobbio (2004), a discussão sobre os direitos humanos na atualidade não pode ser reduzida a uma simples questão filosófica pois, trata-se, antes de tudo, de uma questão política. Para este autor, o fundamental é proteger os direitos humanos. Porém, para Marx (2010), a proteção dos direitos humanos possui um limite no capitalismo, configurado pela emancipação política, na qual os direitos são reconhecidos pelo Estado, mas dentro dos limites da sociedade burguesa. Dessa forma, a abordagem crítica sobre os direitos humanos na socioeducação deve considerar os limites da emancipação política, reconhecendo a importância da luta de classes para a efetivação da emancipação humana. Assim, para fins de análise, foi realizada a pesquisa na base de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, por meio de busca booleana com os seguintes termos: “socioeducação e direitos humanos”; “adolescentes em conflito com a lei e direitos humanos” e “medidas socioeducativas e direitos humanos”. No total, foram encontradas 08 dissertações de Mestrado defendidas e publicadas entre os anos de 2013 e 2018, sendo: 04 dissertações defendidas em universidades da Região Sul; 02 em universidades do Nordeste; e 02 em universidades do Centro-oeste. A partir de leituras sucessivas e segmentadas, identificamos que 06 dissertações foram realizadas com uma abordagem teórico crítica, mas apenas 02 dissertações explicitaram uma concepção sobre os direitos humanos nessa perspectiva. Todas as dissertações apresentaram em seus resultados a necessidade de efetivação dos direitos humanos na área da socioeducação, porém sem considerar os limites da emancipação política. A leitura e estudo das dissertações permitiram concluir que apesar do debate acadêmico-científico sobre socioeducação e direitos humanos no Serviço Social se orientar, em sua maioria, por uma abordagem crítica, ainda é preciso aprofundar as reflexões sobre os limites do capitalismo, reconhecendo a importância da luta de classes para a emancipação humana. Assim, destacamos, a partir do estudo dessas dissertações, alguns pontos importantes para o debate sobre os direitos humanos e a socioeducação: a) a importância das lutas sociais para a construção histórica dos direitos humanos e seus avanços; b) a compreensão de que o reconhecimento legal dos direitos humanos não garante a sua efetivação; c) na sociedade capitalista, os direitos humanos são limitados à emancipação política; d) a discussão sobre os direitos humanos, quando restrita a segmentos sociais, como os adolescentes em conflito com a lei, tendem a reduzir o debate a uma questão legal; e) o debate sobre os direitos humanos e a socioeducação precisa vincular-se à perspectiva da luta de classes, reconhecendo os limites da emancipação política e os caminhos para a emancipação humana. A construção teórica empreendida nesta pesquisa indica que a formalização dos aspectos legais definidos nos documentos oficiais, como, por exemplo, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, não significa que esses direitos serão de fato garantidos, tampouco efetivados. É forçoso reconhecer, portanto, que os direitos humanos na sociedade capitalista possuem um limite. Contudo, também é preciso reconhecer a sua importância, uma vez que a emancipação política pode oportunizar meios para a emancipação humana. Na socioeducação, os direitos humanos têm sido tratados apenas em seu aspecto legal, o que demonstra a necessidade de reconhecer sua dimensão política, remetendo o debate à luta de classes. Esse é um desafio para as produções acadêmico-científicas na área do Serviço Social, no intento de avançar o debate numa perspectiva crítica capaz de subsidiar novas possibilidades e novos caminhos na busca da emancipação humana.
#375 |
Construyendo la Paz en medio de la Diversidad
Wilson Franco López
1
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Ángel Iván Barrera Bernal
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1 - UNIMINUTO.
Resumen:
La siguiente ponencia tiene como objetivo analizar los procesos de educación inclusiva, desde las experiencias personales y comunitarias que deben vivir las personas en situación de discapacidad y el papel del trabajador social en tanto educador social, para contribuir a la eliminación de las barreras que se presentan en el ámbito socioeducativo, tomando como referentes las políticas y el contexto histórico nacional y latinoamericano, por medio de la educación comparada y la praxeología “¿Cuál es la barrera que se presenta con mayor frecuencia para las personas en situación de discapacidad que ingresan al programa de trabajo social de las universidades Minuto de Dios y Nacional de Colombia sedes principales Bogotá?” Los destinatarios de las políticas de inclusión varían de un país a otro, siendo los más frecuentes los niños y niñas con discapacidad, poblaciones indígenas y afro descendientes, desplazados por la violencia, poblaciones rurales aisladas o estudiantes que abandonaron el sistema educativo. Perpetuar un diálogo entre educación superior y situación de discapacidad resta potencial a la serie de discursos que tienden a instituirse y a circular al interior de la estructura social, pues deja fuera múltiples colectivos que escasamente han sido visibilizados El concepto de inclusión o de educación inclusiva suele asociarse a los estudiantes con discapacidad o con necesidades educativas especiales, o a quienes viven en contextos de pobreza, aunque progresivamente se está adoptando un enfoque más amplio concibiéndola como un medio para lograr un acceso equitativo a una educación de calidad, sin ningún tipo de discriminación. Los destinatarios de las políticas de inclusión varían de un país a otro, siendo los más frecuentes los niños y niñas con discapacidad, poblaciones indígenas y afro descendientes, desplazados por la violencia, poblaciones rurales aisladas o estudiantes que abandonaron el sistema educativo. El término discapacidad cobija un gran número de limitaciones funcionales que ocurren en cualquier población y en cualquier país. Se entiende por discapacidad cualquier restricción o impedimento de la capacidad de realizar una actividad en la forma o dentro del margen que se considera normal para el ser humano (OMS, 2001). En términos generales, la sociedad mantiene una visión estigmatizada respecto de las personas con alguna discapacidad. No en pocos casos, subsiste la idea de que se trata de individuos inferiores, incapaces y, por consiguiente, con derechos limitados. La apuesta por una ciudadanía multicultural e inclusiva necesita del impulso de un sistema educativo que abra sus escuelas a todos los alumnos y que le asegure a cada uno de ellos una enseñanza capaz de atender las diferencias existentes. Paralelo a estos hechos se han registrado cambios positivos encausados hacia la igualdad de oportunidades. Asumir la educación inclusiva como un fenómeno re-estructurante de los procesos prácticos ya sean, simbólicos, interpretativos, culturales, socio-etnológicos y organizativos desarrollados por la universidad, ante el cambio y la apertura institucional en y para la diversidad, supondrá modificar las estructuras de pensamiento y los esquemas de socialización de los principales agentes que integran la comunidad académica (Foladori, 2008). Por lo que será necesario, desarrollar un enfoque sociológico que promueva un salto cualitativo respecto de la cosmovisión psicosocial y formativa desarrollada hasta este momento por el campo de la atención de la diversidad. Una escuela no resulta inclusiva por el mero hecho de acoger a estudiantes con discapacidad, debe ser parte de un análisis crítico del contexto socioeducativo latinoamericano. Una escuela con sentido de comunidad, es aquella donde todos sus miembros tienen sensación de pertenencia, se sienten aceptados, apoyan y son apoyados por todos los miembros de la comunidad escolar, y logran paralelamente el éxito educativo (Arnaiz, 2006). La efectiva implementación del derecho a la educación es, por lo tanto, un requisito previo para la democratización y para la total participación de los ciudadanos en todas las esferas de la vida. El primer desafío es superar el avasallador proceso neoliberal de deshistorización de la historia. Sin perspectiva histórica no hay ni conciencia ni proyectos políticos. Al anunciar “el fin de la historia", el neoliberalismo nos quiere convencer de que el tiempo es cíclico y que cualquier intento de historizar el tiempo es inútil. es indispensable una formación integral en el sistema educativo, que contemple desde temprana edad todas las áreas posibles de desenvolvimiento del ser humano. Es necesaria, dice el Che, “la educación técnica e ideológica, de manera que sienta cómo estos procesos son estrechamente interdependientes, y sus avances paralelos. Así logrará la total consciencia de su ser social, lo que equivale a su realización plena como criatura humana, rotas las cadenas de la enajenación”. La inclusión supone la participación activa de los alumnos tanto a nivel académico como social, reduciendo los procesos de exclusión y eliminando las barreras. Las legislaciones educativas de los países miembros deben ir en esta dirección. Un segundo desafío a vencer es el mimetismo cultural, propio de la conciencia colonizada, que considera que el opresor es un modelo a ser imitado por el oprimido, como lo afirma Paulo Freiré en su obra. El papel de los trabajadores sociales con las comunidades diversas no debe enfocarse sólo en los apoyos “paliativos asistencialistas” de carácter médico, no estamos para “reemplazar” a los “auxiliares de salud”, nuestro papel se encuentra en el reconocimiento de la diversidad y la gestión de proyectos ético-políticos que reconozcan las fortalezas de las comunidades diversas y que no se encarguen de realizar la labor que los gobiernos latinoamericanos no “quieren” realizar. El trabajador social debe denunciar las problemáticas educativas y sociales de la cual es víctima la comunidad diversa y gestionar proyectos a favor del respeto a estas comunidades
#219 |
Ultraneoliberalismo e Sindemia: resistências e desafios para o Serviço Social na garantia da cidadania e direitos humanos LGBT
Marco Gimenes dos Santos
1
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Andréia Aparecida Reis de Carvalho Liporoni
2
1 - Universidade Estadual Paulista - Unesp/Franca.
2 - Universidade Estadual Paulista.
Resumen:
Este estudo teórico-metodológico investiga o Serviço Social brasileiro na luta pela defesa da cidadania e dos direitos humanos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) em contexto de ultraneoliberalismo, nova expressão do neoliberalismo na crise estrutural do capital a partir de 2008, e da Sindemia de Covid-19, entendida como um processo de propagação da Covid-19 que não pode ser dissociado das desigualdades sociais, econômicas e de decisões políticas que sobrepõem as necessidades do capital às necessidades humanas, tendo em vista a precarização das condições de vida e de trabalho em contexto de uma sociedade capitalista dependente, neoconservadora e ultraneoliberal; a falta de acesso a máscaras; o atraso do Governo Federal eleito em 2018 em adquirir vacinas, em reconhecer a gravidade da doença e em alocar recursos para subsidiar o trabalho das equipes de saúde. A construção da cidadania e dos direitos LGBT no Brasil tem sido uma luta desde 1996 na forma de um diálogo entre o movimento social e os governos federais, sendo que o governo brasileiro teve importante destaque internacional nesta área. Contudo, após o golpe político de 2016 observa-se um retrocesso neoconservador dos governos federais subsequentes, na forma de redução de espaços de controle e participação social e no orçamento destinado a ações sociais. Assim, diante deste contexto desafiador, surgiu a ideia de investigar as resistências e desafios para o Serviço Social na garantia da cidadania e direitos humanos LGBT no ultraneoliberalismo e na sindemia. O objetivo desta reflexão é apreender o Serviço Social na luta pela cidadania e direitos humanos LGBT em contexto ultraneoliberal e sindêmico para colaborar com a definição de estratégias de enfrentamento à esta conjuntura, em uma análise na perspectiva crítica adotada pela vanguarda do Serviço Social brasileiro. Desta forma, opta-se por uma pesquisa bibliográfica fundamentada na perspectiva crítico-dialética, que permite uma análise dos fenômenos na totalidade social, ou seja, uma compreensão da cidadania e direitos LGBT relacionados aos aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos da sociedade capitalista brasileira. Desta maneira, os artigos e livros estudados para a elaboração deste estudo partilham desta vertente teórica, de forma que possam adensar a análise crítica. Os resultados indicam que a análise de totalidade na compreensão da cidadania e dos direitos humanos LGBT reside tanto na apreensão das condições históricas de exploração da sociedade brasileira, inclusive da população LGBT, que tem suas raízes em sua situação de dependência na divisão internacional do trabalho, quanto na inserção do preconceito contra a diversidade sexual nesta sociedade como um elemento que colabora com o processo de exploração capitalista. Assim, ambos são fenômenos anteriores à sindemia, que estão diretamente relacionados ao desenvolvimento do capitalismo no Brasil. Isto significa que a discussão sobre cidadania e direitos humanos na sindemia implica no entendimento das condições de vida e morte da população LGBT, da precariedade de seu acesso ao mundo do trabalho, de acesso à educação e saúde antes da sindemia. Tal análise desmistifica avaliações neoconservadoras que localizam a origem da precariedade da vida na pandemia ao invés da crise estrutural do capital e do ultraneoliberalismo, ou seja, a sindemia apenas intensificou o processo de precarização que já estava ocorrendo e isto é crucial, tendo em vista a expansão do pensamento pós-moderno no Serviço Social brasileiro. Conclui-se que as resistências do Serviço Social na luta pela cidadania e direitos humanos LGBT consiste na defesa do Projeto Ético-Político, porque ele fundamenta o direcionamento crítico da profissão amparado na Teoria Social de Marx em sua natureza revolucionária. Dentro deste Projeto, a Lei de Exercício Profissional estabelece a segurança jurídica para que assistentes sociais intervenham na realidade social; as Diretrizes Gerais para o curso de Serviço Social de 1996 fomentam a formação da graduação em uma vertente crítico-dialética com ênfase na questão social e em suas expressões; e o Código de Ética dos/as Assistentes Sociais de 1993 e Resoluções do Conselho Federal de Serviço Social que defendem a eliminação de toda forma de preconceito, vedam a discriminação por orientação sexual, compreendem os direitos a livre orientação sexual e identidade de gênero como direitos humanos, defende como intervenção pertinente à profissão a luta pelo pleno exercício da cidadania da comunidade LGBT e se opõem a modelos patologizantes sobre as identidades de gênero. Tudo isso pode fornecer elementos para uma apreensão crítica da cidadania e dos direitos humanos, especialmente a partir da discussão sobre os processos de emancipação política e de emancipação social, ou seja, seus limites na sociedade ultraneoliberal e a necessidade de outra sociedade para a sua materialização em uma dimensão universal. A defesa de tal Projeto ainda permite a compreensão dos desafios para o Serviço Social, que residem desde ao enfrentamento das contrarreformas da educação superior de cunho neoliberal que dificultam a formação de profissionais capazes de fazer uma análise crítica; do combate ao pensamento pós-moderno que fortalece análises identitárias e contrarrevolucionárias, isto é, um entendimento da comunidade LGBT fora da sociedade do capital, sem classe social, sem raça e outras condições concretas; e da luta contra a redução das políticas sociais por causa do uso do fundo público pelo capital para reestabelecer seus lucros, situação que impacta na redução de postos de trabalho nas políticas sociais e precariza as condições de trabalho, que incidem diretamente sobre as intervenções profissionais. Diante do exposto, discutir a luta pela cidadania e os direitos humanos LGBT a partir da tradição crítica do Serviço Social significa apreender todos os fenômenos na perspectiva de totalidade, articulados ao desenvolvimento do capitalismo que é o elemento fundante do ultraneoliberalismo e da sindemia, logo o enfrentamento desta conjuntura é indissociável da luta por uma outra forma de sociedade.
#441 |
Reflexiones sobre la violencia sociopolítica y la vulneración de derechos a mujeres que habitan en el municipio de Policarpa, Nariño-Colombia. Aportes para la construcción de nuevas ciudadanías
Annie Gordillo
1
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Valentina Marulanda
2
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Carlos Lasso
2
1 - Universidad Mariana-Pasto-Colombia.
2 - Universidad Mariana.
Resumen:
La ponencia a presentar pretende generar algunas reflexiones frente a las consideraciones de género en las historias de mujeres que han visto impactada su vida como consecuencia de los efectos de la violencia sociopolítica devenida del conflicto armado que ha persistido desde la década de los 90`s del siglo XX hasta la fecha en el municipio de Policarpa, Departamento de Nariño, suroccidente de Colombia; las características sociales y demográficas del territorio en consonancia con las perspectivas críticas de abordaje de la realidad, donde es posible identificar roles de género que se establecen en aspectos derivados de la cultura patriarcal, la lucha por las históricas inequidades sociales, que han favorecido un continuum de violencia en esta zona del país, permiten proponer a través de una investigación aplicada que actualmente se encuentra en curso en la Universidad Mariana de la ciudad de Pasto la “Construcción de un modelo socio-institucional de prevención, protección, reparación y potenciación de las experiencias de mujeres para reducir los impactos diferenciales del conflicto armado en las mujeres residentes en el municipio de Policarpa, departamento de Nariño” en aras de aportar a la reducción de los impactos concernientes a los daños y violación de derechos humanos y de esa manera incidir en la implementación de respuestas a los mismos desde la institucionalidad las cuales integren un modelo de atención y actuación psicosocial, que propendan por el reconocimiento y respeto de los derechos de las mujeres. Hablar históricamente de la guerra nos remite a pensar en un juego de hombres más que de mujeres, desde ese mismo tejido las imágenes de las mujeres en el marco del conflicto conducen a encontrar una amplia galería de esposas, madres, refugiadas enfermeras con una participación que desde una óptica generalizada se ven con roles que sin dejar de ser importantes asumen una posición ligada a la victimización o a la ayuda. Sin embargo, al considerar el contexto abordado sugiere un viraje a estos imaginarios que se construyen alrededor la confrontación armada entre diferentes actores, pues el contexto donde se adelanta la investigación ha enfrentado el accionar de las guerrillas como tambien la presencia de grupos paramilitares, fuerzas militares, estructuras de rearme post desmovilización y bandas al servicio del narcotráfico. Referirse a la identidad de género en este tipo de realidades, invita a reconocer a las personas a partir de la construcción que han hecho a lo largo de su vida, puesto que la reflexión se centra sobre la igualdad y la diferencia; entendiéndose la posibilidad de combinar las luchas por el reconocimiento y las luchas por la distribución y pervivencia; la perspectiva surge de la necesidad de visibilizar y reivindicar la diversidad social, cultural e histórica, que funda las relaciones de género y etnicidad, al considerar que en el territorio sujeto de investigación hace presencia colectivos étnicos, lo que determina la existencia de diferentes condiciones de vulnerabilidad procedentes de formas de subordinación y exclusión que se exacerban en contextos de violencia sociopolítica. Al abordar esta última es necesario manifestar que su connotación en un país como Colombia surge en gran medida de las percepciones, los imaginarios de quienes habitan en el territorio, pero fundamentalmente del establecimiento de políticas de contrainsurgentes que imponen y definen estratégicamente “proyectos de seguridad nacional” que determinan un accionar que no reconoce el sometimiento, la victimización y los daños causados en la población más allá de posibilitar la recuperación del territorio; si bien se destaca los esfuerzos de algunos gobiernos por transitar hacía la paz y la existencia de mecanismos de justicia transicional que permitan ese necesario recorrido hacia condiciones de convivencia de forma sostenida, la realidad de los territorios como policarpa, sugiere espacios de construcción colectiva, que permitan el reconocimiento de las condiciones especificas del contexto y particularmente como estas golpean e impactan de forma particular a las mujeres. Desde la mirada interseccional reconocida como una importante herramienta de análisis que transciende los clásicos marcos conceptuales de análisis de género es posible reconocer la connotación del riesgo y la seguridad de las mujeres atravesada por otros puntos de reflexión que no deben desconocerse. Reflexionar sobre la violencia sociopolítica en contextos de conflicto armado tal como es el caso del municipio de Policarpa, Nariño, implica integrar en el debate investigativo aspectos concernientes al sometimiento, los riesgos, la intimidación, daños, imposición de normas, vulnerabilidad y violación de derechos humanos a las que comúnmente se han enfrentado las mujeres en el marco del conflicto sociopolítico y armado del país; en ese sentido, se hace necesario que desde la dinámica institucional se garantice la no continuidad y repetición de los riesgos y violencias hacia las mujeres en el territorio.
#484 |
Rebatimentos do isolamento social na classe trabalhadora: desafios para o trabalho de assistentes sociais
NAYARA HAKIME DUTRA
1
1 - UNESP.
Resumen:
Esta pesquisa configura-se como parte de estudos para Relatório Trienal de atividades docente da Universidade Estadual Paulista (UNESP), e tem o objetivo de analisar o isolamento social em função da quarentena em tempos da COVID19, por meio de uma análise das produções bibliográficas sobre o assunto específico, bem como uma pesquisa remota sobre as situações vivenciadas por tais famílias nos âmbitos socioeconômicos – englobando as situações referentes às relações sociais estabelecidas e as manifestações da questão social no cotidiano destas famílias no estado de São Paulo. O governo estadual, durante o avanço do vírus no Brasil adotou medidas severas na intencionalidade de combater o contagio da população, por meio de diversos decretos que vão desde o estado de alerta e emergência até a situação de calamidade pública. Nesse sentido, essas medidas mudaram significativamente a vida das pessoas na sociedade e, de forma particular o cotidiano das famílias. Eventos de todas as formas, reuniões, aulas, comércio, indústrias, parara, de funcionar. As pessoas se viram em uma situação de isolamento social em alerta para a contenção do novo coronavirus. Uma nova situação juntamente com a COVID19 passa a existir – as pessoas tiveram que ficar em suas casas – cumprindo o isolamento social. A convivência entre os membros da mesma casa passou a ter um outro significado e a não convivência com a rede de amigos e demais parentes passa a fazer falta. Outra questão aparente neste contexto é a forma de vida – cada família se organiza para a sobrevivência conforme as suas possibilidades, sendo que as famílias mais afetadas neste contexto são as da classe trabalhadora – sobretudo as informais, ambulantes, pequenos comerciantes e funcionários de indústrias e comércios. Nasce uma outra classe que necessita da assistência – para além da classe que vive às margens da sociedade. Com características diversas, bem como com alterações em suas configurações, em suas necessidades, as famílias continuam sendo importantes sujeitos inseridos nas contradições conjunturais e, consequentemente, do trabalho profissional do assistente social. Diante desse cenário, torna-se importante refletir sobre como as famílias estão vivenciando este momento de isolamento social e as suas estratégias de enfrentamento dessa situação emergencial e de excepcionalidade e o que o Estado tem feito em termos de políticas sociais para minimizar os efeitos destas situações na vida das famílias.Buscou-se compreender as expressões da questão social na vida da classe trabalhadora, das condições socioeconômicas das famílias brasileiras marcadas pela sua herança sócio histórica e cultural, as quais definem raça/etnia, gênero e classe social a elas, expondo-as a desproteção social num contexto de crise sanitária, econômica e social agravados pela radicalização da política neoliberal do Estado, pela banalização da vida e pelo corte de investimentos em direitos sociais rebatendo diretamente em seus cotidianos familiares e nas relações sociais, ocasionando o aprofundamento das expressões da Questão Social em tempos de isolamento social dada a pandemia do vírus SARS-CoV-2 (COVID-19). Foi utilizado o referencial de autores contemporâneos que abordam as temáticas de Serviço Social, Políticas Pública, Trabalho e Famílias. Realizou-se uma análise das obras para construção de uma síntese integradora, sendo esta uma fase na qual a pesquisadora desenvolveu as suas ideias a propósito do tema e as relacionou com o material pesquisado, por meio de leituras e de aproximações sucessivas numa proposta do método dialético crítico. Referências ALMEIDA, N. L. T. de; ALENCAR, M. M. T. de. Serviço Social, trabalho e políticas públicas. São Paulo: Saraiva, 2011.ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985.GOLDANI, A.M. Reinventar políticas para as famílias reinventadas: entre la “realidad” brasileña y la utopia. Lineamentos de acción y propuestas de políticas hacia las familias. Serie Seminarios y Conferencias, Chile, n.46, CEPAL, p. 319-345, 2005. Disponível em https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/6795/1/S05683es.pdf, acesso em 20 de jun. 2019.GRANEMANN. S. O processo de produção e reprodução social: trabalho e sociabilidade. In.: Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. UNB/CFESS, Brasília, 2009.IAMAMOTO, M. V. A questão social no capitalismo. Temporalis, Brasília, n. 3, 2004. https://ufrj.br/historia, acesso em 18/09/2019.______. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2006.______. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008._____; CARVALHO, R. de. Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 29.ed. São Paulo: Cortez, CELATS, 2009.IANNI, O. Dialética e capitalismo: ensaio sobre o pensamento de Marx. Petrópolis: Vozes, 1988. DE SERVIÇO SOCIAL, CFESS Conselho Federal. O CFESS SE MANIFESTA EM PLENA PANDEMIA: Do luto à luta por direitos e liberdade!. Revista Em Pauta: teoria social e realidade contemporânea, v. 19, n. 48, 2021. FGV SOCIAL. Desigualdade de impactos trabalhistas na pandemia. FGV Social: Centro de Políticas Sociais. 09 de set. de 2021. Disponível em: Acesso em: 15 de outubro de 2021. Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Atlas da Violência 2021. IPEA. 31 de agosto de 2021.Disponível em: Acesso em: 15 de outubro de 2021. Fundação João Pinheiro. Déficit Habitacional no Brasil- 2016-2019. Belo Horizonte: FJP, 2021. Disponível em: Acesso em: 15 de outubro de 2021
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A dimensão da cultura no debate acadêmico do Serviço Social: desafios para uma nova práxis.
RAFAELA RIBEIRO
1
1 - UNIRIO.
Resumen:
A presente proposta é resultado de uma investigação que resultou na tese de doutoramento intitulada: “A dimensão da cultura no debate acadêmico do Serviço Social: um panorama dos veículos editoriais pós-movimento de reconceituação (1994-2014)" defendida no Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGSS/UERJ) no ano de 2020. O trabalho é o primeiro resultado de um programa de investigação sobre serviço-cultura-marxismo, que vem sendo desenvolvido pelo projeto de pesquisa “Cultura e Serviço Social: desafios para uma nova práxis”, vinculado à Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Partimos da hipótese que a perspectiva crítica no Serviço Social brasileiro rompeu com o conservadorismo da profissão no trato da questão social e avançou na sistematização teórica e metodológica de seu trabalho, mas, ao mesmo tempo, restringiu a análise do mundo capitalista por não tematizar a dimensão da cultura na produção e reprodução da vida social. Para tanto, realizamos pesquisa sobre o estado da arte da dimensão da cultura no debate acadêmico da profissão, onde definimos como material de análise artigos completos de três periódicos de grande circulação relevantes no meio acadêmico do Serviço Social e tratados com qualificação A no sistema Capes (Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). São eles: a Revista Serviço Social & Sociedade, publicada pela editora Cortez, desde o ano de 1979, a Revista Katálisys, vinculada ao Programa de Pós graduação em Serviço Social da UFSC, publicada desde 1997, e a Revista de Políticas Públicas, vinculada ao Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas da UFMA, publicada desde 1995. Nossa análise se restringe, particularmente, ao período de 1994 a 2014, relacionando esse recorte temporal ao panorama cultural vivenciado pelo Serviço Social pós-movimento de reconceituação, quando o Serviço Social brasileiro se apropriou com maior solidez do pensamento marxista. Dessa forma, nossa preocupação central é com a dimensão da cultura no âmbito da teoria crítica marxista. A primeira etapa exploratória, incidiu na seleção prévia dos artigos que apresentavam uma possível aproximação com a temática da cultura, levando em consideração os seguintes eixos temáticos:
cultura como política Publica; cultura como visão de mundo e modo de vida;
manifestações culturais e cultura popular; cultura como negócio e indústria cultural;
cultura como identidade e
categorias e autores (autores que discutem cultura no marxismo, especificamente Gramsci, Thompson e Williams, conjugados com as principais categorias de análise definidoras da ideia de cultura, para esta pesquisa: hegemonia, ideologia, intelectuais, estrutura/superestrutura, experiência). Para a análise do material selecionado, com o objetivo de identificar as possíveis aproximações (de forma e conteúdo) com o debate da cultura, a partir dos eixos temáticos já destacados, consideramos três aspectos fundamentais: a) Parâmetros das teorias sociais a que se vincula o texto/autores do artigo; b) Principais referências bibliográficas dos autores/textos selecionados; c) Principais conclusões das pesquisas ou ensaios dos artigos selecionados. A apreciação da produção nesse recorte metodológico teve como objetivo, além de identificar a incidência quantitativa, a qualificação da análise, ressaltar a relevância dos Estudos Culturais e sua forma de abordagem no debate acadêmico. Para isso, destacaremos as linhas de pesquisas dos programas de pós-graduação as quais se vinculam tais periódicos. Para definir o significado de cultura, partimos da tradição de estudos que concebe a cultura como constituinte do ser social, do modo de vida em dado contexto da sociabilidade. Essa leitura é própria de autores da chamada
nova esquerda cujos principais expoentes são, dentre outros teóricos, Raymond Willians e Edward P. Thompson. As análises de tais teóricos estão ancoradas, sobretudo, nos estudos de Antônio Gramsci, nossa principal referência para o presente estudo. A trajetória como professora do curso de Serviço Social realçou o que estamos chamando de “hiato na discussão”. Em princípio poderíamos destacar uma defasagem no currículo do curso pela falta de disciplinas que abordem especificamente questões da cultura; e depois, pela baixa presença em veículos editoriais da área de publicações sobre a relação entre Cultura e Serviço Social, a partir de uma perspectiva crítica. Mas, a participação em eventos científicos da categoria fortaleceu ainda mais essa visão sobre o distanciamento, uma vez que são poucos, ou raros, os eixos temáticos para submissão de trabalhos, assim como os espaços de debates em conferências e mesas redondas. A saída, para continuar circulando nos eventos científicos do Serviço Social, é buscar temas afins à cultura, e geralmente, o debate fica aquém se comparado à relevância que estamos imprimindo a essa dimensão da experiência social. Tais percepções acumuladas fortaleceram a convicção da relevância dos Estudos Culturais enquanto área de pesquisa para produção de conhecimentos no âmbito do Serviço Social. Enquanto pesquisadora, observamos que o debate sobre a cultura é heterogêneo e devido ao fato de não se apresentar como uma área específica de investigação, ganha interpretações diversas, podendo transitar por várias correntes de pensamento. Nesse caso específico, nosso objetivo é desvelar os motivos da profissão, em sua trajetória de construção de conhecimento, não ter privilegiado esse debate, mesmo lidando com questões que envolvem o cotidiano dos trabalhadores e as diferentes formas de organização e produção da vida, modos de viver e pensar. Nossa investigação revela que os estudos gramscianos foram fundamentais para a criação desta “nova escola” dando início a um debate mais aprofundado sobre cultura no âmbito do marxismo. É preciso destacar que a concepção marxista de cultura com a qual estamos trabalhando não é a de todos os teóricos marxistas, isso nos remeteria a conjunto maior de obras e autores. Nossa escolha teórica e metodológica, se refere aos autores que cremos contribuir com maior ênfase para o debate de cultura possibilitando pensar a profissão no recorte temporal do objeto proposto. Dessa forma, o objeto que nos propomos investigar é restrito a essa delimitação. A pesquisa buscou compreender por que o debate de cultura foi pouco tematizado pelo Serviço Social brasileiro e como esse debate pode contribuir para avançar no aprofundamento das análises do modo de vida e das relações de exploração forjadas pelo modo de produção capitalista.
#449 |
Marxismo e questão racial: debates e contribuições a partir da critica da economia política
Leonardo Patricio de Barros
1
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Mariana Fernandes Alcoforado Beltrao
1
1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Resumen:
O presente trabalho pretende apresentar alguns resultados parciais, frutos das reflexões teóricas dos autores acerca do tema questão racial e marxismo. Buscamos, para tanto, apresentar o argumento de que o método materialista-histórico e dialético e suas chaves analíticas permite avanços e contribuições na compreensão sobre a chamada questão racial. Nesse sentido, considera-se que desde o processo de expansão marítima iniciado no século XV pelas principais potências europeias - Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda -, o colonialismo significou o espraiamento do racismo nos países latino-americanos e, consequentemente, estruturou as formações econômico-sociais dessa região, resguardadas as particularidades de cada nação. Observamos, assim, a extrema e urgente relevância de serem realizadas reflexões sobre a questão racial a partir da realidade histórico-concreta da América Latina. De forma mais geral, interessa observar que uma interpretação mais completa da realidade dos países de capitalismo dependente pressupõe, em caráter indispensável, ter em conta a questão racial como elemento fundamental na construção de análises teóricas que pretendam compreender o movimento das dinâmicas capitalistas na região. Por isso, considera-se a centralidade da análise da questão racial para a compreensão mais profunda do conjunto das relações sociais erigidas em formações econômico-sociais de capitalismo dependente, visto que tais formações são marcadas não apenas por heranças do modo de produção colonial-escravista, mas pelas relações racializadas como um traço estruturante. Ou seja, na medida em que já nascem inseridas de modo subordinado à dinâmica do desenvolvimento do mercado mundial capitalista, constituem-se a partir da vinculação orgânica da escravização do trabalho negro às relações sociais dominantes do capitalismo dependente desenvolvido posteriormente. Assim, ao reconhecer o processo de modernização conservadora – explicitado pelas estratégias de subordinação impostas em especial pelo capital estrangeiro, pelo emprego do trabalho escravizado e pela implementação de mecanismos de preparação ao estabelecimento do trabalho livre - que assinala a transição do escravismo tardio para o capitalismo dependente, o reconhecimento da garantia dos pressupostos necessários às relações sociais capitalistas se destaca como uma marca que evidencia a nítida relação entre escravismo e dependência, ou seja, as raízes coloniais organicamente atreladas à escravização do trabalho negro enquanto força motriz das relações sociais dominantes, que, por sua vez, instituem política, jurídica e ideologicamente o racismo como fenômeno social, estrutural e estruturante do conjunto da realidade social latino-americana. Isso implica que, embora as relações de dependência sejam qualitativamente diferentes daquelas estabelecidas sob as relações coloniais, não significa que não estejam imbricadas. Em outros termos, se é verdade que dependência é uma categoria que se refere às relações sociais capitalistas, suas bases apenas podem ser compreendidas se considerarmos o caráter colonial que marcou as relações sociais do modo de produção escravista e as condições que tal processo histórico criou ao desenvolvimento dos elementos capitalistas, sendo, portanto, fundamental que neste movimento se reconheça a centralidade histórica e estrutural que o racismo tem nas formações sociais latino-americanas. A particularidade do Estado capitalista que se consolida já no século XX não pode, em consequência, ser compreendida sem mirarmos os processos específicos que marcaram as relações sociais no modo de produção escravista. Tendo em vista que a teoria marxista nos possibilita a compreensão do funcionamento e dinâmica da sociedade capitalista, nossa proposta é trazer para o centro do debate as possibilidades da compreensão de elementos que compõem a questão racial pela via da teoria social marxista e da crítica marxiana, a partir, sobretudo, de elementos da crítica da economia política, argumento que o materialismo histórico-dialético permite para encontrar caminhos necessários à compreensão do desenvolvimento histórico-concreto do racismo enquanto um mecanismo eficiente, que, apropriado pelo capital, é capaz de legitimar a agudização continuada da superexploração da força de trabalho de homens e mulheres negras sob o modo de produção capitalista dependente. Destarte, apesar de originado anteriormente às relações sociais de tipo capitalista e, a despeito de sua aparência arcaica, o racismo se mantém e se renova, dada sua função, sobretudo econômica, na medida em que rebaixa o valor da força de trabalho e permite a manutenção permanente do mecanismo de superexploração a partir da instauração de processos de hierarquização racializada no interior da classe trabalhadora, possibilitando observar que, na concretude da vida material, será justamente entre trabalhadores negros e negras que incorrerão as formas mais extremas da intensificação da exploração do trabalho. Observa-se, assim, que nos países de capitalismo dependente, especialmente no Brasil - território no qual demarcamos o recorte espacial de nossos estudos -, a luta de classes é, necessariamente, racializada, sendo os negros e negras aqueles que têm a força de trabalho mais desvalorizada. Não se pretende, contudo, comparações entre diferentes vertentes teóricas existentes no trato do debate da questão racial. Ao restringirmo-nos às análises de determinados aspectos da teoria marxista, pretendemos ampliar a compreensão sobre as relações raciais, no sentido de entendê-las enquanto relações sociais racializadas. Sustenta-se, assim, a posição de que o debate em torno da questão racial e do marxismo é fundamental ao Serviço Social no tocante à sua compreensão e apropriação sobre as particularidades históricas nas quais se desenvolve a “questão social” na América Latina, contribuindo com o refinamento do debate marxista no interior da profissão e com o permanente desafio de aprofundamento da produção teórica do Serviço Social para além dos limites das requisições imediatas da intervenção profissional, reafirmando a indissociabilidade dialética entre as dimensões da produção de conhecimento e do exercício profissional. Quanto à metodologia utilizada, elucidamos que nosso trabalho consiste em pesquisa qualitativa com levantamento em dados secundários de delineamento bibliográfico e documental.
#545 |
Espacios de formación de Trabajo Social en la Provincia de Tucumán, en el contexto de tensiones por la instauración del Neoliberalismo y la jerarquización de la disciplina
Ana Beatriz Carrera
1
1 - Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Tucumán.
Resumen:
Los espacios de formación académica, específicamente en el caso de la ciencia social y sus disciplinas, responden y respondieron a lo largo del tiempo a diferentes correlaciones de fuerzas que determinaron y determinan cómo una sociedad entiende y aborda la dinámica social. Es así que la intención de este estudio es investigar qué particularidades se dieron en la provincia de Tucumán en relación a los espacios de formación en Trabajo Social como disciplina, y lo que entendemos fue una refundación de la misma cuando surge en el ámbito universitario público.En la década de 1980 los hechos fundamentalmente políticos y económicos que se sucedieron a nivel mundial constituyen el contexto más amplio que nos permite entender los significados del fenómeno que, como objeto de conocimiento, se desarrolla en el presente trabajo. El mundo occidental todavía estaba afectado por la dinámica de la Guerra Fría, que, si bien habría terminado en los primeros años de 1970, continuaban con las acciones de los ejércitos en distintos puntos geográficos, siendo de hecho manifestaciones de su prolongación. Los golpes de Estado promovidos en varios países de la región latinoamericana, protagonizados por sus respectivas fuerzas armadas con la participación de la inteligencia norteamericana, ideológicamente portaban el sello macarthista- un recurso utilizado para contrarrestar el posible avance del modelo socialista soviético en Latinoamérica-, mientras que las organizaciones guerrilleras y las actividades de insurgencia, en importante medida, eran expresión de la ideología que postulaba la conformación de sociedades socialistas con el proletariado al poder. Pero desde el punto de vista económico, los gobiernos de facto fueron parte de la estrategia del capitalismo mundial, liderado por Estados Unidos de Norte América, para preparar las condiciones de una nueva etapa de expansión, concretada en la modalidad de neoliberalismo. El ingreso de capitales transnacionales y el progresivo predominio del capital financiero sobre el capital productivo, fueron algunas de sus características más destacadas.En Argentina, las primeras reformas jurídicas, las privatizaciones, la destrucción de las fuentes de trabajo y la inflación incontrolable, entre una innumerable cantidad de mecanismos y medidas para lograr el objetivo mencionado, colocaron a la ciudadanía en una situación de debilidad y convirtieron a una parte de la población económicamente activa -los trabajadores que perdían su empleo- en ejército industrial de reserva, concepto desarrollado por Karl Marx (1867) en El Capital referido a la existencia, en las sociedades cuyo modo de producción es capitalista, de una parte de la población económicamente activa que resulta excedentaria como fuerza de trabajo respecto a las necesidades de acumulación de capital. Un ejército industrial de reserva —un ejército de desempleados permanente— es necesario para el “buen funcionamiento” del sistema de producción capitalista y la necesaria acumulación de capital, porque permite salarios bajos y reposición de fuerza de trabajo sin dificultad para las empresas transnacionales que se fueron radicando en Argentina. En Tucumán, ya durante la década de 1960, se registró tempranamente el aumento del empobrecimiento de la población, mientras que el casi exterminio de la actividad azucarera y el cierre de once de los históricos ingenios del ramo ocurrido con anterioridad, nunca tuvo signos de recuperación y se multiplicaron los pueblos fantasmas, constituyendo el primer gran impacto económico destructivo. Migraciones del campo a la ciudad y a otras provincias modificaron la dinámica y la estructura de la sociedad tucumana, tanto en las urbanizaciones principales como en los poblados más pequeños. Los factores que intervinieron fueron múltiples, determinando complejas situaciones en las que se distinguen resabios de relaciones de marcada explotación de la fuerza de trabajo y modos locales de servidumbre. Continuando con la caracterización del contexto, políticamente el escenario estuvo marcado por las consecuencias de la represión de las fuerzas armadas con el denominado “Operativo Independencia” y las acciones insurgentes de grupos armados que actuaban con la estrategia de guerra de guerrillas, ocurridas en la década de 1970. A mediados de la década de 1980, tras la recuperación de la democracia constitucional a nivel nacional, los tucumanos despertaban de un letargo que los mantuvo aislados del resto del mundo y comenzaban a dar pasos para recuperar la dinámica de las instituciones propias de un modelo de Estado semejante al de bienestar, que es lo que se habían conocido antes de la larga noche de dictadura cívica-militar.Encuadrado en el contexto descripto, en el período comprendido entre 1982 y 1989 se desarrolla el proceso que denominamos de refundación de la carrera de Trabajo Social, poniendo en marcha iniciativas que hicieron que se crearan, a partir de 1989, las licenciaturas de Excepción y de Trabajo Social en la Universidad Nacional de Tucumán. La concreción de las decisiones sobre la creación de la licenciatura de excepción permitió que una gran parte de profesionales egresados de instituciones terciarias accedieran al título universitario. Finalmente, tanto la carrera de Licenciatura en Trabajo Social de grado como la de excepción, comenzaron a brindar la oferta educativa en el ciclo lectivo de 1989 en el ámbito de la universidad pública, en la provincia de Tucumán.Retomando aspectos que forman parte de los antecedentes, previo a la apertura de las carreras en la universidad pública, en la provincia existían dos centros de formación en Trabajo Social: la Escuela de Servicio Social, espacio de educación terciaria del sector público de la provincia, y el Instituto Superior Juan XXIII de formación universitaria, correspondiente al sector privado.Cabe señalar que la formación terciaria del ámbito público (superior no universitaria) tuvo gran importancia, y aún hoy la tiene, en la formación profesional del Trabajo Social argentino. La mayoría de los espacios universitarios actuales primero y formalmente fueron escuelas e institutos de nivel terciario.Las consideraciones anteriores forman parte de los aspectos que cimentaron la creación de la carrera en la universidad pública de Tucumán.Cabe destacar la importancia de las acciones de las asociaciones involucradas y del colegio de profesionales, los que realizaron alianzas estratégicas para lograr la jerarquización de la formación profesional que, en la estructura del sistema educativo, implica la obtención de un título de nivel universitario.
#579 |
Reingresos por reincidencia de adolescentes autores de un acto infractor de la ley penal y el rol del Estado.El presente trabajo aborda la problemática de la reincidencia de adolescentes autores de un acto infractor a la ley penal cuando origina el
Mónica Ambrosetti
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Anahi Miguera
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1 - CLeCITS - UNR.
Resumen:
Reingresos por reincidencia de adolescentes autores de un acto infractor de la ley penal y el rol del Estado.El presente trabajo aborda la problemática de la reincidencia de adolescentes autores de un acto infractor a la ley penal cuando origina el reingreso a contextos de encierro y la incidencia de la presencia o retracción del Estado a través de sus políticas públicas en la prevención y asistencia posterior a un egreso. Para ello se inicia un trabajo de investigación en el Centro Especializado de Responsabilidad Penal Juvenil de Rosario[1] con adolescentes reincidentes, tomando el período 1 de enero al 31 de agosto de 2021. Se comparte de manera sucinta aspectos históricos de la institución en un contexto de surgimiento atravesado por avances legislativos en la normativa internacional y nacional desde un enfoque de derechos humanos y cambios políticos a nivel provincial. Asimismo, se realiza una caracterización de aspectos organizacionales de la institución, del personal de las diferentes áreas en su conjunto bajo una Dirección civil en cogestión con el Servicio Penitenciario provincial. El CERPJ - Rosario es el ex Instituto de Recuperación del Adolescente Rosario (I.R.A.R.), una institución que se inauguró bajo un gobierno peronista, atento a los más altos estándares de derechos, pero que con el correr del tiempo, los cambios de signos políticos y en particular doce años de socialismo en el gobierno construyó una oscura historia. A fuerza de la interposición de reiterados habeas corpus ha tenido transformaciones tendientes a generar condiciones dignas y evitar la vulneración de derechos.En la actualidad, el CERPJ de Rosario es una institución de régimen cerrado, dentro del campo socio-jurídico santafecino. Se trata del único centro de régimen cerrado de la ciudad de Rosario para adolescentes varones de entre 16 y 18 años que, por disposición judicial, resultan ser presuntos autores de acto infractor de la ley penal. Las medidas judiciales durante el tránsito institucional de los adolescentes son revisadas periódicamente, tomando en cuenta el proceso penal así como los informes que los profesionales intervinientes remiten a los/las jueces/as sobre la situación particular de cada adolescente.Desde el CERPJ de Rosario se promueve el efectivo acceso a una cantidad de derechos sociales, económicos, civiles, políticos y culturales durante el tránsito institucional que, en la mayoría de los casos acceden por primera vez, dadas las precarias condiciones preexistentes de vida. La intervención profesional supone la comprensión de los fenómenos y los problemas para transformarlos. El equipo técnico y profesional realiza una labor cotidiana de acompañamiento y contención junto al área de acompañantes juveniles que les brindan toda la atención necesaria para disminuir los efectos adversos de la prisionalización. Acompañar el proceso del adolescente durante su tránsito institucional nos aproxima a su historia, a sus vínculos, a su manera de relacionarse, a sus valoraciones y a una singular cosmovisión. La privación de libertad de un adolescente se inscribe en lo que puede denominarse evento disruptivo que puede tener un impacto traumático, de hecho los adolescentes lo sufren, pero hay que decir que el egreso también es disruptivo si trae la vivencia de desamparo, si hay una ruptura de la sensación de contención y sostén (Benyakar, M. et. al: 2016). Paradójicamente, un fenómeno que se viene observando y que nos pre-ocupa son las expresiones de adolescentes que manifiestan inquietud ante la proximidad temporal de recuperar la libertad, tales como “¿Me puedo quedar?” o los relatos al regresar al mes sobre su situación de calle, su soledad y ese “estar en banda”. Entonces, ¿qué pasa durante los períodos de libertad? Nos hemos propuesto conocer que factores inciden en los reingresos por reincidencia de adolescentes autores de actos infractores de la ley penal. En primer lugar se analizaron los datos que obran en los registros institucionales. Se tomó la estadística institucional del año 2020, resultando que en ese período fueron alojados 180 adolescentes de los cuales 50 fueron reingresos. Nuestra hipótesis es que afuera hay un vacío por el cual retorna y el mantenimiento de las mismas condiciones de vida y de existencia (material y simbólica). En líneas generales en la producción de documentos académicos que abordan las cuestiones vinculadas a los adolescentes autores de actos infractores, los y las que se pronuncian con sus discursos son los/las funcionarios/as de los tres poderes del Estado (judicial, ejecutivo y legislativo), profesionales de diferentes disciplinas, los medios de comunicación y otros actores sociales de la comunidad académica. Los individuos en estos campos no actúan como individuos sino como agentes que tienen la capacidad de incidir en el campo. Se configura entonces “una red o configuración de relaciones objetivas entre posiciones de los agentes que poseen diferentes clases de capital, lo que condiciona su actual o potencial acceso a los beneficios que están en juego dentro del campo y sus relaciones con otras posiciones” (Jiménez Gil, W.: 2002).Por ello, la importancia de escuchar a los adolescentes en tanto personas portadoras de verdad y ponerle rostro a lo que hasta el momento ha sido una categoría, la reincidencia. Dicha investigación posibilita arribar al conocimiento de algunos aspectos de la vida cotidiana de los adolescentes cuando recuperan su libertad, considerando sus vínculos, las oportunidades de acceso efectivo a sus derechos, el efectivo acceso a planes, programas sociales o dispositivos que tengan como propósito el fortalecimiento personal, el acceso a saberes para la inclusión laboral, el fortalecimiento familiar y otras iniciativas del Estado que con sus políticas públicas brinden apoyo social y contribuyan al posible desistimiento. La retracción o presencia del Estado mediante sus políticas públicas y sus definiciones políticas garantiza que los adolescentes sujetos de derechos tengan oportunidades de acceder a ellos o en su defecto ser lo que Giorgio Agamben denomina “homo sacer y la nuda vida”. Palabras claves: adolescentes – autor de acto infractor - reincidencia – derechos - Estado y políticas públicas – apoyo social - desistimiento. [1] CERPJ – Rosario, dependiente de la Dirección de Justicia Penal Juvenil, Secretaria de Justicia. Ministerio de Gobierno Justicia Derechos Humanos y Diversidad
#494 |
A EXPRESSÃO “QUESTÃO SOCIAL” EM QUESTÃO: UM DEBATE NECESSÁRIO AO SERVIÇO SOCIAL
Yolanda Guerra
1
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Alfredo Batista
2
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Resumen:
O presente artigo, resultado de investigação sobre fundamentos do/no Serviço Social, indica uma chave de interpretação crítica, histórico-ontológica, sobre o nascimento da expressão “questão social”. Contrapondo-nos à literatura burguesa, busca-se desvelar o que entendemos como o “invólucro místico” que a envolve, em alguns países da Europa no século XIX onde nasce essa expressão para designar uma nova dinâmica resultante das relações sociais de produção/reprodução que ali se gestam, momento em que a luta de classes ameaça o ordenamento social. Partimos da premissa de que a expressão “questão social” é parte constitutiva do arsenal bélico que a classe burguesa utiliza todos os dias, desde o momento em que ela se vale da fragmentação da ciência para justificar o seu projeto societário na sua dimensão universal. Para tanto, faz da totalidade da ciência a sua negação, fragmentando o conhecimento científico em disciplinas específicas com objetos próprios, de modo que a decadência ideológica “foge covardemente da expressão da realidade e mascara a fuga mediante o recurso ao “espírito científico objetivo” ou a ornamentos românticos”. (LUKÁCS, 2010, p. 61). A partir de manobra realizada pela burguesia, a verdade presente no real, aparece por meio de conteúdos manipulatórios, dando vazão à apreensão imediata, espontânea e sob critérios utilitários justificadores da realidade. Contudo, o que salta aos nossos olhos é que a ousadia e a capacidade retórica da apologética burguesa, utilizada nos diferentes meios nos quais se insere, com destaque para os espaços acadêmicos, têm conquistado mentes e corações dos indivíduos pertencentes à classe burguesa, mas, de forma exponencial, também dos trabalhadores. No que tange à expressão “questão social”, utiliza-se de um arcabouço teórico que ao invés de revelar o verdadeiro significado das duas situações históricas, a pauperização e a constituição da classe trabalhadora na condição de para-si, as trata como resultado do acaso, da naturalização das relações estabelecidas na vida cotidiana entre os indivíduos e não como decorrente das lutas travadas entre os projetos societários das classes burguesa e proletária, a partir da primeira quadra do século XIX. Na profissão Serviço Social, nas esferas da formação e do trabalho profissional, a expressão “questão social” se enraíza, a partir da construção das Diretrizes curriculares da formação de assistentes sociais brasileiro. Esta discussão teórico-prática, apesar da centralidade que ocupa no projeto de formação profissional e em outros textos acadêmicos, não apresenta consenso. Nessa direção e com esse intuito, buscamos analisar os processo sócio- históricos que, a nosso ver, deram origem à utilização da expressão “questão social” pela burguesia, passo prévio e necessário para determinar a natureza semântica desta expressão e a dinâmica revolucionária que ela esconde, cuja interpretação nos encaminha para a busca das raízes e dos fundamentos que constituem os processos sócio-históricos que são designados como “questão social”. Neste âmbito, insistimos: a expressão “questão social” passa a ser utilizada em decorrência da consciência política do proletariado acerca de uma nova pobreza. Esta apresenta novas determinações, tanto nos seus fundamentos quanto em sua amplitude, posto que ela se generaliza. Nessa abordagem que aqui trazemos, “questão social” vincula-se à constituição e consolidação da classeoperária em para-si e à ameaça que estarepresenta, de maneira latente ou explicita, para a ordemburguesa. Neste processo de pauperização, pleno de determinações complexas, que se entrelaçam em questões étnico-/raciais, de gênero, nacionais, regionais, geracionais, se produz novas e reforçam antigas sequelas. Portanto, as
refrações do que é chamada no debate contemporâneo, em especial no Serviço Social, de “questão social” são múltiplas, pluridimensionais, polifacéticas. São expressões fenomênicas de processos sociais revestido de um “invólucro místico” e acobertando o fato de que na exploração do trabalho pelo capital, que resulta da apropriação privada da riqueza social, a contradição dialética se expressa por inteiro: o mesmo processo que gera a riqueza gera o seu contrário, o que põe o fundamento da luta de classes. Neste sentido, não é a expressão “questão social”, mas o processo de produção/valorização do capital que é a chave para a compreensão (melhor dizendo, é a categoria explicativa) dessa dinâmica que interessa a assistentes sociais, posto que nos colocam desafios. Antes, porém, é preciso entender que se trata de uma expressão fenomênica cujos fundamentos devem ser revelados pela análise crítico-ontológica, na perspectiva de interpretarmos, da maneira mais adequada possível, por que razões essa complexa dinâmica, que é dada por relações sociais especificamente capitalistas modernas, que se fundamenta na economia e na política, foi designada como “questão social”. Mas é preciso insistir, como argumentamos, que a expressão esconde justamente a dinâmica revolucionária que a funda e que reafirma o protagonismo da classe trabalhadora não no tratamento/alívio da “questão social”, mas na sua supressão. Outra forma de interpretação leva a compreensão reformista do modo de produção e não a sua negação. A partir desta reflexão entendemos que só a crítica, elaborada pelo materialismo histórico-dialético permite ir à raiz do que temos denominado na produção teórico-bibliográfica e na formação profissional de assistentes sociais no Brasil como “questão social” e por quais mediações ela entretece a profissão.
#518 |
Modelo de Intervención para la Práctica Comunitaria e Institucional y la Familia Dieciochera
MARÍA EUGENIA PEREA VELÁZQUEZ
1
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CECILIA TORRES CARRASCO
1
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ANA HELENE SANDOVAL GONZÁLEZ
1
1 - Universidad Autónoma de Aguascalientes.
Resumen:
El presente trabajo, es parte de una investigación que tiene como objetivo la implementación del Modelo de Intervención para la Práctica Comunitaria con el grupo de la Familia Dieciochera, grupo con el que se coincidió durante la pandemia con el reparto conjunto de despensas a familias vulneradas y con el que se desarrolló el concepto de Solidaridad definido desde el trabajo social como valor, estrategia de intervención y como acción social (Ver Perea, et. al. 2020). A partir del 2021, se inició el trabajo continuo con la Familia Dieciochera, grupo de jóvenes “Cholos”, que viven en la zona oriente de la ciudad de Aguascalientes y que desde hace 4 años se dedican a apoyar a familias con problemas de salud, de discapacidad y económicos. Desde su condición precaria, deciden apoyar “no porque les sobre, sino porque saben lo que es no tener”, esta concepción de labor social, resulta importante para entender y comprender la acción solidaria que llevan a cabo y a partir de ahí, desde su propia forma organizativa, arribar a formas colectivas solidarias en un entramado de redes comunitarias que involucren a más grupos, en donde el apoyo solidario, el compromiso de ayuda mutua y la reciprocidad, sean los aspectos que permitan transitar de formas de asistencia tradicionales, a la búsqueda de distintas formas de organización colectiva solidaria para el bienestar social, aspectos que se irán dando en función de sus decisiones y propia dinámica organizativa, pues es desde dónde se gestan los cambios, producto de su acción intencionada y de las condiciones socioeconómicas, culturales y políticas imperantes. La investigación acción participativa (IAP), es el método de investigación empleado como parte del Modelo ya mencionado así como el empleo de otros métodos participativos. Aquí se presentarán los avances de su implementación.
#586 |
Evaluación del proceso enseñanza aprendizaje del programa de Licenciatura en Trabajo Social en el marco de la contingencia sanitaria provocada por el SARS-CoV-
Ana Rosa Rodríguez Durán
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Luis Enrique Soto Alanís
1
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Lorena Fabiola Martínez Zertuche
1
1 - Facultad de Trabajo Social de la Universidad Juárez del Estado de Durango.
Resumen:
La evaluación del proceso de enseñanza aprendizaje debe ser visto como un ejercicio de análisis y reflexión, que trasciende el erróneo simbolismo de control y exigencia, una evaluación de las condiciones en las que se implanta estos procesos, ofrece la posibilidad de generar una mejora continua, una cualificación de los múltiples factores que convergen en estas dimensiones asociadas al acto formativo, identificación de los actores, sus estructuras, recursos, políticas y marcos normativos.Es un hecho que los procesos de evaluación demandan cada vez mayores y mejores procedimientos que instrumentalice la recuperación de evidencia objetiva para emitir un diagnóstico que legitimen objetivamente la calidad de los programas educativos, de ahí el interés de llevar a cabo un estudio que tiene por objetivo: Evaluar el proceso enseñanza aprendizaje del programa de Licenciatura en Trabajo Social en el marco de la contingencia sanitaria provocada por el SARS-CoV-2, esto sin duda favorece la generación de insumos para el análisis para la puesta en marcha de procesos de evaluación del diseño curricular que permitan mejorar la formación profesional y facilitar su inserción laboral en los diversos campos de intervención.El abordaje es a partir del paradigma cuantitativo, corresponde a un estudio de diseño no experimental, correlacional, transversal, la técnica fue la encuesta, el instrumento el cuestionario construido ex profeso integrado por 18 ítems en un escalamiento tipo Likert, con un nivel de confiabilidad de .881 en el Alfa de Cronbach. La muestra conformada por (n=344) estudiantes del programa de Licenciatura en Trabajo Social del turno matutino y vespertino (mujeres 89.8%, hombre 10.2%, md en edad 21 años) matriculados en el programa de Licenciatura en Trabajo Social; la variable proceso enseñanza aprendizaje se operacionalizada a partir de 4 dimensiones: Estrategias de aprendizaje, comunicación, retroalimentación, evaluación y componentes actitudinales.El estudio permite concluir que las md más altas corresponden a la dimensión de componente actitudinal (md=2.76) mientras que la dimensión asociada a la retroalimentación es la que presenta menores valores (md=1.42) en el análisis correlacional entre dimensiones el estadístico de correlación Pearson muestra una correlación de .549 siendo una relación débil, mientras que las dimensiones comunicación y componentes actitudinal muestran una correlación de .896 para las dimensiones de evaluación y retroalimentación siendo una correlación alta y la forma es lineal.Considerando las dimensiones como un aporte al sustento de los procesos de enseñanza aprendizaje distinguimos a la estrategia educativa como un método que es llevado a cabo por los docentes y educadores para brindarles los conocimientos necesarios a estudiantes a partir del resultado de la investigación mostrándonos el porcentaje alto del 2.05% en el uso de fuentes de información alternativa permitiendo al alumnado buscar diversas plataformas y el uso de materiales alternativos para la recolección de información, dichos materiales favorecen la comunicación ya que es el proceso de interacción dinámica que promueve su desarrollo y busca la solución a sus problemas de convivencia, para que esta influya en la conducta, de acuerdo a los resultados obtenidos encontramos que el alumnado prefiere realizar consultas o resolver dudas, lo que permite expresarse con confianza y libertad durante sus espacios de estudio y de convivencia entre docentes, administrativos y estudiantes.
Virtual 2
11:00 - 13:00
Eje 2.
- Panel virtual
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#417 |
Estado e expropriações de direitos no Brasil contemporâneo
Ivanete Boschetti
1
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Sara Granemann
1
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Fernanda Kilduff
1
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Mossicleia da Silva
1
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Propuesta del Panel:
O presente trabalho apresenta resultados parciais da pesquisa teórico-metodológica em curso desenvolvida na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ESS-UFRJ), por quatro docentes que compõem o Laboratório de Estudos e Pesquisas Marxistas em Política Social. O projeto de pesquisa intitulado “A Exploração do Trabalho e Privação de Direitos no Brasil: Os direitos não cabem no Estado” se propõe problematizar o ajuste fiscal permanente por meio da análise de suas variadas expressões: da sucção do fundo público pela dívida pública à potencialização da acumulação por meio de contrarreformas como a da previdência social; das mudanças na política de assistência social à reprodução rebaixada da força de trabalho mais empobrecida; do acirramento de dispositivos institucionais de correção e punição ao aumento da população encarcerada; da exponencial violência machista contra as mulheres ao encarceramento, sobretudo das mulheres negras, como uma outra forma de gestão da pobreza. Na sua efetivação e ao agregar diferentes planos de análises pretende-se, por fim, tematizar a intervenção do Estado na relação capital-trabalho na atualidade.Com isso, este trabalho busca desvendar os processos societários que determinam mudanças no Estado social. Tais mudanças canalizam o fundo público para as demandas de reprodução ampliada do capital, sobretudo de sua fração financeirizada e, ao mesmo tempo, limitam sua destinação para demandas de reprodução da classe trabalhadora. Assim, a investigação proposta objetiva desvelar os mecanismos priorizados pelos ajustes fiscais em curso no Brasil e também como tais ajustes determinam processos de privação de direitos, agudizam a retração da liberdade, estendem a mercantilização e a assistencialização às políticas sociais, aprofundam a exploração do trabalho e potencializam a acumulação do capital.Os ajustes, por serem mecanismos constitutivos da dominação do Estado burguês, operam de modo a surrupiar direitos conquistados pela classe trabalhadora e, ao tempo, envolvem o fundo público alocadonas políticas sociais nas artimanhas do rentismo. O ponto de partida da pesquisa consiste na problematização do ajuste fiscal permanente por meio da análise de suas variadas expressões: da sucção do fundo público pela dívida pública à potencialização da acumulação por meio de contrarreformas como a da previdência social; das mudanças na política de assistência social à reprodução rebaixada da força de trabalho mais empobrecida; do acirramento de dispositivos institucionais de correção e punição ao aumento da população encarcerada; da exponencial violência machista contra as mulheres ao encarceramento, sobretudo das mulheres negras, como uma outra forma de gestão da pobreza. Na sua efetivação e ao agregar diferentes planos de análises pretende-se, por fim, tematizar a intervenção do Estado na relação capital-trabalho na atualidade.São recorrentes as análises superficiais e mistificadoras da crise do capital que, desde o final dos anos 1960 e início dos anos 1970, vem impondo sucessivas, continuadas e agressivas ofensivas burguesa aos direitos da classe trabalhadora. Tais análises mistificam a crise como manifestações pontuais e tópicas no capitalismo, relacionadas à queda nas taxas de crescimento econômico - cuja privilegiada apologia consiste em propagar serem os impostos cobrados aos capitais uma das razões da redução do emprego, e do desencadeamento da crise - provocadas por excesso de direitos, de políticas sociais e de regulação pública nas relações de mercado. As receitas que proliferam desde a década de 1990 conjugam a privatização, privação dos direitos sociais, reapropriação pelo capital de parcelas cada vez mais amplas de fundo público, como parte da estratégia do capital para conter a queda tendencial das taxas de lucro (MANDEL, 1990). É tarefa premente desmistificar tais análises e demonstrar que as crises do capital estão enraizadas no antagonismo entre produção social e apropriação privada da riqueza, ou, como afirma Marx (2009, p. 85) “as crises são manifestações das contradições inerentes ao modo de produção capitalista”. Compreender e traduzir o significado estrutural da crise do capital possibilita desmascarar diversos mitos que encobrem as persistentes desigualdade e pobreza, o aumento do desemprego e de relações precarizadas de trabalho sem direitos, a destruição da saúde pública, a redução da previdência pública, a expansão do ensino privado em todos os níveis, as crescentes expressões de violência no campo e na cidade contra as mulheres, o racismo estrutural, do qual o encarceramento é uma de suas expressões, as intolerância e violência contra a população LGBTQIA+, a juventude em especial a negra, as populações originárias e quilombolas. Cruéis expressões das contraditórias relações sociais de produção que, em diferentes momentos do evolver do modo capitalista de produção, alimentam o avanço do conservadorismo. Esse projeto se situa no campo das pesquisas comprometidas com desvelamento dessa dinâmica, como condição para fortalecer as lutas da classe trabalhadora em defesa dos direitos, inserida na disputa de classes pela apropriação do fundo público que, no Brasil, tem favorecido largamente o empresariado e os mais elevados salários, já que a carga tributária é altamente regressiva e onera intensamente a classe trabalhadora e os baixos salários (SALVADOR, 2017). Ademais destas formas, a disputa do fundo público - veja-se, por exemplo, a dívida pública, a EC 95/16 e os permanentes superavits nas políticas sociais - expressões e instrumentos do ajuste permanente (BEHRING, 2017), succionam a riqueza socialmente produzida pelos trabalhadores para os capitais. Daí a preocupação dessa pesquisa coletiva em deslindar os mecanismos pelos quais os agressivos e sucessivos ajustes fiscais em curso no Brasil vêm instaurando violentos processos de privação de direitos, que agudizam a exploração do trabalho e potencializam a acumulação do capital.
#063 |
As novas tecnologias e o trabalho profissional da supervisão: tensões e desafios entre o campo profissional e acadêmico.
Ana Maria Baima Cartaxo
1
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Denise Aparecida Michelute Gerardi
1
1 - PPGSS/UFSC.
Resumen:
O objetivo deste trabalho é discutir as novas tecnologias do exercício profissional no espaço sócio-ocupacional da supervisão de campo de estágio. Partimos de uma análise de totalidade acerca da reestruturação produtiva no contexto da crise estrutural do sistema capitalista aguçada com a pandemia da COVID-19, a partir de 2020. A restauração desse sistema teve como um dos eixos centrais a flexibilização do trabalho e suas condições, sendo que as novas tecnologias serviram como aporte fundamental. A partir dessa macro análise, particularizaremos o impacto delas no exercício profissional de supervisão de campo de estágio do Serviço Social, suas tensões e desafios com relação ao que preconiza o Projeto Ético Político do Serviço Social e as regulamentações do estágio supervisionado. O trabalho se baseia em uma pesquisa, realizada entre 2016-2021, intitulada “As condições de trabalho dos assistentes sociais: uma análise a partir da realidade dos estágios nos espaços sócio-ocupacionais”, vinculada ao Departamento de Serviço Social (DSS) e ao Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e financiada por edital universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O projeto desta pesquisa foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC sob o número 3.296.561, e aprovado em 01 de maio de 2019. A pesquisa contou com apoio do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) - 12ª Região. A metodologia empregada teve como método de investigação e explanação o histórico-dialético. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, documental e de campo, cujos instrumentos metodológicos de coleta de dados foram os questionários e os grupos focais. O universo deste trabalho correspondeu à totalidade dos profissionais (supervisores de campo) dos cursos de Serviço Social existentes no Estado de Santa Catarina (SC), no Brasil e teve a amostra definida pelos 62 supervisores de campo que responderam ao instrumental de pesquisa, o questionário, com perguntas abertas e fechadas, no período de junho a 20 de dezembro de 2019, além dos 55[1] supervisores de campo que participaram dos grupos focais em novembro e dezembro de 2019. Partimos da hipótese norteadora de que as novas tecnologias tem contribuído com a precarização das condições e relações de trabalho dos supervisores de campo e, dessa forma, impactam negativamente na formação dos futuros profissionais, gerando tensões e contradições no exercício da atribuição de supervisão de estágio, quando fundamentada no Projeto Ético Político do Serviço Social, nas Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social (1996) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), na Política Nacional de Estágio (2010) da ABEPSS e na Resolução do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) nº 533, de 29 de setembro de 2008, impondo desafios ao trabalho profissional. Propomos para o desenvolvimento do presente trabalho o seguinte sumário: 1. Introdução - situaremos o objeto de estudo que nos propomos, a metodologia do trabalho, as categorias de análise que se sucedem no próprio sumário do trabalho. Enfim, justificamos a escolha do objeto e a importância do mesmo; 2. As tecnologias como estratégias de restauração do capital - discorreremos acerca do significado da crise do capital na sua trajetória como percurso permanente, cujo movimento restaurador empreende estratégias, as quais, no presente, têm como centro a flexibilização do trabalho. A superação dessa crise tem como um dos aportes as novas tecnologias, as quais têm concorrido para uma maior precarização do trabalho; 3. Serviço social e as novas tecnologias – discorreremos sobre o uso das tecnologias de informação, de forma crítica, pelos profissionais de Serviço Social, visando não contribuir com interesses hegemônicos e a favor do modo de produção capitalista; 4. A supervisão de campo e as tecnologias - tensões e contradições – refletiremos sobre as formas de utilização dos recursos de tecnologia de informação e o seu impacto na supervisão de campo de estágio e na formação dos futuros profissionais; Considerações gerais - a partir do estudo realizado identificaremos as tensões que se interpõem entre a realidade concreta apresentada e a proposta do Projeto Ético Político Profissional, que se constituem como desafios à elaboração de estratégias de enfrentamento; Referências – onde serão apontadas as referências bibliográficas utilizadas para construção do presente artigo. Este trabalho tende a fomentar debates e reflexões da categoria profissional e contribuir para que o tema se mantenha na pauta dos órgãos de representação profissional, como o Conjunto CFESS/CRESS e a ABEPSS, visando contribuir para a reflexão do trabalho profissional no espaço específico da supervisão ao mesmo tempo que tencionamos possibilitar novas pesquisas e estudos que possam contribuir para a reflexão e o estabelecimento de estratégias profissionais frente a esses desafios e tensões. [1] Do total de 55 supervisores de campo, 24 participaram do grupo focal em 19 de novembro de 2019 nas dependências da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em Blumenau (SC), 16 supervisores de campo participaram de um grupo focal no dia 04 de dezembro de 2019 em Florianópolis (SC) e outros 15 supervisores de campo participaram de outro grupo focal, também no dia 04 de dezembro de 2019 em Florianópolis (SC), ambos nas dependências físicas da UFSC
#573 |
MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS: OS CAMINHOS DESIGUAIS DA “HUMANIDADE EM TRÂNSITO"
Ineiva Terezinha Kreutz
1
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Helenara Silveira Fagundes
2
1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.
2 - Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.
Resumen:
Este trabalho é um recorte da tese
Migrações Internacionais, Trabalho e Capital: seletividades persistentes e promessas ilusórias do direito à dignidade humana. Como objetivos busca problematizar as determinações estruturais e conjunturais que se impõem sobre o fenômeno das migrações internacionais, pela perspectiva do trabalho e, ainda, examinar as funcionalidades das migrações vinculadas à reprodução da superpopulação relativa como condição indispensável à lógica de reprodução do capital. Em sendo resultado do estudo teórico-metodológico, assenta-se na revisão bibliográfica da tradição marxista e se vale de incursões históricas, complementadas pela pesquisa documental, para elucidar o lugar que os/as migrantes ocupam na sociedade contemporânea. Um dos desafios teórico-metodológicos vinculados aos estudos sobre as migrações internacionais se deve ao seu escopo mundial. Há um permanente (re)direcionamento dos fluxos migratórios (rotas e destinos) que, em determinadas conjunturas e circunstâncias econômicas, sociais, culturais e políticas têm se acentuado. Profundamente radicados na sociabilidade capitalista, as migrações compendiam intrincadas relações sociais paradoxais que pressionam um contingente significativo da população aos deslocamentos forçados, com incidência na materialidade das estratégias e tragédias de (i)mobilidade e direção dos deslocamentos e, por conseguinte, inseparáveis dos planos e lutas possíveis para preservar a vida e prover as condições materiais de sua existência humana. Para elucidar os fatores estruturalmente determinantes e os sentidos implicados que consubstanciam o fenômeno migratório na sociabilidade capitalista, a premissa subjacente é a de que a análise das migrações internacionais é indissociável das relações sociais que conformam o movimento dialético entre capital e trabalho. Em países de capitalismo periférico e dependente, os limites da sobrevivência humana se revelam na agudização das desigualdades sociais, no aumento do desemprego estrutural, na célere violação de direitos e dignidades humanos e nas expropriações materiais e simbólicas das condições da vida que constrangem e sobredeterminam, objetivamente e subjetivamente, os movimentos migratórios. Apesar de o controle exercido sobre as fronteiras constituir uma das características fundamentais do Estado moderno e de o sistema econômico que o sustenta possibilitar a definição das regras de admissibilidade ou não de migrantes em seu território, estas mesmas determinações impõem a construção de mecanismos colidentes de inclusão/exclusão no mercado de trabalho, vis-à-vis à construção de linguagens através do emprego de eufemismos e ocultamentos de suas determinações estruturais, ao mesmo tempo, relacionadas às incapacidades estatais na efetivação dos direitos da população migrante. É uma realidade complexa que apresenta desafios, em termos teórico-metodológicos, para a apreensão das tendências operantes e ressignificadas dos fluxos migratórios na contemporaneidade. Entende-se que as inferências produzidas a esse respeito são sempre provisórias e incompletas (ainda que a perspectiva reivindicada é a da totalidade), e tais enfrentamentos não se limitam apenas ao ato de ir, atravessar ou ficar nas ou entre as fronteiras dos Estados nacionais. Como fenômeno e processo social complexo, as leituras sobre migrações internacionais referenciadas na mera descrição e mensuração dos deslocamentos físicos são postas em xeque, exigindo-se novas interpretações que alcancem suas determinações mais profundas e estruturais. Na sociabilidade do capital, reitera-se serem múltiplos os fatores que agem como indutores - estímulo ou constrangimento - das migrações e na reorientação geográfica dos fluxos de migrantes, tais como: as relações geopolíticas e geoeconômicas, a confluência de fatores geográficos entre países; a lógica interna e externa redesenhada pela divisão internacional e territorial do trabalho, suas transformações e precarizações; o caráter multidimensional das desigualdades entre países (econômica, social, política e ambiental); as dinâmicas das políticas externas adotadas, cuja relação se dá entre Estados; o papel da legislação migratória e os acordos internacionais vigentes no plano bilateral ou multilateral e; as dimensões étnico-raciais, jurídicas, bélicas involucradas. A circulação acelerada da classe trabalhadora, pelo viés migratório, se complementa na e pela trama conflituosa das lógicas e projetos societários em disputa, que orientam as definições conceituais e o
modus operandi da “governança migratória” expressa nas políticas públicas e ações governamentais, de onde podem ser abstraídos outros determinantes que possibilitam pensar a sua incidência como vetores ou inibidores das migrações internacionais. Assim, convém destacar, de imediato, que se afasta o “indivíduo” ou “a família” como unidades explicativas dos fluxos migratórios. Ao reconfigurar os ambientes de migração vinculados às transformações ocorridas desde o último quartel do século XX, a intensidade e diversidade dos fluxos migratórios internacionais apontam para uma fundamental mudança sociodemográfica nos países. Revelam novos e velhos espaços, trajetórias e destinos das migrações, balizadas por sujeitos em distintas condições migratórias provocadas pelas guerras geoeconômicas e geopolíticas, desemprego, pobreza, violências e violação de direitos, ao mesmo tempo que se acentua uma reversão política ultraconservadora, movidas por fundamentalismos, com suas posições racistas, homofóbicas e contrárias aos migrantes, em todo o mundo capitalista. No campo dos direitos, as possibilidades e a intencionalidade dos Estados de dar respostas ou se omitir/ignorar dependem, em grande medida, das perspectivas e das (não) prioridades assumidas pelos governos - que detêm o mandato de poder político - sobre o lugar ocupado das migrações no território nacional e internacional. Por decorrência, tais perspectivas e/ou ausência de prioridades se articulam, de um lado, entre o direito soberano dos Estados de decidir, controlar, permitir e impedir sobre quem pode entrar e quem deve sair nos e dos limites de seus territórios e para qual finalidade e, por outro lado, ao reconhecimento ou não do direito das e dos migrantes a ter direitos. Um dos aspectos que se destaca pelas ações governamentais no âmbito migrações é a produção de dados censitários, isto é, o controle e a gestão dos corpos passíveis de enumeração. Eivada de contradições, a produção de dados censitários sobre as migrações internacionais é um instrumento de controle ambíguo. Se, por um lado, é importante em muitos aspectos para planificação e gestão de políticas públicas, por outro, a tentação de utilizá-los para intervenções contrárias também é grande e com consequências gravosas, que podem se traduzir em instrumentos jurídico-normativos relacionados com os processos de segurança nacional, fechamento ou securitização das fronteiras e das migrações e, ainda, na regulação seletiva de migrantes em situação de vulnerabilidade, porém, portadores da mercadoria força de trabalho, ainda que excedentária, mas disponível para incorporação no modo de produção capitalista, quando conveniente ao sistema.
Virtual 3
14:00 - 16:00
Eje 2.
#034 |
Amazônia brasileira em disputa: expropriação, luta social e (re)existência de povos tradicionais na defesa de seus territórios tradicionalmente ocupados
Larissa Marinho da Costa
1
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Solange Maria Gayoso da Costa
1
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Letícia Ferreira Ananias
1
1 - Universidade Federal do Pará.
Resumen:
A acumulação de capital na Amazônia brasileira tem se caracterizado pela exacerbação da exploração do trabalho e da natureza, com processos de expropriação territorial de povos e comunidades tradicionais, destacando-se, historicamente, os projetos de infraestrutura de logística para escomento da produção, agronegócio e mineração, inseridos na lógica do modelo de desenvolvimento em curso no Brasil, no contexto de acumulação por espoliação provocado pela expansão do capital mundial (HARVEY, 2005). Tal movimento é marcado na contemporaneidade por conflitos permanentes entre empresas, estado e pelos habitantes da região. Nessa reflexão pretende-se trazer o debate sobre o território e a expropriação de comunidades tradicionais na Amazônia brasileira, bem como os processos de resistências e de luta social que estão diretamente ligados a essa discussão. Tendo como metodologia de pesquisa a Revisão Sistemática de Literatura (RSL), a qual selecionou estudos por meio de um protocolo de pesquisa, com uma pergunta de partida, descritores e critérios de inclusão e exclusão desses estudos, a definição das bases de dados considerou o objetivo da pesquisa e as condições de acesso, sendo escolhido o banco de teses e dissertações da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) delimitando as Federais e Estaduais da Amazônia brasileira e, os periódicos da plataforma Sucupira, vinculados a produção do Serviço Social, com classificação A1, A2 e B1 (Qualis CAPES - Quadriênio 2013-2016). O qual teve como resultado final 68 estudos publicados (48 artigos, 14 dissertações e 06 teses) no período de 2014 a 2019. De forma genérica as análises desse banco de dados demonstra a terra/território como elemento fundamental para a (re)produção da vida dos povos tradicionais, a qual seu significado supera ao do espaço, “[...] porque para o homem amazônida é a terra que permite a reprodução das suas condições materiais de existência.” (NASCIMENTO; HAZEU, 2015, p. 294-295). O território tem um sentido ampliado de pertencimento e é percebido pelo seu uso (material e imaterial). E também é particular para cada povo e comunidade tradicional, podendo ser conhecido como território de pesca, território das quebradeiras de coco babaçu, entre outras formas, sendo diretamente relacionada a sua identidade, e por sua vez a permanência em seus territórios não está somente ligado a manutenção da natureza, das quais a conservação do meio ambiente por esses povos vem de longas décadas, mas principalmente se trata da sua existência. O território para os povos tradicionais é carregado de significado, e não fechado em uma única concepção ou uma demarcação de terras. "Para compreendermos esta luta é preciso considerar a terra como elemento importante para a reprodução social e a produção material de povos e comunidades tradicionais" (SILVA, 2018 p. 34). E quanto a leitura de um território como mercadoria, gera situações permanentes de conflitos relacionados a “[...] implantação de grandes obras de infraestrutura e pela expansão da produção de commodities em larga escala para a exportação" (SOUZA, 2017, p. 94). Desta maneira na análise da expropriação dos territórios tradicionais, podemos mensurar nos estudos, quem ou o que é expropriado, o motivo e, no que resultam esses processos violentos, em grande medida em concordância com o Estado. E em todo contexto a pautas de lutas das formas organizativas de resistência, podendo ser movimentos sociais, associações, grupos de povos e comunidades tradicionais, sindicatos, entre outros, que pautam: o reconhecimento de identidade e do território; a demarcação e titulação de terras; acesso aos recursos naturais e ao território; o exercício de suas práticas e saberes; a garantia de direitos; autonomia para o trabalho; políticas públicas, e outras formas de defender seus territórios e seus modos de vida. Sendo assim, consideramos, que os desafios são grandes mediante as investidas em territórios tradicionalmente ocupados para a acumulação do capital, porém o papel da resistência é primordial na tentativa de barrar essa forma predatória de uso do território do modo de produção capitalista. São dois projetos em disputa, e defendemos o que produz uma racionalidade da vida, e tem o território como parte dessa manutenção. Nessa perspectiva também temos o trabalho do/da profissional assistente social, representado na publicação do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) de 2022, a qual chama a atenção as situações de calamidades e a atuação das/dos assistentes sociais com posicionamento contrário aos desastres ambientais que explora territórios tradicionalmente ocupados e os quais tem implicado em tornar essas localidades verdadeiras zonas de sacrifício. A qual entende “[...] a crise ambiental é resultante do modelo capitalista e da sua ganância infinita e sem limites, voltada à exploração exacerbada das diversas frações da classe trabalhadora e do planeta, necessárias para o processo de acumulação no capitalismo” (CFESS, 2022). Para tanto, a atuação da/do assistente social deve ser com respostas críticas, que defendam os direitos socioambientais e humanos, para além respostas pontuais, imediatas e frágeis. Além de uma ação articulação com os movimentos sociais e demais organizações ou mobilizações políticas dos diferentes territórios.
#067 |
Serviço Social no Século XXI e os desafios a formação e ao trabalho profissional
Mauricio Caetano Matias Soares
1
1 - PMRC/ Celso Lisboa.
Resumen:
A chegada do novo século desperta um tempo de esperanças e de muitos medos, o palco de encenação do século XXI foi construído pelas transformações societárias produzidas pelo capitalismo no fim do século passado. Entre elas observam-se profundos rebatimentos no Estado, no mundo do trabalho, na cultura e na economia, que refletem de forma contundente nas relações sociais. O Estado recebe um novo direcionamento organizacional, político e econômico pautado no neoliberalismo, sendo conduzido a uma redução de despesas, principalmente, daquelas referentes ao financiamento de políticas sociais – padrões de proteção social resultantes dos desdobramentos das lutas de classe, portanto, compreendidos como “respostas e formas de enfrentamento às expressões multifacetadas da questão social no capitalismo, cujo fundamento se encontra nas relações de exploração do capital sobre o trabalho” (BEHRING; BOSCHETTI, 2006, p. 51). Por conseguinte, o trato das expressões da questão social também foi modificado. As concepções de culpabilização e responsabilização dos indivíduos pelas mazelas sociais – tanto as suas quanto as da sociedade –, coloca sobre os esforços singulares o sucesso do enfrentamento da desigualdade social, constituindo um tipo cidadania, que é estimulada pelo Estado e pelo mercado. Nesse sentido, a política social assume uma condição mínima interventiva orientada por padrões estabelecidos, entre outros, o orçamentário do Estado, tendo como resultante a subordinação da resposta às necessidades sociais à mecânica técnica e contábil do orçamento público, orientadas por uma racionalidade instrumental (IAMAMOTO, 2008).No mundo do trabalho, a reestruturação produtiva a partir do modelo toyotista, agrega novas modalidades de controle e gerenciamento da força de trabalho, fortalecidas pelo avanço da robótica e da informática, implementa novas formas de contratação, que descaracterizam os direitos trabalhistas e mina a organização coletiva dos trabalhadores, gerando competição entre iguais. Também redesenha o processo de trabalho por meio da polivalência ou multitarefas do trabalhador; reorganiza a hierarquia, estabelecendo uma horizontalidade, na qual o trabalhador é tido como peça fundamental e excelência da empresa, sendo denominado como associado ou colaborador; promove novas formas de trabalho; amplia a terceirização; entre outras medidas. Tais mudanças corroboram para o processo de tecnificação e padronização do trabalho, expressando imensos desafios para a classe trabalhadora, cujos desdobramentos rebatem na reestruturação e ressignificação das profissões. Estas operam na tendência a desespecialização e desprofissionalização do trabalho, seguindo a lógica de tecnificar, padronizar e unificar, “transformando os trabalhadores em tecnólogos e as profissões em tecnologia” (GUERRA, 2014, p. 60). Tal movimento retira a produção do conhecimento científico a partir do exercício profissional refletido, afastando o trabalhador executor do pensador. Ademais, interfere na autonomia das práticas de diversas profissões, assim como no ethos profissional.Esse cenário tanto é palco quanto favorece a ascensão das forças conservadoras adversas a classe trabalhadora, que põem em constante ameaça os direitos do trabalho, historicamente conquistados, aprofundando o processo de exploração, naturalizando a desigualdade social e reproduzindo dogmas e preconceitos. Na cultura, a veneração ao individualismo revela que o bem-estar se centra na capacidade de consumo e os indivíduos passam a estabelecer novos valores societários, legitimando um tipo de darwinismo social, tão ao gosto do neoliberalismo.Nesse contexto, o assistente social vivencia problemáticas envoltas a sua condição de trabalhador assalariado, que sofre todos os impactos do mundo do trabalho; a de trabalhador social, que se depara cotidianamente com a redução dos investimentos nas políticas sociais públicas, as quais se constituem um de seus principais instrumentos de intervenção sobre as expressões da questão social; e a de trabalhador ético, pois os valores que orientam o seu projeto societário colidem com a dinâmica posta no contexto contemporâneo de consolidação da cidadania. Tais problemáticas refletem na exigência de construção de um trabalho profissional ausente da cultura de pesquisa e sistematização da prática, condenando o exercício profissional ao imediatismo e ao pragmatismo, limitando-se a ações superficiais, burocráticas e irrefletidas, postulando um antagonismo ao Projeto Ético-Político da Profissão. Projeto esse, que marca a intrínseca relação do pensamento crítico com um projeto de sociedade, voltado à compreensão da complexidade das individualidades e a valorização da liberdade. Isso constitui um cenário de debate, que busca romper com o movimento endógeno da profissão, na perspectiva de estabelecer a estreita relação com sujeitos políticos coletivos comprometidos com as lutas por emancipação política, sem perder do horizonte teórico-político, a necessidade histórica da emancipação humana.Deste modo, o presente debate evoca a temática da prática profissional do assistente social no século XXI, que tem no avanço do capital o gerador de múltiplos determinantes, que se constituem como plano de fundo para o avanço de um processo conservador de releitura da questão social e de reconfiguração/reatualização de práticas, procedimentos e instrumentos de matriz conservadoras no cerne do exercício profissional do assistente social. Nesse espaço temporal e de fertilização se faz necessário especificar as molduras nas quais o enquadramento do Serviço Social é posto no Brasil, onde nota-se que as mudanças contemporâneas na sociabilidade capitalista requerem do Serviço Social – formação e fazer profissional – uma conexão com os elementos que comportam a realidade do novo século nos seus aspectos de produção e reprodução da vida social. Nessa guisa, a priori, cabe apresentar o entendimento de trabalho e a sua relação com a questão social e o Serviço Social, partindo do marco das diretrizes curriculares de 1996, a qual lança, no início do século XXI, os primeiros assistentes sociais formados em uma perspectiva crítico-revolucionária no mercado de trabalho. Dessa relação destaca-se o papel das políticas sociais para o Serviço Social e a importância dela na formação e na prática social. Sendo as políticas sociais vítima das mudanças contemporâneas do Estado, o Serviço Social, que a utiliza como instrumento interventivo, também é pressionado a assumir determinados parâmetros que se opõem aos valores e aos princípios que o norteia. Por isso, as duas primeiras décadas desse milênio representaram “dias de lutas, mas também dias de glórias” para uma profissão que ousa a se opor ao sistema que a criou.
#072 |
O doce amargo da pandemia no ensino superior brasileiro
Mauricio Caetano Matias Soares
1
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Debora Holanda Leite Menezes
2
1 - PMRC/Celso Lisboa.
2 - ESS/UFRJ.
Resumen:
Os anos de pandemia serão lembrados como dias difíceis e de grandes dores pela população mundial, entretanto, para os capitalistas o amargor foi usado como estratégia para edificação de seus planos de conservação de sua supremacia. Como estratégia a crise do capital nos fins do século passado, o processo de mundialização da economia com base no capitalismo financeiro fortalece os grupos industriais transnacionais e a aquisição e fusão de empresas em um contexto de desregulamentação e liberalização da economia. Com isso, as “novas” empresas assumem formas concentradas e centralizadas do capital industrial, configurando um modo específico de dominação sociopolítico do capitalismo com o suporte dos Estados Nacionais e a primazia dos serviços (IAMAMOTO, 2008; BEHRING, 2008).Nesse sentido, o Estado assume uma intervenção política de apoio efetivo às orientações do neoliberalismo, favorecendo o triunfo do mercado, desregulamentando direitos sociais, privatizando o bem público, focalizando e descentralizando as políticas sociais. Assim, estabelece-se um gigantesco processo de reformas destinadas a supressão ou redução de direitos e garantias sociais, conquistas tão caras à classe trabalhadora. Ademais, banaliza os impactos da desigualdade social sobre os indivíduos e institui um tipo de darwinismo social nas relações humanas e societárias, estabelecendo um novo padrão sociocultural, político e econômico, pautado em defesa de interesses individuais fragilizando as lutas coletivas. No Brasil, essa ambiência do capital começa a ser estabelecida nos anos 1990, após movimento de redemocratização, que culminou na promulgação da Constituição Federal de 1988. Essa consagrou o estabelecimento dos direitos sociais, políticos e civis no país e definiu o direcionamento das políticas sociais brasileiras. Tais políticas sofrem o impacto das proposta de adequação aos padrões internacionais de desenvolvimento capitalista instituído pelo Consenso de Washington, que demarcou o cenário de concretização do processo de reforma do Estado, evidenciado na perda da soberania com aprofundamento da heteronomia externa; no reforço deliberado da incapacidade do Estado para impulsionar uma política econômica que tenha em perspectiva a retomada do emprego e do crescimento, em função da destruição dos seus mecanismos de intervenção; e na parca vontade política dos governantes em realizar uma ação efetiva sobre a iniquidade social, no sentido de sua reversão, condição para uma sociabilidade democrática. (BEHRING, 2008).Dessa forma, realiza um “ajuste estrutural” por meio da redução dos fundos públicos para o financiamento de políticas sociais, estabelecendo as medidas exigidas para a implantação de uma estratégia de desenvolvimento social e retomada do crescimento econômico sob as novas condições de abertura da economia e elevada competição. Assim, inviabiliza a alternativa constitucional da construção de um Estado com responsabilidade social, garantidor de direitos sociais universais; e demarca o giro operado pelo grande capital e seus associados no novo contexto mundial posto pela reestruturação do capital.Nessa direção, as políticas sociais brasileiras, em especial as de Educação Superior, ganham novo direcionamento e com a pandemia os impactos passam a ser mais contínuos e nefastos, os quais conduzem a universidade para uma estrutura disfórica de desmonte de seu papel social e cultural em prol de um modelo neoliberal com foco apenas na função econômica da universidade. A “Nova” Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, trouxe mais ranços do que avanços. Ela apresenta um espírito de descentralização flexibilizador, de abertura instituindo uma exigência de esforço, de compromisso moral e com as novas formas de controle e padrão de processos avaliativos. Para o Ensino Superior é pensado uma universidade especializada em troca daquela voltada a universalidade dos campos de conhecimentos, com propostas de formação acadêmica aligeirada e tendencial a mercantilização do ensino voltado a lucratividade.Ainda como propostas de efetivação da Reforma do Estado, o Brasil ingressa, em 2009, no Fórum Político de Bolonha, que fomenta uma série de recomendações do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio de reorganização do Ensino Superior. Tal ingresso coaduna com os Planos de Reforma do Estado, elaborados pelo Bresser Pereira.Com isso há uma interferência direta no conceito de universidade, transformando-a em uma indústria de títulos para o mercado de trabalho, desqualificando as universidades públicas, precarizando o ensino, mercantilizando a educação superior e a reduzindo a nível de “treinamento, a transmissão de conhecimentos e ao adestramento que marcam o ensino pasteurizado, fragmentado e parcializado” (IAMAMOTO, 2008, p. 437). Ademais, as propostas de Ensino à Distância (EaD) não ficam de fora pelo contrário “fragiliza a formação, que se torna mais curta, mais superficial, com menos fundamentação crítica e mais sujeita à submissão ao mercado consumidor.” (BOSCHETTI, 2016, p.19).Nessa guisa a proposta do Future-se, que traz a ideia de fortalecer a autonomia financeira das universidades e dos institutos federais, é encaminhada ao Congresso em maio de 2020, período auge da Pandemia de COVID-19, no Brasil. Ela sugere a construção de eixos de Governança, Gestão e Empreendedorismo; Pesquisa e Inovação; e Internacionalização, consolidada por meio da parceria público-privada. Não é à toa, que essas propostas ganham folego em cenário de pandemia, pois esse contexto favoreceu a aprovação dessa proposta privatista e de precarização da educação sem resistência dos movimentos populares, favorecendo a sua edificação sem maiores entraves. Isso fere a Constituição Federal de 1988, que afirma “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (Artigo 207). Essa proposta tem se afirmado nos frequentes cortes financeiros previstos para educação, principalmente aqueles a partir de 2021, que se apresentam no não investimento em concurso de carreira de Magistério Superior, falta de recursos em estruturas das universidades e verba de despesas, acompanhadas das propostas de Reforma Administrativa, que precarizam o espaço público, oportunizando o discurso de eficácia do mercado.A partir desse debate que o presente texto se desenvolve fazendo a articulação entre o movimento capitalista e as novas direções dada a universidade. Direções aguçadas no período pandêmico, que gestou novas práticas educacionais e construiu um tipo de estudante desarticulado com o processo formacional, além de refletir sobre o docente, de quem foi exigido uma serie de mudanças e adaptações imediatas de forma aviltante a sua responsabilidade como educador.
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Pandemia y crisis de los cuidados: cuidar en soledad.
Alejandra Paniagua Bonilla
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Lucía Brenes Chaves
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1 - Universidad de Costa Rica.
Resumen:
América Latina ha venido evidenciando cada vez más los embates que ha traído las transformaciones del Estado producto de la implementación de medidas neoliberales que han ido definiendo la relación entre el Estado, el mercado y la sociedad, principalmente a partir de la década de 1980. Dichos embates toman forma al analizar, por ejemplo, las implicaciones en las condiciones de trabajo de la población, especialmente aquella perteneciente a los sectores populares, el paso de políticas sociales universales a focalizadas por pate del Estado como parte de los acuerdos con organismos internacionales, y un empobrecimiento sostenido generalizado que ha evidenciado con más fuerza la desigual distribución de la riqueza en la región. En este escenario, las mujeres han sido quienes más han tenido que afrontar las consecuencias negativas de la avanzada neoliberal, tanto por las dificultades reales de acceso a un trabajo formal y remunerado, engrosando las filas de trabajadoras y trabajadores informales; así como por las limitaciones a la hora de acceder a servicios institucionales orientados a la atención de la pobreza; por mencionar algunas. Esta situación, además, se ha complejizado aun más en el contexto de la pandemia por el Covid-19 a partir del año 2020, el cual no solo ha significado afectaciones importantes en términos de la salud, sino que las medidas para contenerlo, tomadas en cada país, supusieron un retroceso en términos económicos y productivos, lo cual conllevó la pérdida parcial o total del trabajo remunerado así como la ampliación de las tareas propias del cuido al implementarse el trabajo y el estudio remoto, en donde las mujeres se constituyeron en uno de los grupos poblacionales más afectados por estas medidas. A partir de ello, esta ponencia procura analizar los efectos de las medidas tomadas en Costa Rica en ocasión de la pandemia por el COVID-19, en el uso del tiempo y el espacio doméstico y extra-doméstico de las mujeres. Este análisis se hace considerando las transformaciones en la política social a partir de la avanzada neoliberal en este país centroamericano desde la década de 1980, las cuales presentan mayores limitaciones en cuanto a su alcance ante la crisis económica que ya se venía agudizando en el país desde el año 2018 y que se profundiza en el año 2020. Además, el análisis recupera el lente feminista para comprender el costo vital para las mujeres, principalmente las de los sectores populares, de las medidas tomadas en el país para contener la propagación del virus, tales como el cierre de comercio, escuelas, algunas instancias institucionales, por mencionar algunas. En este sentido, cobra especial relevancia develar la contradicción inherente al capitalismo, en relación con la necesidad de la incorporación de las mujeres al mundo del trabajo remunerado y la ausencia de políticas de cuidados universales y accesibles para las mujeres costarricenses; toda vez que la fragmentación y focalización de las políticas sociales, propia del neoliberalismo, expulsan a las mujeres del mercado laboral y con ello, no solo se preserva la división socio sexual del trabajo, sino que se retorna a las familias este ámbito de la reproducción social; con la salvedad de que – dentro de estas- son las mujeres las responsables de asumir el trabajo doméstico no remunerado y de cuidados casi de manera exclusiva. Para el objetivo de esta ponencia, la ruta argumentativa realiza un análisis del contexto costarricense y de las trasformaciones en la política social, con especial énfasis en las políticas y la infraestructura de los cuidados. Además, recupera datos estadísticos para cuantificar las brechas en el uso del tiempo, en el periodo previo a la pandemia, así como otros datos relevantes en la temática; asimismo recaba las implicaciones de las medidas de confinamiento sanitario tomadas en Costa Rica para atender la crisis sociosanitaria. Y finalmente, concluye sobre los efectos de estas medidas en la vida de las mujeres. Para la praxis del Trabajo Social, la reflexión sobre las diversas formas de opresión/explotación de las mujeres se torna en un imperativo ético político. Desde nuestra perspectiva, la categoría profesional en Costa Rica adeuda reflexiones capaces de problematizar la cuestión de las mujeres a partir de la articulación entre género y clase; pues la tendencia predominante es escindir en la comprensión del fenómeno, ambas dimensiones. Asimismo, consideramos que esa falta de reflexión apuntala intervenciones del Trabajo Social que conciben a las mujeres como simples depositarias de las políticas sociales más que como sujetas políticas. Dar continuidad a esta veta analítica es especialmente importante en un escenario en el que la tendencia que subyace en la política social – base de sustentación material de nuestra profesión- es la de psicologizar y culpar a las mujeres de las expresiones de la cuestión social expresadas en su cotidiana. Además, en un contexto postpandemia se suman algunas preocupaciones. En primer lugar, el hecho de que la reactivación económica podría no necesariamente significar una integración inmediata de las mujeres en el mundo del trabajo; pues como explica la CIM la asignación a las mujeres como únicas o principales responsables de las tareas domésticas y de cuidado, imposibilita y limita inmediatamente su inserción laboral remunerada e incrementa la desigualdad en general, pues alcanza a las personas dependientes. (CIM, 2020). En segundo lugar, existe temor de que la familiarización de los cuidados durante la pandemia, tambalee la infraestructura de los cuidados y con ello, se precaricen aun más las condiciones de vida de las mujeres.Referencias Comisión Interamericana de Mujeres (2020). COVID-19 en la vida de las mujeres: Emergencia global de los cuidados. Recuperado de CuidadosCOVID19-ES.pdf (oas.org).
#426 |
Impacto do racismo e da binariogenerificação sobre o valor e preço da força de trabalho no capitalismo
Marina Machado Gouvea
1
1 - Docente da Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro. Doutora em Economia Política. Diretora da Sociedade Latino-Americana de Economia Política e pesquisadora do Grupo de Trabalho Crise e Economia Mundial do CLACSO.
Resumen:
Ao longo do século XX foi hegemônica no marxismo a concepção de que as contradições de classe seriam contradições ‘primárias’, podendo por sua vez associar-se em cada momento às assim chamadas ‘lutas democráticas’. Estas últimas adquiririam por sua vez caráter secundário ou periférico na luta de classes.Com o ascenso e conquistas recentes de movimentos negros, de povos originários, feministas e LGBTQI+, dentre outros, este debate retorna à pauta na controvérsia sobre o assim (mal)chamado ‘identitarismo’ e seu papel na luta de classes. Uma vez mais, uma parcela da esquerda marxista têm se afastado destas lutas, rechaçando-as como secundárias, ou mesmo reacionárias.É do próprio marxismo, contudo, que tais lutas recebem seu mais potente instrumental de análise teórica para a transformação da realidade.Este artigo busca contribuir lado, para rechaçar a noção de classe trabalhadora ‘em abstrato’ (idealizada para além da raça, gênero, território ou outras determinações) que subjaz à consideração das lutas raciais, de gênero, etc., como ‘secundárias’ à luta de classes – uma apreensão que reputamos idealista, de tipo essencialista. Por outro lado, busca contribuir para também rechaçar a compreensão da racialização e da generificação como constitutivas de sistemas particulares que existiriam de maneira anterior e/ou independente do capitalismo – uma perspectiva de corte pós-moderno que não reconhece a mercantilização (inclusive da própria força de trabalho) como momento predominante da reprodução material da vida nas sociedades capitalistas, e que reputamostambém idealista, de tipo empiricista.Em nossa opinião, uma adequada compreensão do caráter estrutural e estruturante do racismo e da misoginia nas sociedades capitalistas (assim como da heteronormatividade, da binariogenerificação e da xenofobia) exige compreender que a divisão racial, sexual/binariogenerificada e territorial do trabalho são dimensões da própria divisão social do trabalho e, ao mesmo tempo, compreender seu papel no conjunto da reprodução ampliada de capital.Buscamos apreender o papel destas dimensões da divisão do trabalho na acumulação capitalista, e, dois eixos, diferentes entre si, porém que compõem unidade indissociável:i) a compreensão do papel destas dimensões da divisão social do trabalho sobre a determinação do valor e do preço da força de trabalho de cada grupo particularizado da classe trabalhadora (mulheres, homens, população negra, população branca, mulheres negras em países centrais, mulheres negras em países dependentes, etc.) quando vendem sua própria força de trabalho, seja na esfera da produção ou na esfera da circulação;ii) a compreensão do papel destas dimensões da divisão social do trabalho sobre a determinação do valor e do preço da força de trabalho da classe trabalhadora em geral, não apenas pelo impacto indireto do valor e do preço da força de trabalho de cada grupo particularizado, e sim fundamentalmente por intermédio da realização de enormes quantidades de trabalho necessário à reprodução da força de trabalho porém não mercantilizado, e que, por não ser mercantilizado e tampouco realizar a circulação direta de mercadorias, não é socialmente reconhecido como trabalho, é invisibilizado e não entra na composição do valor de troca da força de trabalho em geral. Denominamos aqui este conjunto de trabalho humano como ‘trabalho reprodutivo’ (conceito que deverá receber maior problematização e precisão no curso da pesquisa). Ele é realizado majoritariamente por mulheres racializadas como não-brancas.A chave para a apreensão da unidade entre ambos estes eixos está no reconhecimento do caráter ético da determinação de valores, inclusive no que se refere à dimensão do valor como valor de troca e, em particular, do caráter ético da determinação do valor de troca da força de trabalho.O artigo expõe o levantamento e análise quantitativa de dados no Brasil, resultado de nossa pesquisa de pós-doutoramento em curso, sobre fontes principais da renda domiciliar, remuneração média recebida pela venda da força de trabalho, moda da remuneração recebida pela venda da força de trabalho, ramos de ocupação; taxas de desocupação, qualidade da ocupação, cesta de bens e serviços acessíveis via salário ou outras remunerações; acesso a bens, serviços e equipamentos públicos; territorialização; violência; horas dispendidas no trabalho reprodutivo; remuneração pelo trabalho reprodutivo; dupla e tripla jornada. Levando em conta tais dados a partir de uma perspectiva, marxista, elabora-se hipóteses interpretativas para os dois eixos mencionados anteriormente.Com base na interpretação exposta e nos dados obtidos, conclui-se que a racialização e a binário-generificação são não apenas dimensões constitutivas da divisão social do trabalho contemporânea, mas também dimensões indissociáveis e imprescindíveis à divisão social do trabalho capitalista. As lutas antirracista e anti-cis-hetero-antipatriarcal não constituem apenas ‘lutas democráticas’ secundárias ou periféricas à luta de classes. Pelo contrário, formam parte da própria essência da luta de classes e não é possível a superação do capitalismo sem a superação do racismo e da misoginia. Por sua vez, uma perspectiva heurística e ontológica sobre estas lutas, que possa contribuir para a compreensão do racismo e da misoginia a partir das determinações da reprodução material da vida na sociabilidade capitalista, é também imprescindível no curso histórico das mesmas.Especificamente no Serviço Social, esta questão adquire importância central, uma vez que trata-se de compreender o próprio cerne da ‘questão social’ e de seus rebatimentos sobre a reprodução da vida e a reprodução da força de trabalho, mediada no capitalismo pela atuação profissional no Serviço Social.
#082 |
Condições éticas e técnicas de trabalho de assistentes sociais que atuam na política de Assistência Social no semiárido alagoano/Brasil
Lidja Larissa de Oliveira Silva
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Japson Gonçalves Santos Silva
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1 - Universidade Federal de Alagoas.
Resumen:
Introdução: Nesse trabalho analisamos a recente realidade do mercado de trabalho dos/as assistentes sociais no âmbito da política de Assistência Social no semiárido alagoano/Brasil, considerando o contexto de crise capitalista e a consequente reestruturação trabalhista. O estudo é resultado da experiência desenvolvida no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC- UFAL), dada a necessidade de problematizar as condições éticas e técnicas de trabalho do Serviço Social no interior alagoano, tendo em vista o processo de descentralização das políticas sociais e a expansão das instituições de formação profissional. Objetivo: Expor um panorama da conformação da política de Assistência Social nos marcos neoliberais e os impactos no exercício profissional dos/as assistentes sociais no interior de Alagoas com o intuito de, apesar dos desafios impostos pela atual conjuntura, fortalecer o desenvolvimento de ações e estratégias que possam tornar mais qualificado o exercício profissional em consonância com a defesa do projeto ético-político. Metodologia: A base metodológica adotada baseia-se em dois procedimentos: pesquisa bibliográfica a partir de livros, artigos, dissertações e teses, priorizando o material embasado no método da teoria social crítica, enquanto referencial capaz de proporcionar uma análise totalizante e histórica do objeto de pesquisa. Soma-se a este, a pesquisa empírico-documental realizada através dos Relatórios de Fiscalização do CRESS/AL 16◦ região, contando com os registros dos/as profissionais ativos/as que atuavam no semiárido de Alagoas na política de Assistência Social entre o período de 2010 a 2017, totalizando uma amostra de 28 relatórios. O processo de sistematização e análise dos dados seguiu uma abordagem qualitativa, método no qual busca aproximar-se, segundo Minayo (1992), de um patamar mais profundo da realidade social, não se limitando a operacionalização de números e variáveis, ainda que estes possam ser utilizados. Resultados: A política de Assistência Social no Brasil é fruto de um amplo processo de luta da classe trabalhadora, possibilitando seu reconhecimento jurídico na Constituição Federal de 1988, passando então a configurar numa perspectiva de direito do cidadão e dever do Estado, momento que pode ser caracterizado como uma grande guinada na configuração da política já que por longas décadas limitou-se a realizar ações pontuais de ajuda, caridade ou benesse. Contudo, demonstra-se que a política de Assistência Social vai se orientar nos limites do Estado neoliberal revelando assim tendências de regressividade, ora veladas, ora explícitas, ganhando uma enorme centralidade, focando sua intervenção na pobreza absoluta e no controle de parte da classe trabalhadora, em especial aqueles segmentos que possuem relações de trabalho informais e vínculos precários. (BOSCHETTI, 2016, apud SILVA; et. al., 2018). Vinculam-se práticas ou mecanismos que cumprem o objetivo de fiscalizar, capacitar, ajustar e controlar o/a usuário/a, ao lado do crescente apelo à solidariedade, à ajuda, à filantropia, à caridade e ao “terceiro setor”, como arcaicos instrumentos de resposta as manifestações da “questão social”, reatualizando a imagem de assistencialismo na política. Havendo ainda discursos conservadores que reforçam a ideia de que os benefícios assistenciais criam no cidadão uma relação de “dependência”, associada à displicência, falta de coragem e vagabundagem. (COUTO, 2015, p.668). Sendo essa realidade ainda mais expressa no nível municipal devido aos históricos traços culturais a qual a política de Assistência Social se efetivou no país. Nesse âmbito, as práticas moralizadoras, tecnicistas, naturalizadas e burocráticas associam-se a uma cultura do mandonismo e do favor político que retiram da Assistência Social o seu caráter de direito. Nessa esteira de debate situamos o Serviço Social, uma vez que inegavelmente a Assistência Social é um espaço histórico de atuação profissional, sendo o mercado de trabalho expandido partir da consolidação do SUAS ao indicar a presença profissional nas equipes de referência do Sistema, referenciada na NOB RH/SUAS, criada em 2006. Nesse sentido, observou-se a ampliação de espaços socioocupacionais de trabalho, alcançando, sobretudo, os maiores e menores municípios do país. Especialmente no semiárido de Alagoas - localizado na região Nordeste, estado mais atrasado da atrasada região (SILVA, 2017) -, soma-se a esse processo de descentralização da política social a expansão das instituições de ensino, especialmente a partir do programa REUNI. Fundamentados nessa dinâmica, analisamos o mercado de trabalho dos/as profissionais inseridos na política de Assistência Social no semiárido alagoano. Foi possível constatar que 100% das instituições fiscalizadas possuem abrangência municipal, de caráter público, reafirmando o papel do Estado como maior empregador dessa força de trabalho especializada, estes tem atuado a partir do estabelecimento de 30h semanais (em 53,58% das instituições); 20h semanais (em 21,42%); 40h (em 14,29%) e por fim, 10,71% não foram constatados. Quanto ao vinculo de trabalho, observamos que 57,14% possuem vínculos trabalhistas precarizados, enquanto 28,57% vínculos efetivos e 14,29% não foram registrados, condição reforçada pelo baixo nível salarial, já que, 13 relatórios analisados afirmaram que as instituições remuneravam o/a assistente social com até 3SM e apenas um registro indica o valor salarial de 4 a 6 SM. Verificamos que apenas 21,43% dos/as profissionais estabelecem uma dupla jornada de trabalho; predominando a ocupação de um vínculo trabalhista (57,14%), os demais 21,43% não foram identificados. Com base nisso, levantamos a hipótese de que o mercado de trabalho para o Serviço Social além de ser precarizado é ainda limitado, de modo que se aponta a necessidade de ampliação das equipes de trabalho. Diante dessa realidade desafiadora, complexa e dinâmica, exige-se cada vez mais um perfil profissional crítico, criativo e propositivo, capaz de superar os extremos entre o messianismo e o fatalismo. Nessa direção, a formulação de estratégias e a adoção de uma prática planejada são essenciais. Contudo, a partir dos relatórios de fiscalização, observamos que 67,86% não realizavam plano de trabalho; 10,71% realizam e 21,43% não foram identificados. Considerações Finais: Tendo como vitrine o semiárido alagoano, os aspectos apresentados oferecem subsídios para entender de maneira totalizante as condições éticas e técnicas de trabalho do/a assistente social, retrato que se molda numa presente precarização, enquanto produto de amplas mudanças societárias que impactam o mundo do trabalho e não diferentemente, incide nas profissões como o Serviço Social.
#083 |
SERVIÇO SOCIAL E PREVIDÊNCIA SOCIAL: estudo sobre condições éticas e técnicas do trabalho profissional no estado de Alagoas/Brasil
Stéphanny Eduarda Nunes Lima
1
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Japson Gonçalves Santos Silva
1
1 - Universidade Federal de Alagoas.
Resumen:
Introdução: O presente trabalho refere-se ao estudo produzido sobre o trabalho profissional de assistentes sociais inseridos/as na política de Previdência Social do Estado de Alagoas/Brasil, no contexto de transformações societárias que tem repercutido no desmantelamento do sistema de políticas sociais por meio do sucateamento do fundo público, em prol do grande empresariado, ponto em demérito os setores sociais como habitação, trabalho, emprego, saúde, assistência social, e inclusive a previdência social, que corresponde um dos principais alvos da política de austeridade neoliberal nos últimos anos. Todo o estudo foi realizado com base na experiência adquirida no Programa de Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), o qual possibilitou a problematização das novas tendências de reestruturação, de precarização trabalhista e desmonte das políticas sociais. Tendo isso em vista, demarcamos como objetivo analisar as formas de precarização presente no cotidiano profissional dos/as assistentes sociais inseridos/as na política de Previdência Social do Estado de Alagoas e como elas incidem nas condições éticas e técnicas do trabalho profissional. Metodologia: uma primeira parte do estudo consistiu em revisão bibliográfica, tendo como base a leitura de livros, artigos, dissertações e teses, que trouxeram informações acerca da política previdenciária e do Serviço Social, seguindo o método crítico dialético. Posteriormente, utilizamos a pesquisa documental desenvolvida por meio da análise dos dados documentais apurados em 6 (seis) formulários de fiscalização do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/AL) – 16ª região, por conter informações sobre as condições ética e técnica; referência salarial; distribuição da carga horária de trabalho; número de assistentes sociais inseridos/as em cada agência; principais desafios/entraves para o Serviço Social; principais atribuições/competências e instrumentais técnico-operativos mais utilizados pelos/as assistentes sociais inscritos/as e atuantes na Previdência Social no Estado de Alagoas. Toda pesquisa foi organizada considerando as visitas feitas pelos/as agentes fiscais nas Gerências Executivas (GEX) e Agências da Previdência Social (APS) entre o período de 2015 a 2020. Em seguida, todos os dados foram transformados em tabelas, seguindo uma abordagem qualitativa, que segundo Minayo (2006), possibilita a aproximação da realidade sem reduzir a análise a números e dados, embora estes possam ser utilizados. Resultados: Conseguimos constatar que não diferentemente de outras regiões, o Serviço Social previdenciário do estado de Alagoas também passa pelo processo de precarização, assim como tem sido observado em estudos sobre o tema a nível nacional, no que diz respeito ao trabalho profissional nessa área de atuação. No Brasil, a precarização não é um fenômeno novo, estando associada as origens da sociedade capitalista urbano-industrial a partir de 1990 com o neoliberalismo, o qual trouxe consigo o binômio flexibilização/precarização, atingindo a classe trabalhadora em sua totalidade, inclusive o trabalho dos/as assistentes sociais em seus diferentes espaços sócio-ocupacionais. (RAICHELIS, 2011). Com relação ao espaço sócio ocupacional previdenciário, percebemos que os/as assistentes sociais atuantes na política de previdência social em Alagoas sofrem, cotidianamente, com a falta de infraestrutura apropriada que permita a preservação do sigilo profissional em sua relação com os/as usuários/as dos serviços; limitação profissional para um grande número de demandas, gerando sobrecarga de trabalho; dificuldade de entendimento da gestão, no que se refere à lógica do quantitativo em detrimento do qualitativo; utilização do atendimento virtualizado em oposição ao atendimento presencial; ausência de capacitação por parte dos/as assistentes sociais, devido ao baixo número de servidores nas agências; e, em alguns casos, pouco reconhecimento profissional. No tocante ao salário da categoria, observou-se que 66,6% dos/as assistentes sociais que trabalham no INSS realizam suas funções com duração de 40h semanais em regime integral; 16,6% trabalham 40h semanais, por apresentarem mais de um vínculo empregatício; e, somente 16,6% dos/as profissionais trabalham em regime de 30h semanais. Ademais, a pesquisa também demonstrou que existe diminuição salarial de cercar de 25% quando comparamos a remuneração dos/as assistentes socias que trabalham em regime de 30h, em relação aqueles que executam as mesmas funções em carga horária de 40h semanais, sendo um descumprimento a Lei n° 12.317/2010, a qual dispõe que o trabalho dos/as assistentes sociais são de 30h semanais com proibição a redução salarial. (CFESS,2010). No que concerne as funções desempenhadas pelo/as assistentes sociais, descobrimos que 57,14% estão trabalhando na Reabilitação Profissional, enquanto 7,14% executam suas atividades na assessoria técnica da Reabilitação Profissional; 28,57% estão no cargo de Analista do Seguro Social com formação em Serviço Social; 3,57% trabalham na Assessoria Técnica do Seguro Social; e 3,57% estão na Seção Operacional de Gestão de Pessoas. Em cada uma dessas funções os/as profissionais terão determinadas atribuições e competências específicas de cada setor, gerando inclusive, variações quanto a ação, o instrumento e a técnica adotada. Considerações finais: por fim, concluímos que sendo o Serviço Social uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, tende a sofrer duplamente com a precarização, primeiro por ser um trabalhador assalariado que depende de um órgão empregador; e segundo por ser uma profissão que atua com políticas públicas geridas por um Estado, cuja função prioriza a reestruturação do capital, em detrimento da qualificação dos serviços sociais oferecidos à população. No caso da política de previdência social, a frustração profissional não está associada ao vínculo empregatício, mas sim com a dicotomia entre carga horária de trabalho e salário; condições/insumos básicos que viabilizam o trabalho dos/as assistentes sociais; inserção de novas tecnologias, que tende a diminuir o trabalho vivo da categoria; o manual técnico da instituição, voltada para a intervenção imediata; assim como a solicitação de poucos profissionais no órgão, ocasionando a polivalência e a descaracterização da profissão.
#299 |
Género, interculturalidad y derechos humanos a la luz de la Ley de ejercicio profesional de Trabajo Social conquistada en Paraguay
Elba Núñez Ibáñez
1
1 - Asociación de Servicio Social y Trabajo Social del Paraguay (APSSTS PY).
Resumen:
El presente trabajo busca recuperar la conquista colectiva de marco legal que regula el ejercicio profesional de Trabajo Social, en Paraguay en el año 2019 como un hito histórico importante, luego de la vigencia de la profesión en el país con más de 85 años, primero como tecnicatura y luego como profesión universitaria, superando la situación de falta de reconocimiento jurídico del estatus de la profesión. Pero además busca, recuperar la reflexión colectiva crítica se logra reconocer entre otros que la categoría género, interculturalidad y derechos humanos no podrían ser desconocidos en el ejercicio profesional del Trabajo Social en Paraguay. La Ley 6.2020 “Que regula el ejercicio profesional de Trabajo Social en Paraguay, conquistada a través un proceso colectivo y movilizador que logró por primera vez articular una Mesa Nacional por una Ley de Trabajo Social en Paraguay, integrando a Unidades Académicas y gremios. Esta instancia estratégica, logra recuperar el acumulado, impulsar la discusión amplia y democrática, así como construir consensos en torno a la Ley que regularía la profesión. Ante la pregunta de ¿Cómo se construye un espacio de articulación democrática que recogiera las principales las demandas y la lucha por más ejercicio de derechos de ciudadanía?, la Mesa como instancia de articulación, luego casi un año de trabajo, producto de una estructura horizontal, con profundos debates teóricos-políticos y epistemológico, logra establecer amplios acuerdos. Además de reconocer al Trabajo Social como disciplina y profesión de las Ciencias Sociales, incluye el enfoque de derechos humanos como constitutivo del ejercicio profesional. Asume que esta se basa en la asistencia, promoción y gestión de las políticas sociales en el marco de la defensa, protección y garantía de los derechos humanos consagrados en la Constitución Nacional y los instrumentos internacionales ratificados por el Estado paraguayo. En este contexto, la categoría género, etnia, lengua y el enfoque de derechos humanos, se reconoció como factores históricos de desigualdad y exclusión en un país donde además de un sistema capitalista, patriarcal y neocolonial, a pesar de los avances legales, mantiene prácticas de violaciones flagrantes en los estándares de derechos humanos tal como lo revela en informe anual de derechos humanos de la Coordinadora de Derechos Humanos del Paraguay (CODEHUPY). Además se logra trascender en los estándares de derechos humanos al reconocer el derecho al bienestar y a la protección social, y considera que el objeto de la intervención de los profesionales del Trabajo Social se centra en la implementación de políticas sociales de carácter universal, siendo sujetos directos: la población en general y en particular los sectores de mayor situación de vulnerabilidad y exclusión económica y social.Explícitamente establece como objetivo de la Ley: “Contribuir como profesionales del Trabajo Social a la promoción, defensa y exigibilidad de los derechos humanos, la construcción de ciudadanía y la democratización de las relaciones sociales. Proteger el interés de los sujetos de las políticas sociales, generando las condiciones necesarias para la prestación de servicios profesionales con competencia, calidad e idoneidad. Propiciar la defensa y ampliación de las políticas públicas, vinculadas a los ámbitos laborales del Trabajo Social tendientes a universalizar respuestas ante demandas sociales nacionales. Al referirse al ejercicio profesional, considera al Trabajo Social como aquellas intervenciones con rigor científico a nivel individual y colectivo en la elaboración e implementación de políticas sociales a través de la asistencia, promoción, gestión, enseñanza e investigación disciplinar, conforme a los principios de la justicia social, a los derechos humanos, al enfoque de género, étnico y generacional, a la democracia, al reconocimiento y respeto a la diversidad. No obstante, y a pesar los avances legales y en materia de diseño de políticas públicas, aún persiste una marcada brecha entre las leyes y su aplicación práctica y los motivos de género, etnia, raza, clase y otros todavía resultan factores de exclusión de acceso a las políticas públicas. Para avanzar en los esfuerzos para contar con mecanismo institucional de seguimiento, reflexión y visibilizarían de los desafíos que enfrenta el ejercicio profesional de Trabajo Social, la Asociación de Servicio Social y Trabajo Social (APSSTS PY), ha creado una Secretaría de Derechos Humanos y Asuntos Indígenas por un lado para contribuir a visibilizar la problemática, impulsar procesos de reflexión orientados a evidenciar los desafíos para el Trabajo Social para evitar reproducir prácticas de discriminación de género y etnia, por otro lado se plantea promover la reflexión colectiva de cómo evidenciar las situaciones de opresión de género, la exclusión de los pueblos indígenas y/o criminalización creciente en el país, e incidir en los planes y políticas públicas a fin de hacer realidad la premisa de los ODS de que “nadie quede atrás” y hacer realidad la justicia social y la vigencia plena de Derechos Humanos en Paraguay.
16:00 - 18:00
Panel
#265 |
Familias, Pandemia y Des/Protección Social. Notas desde el Trabajo Social.
Mónica De Martino
1
;
Claudia Krmpotic
2
;
Keli Dal Prá
3
;
Magaly Cabrolie
4
;
Vicenta Rodriguez
5
1 - UdelaR.
2 - CONICET.
3 - UFSC.
4 - UCT.
5 - UCLM.
Propuesta del Panel:
En todo momento de crisis en el desarrollo capitalista, la familia ha sido llamada a la arena política. El contexto de post/pandemia respeta esta tradición. El panel retoma críticamente esta tradición sociológica que hoy también está presente, en la que se pretende las familias sean centro de los procesos de integración social, reforzando su función mediadora entre las demandas societales y los procesos de individuación y conformación de conductas. Analiza y reflexiona sobre algunos rasgos del discurso político y las directrices manifiestas y no manifiestas tomadas por los gobiernos que involucran a las familias en las actuales condiciones. Como tales procesos son mundiales, su conformación intenta tender puentes regionales y transatlánticos. La protección familiar revisada. Postpandemia e intervención forense Claudia S. Krmpotic. CONICET Andrés Ponce de León UNACOArgentinaEn la perspectiva del Trabajo Social, el arbitraje de problemas vividos y regulados como propios del ámbito familiar encuentra a las instituciones destinadas a la protección familiar retomando funcionamientos prepandemia, con los aprendizajes e incorporaciones producto de dicho momento excepcional a nivel global. La atención presencial se limitó con los efectos a corto y mediano plazo en términos de vinculo profesional con los usuarios, mas la tecnología expandió las posibilidades de comunicación, registro en línea, etc.Al procurar analizar las normas de regulación social y las respuestas institucionales programaticas la mirada forense nos coloca frente a una de las premisas básicas del trabajo social forense, pues se concibe al derecho como medio para la realización de políticas y a las políticas como instrumentos para la realización del derecho. La realización del derecho parte de normas abstractas y generales que los jueces adecuan a cada caso particular. La lógica de las políticas es inversa: parte de diagnóstico de problemas que aquejan a determinados grupos humanos, y mediante la planificación se diseña una respuesta. A partir del análisis documental de normas legales y programas nacionales y provinciales concernientes al ámbito familiar en lo que respecta a diversas necesidades, pondremos foco en las tensiones entre bien social y bien jurídico, en los conceptos clave que emergen de ese corpus, las articulaciones, especializaciones y eventuales fragmentaciones que promueven, identificando los actuales desafíos institucionales para el Trabajo Social Forense en la postpandemia. PANDEMIA, FAMÍLIA E CUIDADO Célia Tamaso Mioto Keli Regina Dal PráMichelly Laurita Wiese UFSC/ Brasil. Tratar-se-á da inter-relação cuidado e família com enfoque no contexto da pandemia do novo coronavírus (covid-19), na conjuntura sociopolítica brasileira, pois a crise sanitária aprofundou a responsabilização das famílias com a proteção social de seus membros. Busca-se evidenciar como a pandemia intensifica os cuidados para as famílias, diante das inúmeras mudanças advindas com o adoecimento pelo novo coronavírus, e com o distanciamento social. A política de saúde é o pano de fundo para refletir sobre essa responsabilização e intensificação dos cuidados por parte das famílias, uma vez que essa política tem contribuído historicamente para naturalizar a relação cuidado e família, mais especificamente o cuidado como atribuição das mulheres. No entanto, é fundamental compreender a categoria cuidado para além do campo da saúde, como um direito social das famílias e indivíduos a ser garantido de acordo com suas necessidades ao longo da vida. TRABAJO SOCIAL CON FAMILIAS: HACIA NUEVAS FORMAS DE ACCIÓN. Magaly CabroliéUCT/Chile. Las crisis recientes, sociales y culturales, que se han vivido en el continente han abierto la discusión sobre las formas en que el T.S. aborda los distintos espacios de interacción con los sujetos de su acción, discusión que pasa también por cuestionar el lugar de la institucionalidad y de las políticas públicas. El ámbito familiar, como uno de los campos profesionales más antiguos y a la vez más complejos en el Trabajo Social, presenta un dinamismo que pretendemos abordar aquí de cara a las recientes transformaciones que se viven societalmente, particularmente en lo que se ha denominado la postpandemia. FAMILIAS Y PANDEMIA. CUIDADOS, SOCIALIZACIÓN Y GÉNERO. Vicenta Rodriguez Marin.UCLM/España. Carmen Verde DiegoUVigo/España Diversos estudios han indicado los impactos de la pandemia en términos de la distribución de las tareas y tiempos de cuidados de acuerdo al género. Se destaca que las horas que infantes y adolescentes pasan en sus hogares aumentó ante la extensión de la educación a distancia. Esto incrementa las tareas de cuidado, en este caso, el acompañamiento de las tareas escolares. La no disponibilidad de cuidadores externos, como los abuelos, generó una participación mayore de los adolescentes en tareas de cuidado y domésticas. El costo de la pandemia, en general, recayó y recae sobre las familias y dentro de ellas en las mujeres. La ponencia plasmará los resultados de una investigación realizada en la Comunidad Autónoma de Castilla – La Mancha, sobre la distribución de los cuidados y las tareas domésticas desde una perspectiva de género y generación tanto en pandemia como en endemia. Dicha investigación recoge la opinión de más de quinientos padres y madres, sobre sus experiencias. Subrayaremos cómo la distribución de las tareas de cuidado alimentó diferenciales procesos socializadores de género en los hogares, de sumo interés para la intervención del TS. IMPACTOS DE LA PANDEMIA EN EL EJERCICIO DE LAS PATERNO-MATERNIDADES EN SECTORES POPULARES Mónica De Martino. Mateo Berri Agustín FloresNicolás CastilloUdelaR/Uruguay La ponencia se encuadra en el proyecto financiado por la C.S.I.C. de UdelaR, titulado Familias y Pandemia. Impactos de la Pandemia en las condiciones de ejercicio de la Paterno-Maternidades. Este proyecto pretende desentrañar los impactos de la pandemia en las familias de sectores populares. Uno de los ejes que conforman nuestra grilla analítica lo constituye el análisis de los impactos de la pandemia en el ejercicio de las paterno-maternidades, a partir de la dilucidación de las condiciones materiales bajo las cuales padres, madres o cuidadores las desarrollan. Pretendemos avanzar en la definición de un modelo teórico que permita delinear análisis profesionales que permitan abordar las nuevas configuraciones de subjetividades, identidades y dinámicas familiares como procesos históricos, sociales, individuales y familiares en los que la post/pandemia surgirán como puntos de inflexión de profundo impacto.