IM - ROJA
11:00 - 13:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#107 |
Perfil, Formação e Trabalho de Assistentes Sociais no Rio Grande do Sul/Brasil
TATIANA REIDEL
1
;
Lais Duarte Corrêa
2
1 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
2 - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Resumen:
Este resumo resulta da pesquisa interinstitucional “Perfil, Formação e Trabalho dos(as) Assistentes Sociais do Rio Grande do Sul (RS)” realizada em 2019-2020 através de parceria entre Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) e Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) 10ª Região. A mesma teve como objetivo geral investigar como se configura o perfil, a formação e o trabalho de Assistentes Sociais no estado, com o intuito de delinear desafios e estratégias profissionais para atuação das entidades da categoria e Unidades de Ensino, com vistas a contribuir para o no fortalecimento da hegemonia do Projeto Ético-Político Profissional. Trata-se de pesquisa de enfoque misto ancorada no método materialista histórico-dialético. Esta produção tem o propósito de evidenciar alguns resultados da mesma, no que tange o perfil de Assistentes Sociais, bem como analisar como essas características se expressam no trabalho profissional. Após aprovação da pesquisa no comitê de pesquisa e de ética da UFRGS(CAAE: 05366918.1.0000.5334), os dados foram coletados via questionário, enviados de forma online para todos os 8.503 profissionais que se encontravam ativos(as) no Conselho Regional e, destes, 2.930 foram respondidos. A plataforma utilizada, Survey Monkey, permitiu a análise de variáveis de tipo inferencial e foi realizado tratamento estatístico simples para os dados, além de, na sequência, ser realizada análise de conteúdo. Também realizaram-se 8 grupos focais, sendo 4 realizados nas Seccionais do CRESS 10ª Região com sede nas cidades de Caxias do Sul e de Pelotas, com profissionais ativos(as) do Conselho; 3 realizados na cidade de Porto Alegre, capital do estado do RS e município sede do Conselho, com representantes dos 38 Núcleos de Base do CRESS (NUCRESS) que representam e se localizam em diferentes regiões do estado; e, um realizado com assistentes sociais pertencentes ao NUCRESS da região do Vale do Taquari. Os resultados apontam que o perfil de Assistentes Sociais no RS é de profissionais do gênero feminino (93,79%), brancos(as) (82,77%), com faixa etária dos 30 aos 39 anos (35,6%), casados(as) (37,90%). Praticantes de alguma religião 63,22%, em sua maioria o catolicismo (43,93%). Identifica-se que o perfil majoritariamente feminino e branco na profissão se constitui como marca desde seu surgimento (IAMAMOTO; CARVALHO, 2010). Essa marca expressa desigualdades de gênero no mercado de trabalho, destacando-se a desigualdade salarial. Ainda, identificou-se que a maior faixa salarial da categoria está compreendida entre 03 e 04 mil reais (20,10%), seguida pela faixa de 02 a 03 mil reais (19,53%). Destes(as) profissionais, 88 (4,60%) não recebem salário algum, e 56 (2,92%) recebem menos de um salário mínimo. Em nível nacional, no ano de 2019, a média salarial compreendeu R$ 2.308, e as mulheres receberam R$ 1.985 (IBGE, 2020), coadunando com a realidade salarial de Assistentes Sociais, conforme exposto. Vale ressaltar que neste mesmo ano, a faixa nacional de salário percebido por mulheres, correspondeu em 28,7% a menos que salário dos homens. Além disso, a vinculação com o catolicismo também deve ser considerada, pois a origem do Serviço Social se dá no seio do bloco católico no Brasil, vinculada à classe dominante, ao conservadorismo e às práticas de caridade, características particulares da profissão também no RS. Contudo, é importante refletir acerca da porcentagem relativa aos profissionais espíritas (21,53%) e evangélicos (13,12%), uma vez que a primeira vertente possui características vinculadas à caridade, e a segunda, que corresponde ao avanço do neopentecostalismo no país desde os anos 1980 (MARIANO, 2017), com fortes influências nos campos cultural e político conservador. Não pretende-se generalizar as vinculações religiosas, pois compreendemos a contradição e disputas ideológicas que as perpassam. Entretanto, é pertinente pontuar que características dessas vertentes coexistem na sociedade e rebatem na profissão, uma vez inscrita no Brasil. Neste sentido, destaca-se o movimento de avanço do conservadorismo e a satanização do marxismo na sociedade, que se expressam na profissão por meio de vertentes como “Serviço Social Clínico” e “Serviço Social Libertário”. Reflete-se, neste sentido sobre a incidência destes movimentos, que negam os fundamentos teórico-metodológicos críticos da profissão no Brasil, na apreensão da questão social e suas expressões como objeto de trabalho, bem como na apreensão da própria categoria trabalho e condição de trabalhador(a) assalariado(a), um vez que “[...] o atual quadro sócio-histórico não se reduz a um pano de fundo para que se possa, depois, discutir o trabalho profissional” (IAMAMOTO, 2015, p.19). Portanto, é imprescindível apreender o movimento da realidade em sua concretude e em sua totalidade histórica, em contraposição ao endogenismo, observando que marcas de origem da profissão subsistem, redefinidas na atualidade, conferindo traços peculiares ao exercício profissional (IAMAMOTO, 2013). Isso porque, trata-se de “[...] um processo muito complexo em que rompimentos se entrecruzam e se superpõem a continuidades e reiterações [...]” (NETTO, 2015, p.178). Considerando que há uma lacuna no que tange estudos sobre o perfil profissional, conclui-se destacando que os dados do perfilamento contribuem para a compreensão da particularidade da profissão no RS, destacando a relevância do processo investigativo e, deste estudo, que permitirá o avanço de análises sobre a ampliação da diversificação e pluralidade deste perfil que mantém características historicamente constituídas na profissão, devendo ser identificadas para projeções de estratégias que façam resistência aos desafios postos na sociedade e reafirmem a direção social assumida pelo projeto ético-político profissional. Por fim, salienta-se a articulação da investigação e produção de conhecimento à decisão política e estratégica do CRESS em despender esforços de desvendar a realidade que envolve a categoria profissional no estado, e que os dados contribuirão para o fortalecimento da dimensão político-pedagógica de sua atuação.Referências IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: ensaios críticos. Cortez: São Paulo, 2011.IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. Cortez: São Paulo, 2015.IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: Estudo de uma interpretação histórico-metodológica. Cortez: São Paulo, 2010.NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós 64. Cortez: São Paulo: 2015.MARIANO, Ricardo. Os neopentecostais e a teologia da prosperidade. Novos Estudos, v. 44, n. 44, p. 24-44, 1996.
#138 |
Aproximación a las tensiones y consensos en los procesos de formación de trabajo social con grupos desde cinco planes de estudio de IES en Latino América.
Gleydi García Leal
1
;
Elizabeth Zamora
2
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Nidia Arguello
3
1 - Fundación Universitaria Monserrate - UNIMONSERRATE.
2 - Universidad Mariana de Pasto.
3 - Corporación universitaria Minutos de Dios - UNIMINUTO.
Resumen:
En el desarrollo del macro proyecto de investigación “Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe: Diálogos actuales entre las propuestas de formación influenciadas por el periodo fundacional con las epistemologías alternas y la descolonialidad” se han identificado en las dos primeras fases de su ejecución algunas tensiones y consensos en los procesos de formación entre países de Latino América y el Caribe. En coherencia con los objetivos de la investigación, a saber:Reconocer la formación teórico-metodológica del Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe a partir de las influencias del período fundacional. Identificar tensiones y consensos en la formación teórico-metodológica del Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe a partir de las influencias del período fundacional. En ese sentido vale la pena destacar que esta investigación da continuidad al proceso desarrollado por el Nodo Internacional de Trabajo Social con Grupos, denominado “Reconfigurando el Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe” durante I 2019 – I 2020, con participación de 8 unidades académicas de Argentina, Colombia y México, dando respuesta a los espacios de discusión en torno a reflexiones disciplinares desde el lugar que ocupa el Trabajo Social con Grupos en la profesión.En correspondencia con los resultados de dicha investigación, surgió el interés por profundizar en dos líneas que se recuperan en el macroproyecto, a saber:La primera línea busca identificar y reconocer la formación académica de Trabajo Social con Grupos en las escuelas de América Latina y el Caribe a partir de la influencia de la corriente denominada clásica o tradicional, lo anterior teniendo en cuenta que han conducido a un cierto fraccionamiento en la profesión en esta región. Vale la pena destacar que la presente ponencia surge del trabajo en esta primera línea, en la que participan docentes de México, Argentina y Colombia.Del mismo modo, la segunda línea del macroproyecto pretende comprender y sistematizar las corrientes que fundamentan la acción profesional, reconociendo los procesos de análisis que han surgido a partir de los aportes recibidos en diferentes momentos históricos del Trabajo Social con Grupos, principalmente desde epistemologías alternas y descoloniales, profundizando y visibilizando las experiencias - construcciones que se han adelantado con los sujetos y que recuperan los saberes ancestrales, su cultura y sus prácticas. En esta segunda línea participan docentes de Argentina y Colombia.El macroproyecto de investigación, surge además a partir de la reflexión de diferentes profesionales de Trabajo Social de América Latina y el Caribe, en procura de fortalecer y promover la reflexión disciplinar y dando continuidad a los procesos de investigación desarrollados previamente por el Nodo, articulando con los resultados y conclusiones de estos; en este caso en particular, en lo que concierne al Trabajo Social con Grupos, teniendo como referencia la experiencia que se ha tenido a través de los encuentros del Nodo de América Latina y el Caribe de Trabajo Social con Grupos que nace del Nodo regional, perteneciente a la Red de Metodologías de Intervención en Trabajo Social (RED MITRAS), del Consejo Nacional para la Educación en Trabajo Social (CONETS) de Colombia.Es así como emerge la necesidad de seguir potenciando la reflexión disciplinar, en tanto, los resultados del macroproyecto pretenden aportar a las tres funciones sustantivas, propias de la educación superior, a saber: Docencia, Investigación y Proyección Social, fortaleciendo los programas académicos; así, como el debate gremial en lo correspondiente a la reflexión disciplinar frente a la realidad social que vive la región.El presente documento da cuenta de una aproximación inicial a los principales debates y consensos desde la revisión del plan de estudios y el programa del curso de trabajo social con grupos de cinco unidades académicas concernientes a países de Perú, Uruguay y Colombia, priorizadas debido a que cumplen con los criterios de contar con el programa, el curso y el acceso a la información, evidenciando aspectos de estructura curricular como semestres, cursos, créditos, áreas o componentes en los cuales se enmarca la profesión de Trabajo Social dejando premisas y algunos elementos reflexivos a manera de conclusión. Lo anterior específicamente de las universidades Nacional de Trujillo (Perú), Católica (Uruguay) y UNIMINUTO (Colombia), Mariana de Pasto (Colombia) y Unimonserrate (Colombia), como se ha mencionado desde algunos consensos y tensiones específicamente en relación con la formación y la manera como se concibe el perfil profesional en trabajo social. Principalmente, a partir de los planes de estudio sobre tres cuestiones: 1. Contexto social en el que interviene el/la profesional; 2. Habilidades del/la profesional; 3. Escenarios de actuación profesional.Finalmente, se realiza una revisión de las tendencias de formación a nivel del curso académico de Trabajo Social con Grupo, enmarcado en un ejercicio de articulación de categorías de formación desde tres cuestiones: La formación a nivel epistemológico, que genera procesos reflexivos a profundidad del conocimiento para contextualizar y validar el quehacer profesional en el área, seguido del teórico que favorece la comprensión de la realidad social y tiene impactos en las maneras de abordarla. Así mismo, la formación a nivel metodológico, que da cuenta de los procesos de intervención y abordaje con los grupos que se van actualizando con las realidades de cada contexto.
#172 |
TUTORIA UNIVERSITARIA Y SATISFACCIÓN DE LOS TUTORADOS. ESCUELA PROFESIONAL DE TRABAJO SOCIAL. UNIVERSIDAD NACIONAL DEL ALTIPLANO. PUNO.
Nilda Mabel Flores Chavez
1
;
Yolanda Pari Ccama
1
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Martha Rosario Palomino Coila
1
1 - Universidad Nacional del Altiplano - Puno.
Resumen:
Según De la Cruz (2017) la tutoría en educación superior ha cobrado un peso importante como una estrategia de intervención orientada a la atención del estudiantado a lo largo de su formación profesional. Como estrategia, la tutoría en general se ha enfocado en brindar herramientas que contribuyan al logro académico, con lo cual se ha aportado a la personalización de los procesos educativos. (p.35). Así mismo la relevancia de la tutoría en la educación superior contemporánea tal como puntualiza De La Cruz (2017) también se justifica cuando se analiza la heterogeneidad de los perfiles de los estudiantes (amplia gama de edades, orígenes sociales, formación, habilidades e incluso expectativas sobre la educación superior); por ello la tutoría puede ser un mecanismo útil para personalizar y diversificar los procesos de aprendizaje. Por otra parte, la sociedad del conocimiento demanda a la formación profesional contender continuamente con la incertidumbre y la vorágine de la información, por lo que es imprescindible la generación de procesos de autorregulación en el estudiantado. (p.37).El escenario internacional y nacional desafía al sistema universitario la redefinición de procesos orientados al mejoramiento de las condiciones básicas de calidad tomando como eje fundamental de la atención a los estudiantes. Ente estos cambios precisamente se encuentran la Tutoría Universitaria, cuya función es entendida como el acompañamiento de los discentes en la formación Universitaria y que a su vez es parte consustancial de la propia tarea docente. Es pertinente precisar que la tutoría universitaria no es una reforma del siglo XX, sino que esta responde al propio modelo de universidad a los diferentes arquetipos que ella adquiere en la sociedad como el modelo humboldtiano, modelo inglés, el francés hasta llegar a la era industrial en las cuales la función tutorial también fue y es diferenciada.En la actualidad la Tutoría Universitaria debe ser entendida como una actividad de carácter formativo que se ocupa de la formación personal, social y profesional de los estudiantes como aspectos relevantes de la formación universitaria, por tanto es un elemento dinamizador para todos los subsistemas de la organización educativa de la universidad.La tutoría entendida como una actividad de carácter formativo que se ocupa de la formación personal, social y profesional de los estudiantes cobra importancia en el sistema universitaria peruano a partir de la nueva Ley Universitaria. El objetivo de esta investigación tuvo como propósito determinar la relación de la Tutoría Universitaria con la satisfacción de los Tutorados de la Escuela Profesional de Trabajo Social de la UNA- Puno.La metodología utilizada corresponde al tipo de investigación básica o teórico, de diseño no experimental de corte transversal o transeccional, de nivel o alcance correlacional, método hipotético deductivo, bajo el enfoque cuantitativo; se empleó el cuestionario tipo escalaLikert con 51 items de acuerdo a los indicadores de cada una de las variables, aplicado a una muestra de 138 estudiantes tutorados .Los resultados obtenidos muestran la relación significativa existente de la tutoría universitaria con la satisfacción de los tutorados de la Escuela Profesional de Trabajo Social, con un nivel de correlación de 0,752 de Rho Spearman,que significa una correlación positiva alta.
#173 |
FORMACION INVESTIGATIVA Y SU INFLUENCIA EN LA ACTITUD CIENTIFICA EN LOS MAESTRANTES DE TRABAJO SOCIAL.
Soledad Zegarra
1
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Georgina Pinto
1
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Miguel Angel Valdivia
2
1 - Universidad Nacional del Altiplano.
2 - Universidad Cesar Vallejo.
Resumen:
Actualmente la ciencia y la tecnología pertenecen a componentes relacionados con el desarrollo social, vale decir que la ciencia y la tecnología no únicamente inciden en forma directa y de modo profundo en la vida cotidiana de los individuos, sino que además requieren del apoyo social para cumplir sus objetivos de investigación y desarrollo, progreso del conocimiento y transferencia para el desarrollo. Vásquez y Manassero (2009) (p.29).Esta afirmación coincide con las exigencias del contexto actual sobre todo a la educación superior de la necesidad en la formación de recursos humanos e incentivar la investigación orientando la preparación de expertos que puedan enfrentar las demandas de la sociedad con miras a resolver sus problemas desde un abordaje integral, más aún cuando se asiste a una sociedad del conocimiento. La actitud sobre la investigación en los estudiantes es un indicador sobre la calidad de la educación (Papanastasiou, 2005), y la importancia que tiene para el estudiante acercarse a una formación más cercana al campo del desarrollo científico (Rojas, Méndez, y Rodríguez, 2012). Enseñar y aprender a investigar constituye un elemento transversal en la organización de los procesos de formación universitaria, por lo menos desde la declaración formal y generalizada de los proyectos educativos de las universidades.(Rojas M., 2008).La investigación fue desarrollada en la Unidad de pos grado de la Facultad de Trabajo Social Programa de Maestría en Trabajo Social en las especialidades de Promoción de la Familia e Inclusión Social y Gestión de Recursos Humanos cuyo funcionamiento data desde el 2012, siendo el primer programa a nivel de Perú. La investigación responde a la pregunta general: En qué medida la Formación investigativa influye en la actitud científica en los maestrantes de Trabajo Social de la Universidad Nacional del Altiplano. Puno. 2019? Siendo el objetivo general: Determinar la influencia de la Formación investigativa en la actitud científica en los maestrantes de Trabajo Social de la UNA. Puno. 2019.La metodología utilizada en la investigación se circunscribe al enfoque de investigación cuantitativa, tipo de investigación Básica o teórica de nivel correlacional, utilizando el método hipotético – deductivo, diseño no experimental de corte transversal, con una muestra de estudio de 66 maestrantes del Programa de Maestría en Trabajo Social, siendo una muestra no probabilística, intencionada. Para el procesamiento y prueba de hipótesis se empleó la estadística no paramétrica del coeficiente de correlación Rho de Spearman. Los resultados obtenidos establecen la influencia significativa de la formación investigativa en la actitud científica en los maestrantes del Programa de Maestría en Trabajo Social de la Universidad Nacional del Altiplano de Puno, con un nivel de correlación de 0,752 de Rho Spearman, que significa una correlación positiva alta.
IM - DORADA
11:00 - 13:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#104 |
TENDÊNCIAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS PRESNETES NO DEBATE DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO
Carina Berta moljo
1
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Thaíse Seixas Peixoto de Carvalho
1
1 - UFJF ( Universidade Federal de Juiz de Fora.
Resumen:
O trabalho[1] que aqui apresentamos é resultado de uma pesquisa de natureza teórico analítica, (qualitativa) financiada pelo CNPq e pela UFJF. Nesta pesquisa participam alunos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado), além de docentes. Trata-se de uma pesquisa de natureza teórica que teve como objetivo principal analisar as diferentes tendências teórico-metodológicas presentes no debate contemporâneo no Serviço Social brasileiro. Tendo esse horizonte optamos por trabalhar com algumas das Revistas mais relevantes do Serviço Social no Brasil. Escolhemos seis periódicos de circulação nacional, no período de 2007 a 2017 que possuíam publicações on-line, de diferentes regiões do Brasil, e que tivessem perfis diferenciados quanto a linha editorial, buscando capturar a maior heterogeneidade e representatividade possível dentre as publicações. Assim trabalhamos sobre os artigos publicados nas Revistas Serviço Social e Sociedade (Cortez, SP) Qualis 1A, Revista Katálysis (UFSC, SC) Qualis 1A, Revista Temporalis (ABEPSS) Qualis B1, Revista Textos e Contextos (PUC, RS) Qualis A2, Revista de Políticas Públicas (UFMA, MA) Qualis A2, Revista Libertas (UFJF, MG) Qualis B4[2]. O foco da pesquisa foram os artigos que, no seu interior, realizaram alguma mediação com a profissão. A primeira etapa da pesquisa esteve destinada ao aprofundamento teórico das principais matrizes de pensamento presentes no debate das ciências Sociais e Humanas, o que nos permitiu construir um “quadro referencial” que serviu como parâmetro para a análise dos artigos. O segundo momento esteve destinado ao trato do material empírico coletado, (1896 artigos) onde “classificamos” os artigos presentes nas revistas e separamos para análise aqueles que de alguma forma se referiam à profissão. A partir daqui realizamos um fichamento de cada artigo contendo as seguintes informações: temáticas trabalhadas, autores citados, concepção de profissão e de realidade, assim como a matriz teórica presente no artigo.A seguir apresentaremos alguns dos dados obtidos considerando que a pesquisa ainda não foi finalizada. Do total de 1896 artigos publicados nas seis revistas as principais temáticas trabalhadas foram: artigos que tomam como objeto de análise as políticas sociais 24,89%; os que se debruçam sobre o sistema capitalista 12,71%; os que trabalham sobre o Estado e Sociedade Civil 11,08%; aqueles que tomam como objeto de estudo o Trabalho Profissional 10,23%; sobre Questão Social e as suas expressões 9,38%; Formação Profissional, 8,76%; Mundo do Trabalho 5,38%; Fundamentos do Serviço Social 4,38%; Direitos Humanos e Sociais 3,38%; Movimentos Sociais 3,06%; Serviço Social Internacional 3%; Movimentos sociais 3,06%; teoria Social 1,85%; além das resenhas 1,89%. Destacamos que ainda é preciso fortalecer, e ampliar as pesquisas que tratem sobre a profissão, nas suas diferentes dimensões e expressões, seja no campo da produção do conhecimento, seja no seu “efetivo exercício”. A nossa perspectiva nada tem de endógena, perspectiva superada há mais de 40 anos, mas, busca analisar o Serviço Social na totalidade histórica em constante movimento e a profissão inserida nela. Somando os artigos que trabalharam sobre a profissão ou que no desenvolvimento do artigo explicitaram a relação com o Serviço Social obtivemos 443 artigos, o que caracteriza 23,4% de todas as publicações nas seis revistas analisadas, estes artigos foram analisados em profundidade Os artigos sobre o Serviço Social Internacional (3%) ficaram fora da nossa análise, considerando que requeria um amplo conhecimento das diferentes formações sócio históricas nas quais o Serviço Social se desenvolveu em cada país, o que escapa aos objetivos desta pesquisa. Dos 443 artigos obtivemos a seguinte subdivisão: os artigos se concentram principalmente na discussão do trabalho profissional com 43,8% das publicações, seguidos da discussão sobre formação profissional com 37,5% e finalmente os artigos que tratam dos Fundamentos do Serviço Social com 18,7%. Quanto aos autores mais citados nos 443 artigos: a professora Marilda Villela Iamamoto sendo citada em 247 artigos, seguida pelo professor José Paulo Netto em 186 artigos. Karl Marx é citado em 114 artigos; Maria Carmelita Yazbek em 66 artigos; Ricardo Antunes em 64 artigos, Ana Elizabete Mota em 61 artigos; Maria Lúcia Barroco em 55 artigos; Elaine Behring em 50 artigos; Yolanda Guerra em 49 artigos; David Harvey em 48 artigos; Gramsci em 43 artigos, Vicente de Paula Faleiros, citado em 39 artigos, Ivanete Boschetti citada em 38 artigos, Marilena Chaui citada em 38 artigos, Maria Lúcia Martinelli citada em 35 artigos, István Mészáros citado em 34 artigos, e Ivete Simionatto, citada em 32 artigos. Isto sinaliza que são predominantes os artigos que tomam como referência autores claramente identificados com a perspectiva crítica maioritariamente inspirados na Teoria Social de Marx, perspectiva que o Serviço Social brasileiro vem assumindo há mais de 40 anos, fortalecendo o projeto ético político na busca da construção de uma sociedade de “verdadeiramente livre e igualitária” [1] Pesquisa financiada pelo CNPq Bolsa de Produtividade em Pesquisa, PQ, Bolsas de Iniciação Científica PIBIC/CNPq e pela UFJF/BIC.[2] A avaliação do Qualis corresponde ao período de 2012-2016. A avaliação atual dos Qualis, assim como dos Programas de Pós-graduação se encontram suspensos por medidas judiciais.
#190 |
Os fundamentos teórico, histórico e metodológico do trabalho profissional de assistentes sociais no Brasil
Isaura Gomes de Carvalho Aquino
1
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Roberta Aparecida Souza Retondar
1
1 - UFJF.
Resumen:
O artigo pretende refletir acerca do referencial teórico e crítico que fundamenta o trabalho profissional de assistentes sociais no Brasil. Estas reflexões advêm de resultados parciais da pesquisa de Bolsa de Iniciação Científica (BIC), referente ao período de 2021 a 2022, intitulada “
Os fundamentos teóricos, metodológicos e históricos do trabalho do assistente social”, do curso de Serviço Social da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no Brasil. Esta pesquisa, está, também, articulada com a pesquisa,
“Roda de Conversa: estudos sobre Marx”, (referente ao período de 2021 a 2022) coordenada por um grupo de professoras de três universidades públicas do Brasil. Esta última pesquisa, é continuidade da pesquisa internacional “O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina (Argentina, Brasil, Chile e Colômbia): determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória”, que foi coordenada por outras duas professoras, uma da UFJF e outra da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), realizada durante o período de 2017 a 2020, com a participação de diversas universidades brasileiras e estrangeiras. Na esteira das investigações anteriores, parte-se da premissa de que a profissão de Serviço Social deve ser considerada
na história, ou seja, pensar as mudanças pelas quais a profissão passa, com base no contexto de luta de classes, em seus diversos momentos históricos particulares. Não obstante, destaca-se a relevância do debate acerca dos fundamentos teórico, histórico e metodológico que resgata a matriz do pensamento social crítico, adensando as formulações teórico-metodológicas, técnico-instrumentais e ético-políticas, por meio das determinações sociais e históricas, próprias da sociedade burguesa madura e consolidada nas relações sociais contemporâneas (Iamamoto 1988 e 2007). É, pois, com este fundamento, que se reconhece a atividade profissional de assistentes sociais como trabalho, o que determina que sejam apreendidos os processos e relações sociais nos quais os sujeitos (coletivos) estão envolvidos e impõem sua reconstrução através de múltiplas determinações das relações sociais, através da interpretação crítico-analítica. Não obstante, as pesquisas e reflexões realizadas até o momento sobre o trabalho do assistente social são perpassadas por polêmicas, análises inconclusas e não atingem o mérito do ponto de partida do significado histórico da profissão elucidado por Iamamoto (1988, 1992, 1998, 2007), que apreende a profissão de Serviço Social circunscrita na divisão social e técnica do trabalho e, em face desta compreensão, como especialização do trabalho coletivo (Marx, 2017), até porque, há poucas pesquisas capazes de esclarecer e apreender a complexidade do trabalho do assistente social. Há, aqui, uma inflexão no rumo da análise do trabalho profissional advinda dos debates travados nos foros apropriados que acompanharam o desenvolvimento das diretrizes curriculares do curso de Serviço Social, no sentido de “afinar e refinar a tradicional análise da chamada ‘prática’, que passa a ser tratada como um tipo de trabalho especializado que se realiza no âmbito de processos e relações de trabalho” (Iamamoto, 1998, p.93). Na esteira dessa argumentação há a superação da visão dicotômica e unilateral da profissão, que entende o trabalho profissional como “prática profissional”. Em outras palavras, a atividade do assistente social pode superar a perspectiva de que o próprio profissional direciona sua ação para a manutenção da sociedade de classes reforçando o capital, ou pode contribuir com a dimensão revolucionária da atividade profissional, numa perspectiva messiânica ou fatalista, segundo a mesma autora. Trata-se de apreender o trabalho profissional historicamente, desenvolvido na dimensão da reprodução de interesses contrapostos que estão em constante tensão, respondendo tanto às demandas do capital, como às demandas da classe trabalhadora, fortalecendo um polo, ou outro, através da mediação dos opostos. Essa leitura reconhece a intensificação e heterogeneidade da categoria trabalho, sob a angulação do valor e do valor de uso, cujo fundamento é o de identificar a existência histórica, no capitalismo dependente, do trabalho abstrato, fonte substantiva do valor, trabalho social em geral, desprovido de qualidade e considerado na sua quantidade que possui como medida, o tempo. Deste modo, sendo a atividade do assistente social trabalho, estes profissionais estão inseridos em diversos processos de trabalho (Iamamoto, 2007) e, segundo Marx (2017), processo de trabalho é processo de produção de valor de uso (trabalho concreto/útil, que produz determinada atividade qualificada para um determinado uso, ou finalidade) e, processo de valorização (trabalho abstrato, trabalho que contém determinada quantidade de trabalho humano desprendido para a realização de alguma atividade). Estas duas dimensões são indissociáveis. Não se separa, divide ou aparta, trabalho concreto de trabalho abstrato, ou seja, conforme Iamamoto (1988), já explicitou, o trabalho profissional só pode ser compreendido pela ótica do valor. Para reforçar, conclui-se parcialmente, nas palavras de Marx (2017, p. 273) que o “processo de produção, como unidade dos processos de trabalho e formação de valor, é processo de produção de mercadorias; como unidade dos processos de trabalho e de valorização, ele é processo de produção capitalista, forma capitalista da produção de mercadorias”. Nesse processo o homem coloca todas as suas energias e órgãos a serviço da produção de um determinado objeto que passou por outros processos de trabalho. Assim, o trabalho desenvolvido por assistentes sociais deve ser analisado através do adensamento da apropriação do pensamento social marxiano. Referências Bibliográficas: IAMAMOTO, Marilda Villela.
Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez Editora, 2007.___.
Renovação e Conservadorismo. SP: Cortez. 1992.___.
Serviço Social na Contemporaneidade. SP: Cortez. 1998.IAMAMOTO, Marilda Villela e CARVALHO, Raul de.
Relações sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 6ª edição, São Paulo: Cortez; [Lima, Peru]: CELATS, 1988.MARX, Karl.
O capital: crítica da economia política: Livro I: o processo de produção do capital. 2ª Edição. São Paulo: Boitempo, 2017.
#196 |
Serviço Social e Paulo Freire: diálogos sobre a educação popular
Graziela Scheffer
1
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Thaisa Closs
2
;
Inez Zacarias
2
1 - UERJ.
2 - UFRGS.
Resumen:
O artigo trata de uma síntese das pesquisas sobre sobre a influência de Paulo Freire e a educação popular no Serviço Social, tanto em termos históricos como na atualidade, dada a relevância do pensamento freiriano para o desenvolvimento de práticas sociais críticas e emancipatórias. O estudo se origina do livro organizado pelas proponentes oriundo dos debates desenvolvidos pelos pesquisadores vinculados a rede de investigação “O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina (Argentina, Brasil, Chile e Colômbia): determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória”. A partir dos resultados das pesquisas sobre o Movimento de Reconceituação nos países latino-americanos e sobre os movimentos contestatórios no Serviço Social, entre as décadas de 1960 a 1980, identificamos a transversalidade do pensamento do educador na profissão, o qual impulsionou perspectivas e práticas progressistas, tendo como vetor comum o engajamento dos assistentes sociais com os segmentos sociais oprimidos em ações comprometidas com a transformação social. A ampla difusão nacional mundial de suas produções entrecruzam a trajetória do educador pernambucano num momento de pulsante esperança da superação da “inexperiência democrática” no Brasil, tendo seu método educativo impulsionado perspectivas revolucionárias engajadas com o povo brasileiro, por meio de um conjunto de frentes militantes de cultura popular, influenciando também abordagens educativas em diferentes profissões. No cenário internacional, marcado pela guerra fria, avançavam as rebeliões de libertação nacional, sendo marcos do período as revoluções cubana (1959) e argelina (1962), bem como a onda constestária global do ano de 1968, com fortes movimentos dos segmentos estudantis na Europa, juntamente com as forças sociais de oposição a regimes ditatoriais e conservadores nesse continente. Freire, após a contrarrevolução “preventiva” de 1964 e, atento ao movimento das lutas dos oprimidos, elaborou no exílio chileno uma análise crítica e autocritica da experiência brasileira: amplia seu horizonte analítico para o sujeito oprimido latino-americano. Fruto desse processo - denso de reflexões sobre a realidade social e sobre a construção de possibilidades educativas ancoradas na defesa da liberdade e da democracia, da superação de opressões -, forjam-se suas duas obras clássicas: “Educação como prática de Liberdade” e “Pedagogia do Oprimido”. As mesmas passam a ser divulgadas praticamente no mundo inteiro, no quadro dos avanços de forças e movimentos sociais contra o capitalismo, o imperialismo e o colonialismo, inclusive e especialmente na América Latina, mesmo que sob os limites da censura e da repressão imposta pelo ciclo ditatorial nesse continente. Para Freire (1997), capitalismo é um sistema opressor, desumanizador e necrófilico. Segundo autor, o sistema desumanizado os homens e mulheres e produz “mortos em vida”, desesperançados e submetidos a uma “guerra invisível “produto enfermidades da miséria. (FREIRE, 1997). Para ele, era necessário uma revolução cultural e biofílica, criadora de vida e de libertação oprimidos, ou seja, comprometida com os esfarrapados do mundo (Freire,1997 p.233).Apesar de serem obras situadas historicamente, entendemos que são obras clássicas, no sentido que lançam bases para a construção de respostas teórico-práticas às inquietações e às opressões do tempo presente, sendo relevante a pesquisa em torno das mesmas, conjugadas com mediações face a realidade atual da sociedade e da própria profissão, em termos dos fundamentos históricos e teórico-metodológicos. Ou seja, não se trata de estudar as obras freirianas para “venerá-las” simplesmente, mas sim “honrar um autor, sobretudo estudá-lo e revê-lo criticamente, retomar seus temas, seus problemas, seus questionamentos” (GADOTTI, 2007, s/p.2), ou seja, se trata do desafio de problematizar e adensar o legado deste que foi um dos maiores educadores críticos do século XX. O estudo foi organizado em duas partes, que são:1) A renovação crítica do Serviço Social latino -americano e Paulo Freire, neste item buscamos dar visibilidade histórica aos diálogos profissionais com as obras freiriana abrangendo o período dos anos 1960 até 1980. 2)Perspectivas atuais da educação popular no Serviço Social, nessa parte tratamos das contribuições contemporâneas do legado freiriano em diferentes dimensões da formação profissional(ensino, pesquisa, extensão) e no exercício profissional. Destacamos que os pesquisas, em sua maioria, são frutos de pesquisadores das universidades de diferentes regiões do país: sul (UFRGS, UFSC), sudeste (UERJ,UFRJ, UFF, UFJF, UNIFESP, UFOP) e nordeste (UFPB), cujas análises aqui expostas trazem a diversidade e dando evidência para a relevância dos cursos públicos de Serviço Social na produção de conhecimento em tempos de duros ataques à pesquisa nas áreas humano-sociais. Enriquecendo a jornada de intercâmbio sobre dos estudos freireanos, contamos também com pesquisadores da Universidade Valparaíso (Chile, da Universidade de Granada e da Universitat de les Illes Balears (Espanha), dando destaque para a incidência internacional do pensamento do desse educador. Nesse cenário de profunda desumanização acreditamos retomar o legado de Paulo Freire acerca da metodologia da educação popular é uma alternativa de resistência. O método “freriano” é uma das possibilidades de enfrentamento dessas crises sanitárias e ecológicas entendendo a educação popular como um esforço de mobilização, organização e capacitação das classes populares para exercício de sua cidadania e do poder popular. Nosso desafio então é reinventar a educação popular, fomentando ações dialógicas de colaboração, união e síntese cultural de enfrentamento das crises atuais.
#208 |
GRUPO DE SUPERVISÃO TÉCNICA COM ASSISTENTES SOCIAIS DO INSS: consideração para o Serviço Social
Gênesis de Oliveira Pereira
1
;
Luana Cardoso Lourenço
1
;
Roberta Lima Costa
2
;
Leandro Lucas Da Costa Soares
1
;
JANAINA DE SOUZA RABELLO
1
;
GABRIELLA ROCHA MOURA
1
;
MARCELA RODRIGUES CAMILO DA CONCEICAO
1
1 - UFRJ.
2 - UERJ.
Resumen:
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a supervisão técnica no Serviço Social a partir da experiência extensionista de supervisão com setenta e cinco assistentes sociais do INSS. A pesquisa aqui empreendida utiliza como metodologia a revisão bibliográfica no campo da supervisão em Serviço Social e a sistematização da experiência vivenciada como supervisores de assistentes sociais inseridos em diversas Agências da Previdência Social (APS’s) de todo o Brasil.A supervisão do trabalho profissional foi presente em nossa categoria no período marcado pelo conservadorismo. Inicialmente, esteve ligada à orientação técnica para entidades privadas de filantropia. A compreensão norteadora de tais ações esteve vinculada à prestação de assistência/orientação técnica para as obras sociais incidindo sobre o controle e fiscalização das mesmas (GUERRA; BRAGA, 2011). Assim, supervisão aparecia como “o processo educacional pelo qual uma pessoa possuidora de conhecimento e experiência prática, toma responsabilidade de treinar outra possuidora de menos recursos técnicos” (GUERRA; BRAGA, 2011, p. 6). No processo de modernização conservadora do Serviço Social, a supervisão é orientada por uma racionalidade técnica, vinculada à área da administração e planejamento, norteada pelos padrões de eficiência e eficácia. Nesse sentido, buscou-se atribuir cientificidade por meio do tecnicismo, esvaziando o debate político-ideológico dos instrumentais utilizados. No processo de renovação do Serviço Social, o tema da supervisão não foi suficientemente desenvolvido a partir dos princípios construídos no âmbito do Projeto Ético-Político (PEP), o que, por sua vez, acarretou no esvaziamento dessas ações. Atualmente utiliza-se, erroneamente, tal temática como sinônimo de assessoria (MATTOS, 2006). Consideramos a assessoria como uma atividade pontual, enquanto a supervisão é uma atividade programada e contínua. Na contemporaneidade, observamos lacunas teórico-práticas no âmbito do assunto; como se a ação supracitada expressasse, por si mesma, o conservadorismo. No contexto de acirramento das políticas ultraneoliberais, que se expressam numa intensificação do trabalho que avança, cada vez mais, sobre os momentos de reflexão, observa-se que a ausência de supervisão contribui para reiteração da prática acrítica, mecanicista e rotineira. Compreendemos que a supervisão, a partir do acúmulo teórico-crítico construído no processo de renovação, não se confunde com o aprimoramento tecnicistas do trabalho. Ao contrário, “ela detém a capacidade de garantir a continuidade das diretrizes do programa, o alcance dos objetivos; de avaliar e qualificar o padrão de prestação dos serviços; de contribuir com os profissionais para que direcionem seus esforços na apreensão critica da realidade e realização de pesquisas, favorecendo a compreensão da particularidade das expressões da questão social com a qual trabalham, em uma perspectiva de totalidade; de orientar profissionais na formulação, implementação e avaliação das políticas sociais e da participação de usuários neste processo” (GUERRA; BRAGA, 2011, p. 9).Nessa direção, a supervisão profissional para assistentes sociais é uma atribuição privativa da categoria e, em nossa compreensão, faz parte da formação continuada que, ao aprimorar o trabalho profissional, consequentemente incide na melhoria dos serviços prestados à população (GUERRA; BRAGA, 2011). Por isso, precisa ser orientada pela “perspectiva teórico-metodológica apoiada na teoria social crítica e nos princípios ético-políticos de um humanismo radicalmente histórico, norteador do projeto de profissão que defendemos” (IAMAMOTO, 2006, p. 7).Sinalizamos que, no âmbito da sistematização de nossa experiência como supervisores, pontuamos algumas questões e inquietações que fortalecem e aprimoram a compreensão de supervisão a partir do PEP: Há uma demanda por supervisão por parte dos assistentes sociais: o encontro de supervisão tem se consolidado como um momento de reflexão sobre o trabalho que eleva os profissionais da dimensão imediatista, tonando a caminhada na política social menos solitária;A supervisão técnica não pode ser voltada a dimensão técnico-operativa do trabalho. Nós realizamos uma supervisão a partir dos fundamentos teórico-metodológico, ético-políticos e técnicos-operativos do trabalho profissional, orientados pela direção estratégica do PEP. A supervisão tem como desafio problematizar as ações profissionais a partir do compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população, com o aprimoramento intelectual na perspectiva da competência profissional (GUERRA; BRAGA, 2011). Requer, para ser operacionalizada, a retomada “dos fundamentos teórico-metodológicos, a eleição de uma perspectiva ética, a formação de habilidades, densas de política” (IAMAMOTO, 2006, p. 9);Supervisionar é romper com a aparência e estimular a construção de reflexões coletivas que captem a essência das transformações institucionais e seus impactos para a profissão. Supervisionar é construir um saber coletivo;Supervisionar requer elaboração de sínteses reflexivas a partir das falas; exige competência teórico-metodológica para superar a dimensão da aparência e alcançar a essência das questões levantadas pelos profissionais; bem como demanda nitidez ético-política acerca dos valores e princípios defendidos pela categoria, de modo que a reflexão ética se coloque “como componente essencial, conduzindo o fazer intencionalmente parametrado pelo projeto profissional coletivamente construído pela categoria” (GUERRA; BRAGA, 2011, p. 13). Também requer competência técnico-operativa para pensar caminhos e estratégias para o trabalho profissional;O supervisor não intervém, não é executor, mas propõe ações e estratégias, mediante avaliação dos elementos apresentados pelas equipes. Contribuindo para o processo de construção de respostas de “caráter ético-político e técnico-operativo - apoiadas em fundamentos teóricos e metodológicos - dos agentes profissionais ao contexto em que se desenvolve o trabalho” (IAMAMOTO, 2006, p. 12). Com base nesses apontamentos, consideramos que a presente proposta busca adensar o acúmulo teórico-prático no campo de uma atividade pouco realizada e problematizada pela categoria profissional. Expressando, portanto, uma contribuição e uma provocação aos assistentes sociais, à Universidade e entidades representativas: precisamos refletir e construir processos de supervisão técnica em Serviço Social para resistir às transformações contemporâneas. Bibliografia IAMAMOTO, M.V. As dimensões ético-políticas e teórico-metodológicas no Serviço Social contemporâneo. Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. Ana Elizabete Mota...[et al], (orgs). São Paulo: OPS, OMS, Ministério da Saúde, 2006. MATOS, M.C. Assessoria, consultoria, auditoria e supervisão técnica. Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. Ana Elizabete Mota...[et al], (orgs). São Paulo: OPS, OMS, Ministério da Saúde, 2006. GUERRA, Y.; BRAGA, M.E. Supervisão em Serviço Social. Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. Ana Elizabete Mota...[et al], (orgs). São Paulo: OPS, OMS, Ministério da Saúde, 2006.
#253 |
As Determinações das avaliações do Comitê de Ética em Pesquisa para a Pesquisa no Serviço Social no Brasil.
Márcia Sgarbieiro
1
;
Daniel Granada
2
1 - Universidade Estadual de Londrina.
2 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Resumen:
Este trabalho busca problematizar as consequências da resolução da CONEP (Conselho Nacional de Ética em Pesquisa) 466/2012 e 510/2016 sobre as pesquisas do Serviço Social brasileiro, dada a natureza do seu projeto ético-político (considerando esta profissão como área das Ciências Humanas e Sociais).As áreas do conhecimento têm história, no caso da chamada bioética, as primeiras discussões se dão em um dos momentos mais trágicos da história da humanidade, um contexto de abusos e violações na prática de pesquisa envolvendo humanos. Foram identificadas inúmeras atrocidades cometidas durante o holocausto na Segunda Guerra Mundial. Uma das primeiras legislações de caráter bioético foi o Código de Nuremberg, em 1947. durante o holocausto, os experimentos com seres humanos eram considerados aceitáveis por médicos apoiadores do regime nazista. Porém centenas de pessoas foram usadas como cobaias para experimentos sem o seu consentimento, tendo seus corpos violados.Historicamente a Bioética veio ao encontro da necessidade de uma regulação ética que garantisse o controle das pesquisas nas áreas biológicas inicialmente destinada a regular as pesquisas envolvendo seres humanos, buscando assim, a garantia do direito dos indivíduos considerados vulneráveis.Os debates sobre a "ética" são densos e extensos, construídos dentro de embates históricos em processos não lineares, esta construção não ocorre fora dos embates aos quais os indivíduos são confrontados, mas a construção do conhecimento se dá a partir das necessidades do ser social. Necessidades estas que precisam ser supridas através do conhecimento. O ser social busca conhecimento para suprir necessidades e para evoluir enquanto ser. Entendo a construção do conhecimento como categoria ontológica e inerente a ele.O conhecimento é construído através das relações sociais. As ações humanas não são determinadas apenas biologicamente, mas através de suas experiências e conhecimento acumulado na sua relação com a natureza e com outros seres humanos.No debate em tela, com relação a ética em pesquisa no Serviço Social, se faz necessário nos debruçarmos sobre a concepção ontológica, ou seja, no contexto da construção do ser social. Entendo que o ser social é um ser ético. A ética é entendida como modo de ser socialmente determinado e tem sua gênese no processo de “autoconstrução do ser social”, segundo Barroco (2008).O ser social é um ser com capacidade teleológica, ou seja, com capacidade para projetar. A natureza dos projetos do ser social tem finalidade, ou seja, teleologia. O trabalho, categoria fundamental quando se fala na capacidade de projetar, é mediação fundante do ser social, é objetivação mais primária, mediação que faz com que o homem se relacione com a natureza.Os projetos construídos socialmente pelo ser social podem ser chamados de projetos coletivos. De acordo com Netto (2006), dentre alguns dos projetos coletivos estão os projetos societários e os projetos profissionais. Netto (2006) continua dizendo que os projetos societários são macroscópicos, formados pelo conjunto da sociedade. São projetos de classe. Um projeto profissional é próprio de profissões que supõem uma formação teórica e/ou técnico interventiva de nível acadêmico superior. É comum estas profissões construírem projetos profissionais.No caso do Serviço Social, vem sendo construído pela categoria profissional desde o Movimento de Reconceituação o Projeto Ético-Político – PEP. Mas a produção de conhecimento a respeito do PEP data de meados da década de 1990.Nessa época, a categoria profissional buscava novas respostas para a degradação conjunta das condições de trabalho que se arrastava desde a década de 1960 , assim como o conservadorismo na profissão, presente desde sua origem na década de 1930, começou a ser contestado. A fundamentação de uma teoria crítica se consolida com as pesquisas acadêmicas de mestrado e doutorado, principalmente a partir da década de 1970, exercendo impacto no campo profissional. Destaca-se aqui a relevância da produção de conhecimento em Serviço Social como fator determinante para uma virada epistemológica no sentido de compreender a produção de desigualdades nas relações sociais de produção . O crescimento da produção de conhecimento confere maturidade intelectual à profissão e contribui para consolidar a teoria crítica como fundamento teórico metodológico para a construção do projeto profissional do Serviço Social. Mas como o Serviço Social e sua produção de conhecimentos se dá em sua maioria dentro das universidades, a necessidade de regulação das pesquisas atingem também a profissão e sua produção.Com o passar dos anos os chamados comitês de ética foram sendo criados nas universidades para regular as pesquisas nas áreas biológicas dentro do sistema CEP/ConepAtualmente existem iniciativas no sentido de estender as necessidades de controle das pesquisas envolvendo seres humanos às diferentes áreas de conhecimento, não diferente com o Serviço Social.Os seguintes questionamentos emergem desta reflexão:Quais os princípios éticos, bem como as especificidades das áreas de humanas e sociais, principalmente do Serviço Social, anteriores a estas resoluções?Quais os impactos e as possíveis consequências que podem ocorrer com a generalização de uma forma de avaliação da produção do conhecimento que foi historicamente criada em uma área específica, sem considerar as especificidades epistemológicas de cada área do conhecimento?Quais os impactos destas medidas ao Serviço Social?Explorando essas questões pretendemos contribuir com este debate e problematizar as possíveis consequências das resoluções em vigor para o andamento da pesquisa em Serviço Social e nas áreas de humanas e sociais.
FCS - A1
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Panel presencial
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#230 |
Desafios impostos pela pandemia do COVID-19 no trabalho socioeducativo com adolescentes privados de liberdade
Amanda Lorena Leite
1
;
Rafael Gonçalves dos Santos
1
;
Marco Aurelio Gumieri Valério
2
1 - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP).
2 - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP)/Universidade Estadual Paulista (USP).
Propuesta del Panel:
O artigo tem como objetivo realizar uma reflexão a respeito dos principais desafios enfrentados pelos Centros Socioeducativos de Internação para adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no contexto da pandemia do COVID-19 no estado de Minas Gerais, Brasil. Além de um estudo teórico, é também empírico por se tratar de um relato de experiência enquanto gestora da equipe técnica de um centro de internação provisória no interior do estado no momento de maior taxa de disseminação do coronavírus no Brasil. Tem como orientação teórico-metodológica a perspectiva crítica-dialética, em que busca analisar a totalidade complexa do objeto de reflexão, como o contexto social, político, cultural e econômico, contudo sem a pretensão e possibilidade de esgotamento. No primeiro momento, este trabalho buscará situar o objeto de análise na conjuntura política, cultural, socioeconômica e histórica em que está inserido, a partir de três categorias marxistas fundamentais, que são: a totalidade, a contradição e a historicidade. Sabe-se que todo o trabalho socioeducativo é preconizado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e deve ser pautado e ter como norte a garantia de direitos previstos na Constituição Federal de 1988 e no art. 4º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a qual dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a saber: os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Entretanto, a concepção e construção de um trabalho nas medidas socioeducativas dentro da Doutrina da Proteção Integral apontada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ainda é muito recente no tempo histórico e enfrenta diversos desafios na sua concretização e rompimento com uma condução na execução da política pública que ainda apresenta alguns aspectos da Doutrina da Situação Irregular prevista no antigo Código de Menores. Esses desafios se agudizaram em escala exponencial no contexto pandêmico neoliberal, exigindo dos gestores da política, das unidades e dos trabalhadores constante reconstrução do trabalho em busca da garantia dos direitos fundamentais dos adolescentes privados de liberdade, ao mesmo tempo em que é necessário assegurar a saúde dos jovens acautelados, tendo em vista o isolamento/distanciamento social como recomendação dos órgãos competentes de saúde para proteção contra o vírus, para além dos hábitos de higiene e uso de máscaras, dando início, portanto, ao isolamento dentro do isolamento. No segundo momento, buscará pontuar alguns desafios principais enfrentados no cotidiano de trabalho para a garantia dos direitos dos acautelados e apresentar as estratégias adotadas pela equipe interdisciplinar para tentar amenizar os efeitos negativos da pandemia dentro do centro socioeducativo. Tem-se como exemplos: a suspensão das visitas familiares e entrada de parceiros externos na unidade, atingindo diretamente o direito à convivência familiar e comunitária, em que a realização de videochamadas foram utilizadas como estratégia para tornar a distância um pouco menos penosa e manter o vínculo familiar; o isolamento de adolescentes com sintomas gripais ou com COVID, os quais não podiam participar das atividades coletivas e, por este motivo, exigia um desdobramento das equipes técnica e de segurança para o planejamento e realização de atividades individuais e seguras para que os jovens ficassem o menor tempo possível dentro dos alojamentos, levando a uma intensificação do trabalho. No terceiro momento, serão abordadas as condições de trabalho dentro do Centro Socioeducativo, o qual não possui uma estrutura física adequada, apresentando grande limitação de espaço para a efetivação do distanciamento social desejável dentro das salas e espaços comuns dos trabalhadores, sendo este um dos fatores que contribuiu em muito para a disseminação do vírus entre funcionários, resultando em sucessivos afastamentos, fator que também afetou a garantia do atendimento aos adolescentes, uma vez que não havia trabalhadores suficientes da segurança para bancar mais de uma atividade ao mesmo tempo ou até mesmo pessoal para executar determinada oficina ou atendimento individual conforme planejado, tornando necessária a reconstrução cotidiana do trabalho visando garantir os direitos dos adolescentes. Como estratégia para tentar barrar a disseminação do vírus, foram distribuídas máscaras N95/PFF2; realizados inúmeras intervenções educativas pela equipe de saúde para reafirmar a importância dos cuidados necessários, sobretudo uso de máscaras e higienização constante das mãos; implementada a metodologia de trabalho de revezamento entre
homeoffice e trabalho presencial entre membros da equipe técnica e equipe administrativa; higienização dos ambientes; barreira sanitária para adentrar à unidade; sensibilização para vacinação e oferta de vacina dentro do Centro, entre outras medidas. Contudo, todos os esforços se esbarravam e continuam se esbarrando em ideologias que não estão de acordo com a ciência e que são legitimadas pelo próprio presidente da república e outros tantos governantes, com isso, também são apresentadas muitas manifestações de negação da pandemia e de sua seriedade, exigindo esforços ainda maiores de conscientização e sensibilização para seguir todas as orientações sanitárias para combate do vírus. Ademais, o cenário contemporâneo tem sido marcado por uma longa jornada de luta e de resistência à ofensiva neoliberal ultraradical do século XXI, cujas determinações contraditórias tendem a se intensificar no cenário contemporâneo, influenciada por uma gestão genocida, pelo Estado da morte e pela necropolítica no contexto de pandemia do COVID-19. Destarte, observa-se que tais impactos refletem diretamente sob as condições de vida da juventude e das suas famílias, principalmente da juventude periférica, que tem como destino a privação de liberdade, uma vez que os interesses do mercado são colocados acima de vidas humanas.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#262 |
Reflexões sobre o método de pesquisa do cotidiano profissional.
MARCIA SGARBIEIRO
1
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
O presente texto é resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre as implicações do método materialista cotidiano de serviço social desenvolvido para a disciplina Pesquisa em Serviço Social ministrada na graduação da Universidade Estadual de Londrina – UEL no Brasil. , houve um avanço significativo na produção científica em sua área, disciplina e unidade, a partir da adoção de um referencial teórico-metodológico extraído da tradição marxista. Mais ainda, manter um forte apelo à prática, mas respeitar a sua dimensão investigativa, que por sua vez reforça a divisão entre “teoria e prática”. Torna-se imprescindível a busca contínua e permanente de pesquisas sobre as condições e relações em que se exerce a atividade profissional: é possível identificar dois importantes elementos investigativos, componentes da competência profissional. Ainda, Para atuar de acordo com as competências profissionais, os Assistentes Sociais encontrarão na pesquisa a possibilidade de conhecer as condições de trabalho para uma prática qualificada a fim de se apropriar do objeto de intervenção, a fim de identificar limites, resistências e formas de atuação. Segundo Guerra (2014), cabe ao assistente social captar as determinações históricas, constitutivas do objeto estudado, para que as diversas expressões da “busca social” sejam particularizadas em cada espaço socioocupacional, materializando-se como demandas profissionais, Fazendo ou movimento do particular ou geral, movimento abstrato para o concreto. Para entender como essas relações aconteceram, é necessário recontar a história e nossos processos sociais (momentos de teleologia e causalidade), por causa do método inaugurado por Marx, como vimos acima, torna-se imprescindível conhecer o movimento do objeto de intervenção. , em sua lógica de constituição, percebe que o objeto é e como é ser ou que é, seu processo de constituição e quais seus fundamentos, sua capacidade de se transformar em outro. A realidade se apresenta como uma exigência do exercício profissional de dois assistentes sociais, e é preciso pensar como ela se materializa no cotidiano de ambos, de acordo com o processo histórico, modo de produção, modelo de negócio, onde o cotidiano não é deslocado da história. "O cotidiano é um conjunto de atividades que caracteriza a reprodução de dois homens singulares que, por sua vez, criam a possibilidade de reprodução social" (CARVALHO, 2012. p.26) Segundo Netto (2012) para Lukács existem algumas determinações que permeiam ou cotidiano: heterogeneidade, imediatismo e superficialidade extensa. A heterogeneidade se deve a diferentes níveis de interação social de acordo com o trabalho, classe social, vida política, cultura etc.; provocada pelo deslocamento do ser genérico, expressa imediatamente uma relação automática e espontânea entre pensamento e ação, bem como elimina a possibilidade de uma prática reflexiva e transformadora em ações utilitárias e individualistas; Causada pela experiência ou aparente, a superficialidade dá origem à dificuldade de relacionar os diversos fatos que se articulam em uma dada totalidade, polariza situações e movimentos complementares. Ou homem idade em suas objetivações cotidianas, idade como homem internamente, não na área da singularidade, e não como homem internamente, esse comportamento impede ou acessa uma consciência humano-genérica, mediação construída pela superação da singularidade e do imediatismo, na direção de um projeto coletivo que se identifica como uma particularidade construída por todos, em dois contextos – como o desvio histórico – que as partes encontram ou conhecem como realidade. que há uma mediação entre o singular e o universal, que ou o homem supera sua vida cotidiana ou se comporta como um homem interno. Para Lukács, entre os procedimentos homogeneizadores estão: o trabalho de criação, a arte e a ciência, ou o processo que constituiu o ser social. Ou o que se pode entender é que a necessidade de intervenção na realidade nos leva ao conhecimento. Portanto, não basta intervir: é preciso conhecer os fatores determinantes que constituem o objeto da intervenção e, para isso, deve haver procedimentos adequados. Segunda Guerra (2014, p. 8) “conhecer e especificar um trabalho intelectual: preparação, treinamento, habilidades e competência”. e como a suspensão do cotidiano se apresenta como uma competência profissional necessária, não em oposição às práticas meramente reprodutivas e mecânicas, nesta síntese, refletimos sobre o método em Marx e algumas de suas categorias de compreensão do objeto. Pensamos que a realidade da investigação não se apresenta como requisito para o exercício profissional dos assistentes sociais e que a dimensão investigativa não se materializa no quotidiano. práticas reprodutivas e mecânicas adaptadas às demandas impostas. Não apresento um resumo, refletimos sobre o método em Marx e algumas de suas categorias para a compreensão do objeto. Pensamos que a realidade da investigação não se apresenta como requisito para o exercício profissional dos assistentes sociais e que a dimensão investigativa não se realiza no quotidiano, dois profissionais são suspensos do trabalho quotidiano, apresenta-se como uma competência profissional necessária , não apenas um confronto de práticas e mecânicas reprodutivas adaptadas às demandas impostas. Não apresento um resumo, refletimos sobre o método em Marx e algumas de suas categorias para a compreensão do objeto. Dois profissionais e suspensão do trabalho diário aparecem como competência profissional necessária, não apenas confrontando práticas reprodutivas e mecânicas adaptadas às demandas impostas. Não apresento um resumo, refletimos sobre o método em Marx e algumas de suas categorias para a compreensão do objeto. Dois profissionais e suspensão do trabalho diário aparecem como competência profissional necessária, não apenas confrontando práticas reprodutivas e mecânicas adaptadas às demandas impostas. Não apresento um resumo, refletimos sobre o método em Marx e algumas de suas categorias para a compreensão do objeto.
#363 |
El debate profesional sobre las políticas sociales en contexto neoliberal de Colombia
Roberth Wilson Salamanca Ávila
1
1 - Universidad Externado de Colombia y UFRJ.
Resumen:
La ponencia aborda resultados de la tesis que se encuentra desarrollando el autor en su doctorado en Servicio Social de la Universidad Federal de Rio de Janeiro, en esta se discute sobre las políticas sociales en Colombia desde la década de 1990 hasta la década del 2010, que es el tema central de la investigación, en la que se pretende analizar el debate de las políticas sociales en el Trabajo Social a partir de los años 1990, cuando el proyecto neoliberal se consolida bajo el llamado Estado Social de Derecho en el país, con la finalidad de que el sistema económico y político gire en torno al libre comercio y la privatización de las responsabilidades del Estado, lo cual fue facilitado por la participación de los organismos internacionales, que serán centrales en el proceso de reorganización de las políticas sociales en América Latina. Por tanto, se retoman los fundamentos de las reformas en las políticas sociales desde el gobierno de Cesar Gaviria (1990-1994), periodo en el que se aprueba la Constitución de 1991, que buscando una ampliación de derechos reconoce al país como multiétnico y pluricultural, pero al mismo tiempo fortalece las bases para la llamada apertura económica, que implica la adopción definitiva de las medidas neoliberales. En Colombia, el proceso de apertura económica inicia específicamente con el periodo presidencial de César Gaviria con procesos de privatización de los servicios sociales y empresas, los recortes en inversión social y los avances términos de la apertura internacional con la tecnificación de los puertos, los tratados de libre comercio y la explotación de recursos naturales como el petróleo. El acelerado crecimiento generó el incremento del IVA y el encarecimiento de la canasta familiar. Además de las transformaciones en el PIB donde la agricultura y el área manufacturera ya no representaron el punto más alto sino más bien el área financiera.En este sentido, se trata de entender cómo las y los profesionales de Trabajo Social analizan y se posicionan teóricamente en el debate de las políticas sociales en el contexto neoliberal en Colombia, buscando identificar los principales elementos de análisis, crítica y/o concordancia con las reformas neoliberales propuestas en el ámbito de las políticas sociales desde de los años 1990 a 2010 en Colombia, profundizando así en tres décadas de transformaciones en el tejido político, económico, cultural y social.También, se reflexiona sobre el horizonte ético-político que permea el debate teórico profesional, referido para este caso a las políticas sociales y su implementación. Además, es relevante comprender el debate profesional sobre las políticas sociales en tanto respuestas a las actuales manifestaciones de la cuestión social en los marcos de la actual crisis capitalista. Así mismo, se estudia si esto conlleva nuevas concepciones de la política social y el Trabajo Social, con relación a las demandas y el ejercicio profesional, que pueden estar incidiendo en el horizonte ético-político del proyecto colectivo profesional. Ya que, al indagar sobre las reflexiones teóricas que tienen las y los profesionales en relación con las políticas sociales, se puede comprender las interpretaciones que desde Trabajo Social se realiza desde la academia sobre la realidad social misma y su rol en la sociedad.Así, a partir de esta investigación, se busca contribuir con reflexiones que conlleven a entender las particularidades del debate del Trabajo Social en Colombia sobre las políticas sociales, y que incide en la construcción del ideario teórico-político del profesional, en un contexto permeado por la implementación de las medidas neoliberales en el país, que reactualiza el liberalismo económico e incide sobre las políticas sociales y el debate profesional de las y los trabajadores sociales. Acorde a lo anterior, la pregunta central que se aborda es: ¿cómo el Trabajo Social incorpora el debate neoliberal de las políticas sociales en la bibliografía producida desde los años 1990 en Colombia?Ahora bien, en términos de la investigación es importante reconocer las categorías de análisis marxista que se trabajan, para a partir de allí construir conocimiento frente a las posturas del Trabajo Social tras las transformaciones del neoliberalismo en la política social desde los años 1990. En ese sentido, en la comprensión de este fenómeno es importante traer a colación la dinámica y la dialéctica como ejes centrales.Lo anterior es relevante para comprender el escenario de la policía social y el trabajo social en su devenir histórico, ya que se han construido y constituido en escenarios anteriores al neoliberalismo pero que sin duda han trabajo en función del mismo. Además, se reconoce que este ejercicio está atravesado por una totalidad universal y que no corresponde a una mera representación local o colombiana del fenómeno, sino que por el contrario es un fenómeno que se repite en Latinoamérica.Por ende, elementos como la apertura económica serán categorías para analizar procesos de privatización, tercerización y precarización laboral para los Trabajadores Sociales, además de reconocer las contradicciones y devenires de la política social que generan rupturas en el quehacer profesional. Por un lado, se encuentran elementos como la satisfacción de las necesidades, el control social y, por otro lado, la dignidad humana y la crítica social.Por ello, se abre la posibilidad al análisis de los debates, posiciones o creencias de los y las trabajadoras sociales a través de la producción bibliográfica, lo que habla del momento histórico que se vive y de las cuestiones emergentes ante las crisis del capital. Asimismo, se reconoce la dependencia económica de Colombia con economías mundiales, que es generadora de riqueza para las económicas con fuerza e interventoras pero desiguales para los países de América Latina, que en su anhelo por el “desarrollo” caen en la falacia de la acumulación de la riqueza a base de la explotación de recursos y personas en función del sistema capitalista y no del interés nacional.
#376 |
Questão social e serviço social no Brasil: Elementos teórico-metodológicos para uma análise crítica.
Cristiane Luiza Sabino de Souza
1
;
Heloísa Teles
1
1 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Resumen:
O objetivo deste artigo é apresentar elementos teóricos para uma análise histórico-estrutural dos fundamentos particulares da questão social no Brasil, em vista da sua condição latino-americana e da sua economia dependente. Busca-se evidenciar os fundamentos constitutivos da acumulação do capital, no contexto do capitalismo dependente, as contradições expressas na luta de classes e sua conexão com a totalidade da reprodução global do capital. A conexão supracitada é o que demarca, no método, a relação particularidades-totalidades do que se apresenta como questão social e suas expressões na realidade brasileira. A metodologia principal é o estudo bibliográfico, com apoio de análises documentais que retratam a realidade e colocam em evidência as “expressões da questão social”. O método do materialismo histórico-dialético é o aporte teórico fundamental. A elaboração deste artigo resulta na construção de mediações que entendemos ser fundamentais para a análise da questão social no Brasil de modo singular, e na América Latina de maneira mais geral. Nesse sentido, com o entendimento de que a realidade “síntese de múltiplas determinações”, categorias como classe, gênero e raça, além de terra e trabalho são basilares na proposta teórico metodológica desenvolvida. As sínteses apresentadas resultam de estudos, questionamentos e reflexões coletivas, provocadas pela necessidade de superar as dificuldades na apreensão, tanto da essência e complexidade dos processos que o termo questão social pretende designar, quanto da sua apreensão como objeto de trabalho dos assistentes sociais. O intuito é contribuir para a reivindicada superação do debate mais abstrato e conceitual acerca da questão social preponderante, principalmente, na produção teórica do Serviço Social brasileiro.
#380 |
A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CLASSE, GÊNERO E RAÇA: aproximações analíticas em torno de suas tendências teórico-metodológicas
Rayane Noronha Oliveira
1
1 - Universidade Federal da Paraíba.
Resumen:
Este trabalho objetiva apresentar, resumidamente, os resultados da pesquisa intitulada “Serviço Social, Classe, Gênero e Raça: tendências teórico-metodológicas e as possíveis contribuições da Teoria Unitária”
(OLIVEIRA, 2021) que analisou as tendências teórico-metodológicas utilizadas nas produções científicas do Serviço Social brasileiro sobre as relações sociais generificadas e racializadas da sociedade capitalista, a partir da ontologia marxista e da crítica da Teoria da Reprodução Social (TRS). O estudo foi construído metodologicamente por meio de uma pesquisa bibliográfica-exploratória de caráter quanti-qualitativo. Foram analisados vinte números da
Revista Temporalis, publicados entre os anos de 2010 e 2021, com 297 (duzentos e noventa e sete) trabalhos, dos quais cinquenta (50) dialogavam com o objeto da pesquisa. O Serviço Social brasileiro, reconhecido como área de conhecimento, após a sua maioridade intelectual visceralmente articulada ao adensamento marxista, na década de 1980, passou a desenvolver pesquisas sobre temáticas diversificadas relacionadas a complexidade da vida social sob a ordem do Capital, hoje sistematizadas pelos Grupos Temáticos de Pesquisas (GTPs) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Como reflexo desse movimento, há o crescimento expressivo das tentativas dos e das profissionais em categorizar as relações sociais generificadas e racializadas do capitalismo. Através de amplo e diversificado arcabouço teórico-metodológico, essas análises se fundamentam em matrizes teóricas distintas. Tomamos como exemplos emblemáticos pesquisas que se baseiam no Feminismo Materialista Francófono e no Feminismo Interseccional, ao compreender que são correntes epistemológicas capazes de fornecer ferramentas heurísticas de apreensão da realidade das mulheres e das pessoas racializadas no capitalismo, assim como a adesão à pós-modernidade, que, de forma menos crítica, subsidia análises frequentemente fragmentadas da realidade social. Há um consenso na literatura de que o Serviço Social começou a mobilizar-se politicamente em torno das questões de gênero, sexualidade e de raça a partir da década de 1990 (TIBURTINO, 2015; SOUZA, 2014; INACIO, 2013; LISBOA; PINHEIRO, 2005; TEIXEIRA, 1998). Esse processo é indissociável da construção do Projeto Ético Político do Serviço Social (PEPSS), momento no qual a categoria profissional se posiciona publicamente na defesa da liberdade como valor ético central, na defesa intransigente dos direitos humanos e em respeito à diversidade humana. São princípios da luta pela universalização dos direitos e da justiça social, expressos desde o Código de Ética de 1993 e nas Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social, em 1996. Essa década é marcada, portanto, pelo posicionamento explícito da profissão no enfrentamento a todos os tipos de opressões, discriminações e preconceitos. Entretanto, a profissão passou décadas sem consolidar uma fundamentação teórica que possibilitasse uma melhor apreensão das relações sociais generificadas e racializadas do capitalismo, em diálogo mais contundente com o acúmulo teórico-metodológico desenvolvido pelos estudos feministas e raciais, associados à teoria marxista. Nesse sentido, desde a década de 1990, configura-se um esforço no Serviço Social de desenvolver de forma mais intensa as dimensões ético-política e técnico-operativa em torno dos debates raciais, de gênero e sexualidade – por meio das campanhas e resoluções lançadas historicamente no interior da profissão, associados, sobretudo, ao exercício profissional. Entretanto, há um menor desenvolvimento da dimensão teórico-metodológica, que ainda é percebida por nós como uma dimensão bastante marginal na formação profissional. Compreendemos as dimensões ético-política, técnico-operativa e teórico-metodológica de maneira indissociável. Afinal, na prática a teoria não é outra (SANTOS, 2013) e, por isso, no exercício profissional e na formação profissional há a indissociabilidade das dimensões supracitadas. Isso faz com que essa questão se torne ainda mais grave, pois a ausência de uma fundamentação teórica-metodológica que apreenda com coerência científica e metodológica os determinantes das relações sociais capitalistas generificadas e racializadas, pode impelir prejuízos na instrumentalidade do e da assistente social. A análise dos dados aponta que os artigos estão situados em três temáticas guarda-chuvas:
Mulheres, gênero e feminismos em 64% dos artigos;
Raça, etnia e luta antirracista em 22% e;
Sexualidade, diversidade sexual e luta LGBTQIA+ em 14%. Os artigos analisados estão classificados em quatro tendências: 1) crítica de cariz marxista; 2) formal-descritiva; 3) crítica-eclética-pós-moderna; e 4) indefinida. O estudo aponta que é notório o esforço epistemológico desempenhado pelo Serviço Social em adensar a análise sobre gênero, raça e classe, numa perspectiva crítica, por mais que o método materialista histórico-dialético ainda esteja em processo de amadurecimento no seio da profissão. Isso se tornou evidente ao verificar a utilização, recorrentemente de forma indiscriminada, de diferentes autores e autoras fundamentados em matrizes teóricas diversificadas. Na ausência de um rigor metodológico mais criterioso, muitas pesquisas reproduzem uma lógica eclética de produção de conhecimento. Na tentativa de avançar continuamente, esta pesquisa considera que a concepção da Teoria Unitária pode oferecer a materialização de uma sintonia mais profunda entre o marxismo e as práxis feminista e antirracista, na perspectiva ontológica de produção de conhecimento, alicerçada no materialismo histórico-dialético, e neste sentido contribuir para o desenvolvimento de um feminismo-marxista ou marxismo-feminista que tenha como primazia o estudo da totalidade social, no qual raça, etnia, gênero e sexualidade sejam compreendidos como totalidades parciais (complexos parciais) desta totalidade. A perspectiva unitária e sua proposta ontológica de produção de conhecimento possuem mais sincronia com a escolha teórica-política marxista do Serviço Social, que ao longo das últimas décadas se expressa por meio da construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social.
FCS - A2
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#118 |
As expressões da judicialização das políticas sociais no Ministério Público de Santa Catarina
Julia Coelho
1
;
Andressa Cadorin
1
;
Michelly Laurita Wiese
1
1 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Resumen:
O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre a judicialização das políticas sociais de assistência social, educação e saúde no Ministério Público de Santa Catarina. Parte da constatação da crescente demanda para o setor judiciário no que tange questões vinculadas à garantia de direitos, tanto sociais como civis, principalmente após a década de 1990. Tais direitos, embora assegurados formalmente não encontraram condições objetivas de concretização através das políticas públicas responsáveis por garanti-los de fato. Nesse contexto de afirmação dos direitos legalmente constituídos e da ausência de respostas do poder público para atender as demandas dos cidadãos, se iniciam os processos de reivindicação desses direitos através do sistema de justiça. Esses processos vêm sendo largamente conhecidos como processos de judicialização das políticas sociais.Atualmente é crescente o número de pessoas que pleiteiam questões relativas às demandas sociais junto ao Sistema de Justiça brasileiro. Isto demonstra o contexto contraditório entre o direito social constituído e a redução da responsabilidade do Estado frente às políticas sociais para a satisfação das necessidades da população, o que tem ocasionado tanto a busca pelo judiciário para o acesso e a garantia de direitos sociais quanto a intensificação da interferência do judiciário sobre o poder executivo no que se refere a essas políticas.Nesta direção, é importante compreender a judicialização das demandas sociais no espaço do Ministério Público, que integra o Sistema de Justiça brasileiro. A instituição tem atuação expressiva no âmbito dos procedimentos extrajudiciais ao buscar garantir que os conflitos sociais, que sejam de interesse da sociedade, sejam resolvidos de forma ágil. Esses atos além de serem independentes e autônomos, podem ser requeridos de forma direta do poder público sem a necessidade de acionar o poder judiciário, evitando a sobrecarga nesta instância. Embora o Ministério Público tenha o papel de coordenação e mediação entre as diversas agências estatais, se valendo de instrumentos extrajudiciais na resolução de disputas, isso por si só não é suficiente para incentivar a judicialização. Ele está mais ligado a um agente de mediação entre agentes sociais e poderes políticos do que um agente de judicialização, que provoca a intervenção de um poder externo e supostamente despolitizado a fim de solucionar de forma tutelar os conflitos. A partir destas considerações se compreende que o fenômeno da judicialização das demandas sociais ultrapassa as instâncias jurídicas do Sistema de Justiça e se manifesta nas relações sociais cotidianas na vida das pessoas em sociedade, por isso compreendido como processo.A judicialização como processo não se inicia nas instâncias formais do Sistema de Justiça, mas da dificuldade, do impedimento ao acesso aos direitos sociais das políticas sociais, por parte da população. Neste sentido, a partir do momento que se objetiva compreender como se dá a judicialização das demandas sociais é salutar que possa ser entendida a partir do acesso ou não aos serviços sociais das políticas sociais.Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com revisão de literatura, pesquisa documental e de campo com aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina.Na pesquisa documental foram localizados, no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), 17.530 procedimentos extrajudiciais dos anos de 2014 a 2019, que tinham referência às políticas sociais de assistência social, educação e saúde. Desse total, foram analisados os conteúdos de 7.222 processos, considerando a não repetição de documentos em mais de uma política social. Os termos de busca foram: assistência social, educação, saúde, família, infância, criança, adolescente e idoso. Os resultados evidenciam que nas três políticas sociais as situações envolvem as crianças e adolescentes e, em seguida, a população idosa. São situações que expressam a dificuldade de acesso aos atendimentos e aos serviços sociais, risco à proteção integral destes segmentos na sua relação com a família. Na pesquisa de campo, através de entrevista com assistentes sociais do MPSC, os profissionais destacam que a inserção do serviço social e o reconhecimento da prática profissional no Ministério Público é recente. Além disso, exige intenso comprometimento ético-político na análise das demandas sociais e na garantia de que essas serão analisadas, a partir de uma perspectiva da totalidade, ao considerar a demanda judicializada como responsabilidade coletiva, diante do desmonte das políticas sociais.Dessa forma, a atuação do/a assistente social com base nos instrumentos e técnicas profissionais, o coloca como figura importante no MPSC, ao reafirmar a relevância da categoria profissional na instituição, na defesa de direitos difusos e coletivos, bem como para focar no debate das políticas sociais e no seu fortalecimento e garantia de acesso universalizado.Em contrapartida, as/os assistentes sociais enfrentam as contradições frente às enormes demandas do direito individual, podendo vir a perder de vista, a importância de incidir no âmbito do fomento e da garantia da qualidade das políticas sociais, sucumbindo a tendência neoliberal, ao corroborar com a desresponsabilização do Estado pela garantia do acesso à cidadania e responsabilizando a população e as famílias pela sua proteção social.Sendo assim, é necessária a consciência e atuação crítica acerca da judicialização, compreendendo as possibilidades e os limites deste processo. Portanto, o Sistema de Justiça é visto de forma contraditória, porque é uma instância de garantia ao acesso dos direitos sociais constitucionalmente referendados, mesmo que judicializados. Com relação as/os assistentes sociais, são agentes importantes na composição do MPSC enquanto defensoras/es dos direitos sociais coletivos e difusos, na defesa das políticas sociais e na atuação profissional que problematize criticamente sobre a judicialização das demandas sociais advindas dos serviços das políticas sociais.
#277 |
SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: A “NOVA” POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL E AS IMPLICAÇÕES NA GARANTIA DOS DIREITOS À SAÚDE
Heleni Duarte Dantas de Ávila
1
;
Jadna Kelly da Silva
2
;
Jamile Fernanda Conceição de Oliveira
1
1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB.
2 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Resumen:
O presente trabalho tem como objetivo compreender a atuação do/a assistente social no âmbito da saúde mental, particularmente em tempos de retrocessos, desmonte das políticas sociais e avanço do conservadorismo, refletindo como a conjuntura de desmonte da política de saúde mental afeta a garantia dos direitos sociais de usuários e suas famílias. Trata-se de uma revisão integrativa sobre a temática serviço social e saúde mental, avanços e retrocessos, tomando como base as produções do Serviço Social brasileiro, presente em congressos e revistas da área que estejam disponíveis em meios eletrônicos/digitais, como: anais do 15º e 16º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais e os dois últimos anos das seguintes revistas da área do serviço social – Serviço Social & Sociedade e Katálysis (ambas com
qualis A1). Tem-se como descritores: serviço social; saúde mental; Reforma Psiquiátrica; Avanços e retrocessos. Foram analisados, após seleção, um total de 20 artigos. A pesquisa é orientada pelo método materialista histórico dialético, tendo em vista, que neste método a verdade não é absoluta, que os sujeitos se modificam historicamente, dando enfoque ao contexto social, político, econômico e cultural. A política de saúde mental, teve avanços significativos, pós movimentos políticos importantes como a Reforma Sanitária e a Reforma Psiquiátrica brasileira, entretanto ela é marcada por retrocessos e contradições em sua caminhada. No campo da saúde, a intervenção do Serviço Social se define a partir das condições históricas do próprio desenvolvimento da saúde no Brasil. Com o surgimento do Projeto da Reforma Sanitária que o Serviço Social estabelece um paralelo entre tal projeto e o projeto hegemônico da profissão, Projeto Ético Político. O Movimento da Reforma Psiquiátrica, oriundo das inúmeras discussões, que precederam a organização de lutas sociais, a fim de pensar a desconstrução do modelo psiquiátrico asilar e a criação de novos serviços substitutivos em saúde mental. Os avanços e retrocessos na política de saúde mental revelam as disputas de projeto do setor privatista com o segmento dos movimentos sociais e da Reforma Psiquiátrica, para a apropriação de recursos públicos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A pratica do serviço social, fruto de processo de ruptura com o conservadorismo que culminou no final dos anos de 1970 se vê em uma encruzilhada com a ofensiva neofascista, ultraneoliberal e conservadora avançando no Brasil atual, particularmente pós governo Temer e Bolsonaro. A análise indica que é pertinente destacar a relevância da intervenção do assistente social na saúde mental - como também, ratificar a necessidade dos serviços ofertados por essa política de saúde como garantia de direitos para a pessoa em sofrimento psíquico. É necessário ao assistente social, atuante na política de saúde mental, problematizar as demandas e as intervenções, a fim de viabilizar o acesso aos direitos dos usuários com transtorno mental. O exercício profissional deve ser orientado por uma análise crítica para que, além de garantir a qualidade no atendimento aos usuários, a profissão possa se fortalecer como categoria atuante na Política de Saúde mental, diante dos retrocessos, e da hegemonia das relações de cuidado que estigmatizam e segregam usuários/as e suas famílias, e da perspectiva de assistência à saúde centrada em interações em hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: DF, Senado, 1998.BRASÍLIA. Saúde Mental: a lei 10.216 e os descaminhos do SUS. Audiência da Comissão de Seguridade e Família. Brasília: Câmara Federal, 2007. BISNETO, José Augusto. Serviço Social e Saúde Mental: uma análise institucional da prática. São Paulo: Cortez, 2007. CAPUTO, L. R.; TOMAZ, M.; BEDIM, V. B.; DUARTE, M. J. O. A saúde mental em tempos de desafios e retrocessos: uma revisão Argumentum, Vitória, v. 12, n. 2, p. 91-106, maio/ago. 2020. ½ ISSN 2176-9575 COSTA, Maria D. H. da. O trabalho nos serviços de saúde e a inserção dos assistentes sociais. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, v. 21, n. 62 p. 41, mar. 2000. COSTA, Newvone Ferreira da. (orgs.). O Serviço Social na teoria e na prática: os desafios contemporâneos. 1ª edição. Rio de Janeiro: SUAM, 2013. GUERRA, Iolanda. Instrumentalidade no trabalho do assistente social. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social. Módulo 4: Brasília: UNB, Centro de Educação Aberta, Continuada a Distância, 2000. IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, RAUL de. Relações sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico metodológico, 19. Ed. São Paulo: Cortez, 2006. MENICUCCI, Telma Maria Gonçalves. Política de Saúde no Brasil: entraves para universalização e igualdade da assistência no contexto de um sistema dual. Revista Serviço Social e Sociedade, n.87, ano XXVI. São Paulo: Cortez, setembro de 2006 (Edição especial – SUAS e SUS). PASSOS, R. G.; GOMES, T. M. da S.; FARIAS, J. S.; ARAÚJO, G. C. L. A (RE)MANICOMIALIZAÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL EM TEMPOS BOLSONARISTAS: A VOLTA DO ELETROCHOQUE E DAS INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, ISSN 2595-2420, Florianópolis, v.13, n.37, p.42-64, 2021. ROSA, Lúcia. Transtorno Mental e o Cuidado na família. 2ª Edição. Cortez Editora, São Paulo, 2008. SILVA, Jéssica. Família: Demandas para o Serviço Social. Revista Eletrônica, 2009. SILVÉRIO, Almeida Tundis; NILSON, do Rosário Costa. Políticas de saúde Mental no Brasil. Cidadania e Loucura. 8ª edição. Editora Vozes. Petrópolis, RJ. 2007. TRAD, Leny (org.). Família Contemporânea e Saúde: Significado, Práticas e Políticas Públicas. 22 Edição. Fiocruz Editora. São Paulo, 2010. VASCONCELOS, Eduardo Mourão. Saúde Mental e Serviço Social: O Desafio da subjetividade e da interdisciplinaridade. 4° Edição, Cortez Editora, 2004. YAAKOULB, Melissa Cavalcanti. A categoria determinante sociais da saúde no Serviço Social e a disputa de projetos profissionais: desafios à materialização do projeto ético-político. In: SOARES, Mauricio Caetano Matias; COSTA, Newvone Ferreira da. (orgs.). O Serviço Social na teoria e na prática: os desafios contemporâneos. 1ª edição. Rio de Janeiro: SUAM, 2013.
#570 |
Vivencias de padres y madres puertorriqueños con hijos que viven con trastornos de salud mental severos
José Antonio González Guardarrama
1
;
Verónica De Lourdes Suárez Campos
1
1 - Universidad Ana. G. Méndez.
Resumen:
Tener un hijo con algún diagnóstico de salud mental en el núcleo familiar es un factor que impacta la estabilidad de cada miembro de la familia. Esto suele pasar muchas veces por el desconocimiento que la familia enfrenta sobre la salud mental y la poca accesibilidad a los servicios para el individuo, como para los miembros que componen el núcleo. Las familias que comienzan a vivir la experiencia de lidiar con las manifestaciones de alguna condición mental atraviesan diferentes situaciones que crea un desbalance en sus relaciones, lo que puede alejar a cada individuo de su bienestar psicológico y social. Los miembros que componen las familias son afectados por los diversos componentes que presentan sus parientes al tener que manejar un proceso nuevo como es el diagnóstico de algún trastorno mental. Sistemáticamente existen diversos factores que impactan a cada individuo que forma parte del núcleo de la familia. Lo que sucede en cada individuo del sistema familiar repercute en general en la condición del otro. González (2007) señala la importancia sobre la alteridad familiar que radica en que gran parte de los recursos dispuestos por el individuo para definir sus relaciones humanas y sociales se derivan, en primera instancia, de las vinculaciones establecidas con los miembros y los distintos subsistemas de su hábitat de origen. Las relaciones familiares son vistas desde una perspectiva biopsicosocial y multifactorial, lo que explica que un individuo no es un ente aislado y todo cambio que ocurra impactará a cada miembro en el sistema familiar. Durante muchos años se resalta la patología mental centrándose como prioridad, pasando a un plano secundario la persona enferma y su familia, las dimensiones psicosociales y la atención desde un enfoque humanista. Alonso-Vega, Núñez de Prado-Gordillo, Lee, y Froján-Parga (2019) mencionan que el concepto de enfermedad mental grave ha sido desarrollado en el seno del modelo biomédico y ha determinado de forma teórica y práctica las intervenciones psicológicas dedicadas al tratamiento de estos problemas. Desde esta perspectiva se identifica como el tratamiento se dirige a estabilizar el síntoma, dejando atrás aspectos relacionados a la atención del paciente y sus familia. Los mitos, estereotipos, prejuicios y el discrimen crean desasosiego y falta de dirección para aquellos que padecen de algún trastorno mental y para sus familiares. La falta de orientación, tratamiento y psicoeducación por diferentes profesionales de la conducta puede quebrantar los lazos y el apoyo familiar hacia estos individuos que presentan trastornos mentales. Las necesidades que enfrentan estas familias al acceso a los programas de salud mental son un factor que impide su desarrollo como familia. A esto se suma la poca calidad en los servicios, sea por restricciones de los seguros médicos, insensibilización de los profesionales o falta de programas que limita el bienestar social y una mejor calidad de vida. Existen un sinnúmero de limitaciones por la cual estas familias atraviesan, pero es imperante la colaboración en proveer información y lograr el cambio en las actitudes hacia los individuos con diagnósticos de trastornos mentales y sus familias. En la medida en que las actitudes de las personas hacia el trastorno mental estén influidas por mitos, estereotipos, prejuicios y creencias negativas por las experiencias vividas de quienes lo padecen, resulta necesario explorarlas, ya que pueden constituirse en barreras que dificulten el acceso a los programas de salud mental en la población (Álvarez Ramírez & Pernía Carvajal, 2007).El propósito del estudio se dirige explorar de forma profunda y conocer el significado de la experiencia, las concepciones y las relaciones de un grupo de madres y padres puertorriqueños que tienen hijos adultos entre las edades de 25 a 40 años con trastornos de salud mental severos. Además, como impacta el sistema familiar tener en el núcleo un hijo con algún trastorno de salud mental severo y se dirige a describir los juicios que tienen un grupo de madres y padres puertorriqueños acerca de los trastornos de salud mental, explorar las experiencias vividas con sus hijos sobre los servicios de salud mental en Puerto Rico e identificar las fortalezas y limitaciones que presentan en la convivencia madres y padres puertorriqueños. La información obtenida empíricamente aportará a impactar la política pública, desarrollar programas y campañas psicoeducativas para el beneficio de estas familias, al igual que para el paciente de salud mental. Concienciará a los profesionales de la salud y la conducta de la importancia de los servicios, intervenciones y psicoterapias, dirigidos a las familias con pacientes mentales. Esta investigación está enmarcada dentro del método cualitativo y se utiliza el diseño con enfoque fenomenológico que consta de la experiencia de los sujetos, tal como se observa y como aparece (Moustakas, 1994). Este brinda la oportunidad de obtener información del fenómeno basada en la vivencia personal y el significado de la experiencia. Permite explorar a través de la recopilación de información profunda sobre las situaciones, necesidades y fortalezas que presenta el fenómeno bajo estudio. Se utiliza como fuentes de recopilación de información el cuestionario sociodemográfico y la entrevista a profundidad. El método de análisis que se utiliza en el estudio es el análisis fenomenológico propuesto por Moustakas (1994) que consta comprender y analizar el significado y la esencia de la experiencia vivida de un fenómeno (Quinn, 2002).
#574 |
El medio ambiente y su impacto en la salud mental
Veronica de Lourdes Suarez-Campos
1
;
José Antonio González-Guaradarrama
1
1 - Universidad Ana G. Méndez Recinto Carolina.
Resumen:
El medio ambiente y su impacto en la salud mental Profa. Verónica de Lourdes Suárez CamposDr. José Antonio González Guardarrama
Solamente podemos cuidar nuestro ambiente si somos conscientes de que formamos una unidad interdependiente. En la actualidad, los diferentes países del mundo experimentan una multiplicidad de problemáticas sociales que indudablemente repercuten en el ser humano como ser individual en representación del sistema social más simple. De alguna manera hemos decidido ser indiferentes a los eventos ambientales que representan acciones dañinas a nuestra salud física y mental. Las experiencias y responsabilidades diarias representadas por diferentes preocupaciones relacionadas al hogar, los aspectos económicos y el trabajo son priorizadas como aspectos principales a ser atendidos. Se identifica como en ocasiones la enajenación atrapa las mentes e impera el individualismo, olvidando todo aquello que afecta el colectivo sin tener la conciencia que un pequeño cambio en el sistema tiene repercusiones en otros subsistemas. Es importante tratar de comprender y comenzar a brindar importancia a todo aquello que afecta el medio ambiente. Partiendo de la premisa de que la problemática ambiental a nivel mundial representa uno de los mayores retos a ser afrontados por la sociedad, debemos apostar a una educación que nos invite a reconceptualizar los objetivos a ser trazados, con el propósito de crear conciencia y accionar a través de una planificación, control y medición de estrategias dirigido a provocar un cambio de paradigma en lo correspondiente a aspectos de política pública y planificación de país. El ser humano es un sistema que interactúa con otros subsistemas relacionándose con su medio ambiente en la búsqueda de mantener un balance y lograr un funcionamiento óptimo. Los diferentes cambios en el sistema inciden en el sistema en general. El individuo se afecta por un conjunto de fuerzas biológicas, psicológicas y sociales respondiendo al holismo que implica, que un sistema no puede ser entendido separado de sus partes, considerando la multiplicidad de relaciones bidireccionales y multifactoriales. Los sistemas están conectados unos con otros, lo que explica que el medio ambiente es parte esencial en la población humana. Tomando en consideración que el medio ambiente comprende las dinámicas sociales y culturales, por lo que no se deben perder de perspectiva las interacciones desde las diversas dimensiones. Partiendo de tales premisas es ineludible mencionar el sistema familiar determinante en la dirección y desarrollo del medio ambiente, en la que los roles del componente familiar representan un papel protagónico. Somos testigos del desconocimiento de las consecuencias de maltratar, agredir y descuidar el medio ambiente. Existen consecuencias que son nocivas para la salud física y mental como es el aumento de las enfermedades y las condiciones emocionales, por lo que resulta urgente educar sobre los procesos psicológicos y su relación con el ambiente físico y la conducta. La relación entre el medio ambiente y la salud mental puede ser compleja y para muchos difícil de establecer. La mayoría de las veces cuando se habla de salud mental se relaciona con los trastornos mentales más comunes. Sin embargo, se pierde de perspectiva la relación entre la contaminación ambiental y el deterioro a la salud mental.El continuo deterioro del ambiente impacta los pensamientos, sentimientos, emociones y la conducta del ser humano; manifestado por diferentes rasgos y síntomas de un malestar psicológico. El medio ambiente está compuesto por factores físicos, químicos, biológicos, económicos, psicológicos, sociales, culturales y espirituales donde los individuos interactúan. Según datos históricos, en la década del 70 surgieron los primeros movimientos en defensa del medio ambiente. Al pasar los años hemos sido testigos de un aumento en el interés y el conocimiento de distintos sectores sobre el medio ambiente y los distintos modos en que éste puede influir sobre la salud. Existen grupos en defensa de los recursos ambientales que protegen el planeta tierra y de forma indirecta protegen la salud de los seres humanos, buscando alternativas para crear conciencia ambiental en la sociedad. Representa un llamado de urgencia detener el daño ecológico, evitando a su vez comprometer las próximas generaciones, o peor aún privarlas de recursos indispensables. Actualmente el deterioro y la explotación a la naturaleza y a los recursos ecológicos evita que el ser humano tenga un equilibrio ecológico. Los cambios en el clima, calentamiento de los océanos, elevación del nivel del mar, sequias, inundaciones, contaminación, exceso de basura, poda de arboles, abuso de los recursos, pueden provocar y aumentar infecciones virus, bacterias y enfermedades, representan eventos que impactan la salud del ser humano, lo que hace vulnerable a la población en su medio ambiente. En diferentes países la industrialización ha sido el quebranto de los sistemas ecológicos, olvidando que un país puede estar en completo desarrollo sin comprometer sus recursos ni afectar el ecosistema. Desde la perspectiva de la salud, la violencia puede conceptuarse como causa y efecto; la violencia es causada porque la sociedad no ha creado la conciencia de la importancia de cuidar el planeta. Es una forma de opresión, pero también es un efecto, ya que la violencia es en sí misma un daño a la salud en tanto que altera la integridad psicológica y física de los individuos. Asimismo, la discriminación se niega el acceso a oportunidades, recursos y servicios a los individuos. Es decir, que los que defienden las causas ambientales están propensos a que su salud mental pueda afectarse por las situaciones negativas que suelen sufrir a diario a causa de la incomprensión de la sociedad y de la lucha de su causa. La sociedad es un factor importante para la prevención y protección del planeta. Los seres humanos experimentan experiencias que afecta el diario vivir y su desarrollo lo que resulta en estrés y en problemas en la salud mental.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Panel presencial
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#422 |
Patrimonio EntreNos: Memoria, Identidad profesional y Ética en Trabajo Social
Cecilia Aguayo Cuevas
1
;
Paola Mejía Ospina
2
;
Patricia Quintero
3
;
Magdalena Calderón Orellana
1
1 - Pontificia Universidad Católica de Chile.
2 - Universidad Católica de Santiago de Guayaquil.
3 - Asociación Interprovisncial de Trabajadores sociales de la zona 5 y 8 del Ecuador.
Propuesta del Panel:
La comunidad académica y práctica de Trabajo Social es portadora de un patrimonio asociado a su identidad profesional, su memoria y su historia, que en América Latina está pronta a cumplir 100 años. Este patrimonio, construido sobre valores, prácticas y técnicas y que se refleja en testimonios, producciones académicas, fotografías, formularios, libros, entre otros, excede los límites de la profesión y es una fuente de recursos y testimonios de relevancia para la sociedad en su conjunto, pues la historia de trabajo social también es la historia de las políticas sociales y de los grupos tradicionalmente excluidos. En efecto, recuperar la memoria y el patrimonio del trabajo social, implica reencontrase con la historia social de los pueblos. Asimismo, en tanto los trabajadores sociales han sido y son la cara visible de las políticas sociales, muchas veces representando al Estado y reconociendo a los sujetos más vulnerables (Duarte, 2013; González, 2017), en pos de la justicia social y el reconocimiento de la individualidad, reconstruir la identidad de la profesión desde la memoria y recursos patrimoniales, supone revisitar la historia desde la perspectiva de los sectores marginalizados y estigmatizados, tanto en el pasado, hoy en nuestro presente, y el futuro de nuestros pueblos. En estos casi 100 años de trayectoria, el trabajo social ha dejado huellas, sin embargo y parafraseando a Jelin si bien el pasado deja huella, esas huellas, en sí mismas, no constituyen <memoria>, a menos que sean evocadas y ubicadas en un marco que les dé sentido. De esta manera, este panel espera problematizar respecto al rol de la memoria y construcción de identidad en el trabajo social y sus desafíos, tarea que sólo recientemente se ha iniciado, ya que los saberes de trabajo social han sido ocultados e invisibilizados, por asuntos de género o ideológicos (Duarte, 2013). En este marco se espera que este panel, a partir de la memoria, permita reconocer identidades de trabajo social que el neoliberalismo ha buscado transformar, omitiendo su dimensión ética política y relevando el rol del “gestor de políticas públicas”. Reconocer estas memorias, éticas e identidades que se han construido en trabajo social, compartirlas y comunicarlas, es la base para divulgar el legado de promotores de la justicia social en el mundo, como lo sistematiza Gonzáles (2020) y potenciar el carácter transformador de la profesión. Reconociendo la dimensión colectiva de la memoria, de la identidad y del patrimonio, este panel se presenta desde una metodología participativa, donde las presentaciones de las panelistas, son pensadas como estímulo para la generación de una conversación que permite co-construir memorias in situ. En este sentido, el panel considera diferentes presentaciones que, expuestas en la primera parte del panel, esperan insumar el diálogo entre profesoras, estudiantes y profesionales de trabajo social, durante la segunda mitad del panel. Así, la profesora Magdalena Calderón Orellana, expondrá respecto a la dimensión patrimonial de las historias y memorias de trabajo social, considerando especialmente los testimonios, prácticas y recursos materiales que el trabajo social ha dejado como huella. Así se problematizará sobre la construcción de identidad profesional y como esa identidad se ha reflejado en recursos físicos, como testimonios, tesis, fotografías y otros documentos, que son considerados patrimonio. Por su parte, la profesora Cecilia Aguayo Cuevas presentará los resultados de su investigación Estudiantes de Trabajo Social como actores sociales. Memorias Éticas: Valores y Principios en contextos históricos Políticos y Sociales en Chile, donde se espera reconocer las memorias, éticas y políticas de estudiantes de trabajo social en la actualidad. Para después, descubrir a las memorias, éticas y políticas de profesores de Trabajo Social, a partir del trabajo de investigación de la profesora Paola Mejía Ospina, quien presentará resultados de la investigación Trabajo Social e Identidad Católica en la Universidad Católica de Santiago de Guayaquil y la Pontificia Universidad Católica de Chile, donde se han reconocido valores, prácticas e historias que se han articulado y entrecruzado para dar forma al Trabajo Social en América Latina en diferentes épocas de su desarrollo. Una vez realizadas las presentaciones, que se estima se desarrollen en 50 minutos, se potenciará un trabajo de taller basado en el diálogo y en la co-construcción de memoria, facilitado por la Profesora Patricia Quintero y la ayudante del grupo de investigación Pía Bórquez. Así a partir de un trabajo colectivo grupal y en base a los recursos presentados e identificados en las investigaciones que han desarrollado las profesoras - como fotos, testimonios, tesis, libros - se espera realizar un proceso de reflexión del sentido de dichos recursos para el trabajo social en América Latina. Finalmente, y en coherencia con los principios sobre los que se articula este panel, el resultado de la conversación en torno a la identidad y patrimonio entre los asistentes al panel será registrado y sistematizado para luego ser compartido entre los participantes como parte de la construcción de memoria colectiva de nuestra profesión.
FCS - A3
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#164 |
PROCESOS DE ENSEÑANZA/ APRENDIZAJE DEL TRABAJO SOCIAL EN CONTEXTOS COLABORATIVOS
ANA MARIA GONZALEZ FLORES
1
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WENDY GODOY ORMAZÁBAL
1
1 - UCSH.
Resumen:
PROCESOS DE ENSEÑANZA/APRENDIZAJE DEL TRABAJO SOCIAL EN CONTEXTOS COLABORATIVOS Wendy Godoy Ormazábal Ana María González Flores Académicas Escuela de Trabajo Social Universidad Católica Silva Henríquez – Santiago de Chile La ponencia que aquí se presenta, son los avances de un trabajo sistemático que se ha venido desarrollando desde el año 2017, un equipo de seis académicos y académicas de la escuela de Trabajo Social de la Universidad Católica Silva Henríquez (en adelante, UCSH), con estudiantes que cursan el segundo año de la carrera. En esta experiencia han participado 250 estudiantes.Esta iniciativa surge en un contexto de transformación de los procesos de enseñanza aprendizaje y la búsqueda por incorporar en la docencia universitaria metodologías activo- participativas que aporten en la articulación teoría - práctica de manera progresiva, mediante el acercamiento a la realidad social situada en contextos propios de la intervención profesional. Actualmente se cuenta con un proyecto de innovación de la docencia, financiado con fondos internos de la UCSH, para sistematizar y publicar los resultados de este trabajo en equipo. Metodológicamente se siguió el modelo de sistematización de Jara, O. (2018); que aporta una interpretación reflexiva-crítica de la experiencia vivida por los actores involucrados, a partir del registro sistemático de la misma, permitiendo develar los factores estructurales que han incidido en dicho proceso. Para el trabajo directo con los y las estudiantes se incorporó la metodología de aprendizaje de servicio, que entre otros aspectos les ubica como actores protagónicos del aprendizaje, dicho de otro modo, se constituyen en el núcleo central de la acción educativa, que a su vez le exige aportar específicamente un trabajo de calidad a una institución y/o agrupación, que es evaluado académicamente. En este sentido, no solo se espera que adquieran ciertas competencias, sino que contribuya a un proceso de cambio social, basado en la justicia social y los derechos humanos como referentes éticos. A su vez, la evidencia empírica señala que este tipo de trabajos aportan al desarrollo de competencias investigativas y reflexivas que forman parte de la disciplina. Durante este año un grupo de 100 estudiantes que cursan segundo año de la carrera, a partir de problemáticas propias del trabajo social, realizan diagnósticos y proponen intervenciones con familias que se encuentran en la etapa de crianza de la primera infancia, cuyas características principales son: la presencia de jefaturas femenina y de cuidadoras adultas mayores que viven en condiciones de pobreza, aspecto que como ha sido estudiado implica que se encuentran afectadas por múltiples factores que configuran una trama intereseccional que da cuenta de la agudización de la desigualdad social. Específicamente profundizan en el proceso metodológico, las estrategias y la trayectoria que surge del levantamiento y registro de información diagnóstica tendiente a lograr la detección temprana de vulneración de derechos de niños y niñas y sus familias que asisten a 7 Jardines Infantiles ubicados en tres comunas con altos índices de pobreza urbana. A su vez, se recogen la experiencia y aprendizajes relevantes que admiten estudiantes en la demostración de competencias conceptuales, procedimentales y actitudinales, mediante la implicación activa en su proceso de formación profesional, reconociendo la pertinencia metodológica de los instrumentos y técnicas aplicadas (uso de fuentes iconográficas, orales y escritas), que a su vez aporten a la institución respectiva (denominado desde la metodología de aprendizaje de servicio como socio comunitario) información significativa sobre la situación social de las familias que atiende y posibles líneas de acción a seguir. Metodológicamente la pedagogía se ha articulado desde una propuesta activo – participativa, situada, donde el docente asume un rol de facilitador/a, modelador/a y de acompañamiento en la aproximación a los escenarios de intervención profesional, realizando la docencia no solo aula tradicional, sino que en el escenario propio de la intervención profesional; rompiendo así con los márgenes del aula universitaria. El trabajo global de esta propuesta se organizó, en cinco fases, a saber. La primera se denominó indagación preliminar, que consistió en un proceso reflexivo con el equipo académico, sobre las implicancias de la metodología de As, como facilitadora de la articulación teórica-práctica- reflexiva. Una segunda fase, que se llamó formación en As para estudiante y elaboración de instrumentos propios del diagnóstico social, familiar (pauta de observación; ficha social; entrevista, protocolo de visita domiciliaria y formato de informe social). La tercera de ejecución en terreno, se aplicaron los instrumentos de la segunda fase, focalizándose en el reconocimiento del territorio, los espacios institucionales y el vínculo con las familias para realizar el diagnóstico social. La cuarta fase elaboración de diagnósticos sociales, reconociendo el formato del informe social, como la base de los diagnósticos profesionales. La quinta fase denominada de proceso y de cierre: refiere a la documentación y reflexión de los y las estudiantes en torno a los aprendizajes y la incidencia de este proceso en la formación profesional; de los y las académicas, en tanto rol formador; de las instituciones que son receptoras del trabajo de los y las estudiantes. Interesa destacar que uno de los resultados de este proceso ha sido la implementación de una metodología para la formación de trabajadores sociales, que permite contribuir a la detección temprana de posibles vulneraciones de derechos en la primera infancia, de un modo colaborativo, participativo y comprometido con la trasformación social; para ello trabajan conjuntamente equipos de académicos, de profesionales de las instituciones y estudiantes en formación, de manera contextualizada y situada que exige coordinación y reflexión permanente sobre el proceso desarrollado.
#214 |
Experiencias y Conocimientos sobre Investigación y Trabajo Social en primer año de carrera
Camila Véliz
1
1 - Universidad Alberto Hurtado.
Resumen:
En esta ponencia se busca compartir algunos de los resultados de resultados de la tesis doctoral “
Formación en investigación y enseñanza de las metodologías en carreras de trabajo social de universidades chilenas. La pregunta de investigación fue ¿Cuáles son los discursos sobre las prácticas y estrategias de formación en investigación y enseñanza de las metodologías de investigación social en carreras de Trabajo Social en universidades chilenas?Para cumplir estos objetivos se siguió una estrategia metodológica de enfoque interpretativo-cualitativo que recoge la experiencia de seis universidades chilenas que imparten programas de formación en Trabajo Social a nivel de pregrado. Tres de estos programas se desarrollan en Santiago y los otros tres en la ciudad de Concepción, ubicada en el sur de Chile (Región del Bio-Bío). Presentes resultados responden al sentido que la investigación social adquiere para estudiantes de trabajo social en su formación profesional. Sobre el primer elemento, referido al imaginario del Trabajo Social como una carrera interventiva, las y los estudiantes manifiestan que su ingreso a la Universidad está marcado por un deseo de transformación social, de ser protagonistas de cambios sociales en contextos de desigualdad e injustica. Por tanto, en primer año no hay una motivación manifiesta por los cursos de metodología, porque al inicio de su formación no observan “el sentido” que esto tiene. Estudios realizados sobre la enseñanza de la investigación en Trabajo Social a partir de la percepción de las y los estudiantes (Biegel & Yoon, 2013; MacIntyre & Paul, 2013), reportan que al iniciar los cursos de metodología las y los estudiantes presentan poco interés para aprender investigación social, porque no estaría dentro de sus prioridades de formación, ya que tienen dificultades para ver o identificar la relevancia de la investigación para la disciplina y para la intervención social. En complemento con lo anterior, desde la experiencia de un docente que hace clases en primer y quinto año en cursos de investigación, él observa que hay una jerarquización de la intervención sobre la investigación por parte de las y los estudiantes y esto podría ser una dificultad para dar sentido a la formación en investigación. Esta disposición y valoración puede vincularse con el debate disciplinar sobre la relación intervención-investigación social, y la crítica a esta última (por sus estándares) y, a su vez, con el hecho de que la investigación no figura como campo posible de intervención profesional. Biegel & Yoon (2013), afirman que comprender la enseñanza de la investigación en Trabajo Social, implica adentrarse a la vez en el rol que ha tenido la investigación en la misma disciplina, lo que posibilitaría que las y los estudiantes tuviera una mirada relacional entre la intervención e investigación social (Rozas, 2001). Un segundo elemento refiere a la noción de investigación social asociada a las ciencias naturales. Estudiantes y egresadas/os señalan que un obstáculo para motivarse con la investigación es que los docentes inician los cursos de metodología asumiendo que las y los estudiantes saben qué es una investigación social y qué tipo de investigación se desarrolla en el ámbito académico universitario. Este supuesto, más que generar motivación por el curso, genera una distancia que podría expresarse en desinterés o resistencia por conocer sobre investigación social. Tal como se expuso en el capítulo anterior, la motivación es esencial para movilizar los aprendizajes y disminuir las brechas para la formación. La motivación se configura como elemento central para el aprendizaje, pero a su vez la participación en el proceso de enseñanza-aprendizaje se tensiona cuando se les “exige” a las y los estudiantes conocer sobre investigación social y los profesores “asumen” conocimientos previos en el área. En este sentido, ¿qué es lo que conocen las y los estudiantes sobre investigación social cuando ingresan a la carrera? Conocen una noción de investigación vinculada al método científico y circunscrita al ámbito de las ciencias naturales. Al desconocer el campo de investigación de las ciencias sociales y, particularmente, del Trabajo Social, confluyen allí concepciones de investigación que no les son atractivas a las y los estudiantes a partir de sus argumentos para ingresar a la carrera. El o la estudiante que ingresa a la Universidad aprende a ser estudiante universitario, donde una parte importante tiene que ver con la dimensión académica propiamente tal; en este caso el ampliar el registro de comprensión de la investigación científica en el campo de las ciencias sociales, incorporando nuevos lenguajes. Gómez (2012) señala que no solo es “un cambio de
habitus” (estudiante de educación secundaria y educación universitaria) sino que además hace explícito que el ingreso a la Universidad transforma la identidad de las y los jóvenes porque se convierten en estudiantes universitarios. Estos elementos son centrales para quien desarrolla su docencia en los cursos de primer año, al requerir de mayor articulación y flexibilidad entre el área de conocimiento específico, el campo disciplinar y los conocimientos previos de las y los estudiantes (Biggs, 2006). Finalmente es un desafío pedagógico, es una invitación para que las y los estudiantes desnaturalicen y problematicen la noción de investigación en la cual han sido formados, y esto exige una aproximación donde el docente no es la verdad absoluta, como lo señalan apuestas tradicionales de la enseñanza, sino que sean facilitadores de los aprendizajes (Scribano, 2005, Morandi, 2014). Un tercer y último elemento es la actitud de resistencia a priori a las metodologías cuantitativas y estadística, por estar asociadas al mundo de las matemáticas. Este punto emerge con fuerza a partir de la experiencia escolar negativa de las y los estudiantes, en relación con su autopercepción de habilidades en el área y la relación que establecieron con sus docentes durante la enseñanza secundaria. Esta actitud de resistencia
a priori a las metodologías cuantitativas y a estadística se justificaría porque las y los estudiantes no se “reconocerían capaces para aprender”. MacIntyre y Paul (2013) y Postlethwait (2012) señalan que la ansiedad que producen los cursos de investigación se encuentra asociada a las habilidades que las y los estudiantes perciben de sí mismos en el ámbito de la estadística y las matemáticas.
#233 |
O Serviço Social em diálogo com os movimentos sociais do campo: uma experiência de formação profissional em Serviço Social
Maristela Dal Moro
1
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Elaine Martins Moreira
1
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Maria Clara Araujo
1
1 - UFRJ.
Resumen:
Esse trabalho é parte de uma pesquisa em andamento que tem como objetivo analisar as potencialidades e desafios da experiência de formação profissional em Serviço Social de militantes dos movimentos sociais do campo que ocorreu na Escola de Serviço Social da UFRJ, no período de 2011 a 2017. Serão apresentados aqui, parte dos resultados os quais demonstram as potencialidades e desafios desta experiência e os impactos que o ingresso no ensino superior e de formação profissional em Serviço Social provocou na vida desses militantes. O vínculo desses sujeitos com a Universidade e, mais especificamente no curso de Serviço Social da UFRJ, se deu através da articulação desta Escola com a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), e com o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) financiada pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), o qual estava vinculado ao Instituto Nacional de de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Esta articulação permitiu que sessenta militantes ingressassem no curso de Serviço Social da UFRJ formando uma turma, a qual passou a ser denominada Carlos Nelson Coutinho. Essa turma, foi constituída por homens e mulheres vinculados ao MST. Estavam representados, também, o Movimento de Mulheres do Campo e o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e eram provenientes de assentamentos e acampamentos da reforma agrária, de 19 estados do Brasil. Vale ressaltar algumas características desta turma, a começar pela faixa etária distribuída entre 17 até 50 anos. Quanto ao sexo, era significativo o número de homens, o qual atingia um percentual de 40% do total dos alunos. Outro fator importante era a trajetória desses trabalhadores, tendo em vista que grande parte destes tinham uma intensa participação política e eram quadros de dirigentes dos movimentos aos quais estavam vinculados. Esse curso foi regido pelo Regime de Alternância o qual se pautava na constituição de dois tempos educativos: Tempo Escola e Tempo Comunidade. Essa metodologia define o processo de aprendizagem tanto no ambiente escolar quanto no espaço onde o estudante vive, como momentos da reflexão teórico-prática das temáticas discutidas no decorrer do tempo-escola e estas deverão subsidiar as intervenções na realidade. O Tempo Escola seria seria o momento em que os estudantes estariam presentes na Universidade e deveria ocorrer em, no mínimo dois meses a cada semestre, tempo necessário para o cumprimento da carga horária das disciplinas e para a participação de outras atividades acadêmicas no âmbito da pesquisa e da extensão, condição fundamental para uma formação de qualidade. O Tempo Comunidade assumiu o papel de complementação da formação e se daria através da realização de trabalhos de caráter teórico, de pesquisas sobre a realidade dos estudantes e da realização de atividades de extensão em parceria com as universidades próximas da residência dos estudantes. Foram vários os desafios na implementação deste curso, desde as condições de ordem financeira de deslocamento e permanência dos estudantes na cidade do Rio de Janeiro, até as questões relativas ao aproveitamento dos conteúdos e da compreensão das particularidades do curso de Serviço Social, sua natureza e objetivos, o que levou a algumas desistência no decorrer de sua implementação. Resguardadas essas dificuldades, o balanço da experiência ora em andamento, vem apontando que as conquistas e avanços são superiores, pois cumpriu um papel importante no processo de formação desses militantes, na qualificação, na sua inserção no âmbito laboral e de sua militância Fica explícito a importância dessa experiência para a Escola de Serviço Social. Os debates ainda incipientes no âmbito da profissão, mas que estão diretamente relacionados com a questão social, tais como a questão agrária, os conflitos agrários, a reforma agrária, a produção de alimentos a (in)segurança e soberania alimentar, entre outros, entram de forma mais consistentes no âmbito do debate, da pesquisa e da extensão no curso. Essas questões pautaram, também, os campos de estágio onde os alunos se inserem e foram objeto de estudo e de produção dos Trabalhos de Conclusão de Curso desta turma e de outros estudantes da ESS. Por outro lado, o ingresso na Universidade possibilitou o acesso à educação superior a quem não teria possibilidade de se inserir na educação superior de outra forma. Em torno de 60% destes estudantes romperam a exclusão educacional que assolou as suas famílias, visto que foram os primeiros a receberem o grau do ensino superior entre todos os membros de suas famílias. Um dado considerado relevante é o grande número de egressos desta turma dariam continuidade a formação através do ingresso em cursos de pós-graduação lato sensu stricto sensu perfazendo um total de 35% dos formados. Chama atenção os ingressantes em curso de pós-graduação stricto sensu da área de Serviço Social. Dois egressos já concluíram o doutorado na área e já atuam como docentes em universidades federais em cursos de Serviço Social e dois estão em fase de conclusão. O mestrado, tanto na área de Serviço Social como de outras áreas afins tem sido a opção de 10% dos concluintes. Há uma expectativa de grande parte dos formados em investir na sua qualificação e as razões são distintas, dependendo da inserção após a conclusão do curso. O número de militantes que se inseriram em campos de trabalho do Serviço Social e estão representados por 32% dos que responderam o questionário. Há uma demanda grande, no entanto, de se preparar para realizar concursos públicos na área, vencendo uma relativa resistência de grande parte dos estudantes no início do curso, muitos deles por considerarem a profissão de assistente social profundamente conservadora. A importância da formação profissional em Serviço Social foi apontada como fundamental, também, por um número de sujeitos, que ao concluir o curso retornaram às suas atividades de militância. São estes que ressaltam a qualidade da formação como um ponto forte do curso e da importância dos fundamentos que orientaram a formação, os quais vêm contribuindo de forma significativa no aprofundamento do senso crítico e de sua capacidade analítica, pontos fundamentais na qualificação de suas frentes de luta.
#245 |
Reflexiones sobre los desafíos actuales en la formación profesional en Trabajo Social
Dorelí Pérez
1
;
Carla Calce
1
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Ana Laura Cafaro
2
1 - Facultad de Ciencias Sociales UDELAR.
2 - Facultad de Ciencias sociales UDELAR.
Resumen:
La presente ponencia es resultado del trabajo que llevamos adelante en el Área Académica Estudios sobre Infancia y Adolescencia del Departamento de Trabajo Social en la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de la República, que articula actividades de enseñanza, investigación y extensión desde el año 2006, pero que se consolida, con el desarrollo en 2015, de la asignatura
Proyecto Integral Infancia, Adolescencia y Trabajo Social. Sujetos, Políticas y Ejercicio Profesional correspondiente a la Licenciatura en Trabajo Social.Si bien la asignatura refiere al campo de la infancia y la adolescencia, esta no se concibe como lógica de especialización, sino en términos de ejercicio formativo, para que estudiantes de 3ero y 4to. año, realicen una lectura crítica de la realidad y tramiten las exigencias que requiere el diseño de las estrategias de intervención e investigación y su puesta en práctica.En este trabajo entonces, se pretende dar continuidad y profundizar el análisis acerca de la integralidad de las funciones de enseñanza, investigación y extensión en perspectiva de diálogo con los actuales debates teóricos y políticos que atraviesan el campo de la enseñanza, la formación y el ejercicio profesional. En esta línea, es preocupación del equipo docente generar las condiciones para la integración de los procesos de enseñanza-aprendizaje con la producción rigurosa de conocimientos, a partir de las preguntas que surgen de la realidad, en el encuentro con los sujetos de la intervención y sus problemáticas. Esto en el entendido que la formación profesional debe otorgar una solidez teórica que permita intervenciones fundadas desde un posicionamiento ético-político, pero además debe otorgar herramientas para conducir procesos de investigación. Es decir, debe enfatizar la investigación como forma de lograr una comprensión de la complejidad social (Matus, 2003) que permita innovaciones en el quehacer profesional y en consecuencia una mejor intervención.Pero previo a pensar en un proceso de investigación en este camino por aprender el oficio de Trabajo Social, resulta importante detenerse en uno de los nudos que está presente en el estudiantado que tiene que ver con lo que Carlino (2003) plantea en torno de la lectura y comprensión de textos científicos y académicos. El docente no debería dar por sobreentendido que se comprendió y se pudo interpretar un texto, sino retomar la lectura apuntando a la discusión colectiva en aula. Esta responsabilidad compartida entre docente y estudiantado, de lo que Carlino (2003) llama
alfabetización académica, puede introducirlos a conocer distintas líneas de pensamiento y debates actuales, que seguramente orientarán no sólo su proceso de aprendizaje del oficio y su intervención, sino también el proceso de investigación al que se quiere apuntar en tanto estudiantes y futuros profesionales. En el espacio de análisis y orientación del ejercicio pre profesional, los y las estudiantes plantean la noción de “aplicar” la teoría, como forma de articulación y comprensión de los problemas sociales. Esta idea hace evidente, que sus expectativas no expresan un interés particular relacionado con el conocimiento, comprensión y problematización de la realidad que se pretende conocer. En este sentido y siguiendo a Bauman, Leopold (2018) aporta una interesante visión sobre la relación actual que se tiene con el conocimiento, en esta época donde “la modernidad líquida”, y los procesos de individuación devienen en una dinámica de vida donde todo se debe procesar con inmediatez, con rapidez, podríamos decir que se sobrevuela sobre el conocimiento. Esta relación superficial con el conocimiento que se puede observar en las y los estudiantes, va en detrimento del proceso de apropiación de los contenidos téorico-metodológicos, del
saber ser y el saber hacer como menciona Graciela Tonon (2008).El
saber, para la autora refiere a los conocimientos teóricos-metodológicos adquiridos durante el proceso de formación, y el
saber hacer corresponde a la operativización en la práctica de esos conocimientos. Agrega la autora, la noción del
saber ser, que refiere a la forma en cómo se establece el vínculo con los sujetos con los que se trabaja.La propuesta de formación disciplinar del Proyecto Integral (…), se sustenta entonces en una modalidad de enseñanza-aprendizaje motivada en la intención de provocar y estimular experiencias de intervenciones pre-profesionales comprometidas y fundadas: esto es animar una formación disciplinar rigurosa en cuanto al
saber hacer y al
saber pensar; dos momentos indisociables en el quehacer profesional y que ponen de manifiesto las definiciones y decisiones ético políticas sobre la formación de grado. (Leopold,S, et.al, 2018: 105)En este sentido, poder articular y desarrollar estos dos momentos implica un desafío para la estrategia pedagógica, ya que se trata de “romper” con un modelo que ha prevalecido y prevalece en las propuestas curriculares de la educación formal, escolar y secundaria, donde deconstruir ese modelo resulta clave para posibilitar un proceso de enseñanza-aprendizaje que permita al estudiante superar la dicotomía teoría- práctica que permanece arraigada.En torno a estos dilemas que atraviesan hoy la formación disciplinar, sus controversias y estrategias de abordaje, se desarrolla esta exposición. Bibliografía: Leopold, S; et.al (2018). Intervenir e Investigar. Reflexiones sobre el actual proceso de formación de las Trabajadoras y los Trabajadores Sociales en la Universidad de la República, Uruguay. Revista Regional de Trabajo Social, Vol 32, Nro 72. p 100- 111. Editorial Eppal. Montevideo, UruguayCarlino, Paula (2003). Leer textos científicos y académicos en la educación superior: Obstáculos y bienvenida a una cultura nueva.
Por los caminos de los semilleros de Investigación, Universidad de Antioquia, Grupo Biogénesis, Medellín, Colombia, Vol. 3, No. 2, 17-23 Leopold, S. (2018) Qué las ideas vuelvan a ser peligrosas. Formación, conocimiento y Trabajo Social. En: Transformaciones sociales, protección social y Trabajo Social, XII Congreso Nacional de Trabajo Social. Trabajo Social, Facultad, Montevideo. Matus, Teresa (2003).
La intervención social como gramática. Hacia una semántica propositiva del Trabajo Social frente a los desafíos de la globalización. En: Revista de Trabajo Social Nº71, pp. 55-71, Santiago.Tonon, G. (2008) La supervisión como cuestión profesional y académica, en Tonon, G; Robles, C y Meza, M. (coord.) La supervisión en trabajo social: cuestión profesional y cuestión académica. Buenos Aires. Espacio Editorial.
#246 |
O GEFEPSS e as mediações politico-acadêmico-científicas para o fortalecimento do projeto de formação profissional do Serviço Social crítico no Brasil
Lucila de Souza Zanelli
1
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Lesliane Caputi
2
;
Gabriele Ponciano da Silva
3
;
Tales Willyan Fornazier Moreira
4
1 - Programa de Pós-graduação em Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Mestranda).
2 - Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Docente).
3 - Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (Doutoranda).
4 - Programa de Pós-graduação em Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Doutorando).
Resumen:
Este trabalho reúne elementos históricos sobre um grupo de estudos e pesquisa vinculado à um curso de graduação em Serviço Social de uma universidade federal pública no Brasil. Apresenta considerações gerais sobre a formação profissional na área, no contexto brasileiro, e se propõe ao registro de um balanço dos seis anos de constituição do referido grupo, sobretudo quanto às repercussões político-formativas que tem reverberado.O objeto em tela é o Grupo de Estudos e Pesquisa em Fundamentos, Formação e Exercício Profissional em Serviço Social, o GEFEPSS. Este grupo emerge diante um processo de mediações que explicita a dinâmica do Movimento Estudantil de Serviço Social no curso da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, localizada no campus de Uberaba/MG (Brasil). A afinidade crescente entre uma docente e um pequeno agrupamento de estudantes engajado na defesa de uma práxis política, solidamente fundamentada nos princípios do Projeto ético-político do Serviço Social, foi a força motriz propulsora desta construção, que neste ano de 2022 completa 06 anos de existência. Em 2015, confluências no debate dos fundamentos, da formação e do exercício profissional começam a ganhar uma forma coletiva neste debruçar investigativo, a qual, em abril de 2016, se consolida com a fundação formal do GEFEPSS. Assim, este projeto nascente se propôs a ressaltar a relevância do estudo proposto à indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa, e a extensão; fortalecer o curso em Serviço Social da UFTM; se implicar no processo de efetivação do Projeto-Ético-político profissional, mediante a realização de estudos e pesquisas no debate dos fundamentos, da formação e do exercício profissional; participar em eventos nacionais e internacionais; produzir conhecimento acadêmico de cunho técnico e bibliográfico e promover organização de eventos (GEFEPSS, 2016).Este conjunto de objetivos expressa o processo de gênese do GEFEPSS, que ano a ano tem mantido seu direcionamento sociopolítico ao mesmo passo em que vem construindo outras parcerias, articulações e ocupando espaços na esfera político-acadêmica científica.Um marco significativo em sua gênese é a realização de uma pesquisa de iniciação científica: desta frutífera investigação, desdobraram-se mais estudos na sequência, com foco na temática da organização política de estudantes do curso, estes que constituem a base da qual o Centro Acadêmico “XV de Maio” é a entidade de representação máxima.Diversos estudos já foram realizados nos encontros quinzenais (hoje, mensais), no qual reuniram-se à princípio, uma docente-líder e estudantes de graduação. Não obstante, hoje a composição diversa do GEFEPSS representa muitos processos que se gestaram através da mediação construída no e pelo próprio grupo. Atualmente, além de estudantes de graduação e a docente-líder, a constituição do GEFEPSS envolve estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado), assistentes sociais (docentes em outras instituições de ensino superior/IES e na UFTM, bem como profissionais com vínculos trabalhistas em prefeituras e entidades privadas no município de Uberaba/MG - Brasil e região). É importante enfatizar que o GEFEPSS tem possibilitado também a aproximação de estudantes de graduação com a pós-graduação, mesmo que na IES correspondente ao grupo não se tenha oferta de estudos pós-graduados na área. Até hoje, mais de 20 estudantes e profissionais já estabeleceram vínculos diretos com o grupo, e os alcances realizados através de outras iniciativas têm se apresentado muito significativos, visto que já foram realizados/as:1. duas edições de um projeto de extensão (“Práxis Política na Formação Profissional da/o Assistente Social”)2. uma disciplina eletiva no curso da UFTM (“Dimensão Socioeducativa do Serviço Social”);3. três projetos de iniciação científica finalizados (“O significado da militância na formação profissional em Serviço Social: um estudo realizado no curso da UFTM”; “Dimensão Ético-política do Serviço Social e o debate do Centro Acadêmico no curso da UFTM”; “Perfil das/os estudantes do Centro Acadêmico XV de Maio do curso de graduação em Serviço Social da UFTM: elementos para se pensar a formação profissional”), os dois primeiros, com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de Minas Gerais/FAPEMIG; 4. nove trabalhos de conclusão de curso finalizados (“Movimento Estudantil de Serviço Social e o Projeto ético-político na formação profissional em Serviço Social”; “A precarização da educação superior e seus implicativos para a formação profissional em Serviço Social: uma análise do atual contexto”; “Dimensão Socioeducativa do Serviço Social: processo de sua construção na formação profissional”; “Movimento Estudantil de Serviço Social e consciência de classe: um debate a partir da ENESSO”; “A assistência estudantil na Universidade Federal do Triângulo Mineiro: descrição da política de permanência universitária a partir da intersecção do Serviço Social e a participação social na efetivação dos direitos estudantis”; “
FUTURA-SE: programa de derruição da Educação Superior Pública e descaminhos para a Formação Profissional em Serviço Social”; “O diário de campo de estágio em Serviço Social: concepções, descaracterizações e potencialidades”; “A indústria midiática como instrumento da manutenção da hegemonia”; “Educação Popular e a perspectiva da construção de um outro mundo possível”), além de outros em andamento;5. quatro edições do Seminário GEFEPSS “Na luta de classes, não há empate”, além de uma série de ciclos de debate e rodas de conversa;6. um conjunto de publicações científicas nas principais revistas/periódicos de referência e excelência na área do Serviço Social e em outras afins, socializando os debates e acúmulo gestados neste grupo;7. a articulação de uma Rede Mineira de Grupo de Estudos em Fundamentos em Serviço Social (a ReMGEFSS).Com esta trajetória aqui muito brevemente sintetizada, vale ressaltar o importante compromisso que o grupo reivindica com a construção das entidades representativas da categoria profissional no Brasil e as com as importantes entidades internacionais com as quais o Serviço Social têm se articulado, sobretudo, na América Latina.Neste contexto regressivo que marca a conjuntura brasileira, o GEFEPSS mantém-se na direção da construção do PEP, como estratégia de resistência ao projeto de educação do capital e as ofensivas de mercantilização e precarização da educação pública no país. GEFEPSS. Grupo de Estudos e Pesquisa em Fundamentos, Formação e Exercício Profissional em Serviço Social. Espelho do grupo no Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil. 2016. Disponível em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/214202. Acesso em: 29 abr. 2022.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#053 |
Ações afirmativas no Brasil: uma breve introdução
Carlos Santos
1
;
Guilherme Almeida
2
1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
2 - Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Resumen:
Na atualidade, as discussões sobre as ações afirmativas estão presentes na sociedade de forma geral, porém, nem sempre foi assim. As discussões - não apenas das ações afirmativas mais qualquer assunto que versasse sobre a população negra - estavam mais restritas aos grupos e pessoas que tratavam mais diretamente da questão racial no país. Sendo assim, esse trabalho terá como objetivo contextualizar o início das ações afirmativas no Brasil, a partir de uma pesquisa bibliográfica com referências contemporâneas e históricas. Podemos realizar um breve histórico de iniciativas que traziam para o plano social a denúncia da desigualdade racial presente no Brasil. A Frente Negra Brasileira (FNB), criada em 1931, é considerada um dos primeiros grupos de negros organizados politicamente, chegado a ser um partido político que logo foi extinto pelo Estado Novo. Além dessa frente, podemos citar a partir da década de 1940: a criação da Orquestra Afro-brasileira; o Teatro Popular Brasileiro; a União dos Homens de Cor; o Teatro Experimental do Negro, entre outras, que sofreram desmobilização a partir da década de 1960 (ALBERTI; PEREIRA, 2006). Seguindo a linha apresentada pelos autores, já na década de 1970, com o aparecimento de várias entidades em diversos estados, configurou-se o que conhecemos como Movimento Negro Unificado (MNU). Esse movimento tem como principal bandeira evidenciar a existência do racismo na sociedade brasileira e desenvolver uma consciência ou identidade negra. Dessa forma, muitas reivindicações surgiram no plano nacional e eventos, como em 1988, quando protestos contra a comemoração do centenário da “falsa” abolição e em 1995 a Marcha Zumbi dos Palmares reuniu, em Brasília, centenas de pessoas que marchavam contra o racismo. Além da criação da Fundação Palmares e a inclusão na Constituição Federal do crime de racismo como inafiançável e a propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescente de quilombos. Ainda na década de 1990, dois projetos chamaram atenção no país, um de autoria da então senadora Benedita da Silva e o outro do senador Abdias do Nascimento. Ambos os projetos tratavam de cotas mínimas ou reservar de vagas para negros e negras tanto na educação, quanto no mercado de trabalho (público e privado). Os projetos não passaram nas casas legislativas, mas suscitaram o debate para o movimento negro. Alberti e Pereira (2006) em pesquisa realizada com diversos membros do movimento negro para contextualização do debate sobre as cotas, identificaram que o tema tornou-se bandeira para os mesmos a partir dos últimos anos da década de 1990, quando iniciaram-se os preparativos para participação na III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em 2001 na cidade de Durban, África do Sul. É quase um consenso entre os estudiosos que foi a partir dessa Conferência que iniciou-se um debate nacional sobre a questão racial e ações afirmativas, mesmo que inicialmente ligada a reserva de vagas para negros nas universidades públicas. A política de cotas, como ficou conhecida, foi o assunto mais divulgado do documento resultante da conferência, mesmo que estivesse expressa em apenas uma linha. A mídia fez eclodir o tema e assim começou o debate na sociedade. Nesse trabalho, as “
ações afirmativas são entendidas como políticas públicas que pretendem corrigir desigualdades socioeconômicas procedentes de discriminação, atual ou histórica, sofrida por algum grupo de pessoas” (BERNADINO, 2002, pág. 256). É interessante esse conceito em dois pontos, primeiro, chama atenção para o momento – atual ou histórico – e segundo para quem se direciona – algum grupo de pessoas. Os deficientes físicos, por exemplo, são alvos de ações afirmativas com majoritário apoio da sociedade. Contudo, quando tratamos das ações revertidas para a população negra, o que se percebe é um grande tensionamento, visto que, o mito da democracia racial ainda é arraigado no contexto social. Segundo esse mito, as relações raciais no Brasil seriam harmoniosas, haja vista a celebração da miscigenação como símbolo da identidade nacional e que vivíamos em uma sociedade sem diferença entre as pessoas, quando analisamos sua condição racial, acrescentando a figura do pardo, pessoa que descende da mistura entre as raças. Dessa forma, Alberti e Pereira (2006) afirmam que é contra essa ideia difusa de "democracia racial" que a bandeira das cotas se dirige, pois ela implica necessariamente um reconhecimento das diferenças e a colocação da questão "quem é negro no Brasil?". Tudo isso torna-se importante para refutar algumas ideologias formuladas no país que persistem até hoje A primeira é de que com a miscigenação nós democratizamos a sociedade brasileira, criando aqui a maior democracia racial do mundo; a segunda de que se os negros e demais segmentos não-brancos estão na atual posição econômica, social e cultural a culpa é exclusivamente deles que não souberam aproveitar o grande leque de oportunidades que essa sociedade lhes deu (MOURA, 1988, pág. 46).Isso também é motivado porque muitos justificam que não tivemos um regime político de
apartheid como na África do Sul ou as conhecidas leis “Jim Crow” nos Estados Unidos. Mas o ministro do Supremo Tribunal Federal – STF, José Roberto Barroso, em seu voto pela constitucionalidade das cotas pontua que Nós não precisamos disso, porque aqui o racismo era tão estruturalmente arraigado que isso já acontecia naturalmente, independente de lei, como consequência da marginalização e do próprio sentimento de inferioridade que isso criava. Nós nos acostumamos com uma sociedade em que os negros eram tratados de uma maneira estratificada, hierarquicamente inferiores nas atividades que desempenhavam. Assim, acostumamo-nos que negros eram porteiros, faxineiros, pedreiros, operários; negras eram empregadas domésticas. Alguns chegavam a jogador de futebol (BRASIL, 2017, pág. 20)Voltando ao debate das cotas, após a Conferência de Durban acontece um processo de institucionalização e de transformação das reivindicações do movimento em políticas públicas. Se antes as cotas geravam mais dúvidas do que certezas dentro do movimento negro, percebeu-se que as mesmas não iriam acabar com o racismo no Brasil, mas as “
ações de resistências só são possíveis se há crítica da realidade e, consequentemente, ampliação da consciência e necessidade de vislumbrar novos horizontes e superar limites que impediam realização plena de sua humanidade.” (ALMEIDA, 2009, pág. 820).
#387 |
Intervención Social y Derechos Humanos: la materialización del ideario de la modernidad.
Ronald Zurita
1
1 - Universidad Autónoma de Chile.
Resumen:
El presente trabajo, desde una discusión teórica, conceptual y bibliográfica, aborda la discusión en torno a la intervención social, anclando su sentido en el ideario de la modernidad. Al amparo de la cosmovisión moderna se abriga también a los Derechos Humanos, cuyo mandato universal converge en el quehacer de las disciplinas vinculadas a la intervención social, al amparo de los estados modernos. La discusión propuesta por el trabajo se ubica desde un diálogo contemporáneo, atalaya que sirve para observar al leviatán hobesmasiano y los enclaves de dispositivo que se generan a partir de estas lecturas, puestas en tensión con las voces que imprimen el carácter de dispositivo en las acciones desplegadas por la intervención social, negando la supuesta dicotomía entre una intervención social coercitiva y una emancipadora. Desde la voz propuesta por este artículo, la intervención social posee las posibilidades de convertirse en un ente catalizador, en la medida en que asume su pacto indeleble con los mandatos de los derechos humanos, entendiéndolos a estos como un pacto inacabado, capaz de ser revitalizado en un constante diálogo contextual, amplio y diverso, al interior de los procesos de intervención.La intervención social como construcción teórica en sus dimensiones éticas, epistemológicas y metodológicas, se erige para la disciplina del trabajo social como un hito fundante, fuente identitaria y leitmotiv de existencia de la disciplina (Saavedra, 2017). A este amparo, las problematizaciones necesarias que sitúen a la intervención social como objeto central de discusión, desde un trabajo conceptual, aportarán a construir acuerdos en torno a la indagación, caracterización y descripción de procesos de investigación e intervención en trabajo social (Cifuentes Gil, 2004) en particular y desde las ciencias sociales, en general. Aun cuando existen diferentes ópticas para situar a la intervención social, su surgimiento, caracterización y su relación con el trabajo social, diríase que hoy por hoy existe un consenso marcado por asumir que ambas poseen un vínculo indeleble, y ambas, desde la perspectiva asumida por este trabajo, son un fruto epocal: no existen fuera del contexto de la modernidad (Muñoz, 2011).El presente trabajo pretende desentrañar la relación que existe entre la intervención social y los Derechos Humanos, sirviéndose para ello de una discusión teórica y conceptual que permita caracterizar este vínculo, por medio de un análisis socio histórico situando a la intervención en su contexto de surgimiento y desarrollo. Para alcanzar este fin, el trabajo se propone un esquema analítico de problematización conceptual que avanza desde el situar a la modernidad y su consecuente caracterización, identificando y “aislando” a las que pueden ser vistas como fruto del ideario de la modernidad, a saber: estados modernos (o estados nacionales), derechos humanos e intervención social. Desde la perspectiva propuesta por este trabajo, estos tres elementos forman el triunvirato desde donde se ubicará el quehacer del trabajo social en la actualidad. Con regularidad se recurre a Habermas (1989) para hacer alusión a la modernidad como proyecto inacabado. Numerosos serán los autores y autoras que profundizarán en las mentadas promesas incumplidas de la modernidad (Bauman y Bordoni, 2016). Acá, la tesis de este trabajo propondrá entonces leer a los derechos humanos en esta misma clave: como proyecto inacabado.En los albores del siglo XXI, resulta imposible desconocer y no asumir los principales vacíos o flancos débiles que poseen los derechos humanos en tanto pretensión de norma de aplicabilidad universal y global. Una de las críticas quizás mejor conceptualizadas, detalladas y relevadas, es la que hará el filósofo italiano Giorgio Agamben en su obra Homo Sacer (1998), en donde, en términos muy generales y riesgosamente reduccionistas, diríamos que se caracteriza al homo sacer como a esos ciudadanos como a quienes se les ha privado (o negado) su condición de humano, y por consiguiente se les negará el “goce” de los derechos humanos: prisioneros de guerra, presos de Guantánamo, refugiados, torturados/as en Auschwitz, etc. Conocido es también el controversial artículo de Žižek (2011): En contra de los derechos humanos. Muy en el estilo del filósofo esloveno, este título ha de ser entendido más en el modo de una provocación de un titular sensacionalista, que como una prerrogativa imperativa a la abolición del pacto universal. Žižek plantea “los derechos humanos universales son de hecho el derecho de los varones blancos propietarios a intercambiar libremente en el mercado, explotar a los trabajadores y a las mujeres, y ejercer el dominio político” (p. 97), lógica que ha servido para justificar “las «grandes» intervenciones políticas que buscan una transformación global: las experiencias terroríficas del siglo XX” (p. 93), tales como las mentadas luchas contra el terrorismo, en donde además Žižek ve una doble cara en la dominación: la invasión territorial violenta y armada, a la vieja usanza y la manifestada por medio de
ayuda humanitaria. Asumiendo estas críticas y otras a las que por extensión no haremos mención en esta oportunidad, estimo que el pacto universal de los derechos humanos ha de ser un pacto en revisión. Ha de ser entendido como un proyecto inacabado. Las características civilizatorias de la postguerra, de ese contexto en particular, resultan diametralmente diferentes a las que observamos en la actualidad, lo que necesariamente exige una revisión global, de lo que, a juicio de este trabajo, el pacto universal de los derechos humanos ha sido el acuerdo de mayor relevancia al que ha llegado nuestra civilización, hasta el momento. Ciertamente perfectible, revisable e integrando las criticas eurocéntricas, feministas, decoloniales, indigenistas, de revisión de privilegios de élites, de diversidades y un largo etcétera. Situando en el horizonte, que la revisión y revitalización de un nuevo pacto global será lo que nos pueda prevenir de la barbarie en cierne.
#411 |
LA IMPORTANCIA DE LOS DERECHOS HUMANOS COMO EJE TRANSVERSAL DE LA FORMACIÓN DE LAS PERSONAS PROFESIONALES DE TRABAJO SOCIAL
Norma Angélica Gómez Ríos
1
1 - FITS-ALyC.
Resumen:
Como un efecto de la Pandemia COVID-19, las condiciones humanas de los pueblos en América Latina y el Caribe, se ven con más crudeza, la desigualdad se profundiza, los efectos en las pandemias preexistentes se revelan claramente como la violencia en contra de las mujeres, las prácticas de desigualdad entre los pueblos, la vulnerabilidad a las personas que buscan mejores condiciones de vida a través de la migración y los desplazamientos forzados, que les pone en circunstancias deshumanizantes, entre otros ejemplos. Si lo que queremos es atender y hacer efectivos los DDHH requerimos primero plantear como primer eje disminuir la desigualdad, atender la violencia, crear confianza y construir lazos de solidaridad y transparencia, a través del fortalecimiento de la participación ciudadana y el ejercicio pleno de los derechos. Cómo será posible crear confianza en un marco donde de forma persistente se vulneran los derechos humanos, como podemos construir puentes, si los lazos de justicia y los debidos procesos, la suficiente transparencia y servicio a la sociedad están rotos.La construcción de puentes de confianza, a través del diálogo, la sensibilidad para acompañar los procesos sociales y el fortalecimiento de la democracia son imprescindibles para avanzar en la justicia social y por ende en el ejercicio de los D.D.H.H., en un mundo donde la equidad no es el centro de la búsqueda; el Trabajo Social como profesional esencial requiere construir un trabajo ético político colectivo entre regiones y en general en la Federación Internacional de Trabajo Social, que nos ayuden a evidenciar y proponer alternativas para disminuir la desigualdad, lograr la justicia social y fortalecer la participación ciudadana en la construcción de la democracia internacional. La región de América Latina y el Caribe de la Federación Internacional de Trabajo Social puso énfasis en las actividades de aquellos derechos humanos más vulnerados como un ejercicio ético político de la profesión, es un tema además que nos ha tocado históricamente lidiar en América latina con las dictaduras y gobierno anti democráticos, colonialistas y patriarcales poco respetuosos de las diversidades culturales, étnicas y sexualidades, que hemos tenido.social y fortalecer la participación ciudadana en la construcción de la democracia internacional. La región de América Latina y el Caribe de la Federación Internacional de Trabajo Social puso énfasis en las actividades de aquellos derechos humanos más vulnerados como un ejercicio ético político de la profesión, es un tema además que nos ha tocado históricamente lidiar en América latina con las dictaduras y gobierno anti democráticos, colonialistas y patriarcales poco respetuosos de las diversidades culturales, étnicas y sexualidades, que hemos tenido.No podemos desconocer que hemos tenido estallidos sociales ante la amenaza de las garantías básicas de derechos, la insatisfacción de las necesidades mínimas, de convivencia y vida humana, la pandemia agudizo esta realidad y la profundiza. De ésta forma se evidencia, deja al descubierto el fracaso del programa Neoliberal. Ante estas condiciones, es un imperativo generar alianzas estratégicas con respecto a la denuncia, los pronunciamientos y las acciones locales, regionales e internacionales para mantener la fortaleza del trabajo colectivo creado a través de la autonomía, la procuración de justicia y otros ejes democráticos que nos permitan promover acciones.Dentro del ámbito jurídico, el Trabajo Social tiene gran relevancia, ya que con la investigación realizada y la aplicación de la metodología propia, aporta a los diferentes juzgados de la administración, procuración y de justicia, así como la defensa del trabajo, elementos específicos relacionados con el ámbito de desarrollo de las personas en un juicio, donde se analizan sus áreas próximas de interacción como la personal, familiar, comunitaria, laboral y social, así como el nivel socioeconómico en que se encuentren, su bienestar social y personal, con perspectiva de género y de derechos humanos.El reto actual de las personas a desarrollar una vida digna adquiere una mayor complejidad, en razón de las nuevas exigencias de una sociedad atravesada por la incorporación de las Tecnologías de Información y Comunicación (TIC) a la vida cotidiana como herramientas facilitadoras de la accesibilidad y la participación de todas las personas en el ejercicio de sus derechos. Las TIC no constituyen un contenido, adquieren sentido cuando sirven para para resolver problemas, en un marco de colaboración y convivencia ética.En el informe se presenta un diagnóstico general de los efectos de la Pandemia COVID-19 en los diversos países que conforman la región.La formación de las generaciones actuales y futuras requiere de una visión transversal de los Derechos Humanos y planes de estudios cercanos a los códigos de ética que permitan intervenciones sociales más acordes a los tiempos actuales y más humanos. La presente ponencia pretende abonar a la reflexión de los DDHH como eje transversal de la formación las personas profesionales del Trabajo Social, con un enfoque basado en la definición de Trabajo Social propuesta por la Comité Latinoamericano y Caribeño de Organizaciones Profesionales de Trabajo Social y Asistentes Sociales.
#461 |
OS PROFISSIONAIS INDÍGENAS E AS POSSIBILIDADES DE UM NOVO CAMPO DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Wagner R Amaral
1
1 - Universidade Estadual de Londrina.
Resumen:
A experiência de gestão das políticas públicas de educação superior indígena, recente no Brasil, tem no estado do Paraná sua referencia inédita e mais articulada do ponto de vista institucional, ainda que com imensas fragilidades e desafiadoras possibilidades (AMARAL, 2010). Entendemos que essa experiência tem em sua centralidade as trajetórias dos acadêmicos e profissionais indígenas e a organização das Instituições de Ensino Superior Públicas no Paraná, devendo esses percursos serem compreendidos e analisados como referências importantes para problematizar, propor e avaliar as ações realizadas e as que ainda não foram implementadas. A partir de diversas inquietações, definiu-se o objetivo de investigar as trajetórias formativas dos académicos e profissionais indígenas matriculados e egressos das Universidades Estaduais do Paraná, para compreender e analisar a constituição de um novo circuito de trabalho indígena.No Paraná, a política de educação superior indígena está orientada pela Lei n° 13.134/2001, alterada pela Lei n. 14.995/2006, que prevê aos povos indígenas residentes em território paranaense o direito de frequentar uma Instituição Estaduais de Ensino Superior (IEES), por meio de seis vagas suplementares em cada uma das sete Universidades Estaduais paranaenses, a partir de ingresso específico. Emergiu então o primeiro desenho institucional de política pública de educação superior indígena no país, seguido de outros formatos em diferentes Universidades (LUCIANO; AMARAL, 2021). A legislação garantiu também aos acadêmicos indígena o direito a uma bolsa auxílio cujo valor foi progressivamente elevado ao longo das duas décadas de vigência desta política.Os percursos e desafios desta política podem também ser analisados pelos dados que a caracteriza. Segundo dados sistematizados pela CUIA Estadual, no período de 2002 a 2020, das 693 vagas disponibilizadas para indígenas nas IES estaduais há atualmente 221 estudantes matriculados, 101 concluintes e seis falecidos. Foram totalizados 353 estudantes evadidos no período de 2002 até o ano de 2019, o que representa 54% dos ingressantes até esse referido período (CUIA, 2019).Do universo de 101 indígenas formados nas IEES do Paraná, 63% encontra-se vinculado à área da Educação, seguida por 17% graduados em cursos da área das Ciências Sociais Aplicadas, 14% graduados pela área da Saúde, e 6% em outras áreas. Dos formados, 65,3% são mulheres e 34,7% homens e a maioria dos egressos é constituída por mulheres Kaingang, que, ao todo, representam 40,6% (CUIA, 2019). A partir do ingresso na universidade, os estudantes indígenas passam a viver seu processo formativo em trânsito entre suas aldeias de origem e a cidade, a qual se apresenta em múltiplas facetas e possibilidades. Nesse sentido, estes sujeitos são compreendidos por Amaral (2010) como sujeitos de duplo pertencimento, uma vez que carregam conceitualmente a lógica das possibilidades de permanência do e pelo estudante indígena na universidade, diante da permanente tensão e diálogo entre universos e sujeitos distintos e ao mesmo tempo relacionais. Se sentir indígena – Kaingang, Guarani ou de outro grupo étnico – e pertencente a uma comunidade é fundamental para esses sujeitos que passam a carregar consigo as possibilidades, expectativas, necessidades e relações de poder faccionais – dependendo do grupo familiar que estejam vinculados –, existentes em suas comunidades de origem. Constata-se que as opções profissionais realizadas pelos estudantes indígenas, bem como as relações de retorno à comunidade, construídas durante e após a conclusão do curso, estão vinculadas à constituição de um novo circuito de trabalho indígena. Desse modo, a centralidade desse circuito está na emergência dos novos profissionais indígenas recém-formados pelas universidades, bem como no acolhimento político-comunitário interno e na vinculação deles para ocupar espaços e postos de trabalho nas comunidades (AMARAL; RODRIGUES; BILAR, 2014). Um novo circuito de trabalho indígena passa a se constituir recentemente pela formação e profissionalização de indígenas na educação superior pública, instaurando um momento inovador na história do desenvolvimento social, cultural, político, territorial e econômico dos povos indígenas do Brasil, dependendo da direção, intencionalidade e qualidade deste processo formativo, bem como do nível das mudanças na cultura organizacional das agências oficiais ora existentes, a serem protagonizadas pelos novos profissionais índios. Emerge desta forma no Brasil o debate sobre a nova relação entre os povos indígenas e o Estado brasileiro (pós-Constituição Federal de 1988) e sobre qual política indigenista se quer desenvolver, tendo em vista a garantia da participação efetiva dos povos indígenas (LIMA, 2002).A partir de pesquisa em processo de realização junto aos profissionais indígenas egressos das Universidades Estaduais do Paraná[1], constata-se o interesse desses sujeitos pela ocupação de postos de trabalho principalmente no setor público, caracterizando-se a intencionalidade da formação de servidores públicos indígenas, mesmo que as decorrências desse interesse não se apresentem suficientemente debatidas. A ofensiva e a expectativa da ocupação dos postos de trabalho nessas instituições pelos novos profissionais indígenas podem provocar novos conflitos, consensos e concorrências locais, vindo a determinar reorganizações nas esferas e relações de poder nas comunidades. Na lógica da constituição de um circuito de trabalho especificamente indígena nas aldeias, um dos aspectos observados trata das expectativas e da relação dos povos e comunidades indígenas principalmente com a FUNAI e em outras instituições governamentais, fundamentalmente na gestão das políticas públicas.Trata-se não somente da constituição de um novo circuito de trabalho indígena, mas da possibilidade de construir, reconhecer e dar visibilidade à novas lógicas de gestão das políticas sociais públicas, mediadas por sujeitos pertencentes a diferentes grupos étnicos e que, mediados por seu duplo pertencimento, transitam por diferentes cosmologias e especificidades na organização social e política de suas comunidades. Importa revelar a emergência de um novo tipo de profissional que se reconhece indígena e que pode vir a assumir sua condição enquanto intelectual orgânico de sua comunidade e de seu grupo étnico (PAULINO, 2008), se reconhecendo em espaços contraditórios que não foram formatados para atender os interesses dos povos indígenas, mas que podem ser por eles ocupados e recriados. [1] Dados levantados e em processo de sistematização pela equipe do Projeto de Pesquisa “Os circuitos de trabalho indígena na educação e as trajetórias dos profissionais indígenas”, desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina.
#529 |
El trabajo social puesto en tensión. Prácticas de reparación con mujeres sobrevivientes de violencia sexual en la comuna de Valparaíso en contexto de pandemia.
KATERINE HENRIQUEZ
1
1 - UNIVERSIDAD ALBERTO HURTADO.
Resumen:
La idea central de la ponencia es aproximarse a las intervenciones sociales desde la modalidad concreta de sus prácticas (González-Saibene, 2014) durante el contexto de pandemia el año 2021 en la comuna de Valparaíso, con especial énfasis en torno a las tensiones, transformaciones y giros en los medios materiales y simbólicos de las prácticas de intervención desarrolladas en un programa para mujeres sobrevivientes de violencia sexual. El objetivo es analizar las relaciones y estrategias de trabajo que implicaron tales tensiones, transformaciones y cómo las condiciones materiales y simbólicas, como el conocimiento tanto de profesionales como de las mismas mujeres atendidas impactaron en la propia intervención durante el contexto de pandemia el año 2021, lo que permite atender también a la dimensión epistemológica de las propias intervenciones sociales.Desde las prácticas de reparación se analiza e interpela el objeto y objetivo de la intervención en violencia sexual, preguntándonos acerca de las transformaciones en contexto de pandemia en torno a ¿cómo se construye el proceso de reparación? ¿quién o quiénes reparan? ¿qué reparamos en violencia sexual? ¿desde dónde se construye esa reparación?. La ponencia es una reflexión personal disciplinaria que sintetiza y problematiza conversaciones colectivas desde un contexto histórico y político especifico al desarrollo de prácticas de intervención del trabajo social en reparación de violencia sexual. La importancia de detenernos a mirar las transformaciones del objeto de intervención en contexto de pandemia, primeramente, guarda relación en tanto eje, articula nuestra práctica profesional, permitiendo saber cuáles son y qué contradicciones la atraviesan (González-Saibene, 2007).A partir de estas orientaciones, nos situamos en un escenario donde cobra sentido la intervención según Karsz (2007) nutrida desde la historia, donde no es solo contexto, sino materia del trabajo social y producción de prácticas. Esto porque la búsqueda de sentidos para las mujeres en relación a la violencia sexual vivida, presentada como un continuo de espacio tiempo, pasado o presente, requiere desde el profesional interviniente aproximarse a identificar cuál es el mejor lugar que esa mujer individual y colectivamente quiere ocupar para resignificar su experiencia, entendiendo a esta según Modonessi (2010) como un mecanismo de mediación e interlocución entre la integración subjetiva de las relaciones productivas y su proyección social, política y cultural, en tanto se dispone a comportarse como clase, en tanto la experiencia designa la incorporación o asimilación subjetiva de una condición material o real.Por tanto, el lugar de la experiencia es fundamental en cuanto la categoría “mujeres agredidas sexualmente” leídas como sujetas socio históricas tendrán acceso a mayores o menores repertorios teóricos y políticos desde los cuales construir esos sentidos, así como quienes intervienen también ocupan un lugar desde el cual acceden a ciertos saberes y a otros no para acompañar ese proceso. Este escenario puso en tensión al trabajo social en cuanto ubicar sus prácticas situadas en un contexto de pandemia donde el sentido de la experiencia de violencia sexual repercutió en el presente inmediato de las mujeres, donde elementos asociados al aislamiento, precarización, incertidumbre y dolor aumentaron significativamente, lo que conllevo reparar desde la búsqueda de sentidos en el pasado para reinterpretarlos en su presente. Otro de los elementos que tensionaron al trabajo social estuvo dado por el uso de la virtualidad que rompe con la brecha impuesta sobre lo tecnológico como un mundo de hombres, donde las mujeres se ven enfrentadas a resolver y relacionarse desde el celular, el computador y a través de una pantalla para sostener un proceso reparatorio en violencia sexual. Una de las frases más habituales por las mujeres al inicio de los procesos reparatorios que se sostuvieron de manera remota fue:
“es que lo tecnológico no es lo mío”, lo que advertía una atención que estaba antecededida por la presencia de dificultades a priori y por un sentido de hacer uso de algo ajeno “lo tecnológico” ¿de quién o quienes es “lo tecnológico”?. Es posible entender que “lo tecnológico” es propio de todo aquello que no entra en la categoría mujer, y menos aquella mujer pobre, agredida y sujeta de atención de un centro de reparación en violencia sexual, la mujer subalterna, según lo cual se construye a partir de una subjetividad determinada por su potencial transformador por medio de la conciencia y la acción política (Modonessi, 2010). En este habitar hay un ejercicio importante en cuanto a que las condiciones sobre las cuales lo tecnológico se ha construido como algo inaccesible e inentendible, en cuanto hay un lenguaje virtual no conocido por las mujeres, pero además hay una materialidad que no es posible acceder por los altos precios de los aparatos tecnológicos, pero además de las condiciones materiales que favorecen o no esas conexiones y esa relación virtual.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#122 |
El Trabajo Bajo el Chile Neoliberal: entre la precarización y la superexplotación
Paula Vidal
1
1 - Universidad de Chile.
Resumen:
La ponencia se ubica en la línea de presentación de hallazgos empíricos de una investigación. Aborda las formas que asume el trabajo en el Chile neoliberal, a partir de las experiencias cotidianas de 4 trabajadores: trabajadora de supermercado, trabajadora del conocimiento en la universidad, trabajador de plataformas rappi y una trabajadora social del Estado que interviene desde la política pública. La mayoría mujeres, vivencian las discriminaciones propias del genero y la clase, pero también lo vivencian aquellas que poseen mayor cualificación y formación. Por su lado, el varon migrante del trabajo con plataformas de alimentación, en cambio, sufre los abusos de las aplicaciones derivadas de la revolución científica. La ponencia da cuenta de las transformaciones en curso que unen a estos 4 tipos de trabajadoras: precarización y bajos salarios, lo cual es fuente de la superexplotación, concepto central de Marini. La ponencia abordará los trazos socioeconómicos y políticos más estructurales que han incidido en instalar y profundizar esta dinámica en Chile, incorporando un análisis histórico interno del pais, por ejemplo la dictadura y como esta impactó en las normativas juridicas que rigen el país, a través de la Constitución, las leyes del trabajo, el desmantelamiento del sindicalismo, entre otras cosas, etc. Como es sabido, desde fines de los años 70, la dictadura civico militar se dedicó a perseguir a dirigentes políticos y militantes de las izquierdas comunista, socialista y el Movimiento Revolucionario MIR, en paralelo se encargó de descabezar a los dirigentes sindicales y los y las trabajadoras organizadas. Una vez aprobada la Constitución de 1980, a través de un plebiscito fraudulento, se consagró el debilitamiento y desmembramiento de la fuerza sindical, actor central de las luchas populares que llevaron a Salvador Allende al triunfo del gobierno en 1970. La forma de debilitar y casi anular la actoría sindical fue a través de medidas que prohibieron la negociación colectiva por rama, y en particular permitir que la existencia de varios sindicatos en una empresa, con bajo nivel de afiliación, el reemplazo de los y las trabajdores en huelga, entre otras medidas contrasindicales. Esto fue solo una parte de las medidas impulsadas y que se sumaron a otros cambios sustantivos de los pilares de la sociedad previo a 1973. Este escenario se mantuvo durante toda la dictadura y desde 1990, los gobiernos ligados a la Concertación, se dedicaron a administrar el modelo más que a recobrar el protagonismo de las organizaciones de trabajadores para incidir en los cambios para transformar las bases neoliberales instaladas.A lo anterior, se suman las tendencias internaciones respecto de estas transformaciones sufridas por el capitalismo para recomponer la acumulación. Desde 1970 y con la crisis, el capitalismo requirió hacer cambios para retomar la tasa de ganancia, y para ello debió flexibilizar , incorporar mayor tecnología, cambiar las formas de gestión y organización del trabajo. Del modelo fordista-taylorista se transformó en toyotismo que profundizó formas de explotación de la clase trabajadora a favor de los intereses del capital. En ese contexto, las actuales tendencias del trabajo, ya lo ha planteado Antunes, tiende a la precarización con bajos salarios, en contexto de revolución tecnológica, cuestión que en pandemia profundizó la superexplotación y la intensificación del trabajo, sobre todo en la región latinoamericana, claramente de economías periféricas y dependientes de la economía mundial. La idea central es mostrar las características del trabajo, su impacto en la organización de los y las trabajadores y en la subjetividad de estas/estos en el Chile neoliberal, esto significa, dar cuenta de las caracteristicas de la precarización, cuyo impacto en las mujeres es mayor.La ponencia, metodológicamente se plantea, a partir de la construcción del problema recurriendo a fuentes secundarias, documentos y de relatos de actores relevantes como parte de los casos elegidos. En segundo lugar, se muestra un corto documental realizado a partir del seguimiento y relato en primera persona por parte de los, las y les trabajadores como un modo de complementar la problematización teorica y los hallazgos empíricos del tema de la desigualdad en curso, en medio de trabajo precario. Entonces, la presentación de la ponencia incorpora el texto elaborado de la ponencia y la reflexión del corto audivisual de pocos minutos como una modalidad distinta a la que expresa solo una ponencia.
#194 |
Crise de capital, pobreza e desigualdade social no Brasil: Bolsonaro e a pandemia
Ednéia Alves de Oliveira
1
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Monalisa Aparecida Santos
1
1 - UFJF.
Resumen:
Crise do capital, pobreza e desigualdade social no Brasil: Bolsonaro e a pandemiaO objetivo desta pesquisa é apresentar as principais medidas implementadas pelo governo federal no Brasil no ano de 2020 e 2021, para minimizar os impactos da pandemia da Covid-19. Em linhas gerais, a partir da decretação do quadro de pandemia provocado pela disseminação do novo coronavírus (SARS-Cov-2) se fez necessário diminuir a circulação e impedir aglomerações de pessoas, com a finalidade de impossibilitar o maior contágio e transmissão do vírus. Consequentemente, isso ocasionou uma elevada pressão sobre o sistema de saúde, impactando na economia, as relações de trabalho, o cotidiano e nossa sociabilidade. A metodologia utilizada consistiu em uma pesquisa documental com dados que não receberam até o momento análise ou que puderam ser desenvolvidos conforme os objetivos da pesquisa tais como matérias jornalísticas, sites do governo federal e sites de órgãos não governamentais. Na particularidade brasileira, as ações do governo federal no ano de 2020 e 2021 em resposta as implicações causadas pela pandemia, primordialmente, aos mais pobres, representados em sua maioria no país por negros, jovens e mulheres, foram ineficazes para conter o agravamento da pobreza e miséria. O resultado foi um aumento exponencial e um agravamento da crise do capital que se arrastava desde 2015 no país. Como consequência, o crescimento do desemprego, da informalidade, desalento e subocupação da força de trabalho, fechamento e endividamento de pequenas e médias empresas, redução salarial, flexibilização da renda e dos contratos de trabalho provocaram o aumento do quadro de pobres e extremamente pobres nas várias regiões do país. Corolário dessa situação é a presença de milhares de brasileiros vivendo em situação de insegurança alimentar, padecendo com a fome e condições precárias de subsistência. Para minimizar tais impactos, o governo Bolsonaro adotou algumas medidas como o Auxílio emergencial, o Programa Emergencial de manutenção do Emprego e da Renda (BEm) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e, por fim, o Programa Auxílio Brasil, em substituição ao Programa Bolsa Família implementado pelos governos petistas. No entanto, nenhuma das medidas tiveram continuidade, exceção para o Auxílio Brasil, criado no final de 2021, ainda não sendo possível sua análise. Ou seja, durante o período da pandemia nenhuma das políticas adotadas pelo governo federal reverteu os quadros de pobreza e miséria. Pelo contrário, acentuou a fome, a desigualdade social, o desemprego e a informalidade reafirmando a histórica desigualdade social, economica e regional presente na formação social brasileira. Por outro lado, a crise do capital aprofundada em 2008, mostra seus sinais vitais no Brasil a partir de 2013 e vai se arrastando até os dias atuais, exigindo dos governos uma política de arrocho salarial, de penalização dos mais pobres para atender aos ditames dos organismos internacionais representantes do capital nacional e internacional. Em nome da política de ajuste fiscal e estrutrural, o governo brasileiro vem apostando na defesa de politicas de desproteção social, ao mesmo tempo que estimula a ideia da patria emprendedora e individualizada. Nesse caso especifico, a proteção social se configura na perspectiva de uma ação centrada na ausência de construção do Estado social para a defesa de um Estado asentado nos preceitos da liberdade e da propriedade privada da ordem burguesa. Ademais, cabe destacar que a necessidade de garantir as taxas de lucro do capital tende a exercer uma contracão sobre o gasto público, ou melhor dizendo sobre politicas sociais. No máximo estas são toleradas para minimizar os impactos da pobreza e da extrema pobreza, revelando-se como políticas de viés residual e focalizado, como evidencia o Programa Auxilio Brasil. Os valores pagos, em torno de 400 reais, equivalente a 80 dólares, não é suficiente para garantir a sobrevivência mínima de uma família de quatro pessoas e o fato dele atender a 17 milhões de familias atesta em si que o Brasil vive hoje uma realidade inconteste do agravamento do quadro de desigualdade social reforçado, ainda mais, pela pandemia e por um governo que reproduz a lógica neoliberal de forma obediente e sem contrariar seus preceitos. Outro aspecto importante a ser destacado é o aumento da inflação. Sua incidência sobre os produtos da cesta básica tem afetado a classe trabalhadora resgatando a fome como um dos maiores problemas da realidade nacional. Um paradoxo assentado sob a produção abundante de alimentos via agronegocio com lucros que ultrapassam os 10 bilhões de dólares enquanto metade da população brasileira não tem acesso a três refeições diarias. Diante do exposto, podemos concluir que a desigualdade social se agrava com a pandemia no Brasil tendo em vista o aumento do desemprego, da informalidade, da redução da renda, do subemprego, da alta inflacionária e da fome e insegurança alimentar. Tais fatos se agravam com a politica econômica do governo federal que continua a defender politicas pobres para os trabalhadores e politicas opulentas para o capital.
#537 |
Conselhos Tutelares do Distrito Federal – Brasil: Uma comparação de dois mandatos
Ailta Barros de Souza
1
1 - Universidade de Brasília.
Resumen:
A presente proposta de apresentação livre trata de comunicação de pesquisa científica e contempla o eixo temático 2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social. Trata-se análise comparativa do papel dos (as) conselhos tutelares (CTs) do Distrito Federal (e dos conselheiros que os materializam) e analisa dois mandatos, exercidos nos períodos de 2009 a 2012[1] e 2016 a 2020. Aspectos metodológicos da pesquisa: O aspecto temporal da pesquisa realizada em dois momentos diferentes permite a comparação das conjunturas e dos desafios impostos aos conselheiros em cada momento histórico. A primeira fase da pesquisa teve por objetivo entender como ocorria a consolidação da rede de proteção integral à infância e à adolescência, através do estudo do papel dos Conselheiros Tutelares no Distrito Federal. A análise focou os dois Conselhos Tutelares da Região Administrativa (RA) do Plano Piloto, que são o Conselho Tutelar Brasília I e o Conselho Tutelar Brasília II (Asa Norte e Asa Sul respectivamente). A amostra correspondeu a 6% do conjunto de 33 Conselhos Tutelares existentes no DF à época. A amostra de conselheiros entrevistados foi de 6% em um universo de 33 Regiões Administrativas e 170 Conselheiros. Na segunda fase da pesquisa o objetivo foi responder à seguinte questão: qual é o papel dos Conselheiros Tutelares do DF na proteção, promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes? Como ocorre a atuação dos (as) Conselheiros (as) Tutelares do DF e como estes (as) tem avançado em suas práticas de acordo com a legislação, com as correlações de forças que afetam as políticas públicas e os processos de decisão e implementação de políticas públicas, tanto no âmbito do poder executivo como do poder legislativo nas esferas local, distrital e federal? Os diretos de crianças e adolescentes brasileiros figuram como direitos humanos fundamentais inscritos no Artigo 227 da Constituição federal de 1988 e nos 267 artigos da Lei 8.069/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente. Os conselhos tutelares são órgãos responsáveis pela proteção integral de crianças e adolescentes no Brasil segundo o previsto na Lei Federal 8.069/100 - Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Considerada como uma das leis mais avançadas do mundo por contemplar os pactos e dispositivos internacionais com suas recomendações no tocante à proteção integral de seu público alvo (crianças e adolescentes ou crianças enquanto menores de 18 anos segundo a Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os direitos da criança) a Lei 8.069/1990 – ECA prevê múltiplas formas de participação comunitária incluindo desde o princípio da corresponsabilidade de todos(as) os(as) cidadãos(ãs) na proteção dos sujeitos crianças e adolescentes à participação de agentes comunitários na proposição e na implementação de políticas públicas destinadas a esses segmentos. A implementação da política pública de proteção às crianças e adolescentes se dá mediante a operacionalização de uma Rede de Proteção materializada sob a forma de Sistema de Garantia de Direitos da Criança e adolescente – SGDCA, que articula no seu seio as seguintes políticas: Sistema educacional, Sistema Único de saúde – SUS, Sistema de atendimento socioeducativo, Sistema de justiça e segurança pública e Sistema único de assistência social – SUAS. Os conselhos tutelares são órgãos permanentes e autônomos, não jurisdicionais e encarregados pela sociedade civil de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente definidos na Constituição federal e no ECA. Os conselheiros são eleitos em eleição nacional unificada a cada 4 anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição para a presidência da república ocorrida em cada município do país, (Artigo 139-ECA). A análise em questão pretende tratar dos seguintes aspectos concernindo o papel dos conselhos (e dos conselheiros tutelares) : perfil etário, origens dos conselheiros, motivações que os levam a buscar a eleição e o exercício da função, relação entre as causas da infância e da adolescência e a re-moralização conservadora da sociedade pela via religiosa, desafios conjunturais e aumento das expressões da desigualdade social a partir de 2015 e a escassez de recursos orçamentários, questão salarial e direitos trabalhistas dos conselheiros, lobbies e articulações com os poderes executivo e legislativo a nível local, distrital e nacional, conhecimento do ECA, das políticas públicas e dos fundamentos das garantias de direitos, politização da função de conselheiro tutelar e ambições pessoais dos conselheiros. O trabalho pretende ainda apresentar conclusões que apontam para o desafio da retomada do conservadorismo em democracias recentemente consolidadas como o Brasil. A perspectiva das democracias iliberais, de componentes altamente inigualitário, racista, misógino, néopatrimonialista e avessas ao reconhecimento dos direitos e das diferenças são o quadro teórico a partir do qual se conduzira a análise. Também se discutirá a legitimidade do governo assumido por Michel Temer a partir do golpe que resultou na destituição da presidente Dilma Roussef e a imposição de um novo programa de governo, não legitimado pelas urnas e que resultou no assalto ao Estado social em construção no Brasil com seus impactos especialmente sobre a proteção à infância, à adolescência e à juventude brasileiras. [1] Os dados referentes ao mandato de 2009 a 2012 foram coletados por Wagner e analisados por Wagner e Ailta Barros de Souza (2011). Um dos produtos de tal pesquisa foi o Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Tecendo teias para a cidadania: o papel dos conselheiros tutelares na consolidação da rede de proteção integral da infância e da adolescência”, Vanessa Raquel Wagner, Monografia de Conclusão de curso de graduação, Universidade de Brasília, Departamento de Serviço Social, Brasília, 2011, disponível em https://bdm.unb.br/bitstream/10483/2108/1/2011_VanessaRaquelWagner.pdf. O segundo resultado foi o artigo intitulado
Public Policy Networks and Child Protection Councils in the promotion and defense of the rights of children and adolescents by Ailta Barros de Souza e Vanessa Raquel Wagner, publicado em The Korea Institute for Health and Social Affairs. (Org.). 제 16 장 아동 및 보육서비스. 1ª Ed. SEUL: KIHASA & Namam publishing house, 2018, V. 1, pp. 385-406.
FCS - B1
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#091 |
Em janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID como emergência de saúde pública e em 11 de março como uma pandemia. É importante destacar que a Pandemia se abate sobre o mundo em uma conjuntura marcada pelo aprofundamento da
Alessandra Ribeiro de Souza
1
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Palloma Efigenia Quirino
2
1 - Universidade Federal de Ouro Preto.
2 - Universidade Federal de Ouro PReto.
Resumen:
Em janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a COVID como emergência de saúde pública e em 11 de março como uma pandemia. É importante destacar que a Pandemia se abate sobre o mundo em uma conjuntura marcada pelo aprofundamento das respostas do capital à sua crise estrutural que rasteja desde a década de 1970. Tais respostas se sustentam no tripé: neoliberalismo que fundamenta a ofensiva sobre os direitos sociais e a redução do Estado em ações e politicas voltadas aos trabalhadores o que tem por consequência, por exemplo, a conformação de serviços públicos de saúde precarizados e subfinanciados; na reestruturação produtiva que visa rebaixar o valor da força de trabalho com o objetivo de impulsionar a extração de mais valia e que tem decorrido na extinção de milhares de postos de trabalho e em vínculos cada vez mais frágeis; e na financeirização que foi a responsável pela expansão fictícia de capitais sem lastro na economia real que em um contexto de mundialização foi detonadora da crise de 2008(Marichal, 2010; Mészáros, 2011).Tais respostas são impulsionadas em países de economia periférica como o Brasil pela implementação de draconianos programas de “ajuste” fiscal propostas por organismos internacionais como o Banco Mundial (BM). Em sua origem conforme inscritos nos estatutos do BM, sua atuação deveria dar ênfaseao “capital produtivo”. Tal direção respondia a uma dupla injunção, a primeira referia-se à própria dinâmica da acumulação capitalista, que naquele momento e no quarto de século que se seguiu se centrava na esfera produtiva; e a segunda relacionada ao pensamento convencional da época, segundo o qual o crescimento econômico demandaria a eliminação de obstáculos e/ou a constituição de condições para o aumento da produtividade média, sob a forma de grandes inversões em capital físico (PEREIRA,2010, p.106).Atualmente, de acordo com Pereira (2021), realiza fundamentalmente quatro tipos de atividade: a) empréstimos e créditos para projetos e políticas; b) aconselhamento, assistência técnica e advocacia em favor de determinada agenda de políticas; c) pesquisa econômica especializada em todas as áreas do desenvolvimento; d) mobilização e articulação de agentes públicos e privados para iniciativas multilaterais globais.Ainda que os empréstimos e créditos para projetos constituam uma importante atividade desenvolvida pelo BM, é reconhecido o empenho ao longo de sua história em se forjar como um “Banco do Conhecimento” que, através dos dados e pesquisas que mobiliza, apresenta uma agenda politica e econômica sob uma aparente neutralidade (Pereira, 2021) utilizada para justificar e subsidiar as contrarreformas indicadas nos programas de Ajuste fiscal elaborados pelo BM.No Brasil, a analise dos documentos de Estratégia de Assistência ao País (EAP’s), publicação nacional mais importante elaborada pelo Banco, indica como todos osgovernos do período da redemocratização tem incorporado orientações que visam implementar um duro programa de ajuste fiscal e medidas como a privatização de setores estratégicos como o de telecomunicação que tem como consequência a ampliação da dependência.A implementação desses programas por décadas em um pais de economia periférica como o Brasil fizeram com que o país adentrasse à pandemia fragilizado pela debilidade de seu sistema público de saúde - ainda que seja importante ressaltar que o Sistema Único de Saúde(SUS) constitui um dos maiores sistemas público e gratuito do mundo -, com um alto contingente de desempregados ou subempregados que vinha se ampliando desde a contra reforma trabalhista de 2017 e submetido a um sistema de dívida pública que extrai grande parcela do fundo público e o destinada à esfera da financeirização.Em estudo anterior analisamos todos os documentos EAP’s e indicamos como sua atuação no Brasil tem tido como direção a implementação de umsistema de saúde público cuja universalidade deveria ser restrita ao sistema de atenção básica ou ainda limitado a uma “lista” de serviços e procedimentos enquanto os demais serviços e insumos de saúde deveriam ser ofertados pela rede privada. Essa concepção expressa o ideário neoliberal que compreende a saúde como uma mercadoria e que não deve ser acessível a todos como um direito. A implementação dos programas de ‘”ajuste fiscal” também impactam o investimento em ciência e tecnologia o que na atualidade tornam o país extremamente dependente de tecnologias importadas e que acessam dados de toda a população que os utiliza com uma frágil politica de privacidade. Cabe ressaltar que historicamente o Banco incentivarou a privatização do setor de telecomunicação brasileiro reconhecido atualmente pelo próprio organismo como o país que conta com o serviço mais caro mundo.A Pandemia de COVID -19 e as necessárias medidas de distanciamento adotadas levaram a uma aceleração da incorporação de tecnologia no âmbito da saúde pública brasileira.Foi durante esse período que o Ministério da Saúde autorizou, por exemplo, serviços de telemedicina, para permitir que profissionais de saúde principalmente os médicos façam consultas online e enviem prescrições médicas eletronicamente. De acordo com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI:Telemedicina, em sentido amplo, pode ser definida como o uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde, viabilizando a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde (ampliação da assistência e da cobertura), nos casos em que a distância é um fator crítico. Acesso, equidade, qualidade e custo são os principais problemas enfrentados pelos sistemas de saúde em nível mundial, numa realidade na qual a população se apresenta crescentemente longeva e o perfil epidemiológico se centra em doenças crônicas. Neste contexto, a telemedicina vem sendo vista como uma ferramenta importante para o enfrentamento destes problemas (ABDI, 2016, p.7). Ainda que a Pandemia tenha acelerado a incorporação da telemedicina, o Brasil já vinha elaborando estratégias de incorporação dessas tecnologias com apoio do Banco e de organizações que agregam entidades privadas do setor.Estudos recentes tem indicado questões que merecem ser aprofundadas como a capacidade dos sistemas e programas adotados no âmbito do SUS protegerem dados confidencias sobre a saúde dos usuários, o acesso da população que apresenta altos índices de exclusão digital, o custo dessa incorporação ao se importar tecnologia dentre outros que nos propomos a investigar nesse estudo.
#432 |
A Pandemia da Covid 19 como Ruína Capitalista
Rosangela Nair de Carvalho Barbosa
1
1 - UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Resumen:
O trabalho apresenta resultado de pesquisa teórica sobre os determinantes sociais da pandemia da Covid 19 e de levantamento de indicadores sociais sobre os desdobramentos dela na
questão social latino-americana. A diretriz investigativa foi a de entender a emergência sanitária no âmbito da crítica da economia política, e não, meramente, como um evento biológico. Nesse sentido, trata-se de uma interpretação crítica dos determinantes sociometabólicos da pandemia na estrutura social capitalista e uma contribuição aos estudos do Serviço Social e das Ciências Sociais, nesse dramático cenário social. O mundo amarga hoje o registro de 529 milhões de casos da doença e 6,29 milhões de mortes, sendo que 20 países concentram 73% dos contaminados e 66% das mortes. Entre esses países com a situação mais severa encontramos o Brasil, como segundo país em média de óbitos, com uma taxa de letalidade de 2,2% contra 1,1% da maioria do grupo mencionado. Na América do Sul, a Colômbia segue com 2,3% de letalidade e a Argentina com 1,4%. No conjunto da América Latina e do Caribe, até o momento, 69 milhões de pessoas foram acometidas pela infecção e 1.688.000 morreram. Esses dados descritivos sinalizam alguns aspectos dos efeitos da pandemia sobre a vida humana na região, expressando a perversidade de uma emergência sanitária desse porte. Seguindo esse alarmante quadro da concreticidade, o texto relaciona o processo saúde-doença desse adoecimento e da contaminação pelos agentes etiológicos às contradições da reprodução social no capitalismo. Situa, a partir de Marx, que a sociedade mediada pelo valor alarga o alcance da mercadorização, sustentada na estrutura social da exploração e da expropriação do trabalhador, que viabiliza a reprodução ampliada de capital. Esse fundamento imanente se desdobra, nos últimos quarenta anos, na densa precarização do trabalho, no ampliado desemprego estrutural e no pauperismo, como efeitos inerentes à hiper austeridade neoliberal, que já estava em curso. Mas, também tendo como condicionante-associado a particular estrutura do capitalismo dependente, nos termos de Florestan Fernandes, Ruy Mauro Marini, Cláudio Katz e Plínio de Arruda Sampaio Jr, para a América Latina. A partir da interface desses dois campos reflexivos, evidenciamos que a pandemia não pode ser considerada como deflagradora da crise capitalista pelas medidas de desaceleração da dinâmica produtiva e de circulação, como tematizam agências multilaterais como a CEPAL. Ainda que ela seja um ingrediente importante nesse universo social, a crise do capital já estava instalada como parte das contradições estruturais do capitalismo e da insuficiência das respostas neoliberais, para fazer frente à queda sistêmica da taxa de lucros. O estudo da crise com István Mészáros, François Chesnais, Michael Roberts e Eleutério Prado, de diferentes prismas, fundamentou nossa compreensão teórica e nos colocou com condições de enfrentar o debate sobre a dinâmica destrutiva do capitalismo, com a pandemia como uma de suas expressões peculiares. Essa percepção exige contrapor a tendência da narrativa liberal no sentido de dissuadir que os impasses econômicos decorrem de fatores externos ao livre mercado e ao processo produtivo, e, que as causas das crises são alheias à própria dinâmica desse modo de produção. A pesquisa pôde cotejar os estudos dos últimos episódios de crise e identificar os argumentos liberais sobre eles, como aquele conhecido como
ponto.com, em 2000, e o evento da quebra financeira do
subprime de 2008, verificando que, em geral, as razões sugeridas pelos liberais resumem-se às interferências na livre circulação, por meio de fatores externos ao movimento das mercadorias, incluindo as próprias regulações sociais a essa liberdade. Para rechaçar essa tese de externalidade do coronavírus apresentamos a reflexão sobre dois momentos distintos da crise capitalista: antes da pandemia e no período da pandemia, comparando indicadores sociais do ano de 2019 e do ano de 2022. Assim, apreendemos a crise estrutural do capital como uma dinâmica da sociabilidade capitalista das últimas quatro décadas do capitalismo tardio (Ernest Mandel) e que a crise provocada pela pandemia se caracteriza como um evento sintomático e não a causa dos limites à realização do valor e aos indicadores sociais alarmantes do trabalho e do empobrecimento que apresentamos sobre o Brasil e outras regiões da América Latina, a partir das fontes documentais do IBGE (Brasil), da CEPAL e da OIT. A flexibilização do trabalho e o aprofundamento da precarização laboral são dinâmicas anteriores à pandemia e ao mesmo tempo resultam também das ações de mitigação do poder público para a queda da dinâmica econômica, em razão das ações preventivas e de controle da contaminação recomendadas pela OMS, desde 2020. Acentuamos no texto, no entanto, que o modo de vida capitalista é provocador de adoecimentos de rápida disseminação porque não tolera limites à reprodução ampliada de capital e exige mobilidade em grande escala geográfica. Essa dinâmica ascendente expressa a lógica interna da acumulação sem fim, por valor, e nesse metabolismo os problemas de circulação são resultados da exigência de exploração do trabalho (mais-valor); mais trabalho para sustentar o sistema em dinâmica lucrativa, mais riqueza para a circulação e maior aparato para fazer fluir essa riqueza. Nesse diapasão, a investigação verificou que não é uma página em branco nos anais da história os adoecimentos infecciosos de rápida disseminação, inclusive, alguns com ciclos repetidos, de modo que o episódio de alerta sanitário global dessa segunda década do século XXI não é algo desconhecido. Numa perspectiva crítica, o texto focaliza que a expansão desenfreada do modo de produção capitalista - que afeta o meio ambiente e faz surgir desequilíbrios ecológicos, como a pandemia do Coronavírus, e epidemias como a gripe aviária (1997) e Ebola (1976) – engendra e aguça as contradições do modo de produção capitalista, no movimento incessante de ganho. O contexto de crise, no entanto, amplifica o crescimento dos riscos sobre as propriedades do capital, o que aprofunda episódios não controláveis como esse e os efeitos nefastos sobre a sociedade, trazendo à luz os dilemas das determinações da economia sobre a questão ambiental e as condições de vida. A expectativa na divulgação do estudo é colaborar com o debate estratégico de que não há futuro possível, para a humanidade e a natureza, no capitalismo.
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Panel presencial
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#469 |
Trabajo Social y Acciones Afirmativas: políticas para personas trans en la Universidade Federal de Santa Catarina.
Elisani de Almeida Bastos
1
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Juliane Pasqualeto
1
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Carlos Henrique Oliveira
1
1 - Universidade Federal de Santa Catarina.
Resumen:
En los últimos años se ha incrementado el debate sobre la inserción del Trabajo Social en la educación como profesión relevante para las políticas de permanencia de los estudiantes universitarios. Esto evidencia la necesidad de acciones que garanticen condiciones que vayan más allá de la reducción de las tasas de abandono y promuevan a los estudiantes una trayectoria académica saludable que lleve a la finalización exitosa de los cursos.En la realidad brasileña, se implementaron importantes legislaciones para las políticas de permanencia de los estudiantes universitarios, respectivamente, la “Lei de Cotas” (Ley 12711/2012) y el “Programa Nacional de Assistência Estudantil” (Decreto 7234/2010). Además, ambas pretenden desarrollar la democratización del acceso a la universidad y los derechos de los estudiantes, como por ejemplo, becas estudiantiles, gratuidad en el restaurante universitario y en el transporte público, exención en los cursos extracurriculares de idiomas, apoyo pedagógico, entre otros. En algunos momentos podemos encontrar contradicciones en la realidad social que pueden comprometer la eficacia de las políticas de acceso y permanencia estudiantil planteando retos profesionales al equipo de Trabajo Social, como nos apuntan Santos y Marafon (2016).El entendimiento en este trabajo de acciones afirmativas se basa en las políticas públicas que pretenden superar las desigualdades en la sociedad acumuladas a lo largo de los años. De este modo, se busca un equilibrio en el acceso a la educación. Sin embargo, hay grupos sociales, como por ejemplo las personas trans, que son grupos históricamente vulnerabilizados, con más dificultades para acceder a bienes, servicios y derechos sociales. Aquí especificamos el ambiente universitario como un espacio hostil concebido desde una estructura colonial, racista, machista y homófobo, donde luchamos poco a poco para transformar.Se estima que las personas trans brasileñas tienen una situación educativa deficitaria, alrededor del 70% no terminó la escuela secundaria y sólo el 0,02% cursa estudios superiores (ANTRA, 2020). En este sentido, Andrade (2012) explica que a las personas trans les ha resultado difícil entrar en el sistema educativo y así mismo, para aquellos que lo logran hay una presión muy intensa que los lleva a no acabar sus estudios, donde la transfobia ocasiona un proceso de “evasión involuntaria”. Por esta razón, es necesario contar con un plan de acción profesional para proponer intervenciones con políticas específicas para cambiar esta realidad y cabe al trabajo social viabilizar los derechos y servicios a las personas trans (CFESS, 2016).Este trabajo es un informe desde la experiencia profesional del Trabajo Social actuando en acciones afirmativas con enfoque de género y diversidad, en la atención a estudiantes trans. Presentamos un análisis cualitativo de los registros de los atendimientos realizados por el Trabajo Social con estudiantes trans (travestis, transexuales, transgéneros y no binarios) durante el último año (2021-2022) en la Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil). Como resultados de la investigación empírica, destacamos la salud mental y la vulnerabilidad socioeconómica como dos grandes categorías identificadas como las demandas más frecuentes en los servicios. Además, destacamos la necesidad de políticas intersectoriales que cubran las especificidades de esta población, así como la consolidación de las acciones afirmativas como políticas que van más allá de la admisión (reserva de plazas/cuotas) y que deben estar sincronizadas con la asistencia al estudiante y el apoyo pedagógico. La permanencia estudiantil está relacionada a diversos factores sociales como género, clase, etnia y necesita un análisis global del perfil de los estudiantes trans. En este sentido, es muy importante que las acciones, programas y proyectos con la población trans se realicen en colaboración con otras profesiones y con otros sectores dentro y fuera de la universidad.Resaltamos que para la inclusión de las personas trans en el ambiente universitario necesitamos cuotas sociales, para el ingreso en la universidad y para el acceso a las becas estudiantiles. Adicionalmente necesitamos invertir en campañas educativas de concientización y respeto a las identidades trans, así como también fortalecimiento de los vínculos de los estudiantes con la red de protección social, como salud y asistencia social.La trayectoria de vida de las personas trans está marcada por los perjuicios, la discriminación y la violencia sufridos en los mas diversos ambientes e instituciones, como en la familia, escuela, iglesia o trabajo. Las vulnerabilidades a las que pueden estar expuestos son múltiples y derivan de una invisibilidad crónica, producida por una transfobia estructural. Por ejemplo, no hay datos demográficos oficiales específicos sobre este público para poder crear políticas mejor orientadas. En este contexto, destacamos algunos desafíos en la universidad como mapear los datos institucionales e integrar entre los diferentes sistemas de información que existen en la universidad o evitar errores de contabilizar como trans, aquellas personas que sólo pretenden utilizar un nombre social.Si no conseguimos identificar adecuadamente a este público dentro dos propios sistemas de información de la universidad: ?Cómo se puede planear, ejecutar y evaluar políticas para un grupo social que no existe formalmente?
#569 |
Perspectivas teóricas - metodológicas de la intervención y la investigación del Trabajo Social con personas mayores.
Paula Danel
1
;
Romina Manes
2
;
Graciela Casas
3
;
Teresa Dornell
4
;
Mauricio Arreseigor
4
1 - UNLP.
2 - UBA.
3 - UNAM.
4 - UDELAR.
Propuesta del Panel:
La propuesta del panel se ubica dentro del eje “Trabajo social, políticas sociales y sujetos de intervención” y aborda los desafíos teórico-metodológicos de la profesión en el campo gerontológico. El panel reúne a trabajadoras y trabajadores sociales con amplia trayectoria de intervención con personas mayores, y de investigación en la temática del envejecimiento y las vejeces en América Latina. La iniciativa surge desde la Red Latinoamericana de Trabajo Social en el campo gerontológico (REDGETS) que desde el año 2013 nuclea a docentes, investigadoras e investigadores de toda la región. En la propuesta de este panel se entretejen experiencias académicas y profesionales desarrolladas en Uruguay, México, y Argentina desde una mirada crítica y situada en nuestra región. El envejecimiento y las vejeces son abordadas desde una perspectiva decolonial, de género y de derechos para elucidar la complejidad de la desigualdad y los problemas sociales que atraviesa la población mayor en nuestros territorios. Asimismo, se recuperan los aportes de la profesión en los diversos espacios de trabajo, en el contexto de pandemia y los desafíos del Trabajo social ante el envejecimiento de la población, la desigualdad de género, la inequitativa distribución de los recursos y las tareas de cuidados, la brecha digital en el acceso a las tecnologías de información de la población mayor y los estereotipos edadistas imperantes en el marco de un embate neoliberal en América Latina. En los últimos años se fue consolidando la autonomía relativa de la profesión dentro del campo interdisciplinario de la gerontología, a partir de la producción de conocimiento en relación con la intervención social con personas mayores. Son numerosas las producciones que recuperan experiencias desde la investigación, la extensión y la formación de Grado y Posgrado en el abordaje de la cuestión social y sus implicancias en la población mayor, el diseño y evaluación de políticas públicas y el reconocimiento de los movimientos sociales de personas mayores. El Trabajo Social en el campo gerontológico conforma un desafío teórico-metodológico al que viene respondiendo desde hace aproximadamente cuarenta años, siendo que la producción teórica no ha sido abundante en nuestro medio. En ese sentido, las II Jornadas dejaron como producto final, un libro que condensa las diferentes discusiones que se llevaron adelante2. Coincidimos con Geertz (1973) que escribir implica rescatar lo dicho, y fijarlo haciéndolo susceptible de consulta. En ese sentido, la posibilidad de consulta en una disciplina, que viene generando intervenciones con personas mayores en forma sistemática, se constituye en un aporte invalorable.Cuando analizamos el “Trabajo social en el campo gerontológico” estamos poniendo en escena a la intervención, lo que nos invita a pensar la constitución del sujeto de nuestras praxis. ¿Qué sujetos aparecen? ¿Cuáles estamos construyendo desde el Trabajo Social? ¿Cómo asumimos el desafío de afianzar la construcción de intervenciones críticas? Entendemos que en estos últimos años se han institucionalizado y ampliado mecanismos de seguridad social hacia las personas mayores, ¿cómo incide esto en las prácticas de los trabajadores sociales? ¿Qué idearios/paradigmas interjuegan en el campo específico? A su vez, resultó imprescindible interrogar las ideas de ciudadanía que emergen en el siglo XXI. El Trabajo Social ha ampliado sus instancias de intervención y de investigación en el campo gerontológico. Se visualiza una fuerte incidencia de la investigación cualitativa, por lo que enfatizamos la necesidad de socializar las producciones que desde el Trabajo Social se vienen realizando. ¿Por qué se produce desde la investigación cualitativa? Entendemos que está entrelazado a la posibilidad de recuperar la voz de los sujetos con los que se interviene, poner en palabras a las viejas, los viejos y les viejes en su ser envejeciente.El desafío del panel es traer reflexiones de orden teórico y metodológico en relación a los procesos de envejecimiento y las experiencias situdas de envejecer en nuestra américa, con los desafíos propios del sur global¿qué procesos de estatalidad se desarrollan? ¿Cómo opera en mercado en la producciñon de servicios socio saniatrios¿ ¿de qué forma la agenda de género se intersecta en la forma es que analizamos e intervenimos? ¿qué posiciones del Trabajo social se expresan en el campo gerontológico? ¿qué matrices teóricas dialogan? ¿cómo se ligan las formas de organización social actuales con los mandatos hedonistas? ¿Qué disputan sostiene el Trabajo Social en relación a los procesos de envejecimiento y vejez? ¿qué modos de organización social y políitica del cuidado propicia el Trabajo Social? ¿Qué limites encuentra lo intergeneracional en el andamiaje de respuestas colectivas? La interdependencia transversaliza nuestras existencias, nos posibilita reconocer los lazos, las miradas y las proximidades que nos permiten la vida en comunidad. El panel asume el desafío coletcivo y societal de ligar el envejecer al deseo. Creemos que es necesario reconocer que los años transitados se constituyen en oportunidades y fundamentalmente evidencian las desigualdades. Por sociedades envejecidas que reconozcan a las personas mayores en sus heterogeneidades y deseos intersectados.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#272 |
FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL: Um paralelo entre os cenários conjunturais de 1982 e 1996
Priscila Ambrozio
1
;
Ana Lole
2
1 - Pontifícia Universidade Católica do Rio der Janeiro / PUC-Rio.
2 - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro / PUC-Rio.
Resumen:
O avanço recente de pautas conservadoras no Serviço Social brasileiro, o crescente número de cursos de graduação à distância, a mercantilização da educação, o momento atual da conjuntura brasileira pautada em políticas neofascistas e na necropolítica, entre outras pautas, apresentam desafios para o Serviço Social no campo do fortalecimento de seus fundamentos históricos, teóricos e metodológicos coadunado com a formação profissional. A história do Serviço Social brasileiro traz consigo os sinais de uma conjuntura marcada pelo conservadorismo e pelo autoritarismo, características da realidade brasileira. Uma profissão que nasce no bojo de um estado populista, em 1936 quando é criado o primeiro curso de Serviço Social, em São Paulo e, em 1937, o segundo curso de Serviço Social, no Rio de Janeiro, onde foi pilar da construção da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a qual foi pioneira na implementação da pós-graduação em Serviço Social no Brasil, em 1972. Buscamos através desde estudo, elucidar que os cursos de pós-graduação se constituem em espaços privilegiados para produção de conhecimentos e parte intrínseca do processo de formação profissional. Sendo assim, essa análise sobre Fundamentos do Serviço Social pauta-se na apreensão que a profissão está situada num contexto de transformações societárias, tendo como marco referencial o cenário da reestruturação produtiva, a transnacionalização do capital, como também a radicalização do neoliberalismo. Dito isto, entendemos que tal conjuntura nos desafia ao aprofundamento do debate acerca da formação profissional do Serviço Social no nível de graduação e, também, no nível de pós-graduação. Partimos da perspectiva que a problematização dos Fundamentos do Serviço Social tem como marco histórico e teórico os debates estabelecidos em torno da revisão curricular de 1982 e do atual projeto de formação pautado nas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) de 1996, tendo em vista que o movimento de renovação profissional por meio da perspectiva de “intenção de ruptura” possibilitou ao Serviço Social o diálogo com a teoria crítica marxista. Esse diálogo fortaleceu-se nos anos de 1980, quando elaboramos o Código de Ética de 1986 e construímos o Projeto Ético-Político profissional. A aprovação do currículo mínimo, em 1982, na XXI Convenção da Associação Brasileira de Ensino do Serviço Social (ABESS), hoje, Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) fundamentou a superação da formação conservadora, tecnicista e tradicional influenciada pelo Serviço Social norte-americano e, os principais avanços, ainda nessa nova era do Serviço Social crítico, consistiram na revisão do seu Código de Ética de 1986, que não atendia mais às exigências sociais atuais e, como resultante, deflagrou no Código de Ética de 1993. O processo de revisão foi dado reafirmando os valores fundamentais como a liberdade e a justiça social, contudo, os articulou à democracia como valor ético central, pois compreenderam ser esse o caminho adequado para assegurar seus valores essenciais como liberdade e equidade. A emergência para o reordenamento das bases teóricas da formação profissional, nos traz à luz que as relações de forças na sociedade capitalista desfavorecem a luta das classes trabalhadoras e subalternas propiciando uma disputa por hegemonia. Nesta direção, a dimensão política da profissão expressa no Projeto Ético-Político embasa nossas lutas e trabalho profissional em prol da conquista de hegemonia para a transformação da estrutura social. Sendo assim, as Diretrizes Curriculares de 1996 apresentam-se como uma estratégia importante do processo de formação profissional do Serviço Social, baseados na perspectiva segundo a qual o Serviço Social se desconecta dos moldes de um projeto de formação tradicional e tecnicista, ora consolidado pela chamada “modernização conservadora”, voltado às exigências do mercado. A formação se reinventa nas relações sociais de produção e reprodução da vida social como uma profissão interventiva no âmbito da questão social, comprometida com a classe trabalhadora junto às suas lutas populares e resistências, no enfrentamento à questão social, pelo acirramento da acumulação capitalista exaltado pela autocracia burguesa. Importa refletir, portanto, sobre os processos sócio-históricos que marcaram a época de elaboração das Diretrizes Curriculares, destacando que essa tessitura social foi fundamental no encaminhamento das questões sobre a defesa do exercício profissional e de sua formação. Trata-se de um período de intensas mudanças societárias, com o aprofundamento das relações de exploração e dominação capitalistas; de avanços e retrocessos de grande monta em torno do projeto de democracia; e de importantes movimentações políticas na sociedade civil e na estrutura de poder do Estado, de caráter neoliberal, populista e ultraconservador. Esses processos tiveram impactos diretos nas agendas mais amplas da sociedade e, ao mesmo tempo, colocaram o debate da formação profissional na ordem do dia. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares da ABEPSS foram fundamentais ao longo do tempo no sentido de produzirem coerência e consistência teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa à formação e ao exercício profissional numa perspectiva crítica. E é com esse paralelo, entre as bases conservadoras e as bases progressistas, como elementos constitutivos da formação profissional, em Serviço Social, que objetivamos refletir neste artigo sobre a importância do fortalecimento dos Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social no cenário contemporâneo.
#421 |
Implicações e análise crítica entre o ensino, a investigação e a extensão universitária.
Carla Daniel Sartor
1
1 - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Resumen:
A crise capitalista é estrutural e atinge o próprio capital e as suas frações da burguesia, que disputam entre si a própria sobrevivência. Além disso, a pandemia Covid-19 desvelou o que há de mais desumano e explorador, bem como as contradições que esse sistema gera e reproduz, como o ataque a diversos grupos, como as populações periféricas, mulheres, negros, indígenas, lgbtqi+, dentre outros, que enfrentam diversos tipos de violência. O texto abordará a articulação entre o ensino, a investigação e a extensão universitária como forma de reflexão e a atuação condizente com a complexa realidade societária por meio da análise dos projetos de extensão e de pesquisa “O ser social e as dimensões do exercício profissional”, alocados na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. O projeto de extensão aborda o frequente assédio às mulheres estudantes, que sofrem inúmeras consequências, em especial a dificuldade de permanecer na Universidade por terem filhos, a hostilidade de alguns professores e da própria Universidade que não oferece condições e o direito à creche universitária – um dos dez eixos da política de assistência estudantil que não foi ainda implementada e tem sido objeto de disputa para a sua efetivação. A realização de rodas de conversas com debates e convidadas externas de movimentos sociais, partidos políticos e trabalhadores em geral permitiu o aprofundamento das questões e a ampliação de aliados para a construção de projetos a serem viabilizados de forma coletiva. Entretanto, são processos de médio e longo prazo que exigem ações como os “Ocupinhas” (oficinas itinerantes com crianças filhas de trabalhadores e estudantes) que reuniu elementos da realidade – as próprias crianças que chegam à Universidade com suas mães, muitas vezes ignoradas – e também elementos lúdicos, ao realizarem diversas atividades como contação de histórias, pintura, jogos e brincadeiras, despertando quem passa pelos corredores e alertando acerca dessa demanda. Foram construídas “brinquedotecas itinerantes” com a participação das crianças, que customizaram caixotes de feira, colorindo-os e disponibilizando-os nos andares dos prédios, preenchendo-os com livros, lápis de cor, brinquedos, folhas e cartazes para que outras crianças pudessem levar os materiais para as salas onde suas mães assistiam às aulas. Esse apoio temporário foi a forma encontrada para que a ausência de uma creche (ou outro espaço) seja considerada, funcionando como um alerta sobre a necessidade de uma ação mais efetiva. Temos, portanto, como ponto de partida atividades que nos desafiam e nos exigem uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético e político, e que envolvem inúmeras escolhas, bem como fundamentação teórica para a distinção das diversas retóricas e interesses presentes no âmbito da realidade, e para o desvelamento da gênese e das particularidades da “questão social”. Nessa perspectiva, temos o desafio da superação de relações históricas de superexploração da força de trabalho, que caracterizam o Brasil como um país periférico e dependente inserido na divisão internacional do trabalho, assim como toda a América Latina, por garantirem a reprodução de sua dependência e subordinação por meio do desenvolvimento desigual e combinado entre centro e periferia, conforme afirma Ruy Mauro Marini. Além do desafio representado pelo racismo, mecanismo de dominação no período colonial, mantenedor dos privilégios dos brancos pelo regime escravista, que teve sua continuidade como dominação de classe (MOURA, 1994), conservando a divisão racial em uma sociedade de classes. E, aliado ao patriarcado como estruturante dessas relações, temos o desafio do autoritarismo por meio de relações de abuso de poder (FERNANDES, 2008), caracterizando um conjunto de análises imprescindíveis que permite romper com estudos descritivos, reducionistas, conservadores, a-históricos e acríticos, priorizando reflexões que abrangem as contradições dos fenômenos e a dinâmica da realidade em permanente movimento. O debate das ações no âmbito do ensino, pesquisa e extensão universitária, tripé que caracteriza a Universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada na classe trabalhadora é fundamental para garantir a perspectiva da totalidade social, considerando as diversas e complexas determinações de um fenômeno, sem isolar qualquer dimensão, mas consolidar análises que busquem a raiz das questões, para além da superficialidade, do foco nas consequências e da incidência paliativa. Combater o falseamento da realidade e a fragmentação do conhecimento por meio das categorias da Crítica da Economia Política, aliada a superação da consciência reificada, da preponderância do irracionalismo e da violência, expressões da lógica instrumental positivista que afirma a lógica do capital (LUKÁCS, 1959). Ao visibilizarem lutas sociais vinculadas ao enfrentamento das manifestações da “questão social”, os projetos de extensão e de pesquisa demonstram as implicações entre o trabalho, as teorias e ideologias que fundamentam a vigência da ordem estabelecida e as resistências no âmbito da criação humana, da ontologia do ser social (LUKÁCS, 2012). Resistir tem sido uma forma de ação contemporânea, porém insuficiente, uma vez que a luta contra o desmonte dos direitos sociais é apenas uma das ações, simultânea à organização e à articulação necessárias para a construção coletiva de um projeto societário que alie e se vincule à realidade da situação da classe trabalhadora, ou seja, de lutas coletivas de superação dessa ordem. As experiências e práticas populares coletivas revelam contradições cotidianas que são transpassadas por dimensões conflitivas e uma consciência reificada, apesar de todo esforço ideológico em ocultá-las, para sustentar laços baseados no desempenho individual e meritocrático. A diversidade da composição social e os desafios que temos pela frente, diante da agudização da luta de classes no mundo, implicam o respeito à trajetória da classe trabalhadora que historicamente vem lutando e defendendo a ampliação dos direitos, as condições dignas de vida e a superação dessa ordem. Todavia, o processo de gestão da pobreza e dos conflitos nos países da América Latina tem implicado a efetivação de políticas e parcerias que são limitadas em seu alcance, sobretudo, porque a questão social em sua variada e complexa manifestação nos desafia e demanda uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético, político e de ruptura radical com as formas políticas e institucionais que garantem a atual ordem de dominação.
#481 |
CONSTRUCCIÓN DEL OBJETO DE ESTUDIO DEL TRABAJO SOCIAL: UNA INTERPRETACIÓN DESDE LA PERCEPCIÓN ESTUDIANTIL. Universidad Mayor de San Simón
Sandra Verónica Carretero Valdez
1
1 - Universidad Mayor de San Simón.
Resumen:
RESUMENComo disciplina de las Ciencias Sociales, el Trabajo Social, tiene entre sus desafíos la reflexión y sobre todo la concreción de su objeto de estudio que hace a su especificidad profesional. Zamanillo T., sobre el objeto en Trabajo Social, señala que
este es mucho más complejo de lo que a simple vista parece: ¿Por qué es importante para nuestra disciplina definir su objeto? Porque, la complejidad debe ser tratada (…) Y porque más allá de cuestiones de status científico –que no son banales pero que no importan tanto en estas reflexiones–, lo cierto es que toda disciplina ha de definir su objeto de estudio. (1999, p. 14). Para los estudiantes que se encuentran en actual formación, conocer, comprender y aprehender los elementos constitutivos de la disciplina se constituyen en elemento fundamental de su formación.Hoy en día existe un posicionamiento disciplinar en cuanto a los aportes y avances que se lograron; por ello, es importante continuamente releer la realidad en la práctica profesional en cuanto a la forma de cómo se asume la especificidad profesional y dentro de ello, la precisión de su objeto de estudio a nivel disciplinar.Esta reflexión, desde el estudiantado, se proyecta en abstracciones cognitivas que se consigue a partir de la razón - el pensamiento, como sustentos teóricos de la práctica. Y, ello permite precisar uno de los propósitos implícitos de este estudio, que los estudiantes puedan asimilar la necesidad de aplicar una reflexión epistemológica de la especificidad, analizando lo establecido como conocimiento a partir de la precisión de su objeto de estudio en el Trabajo Social. Para la mayoría de los estudiantes, al introducirse al estudio de la epistemología y su aplicación en la disciplina, lejos de asimilarla teóricamente y menos aún aplicarla en procesos de reflexión desde su condición estudiantil, a partir de la incursión a la investigación, marca barreras y limitaciones en la comprensión de la verdadera magnitud de la profesión y de los elementos constitutivos como tal. Esta situación, a partir de una reflexión epistemológica, da pie al planteamiento de la interrogante
¿Cómo perciben los estudiantes la precisión del objeto de estudio del Trabajo Social desde la lectura del ejercicio profesional que se desarrolla en instituciones sociales? y, desde esta comprensión
¿Qué procedimiento asumir para una posible construcción teórica-conceptual del objeto de estudio, en una interpretación estudiantil?De ahí la importancia de llevar adelante procesos de análisis de los estudiantes sobre estos temas constituyentes de la profesión con la característica de examinar estos elementos desde prácticas reales y concretas del ejercicio profesional, lo que implica una aproximación al contexto social más próximo, mediante trabajos de investigación de campo proyectados en espacios institucionales donde prestan servicios profesionales del área disciplinar.Entonces, el estudio consistirá en la aproximación de los estudiantes hacia profesionales en actual ejercicio en instituciones sociales del medio (ciudad de Cochabamba-Bolivia); a partir de una estrategia de investigación, encontrando habilidades y destrezas muy válidas de generación de conocimientos de situaciones concretas dentro del contexto institucional. En esta lógica, resulta importante identificar la situación de los estudiantes para enfrentar el desarrollo del trabajo de investigación referido a la aproximación al ejercicio laboral de los profesionales de la disciplina, como punto de partida. Para esta etapa, se asume la teoría de la
investigación interpretativa que toma como objeto de investigación los hechos observables de la experiencia los datos a través de los sentidos (en este caso reportes, sesiones de consulta en la modalidad virtual y presencial con la población) para que por medio de mecanismo inductivo llegue a la formulación de conocimientos concretos (identificación de estrategias de investigación). Posteriormente, se establece ciertas estrategias de aprendizaje desde la interpretación de los hechos, hasta la aplicación de criterios y procedimientos para la
construcción de objetos de estudio-acción del Trabajo Social.Considerar la importancia de la percepción sensorial, interpretar la realidad desde una construcción personal, razonar sobre la construcción de los objetos de estudio como objeto pensable que parte de la realidad se contrasta con la teoría y se genera conocimiento; son procesos cognitivos posibles esto será lo que conduzca a generar ciencia y teoría de la investigación en el campo disciplinar del Trabajo Social. El paradigma interpretativo (cualitativo, hermenéutico) será entonces la concepción global que abrigará la investigación, bajo los siguientes referentes:El interés de la investigación, comprender e interpretar la precisión y construcción del objeto de estudio del Trabajo Social, a partir de estrategias de investigación y de aprendizaje que los estudiantes asuman, desde el enfoque epistemológico empirista-inductiva (sentidos) y racionalista-deductiva (razón). La relación investigador-investigado, estará signado por un relacionamiento sujeto a sujeto en el relacionamiento entre: estudiantes-investigadores (120 estudiantes de quinto semestre gestión II/2021 y I/2022), profesionales de Trabajo Social de instituciones sociales (20 profesionales), docente investigador. Consecuentemente, el argumento fundamental de este estudio concibe que, desde la identificación de estrategias generadas para la abstracción de conocimientos a partir de los estudiantes para la inmersión en los hechos, a la realidad de los profesionales en instituciones sociales, se concretice la reflexión y concepción que el objeto de estudio del Trabajo Social es una
construcción social desde la disciplina conjuntamente los sujetos involucrados. BIBLIOGRAFÍAZamanillo, T. (1999).
Apuntes sobre el objeto en Trabajo Social. Consultado en: https://revistas.ucm.es/index.php/CUTS/article/view/CUTS9999110013A/8116Aylwin de Barros, N. (s/a.).
El objeto en Trabajo Social. Consultado en:https://repositorio.uc.cl/xmlui/bitstream/handle/11534/6194/000379758.pdf
FCS - B2
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#186 |
CUIDADO HUMANO DESDE LA PERSPECTIVA DEL GÉNERO: MUJERES QUE CUIDAN MUJERES DEPENDIENTES Y MUJERES QUE CUIDAN HOMBRES DEPENDIENTES
Ketty Cazorla
1
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Patricia Castañeda
2
1 - Escuela Trabajo Social, Universidad de Valparaíso y Doctorado en Psicología, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso.
2 - Escuela Trabajo Social, Universidad de Valparaíso.
Resumen:
La ponencia presenta los resultados de una investigación que tiene por objetivo describir las distinciones del cuidado desde la perspectiva del género que poseen las personas cuidadoras, a partir de la experiencia biográfica que poseen en el cumplimiento de ese rol especializado. Conceptualmente, el cuidado puede ser definido como aquel apoyo brindado a sujetos dependientes que presentan una reducida autonomía para realizar actividades de la vida diaria como el cuidado personal, actividades domésticas básicas, movilidad esencial, reconocer objetos, orientarse, entender, ejecutar órdenes, entre otras (SENADIS, 2017). Asimismo, las prácticas de cuidado, cuentan con diferentes oferentes, los que de acuerdo a la literatura pueden clasificarse en dos perfiles generales. El primer perfil corresponde al cuidador formal, quien brinda apoyo con mayor especialización que la persona cuidada, siendo remunerado, y pudiendo enmarcar su tarea en una institución pública, privada o realizar sus acciones en forma independiente (Sorj, 2014). El segundo perfil corresponde al cuidador informal, quien brinda apoyo de manera voluntaria, sin remuneración sistemática y sin el respaldo de una institución u organización social pública o privada de por medio, sustentándose la mayoría de las veces en el contexto familiar o afectivamente significativo (Batthyany, et. al, 2017; Genta, 2017).En el esfuerzo por desagregar la noción de esta práctica de cuidado desplegada por esta diada, la socióloga Karina Batthyány (2021) propone tres ámbitos para analizarla, los que corresponden a los siguientes:
i) la dimensión material, que implica hacer el trabajo en sí mismo;
ii) la dimensión económica que involucra su costo; y
iii) la dimensión psicológica, la que a su vez entraña emociones y afectos (Aguirre, et al, 2014). Estas dimensiones construyen en su conjunto el propósito del trabajo de cuidado, el que siguiendo a Tronto (2017) corresponde a mantener, continuar o reparar el mundo, para así poder vivir en él de la mejor manera posible, teniendo como fin último el sostenimiento de la vida. Estas nociones subrayan la dimensión relacional del cuidado, constituida por aquellos vínculos construidos entre la persona que brinda cuidado y la persona dependiente que requiere ser cuidada, generando una relación interdependiente que está marcada por la generización, es decir, por la influencia que el género posee en la práctica del cuidar (García y Urbina, 2021). Desde la perspectiva del género, estudios recientes describen el cuidado como una práctica mayoritariamente femenina, identificándolas con un rol histórico, caracterizado por la maternalización, la individualización y la sobrecarga, poniendo énfasis en su dimensión afectiva. Como contraparte, las prácticas de cuidados desarrollados por hombres cuidadores son minoritarias y mantienen las características anteriores, sumando un énfasis en la dimensión material de cuidado, particularmente en la eficiencia en la gestión (Sánchez, 2014). No existen estudios que aporten evidencia de las diferencias de género respecto de las personas dependientes a su cargo y de la influencia de esta diferencia sobre las prácticas de cuidado.Metodológicamente se desarrolla una investigación cualitativa de tipo exploratoria-descriptiva, con perspectiva fenomenológica y de enfoque narrativo. Para la recopilación de la información se aplicó técnica de entrevista biográfica a personas cuidadoras formales de las comunas pertenecientes a Valparaíso Metropolitano, Chile; que contaran al menos 5 años de desempeño continuo en su tarea especializada. Coincidente con los planteamientos conceptuales, la totalidad de las personas participantes contactadas para el estudio correspondieron a mujeres cuidadoras. La representatividad muestral cualitativa se definió desde saturación teórica, a través de contacto intencionado por modalidad de snowball o bola de nieve. El guion temático se focalizó en las materialidades que constituyen la práctica del cuidado y las distinciones narrativas asociadas al género de las personas cuidadas, contextualizando las respuestas en las experiencias biográficas referidas por las mujeres cuidadoras participantes de la investigación. La información fue analizada desde en el enfoque narrativo, a partir de categorías inferenciales válidas y reconocibles en el marco conceptual definido para el estudio. Los resultados obtenidos fueron validados por triangulación de técnicas, juicio experto e interanálisis. Las consideraciones éticas de la investigación cautelaron condiciones de voluntariedad en la participación de las mujeres cuidadoras, junto con compromiso de anonimización y confidencialidad en el tratamiento de los datos. Los resultados obtenidos indican que en el caso de mujeres cuidando mujeres dependientes, las prácticas y saberes de cuidado adquiridas a lo largo del curso de vida por la feminización de esta actividad propician la aparición de elementos que facilitan a las mujeres asumirse en situación de dependencia, especialmente en sus dimensiones material y psicológica, facilitando la tarea de cuidado ejecutada por sus pares. En consecuencia, sus narrativas se construyen en torno a una relación simétrica que valora positivamente el cuidado y actualiza eventos vitales en los que fue requerido transitoriamente, destacando en ese repertorio los eventos de maternidad y crianza. En el caso de mujeres cuidando a hombres dependientes, se develan narrativas que reflejan la distancia masculina con las prácticas del cuidado a lo largo de su trayecto vital, expresadas en dos relaciones de carácter asimétrico. En la primera, el hombre dependiente se sitúa en un lugar de poder por sobre la mujer cuidadora, al significar el cuidado en su dimensión económica, como servicio o prestación remunerada. En la segunda, la relación se invierte, asumiendo características de maternalización, especialmente en situaciones de invalidez severa, cuidados paliativos y alivio del dolor.Se concluye que las prácticas de cuidado deben considerar los determinantes de género presentes en la diada persona cuidada-persona cuidadora, comprendiendo su influencia bidireccional en la trama de cuidado a nivel microsocial, la que se constituye en un elemento estratégico a considerar en la tarea de construcción de un sistema integral de cuidados basado en los principios de justicia social y perspectiva inclusiva de género.
#268 |
Serviço Social e a defesa dos direitos sociais: o trabalho do/a assistente social junto à população em situação de rua.
Luiz Fernando Felisberto Bueno
1
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Tereza Cristina Pires Favaro
1
1 - UFG - Universidade Federal de Goiás.
Resumen:
O artigo discute à luz do materialismo histórico dialético o trabalho do assistente social junto à população em situação de rua em um pequeno município localizado no estado de Goiás, Região Centro Oeste do Brasil, com objetivo de depreender as ações e interlocuções no atendimento das necessidades dessa população e o alcance dos direitos sociais materializados pela Política de Assistência Social. Para tanto, o estudo articula revisão bibliográfica, pesquisa documental e de campo com assistentes sociais que atuam no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) no município lócus do estudo. Entende-se, a partir das reflexões trazidas neste artigo que em meio a uma sociedade marcada pela desigualdade social e supervalorização do capital em detrimento do respeito aos direitos inalienáveis do ser humano, as pessoas em situação de rua expressam uma das mais dramáticas manifestações da questão social – portanto objeto de atuação do assistente social, que ultrapassam os grandes centros urbanos e alcançando também as cidades de médio e pequeno porte. A vista disso, o avanço da política neoliberal consolida o enxugamento do Estado na área social resultando no espraiamento da desigualdade social e exponenciação da questão social. Com isso, homens e mulheres em número crescente vivem à margem de direitos básicos como saúde, educação, trabalho, moradia, renda, proteção social, dentre outros. Dando mostras do processo de exclusão, violência e negação dos direitos humanos que são sucumbidas às pessoas em situação de rua, constantemente com a não garantia e acesso aos direitos sociais conquistados pela Constituição federal de 1988, constituindo-se assim como sujeitos a margem de uma sociedade que exclui e estigmatiza. Por assim entender, a Politica Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua (2008) enfrentar o revés no financiamento das ações, marcadas pela seletividade e fragmentação. Em decorrência disso, no enfrentamento por parte do Estado do fenômeno da população em situação de rua, não se observa um movimento para entender as causas como parte de um processo histórico carregado de contradições, há sim, uma ação deliberada dos poderes públicos no trato desta questão, marcada pelo compromisso com os interesses do capital.Ao voltar-se para essa realidade, tudo que foge à regra, ao esperado, vem carregada de constrangimentos, de discriminação, de preconceitos que se manifestam de diferentes formas, em que a população em situação de rua é frequentemente impedida de entrar em locais públicos como transporte, serviços de saúde, outros órgãos públicos, assim como em estabelecimentos comerciais. Isso evidencia o processo de subalternidade e invisibilidade enfrentado por essa população sucumbida ao preconceito, a discriminação, a falta de condições mínimas para sua sobrevivência, enfim com as desigualdades sociais existentes na sociedade, expressas na contradição da relação capital/trabalho, requer políticas sociais articuladas que possam assegurar o acesso aos direitos. Nesse sentido, importa ao estudo também, destacar os direitos sociais assegurados à pessoa em situação de rua, uma vez que sua permanência e crescimento têm desafiado as ações de políticas públicas, com ênfase no âmbito da política pública de assistência social, resultado das lutas históricas empreendidas pela classe trabalhadora e assegurada pela Constituição Federal de 1988. Assim, a assistência social constitui-se em Política de Proteção Social de responsabilidade estatal articulada a outras políticas sociais, destina-se à garantia da cidadania, regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em dezembro de 1993. Este processo resulta na articulação nacional, envolvendo manifestações de diversos segmentos da sociedade, e garantiu em 2004, a aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), na qual possibilita a inserção de assistentes sociais nos vários espaços ocupacionais como Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) comprometidos na efetivação e ampliação do acesso da população aos direitos sociais. No tocante à população em situação de rua compreende o serviço especializado de Proteção Social Especial de Média Complexidade, tem por finalidade assegurar o atendimento e o desenvolvimento de atividades de sociabilidade. Com propósito do fortalecimento de vínculos interpessoais e familiares, como forma de contribuir para a construção de novos projetos e trajetórias de vida. Deve, também, proporcionar endereço institucional para utilização do usuário para fins de referência, promover o acesso a espaços de higiene pessoal, alimentação e provisão de documentação civil. Organizar o sistema de registro dos dados de pessoas em situação de rua, permitindo, assim a localização da família, parentes e pessoas de referência. Ressaltando-se, as ações do CREAS são desenvolvidas pela equipe composta além do/a assistente social, psicólogo/a, advogado/a e orientadores/ as sociais. Nesse chão de incertezas, de banalização da vida e agudizamento da
questão social, o assistente social é desafiado a responder a construir propostas de trabalho criativa, ética e propositiva às expressões da questão social, fundamentadas nos valores e princípios norteadores do Código de Ética do assistente social (IAMAMOTO, 2001). O trabalho do assistente social junto à população em situação de rua é orientado em prol da superação de todas as formas de discriminação, garantir o acesso dessa população aos bens e serviços das políticas sociais, assim, efetivando direitos.Diante dessa realidade marcada pela lógica excludente do capital é necessário salientar, a luta e a resistência empreendida pela população em situação de rua para acesso aos direitos humanos, bem como os avanços no marco da assistência social para esse segmento, mas, não finda as contradições que perpassam essa política e impõe desafios ao cotidiano profissional do assistente social, pois vem sendo consolidada em meio ao aprofundamento do projeto neoliberal, incorporando respostas focalizadas às necessidades e aos direitos sociais, tornando a questão social e suas expressões complexas. Com isso, verifica-se uma tendência à naturalização do fenômeno da população em situação de rua, distanciando o seu acesso aos serviços de proteção, intensificando assim, a violação de direitos e o desrespeito a esse segmento. REFERENCIASIAMAMOTO, Marilda.
A Questão Social no capitalismo. In: Temporalis/ABEPSS. Ano II, n.3 (jan./ jun. 2001). ABEPSS: Brasília (DF). 2001.
#348 |
Trabajo Social con personas sin hogar: Análisis de los sistemas y metodologías para contabilizar las situaciones de exclusión residencial y sinhogarismo en España, a través de un estudio de caso.
FERNANDA CARO BLANCO
1
;
ALFONSO LÓPEZ BERMÚDEZ
1
;
JOANA MARIA MESTRE MIQUEL
2
1 - UNIVERSIDAD DE ISLAS BALEARES. UIB.
2 - UNIVERSIDAD DE ISLAS BALEARES. UIB..
Resumen:
Los Estados del Bienestar europeos se han estructurado, desde sus inicios, en base a cuatro pilares fundamentales: educación, sanidad, pensiones y servicios sociales. La plena participación de las personas en cada uno de estos ámbitos y en los diferentes espacios de la vida social (mercado de trabajo, mercado de bienes y servicios, espacios de decisión política, organización de la vida comunitaria, sistemas de protección social, relaciones socio-familiares y comunitarias) suponen la plena inclusión social y, por tanto, el ejercicio de la plena ciudadanía (Guillén et al., 2016). La Unión Europea (UE), identifica como mecanismos de exclusión social aquellos a través de los cuales “se niega a los individuos y a los grupos pertenecientes a una sociedad, su participación en los intercambios, las prácticas y los derechos sociales que les son imprescindibles para la integración social y para su identidad social y personal” (Comité de las Regiones. Consejo de la Unión Europea (2014).La vivienda desempeña un papel fundamental dentro del espacio social de la exclusión, ya que supone un importante factor de integración social, de manera que las carencias en este ámbito pueden convertirse en la causa que desencadenan el resto de los procesos de exclusión (Grau et al., 2016; Uribe, 2015). La consideración de la vivienda como un elemento fundamental para posibilitar una vida digna, está reconocido por la Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos, cuando supone que: “el derecho humano a una vivienda adecuada es el derecho de toda mujer, hombre, joven y niño a tener y mantener un hogar y una comunidad seguros en que puedan vivir en paz y con dignidad” (Relator Especial de Naciones Unidas, 2008). Sin embargo, en lo que a España se refiere, la garantía del acceso a la vivienda, como derecho universal y componente fundamental del bienestar y la autonomía de los individuos, (junto con la educación, la sanidad, pensiones, servicios sociales, mercado de trabajo, etc.), no ha sido asumida como una obligación por parte de los poderes públicos (Fernández, 2015), aún a pesar de incipientes iniciativas dirigidas principalmente a la aprobación de una ley estatal que garantice el derecho a la vivienda.La Federación Europea de Organizaciones Nacionales que trabajan con personas sin hogar (FEANTSA), despliega, a partir de los 90 del pasado siglo XX, un nuevo marco conceptual en un momento socio-histórico en el que emergen nuevos fenómenos y personas sin hogar con perfiles distintos a los tradicionales. Se incorporan, por parte de la sociología, marcos teóricos que rompen la dicotomía individual-estructural para ampliarla y superarla con explicaciones de carácter relacional e institucional, incorporando la multicausalidad y la comprensión de este problema como un proceso, un continuo de situaciones de exclusión de una vivienda adecuada (Fernández Evangelista, 2015). Desde esta perspectiva, el Observatorio Europeo del sinhogarismo (EOH) desarrolló una tipología de personas sin hogar y en situación de exclusión residencial (ETHOS) con el propósito de contribuir a la mejora, integración y coherencia de las políticas de prevención y atención del problema (Cabrera y Rubio, 2008). La tipología ETHOS (European Typology of Homelessness and Housing Exclusion), formulada inicialmente en 2005 y revisada en años posteriores, describe cuatro categorías conceptuales que se subdividen en un total de trece categorías operativas y 24 subcategorías situacionales. Las cuatro categorías a las que hacemos referencia son: Sin techo (sin alojamiento de ningún tipo); Sin vivienda (viviendo en un alojamiento temporal, en albergues u otros dispositivos de media-larga estancia); Vivienda insegura (viviendo bajo amenaza de desahucio, en situaciones de arrendamiento precario o de violencia de género); y Vivienda inadecuada (viviendo en chabolas, en alojamientos que incumplen la normativa sobre habitabilidad o en situación de hacinamiento). Sin embargo, a pesar del crecimiento de las situaciones de sinhogarismo y exclusión residencial, que identifica la Estrategia Nacional Integral de personas Sin Hogar (2015-2020) en España ((Ministerio de Sanidad Servicios Sociales e Igualdad, 2015), estas situaciones han demostrado ser difícilmente cuantificables, señalándose la invisibilización de gran parte del fenómeno. Algunos de los motivos se pueden achacar a la dificultad de muestrear, identificar, encontrar o contactar a las personas que se encuentran en estas situaciones (Schepers y Nicaise (2017), pero también a la heterogeneidad y escasa validación de los instrumentos y metodologías utilizados en el análisis de situaciones de exclusión residencial. En el presente trabajo se analizan los distintos sistemas y metodologías utilizados para contabilizar las situaciones de sinhogarismo en España, entre las que se encuentran las encuestas dirigidas a centros y servicios para personas sin hogar, las encuestas dirigidas a personas atendidas en servicios para personas sin hogar y los recuentos nocturnos, entre otras. La metodología utilizada para la presente investigación se centra en un análisis bibliográfico y documental a partir de la utilización de bases de datos como el catálogo SIIS Centro de Documentación y Estudios, Web of Science (WOS), Redalyc, Scielo y Dialnet, así como publicaciones del Observatorio Europeo del Sinhogarismo (EOH). Posteriormente se analiza un estudio de caso en base a la experiencia en Mallorca (Islas Baleares-España), desde 2015 a la actualidad. Se incorpora a este análisis una perspectiva de género por considerar a las mujeres especialmente vulnerables ante la exclusión residencial, y aún más invisibilizadas por el hecho de que el sinhogarismo femenino normalmente se muestra en otras situaciones de exclusión residencial diferentes a vivir en la calle (Asociación Realidades 2022).Los resultados preliminares apuntan hacia la necesidad de establecer principios y características básicas del sistema de recogida de datos, en referencia a la información necesaria, objetivos, agentes implicados; identificar las características de los centros y servicios objeto de investigación a partir de la organización de éstos según la tipología ETHOS; y establecer criterios para la elaboración de instrumentos de recogida de datos, como cuestionarios, formularios etc. Todo lo cual se hace imprescindible a la hora de intervenir, desde el trabajo social, con las distintas tipologías y situaciones de personas sin hogar y exclusión residencial.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#090 |
O trabalho dos assistentes sociais em tempos de pandemia: o uso das TICs como estratégia de comunicação voltada aos usuários
Mabel Mascarenhas Torres
1
;
Claudiana Tavares da Silva Sgorlon
2
;
Eduardo Luis Couto
2
1 - Universidade Estadual de Londrina.
2 - Universidade Estadual de Maringá.
Resumen:
No período de 2020 a 2022, o mundo foi assolado pela pandemia da covid-19, que provocou uma alteração substancial na construção das relações humanas e sociais. É notório a forma errante adotada pelo governo brasileiro no combate a pandemia, desde a ausência de um comitê de crises, até a falta de transparência nas ações que possibilitassem a diminuição da circulação do vírus e a compra de imunizantes.No Brasil, nos primeiros meses do ano de 2020, o governo federal estabeleceu por meio da Lei 14023/2020, as profissões consideradas essenciais no combate a pandemia, dentre elas o Serviço Social. A implantação das políticas sociais é uma das estratégias do Estado para o enfrentamento das expressões da questão social, decorrentes do pauperismo, das precárias condições de trabalho, do desemprego estrutural e das expressões da violência que assolam a sociedade. A atuação nas políticas sociais como trabalhadores assalariados requer de assistentes sociais um constante processo de análise acerca das contradições constitutivas da sociedade capitalista, capturando as relações hierarquizadas e desiguais estabelecidas entre as classes sociais e as questões que fundamentam a lógica predatória do capital. Em tempos pandêmicos, é requerido de assistentes sociais o planejamento e execução de ações e atividades direcionadas aos usuários, respondendo as necessidades agravadas pelo distanciamento social, desemprego, os agravos de saúde, convivência sociofamiliar etc. Em decorrência das alterações das condições de trabalho, os assistentes sociais foram provocados a alterar as formas de utilização da linguagem, absorvendo as tecnologias de comunicação e informação – TICs, como parte das estratégias para a execução do seu exercício profissional.Assim, o artigo tem por objetivo apresentar o modo como assistentes sociais utilizam as TICs no seu exercício profissional. A pesquisa baseia-se na revisão de literatura e na análise dos documentos e normativas elaboradas pelo Conselho Federal de Serviço Social – CFESS.A partir da adoção de medidas de trabalho remoto, ainda em 2020, o CFESS publicou duas notas técnicas, uma sobre o teletrabalho e a outra sobre a comunicação de óbitos. Outro documento importante foi o CFESS Manifesta sobre a pandemia e as implicações no trabalho de assistentes sociais. Destaque também para o conjunto de matérias e informações denominada “Serviço Social contra a covid-19”, que apresenta tanto as questões relacionadas a pandemia, como as possibilidades de realização do trabalho de assistentes sociais, atendendo a um dos deveres previstos no Código de Ética de 1993, que é a participação em programas de socorro a população em consequência de calamidades, a exemplo da pandemia da covid-19.A leitura analítica dos artigos publicados no período de 2020 a 2021 sobre o trabalho em tempo de pandemia e as publicações do CFESS, nos possibilitou a construção de sínteses acerca da absorção das TICs no trabalho cotidiano. Identificamos que a análise acerca do uso das referidas tecnologias associa-se a intensificação e a precarização do trabalho de assistentes sociais, que ocorre majoritariamente nos serviços e é carregado de determinações que acarretam ineficiência nas ações realizadas pelos profissionais. Neste sentido, o trabalho se dará sob a lógica do modelo produtivo, por meio do qual são estabelecidos metas e arranjos interventivos, trabalho precarizado e flexibilizado, exigindo do profissional a execução de multitarefas, participando de “um conjunto de atividades comuns a todos os trabalhadores”, identificado pela desespecialização, com a criação dos trabalhadores multifuncionais, diminuindo o poder do trabalhador de expressar conhecimentos sobre o próprio trabalho e, na mesma medida, aumentando a intensidade do trabalho. Sob essa condição, o assistente social é tensionado a disputar espaços de trabalho com outros profissionais, além de se adaptar a normativas, rotinas e determinações institucionais que não foram por ele pensadas, mas interferem no seu trabalho. É notório os impactos da pandemia nas relações de trabalho, o que torna visível sua precarização. Mesmo entendendo que esse movimento é um fenômeno mundial, que se particulariza dependendo das características do desenvolvimento econômico do capitalismo, a pandemia acentua e escancara o quanto são frágeis e cada vez mais precárias as relações de trabalho. A análise realizada indica que o trabalho e o trabalhador estão a serviço do capital, e, o desenvolvimento econômico apresenta um ritmo, uma velocidade que difere do desenvolvimento social, expresso no aumento da produtividade, ampliando os mecanismos da mais valia.Outra síntese construída diz respeito a apropriação do uso das TIC como estratégia para fazer chegar aos usuários as informações sobre seus direitos e como veículo de propagação de informações acerca da oferta de serviços sociais. Identifica-se que em tempos pandêmicos, os profissionais são levados a ampliar as possibilidades de uso da linguagem, envolvendo a necessidade e capacidade de utilização das TICs, destacando as mídias sociais, os aplicativos, as chamadas de vídeo. O uso recorrente das TICs é observável uma vez que parcela dos profissionais passa a realizar trabalho remoto.A Lei n.º 8.662, de 07 de junho de 1993, que regulamenta a profissão, estabelece em seu artigo 4º, inciso III, que uma das competências do assistente social é “prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população”. Destaca-se que o modo como os assistentes sociais planejam, elaboram e executam as ações interventivas difere das demais profissões, uma vez que na maioria das vezes as respostas profissionais nem sempre ocorrem dentro do espaço sócio-ocupacional, ou seja, requer a articulação com a rede de serviços, e a construção de ações intersetoriais. Esta característica pode parecer aos demais trabalhadores que as ações interventivas construídas pelos assistentes sociais são difusas, comprometendo o resultado. Durante a pandemia, o uso das TICs como estratégia de aproximação aos demandatários dos serviços de assistentes sociais, exige a construção de uma linguagem compreensível, objetiva, para que se qualifique o conteúdo expresso pelo profissional.Desta forma, o entendimento da importância da linguagem no trabalho do assistente social se apresenta fundamental e permite compreender de que forma os saberes e fazeres indissociáveis do trabalho profissional estão atrelados à linguagem empregada, qual o seu alcance e a intencionalidade empregada. Considera-se relevante abarcar a realidade institucional e profissional do assistente social, tendo preponderância o estabelecimento da competência profissional em se fazer entender pelos diferentes atores com os quais se relaciona.
#097 |
Aproximación al peritaje social en materia de familia en el Uruguay actual
Maria Andrea Medina
1
;
Virginia Alba
2
1 - Poder Judicial-Facultad de Ciencias Sociales (UdelaR).
2 - Poder Judicial.
Resumen:
El presente escrito se realiza con el cometido de postular al XXIII Seminario de ALAEITS a realizarse en noviembre del corriente año, cuyo tema central es
“Radicalización del neoliberalismo y pandemia; contradicciones, resistencias y desafíos para el Trabajo Social, en la garantía de derechos”. El mismo tiene carácter de ponencia, se enmarca dentro de la categoría: análisis de procesos de intervención y refiere al eje temático número 9 en relación al campo ocupacional del Trabajo Social.El Trabajo Social como profesión tiene su inserción en diversos campos como la salud, la educación, la vivienda, entre otros; siendo la justicia un campo más. Sin embargo, este espacio profesional presenta ciertas particularidades, vinculadas fundamentalmente al carácter de perito social que adquiere el profesional que se desempeña en él y la tarea específica que desarrolla elaborando pericias sociales. Dadas estas especificidades es que se considera de importancia estudiar el Trabajo Social en el campo judicial, en tanto profesión que se inscribe en la interfase de lo social y la justicia.En el presente escrito se toma el concepto de campo tal como es desarrollado por Bourdieu, quien concibe a la institución judicial como:Un espacio de conflicto y competición, en analogía con un campo de batalla, en el que los contendientes rivalizan por establecer un monopolio sobre el tipo específico de capital eficiente en él (...). Cada campo prescribe sus valores particulares y posee sus propios principios regulatorios. (...) allí los agentes luchan en función de la posición que ocupan en dicho espacio. (Bourdieu & Wacquant, 1995 apud Nicolini, 2011, p.17) El campo jurídico tiene una competencia social y técnica consistente en:(...) la capacidad socialmente reconocida de interpretar (...) un cuerpo de textos que consagran la visión legítima recta del mundo social (Bourdieu, 2000, p.160). Esta capacidad de consagrar la visión legítima del mundo social que viene dada desde las normas jurídicas se expresa (...) en las sentencias y en otras decisiones que se toman en el campo, las cuales inciden fuertemente en la construcción de un ideario de familia, imponiendo una representación de normalidad. (Nicolini, 2011: p.18)El[1] perito social participa en parte del proceso judicial, siendo llamado a realizar una valoración respecto de la situación de una persona, familia, grupo o comunidad y expresar un dictamen en base a conocimientos teóricos y procesos metodológicos propios de las ciencias sociales. Este proceso implica la construcción de una pericia social.En este sentido, los objetivos del presente escrito son exponer el proceso de construcción de la pericia social y reflexionar críticamente sobre sus aspectos teóricos, metodológicos y ético políticos. La pericia social constituye la producción escrita de la intervención del perito social e implica un proceso de análisis de “las vinculaciones entre la compleja estructura social y los conflictos o demandas de las personas frente a la justicia”. (Oliveras: 2012, p.1)Por ello se plantea ineludible comprender las demandas o las situaciones de conflicto que dan lugar a la intervención social en el contexto de cada situación singular, vincular, familiar, pero también más ampliamente como manifestaciones de la cuestión social. En tal sentido, resulta imprescindible construir un análisis acerca de los modos en que la compleja estructuración de la vida social impacta en la subjetividad. Esto implica ir superando lecturas que han fragmentado la realidad, para trabajar con una mirada totalizante que pueda incluir -entre otras cuestiones- las variables macroestructurales en el análisis de los problemas sociales. (Oliveras, 2012: p. 1- 2)De esta forma, una pericia social puede constituir un valioso instrumento comunicacional dentro de la organización judicial, que contribuya a dar cuenta de la complejidad y contextualizar las problemáticas de los sujetos que transitan el campo jurídico.El perito social actúa en una relación triangular entre la organización judicial y el conocimiento de los sujetos que transitan el espacio jurídico. Esa aproximación a la realidad de las personas involucradas en procesos judiciales o de los “profanos” al decir de Bourdieu (2000), constituye una reconstrucción que involucra, tanto la mirada profesional, como las perspectivas singulares de los propios sujetos y el análisis que éstos realizan de sus conflictos y las posibilidades de resolución de los mismos. Esto requiere, como plantea Dell´Agllio (2004), una intervención que privilegie “lo social”, que permita conocer el cotidiano de las personas, asumiendo que tenemos adjudicada la función de control social para detentarla en su contradicción y superarla. Estudiar la pericia social y sus contenidos permite identificar cómo es apropiado el conocimiento, cómo se interpreta la realidad social y las intersubjetividades que se generan entre quienes participan en los procesos de intervención judicial (trabajadores sociales, jueces, familias, abogados, fiscales, entre otros). Este entramado dará a luz al origen, procesualidad y devenir del Trabajo Social en el campo jurídico; exponer el devenir histórico de la profesión en la justicia uruguaya permite tensionar cuestiones que hacen al desarrollo profesional en la actualidad, fundamentalmente en lo que respecta al campo teórico y práctico y el vaivén entre las demandas de las autoridades de la justicia y la autonomía profesional.BibliografíaBourdieu, P. (2000). Elementos para una sociología del campo jurídico. En Bourdieu P & Teubner G. La fuerza del derecho. Santa Fe de Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Facultad de Derecho de la Universidad de los Andes, Ediciones Uniande, Instituto Pensar.Dell, Aglio, M. (2004).
La práctica del perito Trabajador Social: Una propuesta metodológica de intervención social. Buenos Aires: Editorial Espacio.Nicolini, G. (2011).
Judicialización de la vida familiar. Lectura desde el Trabajo Social. Buenos Aires:Editorial Espacio.Oliveras, M. (2012) El Trabajador Social en el ámbito de la justicia. Recuperado de https://www.edumargen.org/docs/curso42-11/unid01/complem02_01.pdf [1] Este resumen utiliza el masculino genérico, evitando así la sobrecarga gramatical y la recarga en la lectura producto del uso reiterado de “o/a”, “as/os”, “los/las” para finalizar palabras que puedan referir al género femenino o masculino, sin que por ello deba interpretarse que se hace un uso sexista del lenguaje.
#143 |
Precarización laboral e impactos en los procesos de trabajo de Trabajadoras Sociales post contrareformas estatales en Argentina.
Fiorella Cademartori
1
1 - UNSE - UNT.
Resumen:
La precarización laboral resulta una problemática cercana para el conjunto de las y los TS, no sólo en Argentina (Oliva et al. 2005b; Britos, 2006; Cademartori et al. 2006, 2007; Siede et al. 2006, 2008a, 2008b; Roca, et al. 2007; 2011; Dieringer y De Perini, 2011; Aab et al. 2011, Cademartori, 2011) sino en la región. Estudios provenientes de Chile (Vidal Molina, 2008), Brasil (Predés Trindade et al. 2007; Iamamoto, 2009) y Colombia (Plazas Neiza, 2021), entre otros, ratifican esta particularidad. Existe cierta naturalización dada la profunda extensión de esta realidad en el mercado de trabajo, con énfasis en la franja etaria de les jóvenes y/o entre quienes tienen sus primeras inserciones en la dinámica laboral. Si bien las transformaciones del “mundo del trabajo” varían según cada coyuntura histórica, se reconoce que a partir de la década del setenta en la región, la ofensiva del capital hacia las conquistas y derechos de la clase obrera configuró un escenario absolutamente desfavorable para la misma. Sin embargo, no resultaría correcto entender la precarización laboral como resultado “novedoso” y consecuente de dichas transformaciones. Los procesos de precarización de la masa de trabajadores/as son consustanciales y constitutivos del orden capitalista (Leite Lopez, 2011), es decir que, al observar y explicar las manifestaciones contemporáneas del dominio del capital sobre el trabajo (en todas sus dimensiones), no puede soslayarse su condición latente de avanzada sobre los límites de explotación, por tanto, su cíclica recurrencia. Montes Cató (2005), sostiene que lo que pareciera una prueba más de la tendencia generalizada a la precarización del empleo a nivel mundial y presente a nivel local, implica tanto más que la pérdida de ciertos derechos conquistados y una mayor vulnerabilidad de las y los trabajadores frente al detrimento de sus condiciones laborales. Esgrime que resulta la combinación de procesos objetivos y subjetivos de fuerte arraigo ideológico en la clase asalariada que bajo dispositivos cada vez más especializados, ve regulada “las conductas más cotidianas” en pos de la reproducción de las relaciones sociales del sistema social imperante.En este ensayo, se analizarán las alteraciones producidas en el espacio singular del empleo público post contrarreformas estatales de los ’90 en Argentina para, a partir de allí, dar cuenta de las características de las condiciones laborales y sus impactos en la constitución de los procesos de trabajo de trabajadoras sociales. La mirada aborda los alcances de la precarización laboral y, presta particular atención a la fuerza de trabajo que, por las características de los servicios que presta, es -en la mayoría de los casos- no separable de las y los mismos. Esto debido a que el valor de uso particular de este trabajo es útil en tanto actividad y no como cosa.La condición de venta de la fuerza de trabajo para la clase asalariada como única forma de subsistir resulta necesaria más no suficiente. Se realza entonces la existencia de formas variadas para la dominación capitalista cuyo papel coercitivo resulta preciso identificar y se busca dar cuenta en este ensayo. En el capítulo sobre “La llamada acumulación originaria” de
El Capital, Marx (2004: 922) coloca la educación, la tradición y los hábitos como vía de incorporación de las exigencias del modo de producción. A su vez, se subraya la generación constante de una superpoblación relativa que, ligada al temor de no poder vender su fuerza laboral, hace prescindible y evitable el uso de la violencia directa. De este modo, como parte de la “coerción sorda de las relaciones económicas”, prolifera el manejo y subordinación de las y los trabajadores bajo diversas modalidades y, si bien la subordinación atraviesa la historia de la humanidad (Katz, 2000), el desarrollo de lo específicamente capitalista reside en un cambio de “forma”. Bajo la apariencia del obrero “libre”, subordinar encierra vigilar, coaccionar, disciplinar cuando sea necesario (Kohan, 2011). Entendiendo a su vez, que la dominación se presenta en términos relacionales como vinculación entre sujetos sociales. Por tanto, el control y el disciplinamiento dirigido hacia las/os vendedores de fuerza de trabajo, aspecto garante de la reproducción de las relaciones sociales capitalistas, presenta plena vigencia. La complejidad reside en develar las diversas mutaciones y las formas aparentes contemporáneas, no siempre valuadas por el peso de su omnipresencia (Ibíd.: 2007). En este trabajo se demuestra que las características de la precarización a nivel del empleo estatal da pautas de comportamiento a la dinámica del mercado laboral en su conjunto. Aquel recorrido, principalmente enfocado en el vínculo que se teje entre el Estado como comprador de la fuerza de trabajo y les trabajadores como vendedores de la misma, sin embargo, no logra dar cuenta de los impactos en su puesta en acto. En otras palabras, no aborda qué sucede con el gasto material del cuerpo y su potencial resultado proyectado; que, en el caso de análisis, se da en el marco de los servicios sociales y de la atención brindada a las manifestaciones de la cuestión social.Al calificar las condiciones laborales bajo las cuales se constituyen los procesos de trabajo de las TS como precarias, nos preguntamos ¿cómo son moldeados dichos procesos y qué características reflejan? ¿Es posible pensar que puedan sortear la tendencia precarizante en su resultado final? ¿Puede disociarse la orientación de las políticas sociales de las características que presentan las condiciones laborales de quienes las implementan? ¿Qué objetivos subyacentes se encuentran en procesos de trabajo constituidos sobre la base de la vulnerabilidad de las y los trabajadores? El objetivo de este ensayo resulta entonces dar cuenta de lo que sucede con el gasto material del cuerpo de las TS en los espacios laborales. Qué sucede allí donde se hace presente la coerción sorda de las relaciones económicas, los dispositivos de coacción, vigilancia y dominación simbólica.
#147 |
Este trabalho é resultado das primeiras interpretações dos dados da pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Serviço Social de Minas Gerais (CRESS-MG), por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização do Trabalho Profissional (COFI), intitulada: “Com
Cláudio Horst
1
;
Flávia Canesqui
1
;
Luciana Mourão
1
1 - CRESS-MG.
Resumen:
Este trabalho é resultado das primeiras interpretações dos dados da pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Serviço Social de Minas Gerais (CRESS-MG), por meio da Comissão de Orientação e Fiscalização do Trabalho Profissional (COFI), intitulada: “Como está o trabalho dos/as Assistentes Sociais mineiros/as na Pandemia?”.Esta pesquisa objetivou compreender o trabalho das/os Assistentes Sociais mineiras/os durante a pandemia, como o objetivo de apreender o trabalho das/os assistentes sociais para elaborar estratégias de orientação profissional, de maneira a fortalecer as competências e as atribuições profissionais previstas na Lei 8662/1993, que regulamenta a profissão, e, dessa forma, defender o Serviço Social.Além disso, a pesquisa pretendeu contribuir para efetivar uma das deliberações do Encontro Nacional Conjunto CFESS/CRESS de 2020 para o Eixo Orientação e Fiscalização, a saber: “Debater e dar continuidade à produção de orientação sobre o teletrabalho e com relação ao uso da tecnologia da informação e comunicação (TIC), considerando atribuições e competências profissionais e as possíveis implicações éticas que, porventura, venham a ferir as normativas da profissão”. No período de 17 de junho a 30 de julho de 2021, a COFI do CRESS-MG, por meio do site, disponibilizou o questionário: “Como está o trabalho dos/as Assistentes Sociais mineiros/as na Pandemia?”. O questionário foi respondido por
446 Assistentes Sociais inscritos no Conselho. Embora esse número represente 2,36% do total de profissionais inscritos no CRESS-MG, no período em que o questionário foi disponibilizado, podemos considerá-lo importante, ao vê-lo pela perspectiva da participação individual e pelo quantitativo de questionário para análise.Trata-se de uma
pesquisa de campo, com ênfase
quali-quantitativa, que usou o
questionário com questões
abertas e fechadas para coletar dados. O questionário foi amplamente divulgado nas redes sociais do CRESS-MG, pela internet e também foi enviado por mala direta para o e-mail de todas as profissionais do estado. A
amostra da pesquisa diz respeito às respostas das 446 Assistentes Sociais, organizadas em tabelas, gráficos e conteúdos temáticos, como parte da técnica de
análise de conteúdo.Para publicizar a pesquisa, um relatório foi elaborado com os dados analisados, os quais foram organizados em quatro frentes temáticas, a saber: a) as condições éticas e técnicas de trabalho; b) o registro do trabalho profissional e a questão do sigilo; c) a supervisão de estágio durante a pandemia; d) questões gerais.As reflexões inicialmente desenvolvidas no relatório, que necessitam de maiores aprofundamentos, possibilitaram levantar algumas sínteses e questionamentos iniciais. É nítido que o contexto da pandemia acirrou as expressões da “questão social” e escancarou a fragilidade do sistema de proteção social brasileiro, ao mesmo tempo em que desafia a processualidade do trabalho profissional, pois as modificações no mundo do trabalho, que já estavam em curso e que foram aceleradas no contexto da pandemia, também colocam desafios ao trabalho das/os Assistentes Sociais, desde os relacionados às condições em que o trabalho se realiza, aos relacionados com a maneira com que os serviços executados chegam aos usuários.Situações como ausência ou pouca condição de trabalho aos assistentes sociais que foram trabalhar na modalidade remota, recaindo sobre elas/es os custos e a manutenção dos instrumentos de trabalho; as dificuldades com a conectividade, internet e aparelhos eletrônicos; a ausência de planejamento por parte dos gestores para construir direção técnica nos serviços sociais, impactando, sobremaneira, as respostas profissionais; o não contato com as/os usuárias/os; a dificuldade de manutenção de uma jornada regular de trabalho; a sobrecarga de trabalho; a ausência de espaço físico adequado para execução do trabalho; o não acesso às informações básicas para desenvolvimento do trabalho, dentre outras situações, puderam ser captadas pela pesquisa, oportunizando reflexões sobre a direção ética e política do trabalho profissional.Em outros termos, a conjuntura atual acirra, no universo da profissão, o clássico dilema entre causalidade e teleologia e, nesse sentido, compreendemos que é a conjunção entre
projeto profissional e trabalho assalariado (IAMAMOTO, 2015) que possibilita desvendar as contradições presentes no cotidiano do trabalho profissional, agravadas pelas bruscas mudanças no mundo do trabalho provocadas pela pandemia da covid-19, que já estavam em curso, como bem sinalizou Antunes (2018), ao abordar a nova morfologia do trabalho no século 21, cuja processualidade, materialidade e tendências já demonstravam que a classe trabalhadora oscilaria “[...] entre o desemprego completo e, na melhor das hipóteses, a disponibilidade para tentar obter o
privilégio da servidão” (p.34). Isso tudo num contexto em que, no Brasil, a pandemia e suas consequências nefastas foram minimizadas pelo governo federal, não como ausência de estratégia política, mas como compreensão do fenômeno e, assim, instigou comportamentos inadequados e disseminou informações falsas sobre os cuidados e as prevenções ao contágio do corona vírus, o que intensificou ainda mais as complexas contradições sociais da realidade brasileira.(CALIL, 2021).Compreendemos, ao final, que essa pesquisa pode fornecer questões para os temas apontados no relatório, provocando mais reflexões acerca do trabalho das/os assistentes sociais em Minas Gerais, proporcionando compreensões sobre as fragilidades e as potencialidades do exercício profissional, a fim de aprofundar o fortalecimento do Serviço Social, como a tarefa primária, legal e ética do Conselho Regional de Serviço Social, como também da Comissão de Orientação e Fiscalização, em seu aspecto político e pedagógico, ao dialogar com a categoria a respeito de seus desafios técnicos, que são também éticos e políticos.
#149 |
Campos de intervención social precarizados. Las nuevas condiciones laborales de Trabajo Social en Cali.
Natalia Ramírez Moncada
1
;
Vivian Andrea Ladino Mosquera
1
;
Lorena Porras Bravo
2
1 - Universidad del Valle.
2 - Fundación Universitaria Católica Lumen Gentium.
Resumen:
Esta ponencia tiene como objetivo presentar las condiciones laborales de profesionales de Trabajo Social en Cali entre los años 2019 a 2020, a partir de las características de contratación por prestación de servicios o término fijo, corta duración de los empleos, salarios bajos, extenuantes cargas laborales, bajas garantías en la afiliación a la seguridad social, insatisfacción sobre la labor que desarrollan, entre otras, que hacen parte de distintos campos de intervención social en la ciudad. Lo anterior permite evidenciar la precarización laboral que padece la profesión en la actualidad y la nueva tendencia en la configuración del campo profesional bajo las condiciones descritas. Las reflexiones aquí expuestas son resultado de un proyecto de investigación sobre las condiciones laborales de las y los profesionales que han egresado de tres universidades en Cali: Universidad del Valle, Universidad Católica Lumen Gentium y Universidad Santiago de Cali, y la metodología fue mixta a partir de técnicas cualitativas como entrevistas semi estructuradas, revisión documental, además de cuantitativas como la encuesta y el análisis de datos estadísticos. El proyecto se desarrolló en el año 2020 y actualmente se encuentra en una segunda fase. Para cumplir con el objetivo del escrito se presentará en primer lugar un contexto de las condiciones laborales del país para que se pueda comprender la estructura económica de la informalidad y la flexibilización laboral que responden a condiciones históricas. También se hablará sobre el comportamiento del empleo en el Valle del Cauca y Cali, para posteriormente relacionar los estudios exploratorios que se han hecho sobre las condiciones laborales del Trabajo Social en Colombia, identificando campos de intervención, formación profesional, salarios, tipo de contratación, entre otros. Luego se detalla el mercado laboral de Cali para el Trabajo Social, a partir de los datos obtenidos por la encuesta y las entrevistas semi estructuradas, evidenciando en esta parte, la agudización de las condiciones laborales para las y los trabajadores sociales que lograron obtener o sostener un empleo, en donde difícilmente contaron con estabilidad contractual, prestaciones de ley y condiciones óptimas para el desempeño de sus funciones, a la vez que, las dificultades de algunos para conseguir empleo, debido a la precarización de las ofertas laborales que regularmente aparecen en el mercado de la intervención social. Sumado a la baja satisfacción de los profesionales con su quehacer, debido al impacto que su tipo de vinculación laboral genera con la construcción de sus proyectos de vida. De igual forma, se exponen las características de los campos de desempeño profesional del Trabajo Social, en donde se halló que las áreas de salud, educación, protección y derechos humanos se mantienen como campos de intervención clásicos para la inclusión laboral de profesionales, al tiempo que emergen nuevas líneas como docencia universitaria, organizacional y renovación urbana, con amplia participación dentro del mercado. Aquí por ejemplo es necesario relacionar que los métodos de caso, grupo y comunidad que emergen al principio del siglo XX en Estados Unidos y posteriormente llegan al país a mediados de ese siglo, a pesar de que se han transformado y se criticaron ampliamente en los procesos de reconceptualización latinoamericana, siguen con un lugar preponderante en las metodologías de intervención que aún cursan los estudiantes en formación y posteriormente ejecutan como profesionales de Trabajo Social. Se resalta también que dentro de estos campos laborales los sectores con mayor presencia son el privado, seguido del público y por último el tercer sector donde se encuentran organizaciones sin ánimo de lucro, que ayudan a identificar el tipo de intervención que existe desde el Estado neoliberal colombiano, pues a pesar que las políticas sociales son el eje central sobre el que se desarrollan los programas sociales, son los sectores privados y las empresas del tercer sector las que los ejecutan, reduciendo la acción estatal para la atención de las cuestión social. Aspecto que al tiempo se puede analizar con el surgimiento de la profesión para atender las consecuencias de los procesos de industrialización en las ciudades modernas, y el papel de las políticas sociales como mediadoras del conflicto social entre ciudadanía y Estado, que a su vez merece la reflexión ético-política de los profesionales como reproductores del orden social al ser trabajadores de la intervención social. Por último, a manera de conclusión se elabora una reflexión sobre la precarización de las condiciones laborales y de obtención de empleo para los y las profesionales, en relación con las dinámicas neoliberales de la economía colombiana y la mercantilización de la educación, para de esta forma pensar en los desafíos de consolidar la agremiación de la profesión y seguir con las luchas históricas y actuales, no solo por el reconocimiento social de la labor de Trabajo Social en la cuestión social, sino, por el cumplimiento de sus derechos laborales, condiciones salariales y contractuales dignas, que permitan la apertura de nuevos campos sociales para la empleabilidad en otros escenarios diferentes a los clásicos, disputando un estatus social relevante en la mejora de las condiciones de vida digna de las poblaciones más vulnerables, en las que también ingresa el profesional al ser un trabajador asalariado.
FCS - B3
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Panel presencial
6. Formación de grado
#199 |
Educação Superior Pública na Mira: Acesso, Permanência e Contrarreformas no contexto de Pandemia de Covid-19
Rafael Gonçalves dos Santos
1
;
Maria Cristina Piana
1
;
Amanda Lorena Leite
1
1 - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (UNESP).
Resumen:
O presente artigo tem como objetivo realizar um estudo bibliográfico sobre as condições e os desafios de acesso e de permanência do/a jovem das classes populares urbanas ao ensino superior público, a fim de identificar as políticas educacionais, em articulação com as políticas públicas e com os movimentos sociais na garantia da permanência estudantil enquanto direito do/a cidadão e dever do Estado. Os estudos teórico-metodológico propostos serão realizados a partir do aporte teórico de autores/as que possuem um referencial crítico-dialético em suas fundamentações teóricas, dentre eles/as, (BEHRING, 2020), (LIMA, 2020), (FREIRE, 1996) e (FERNANDES, 1985), de modo a refletir os impactos da crise econômica, política, social, ambiental e sanitária, acentuadas pelo novo coronavírus (Covid-19) sob as condições de vida dos/as jovens e de seus familiares das classes populares urbanas, haja vista os desafios impostos pela pandemia no acesso e na permanência à educação superior pública. A primeira parte deste estudo propõe refletir acerca dos principais ataques provocados pela ofensiva ultraneoliberal no âmbito da Educação Superior brasileira, de modo a identificar as principais transformações sócio-históricas da responsabilidade pública do Estado na garantia de políticas sociais e, especialmente as políticas de Educação Superior públicas, além de refletir sobre a gênese, a estrutura, as reformas, os avanços e os retrocessos no processo de construção das instituições de ensino superior no Brasil por meio da análise histórica sobre as principais tendências econômico-teóricas e a articulação dos movimentos estudantis que configuraram as políticas sociais do país e de toda América Latina. Tendo em vista as influências da hegemonia neoliberal, inaugura-se um processo de individualização da vida social que passa a ser compreendida com um problema isolado, acompanhada pela segmentação, despolitização e refilantropização da questão social, além da implantação de políticas sociais setoriais incapazes de construir um projeto de Educação Superior fundado em valores universais, democráticos e emancipatórios. Somadas a essas determinações contraditórias, nos deparamos com um profundo quadro de recessão que provoca fortes impactos e consequências no mundo do trabalho e, de forma mais expressiva, sob as condições de vida de discentes trabalhadores/as, sendo os mais visíveis a precarização das relações de trabalho, a geração de insegurança e de instabilidade econômica e política, cujas contradições tornam invisíveis o caráter exploratório do trabalho por meio dos mecanismos de consenso e de adesão ideológica, além das dificuldades para conciliar o trabalho com o tripé da universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão). A segunda parte do estudo apresenta um panorama acerca dos principais impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que expõe radicalmente como o sistema capitalista global responde às suas crises sistêmicas desde a década de 1970 do século XX, e que afetam diretamente as condições de vida dos/as discentes por meio da suspensão das aulas presenciais e à adesão ao ensino remoto, das dificuldades de acompanhar as aulas pela internet devido a falta de acesso a recursos tecnológicos, além de inexistirem espaços adequados em suas residências para prosseguirem com os estudos. Além disso, é possível identificar em curso os sucessivos retrocessos acentuados pelo (des) governo de Jair Messias Bolsonaro (2019 – 2022) no campo da educação, uma vez que o Ministério da Educação (MEC) tem sido marcado por várias entradas e saídas de ministros no seu comando ante a um contexto complexo que exige respostas imediatas para que os/as estudantes não sejam mais prejudicados/as em seus estudos, principalmente, os/as que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e irão prestar vestibulares para ingressar ao ensino superior. Por outro lado, também identificamos em curso vários projetos apresentados pelo Banco Mundial para a educação na América Latina, como por exemplo, o Future-se, o REUNI Digital (RD), além das (contra) reformas administrativas a favor da mercantilização financeira e da construção do projeto de universidade do grande capital. Tais projetos em curso contribuem para a sua expansão com a contenção de recursos, sem excluir o caráter fragmentado, multifacetado e privatizado da Educação Superior, influenciada por instrumentos de controle estatal e mercantil que asseguram a reprodução mundial do sistema capitalista. Nesse sentido, nos deparamos com um fator indispensável para as análises subsequentes: embora o novo coronavírus seja democrático, uma vez que toda a população se encontra sujeita a sua contaminação, este não atinge democraticamente todas as pessoas e tampouco produz os mesmos efeitos e riscos sociais às populações em condições de igualdade quando analisadas as suas particularidades. Logo, ao elucidar os desafios enfrentados para a garantia da permanência estudantil, também torna-se imprenscindível realizar a intersecção existente entre as categorias classe social, raça/etnia, gênero e sexualidade, exemplificadas por questões decorrentes das práticas de racismo, machismo, LGBTQIAPfobia, além de outras expressões de preconceito e de discriminação que se fazem presentes nos espaços da educação e que refletem diretamente nas condições de acesso e permanência à Educação Superior pública. Ademais, nos deparamos com uma longa jornada de luta e de resistência contra a ofensiva ultraneoliberal. É preciso caminhar reafirmando nossas forças políticas pela construção de uma universidade popular, universal e democrática, fundada em valores revolucionários que se opõem às determinações contraditórias da ideologia neoconservadora e de seu poder de persuasão. Conforme afirmado por Florestan Fernandes (1994), “que o futuro nos traga dias melhores e a capacidade de construir a universidade que está em nossos corações, nas nossas mentes e nas nossas necessidades”.
Propuesta del Panel:
O presente artigo tem como objetivo realizar um estudo bibliográfico sobre as condições e os desafios de acesso e de permanência do/a jovem das classes populares urbanas ao ensino superior público, a fim de identificar as políticas educacionais, em articulação com as políticas públicas e com os movimentos sociais na garantia da permanência estudantil enquanto direito do/a cidadão e dever do Estado. Os estudos teórico-metodológico propostos serão realizados a partir do aporte teórico de autores/as que possuem um referencial crítico-dialético em suas fundamentações teóricas, dentre eles/as, (BEHRING, 2020), (LIMA, 2020), (FREIRE, 1996) e (FERNANDES, 1985), de modo a refletir os impactos da crise econômica, política, social, ambiental e sanitária, acentuadas pelo novo coronavírus (Covid-19) sob as condições de vida dos/as jovens e de seus familiares das classes populares urbanas, haja vista os desafios impostos pela pandemia no acesso e na permanência à educação superior pública. A primeira parte deste estudo propõe refletir acerca dos principais ataques provocados pela ofensiva ultraneoliberal no âmbito da Educação Superior brasileira, de modo a identificar as principais transformações sócio-históricas da responsabilidade pública do Estado na garantia de políticas sociais e, especialmente as políticas de Educação Superior públicas, além de refletir sobre a gênese, a estrutura, as reformas, os avanços e os retrocessos no processo de construção das instituições de ensino superior no Brasil por meio da análise histórica sobre as principais tendências econômico-teóricas e a articulação dos movimentos estudantis que configuraram as políticas sociais do país e de toda América Latina. Tendo em vista as influências da hegemonia neoliberal, inaugura-se um processo de individualização da vida social que passa a ser compreendida com um problema isolado, acompanhada pela segmentação, despolitização e refilantropização da questão social, além da implantação de políticas sociais setoriais incapazes de construir um projeto de Educação Superior fundado em valores universais, democráticos e emancipatórios. Somadas a essas determinações contraditórias, nos deparamos com um profundo quadro de recessão que provoca fortes impactos e consequências no mundo do trabalho e, de forma mais expressiva, sob as condições de vida de discentes trabalhadores/as, sendo os mais visíveis a precarização das relações de trabalho, a geração de insegurança e de instabilidade econômica e política, cujas contradições tornam invisíveis o caráter exploratório do trabalho por meio dos mecanismos de consenso e de adesão ideológica, além das dificuldades para conciliar o trabalho com o tripé da universidade (Ensino, Pesquisa e Extensão). A segunda parte do estudo apresenta um panorama acerca dos principais impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que expõe radicalmente como o sistema capitalista global responde às suas crises sistêmicas desde a década de 1970 do século XX, e que afetam diretamente as condições de vida dos/as discentes por meio da suspensão das aulas presenciais e à adesão ao ensino remoto, das dificuldades de acompanhar as aulas pela internet devido a falta de acesso a recursos tecnológicos, além de inexistirem espaços adequados em suas residências para prosseguirem com os estudos. Além disso, é possível identificar em curso os sucessivos retrocessos acentuados pelo (des) governo de Jair Messias Bolsonaro (2019 – 2022) no campo da educação, uma vez que o Ministério da Educação (MEC) tem sido marcado por várias entradas e saídas de ministros no seu comando ante a um contexto complexo que exige respostas imediatas para que os/as estudantes não sejam mais prejudicados/as em seus estudos, principalmente, os/as que realizarão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e irão prestar vestibulares para ingressar ao ensino superior. Por outro lado, também identificamos em curso vários projetos apresentados pelo Banco Mundial para a educação na América Latina, como por exemplo, o Future-se, o REUNI Digital (RD), além das (contra) reformas administrativas a favor da mercantilização financeira e da construção do projeto de universidade do grande capital. Tais projetos em curso contribuem para a sua expansão com a contenção de recursos, sem excluir o caráter fragmentado, multifacetado e privatizado da Educação Superior, influenciada por instrumentos de controle estatal e mercantil que asseguram a reprodução mundial do sistema capitalista. Nesse sentido, nos deparamos com um fator indispensável para as análises subsequentes: embora o novo coronavírus seja democrático, uma vez que toda a população se encontra sujeita a sua contaminação, este não atinge democraticamente todas as pessoas e tampouco produz os mesmos efeitos e riscos sociais às populações em condições de igualdade quando analisadas as suas particularidades. Logo, ao elucidar os desafios enfrentados para a garantia da permanência estudantil, também torna-se imprenscindível realizar a intersecção existente entre as categorias classe social, raça/etnia, gênero e sexualidade, exemplificadas por questões decorrentes das práticas de racismo, machismo, LGBTQIAPfobia, além de outras expressões de preconceito e de discriminação que se fazem presentes nos espaços da educação e que refletem diretamente nas condições de acesso e permanência à Educação Superior pública. Ademais, nos deparamos com uma longa jornada de luta e de resistência contra a ofensiva ultraneoliberal. É preciso caminhar reafirmando nossas forças políticas pela construção de uma universidade popular, universal e democrática, fundada em valores revolucionários que se opõem às determinações contraditórias da ideologia neoconservadora e de seu poder de persuasão. Conforme afirmado por Florestan Fernandes (1994), “que o futuro nos traga dias melhores e a capacidade de construir a universidade que está em nossos corações, nas nossas mentes e nas nossas necessidades”.
#095 |
A Formação Universitária em Serviço Social na UFRB: desafios da permanência & pandemia
Lúcia Aquino de Queiroz
1
;
Gabriele Ribeiro Queiroz
1
;
Raisa Silva Cruz
1
1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Resumen:
Mediante as transformações e tensões que advêm de um processo de crise capitalista, pensar na formação no ensino superior no Brasil contemporâneo implica considerar os reflexos desse cenário e os desafios que o perpassam, sobretudo, durante o contexto pandêmico. Sob tal circunstância, as tensões relacionadas às políticas públicas e, dentre estas, às políticas de educação, marcam a conjuntura nacional, impondo retrocessos estruturantes, em face ao desmonte do Estado nacional, determinado de forma estratégica pelo plano neoliberal. Sob a influência do Banco Mundial e dos interesses hegemônicos do capitalismo neoliberal, as políticas públicas voltadas ao ensino superior sofrem intenso processo de debilitação e fragilidade. Concomitantemente, através da instituição de novas diretrizes do governo federal, como o Programa Universidade para Todos (PROUNI) e o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), a mercantilização da formação acadêmica é impulsionada por produtos e serviços que se tornaram mercadorias, contribuindo para que o ensino superior seja visto como um instrumento de lucratividade do capital, desconsiderando a relevância da educação superior como um direito social e importante espaço de manutenção e construção da democracia.Ademais, é notório perceber que a partir do contexto da pandemia e consequente ampliação do ensino à distância, surgiram novos desafios com consequências relevantes para a qualidade do ensino. Cabe considerar que apesar de necessário, o ensino remoto emergencial evidencia a existência de lacunas que impossibilitam o desenvolvimento de habilidades importantes construídas no espaço presencial. Faz-se também fundamental observar que durante a crise sanitária houve um acréscimo nos índices de desemprego e precarização das formas de trabalho, o que consequentemente influenciou diretamente na permanência desses estudantes no ensino superior. Mediante os desafios enfrentados pela formação universitária na contemporaneidade, percebe-se a importância da construção de pesquisas acadêmicas que possibilitem uma análise crítica referente a tendência dessas transformações. O ensino remoto não é fruto, isolado, de um contexto de crise pontual, mas, deve ser compreendido enquanto um dos elementos do processo de contrarreforma da educação em curso no Brasil e na América Latina. Além de não poder seguir as regulamentações definidas para a educação à distância, reflete uma modalidade de trabalho docente que se adéqua ao processo de reestruturação produtiva e precarização do mundo do trabalho, potencializando o sucateamento da formação superior. Neste cenário de transformações e desafios atravessados pela educação superior brasileira, o grupo de pesquisa Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou uma pesquisa direta com os estudantes matriculados no curso, com intuito de analisar os impactos da pandemia da Covid-19 na vida dos discentes do bacharelado em Serviço Social. Há que se observar que o Recôncavo baiano, onde está localizada a UFRB, é uma região tradicionalmente produtora de açúcar e fumo, que liderou a socioeconomia do Estado da Bahia, situado no Nordeste brasileiro, até a segunda metade do século XIX, quando perde progressivamente sua importância econômica e política isolando-se dos novos processos dinâmicos que passam a comandar o cenário nacional. Não conseguindo se inserir, efetivamente, na reestruturação produtiva decorrente de novas exigências estabelecidas pelo capital, o Recôncavo atravessa o século XX em intenso marasmo, o que vem a configurar ampla decadência, com a qual se intensificam as mais diversas formas de exclusão presentes em sua realidade.De forma a propiciar a interiorização da educação pública superior, sobretudo em territórios economicamente estagnados, contribuindo para com o seu desenvolvimento, o governo petista, através do Reuni, cria novas universidades no país. O Recôncavo baiano foi um desses territórios contemplados com a implantação da UFRB, com
campi em diversos municípios desse território, dentre os quais Cachoeira, local de implantação do bacharelado em Serviço Social, primeiro curso nesta modalidade a ser oferecido por uma instituição pública no Estado da Bahia. Em termos metodológicos, a investigação direta foi desenvolvida entre os meses de Junho à Julho de 2020, coletando informações junto a 79 universitárias/os que responderam questionários através do aplicativo
Google Forms, totalizando uma participação equivalente a 21% dos discentes do curso. Trata-se de uma pesquisa exploratória, na qual os seus autores, embora cientes do universo investigado (os discentes do curso de Serviço Social da UFRB) não estabeleceram amostragem prévia, ficando, assim, dependentes do interesse, disponibilidade e recursos dos próprios entrevistados para a sua execução. Em adição à pesquisa direta, foram também utilizados dados secundários que subsidiaram as análises realizadas. A pesquisa levantou dados relevantes para compreensão dos desafios determinantes para a formação acadêmica dos discentes do curso e sua permanência na instituição, no intuito de elucidar os rebatimentos da pandemia e verificar a percepção dos estudantes quanto a um possível incremento desses desafios durante a vigência da crise sanitária. Em tempos de mudanças que acarretam desafios para a formação do profissional em Serviço Social, percebe-se a necessidade de novas formas de se pensar a sua formação, tendo em vista que, faz-se relevante a construção e manutenção da óptica profissional voltada a conjuntura presente e as atuais transformações sociais. Nessa mesma perspectiva cabe enfatizar que a profissão tem significado sócio histórico, recebendo impacto das transformações societárias, ao mesmo tempo em que também produz impactos nos processos sociais, na formulação de políticas e nos próprios padrões de intervenção profissional. Nesse sentido, a pesquisa empírica realizada possibilitou observar o papel relevante da teoria e da investigação científica na formação do Serviço Social, enquanto determinante intrínseca desse processo, com ampla contribuição para a construção sócio histórica e formulação da prática profissional, possibilitando a que as transformações sociais sejam percebidas de forma conjunta com a formação do Serviço Social. Em meio a tantas mudanças e fragilização da formação do ensino superior, reconhecer a necessidade da educação como um direito inerente ao ser humano, reforça a percepção de que, apesar das modificações, a educação universitária deve permanecer em resistência, em busca da construção de uma sociedade de sujeitos que a tenha como instrumento de transformação e esperança.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#250 |
Os desafios da política de prevenção social à criminalidade em Montes Claros/MG em tempos de pandemia da Covid-19
Amanda Freitas Souza
1
1 - Universidade Estadual de Montes Claros.
Resumen:
O presente artigo se propõe a apresentar o trabalho desenvolvido pela Política de Prevenção Social à Criminalidade na cidade brasileira de Montes Claros, localizada no Estado de Minas Gerais, a fim de evidenciar estratégias desenvolvidas para a continuidade dos processos de intervenção direta em fatores sociais relacionados à violência e à criminalidade, mesmo diante dos desafios atrelados à pandemia de Covid-19 e da precarização das políticas públicas em tempos de neoliberalismo e contrarreformas do Estado, cujo termo é teorizado por BEHRING & BOSCHETTI (2007) e relaciona-se à supressão dos direitos e garantias sociais.Através de levantamento bibliográfico, serão expostos aspectos teóricos pertinentes à criação, desenvolvimento e atuação da Política de Prevenção Social à Criminalidade em Minas Gerais, de forma geral, e no município de Montes Claros, através das unidades de base local e territorial. Também foram considerados dados divulgados entre 2020 e 2022 nas plataformas digitais da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais para considerar os desafios durante a pandemia da Covid-19.A violência é dos maiores problemas enfrentados pelo poder público brasileiro. Apesar de manifestar-se de várias formas, essa expressão da questão social requer análises e diagnósticos baseados em dados e evidências empíricas para que ações preventivas possam ser elaboradas, aplicadas e se tornarem efetivas, a fim de proteger a vida das pessoas e promover maior sensação de segurança na sociedade. Dados do Atlas da Violência mostram que no ano de 2019 ocorreram mais de 45 mil mortes por homicídio no Brasil, sendo mais de 17 mil envolvendo jovens por arma de fogo. Os homens também estão majoritariamente envolvidos, sejam como vítimas ou praticantes de violências, quando comparado às mulheres no recorte de sexo biológico. A violência também pode repercutir na privação da vida em liberdade. Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN, 2021), há mais de 700 mil pessoas presas ou em monitoramento eletrônico no Brasil. São pessoas acusadas da prática de crimes e que aguardam julgamento, os denominados presos provisórios; pessoas que já possuem condenação e cumprem penas privativas de liberdade; que estão em regime semiaberto ou semiaberto; ou aqueles que cumprem medida de segurança ou tratamento ambulatorial. Mesmo após o cumprimento integral do tempo de suas penas, muitas dessas pessoas revivem cotidianamente a experiência da passagem pelo sistema prisional em razão do preconceito social, pois “o rótulo do condenado passa a integrar o seu corpo, a sua mente e o seu cadastro oficial, de forma a perpetuar a pena para além dos muros e grades do sistema prisional” (SOUZA, 2013). A passagem pelo sistema prisional relega ao sujeito social um estigma de subcategoria que dificulta ou até mesmo inviabiliza o processo de inclusão social e de retomada da vida em sociedade.O Estado de Minas Gerais, que em 2019 registrou 2.893 homicídios, desenvolve e operacionaliza desde o início da década de 2000 a Política de Prevenção à Criminalidade, que tem por objetivo geral “contribuir para prevenção e redução de violências e criminalidades incidentes sobre determinados territórios e grupos mais vulneráveis a esses fenômenos e para o aumento da sensação de segurança” (MINAS GERAIS, 2021, p. 07). Tal iniciativa advém da compreensão de que é possível realizar o enfrentamento de violências e criminalidades a partir de estratégias e ações do poder público, com a participação da sociedade civil e entidades parceiras, de modo a intervir sobre dinâmicas sociais geradoras de conflito, violências e processos de criminalização. São seis os programas que compõem a Política de Prevenção Social à Criminalidade em Minas Gerais, sendo eles: Programa Central de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ceapa), Programa de Controle de Homicídios (Fica Vivo!), Programa Mediação de Conflitos (PMC), Programa de Inclusão Social de Egressos do Sistema Prisional (PrEsp), Programa Se Liga e Programa Selo Prevenção Minas, sendo que na cidade de Montes Claros atualmente existem implementados os quatro primeiros mencionados, cujas ações serão foco de reflexões deste estudo.O Fica Vivo! tem como objetivo prevenir e reduzir homicídios entre jovens moradores de territórios com elevados índices de violências; a Ceapa visa contribuir para a responsabilização penal alternativa à prisão a partir do monitoramento e do acompanhamento de alternativas penais e da execução de projetos de caráter reflexivo e pedagógico que possam qualificar a execução penal; o Mediação de Conflitos tem como objetivo construir alternativas pacíficas à resolução de conflitos interpessoais, comunitários ou institucionais, de modo a evitar que estes repercutam em situações de violências e criminalidade e, por fim, o PrEsp busca promover condições de inclusão social de pessoas que tiveram experiência prisional, favorecendo o acesso à direitos e minimizando vulnerabilidades sociais que possam estar ou não relacionadas à processos de criminalização.É sabido que as políticas públicas de proteção social no Brasil, cuja precarização tem se intensificado na contemporaneidade, permanecem como mecanismos relevantes para a redução de vulnerabilidades sociais. A Política de Prevenção à Criminalidade, em Minas Gerais, vem somar à essa atuação, a partir da especificidade da intervenção direta à violências e criminalidades, pois tem como público alvo pessoas que já vivenciaram processos de criminalização.
#276 |
A educação no sistema prisional:os limites e potencialidades do trabalho do serviço social em tempos de desresponsabilização do Estado
Natália Perdomo dos Santos
1
1 - Escola Graciliano Ramos.
Resumen:
O avanço teórico-metodológico e ético-político do Serviço Social brasileiro seconstituiu ao final da década de 70. Este processo de renovação punha em prática aruptura - antes findada em sua intenção - que delineava seu horizonte por linhasecléticas no interior do movimento de Reconceituação latinoamericano. O avanço dacategoria, contudo, não admitia fundamentos endógenos. Ele só foi possível nocurso da ascensão que a classe trabalhadora pode alcançar ao constituir uma práxiscrítica e combatente frente ao projeto autocrático burguês, então administrado peloconjunto das forças armadas.O processo de amadurecimento político da classe trabalhadora no Brasil, todavia,se deu num processo internacional de refluxo das lutas sociais, especialmentedaquelas que vislumbravam um projeto de sociedade para além do capital. Aderrota histórica que sofria o socialismo se dava no bojo da crise econômica domodo de produção capitalista. Era o início de uma nova etapa em que se punha emprática as teorias neoliberais como estratégia para contrarrestar a tendênciadecrescente da taxa média de lucro e que refletiu internamente na construção doprojeto societário que os trabalhadores brasileiros erguiam. Este projeto limitou-se aconquistas legais no âmbito da manutenção não apenas do Estado burguês no país,mas de um conjunto de relações sociais vetustas, que se perpetuavam desde oBrasil colônia. O racismo estrutural seguirá como a marca da democratizaçãoinconclusa que, de modo geral, não pode ir além das conquistas legais circunscritasàquelas que conformam a política de seguridade social, sobre o tripé da saúde,previdência e assistência social. Estes avanços, já no campo legal, eramextremamente limitados. Por exemplo, apesar do Art. 205. da Constituição federaldeterminar a educação como ''direito de todos e dever do Estado'', a política deeducação não era incorporada à seguridade social, refletindo um país que nãoadmite uma sociedade que comporte o desenvolvimento intelectual como parte dospressupostos da cidadania.Mesmo assim, a implementação das políticas garantidas na Constituição esbarrouno avanço da flexibilização do trabalho e na política do Estado máximo para ocapital e mínimo para o social. O Estado apesar de admitir obrigações no campo dalei, não materializou na prática seu dever. Essa característica se torna ainda maisevidente quando considerada a parcela sobrante da classe trabalhadora, que seexpandia com as sucessivas reestruturações produtivas que, através da inserção denovas tecnologias na produção, economizavam trabalho vivo . A camada estagnadado exército industrial de reserva, é aquela que será especialmente concebida nãoatravés da proposição do enfrentamento à questão social pela mediação da política,mas através da intervenção da polícia. Para esta população, essencialmente negra,e submetida à luta pela sobrevivência sob os piores indicadores sociais do país, quevai recair o tacão do Estado penal.O Estado de bem estar social, que nunca foi experimentado no Brasil, será aindaassim flexibilizado. E a face coercitiva que marca a trajetó bomria social de um país quetem na sua formação social a violência como base constitutiva assumirá faces cadavez mais severas. Vai se repetir no Brasil a trajetoria atravessada pelos EUA, naqual '' o Estado penal que substitui peca por peca o embrião do Estado social e elemesmo incompleto, incoerente e muitas vezes incompetente, de maneira que naopoderia preencher as expectativas irrealistas que lhe deram origem,nem as funçõessociais que, tacitamente, ele tem a missão de paliar'' (WACQUANT, 2003,p.19 ). Acriminalização da pobreza, como caracteriza o autor de Punir os pobres, agravaainda mais a situação dos segmentos marginalizados pela amálgama entre a classee a etnia num país de capitalismo dependente como o Brasil, que exporta para ospaíses imperialistas o capital acumulado e do trabalho expropriado nas terras ao suldo mundo.Esse quadro criou uma camada cada vez mais extensa de sujeitos livres de direitossobre os quais a ação do Estado vai restringir-se ao silenciamento e paralisaçãoatravés da hipertrofia coercitiva. Essa política de contenção dos segmentosperigosos da classe trabalhadora significou uma expansão intensificada dapopulação encarcerada e sobre ela a regência da barbárie parece desconhecermesmo os avanços limitados da Constituição chamada cidadã.Essa análise traz os parâmetros que norteiam uma pesquisa que hoje está em cursoa partir de uma inserção pioneira do Serviço Social no Sistema prisional do Rio deJaneiro - uma das cidades brasileira em que a questão social assume as formasexplícitas de extermínio da população negra e da política de encarceramento. Oprojeto M.A.E, coordenado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro ( UERJ)que hoje insere assistentes sociais nas escolas do estado para intervir na evasãoescolar insere, pela primeira vez, o trabalho do assistente social nas escolas dosistema prisional. O projeto se coloca num contexto em que o ultra neoliberalismo(BEHRING, CISLAGHI, SOUZA, 2017) coloca na ordem do dia adesresponsabilização do Estado frente ao financiamento e execução das políticassociais, trazendo inúmeros desafios aos assistentes sociais, especialmente quandoconsiderado um espaço no qual os sujeitos sociais não detém sequer o direito deserem chamados pelo nome. ‘’Bandido’’, e como são chamados aqueles queencontram-se hoje sob a custódia do Estado, reunindo realidades em que o contatocom a família, o porte de objetos de higiene pessoal, cadernos e canetas lhes éprivado.A proposta que aqui segue pretende compartilhar uma experiência profissional queé construída no complexo penitenciário de Bangu, na Escola Interna GracilianoRamos, considerando os limites e potencialidade da garantia ao acesso aos direitoslegalmente constituídos a uma população que desconhece o status da cidadania.BibliografiaANTUNES, Ricardo. Os sentidos do Trabalho. Ensaio sobre a afirmação enegação do trabalho. São Paulo - SP: Boitempo editorial,2013.CISLAGHI, Juliana/ BEHRING, Elaine / SOUZA, Giselle. Ultraneoliberalismo eBolsonarismo: impactos sobre o orçamento público e a política social. Rio deJeneiro, 2017WACQUANT, Loic, Punir os pobres: a nova gestão da miséria nos EstadosUnidos. Rio de janeiro, Instituto Carioca de Criminologia, editora Revan, 2003
#369 |
Injusticia predictiva y biocriminología de la niñez a escala local
Alex Cea
1
1 - Universidad Alberto Hurtado.
Resumen:
Injusticia predictiva y biocriminología de la niñez a escala local En un contexto atravesado por la “gubernamentalidad algorítmica” (Rouvrey y Bernes), y en que la sociedad se constituye en torno a un “nuevo pacto securitario”, nos planteamos explorar el campo de la biocriminología actual y examinar el funcionamiento de un programa psicosocial que emana de la Subsecretaria de Prevención del Delito. Este campo se encuentra perfilado por la aparente
epidemia de conductas antisociales, agresivas y violentas que en teoría, “se originan en la merma del autocontrol, la racionalidad, la madurez, el juicio, el tacto y el razonamiento” (Rose). Esto implica la implementación de una respuesta institucional que controle a esta
plaga de anticiudadanos, que parecen carecer de todas las capacidades de autogobierno constitutivas de la agencia moral civilizada, que combina una doble estrategia: Por una parte, es preciso entender las condiciones que llevan a esa conducta antisocial, con el objetivo de identificar a los individuos con esas propensiones, e intervenir sobre ellos para reducir el riesgo que entrañan para sus familias y comunidades. Por otra, ha de priorizarse la protección del público frente a las amenazas a la salud física y mental que esos individuos y sus acciones representan. En este marco analizaremos el programa Lazos, deteniéndonos en específico en el componente EDT (equipo de detección temprana), y en el instrumento de evaluación que se utiliza denominado ASSET. De acuerdo a las definiciones institucionales, la función de este componente es “oficiar como puerta de entrada” del conjunto de casos que son informados a los Municipios por Carabineros de Chile (convenios 24 horas), de los niños, niñas y adolescentes ingresados a las Comisarías y otras derivaciones de la red de infancia local por infracción de ley o conductas transgresoras (no ingresan quienes hayan cometido delitos graves o crímenes), o bien que, en el marco de una demanda espontánea de la familia y/o institución a cargo, solicitan una evaluación del perfil de riesgo del menor. La finalidad es detectar los perfiles de riesgo socio-delictuales mediante la aplicación de un instrumento de origen británico llamado ASSET, que evalúa factores de riesgo socio-delictual y, en función de los resultados obtenidos, la derivación correspondiente al programa de intervención atingente al nivel de riesgo (bajo, medio y alto).Para llevar a cabo nuestra tarea, desarrollaremos los siguientes pasos:1. En primer lugar, problematizaremos el continuo entre lo policial, lo situacional, lo psicosocial y lo comunitario en las políticas de intervención social de la Subsecretaría de Prevención del Delito, cuestión que conjuga fundamentos científicos, económicos, y políticos.2. En segundo lugar, se interroga la ausencia del enfoque de derechos en las orientaciones técnicas de un programa psicosocial dirigido a la niñez, y como esto va de la mano de la injusticia predictiva. En este plano examinaremos el instrumento ASSET.3. En tercer lugar, se interpelará la hegemonía conceptual y política en las respuestas del Estado dirigidas a la seguridad pública, y su papel en el nuevo pacto securitario que ordena y orienta la sociedad chilena en la actualidad. 4. Por último, se pondrán de relieve algunas reflexiones entre el Trabajo Social, y lo que se denomina una biopolítica crítica del control.
#523 |
Satisfacción de las privadas de libertad sobre el programa de educación superior penitenciario.
MILKA ICELA RUIZ
1
1 - UNIVERSIDAD DE PANAÁ.
Resumen:
Satisfacción de las privadas de libertad sobre el programa de educación superior penitenciario.Milka Ruiz de GalásticaNubia ÁvilaRaquel Leguísamo(profesoras - Universidad de Panamá) La educación para la población en el medio penitenciario es una necesidad y es un derecho recogido en las normas y marcos socio-jurídicos internacionales para garantizar la posibilidad de una reducción de los factores de riesgo que conducen a la comisión delictiva; así como para la mejora en la in/reinserción social y laboral de las personas penadas (Serrano, 2017).El acceso a educación en las cárceles es clave, no sólo como elemento de reinserción, resocialización y rehabilitación, sino por ser el ejercicio de un derecho que reduce la situación de vulnerabilidad, debiendo abordarse desde dos perspectivas: la inclusiva, para que las privadas de libertad ingresen a un proceso que les permita alcanzar igualdad; y social, para democratizar conocimientos fomentando la participación ciudadana cuando recuperen la libertad (Durán, 2018). Scarfó (s/f) agrega que la educación contribuye al proceso de integración social y representa en el contexto específico de las cárceles, la herramienta más adecuada para lograr un proceso formativo susceptible de producir cambios en las actitudes.De esta manera, la educación superior en las instituciones carcelarias no solo aporta a los programas de rehabilitación, sino que favorece la integración a la sociedad otorgando un nivel educativo mayor con el que entraron a las cárceles, y a la reducción de las causas que motivaron a cometer los delitos. Estos estudios han demostrado como principales necesidades de la educación universitaria en prisión: la obligación de modernizar las herramientas didácticas, y diseñar estrategias para incorporar el internet y las nuevas tecnologías de la información a la dinámica académica en estos espacios (Murillo, 2019). De acuerdo con (Espinosa, 2016) el monitoreo de la calidad de los programas es particularmente esencial durante su implementación, dado que los problemas en esta fase son uno de los factores que más afecta el éxito de éstos. En Panamá, la pobreza, desigualdad y el bajo nivel educativo, constituyen las principales causas en la adopción de actividades ilícitas y delictivas de las mujeres privadas de libertad. Esta realidad puede ser preocupante sí, al momento de cumplir con su condena aún mantienen la misma condición y se encuentren en un medio social sin mayores oportunidades, por no contar con niveles de estudios que les permitan ser competitivas en el mercado laboral, traduciéndose en perpetuar las mismas prácticas infractoras de la ley.La Universidad de Panamá, con su visión de educación para todos y sin fueros ni privilegios, desarrolla un plan de formación superior, dirigido a las privadas de libertad del Centro Femenino de Rehabilitación (CEFERE), Cecilia Orillac de Chiari, denominado Programa Anexo Universitario Penitenciario contribuyendo con las actividades del sistema penitenciario en el proceso de rehabilitación y reinserción social de los más de 17 mil personas en encierro del país, pero a la vez, esta educación debe desarrollarse con la misma calidad y la satisfacción expresa de las personas que reciben los estudios.
#559 |
O ESTADO, A IGREJA E OS CONSUMIDORES DE DROGAS
DAYANA FURTADO
1
1 - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Resumen:
A atitude do Estado frente aos consumidores de drogas “
moderados e imoderados” parte das transformações vivenciadas pelas reações puritanas norte – americana, onde um conjunto de posições morais se voltam a determinados grupos sociais, contendo estes; classe social, religião ou raça. Cada segmento marginalizado da sociedade, é vinculado a determinada substância psicoativa, tendo “coincidentemente” a característica de possuírem uma “
inferioridade tanto moral como econômica” (ESCOHOTADO,2004). Como os processos históricos já esclarecem que sempre há na construção da sociabilidade a necessidade de exclusão por parte do ordenamento econômico das nações, não bastaria apenas este fundamento puritano para expressar esse movimento contraditório que o Estado assume frente às drogas. Também a influência se dá pelas mudanças que desconstroem os ideais liberais, concomitantemente intensificando a burocratização das relações sociais e Estado, para novamente justificar as transformações da relação capital e trabalho. Aliado, segundo Escohotado (2004) ao esgotamento terapêutico que foi assumido pelos eclesiásticos em outros tempos e agora (no final do século XIX) será entregue ao campo da medicina1. Em consonância com os preceitos puritanos, a venda e o consumo de substâncias que antes se encontravam dispostas aos consumidores em prateleiras de farmácias, passa a ser intolerado e regido por legislações que consonavam com o seguinte pensamento:
“quem mata o corpo de um homem é um anjo comparado com quem destrói a alma de outro” (ESCOHOTADO,2004). A legislação que funda a proibição à venda de álcool – Lei Seca vigora na América do Norte a partir de 1920 embricado na ideia da construção de uma nova nação -
“todos os homens voltarão a caminhar de cabeça erguida, sorrirão todas as mulheres e rirão todas as crianças. Fecharam – se as portas do inferno”2 (ESCOHOTADO, 2004). Todavia, a punição do comportamento, “
convinha a uma gente para qual a religião e a lei eram quase a mesma coisa” (HAWTHORNE,1850).Carneiro (2018) esclarece, que a história das drogas se funda juntamente com a história de sua criminalização, contemplando a partir do momento onde passam a ser reguladas pelos mecanismos do Estado instituindo
representações culturais e políticas de repressão, incitação ou tolerância. Ou seja, os limites que são colocados às paixões, aos hábitos, aos vícios esta intrinsecamente ligado a determinado contexto histórico e a sociabilidade que o reproduz conforme sua necessidade de organização. Trilhar este caminho da moral junto a legalidade da ilegalidade das drogas se fundamenta na crítica cuja qual o movimento da sociabilidade ocorre através (mas não somente) pela correlação das forças presentes em dada conjuntura. Não se limita e não pode ser observado apenas como a repressão do Estado frente aos consumidores de drogas . Ao contrário, é fundamentado na contrariedade das relações sociais onde as classes sociais hegemonicamente influenciam o controle social. A verdade é que a ideologia proibicionista inaugurada pela cultura moralista estadunidense, não deixou espaço para a moderação – o excesso da proibição foi deixando marcas da necessidade da abstinência, acarretando em um
modus oporandi que apenas excluía segmentos e grupos sociais, privando – os de seus direitos e os criminalizando como meio para objetivar um fim utópico. Um “mundo sem drogas”, que desconsiderava a relação milenar dos sujeitos com as substâncias.A sobriedade contínua da existência é equiparada à defesa do juízo moral. Independentemente do efeito, o que realmente se trata é da condenação da indulgência para consigo próprio. Essa severidade puritana foi o traço característico da relação com o corpo ao longo da era cristã. A renúncia total, a abstinência completa, o jejum eterno dos psicofármacos, a castidade completa dos orgasmos químicos é a norma proibicionista que decorre da arcaica condenação do fruto proibido, inscrito na cultura como emblema do limite da interdição (CARNEIRO, 2008;p.291).“
O admirável mundo novo3” inaugurado pelo fordismo, não apenas no âmbito da fábrica, mas se estendendo a vida privada dos indivíduos (os trabalhadores ideais - na concepção de Henry Ford) ultrapassa os limites das escolhas individuais dos sujeitos de poderem por meio de sua liberdade conduzirem seus hábitos fora das fábricas, vinculando o proibicionismo ao projeto industrial fordista. Escohotado (2004) já esclarecia que a forma como a norma se organiza no início do século XX pauta – se principalmente pelo “cerco jurídico – moral” ao retirar do sujeito a autonomia sobre as decisões a respeito das substâncias que alteram o “juízo, o comportamento, percepção ou estado de ânimo”. Para tanto, é necessário ao campo do direito
“aprisionar os corpos que tenham espíritos rebeldes ou farmacologicamente dissidentes, ou seja, a fórmula se baseia
em reprimir a dissidência política e religiosa (grifos nossos,CARNEIRO,2018).As ideias hegemonicamente dominantes sobre as drogas são portanto, construções que se baseiam em campanhas de grupos moralistas, associadas ao eugenismo; ao racismo; a violação de corpos de sujeitos cujo quais há necessidade de enquadramento aos ditames do capital e sua exploração de raça, classe, gênero, etnia. A campanha baseada na suposta “ciência sobre as drogas” desconsidera a vinculo intrínseco das substâncias psicoativas na história da humanidade. Lançando ao campo da medicina (mas especificamente da neurociência, genética e epidemiologia)como único capaz de desvendar e tratar os sujeitos consumidores de drogas e sua “dependência”. David Courtwignt afirmou que ‘confinar o uso de drogas à medicina é o objetivo central da política internacional de drogas do século XX. A medicina, sancionada pelo Estado, se arroga assim o direito de determinar como ‘quem deve tomar as decisões sobre quando devem ser usadas, por quem e por meio de quem’ (CARNEIRO,2018;p.391).Há pensadores que explicaram o vinculo estreito entre determinadas substâncias e a forma como a sociedade lida com tais consumos por base na criação mitológica em torno das mesmas. Ao passo que a cultura humana (que desde sempre tende a fazer este movimento de busca por respostas com base na metafísica) associou ao longo de sua ordem ao - “fruto proibido do Éden e na punição ao seu consumo”. As drogas são vistas como “bodes expiatórios, na qual a humanidade e a própria divindade recebem esta condição sacrificial na sua gênese constitutiva” (CARNEIRO, 2018).
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#286 |
REFORÇO AO PROIBICIONISMO: AS AÇÕES DE COMBATE ÀS DROGAS ILÍCITAS, DA POLÍCIA DO ESTADO DA BAHIA, DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Marcos Oliveira de Jesus
1
;
Heleni Duarte Dantas de Ávila
1
;
Jamile Fernanda Conceição de Oliveira
2
1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB.
2 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Resumen:
INTRODUÇÃOA questão das drogas, tal como é encarada pelas autoridades brasileiras, está muitas das vezes entrelaçada nas discussões de combate à criminalidade e saúde pública, entretanto, é preciso dimensionar outras totalidades para perceber as nuances da política sobre drogas brasileira. Para ser mais aprofundada é preciso analisar a construção da sociedade brasileira a partir da materialidade histórica do movimento do real, apreendendo os processos sociais que subsidiaram o desenvolvimento do capitalismo tardio no Brasil (OLIVEIRA, 2006). CONEXÃO COM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICAContudo, ressalta-se que tais processos históricos não foram superados por uma nova sociabilidade, eles seguem em curso, concomitantes e cada vez mais acentuados no Brasil contemporâneo. Pensadores como Ianni (2004) e Munanga (2019) vão trazer elementos históricos e sociais que revelam o caráter continuado das opressões que recaem sobre as populações negras e periféricas. Essas opressões se apresentam sobre a materialidade histórica do desenvolvimento do capitalismo e da sua relação simbiótica com a luta de classe e com o sistema escravocrata, criando na sociedade brasileira um regime de hierarquias sociorraciais e essas são refletidas nas ações e abordagens das polícias em todo território brasileiro.As violações de direitos por parte do Estado burguês brasileiro estão refletidas em diversas ações para o controle dos corpos lidos como dissidentes. As ações das polícias nas periferias, com a justificativa do combate ao tráfico de entorpecentes, demonstram o caráter repressor que instaura a barbárie na nossa sociedade através de políticas institucionais que tem rebatimento direto na periferia do capitalismo. O proibicionismo atende aos requisitos da barbárie enquanto perspectiva ideológica e política disseminada pelos Estado Unidos, pois cria o cenário de guerra às drogas que proporciona o avanço do capitalismo, em partes pela lucratividade, em partes pelo controle dos corpos nessas periferias. OBJETIVOSO proibicionismo, a guerra às drogas e a criminalização da pobreza são elementos situados no âmbito político/ideológico, e materializados na luta de classes, são utilizados para o controle social. Objetivamos apresentar neste estudo quais as ações das polícias do estado da Bahia no combate às drogas ilícitas, e como estas estão atravessadas por discursos ideologizados e ações repressivas, que desconsideram as contradições e riscos sociais aos quais esses sujeitos são submetidos, bem com a Política de Drogas, dentro de um cenário de crise sanitária mundial, que foi a pandemia de COVID-19. METODOLOGIA Este estudo orienta-se pelo método materialista histórico-dialético da teoria marxista. O percurso metodológico utilizado pautou-se na revisão do estado da arte, com revisão de literatura, análise documental em plataformas como a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Brasil, e a Rede e Observatório de Segurança Pública. O marco temporal utilizado para análise dos dados foi entre os anos de 2019 e 2021. RESULTADOS E DISCUSSÕES Vivencia-se, ainda nos dias atuais, as incertezas emergenciais da crise sanitária causada pela COVID-19, porém, outro fenômeno social vem preocupando ativistas e pesquisadores muito antes da pandemia. Os números da letalidade e das ações policiais que criam um cenário de guerra nas Periferias do Brasil vêm aterrorizando a vida e o cotidiano das populações nesses territórios.De acordo com a Rede de Observatório das Segurança, “As policias brasileiras se notabilizam pela sua ostensividade, pelas suas operações policiais e menos pelas suas atividades investigativas e de proteção a população. Não à toa vemos tantas ações policiais monitoradas (18.037), em sua grande maioria movidas pelo combate ao tráfico de drogas ...” (RAMOS, 2021. Pag. 6).Os dados vão revelar que 510 (quinhentos e dez) pessoas foram vitimadas em ações de policiamento entre junho de 2019 a maio de 2021 na Bahia, estado que tem a polícia militar mais letal do Brasil. Destaca-se que 97% das vítimas de mortes decorrente de ações da polícia baiana são pessoas negras, conforme relatório da Rede de Observatórios da Segurança (2020). CONCLUSÃO As ações policiais na pandemia incidem no medo, no controle social dos corpos negros e no desenvolvimento da vida cotidiana da periferia, o regime de pânico não advém só do novo Coronavirus, apenas foi acirrado por ele. O pânico vem, sobretudo da violência, das balas que possuem uma direção: os corpos de pessoas negras!O armamento da população por parte do Governo Federal, em nome do combate à criminalidade, não colabora, apenas acirra ainda mais o estado de insegurança que o Brasil vive. O que chama atenção na situação da violência da polícia baiana e nas ações de “combate as drogas”, com apelo moralista, preconceituoso e sobretudo carregado de agressividade é que este é um estado governado pelo Partido do Trabalhadores, um partido que está no campo das esquerdas brasileiras. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, Francisco de. A dominação globalizada: estrutura e dinâmica da dominação burguesa no Brasil. En publicación: Neoliberalismo y sectores dominantes. Tendencias globales y experiencias nacionales. Basualdo, Eduardo M.; Arceo, Enrique. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Buenos Aires. Agosto 2006. ISBN: 987-1183-56-9.IANNI, Octavio. Dialética das relações raciais. Estud. av. vol.18 no. 50 São Paulo Jan./Apr. 2004.MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 5º. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2019. RAMOS, Silvia. A vida resiste [livro eletrônico]: além dos dados da violência / Silvia Ramos...[et al.]; fotografia Alma Preta, Bruno Itan, Felipe Iruata. - Rio de Janeiro : CESeC, 2021.Rede de Observatórios da Segurança. A cor da Violência Policial: a bala não erra o alvo. CESeC. 2020.
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FATORES PSICOSSOCIAIS, EDUCACIONAIS, DESIGUALDADE SOCIAL E ENCARCERAMENTO.
Mario Aparecido Valle Cruces
1
1 - Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.
Resumen:
A prisão, símbolo do direito de punição do Estado, por ocasião de sua implantação no Brasil, serviu como alojamento de escravos e ex-escravos, como asilo para crianças de rua, como hospício ou casa para abrigar doentes mentais e, também como fortaleza para encarcerar inimigos políticos. É o monumento máximo da exclusão social, cercado por muros altíssimos ou isolado em ilhas e lugares inóspitos, onde se escondia, e ainda se esconde, uma realidade nada agradável e em boa parte desconhecida da população, como os maus tratos, a tortura, a promiscuidade e os vícios. O uso da violência sempre fez parte do contexto sociopolítico brasileiro, institucionalizando-se, desse modo, o uso de práticas repressivas de todos os tipos, desde o período colonial, em que o poder eclesiástico, atuando intimamente com o poder real, estabelecia os tipos de crime e de castigo, numa estrutura bipolar de produção de Leis. A Igreja e o Estado construíram interesses similares no exercício do poder, propiciando uma confluência nas formas como atuaram perante a sociedade e como manipularam juntos os conceitos e significantes de criminalidade. Esse processo ocorreu também na formação do Estado brasileiro, misturando-se razões ideológicas, interesses legítimos e escusos e o silêncio sobre atos que pudessem macular a imagem virtuosa do país em construção. Ao analisar a dinâmica da existência do preso e das prisões, constata-se que está diretamente relacionada à manutenção do poder do Estado sobre o “criminoso” que é visto como pessoa que coloca em risco as instituições legais ao infringir as regras estabelecidas para o convívio social, e deve receber um castigo previsto na Lei penal. Sendo assim, o sistema carcerário, à luz da história social, deve ser abordado sob o aspecto de instituição estruturada com base no poder de punição do Estado e reveladora do aparato de exclusão da sociedade. Foi em torno da ideia de corpo social que as “instituições totais” exerceram seus efeitos, interferindo no imaginário popular e colaborando para a construção da ideia de “classes perigosas” como símbolo de oposição ao bom cidadão. Um temor imaginário, absorvido pelo Código e difundido pela sociedade, estigmatizava os indivíduos rotulados de marginais. Eram eles os vadios, escravos, negros e estrangeiros. A Constituição brasileira de 1824, no entanto, já determinava que as prisões devessem ser seguras, limpas, arejadas os presos separados conforme a natureza do crime. A realidade, até os dias atuais, em relação ao cumprimento da pena por parte do detento, fica bem distante da proposta constitucional. Estudar essas instituições, é, portanto, uma tentativa de romper com os preconceitos históricos que estão constituídos de forma indelével no imaginário popular. A análise psicossocial das estratégias de dominação das camadas desprovidas de conhecimento e de educação deve estar presente na leitura do sistema carcerário. Dados estatísticos e estudos realizados até o momento revelam que as condições de encarceramento e o tratamento punitivo dispensado a essas pessoas se mantém como forma de exclusão e estigmatização das classes menos favorecidas socioeconomicamente e destituídas de direitos básicos e fundamentais. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo levantar, descrever e analisar os índices de criminalidade e de reincidência criminal, relacionando-os aos índices de escolarização e condições de inserção mercado de trabalho decente. Trata-se de um estudo exploratório e documental, por meio de consulta aos prontuários de 1.123 (mil cento e vinte e três) pessoas do gênero masculino, presas em um dos Centros de Detenção Provisória do Estado de São Paulo e dados estatísticos divulgados pelos órgãos gestores e administradores do Serviço Penitenciário deste mesmo Estado, no ano de 2022, a fim de estabelecer possíveis associações à criminalidade, à reincidência ou a primariedade criminal nos seguintes fatores: idade, número de delitos cometidos, escolaridade, constituição familiar e estado civil. Resultados já levantados corroboraram tendências de associação entre idade, escolaridade, números de delitos e reincidência criminal e revelam predomínio de pessoas entre 18 e 35 anos de idade, com pouca escolarização e precárias chances de inserção no mercado de trabalho. Pretende-se buscar subsídios que poderão contribuir para a prevenção da reincidência, com base em uma compreensão psicossocial do comportamento criminoso sob o enfoque da psicologia da educação, garantia de direitos básicos e fundamentais para o desenvolvimento integral das pessoas, individualização e acompanhamento da pena com promoção de saúde e diminuição das desigualdades sociais e possibilidade de acesso e permanência no mercado de trabalho formal e decente. Como pode constatar na população estudada, dentre o rol de classificação dos delitos cometidos, os culpados por homicídios correspondem a uma parte muito pequena da população que está aguardando julgamento, assim como os que cometeram crimes na esfera sexual, sendo, a maioria, inserida em crimes contra o patrimônio (roubo ou furto) e relacionados ao uso e abuso de entorpecentes. No Brasil psicólogas (os) e assistentes sociais vem trabalhando no sistema penitenciário desde a década de setenta, mas diretamente ligados à avaliação criminológica e aos exames de periculosidade. Em junho de 1984 foi instituída a Lei n.º 7.210 de Execução Penal (LEP) que ratificou a importância da Psicologia e dos profissionais psicologos neste campo, mas mantendo-se no papel de perito ou avaliador. Ainda que em 1.º de dezembro de 2003 fosse editada a Lei n.º 10.792/03, trazendo profundas mudanças, principalmente aquela relativa ao art. 112 que extingue a necessidade de realização dos “exames criminológicos”, mantém-se, inclusive por parte da equipe técnica, composta por psicólogas (os) e assistentes sociais, a prática avaliadora e muitas vezes punitiva, que dificulta ações de efetiva reintegração e contribuição para a superação das desigualdades sociais. Esse trabalho pretende, em função desses elementos, aumentar o conhecimento científico e critico sobre a população encarcerada, fornecendo subsídios para o planejamento de práticas psicoeducacionais de desenvolvimento e integração dessas pessoas e na desconstrução de estigmas, preconceitos, da patologização e de judicialização de comportamentos decorrentes das violências sociais a que estão submetidas grande parcela da população encarcerada.
#335 |
Propuesta de modelo tridimensional para hombres en situación de calle
Virginia Romero Plana
1
1 - Universidad de Sonora.
Resumen:
La siguiente ponencia propone un modelo tridimensional para personas en situación de calle a partir de los resultados obtenidos en un estudio de caso realizado con hombres exmigrantes deportados en situación de pobreza en la actualidad. El estudio se desarrolló en la ciudad de Hermosillo, capital del estado de Sonora (México), analizando las condiciones y los significados de la pobreza extrema y las expectativas en contextos de precariedad de hombres en situación de sinhogarismo. Algunos aspectos analizados en la investigación diagnóstica son: a) vergüenza sentida por las consecuencias de la deportación; b) negación de regreso al hogar; c) positivismo como una estrategia de salud emocional; d) expectativas a largo plazo no reales; e) falta de un proyecto de vida por asunción de exclusión social. Los dos primeros elementos se ligan a los mandatos tradicionales de la masculinidad, donde el varón asume el rol de proveedor de la familia y la migración es una alternativa en contextos de pobreza para poder seguir cumpliendo ese papel masculino. Se desarrolla una vergüenza que obstaculiza el regreso al hogar de origen y la petición de ayuda. Por otra parte, el sinhogarismo revierte en un panorama donde las condiciones de vida enfrentan a las personas a la creación y desarrollo de estrategias para cuidar la salud emocional y física. Ante una realidad tan compleja como la pobreza extrema, desde la mitad del siglo pasado se empezaron a buscar alternativas para comprender este fenómeno. Algunos de los aportes que dieron un giro a la visión sobre la pobreza fueron los siguientes: a) las etnografías de la pobreza de Oscar Lewis (1989; 1975; 1970; 1969; 1962), quien develó a la Sociedad mexicana las condiciones de miseria que vivían las familias excluidas y afincadas en la periferia de la capital, mostrando su cotidianeidad y sus sentires; b) la pirámide o tipología de las necesidades de Abraham Maslow (1987), que sugiere una escala a partir de distintos niveles de desarrollo para la persona: necesidades fisiológicas, necesidades de seguridad, necesidades de afiliación, necesidades de reconocimiento y necesidades de autorrealización (de abajo hacia arriba en la pirámide); c) la teoría del florecimiento humano de Julio Boltvinik (2007), donde se resalta la urgencia de intervenir desde distintos ámbitos del desarrollo integral de la persona, atendiendo las diferentes necesidades por cubrir; d) el enfoque de capacidades (“capabilities”) de Amartya Sen (2000), donde se reconoce la autonomía y el valor de cambio de la propia persona en contextos de vulnerabilidad y desigualdad social; y e) la justicia social. Esta perspectiva se enriquece desde la visión de los Derechos Humanos (Marina y De la Válgoma, 2006; Dieterlen, 2003). La pobreza extrema es una combinación entre escasez de ingresos, falta de desarrollo humano y exclusión social (ONU, 2012). De acuerdo a estas tres vertientes, manejadas en el marco teórico del estudio, se propone un modelo de intervención tridimensional en el que se aborden acciones incorporando a los sujetos en su propio proceso de cambio y desde las siguientes perspectivas: a) individual, b) familiar y c) social. El proyecto de intervención debe conjugar aspectos clave como los siguientes: 1) la concepción de pobreza multidimensional, 2) la visión para un desarrollo humano integral, 3) la perspectiva de los Derechos Humanos. Los ejes básicos que se destacan en este modelo son los siguientes: aspectos culturales en la conformación de género, salud emocional y resiliencia, re-construcción de redes familiares, oportunidades laborales, proyectos de vida y de-construcción de las representaciones sociales sobre el éxito migratorio y la pobreza extrema. El proyecto de intervención debe conjugar algunos aspectos clave: a) la concepción de pobreza multidimensional (causas y salidas), b) la visión para un desarrollo humano integral, c) la perspectiva de los Derechos Humanos yd) la participación de hombres y mujeres, niñas y niños. En base a estas ideas, y bajo una perspectiva propositiva multi-disciplinar se concluye esta comunicación con algunas recomendaciones para las y los profesionales del desarrollo social que trabajen con poblaciones en situación de calle: a) la incorporación de actitudes positivas de supervivencia como aspectos fuertes para generar resiliencia y fortalecer el papel de agencia; b) la creación y el mantenimiento de estándares de medición de pobreza subjetiva, marcados por las condiciones de las trayectorias de vida, donde a partir de ejemplos de felicidad y bienestar se pueden estructurar patrones o modelos de trabajo social con grupos; c) retomar el significado otorgado a la familia, como constructo socio-económico y de ayuda, y abordar los lazos familiares de las personas en situación de calle como un elemento que puede coadyuvar al desarrollo de la seguridad y la autoestima; d) incorporar la co-construcción de metas a corto plazo en los proyectos sociales; e) la igualdad de los géneros a través de la educación basada en los Derechos Humanos, desde la formación primaria; f) el rescate de los valores de comunidad para fortalecer la cohesión social a partir de nuevas dinámicas relacionales, con el fin de diluir la estigmatización hacia la población en situación de pobreza extrema.
#584 |
Fundo público e o financiamento da violação: Estratégia do governo Bolsonaro para Política de Droga e o posicionamento do Serviço Social brasileiro.
Cléverson Gonçalves de Oliveira
1
1 - Pontifícia Universidade Católica de Santos.
Resumen:
Este presente artigo visa compreender as estratégias utilizadas pelo atual governo brasileiro para as políticas de drogas, em detrimento ao aumento da violência policial em tempos de pandemia, com uma análise crítica sobre aparelhos repressivos do estado e o investimento do fundo público nas políticas públicas para os usuários dependentes de substância psicoativas, com isso: apresentar os documentos histórico e o acumulo político do Serviço Social brasileiro no que tange a defesa intransigente dos princípios éticos da categoria profissional de Assistentes sociais (direito a liberdade e Direitos humanos). As substâncias psicoativas são elementos que acompanham o processo histórico do desenvolvimento da humanidade e suas transformações geracionais, mediante a necessidade dos sujeitos sociais e a sua forma de utilização em sociabilidade. A essência buscada no exercício do uso pressupõe a ligação da relação do mundo real e imaterial, alucinógeno, religioso, místico, alimentar e dependente. As substâncias como matéria/mercadoria do capital, corresponde a uma análise importante, entretanto a visibilidade construída neste artigo tem como foco principal o campo antiproibicionista, em que o foco das ações é com o usuário e não na substância. A centralidade da discussão tem o ser social e suas relações sociais como principais objetos/sujeito de apreciação, visando conceder resposta as estratégias do estado na proteção social de usuários em uso abusivo de drogas. É inevitável pensar a política de drogas no Brasil sem realizar uma análise sobre a conjuntura política e econômica do atual governo federal, bem como sua contribuição para o fortalecimento de setores conservadores da sociedade e a utilização do fundo público para o financiamento de instituições de cunho filantrópico religioso para o cuidado com as pessoas usuárias de substância psicoativa, diferente da proposta de cuidado evidenciadas por diversos pesquisadores defensores dos direitos humanos, indicadores, narrativas e pesquisa quantitativa, além da incompatibilidade com a proposta dos movimentos sociais nos campos de atuação e ou na atuação junto aos órgãos de controle social.O avanço do conservadorismo e dos setores que defendem o punitivismo no brasil aliados ao governo Bolsonaro e em determinado momento sobre a influência do então Ex. Ministro Sergio Moro que fundamentou as discussões de aumento do rigor da penalidade e ações que combate ao narcotráfico com a aprovação da Lei 13886/2019 que altera principais pontos do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad), e que coordena medidas relacionadas à prevenção do uso de psicoativos, à atenção à saúde de usuários e à repressão ao tráfico.A redução de investimento na política de drogas tem se intensificado e parte do recurso atrelado as comunidades terapêuticas (espaço de acolhimento para usuários que fazem o uso abusivo de drogas), tais posturas governamentais levaram a promulgação da Lei nº 13.840, de 5 de junho de 2019 que estingue a política de Redução de Danos, enfatizando no Artigo 26 que os "projetos terapêuticos ao usuário ou dependente de drogas visam à abstinência” e autoriza a internação involuntária - consequentemente, promove ações junto as instituições de repressão que atuam principalmente nas regiões metropolitanas nos locais de concentração de uso denominado como “cracolandia”, e com isso a interdição dos usuários com uma ação repressiva e visando as internações compulsória, atendimento ao usuário e a prisão de “varejistas do tráfico”. O debate da internação compulsória na sociedade, não é recente, porém são nos momentos de “caos, higienização, acordos políticos, avanço do conservadorismo e do autoritarismo” que se fortalece tais intervenções. A internação compulsória também reflete no século XXI com a promulgação da Lei 10.216/01 (Reforma Psiquiatra) onde se indica que a pessoa usuária dependentes de substância psicoativas que não quer se internar voluntariamente, “iniciativas coercitivas podem ser utilizadas para a internação denominada compulsória”. São ataques diretos as histórias de lutas, resistência e conquistas dos movimentos sociais de saúde mental – principalmente o movimento da reforma psiquiatra que historicamente tem baseado suas ações nos princípios dos direitos humanos, buscando construir ações junto aos usuários de drogas se contrapondo as metodologias de internações involuntárias/compulsória tendo o Serviço Social Brasileiro como um parceiro de luta. Segundo os Anais do 41° Encontro Nacional do Conjunto CFESS/CRESS em Palmas -Tocantins em 2012, foi deliberado mediante aprovação em assembleia no Eixo de Ética e Direitos Humanos, a importância de fomentar o debate sobre a questão das drogas, bem como o posicionamento contrário a internação compulsória e a importância da ampliação da política de redução de danosO Serviço Social brasileiro se posiciona de forma contrária a tudo que vete o direito dos trabalhadores bem como o direito à liberdade e os direitos humanos. Posicionamentos consolidados pela trajetória do Serviço Social brasileiro, seu acúmulo teórico mediante a teoria social crítica aplicada e as lutas enfrentadas em defesa da classe trabalhadora. Com isso a Política de Redução de Danos é defendida pelo serviço social, uma medida que deve ser aprofundada e pesquisada para entender formas de tratamento e alternativas para os dependentes de substâncias psicoativas, para consolidar formas mais humanas de tratamento e fortalecimento de vínculos, visto a necessidade de financiamento público para a efetivação e retomada desta política. O percurso desta pesquisa se desenvolve a partir dos conteúdos utilizados no processo de formação acadêmica do Núcleo de Políticas Sociais do Programa de Pós-graduação em Serviço Social – NEPS da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP
FCS - C2
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#590 |
CONTANDO OS SUPÉRFLUOS: uma interpretação dos dados estatísticos sobre “desocupação” e “inatividade” da força de trabalho produzidos pela PNADC/IBGE
Elizete Menegat
1
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Dayane Andrade Cardoso da Silva
1
1 - UFJF.
Resumen:
O objetivo geral deste estudo é refletir em torno da categoria social e analítica dos supérfluos do mundo do trabalho na atualidade, quando se observa o amadurecimento das novas tecnologias altamente poupadoras de força de trabalho desenvolvidas pela 4ª revolução industrial. Como objetivo específico, buscamos analisar o crescimento dos supérfluos, atualmente, no Brasil, a partir de dados da série histórica da PNADC/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-Contínua/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Determinada pela lei do valor, a quantidade de supérfluos cresce na razão direta do desenvolvimento das forças produtivas e do progresso da acumulação (MARX, 1984). Portanto, a relação entre a quantidade dos que são considerados necessários à produção e a quantidade dos que são considerados desnecessários, varia historicamente. Desde a acumulação originária e, posteriormente, nos anos críticos do primeiro desemprego tecnológico criado pela emergência da 1ª Revolução Industrial e, principalmente, um século depois, com a 2ª Revolução Industrial, as periferias colonizadas foram utilizadas como depósitos de supérfluos gerados pelos países europeus (BAUMAN, 2005). Ao longo da segunda metade do século XIX, na época em que nascia a 2ª Revolução Industrial, a Europa descartou milhões de supérfluos que vieram aportar nas Américas. Para recebê-los, as nações periféricas que se beneficiavam do trabalho escravizado de não-brancos, foram pressionadas, antes por razões econômicas do que humanitárias, a realizar a transição para o trabalho livre. À imensa maioria dos não-brancos coube, desde então, o lugar e a função de supérfluos na estrutura do trabalho produtor de mais valor. Não só na América mas, em todo o planeta, os movimentos permanentes de expansão do capitalismo criaram, em quantidades cada vez mais crescentes, “uma massa racializada de supérfluos” (McINTYRE:2011) que, atualmente, pode ser analisada como resultado do novo pico de aumento da produtividade do trabalho, impulsionado pela 4ª revolução industrial. E, como podemos dimensionar a quantidade de supérfluos que o Brasil apresenta na atualidade? A partir de 2012, a PNADC passou a classificar como “ocupados”, a totalidade dos trabalhadores formais somados à totalidade dos informais. Foram considerados formais, os assalariados dos setores público e privado, que têm carteira assinada. No mercado informal, passou-se a considerar os ocupados sem carteira de trabalho, os ocupados por conta própria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ, os diaristas e mensalistas sem vínculo formal e as pessoas que desenvolvem atividades produtivas sem receber remuneração.Conforme a PNADC, a População Economicamente Ativa (PEA), é formada pela reunião dos “ocupados” e dos “desocupados”. São considerados ocupados os que exercem alguma ocupação, seja no mercado formal ou informal e são considerados desocupados os que não exercem qualquer ocupação, seja no mercado formal ou informal, mas, permanecem fazendo esforços a procura de ocupação. Assim, o percentual “dos que não trabalham, mas, estão procurando trabalho” é classificado, pela PNADC, como força de trabalho ativa e, portanto, relativamente funcional ao sistema de produção. Para os fins deste trabalho, consideramos que, os assim denominados, “desocupados” constituem aquele corpo de indivíduos supérfluos à produção, mas que ainda são competitivos e, portanto, capazes de disputar, entre si, as vagas rotativas e as eventuais novas vagas que surgirem, seja no âmbito formal ou informal. Este grupo de excedentes do mundo do trabalho encontra-se próximo daquilo que poderíamos denominar, ainda hoje, de relativamente supérfluos ou exército de reserva. São, neste sentido, a camada dos supérfluos que ainda guarda certa funcionalidade para o sistema de produção, ao contrário do grupo que o IBGE classificou de “desalentados”, que são aqueles que desistiram de procurar trabalho e integram o contingente dos inativos. Os assim denominados, pela PNADC, de “inativos” ou “fora da força de trabalho” – nem trabalham, nem procuram trabalho - podem ser considerados como o contingente dos definitivamente supérfluos. Tudo indica que eles foram definitivamente desativados do processo de produção de mercadorias. Estes, já não podem ser considerados úteis sequer como reserva de força de trabalho. O contingente massivo de inativos não desempenha mais qualquer função no mundo do trabalho. Ao contrário da taxa de desocupação, o quantitativo dos inativos é, em geral, subnotificado pelos canais tradicionais de divulgação dos dados da PNADC – inclusive por vários canais de informação do próprio IBGE. O que, primeiro, aparece estampado nas manchetes são as “taxas de desocupação”, as quais dizem respeito, apenas, aos supérfluos funcionais - não trabalham, mas, procuram trabalho. A taxa de desocupação – também denominada de taxa de desemprego - não revela a totalidade dos que não trabalham, pois, não inclui o elevado percentual de supérfluos definitivos: os que nem trabalham e nem procuram trabalho. São os definitivamente supérfluos. Estes tendem a compor a orla dos miseráveis que não encontra mais condições “de viver do seu trabalho” e adquirir, no mercado, os meios de viver. Trata-se da parcela que fica sem “fundos de subsistência” (MARX, 1984: 209). A análise da série histórica da PNADC (2012-2020) indica um quadro de multiplicação descontrolada da camada de supérfluos que, velozmente, tende a ultrapassar a camada de trabalhadores necessários ao sistema de produção de mercadorias. Os dados indicam que, atualmente, não há lugar, nem mesmo na economia informal, para mais da metade da população brasileira em idade de trabalhar. Não surpreende, pois, que a maioria dos trabalhadores resgatados, pelos órgãos oficiais de fiscalização, retorne ao trabalho análogo à escravidão por falta de alternativas de sobrevivência. Neste cenário de agudas desigualdades sociais, raciais e territoriais, os moradores das favelas e periferias urbanas encontram-se no limite da sobrevivência: definitivamente sem empregos, sem proteção do Estado e, tendencialmente, sem meios de viver.
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#033 |
“La democratización del acceso a la educación terciaria, de personas en situación de discapacidad en el Litoral Norte del Uruguay. Sobre procesos de descentralización y regionalización Universitaria.”
Cristian Pinato
1
1 - Cristian Pinato.
Resumen:
La discapacidad como constructo social está establecida a partir de relaciones de desigualdad y de asimetrías de poder, en una reproducción casi constante y naturalizada desde aquellos que se ubican en la “normalidad” con relación a aquellos que son ubicados en la “anormalidad”. Tales componentes de la relación normalidad-anormalidad (Foucault M. 1998) se comprenden en clave ideológica (Althusser L. 1988) para desandar las arbitrariedades de cuerpos eficaces para un sistema social que lejos de incluir, excluye. La discusión sobre la llegada de estudiantes en situación de discapacidad a la educación universitaria, debe tener en cuenta el contexto educativo regional y nacional. En un país con un claro centralismo capitalino, que se manifiesta en varias dimensiones de la vida cotidiana de quienes habitan en todo el territorio nacional, la educación superior como tal no ha sido ajena a este proceso. Es en la particularidad del Litoral Norte del país y más específicamente en la ciudad de Salto, donde comienza el proceso descentralizador de la Universidad de la República (UdelaR en adelante), lo que más tarde culminaría con la creación del primer Centro Universitario Regional en el interior del Uruguay, el Centro Universitario Regional, Litoral Norte (en adelante CenUR LN).De esta forma adquiere central relevancia el sentido y orientación que alcanza el proceso de descentralización y regionalización a partir del cual se crea una nueva estructura institucional denominada CenUR. La triple crisis (de hegemonía, legitimidad e institucionalidad) de la que habla De Souza Santos B. para referirse al devenir de la Universidad pública latinoamericana hacia fines del siglo XX, da cuenta de la necesidad de repensar su funcionalidad y su propia esencia en términos de democratización y emancipación tanto de la producción de conocimiento como de la formación profesional que le da su razón de ser. (De Souza Santos B. 2005).En este sentido, la política de regionalización promovida a partir de creación de los Centros Universitarios Regionales, puede ser entendida como un cambio que se hace eco de esa triple crisis y la pretende enfrentar abriendo las puertas de la Universidad a las necesidades del medio, mediante la generación de nuevas ofertas educativas en términos de enseñanza e investigación, así como también a sectores de la población para los cuales estaba económica y socialmente “vedado” su acceso. La consolidación y desarrollo de Salto como polo de educación universitaria en la región, llevó a delimitar la discapacidad como temática, tanto desde la producción de conocimiento, como en los proyectos de extensión de estudiantes de diversas disciplinas. Esto ha permitido y exigido pensar la educación universitaria en su integralidad, trasformando no sólo la infraestructura edilicia y administrativa, sino la adaptación de programas, prácticas pedagógicas y en la sensibilización sobre la discapacidad en la interna del CENUR LN. Estas medidas, han tenido como objetivo desnaturalizar y deslegitimar los componentes ideológicos de la normalidad, materializados en esta casa de estudios. ¿Democratización?... como si el “ción” (que siempre designa un movimiento, una evolución) de la palabra “transición” se hubiera mudado al otro de los términos del par de conceptos que usábamos entonces, y como si el proceso que se tratara ahora de pensar no fuera ya el de conquista de una “democracia” que nos esperara al final de un túnel o de una ruta llena de dificultades sino el de la profundización de un camino que vamos recorriendo. Primera diferencia. Y la segunda: que ese camino no parece ser ya el camino hacia grados mayores de libertad, sino el camino hacia el usufructo de una cantidad mayor de derechos. (Rinesi E. 2014, p.8)Un pasaje de democracia a democratización, de libertad hacia derechos. Es mediante la democratización que podemos lograr una universalización de derechos, donde se pase del privilegio de algunos, como fue históricamente el caso de las elites universitarias al derecho de todos. (Rinesi E. 2014) Los estudiantes que tenemos no son nunca (no pueden ser pensados como siendo, nunca y en ningún lugar) “deficitarios” respecto a los que alguna suposición nos lleva a pensar que “deberíamos” tener. Son los estudiantes que tenemos, y son los estudiantes a los que les tenemos que enseñar. Lo que tal vez haya que hacer (y aquí sí creo que tenemos una ocasión interesante para revisar algunas de nuestras prácticas más establecidas) es preguntarnos cuál es el lugar en que ponemos, cuál es la prioridad que le asignamos, entre las muchas cosas que hacemos en nuestra vida de universitarios, a esta tarea que acabo de nombrar con la palabra más antigua y más sencilla que encontré: enseñar. (Rinesi E. 2014, p.13)Creemos que el camino para comenzar a desnaturalizar lo “deficitario” pasa por potenciar la interdisciplinariedad, trascender la suma de saberes mediante la creación de un lenguaje común a todas las áreas del conocimiento que permita un abordaje integral y holístico en el acceso y la permanencia en la educación superior. (Cifuentes R. 2009). Desde este enfoque, se estima que la particularidad del CenUR LN así como las características de la población estudiantil que recibe, constituye una gran oportunidad para el abordaje interdisciplinario de las problemáticas sociales que se manifiestan en el centro educativo. En efecto, la coexistencia y convivencia de más de once servicios, se convierte en un campo propicio para el desarrollo de habilidades asociadas a la negociación, la comunicación, la gestión, y la generación de óptimas condiciones para la puesta en marcha de propuestas en las que se aborde la multidimensionalidad en el tránsito educativo en la institución, que pongan en diálogo el saber “popular” con el saber “científico”. En este sentido las políticas educativas descriptas, han generado un contexto particular para el litoral norte del país, en términos de acceso a la educación superior, producto del rol que tiene el Estado en las mismas. En este sentido creemos que (…) “el Estado es un protagonista decisivo de un poderoso proceso de universalización de derechos, es decir, de democratización política y social”. (Rinesi E. 2014, p.13)
#130 |
Intervención social, saberes y políticas públicas
Ruth Noemí Parola
1
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María Rosa Goldar
1
1 - Universidad Nacional de Cuyo.
Resumen:
La ponencia es producto del proyecto de investigación financiado por la Secretaría de Investigación, Internacionales y Posgrado (SIIP) de la Universidad Nacional de Cuyo (Mendoza – Argentina) denominado “INTERVENCIÓN SOCIAL, SABERES Y POLÍTICAS PÚBLICAS EN MENDOZA ENTRE 2017 Y 2020. Educación, salud, migraciones e inserción laboral”. Con este trabajo buscamos comprender la intervención social en su interrelación con las políticas públicas, condicionada por las normativas institucionales en que se inscribe y dando cuenta de la potencialidad para producir conocimiento que tiene la experiencia, a partir del análisis específico de intervenciones sociales en el marco de políticas educativas, de salud, migratorias y de inserción laboral en el período 2017- 2019 en Mendoza. Una categoría vertebral de esta investigación es la de ‘incidente crítico’ (Ripamonti, 2017), alrededor de la cual delimitamos las intervenciones a analizar. La pandemia se constituyó en el incidente crítico central y compartido que irrumpió en las intervenciones y, por ende, en nuestra investigación. Ninguna intervención pudo quedar ajena: entre otros factores porque TS[1] fue considerado una actividad esencial. Por un lado, realizamos un relevamiento y actualización bibliográfica de la categoría intervención social, en el campo del TS. Profundizamos teóricamente y redefinimos categorías constitutivas del marco teórico: política pública; experiencia-saber-conocimiento e ideología-sentido común-cultura. Por otro lado, se definió una estrategia colectiva de trabajo que permitió una mejor recuperación de los aportes de quienes participan del equipo (la mayoría trabaja en distintos ámbitos institucionales de política pública de los campos estudiados). La intervención social es una categoría teórica (Peralta, 2020) con la cual se quiere dar cuenta de aquellos procesos y estrategias que el Estado pone en juego para implementar respuestas (políticas sociales) a las demandas de la población y a las distintas formas de acción colectiva sobre las problemáticas sociales. Y es así que la cuestión social está imbricada con la intervención social, ya que ella expresa la contradicción y disputa de intereses del orden social y, por lo tanto, el conflicto y la desigualdad de nuestras sociedades.La acción que desarrolla TS en el marco de la intervención social, es una de las intervenciones profesionales que se construyen en esa dinámica más general. Se construye entre los sujetos con necesidades y derechos vulnerados y los sujetos que tienen o pueden producir recursos para satisfacerlas o condiciones que permiten garantizar los mismos; se mueve entre la cotidianidad de la reproducción individual y social de los sujetos, las políticas sociales en sus diferentes niveles posibles de intervención y los impactos que las mismas generan en los sujetos a partir de la complejidad de las dinámicas institucionales que las operativizan.En los campos estudiados la pandemia, como incidente crítico, evidenció las diversas formas de desigualdad. Puso en cuestión la manera de intervenir en territorios ya que las formas estructurales de desigualdad y exclusión tensionan las intervenciones sociales.Al mismo tiempo, se evidenció que, en la pandemia, la intervención social pudo sostenerse donde había trabajo previo (vínculos, conocimiento del territorio, relación con las familias). Cuando, en cambio, en pandemia no se ha hecho ‘nada’ es porque la ‘nada’ era previa a la pandemia. En tal sentido se constata que la pandemia no interrumpió, sino que irrumpió. Las intervenciones no pueden explicarse sólo por la pandemia, sino que se comprenden por cómo venían siendo.Puede señalarse que se mantienen y expresan visiones que evidencian la diferencia entre una noción de intervención limitada al caso, a los sujetos individuales, y una noción de intervención profesional que se reconoce también en el trabajo con organizaciones, sujetos colectivos e instituciones y de carácter más complejo. Esto permite advertir la reproducción de cierto sentido común acerca de la profesión. En los años 2017-2019 e intensificado en el 2020 durante la pandemia, se han incrementado las orientaciones institucionales de los distintos campos estudiados hacia lineamientos encuadrados en mayor control social sobre las poblaciones atendidas. Al mismo tiempo se ha podido observar en las fuentes analizadas cómo dichas orientaciones han tensionado a los/as profesionales en sus intervenciones, cuando éstas han sido problematizadas o enfocadas desde perspectivas de carácter emancipatorio. El material empírico y el trabajo de campo realizado permitió recoger experiencias y caracterizar intervenciones sociales en los cuatro campos seleccionados para esta investigación (salud, educación, migraciones e inserción laboral). Esto permitió constatar la incidencia que los lineamientos de política pública poseen en la accesibilidad de las poblaciones vulnerables. El aislamiento social preventivo y obligatorio (ASPO) ordenado a partir de la pandemia puso en evidencia las desigualdades de acceso por residencia geográfica y por las condiciones previas de las familias, fundamentalmente de habitabilidad. Además, la demanda de asistencia como un emergente de la pandemia, una novedad en la demanda que aparece en la pandemia y que permite afianzar su centralidad en tanto ‘incidente crítico’.Siempre está presente la tensión entre el sostenimiento del discurso de promoción de derechos (ideología de la profesión) y otras ideologías en las instituciones. Apareció la centralidad no sólo en el campo educativo sino en la cotidianidad de las poblaciones vulnerables el papel de la escuela. En ella se expresa la conflictividad social y como escenario de paradojas. Los saberes producto de las intervenciones sociales de las profesionales de TS entrevistadas dan cuenta de las características que adoptan las intervenciones sociales antes de la pandemia y su reconfiguración durante la misma. Otro saber vinculado a la experiencia es que la intervención profesional no se limita a la atención de casos, es decir, de sujetos en situaciones de vulnerabilidad. Se despliega también en el trabajo con instituciones de la política social y con organizaciones sociales. Así, ciertas intervenciones construyen su objeto de intervención con otras instituciones. Es importante llamar la atención acerca de una idea de intervención que la limita al caso (o situación particular específica).TS interviene en las políticas sociales en diferentes niveles, lo cual le otorga distintos grados de poder e injerencia: nivel micro, mezzo o macro (Cristina Melano, 2001)Identificamos la potencialidad de la categoría interseccionalidad como perspectiva de intervención en los campos estudiados. [1] De aquí en adelante a Trabajo Social lo mencionaremos TS.
#281 |
Reflexiones sobre el perfil de Trabajo Social en intervención con mujeres receptoras de violencia
Guillermina Chávez Torres
1
1 - Universidad de Colima.
Resumen:
La presente ponencia tiene como objetivo presentar una reflexión analítica sobre la intervención social que realiza una profesionista del Trabajo Social en la atención integral de la violencia de género, misma que permitió identificar fortalezas y retos que enfrentan la disciplina en la promoción de la cultura de paz e igualdad. La situación de violencia contra las mujeres representa una realidad que ha estado latente y que requiere de medidas integrales para su atención, pues se reporta que “1 de cada 5 mujeres y niñas de entre 15 y 49 años afirma haber sufrido violencia sexual o física a manos de una pareja íntima en un periodo de doce meses (ONU, 2022). Por otro lado, la Organización de las Naciones Unidas señaló en el objetivo de Desarrollo Sostenible 5, que “la igualdad de género no solo es un derecho fundamental, sino que es uno de los fundamentos esenciales para construir un mundo pacífico, próspero y sostenible” (ONU, 2015). Ante ese escenario, las personas profesionistas del Trabajo Social tienen un papel fundamental para incidir en la situación de violencia de género contra las mujeres y en la promoción de la cultura de la paz y la igualdad. El Trabajo Social tiene como metas la promoción de los derechos humanos a través de propiciar cambio sociales con su intervención, debido a ello, es imperativo reconocer que existen “barreras estructurales [que] contribuyen a la perpetuación de las desigualdades, la discriminación, la explotación y la opresión (…) en criterios tales como la raza, la clase, el idioma, la religión, el género, la discapacidad, la cultura y la orientación sexual” (FITS, 2014)A partir de considerar la importancia que tiene la vinculación de la academia con colegas que se están desempeñando en escenario de la política social, surge el interés de realizar este trabajo, que en conjunto permitiese hacer un ejercicio sobre las sujetas de intervención, las metodologías y técnicas de intervención empleadas para la atención integral de la violencia de género. Este acercamiento derivó en el análisis de las fortalezas y las áreas de oportunidad que tiene la disciplina en el trabajo con mujeres receptoras de violencia. Se gestó el estudio bajo el paradigma hermenéutico para intentar identificar el sentido profundo de la información que compartió la informante, interpretar en su discurso incluso aquello que se encuentra oculto (Mancinas, Zúñiga y Arroyo, 2017). El referente teórico utilizado fue interaccionismo simbólico para interpretar el discurso de la informante, que comparte desde su propia experiencia de intervención social, en los diferentes escenarios en los que se ha desempeñado profesionalmente, desde una dimensión simbólica que permite acceder a sus prácticas, vivencias, experiencias con las sujetas de intervención. Además de evidenciar su identidad profesional y sus conocimientos, que dan forma a sus estrategias de intervención bajo uno de los postulados del interaccionismo simbólico “el individuo consciente y pensante es lógicamente imposible sin un grupo social que le precede. El grupo social es anterior, y es él que le da lugar al desarrollo de estados mentales conscientes” (Ritzer, 2002, p. 253)Este estudio cualitativo se aplicó a través de la entrevista semi-estructurada, misma que marcó la posibilidad de acceder al mundo simbólico de la informante. Para ello se diseñó un instrumento con detonadores generales, tales como experiencia de intervención con mujeres receptoras de violencia, áreas y experiencias en su formación educativa, funciones, métodos y metodologías que aplica en su escenario laboral, las fortalezas y los retos que identifica de su disciplina, las características principales de las sujetas de intervención. Para analizar el discurso que se convirtió en texto, se utilizó la estrategia propuesta por Strauss y Corbin (2012), que propuso desde la Teoría Fundamentada, pues permite la libertad de analizar el texto desde la creatividad de la investigadora para encontrar de forma novedosa el sentido. La estrategia implementada, facilitó la localización de tres grandes ejes para organizar los resultados, una aproximación al perfil del Trabajo Social, las fortalezas disciplinares para la intervención con mujeres receptoras de violencia y los retos que se le han presentado en su ejercicio profesional que busca generar la cultura de paz y la igualdad. Una vez identificados los ejes principales se procedió a la triangulación de datos, para el contraste empírico con datos teóricos y/o conceptuales. Los principales resultados versan en los tres ejes arriba expuestos, en el primero, sobre el perfil de la profesionista del Trabajo Social entrevistada, el área de actuación profesional en el que se ha desempeñado, como una de las área potenciales, a decir del Centro de Desarrollo de la Mujer, en el Centro de Atención para Mujeres Receptoras de Violencia y en el Refugio para Mujeres, y en su caso sus hijas e hijos, que viven violencia extrema. El perfil de las sujetas de intervención con las que ella interviene en los tres escenarios descritos, refiere que son mujeres en situación de vulnerabilidad que se configura por la interseccionalidad (Cubilos, 2015) de: baja escolaridad, nivel socioeconómico bajo y desempleo, empleo informal o trabajo doméstico no remunerado. De las principales fortalezas que identificó la informante se identificaron tres: la habilidad que tiene para hacer entrevistas y que está relacionada con la estrategia de aproximación a su objeto de estudio y de intervención. La segunda, es sobre la elaboración del diagnóstico social, pues tiene la responsabilidad de identificar la situación de riesgo, el rumbo de la intervención multidisciplinar y las estrategias para la reincorporación de las mujeres receptoras de violencia extrema. La tercera está relacionada con la destreza que se desarrolla de forma natural en la formación para el trabajo multidisciplinar, pues se reconoce la complejidad de la realidad social en la que va a intervenir el trabajo social y la importancia de los diferentes enfoques disciplinares para una intervención más sólida. Entre los retos principales, se encuentra la poca sistematización del ejercicio profesional por la naturaleza de las actividades y funciones que realiza la profesionista de forma cotidiana. Relacionado con el punto anterior, es fundamental relacionar los elementos teóricos aprendidos en la formación con el ejercicio profesional ya que la demanda de trabajo poco tiempo queda para hacerlo. También, identificó la necesidad de trabajar la autovaloración de la intervención que realiza Trabajo Social en la atención integral de la violencia de género, ya que las múltiples actividades, en ocasiones hacen difusa la especificidad y la importancia que tiene su intervención.
#297 |
UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA É POSSIVEL? ANALISE DA CONDIÇÕES OBJETIVAS DE EFETIVAÇÃO DO PROJETO ETICO-POLITICO DO/A ASSISTENTE SOCIAL NA POLÍTICA HABITACIONAL DA CIDADE DE SÃO PAULO
Arlete Silva
1
1 - Pontificia Universidade Catolica de São Pulo.
Resumen:
O presente trabalho busca analisar os limites e possibilidades de atuação do assistente social no contraditório espaço sócio-ocupacional da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo - espaço que tem como premissa a provisão de habitação de interesse social para famílias pobres da cidade. Ao longo do texto buscaremos revisitar a construção do direito à moradia na sociedade brasileira e como esta se efetiva na elaboração de alternativas habitacionais na sociabilidade do capital, tanto no aspecto legal e normativo e as proformas de sua efetivação. Partimos da concepção de moradia adequada, conceituada na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, para compreender e quantificar o déficit habitacional da cidade de São Paulo e explicitar o desafio de efetivação do direito à moradia na cidade de São Paulo. Refletimos que a moradia, reconhecida como direito humano fundamental, encontra nas cidades brasileiras relações sociais desiguais que condicionam e processam estruturas urbanas excludentes que se materializam na falta de saneamento básico e do acesso à água tratada, na precariedade das construções, nas ocupações desordenadas, nas palafitas e etc., expressando o não acesso à moradia digna preconizada na Constituição Federal Brasileira. O caráter inclusivo do texto constitucional não materializa o acesso à moradia, necessitando da intervenção do Estado para fomentar ações que possibilitem a superação da condição excludente do atual estágio de sociabilidade do capital e o alcance de condições plenas de reprodução da vida. Ao longo do texto veremos que o acesso a moradia, se confronta com interesses da especulação imobiliária, colocando a questão da habitação numa arena de luta de classes, já que é o pobre, o desprivilegiado e o marginalizado do poder político que primeiro sofre com o processo de transformação urbana. A necessidade habitacional, enquanto expressão da questão social está colocada no horizonte da vida cotidiana. E, enquanto necessidade da vida cotidiana, a questão da moradia esbarra no modelo de sociedade capitalista que constitui a moradia mercadoria, destituída do seu fim social. A moradia desvinculada do seu papel social e inserida na sociabilidade do capital como mercadoria está tão imbrincada nas relações sociais que pensar o acesso gratuito à educação e saúde nos é natural e quase óbvio. No entanto, quando nos referimos ao acesso gratuito à moradia, nos causa estranheza e consideramos impensável formular políticas habitacionais como direito de todos e dever do Estado, evidenciando que “as ideias dominantes, nada mais são do que a expressão ideal das relações materiais dominantes apreendidas como ideais”. A execução da política de habitação da cidade de São Paulo monopoliza muitos interesses: sobretudo o interesse do mercado. Corrobora com essa percepção diversos autores que tratam do tema, que entendem ser o Estado o principal ator, se não o condutor do processo de mercantilização das cidades, seja protegendo os interesses de acumulação urbana pela produção e reprodução da cidade, seja por ter coerção dentro de um território, pois se apropria do investimento social coletivo e o redireciona em benefício de alguns. Buscará ainda problematizar a respeito da direção social da profissão e as condições objetivas de materialização na prática profissional do princípio fundamental expresso no código de ética brasileiro da profissão que vislumbra a construção de uma nova ordem societária que contraponha à do capital. Busca também analisar os limites institucionais colocados neste espaço sócio-ocupacional que pode concorrer para uma atuação profissional pragmática, produtivista e distante do sentido da emancipação sociopolítica e humana.. O fio condutor da proposta de reflexão aqui contida analisará o contexto em que se desenvolve o exercício profissional do/a Assistente Social e as possibilidades de materialização do projeto ético-político da categoria profissional, na perspectiva da construção de alternativas coletivas de resistência que vislumbre a efetivação do direito à cidade, na perspectiva de um novo ordenamento social. Por se tratar de uma profissão que atua na concepção da efetivação do direito, examinar o exercício profissional para além da condução operativa e instrumental na política de habitação, à luz do projeto ético-político brasileiro que baliza essa atuação, nos parece ser uma possibilidade de refletir o cotidiano e construir alternativas coletivas de resistência nessa política. Compreendemos que conhecer os limites institucionais presentes no exercício da atuação profissional se apresenta como possibilidade de romper com lógica gerencial presente nessa política sob o discurso de eficácia e eficiência técnica. As múltiplas determinações da questão social que se origina na sociabilidade do capital expressam uma totalidade dinâmica e contraditório e a urgência de atender ao imediato, a questão aparente, distanciam o/a assistente social de uma práxis emancipatória. Há que se considerar que a condição de trabalhador assalariado, sujeita o/a Assistente Social aos mesmos processos alienantes e alienadores do trabalho, forjado na lógica do capital. Requerendo do/a profissional uma “capacidade crítica que desvele nas dinâmicas institucionais cotidianas as artimanhas da burocracia, das racionalidades gerenciais das políticas e dos programas sociais que fragmentam a realidade social e isolam as profissionais”. Concluí que é essa capacidade crítica que vislumbramos como possibilidade de abstração da realidade e ir além da mera manipulação imediata de aspectos do cotidiano, para então entendê-los e transformá-los, retomando a direção social da nossa profissão na perspectiva da construção de uma nova ordem societária.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#352 |
Condiciones laborales en Trabajo Social. Un estudio de caso en Colombia
Sergio Quintero Londoño
1
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Edna Fernanda Osorio
1
1 - Universidad de Caldas.
Resumen:
INTRODUCCIÓN: Se presentan los resultados del proceso de investigación que surgió como iniciativa del Semillero de Investigación Trabajo Social Crítico, inscrito en el Grupo de Investigación Desarrollo Humano y Trabajo Social, perteneciente al Departamento de Desarrollo Humano de la Universidad de Caldas. Se centró el interés en analizar la realidad laboral de profesionales de Trabajo Social egresadas/os de la Universidad de Caldas, en un contexto que se caracteriza por la precarización laboral. El estudio supera análisis endógenos (que pretenden explicar la profesión a partir de sus propios parámetros y experiencias), y sociológicos (en los que se subsumen las características propias de la profesión, en el movimiento estructural de sociedad moderna). Es una investigación con fundamento en la tradición teórico-metodológica y política del marxismo, combinando datos cuantitativos y análisis cualitativo.Se aborda la reestructuración del proceso de trabajo implantado a partir de la década de 1990, y se analiza cómo en la actualidad, las relaciones laborales para Trabajo Social se encuentran mediadas y determinadas por la mundialización del capital (capturado por el capital financiero), abordado en ocasiones como neoliberalismo. Al entender las condiciones laborales como las características bajo las cuales las/os profesionales deben ejercer sus funciones en y para las instituciones que contratan sus servicios, se deben abordar las formas y condiciones en las que se desarrolla el ejercicio laboral, que en el actual contexto se caracteriza por desregulación laboral, subcontratación, proliferación de diferentes modalidades de contrato de trabajo (a término fijo, por prestación de servicios, obra labor, etc.); tercerización; tendencia a la baja de los salarios y aumento en las jornadas laborales; alto nivel de rotación en los puestos de trabajo, y otras que precarizan el trabajo profesional. OBJETIVO: Analizar las condiciones laborales de egresadas/os del programa de Trabajo Social de la Universidad de Caldas entre 2012 y 2019 que trabajan en Manizales y La Dorada - Colombia.MATERIALES Y MÉTODO: La investigación se realizó con base en procedimientos de corte cualitativo y cuantitativo; se hace revisión del estado del arte que aborda las producciones académicas sobre el tema, divulgadas en las revistas de Trabajo Social en Colombia; editoriales de impacto nacional y latinoamericano (Humanitas, Espacio y Cortez); los últimos Congresos Nacionales de Trabajo Social, al igual que los Seminarios Latinoamericanos y del Caribe de Trabajo Social.Para dar una sólida fundamentación teórico-metodológica de inspiración crítica-marxista, se abordan algunos de los principales textos que tratan la temática, encontrando los desarrollos más avanzados en Brasil y Argentina. Además se acude al intercambio de ideas, en forma de asesoría o de conversatorios, con investigadoras/es del tema reconocidas/os a nivel nacional y latinoamericano.Se identificó la población objeto de estudio en el universo de egresadas/os del programa de Trabajo Social de la Universidad de Caldas en Manizales y La Dorada entre 2012 y 2019 (804 personas), de las cuales 110 cumplían con los criterios de delimitación (primero: haber egresado en el periodo establecido 2012-2019, y segundo: trabajar actualmente (2020-2021) en alguna de las dos ciudades). El abordaje de la población se hace a través de un cuestionario de 53 preguntas que indagan sobre datos personales, ubicación institucional del trabajo, áreas y programas de desempeño laboral, condiciones laborales, nivel de estudio, condiciones socio-económicas. En total se envió a 110 egresadas/os (94 MANIZALES Y 16 LA DORADA), y se obtuvo respuesta de 88 personas. El análisis de la información, como última etapa de la investigación, se realizó a través de una triangulación entre los fundamentos teórico-metodológicos de inspiración crítica, los documentos analizados (estudios relacionados y planes de desarrollo), y la información suministrada por las personas encuestadas. RESULTADOS: El Trabajo Social como profesión asalariada: se ubica la reflexión en el contexto histórico-concreto que corresponde a la sociedad moderna, industrial capitalista, que en la actualidad presenta la intensificación de la explotación-dominación y la disminución en la garantía de derechos Género y clase como características fundamentales: Históricamente la profesión ha estado integrada en su mayoría por el género femenino; para el caso de la investigación realizada se encontró que el 97% eran mujeres, característica que debe leerse en la condición contradictoria en la que se desarrolla. Campos laborales (sectores e instituciones): en cuanto a los escenarios de actuación profesional se refieren a Primer Sector (Público), Segundo Sector (Privado), y Tercer Sector (“iniciativas ciudadanas”). (Dis)Continuidad en el trabajo y los impactos en la política social: En el caso de la población abordada en Manizales y La Dorada, un 51% manifiesta participar en todas las etapas de la política pública (formulación, ejecución y evaluación); sin embargo las condiciones laborales expresadas en los datos empíricos lleva a deducir que la ejecución de política social constituye una labor predominante, siendo minoritarias las funciones de formulación y evaluación. Labores cotidianas (que pueden conllevar la tecnificación del trabajo profesional): La tecnificación del trabajo social, se encuentra asociada a la mercantilización de los derechos y el desmonte del Estado de Bienestar que lleva a los/las profesionales a incursionar en nuevos espacios que exigen el cumplimiento de actividades operativas para alcanzar las metas e indicadores institucionales propios de la lógica gerencial tecnocrática.CONCLUSIONES: Los profesionales de Trabajo Social, se enfrentan a un proceso de precarización de las condiciones laborales evidenciadas en contratos inestables, salarios bajos, sobrecarga laboral, falta de incentivos laborales, exigencias en el cumplimiento de horarios que no responden a las condiciones contractuales, sumado a las pocas o nulas oportunidades para continuar con su proceso de profesionalización. Estas condiciones conllevan a reflexionar en la necesidad de fortalecer procesos organizativos gremiales que permitan posicionar, e incidir política y socialmente para exigir mejores condiciones laborales para el ejercicio profesional del Trabajo Social en Colombia.
#400 |
La disrupción del trabajo social clínico en Puerto Rico
Krystal L. Pérez Martínez
1
1 - Departamento de Salud.
Resumen:
A pesar de que los movimientos sociales en Puerto Rico se han hecho para ayudarnos a discernir la mentalidad colonizada (resultado de la relación imperialista de los Estados Unidos con Puerto Rico), el capitalismo utiliza el modelo médico y como herramienta al trabajo social clínico para mantener la relación colonial. Como parte del proceso de la desprofesionalización, dentro de la salud mental, los trabajadores sociales están siendo empleados para sustituir los roles de otras profesiones, creando una línea muy confusa donde diferentes profesiones hacen las mismas tareas y matifican los roles éticos y las responsabilidades que la profesión de trabajo social espera lograr. El uso del modelo médico ha guiado y limitado intrínsecamente la práctica del trabajo social clínico para mantener el estado opresivo subyacente en el que se hizo la profesión en Puerto Rico y los países de América Latina. Es problemático las percepciones que en ocasiones se trabajan en las intervenciones de los/las trabajadores sociales para tratar los problemas sociales. Las prácticas se separan de la definición establecida de la profesión, lo que resulta en la falta de cambios para el bienestar de los ciudadanos puertorriqueños. En cambio, mantenemos la mentalidad oprimida en la que el paciente tiene la culpa de las circunstancias en las que nació y se desarrolló; con oportunidades mínimas, que crean los síntomas psicológicos que las diversas profesiones tratan como si no hubiera otras variables sociales relacionadas con ellos. Debe reflejarse si la intervención considera al participante, claramente, como portador de un "desorden", sin que se hayan sopesado las dimensiones sociales y estructurales que conducen a tales circunstancias. El sistema médico y otros movimientos (grupos alternos al Colegio de Profesionales del Trabajo Social de Puerto Rico- CPTSPR) alrededor de la profesión permiten que estas prácticas sean las normalizadas. La intención de esta presentación es exponer las dificultades que enfrenta la práctica del trabajo social clínico en el campo de la salud mental; en donde los roles e intervenciones han cambiado la dirección de la profesión. Se mencionará (1) cómo se define el trabajo social y su alineación con la práctica al (2) describir los obstáculos que enfrenta la profesión dentro del modelo médico que implementa el sistema. Al hacerlo, habrá (2a) una comparación de las profesiones de salud mental entre sí para (2b) acentuar los roles y responsabilidades que se entrecruzan entre ellos y que definen las intervenciones que se están proporcionando a través de los servicios de salud mental. Lo que nos lleva a (3) comprender por qué se prefiere el uso del modelo médico en los servicios de salud mental puertorriqueños y (3a) cómo se utiliza la profesión de trabajo social para sostener dicho modelo. Por último, (4) es importante mencionar las acciones legales que se han tomado por un grupo de trabajadores sociales en contra de la colegiación compulsoria de la profesión, como estipula la ley. Éste y otros grupos solicitan diferentes posicionamientos laborales y posturas de intervención de práctica que, en ocasiones, no pueden ser justificadas adecuadamente. Estas decisiones, que se presentan enmarcadas en el alegato del derecho constitucional a la libre asociación, pueden ser una amenaza y tener repercusiones no consideradas por los demandantes y oponentes. Por lo cual, dan mayor apertura a la desprofesionalización y las prácticas que se ejercen.
#410 |
Organização política e autonomia profissional: resistência e luta por direitos no Serviço Social brasileiro
Esther Luíza de Souza Lemos
1
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Maurílio Castro de Matos
2
1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.
2 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
Resumen:
O presente trabalho tem como objeto de estudo a organização política das e dos assistentes sociais na particularidade do Conselho Federal de Serviço Social – CFESS e dos Conselhos Regionais de Serviço Social - CRESS no contexto das entidades da categoria no Brasil. Para este estudo, a análise está delimitada ao âmbito federal tendo em vista sua natureza jurídico-normativa e abrangência nacional.A problematização parte da seguinte questão: quais determinações socio-históricas permitiram que o CFESS, como instância regulatória da profissão, assumisse o protagonismo ético-político de resistência e crítica à ordem capitalista?Considerando a oportunidade do XXIII Seminário da ALAEITS com o tema “Radicalização do neoliberalismo e pandemia; contradições, resistências e desafios para Serviço Social na garantia de direitos”, o presente trabalho possui como objetivos: analisar o significado social da profissão historicizando o processo de organização política das e dos assistentes sociais no Brasil; apreender a natureza da regulamentação do Serviço Social e sua relação com a autonomia profissional; evidenciar a direção política assumida pelo Conselho Federal de Serviço Social – CFESS a partir da década de 1990 e; analisar as ações do CFESS como espaço de resistência da categoria no contexto neoliberal.Os estudos estão baseados em pesquisa bibliográfica e documental, realizados no âmbito do projeto de pesquisa “O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina: determinantes históricos, interlocuções internacionais e memória (1960-1980)” coordenado pelas profas. Marilda Vilella Iamamoto e Cláudia Mônica dos Santos.O texto está subdividido em três partes. A primeira aborda a natureza da profissão e seu significado social na divisão social e técnica do trabalho tendo como fonte central os estudos de Iamamoto (1982). A partir da compreensão teórico-metodológica da autora, segue-se na contextualização histórica da gênese e institucionalização do Serviço Social no Brasil apresentando os contornos da ação político-organizativa das pioneiras.A segunda parte apresenta a criação das entidades de Serviço Social no país indo de 1946 a 1962, no âmbito do Serviço Social Tradicional. Em 1946 são criadas a Associação Brasileira de Assistentes Sociais – ABAS, envolvendo o âmbito do trabalho profissional, a Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social – ABESS, envolvendo o âmbito da formação profissional e o Comitê Brasileiro da Conferencia Internacional de Serviço Social, hoje Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio em Serviços Sociais – CBCISS.A ABAS tinha seccionais estaduais, como em São Paulo e foi no âmbito desta organização que em 1947 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de Serviço Social e aprovado o primeiro Código de Ética Profissional de Assistentes Sociais.Num contexto desenvolvimentista, a Portaria n. 35 de 19/04/1949, enquadra o Serviço Social no 14° grupo das profissões liberais; a Lei nº 1889/1953 reconhece legalmente o ensino superior em Serviço Social e define a estruturação e prerrogativas dos portadores de diploma de assistente social; em 1957 é aprovada primeira Lei de Regulamentação da Profissão, Lei nº 3.252/1957, complementada pelo Decreto nº 994/1962 criando assim o Conselho Federal de Assistentes Sociais - CFAS tendo em sua área de abrangência 10 (dez) Conselhos Regionais de Assistentes Sociais – CRAS.A terceira parte aborda a vigência do Conselho Federal a partir de sua criação 1962 até os dias atuais. O contexto socio-histórico deste período abrange a dinâmica pré golpe mititar, a ditadura civil-empresarial-militar e o início da Nova República. A ruptura com o Serviço Social Tradicional será possível a partir do envolvimento da categoria no Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina. A análise da institucionalização e do processo de organização política da categoria neste item está subdividida de 1962 a 1979, tendo como marco a realização da Assembleia da ABESS em Natal, do III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais – CBAS, em São Paulo, o chamado “Congresso da Virada” e a aprovação dos Códigos de Ética de 1965 e 1975; um segundo período de 1979 a 1990, marcado pela implantação do novo currículo em 1982 e aprovação do Código de Ética de 1986; o último período analisado é à partir de 1990, num contexto marcado por governos neoliberais e pelo protagonismo da categoria como coletivo profissional de resistência e crítica à ordem societária vigente.Em 1993 foi aprovada a Lei nº 8.662, nova Lei de Regulamentação Profissional e o novo Código de Ética Profissional em vigência na atualidade. No âmbito da formação profissional, entre 1993 e 1996 são realizadas oficinas locais, regionais e nacionais para propor a revisão curricular, culminando com a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Serviço Social. Estas são as bases jurídico-normativas que amparam a possibilidade de construção do que se denominou projeto ético-político profissional.Tendo como diretriz estratégica a autonomia da entidade frente aos governos, até os dias atuais o CFESS tem protagonizado e coordenado a implementação da agenda política da categoria no país e nas suas relações internacionais.A partir da análise da literatura profissional e da pesquisa documental considera-se que as seguintes determinações socio-históricas permitiram que o CFESS, como instância regulatória da profissão, assumisse o protagonismo ético-político de resistência e crítica à ordem capitalista: a) acúmulo de experiência organizativa; b) precoce reconhecimento do Estado e regulamentação profissional; c) reconhecimento da condição de assalariamento e nova consciência profissional advinda tanto da participação na luta mais geral da classe trabalhadora quanto da aproximação e apropriação da obra marxiana; d) articulação entre as entidades da categoria no âmbito da formação, trabalho profissional e estudantes; e) ampliação dos estudos no âmbito da pós-graduação e estruturação/consolidação como área de produção de conhecimento; f) democratização interna do CFESS por meio da participação da categoria nos processos decisórios; g) política de comunicação; h) política de educação permanente.Nestes 60 anos de CFESS, atualmente existem aproximadamente 200 (duzentos) mil assistentes sociais com registro ativo no Brasil. O legado histórico do processo político-organizativo é patrimônio das futuras gerações profissionais. Esta herança precisa ser conhecida para que seja valorizada e multiplicada, permitindo que, nas condições concretas da ação profissional, as e os futuros profissionais construam mediações factíveis na implementação dos princípios ético-políticos que tem como finalidade emancipação humana.
#455 |
Les trabajadores sociales en el ámbito de la salud en pandemia por COVID-19. Aproximaciones desde una ciudad intermedia de la Pcia. de Buenos Aires, Argentina
María Isabel Escurra
1
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Verónica de Avila
2
1 - PROIEPS - FCH - UNICEN.
2 - PROIEPS-FCH-UNICEN.
Resumen:
En este trabajo proponemos aproximarnos a caracterizar aspectos del trabajo profesional de les trabajadores sociales del sistema público y municipal de salud en el marco de la pandemia por COVID-19, específicamente desde el año 2020 y centrándonos en las posibilidades de construcción de prácticas de cuidado en un contexto por demás complejo y demandante, donde les trabajadores de la salud fueron y son protagonistas.Estas cuestiones son conocidas para quienes ejercen el Trabajo Social, siendo una de las disciplinas que están trabajando en condiciones de precariedad y/o ejerciendo con aquelles sujetes más afectados por la pandemia, por la recesión y devaluación económica (incluida la de la fuerza de trabajo), por las desigualdades sanitarias y sociales. Sacudiéndose la vida misma, las condiciones en que se trabaja y, en este sentido, la práctica profesional en sí.Celia Iriart (2020) plantea que el sistema de “salud” durante el apogeo neoliberal fue orientado hacia la producción de consumos (de medicamentos, de servicios, de consultas, etc.), no de salud. Despojando a la prevención y promoción de su carácter público, de su vinculación con el agua potable, las cloacas, las posibilidades de vivir en un lugar que no esté contaminado, las vacunas, las pautas colectivas saludables, etc. Y orientándose a su mercantilización, con el consecuente desfinanciamiento del sector público de salud, generándose un deterioro, desvalorización, mayor fragmentación y precarización de sus trabajadores. (…) la propagación del COVID-19 puso al descubierto las limitaciones de los servicios públicos de salud para afrontar un aluvión de casos; la precariedad extrema de las viviendas y la ausencia de servicios urbanos básicos en barriadas populares, villas y asentamientos que imposibilitó un adecuado aislamiento social; sumado a la falta y desigual distribución de recursos profesionales y técnicos en los servicios de salud, educación y otros, como la insuficiente conectividad a internet, hoy convertido en un recurso básico. Más grave aún, antes de la pandemia ya debió declararse la “emergencia alimentaria”, lo que demuestra que se había sobrepasado el límite existencial para la satisfacción de necesidades. (Grassi, 2021: 142)Entorno al sistema de salud, se observó una marcada vuelta al centro de lo público. Pues el mercado cuando el negocio marcha mal pide que el Estado se haga cargo e incluso financie las pérdidas (Iriart, 2020). Y a su vez, destine fondos públicos “para equipar a los servicios estatales que fueron deteriorados en las épocas de las vacas gordas para el sector privado, ya que ahí se atienden, según los neoliberales criollos, los que “caen” en el hospital público.” (Iriart, 2020: 18). La importancia de lo público en salud y de su necesaria universalidad se hace visible cada día. Pues la complejidad de la intervención en cada territorio ha planteado la centralidad de trabajar en torno al fortalecimiento de los sistemas públicos de salud, cuidados y asistenciales. Siendo indispensable la articulación entre los diferentes niveles del Estado y entre el Estado y las organizaciones que están presentes en territorio. Saliendo a luz el valor de tareas y recursos, otrora desvalorizados, ligados al promover, al atender y al cuidar. Pues, como plantea Grassi: “La pandemia también trajo a la luz la necesidad imperiosa de trabajos hasta ahora desconsiderados y mal remunerados, que comprometen fuertemente la intervención humana, incluso la afectividad, cuestionando el supuesto productivista de que sobran trabajadoras/es.” (Grassi, 2021: 143)Situamos este tema en una ciudad intermedia de la provincia de Buenos Aires, considerando que resulta importante conocer y visibilizar las dinámicas singulares de atención y cuidado de la salud que construyen les trabajadores en territorio. El recorte tempo-espacial tiene su base en los cambios en las formas en que se realiza el trabajo en salud en contexto de pandemia, sin desconocer cuestiones contextuales que van más allá de la irrupción de la pandemia. Por lo tanto intentaremos, también, esbozar aspectos centrales en torno a la crisis societal contemporánea, su relación con la pandemia y con el trabajo en salud.Para abordar el tema propuesto, retomaremos reflexiones de compañeres que se desempeñan en instituciones de salud en torno a: sus espacios socio profesionales, procesos de trabajo, limitaciones, posibilidades y desafíos presentes. Dichas reflexiones fueron compartidas en el “Ciclo de Diálogos desde la experiencia en contextos de pandemia: Estado, Políticas Sociales y Prácticas profesionales. Realidades y desafíos”, convocado por las cátedras de Trabajo Social 1 y Estado y Política de Social de la Lic. En Trabajo Social, FCH, UNCPBA durante noviembre de 2020; y en la Mesa Redonda: Salud y Trabajo. Procesos, estrategias y desafíos presentes, actividad realizada en el marco del IX Encuentro Regional de Estudios del Trabajo y Jornadas Regionales Sobre Estado, Políticas Sociales Y Organizaciones Sociales Perspectivas Latinoamericanas realizadas durante agosto de 2021 por PROIEPS, FCH, Unicen. A su vez realizaremos entrevistas a trabajadores del primer nivel de atención de la salud y recuperaremos informes, trabajos académicos y notas periódisticas que tengan relación y nos sitúen en la temática propuesta.Bibliografía citada:GRASSI E. (2021): Necesidades sociales y trabajos para la vida. Una política social pospandemia. En: Revista ConCiencia Social, Vol. 4 Núm. 8 (2021): Narrativas del cuidado en escenarios turbulentos. Licenciatura en Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Córdoba. Disponible en: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ConCienciaSocial/article/view/32879IRIART, C. (2020): Pandemia. Neoliberalismo y Sistema Sanitario Argentino. Colección Liberalibro, UniRío editora, Córdoba, Argentina
#459 |
PROCESOS GREMIALES ALTERNATIVOS EN COLOMBIA, ANTE LA COYUNTURA SOCIAL E INSTITUCIONAL DEL PAÍS.
Carolina Márquez
1
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Diana Alejandra Soto Ossa
2
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Sonia Yurany Arévalo Vásquez
3
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Alexander Naranjo Erazo
1
1 - Asociación de Trabajo Social de Antioquia.
2 - REDTSCOL.
3 - , presidenta de la Asociación de Trabajadores sociales Orinoquía (ATSO).
Resumen:
PROCESOS GREMIALES ALTERNATIVOS EN COLOMBIA, ANTE LA COYUNTURA SOCIAL E INSTITUCIONAL DEL PAÍS.Por:Carolina Márquez[1], Diana Alejandra Soto Ossa[2], Sonia Yurany Arévalo Vásquez[3] y Alexander Naranjo[4] ResumenDurante los últimos años desde el 2016 se han presentado una serie de coyunturas tanto en la realidad nacional como gremial en Colombia. En los distintos momentos se evidenciaron desafíos diversos al colectivo profesional, su capacidad organizativa, presión política y movilización profesional. En cada momento, emergió la necesidad de crear otras formas gremiales alternas, esta historia define tal necesidad donde se generaron creaciones de grupos y organizaciones de juntanza como respuesta a la situación circunstancial, algunos de los hechos movilizadores fue la resolución 16460 del 2 de octubre del Ministerio de Educación Nacional (MEN) (resolución 16460 , 2015), por la cual se reorganiza la Comisión Nacional Intersectorial de Aseguramiento de la Calidad de la Educación Superior (CONACES), se soportaron los cambios generados en la circular 79 del 28 de diciembre del mismo año (Circular 79 MEN, 2015), que se reestructuró mediante CONACES para ubicar al Trabajo Social en la mesa de Salud y Bienestar, con lo cual se inicia un proceso de movilización gremial en el mismo año, para el traslado de la sala de Salud y Bienestar a la de Ciencias Sociales y del comportamiento, a la sala de evaluación de Ciencias sociales, Periodismo e información. Luego de lograr el cambio de la sala de Salud a la de Ciencias sociales, se proyecta la continuidad del proceso gremial y posibilita la creación de la Red de Organizaciones de Trabajo Social de Colombia (REDSCOL), como proceso de las organizaciones alternativas, se continuo trabajando por la restructuración de los organismos o entidades profesionales de Trabajo Social en Colombia como el Consejo Nacional de Trabajo Social (CNTS), la Federación Nacional de Trabajo Social en Colombia (FECTS), y el Consejo Nacional de Educación en Trabajo Social (CONETS), mostraron inicialmente un manejo burocrático hermético de los procesos. Tras 4 años del momento de la sala CONACES se evidencia que las reformas internas de estos organismos profesionales son inexistentes, por tal motivo, con la creación de la REDTSCOL se construye el manifiesto ante la coyuntura en el cual se exponen sus propuestas y exigencias a estas entidades de la profesión en Colombia, resumidas en los siguientes puntos:Nuevos espacios de reflexión gremial que permita convocar asociaciones, colectivos, estudiantes, universidades y organismos profesionales y aprovechando las herramientas virtuales.Ciclos de debates y formación en temas como: estado actual del gremio, revisión de la ley 53 del 77, un plan de trabajo de incidencia política para promover las reformas necesarias en nuestro reglamento profesional, entre otras.Exigir a la FECTS el ingreso libre de asociaciones existentes en el territorio nacional, para renovar las formas de organización y realizar la modificación de estatutos y trabajo del organismo. Al CNTS disponer presupuesto para el apoyo a procesos y espacios regionales, en aras de la democratización. Promover que el CONETS acoja todos los programas de Trabajo Social a nivel nacional aun virtuales e incluyendo representación estudiantil. (REDTSCOL, 2020) Posterior se inició un segundo momento en la coyuntura profesional y es la presentación por parte de CNTS un proyecto de ley del código de ética en el Congreso de la República a inicio de 2020 y el logro de su retiro en enero de 2021 en gran parte por la labor de la REDSCOL sus procesos de reflexión, estudio del documento y cuestionamiento de la legitimidad del proceso del proyecto de ley, con la movilización gremial existente de manera conjunta la articulación y creación de nuevas formas colaborativas alternas gremiales en el país. Adicional a lo anterior, la movilización y protesta social desde el 2019 que, por motivo de la Pandemia, se vieron frenados durante el 2020 pero que sin embargo por los manejos corruptos y poca capacidad de atención de las necesidades de la población por el gobierno de Iván Duque, se reinicia la protesta social el 28 de abril de 2021, como el paro nacional pero que se convirtió en el estallido social con grandes atropellos y crímenes de las fuerzas armadas y civiles aliados al gobierno nacional, que según a junio de 2021 desde Registros del Observatorio de Conflictividades Y DDHH de Indepaz y la ONG Temblores: “75 asesinatos de estos 44 presuntamente de fuerza pública, 83 víctimas de violencia ocular, 28 de violencia sexual, 1832 detenciones arbitrarias, 1468 por violencia física, 3, 486 casos de violencia policial”. Frente a tal coyuntura crítica para la sociedad civil se genera un colectivo profesional denominado Tejido de Trabajo Social, en apoyo a la situación de crisis humanitaria del paro nacional en los barrios populares de Cali y Bogotá, convoco a profesionales a diversas actividades humanitarias de acompañamiento a las comunidades y genero el acercamiento de profesionales a nivel nacional ante la coyuntura. Posterior a todo el proceso continuaron como grupo constituyéndose como Corporación Tejido de Trabajo Social y continúan su ejercicio gremial enfocado en el aporte comunitario, y proponiendo un espacio de independencia, autónomo y alterno a las organizaciones, grupos y asociaciones gremiales tradicionales. [1] Trabajadora Social, integrante de la Junta Directiva de la Asociación de Trabajadores Sociales de Antioquia ATSA y la Red de Organizaciones de Trabajo Social de Colombia (REDSCOL), estudiante de la Maestría en Desarrollo Territorial y Urbano de la Universidad Nacional de Quilmes - Argentina [2] Trabajadora Social, candidata a Mgsc. en Ética y Filosofía Política Universidad del Cauca, Integrante de la Red de Organizaciones de Trabajo Social de Colombia (REDSCOL).[3] Trabajadora social, presidenta de la Asociación de Trabajadores sociales Orinoquía (ATSO). Integrante de la Red de Organizaciones de Trabajo Social de Colombia (REDSCOL).[4] Trabajador Social, integrante de la Junta Directiva de la Asociación de Trabajadores Sociales de Antioquia ATSA y la Red de Organizaciones de Trabajo Social de Colombia (REDSCOL), estudiante de la Maestría en Desarrollo Territorial y Urbano de la Universidad Nacional de Quilmes - Argentina
FCS - D2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#045 |
O Programa Nacional de educação na Reforma Agrária e a formação em Serviço Social:desafios em tempo de pandemia
Maria José Antunes da Silva
1
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Maria Helena Cariaga
1
;
Josenice Ferreira dos Santos Araujo
1
1 - Universidade Federal do Tocantins.
Resumen:
O curso de graduação em Serviço Social do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) é ofertado em convênio com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), tem como objetivo desenvolver o que está posto na política de educação do campo e do PRONERA. No estado do Tocantins, esse projeto iniciou seu processo de organização a partir de 2015 por meio da luta dos trabalhadores rurais dos assentamentos, dos acampamentos da reforma agrária e das comunidades rurais, em conjunto com os professores da UFT do Campus de Miracema-TO. Essas ações culminaram na criação do curso de Serviço Social que se justificou em função da necessidade de qualificar e de aprimorar o conhecimento de jovens e adultos do meio rural, que vivem em situação de miséria crescente, resultado da questão social que os assola. Seus sujeitos principais são as famílias e comunidades dos camponeses, dos pequenos agricultores, dos sem-terra, dos atingidos por barragens, dos ribeirinhos, dos quilombolas, dos pescadores e dos educadores e estudantes das escolas públicas e comunitárias do campo. A educação hoje é uma luta, porque boa parte da população do campo não tem acesso ao direito ao Ensino Superior e ao processo de formação universitária. Os movimentos sociais existentes no campo têm historicamente lutado por seus direitos, como o da formação acadêmica, que é uma demanda recorrente inclusive considerando o
lócus em que vivem. Essas lutas sociais têm gerado diversas conquistas, como os cursos desenvolvidos pelas universidades públicas em parceria com os movimentos sociais e o INCRA, através do PRONERA. Nessa direção, a fim de atender às demandas específicas dessa classe trabalhadora, a formação adotou em seu projeto pedagógico a modalidade de formação da pedagogia da alternância. Compreende-se que essa modalidade de formação, inserindo momentos de tempo-comunidade e tempo-universidade que, além de considerar a realidade desse segmento da população, fortalece a permanência dos jovens no campo em seu território/moradia. Por fim, salientamos que o Bacharelado em Serviço Social presencial vem se consolidando no Brasil, haja vista as experiências de conclusão desse curso em outras universidades públicas. No estado do Tocantins, as cidades que possuem população de até 20 mil habitantes correspondem a 92,8% do total de municípios e abrigam 51% da população, é nesses municípios onde se encontra a população demandatária do projeto. Vale ressaltar que é no campo que as desigualdades sociais são acirradas, com uma vasta concentração de renda da terra para os latifundiários. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), da população brasileira que reside em áreas rurais, quase a metade (46,7%) delas vive em situação de extrema pobreza. Segundo o Anuário Brasileiro da Educação Básica (2012), na zona rural do Tocantins, a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos de idade ou mais é de 13,01%. Tais dados também demonstram o quanto é necessário o investimento em educação para a população da zona rural. O Estado conta com 540 assentamentos da reforma agrária, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (SEAGRO, 2015), onde habitam 42 mil famílias que são responsáveis pela produção de alimentos, como farinha, arroz, leite, frutas, carnes (frango, suíno e bovino) e frutas. A realização desse curso em parceria com o INCRA vem demandando uma série de desafios para a sua materialização. Esse projeto foi aprovado primeiramente pelo INCRA-TO, em 2015. No entanto, o curso iniciou somente em 2019. Esse longo processo para sua aprovação ocorreu em função dos sucessivos atrasos no repasse de recurso, pois foi aprovado um Termo de execução descentralizado (TED) em 09/2017, com o primeiro repasse referente ao valor somente da realização do processo de vestibular somente em 2018. Os atrasos financeiros impactam em um número reduzido de acadêmicos que ingressaram no curso, pois o projeto foi criado para atender 60 acadêmicos. Essa redução de alunos implicou na redução do TED e provocou um impacto direto no orçamento para sua execução, já que o valor do orçamento do custo aluno/ano diminuiu em função da quantidade de estudantes, e a maioria dos custos de manutenção do curso com as aulas e os materiais congêneres não se alteram. Ao contrário, houve aumento significativo, considerando que o valor inicial de custo/aluno não foi atualizado desde o ano de 2015. Todas essas questões levaram a equipe responsável pela execução do curso a solicitar uma emenda parlamentar para garantir o andamento do Curso de Serviço Social. Todavia os desafios enfrentados não são apenas os referentes aos recursos insuficientes, mas consideram-se outras questões também relacionadas aos estudantes, sendo elas: a viagem de acadêmicos de cidades distantes, com assentamentos com estradas precárias, com acampamento inadequado no tempo-escola, com evidências de discriminações dentro da universidade e
lócus de elitização. De 2020 até a atualidade, todos esses desafios foram agravados, com a chegada da pandemia da Covid-19, quando foram ofertadas algumas disciplinas online, porém muitos estudantes desistiram ou ficaram sem conseguir acompanhar as atividades nessa modalidade, pois não possuíam acesso à internet, e outros não dispunham de equipamentos digitais. Além disso, muitos estudantes tiveram que buscar formas de sobrevivência por meio de trabalho fora do assentamento. Houve a necessidade de readequar as aulas, as ofertas de disciplinas e demais questões pedagógicas relacionadas às atividades de campo a serem realizadas pelos estudantes e também pelos professores que ministram as disciplinas relacionadas ao acompanhamento direto dos alunos em campo. Entende-se o Serviço Social enquanto profissão inserida nos processos históricos, onde as condições e as relações sociais nas quais se inscrevem se dão a partir das transformações decorrentes da conjuntura econômica, social e política que possuem rebatimentos na profissão. O curso de Serviço Social/PRONERA da UFT reafirma esse compromisso colocado pelas diretrizes curriculares e aponta a direção social consubstanciada na releitura crítica da dimensão histórica e cultural da profissão.
#059 |
El debate sobre Trabajo y “Cuestión Social” en la formación en Trabajo Social en Brasil
Reginaldo Ghiraldelli
1
1 - Universidad de Brasília.
Resumen:
Este texto presenta reflexiones teóricas sobre la centralidad del Trabajo y la "Cuestión Social" para la formación en Trabajo Social en Brasil, a partir de las Directrices Curriculares aprobadas por la Asociación Brasileña de Enseñanza e Investigación en Trabajo Social (ABEPSS) en 1996. El debate sobre la categoría Trabajo y la “Cuestión Social” ganó importancia, notoriedad y densidad en la década de 1980 en Brasil, como resultado del proceso de Reconceptualización que tuvo lugar en América Latina. La elaboración y aprobación de las Directrices Curriculares en 1996, así como la aprobación del Código de Ética Profesional de 1993 y de la Ley de Regulación de la Profesión, también de 1993, constituyen un patrimonio teórico, ético y político indiscutible del Trabajo Social brasileño. Al situar el Trabajo Social en la realidad, considerando su significado social y su proceso en la historia y la dinámica de la sociedad capitalista, las Directrices Curriculares apuntan a la aprehensión de determinaciones históricas y contradictorias que alteran las relaciones sociales y la propia profesión. Desde una aprehensión materialista, dialéctica e histórica de la realidad social, entiende el Trabajo Social como una profesión inscrita en la división social y técnica del trabajo. Como profesión eminentemente intervencionista y reconociendo también su dimensión investigativa, las Directrices Curriculares reconocen la “Cuestión Social” como base de la existencia del Trabajo Social. Las Directrices Curriculares presentan la centralidad del Trabajo y la “Cuestión Social” como dimensiones fundamentales en el proceso de formación profesional como forma de entender la sociabilidad capitalista, desde una perspectiva de totalidad, sin perder de vista las mediaciones, complejidades y contradicciones que permean la vida social y las luchas de clases. La idea de centralidad de estos temas en el proceso de formación profesional no significa jerarquizar y priorizar determinados contenidos y disciplinas. Por el contrario, entre los principios de las Directrices Curriculares se encuentra la necesidad de la transversalidad entre las materias y los contenidos que se desarrollan en las disciplinas, seminários y demás actividades previstas en los proyectos pedagógicos. La reformulación curricular de 1996, con el propósito de enfrentar los problemas presentes en el currículo de 1982, destaca la “Cuestión Social”, enfatizando la importancia y el reconocimiento del significado social de la profesión, su estatuto profesional, su inserción en la división sociotécnica como especialización del trabajo colectivo y el ejercicio profesional inserto en los procesos de trabajo. Considerar el Trabajo Social como una especialización del trabajo colectivo presupone demarcar la centralidad de la categoría trabajo como elemento estructurante de la vida social. El proyecto de formación profesional materializado en las Directrices Curriculares reconoce también la “Cuestión Social” como base de la fundamentación socio-histórica de la profesión en la sociedad, considerando las mediaciones históricas y las relaciones regionales, territoriales, de clase, género, raza, etnia y sexualidad. La “Cuestión Social” se entiende en sus múltiples determinaciones económicas, políticas, sociales, culturales y regionales a partir de la ley general de acumulación capitalista, las luchas sociales de la clase obrera y las respuestas e intervenciones del Estado a través de la formulación e implementación de políticas sociales. En las Directrices Curriculares, el Trabajo es considerado una actividad central en la constitución del ser social. El enfoque del Trabajo y del proceso de trabajo, tal como se establece en las Directrices Curriculares, no reduce el Trabajo Social a los instrumentos técnicos y operativos de la acción profesional. La dimensión técnico-operativa es también parte fundamental de las dimensiones constitutivas de la profesión. Las Directrices Curriculares enfatizan entre sus principios la formación teórico-metodológica, ético-política y técnico-operativa, lo que no implica jerarquías de estos componentes. Desde la aprobación de las Directrices Curriculares de la ABEPSS en 1996, han sido numerosos los desafíos para la implementación de los principios establecidos en el documento de las Directrices para asumir un parámetro integrador y orientador para los cursos de Trabajo Social en Brasil. En el contexto de las transformaciones sociales, los cambios coyunturales en la educación superior brasileña también contribuyeron para los impasses en la implementación de las Directrices en las Universidades públicas y privadas. Desde la década de 1990, en un contexto neoliberal, hubo un fuerte embate de mercantilización de la educación superior brasileña, con énfasis en la expansión de los cursos privados y, a partir de la década de 2000, también con la masificación de la educación a distancia (EaD). Otro elemento de esta coyuntura son las precarias condiciones de trabajo docente que afectan tanto a la educación pública como a la privada. Asimismo, en los últimos años, ante un proyecto político-económico de gobierno con rasgos conservadores, se vive la censura al pensamiento crítico y un fuerte ataque a la ciencia y a la universidad en su conjunto, en un escenario de desmantelamiento en la política educativa. Por eso es fundamental comprender el concepto de Trabajo y la “Cuestión Social” que orienta los proyectos pedagógicos de las carreras de Trabajo Social. Es importante pensar en la perspectiva del proceso histórico y observar los pasos y avances significativos en el campo de la formación en Trabajo Social y en la profesión en su conjunto. En las últimas décadas se han hecho muchos esfuerzos colectivos para superar una formación fragmentada, tecnicista, acrítica y ecléctica. Las Directrices Curriculares de la ABEPSS de 1996 simbolizan un progreso en el sentido de establecer, entre sus principios, la defensa de la calidad, una formación crítica que favorezca la transversalidad y la dialogicidad entre los contenidos y componentes curriculares. Es una tarea continua buscar una formación competente que no responda únicamente a los intereses, demandas y necesidades del mercado de trabajo. Se necesita una formación sólida, crítica y de calidad que vaya más allá de las exigencias del mercado laboral. O sea, una formación que tenga una dirección social sustentada en la crítica a la sociabilidad capitalista, teniendo como referencia el proyecto ético-político profesional en el que se vislumbra la perspectiva de la emancipación humana.
#065 |
Pensamento Decolonial: um debate epistemológico emergente que desafia a formação em serviço social
Vera Lúcia Ermida Barbosa
1
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Isabel Sousa
2
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Rita Freitas
3
1 - Universidade de Évora; Universidade Lusíada de Lisboa.
2 - Universidade Lusíada de Lisboa.
3 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
Esta comunicação propõe uma reflexão acerca das possíveis contribuições do pensamento decolonial para o serviço social. Considera a colonialidade e a decolonialidade ferramentas de análise potentes para o projeto ético e político da profissão. Na perspectiva da formação, o projeto epistêmico e político decolonial oferece uma diversidade teórica, política e pedagógica capaz de complexificar e questionar a lógica moderna/ocidental/capitalista/eurocentrada/colonial/patriarcal, evidenciando categorias e conceitos úteis a prática e a produção científica na perspectiva crítica. A abordagem se apoia na pesquisa em curso desenvolvida no Doutorado em Serviço Social no Instituto Superior de Serviço Social da Universidade Lusíada de Lisboa intitulada “Serviço Social Decolonial: um estudo sobre os debates teóricos emergentes e a formação em serviço social nos contextos português e brasileiro”. As últimas três décadas foram marcadas por uma renovação no pensamento crítico latino americano e caribenho que desafiou os cânones teóricos e explicativos das ciências sociais. Tratou-se de uma resposta a chamada crise da modernidade, ao avanço do capitalismo global e neoliberal, aos movimentos de diversidade e aos fenômenos sociais. A reflexão decolonial se constituiu como uma corrente crítica de pensamento, ação e experiência social engendrado a partir da América Latina e Caribe em finais da década de 1980. É um movimento teórico e um projeto de deslocamento epistêmico na esfera social e no âmbito acadêmico que não pretende ser uma teoria única e explicativa do social, mas antes uma opção que se articula com diversas perspectivas críticas como a teoria da dependência, a filosofia da libertação, sistema mundo moderno colonial, marxismos, estudos pós-coloniais, culturais, subalternos e feministas, educação popular e metodologias participativas. Os debates e apropriações do pensamento decolonial vêm se dando com intensidade distinta nas disciplinas, cursos de graduação e pós-graduação de áreas diversas. No serviço social as reflexões decoloniais ainda são incipientes, ou mesmo inexistentes, e são escassos os artigos publicados que problematizem as suas contribuições para a profissão. Em países como Costa Rica, Chile, Argentina e Colômbia, merecem ser evidenciados os esforços de alguns autores/as que têm contribuído para o avanço dos debates. Também é possível encontrar reflexões que articulam a decolonialidade e o serviço social em livros, periódicos científicos e textos acadêmicos oriundos de autores e autoras da África do Sul, Austrália e Inglaterra. Ainda que o pensamento decolonial se configure um tema ainda pouco “atraente” para o serviço social, é incontornável admitir que se trata de um debate emergente e consistente, que agrega uma diversidade de movimentos teóricos de caráter crítico, ético, político e metodológico que têm contribuições a oferecer a todas as disciplinas. No campo disciplinar ligado ao social, é necessária a articulação da decolonialidade com o serviço social, uma vez que a história da profissão está profundamente enredada em estruturas eurocêntricas e fundada em relações de poder, privilégio, branquitude e opressão de gênero. No cotidiano social, onde se efetivam as intervenções junto a pessoas e grupos diversos, gestando relações intersubjetivas e estruturais, o enfoque sobre a diversidade deve fazer parte da práxis. Nesse sentido, a ação descolonial necessita promover processos que articulem os cenários micro, meso e macro sociais. No campo dos saberes, as humanidades e as ciências não deixaram de adotar um modo de pensar o conhecimento, de transmiti-lo e de aplicá-lo como modelo de progresso e de crescimento. Nesse sentido, a crítica a legitimação de conhecimento a partir da modernidade assenta no reconhecimento de que todo o conhecimento é um conhecimento válido, situado histórica, corporal e geopoliticamente. O serviço social, assim como as ciências sociais, protagonizou um papel significativo na sobrevivência da colonialidade do poder, do saber e do ser. Sua descolonização e transição para a decolonialidade são fundamentais, tendo em vista serem geradoras de conhecimentos, teorias e métodos de intervenção. Como parte de um processo contínuo, a descolonização do serviço social deve contaminar a formação, pois requer um esforço concentrado para desconstruir as estruturas das heranças coloniais a fim de reimaginar e mudar a educação e prática de serviço social. A perspectiva crítica decolonial e intercultural instrumentaliza um serviço social comprometido em questionar e interpelar os discursos hegemônicos, etno/eurocêntricos, racistas, sexistas, heteronormativos, homofóbicos e xenofóbicos que subalternizam, discriminam, deslegitimam e invisibilizam outras formas de viver, criar e gerir subjetividades, vida social e produção de conhecimento. No âmbito da produção científica, o serviço social se beneficia do privilégio da sua identidade interventiva, que se constitui um campo amplo de vivência, investigação e participação social. A reconfiguração da profissão na perspectiva crítica decolonial deve se voltar para a construção de outras formas de dialogar com as ciências sociais a partir de aportes oriundos de construções do social, humana e política que acolham saberes diversos e subalternos. As aproximações entre o pensamento decolonial e o serviço social é um debate emergente. Ainda que escassas as reflexões e apropriações teóricas e metodológicas do tema a nível mundial, é possível identificar um movimento crescente e consistente na academia e na prática que vem problematizando o campo profissional na perspectiva decolonial. Observa-se que, assim como se originou na América Latina a sistematização da colonialidade como conceito analítico e o desenvolvimento da reflexão decolonial como projeto ético, político e humano, têm sido também a partir desse continente as produções de maior volume e consistência que se voltam para um serviço social decolonial. As produções teóricas evidenciam que categorias e conceitos decoloniais são apropriáveis e úteis para a profissão no campo da prática e da produção científica de viés crítico. Em articulação, este conjunto de ferramentas possibilitam desvelar a colonialidade onipresente desde o poder, saber, ser e fazer, possibilitando a geração de processos de transformação nas práticas profissionais, na produção científica e na sociedade.
#076 |
Retos en la formación profesional para abordar los ODS 2030
Mario Villarreal
1
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Karen Gil González
2
1 - Universidad Nacional Villa María.
2 - Fundación universitaria "Juan de Castellanos".
Resumen:
La ponencia presenta los avances del proyecto “Trabajo social y ODS 2030” que surgió de una acción de internacionalización de las universidades CECAR – Corporación del caribe (Colombia) y Universidad nacional Villa María (Argentina).Los 17 Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS) pretenden ser un instrumento a nivel mundial para erradicar la pobreza y disminuir las desigualdades y vulnerabilidades, bajo el paradigma del desarrollo humano sostenible.Esto nos plantea el desafío de pensar dispositivos de formación y diseminación que impliquen la complejización en el abordaje de “lo social". La multidimensionalidad de los “problemas sociales”, la lectura desde la totalidad y la historización de los fenómenos de desigualdad, catástrofe ecológica, violencia de género, entre otras situaciones problemáticas que afectan las poblaciones con las cuales se trabaja desde las políticas sociales ámbito privilegiado de inserción profesional de los/as trabajadores/as sociales.Ante tamaño desafío se impulsa desde el proyecto “Trabajo social y ODS 2030” la producción de una Serie de podcast que analiza y reflexiona en torno al Trabajo Social y los ODS 2030.El trabajo recupera los lineamientos planteados sobre la necesidad de alianzas multiactorales para el logro de los Objetivos de Desarrollo Sostenible 2030 planteados por la Organización de las Naciones Unidas.Las universidades tienen un rol tanto en la producción de conocimiento como aliado fundamental en iniciativas que busquen el cumplimiento de los ODS 2030.
#079 |
A importância do debate sobre lutas de classes, movimentos sociais e direitos na formação profissional em Serviço Social no Brasil
Michelly Elias
1
1 - Universidade de Brasília.
Resumen:
Diante da docência exercida sobre a temática dos movimentos sociais há mais de dez anos em Cursos de graduação em Serviço Social, a reflexão aqui apresentada visa contribuir com o debate acerca da relação entre lutas de classes, movimentos sociais e direitos, tendo como referência sócio-histórica as especificidades da realidade brasileira. Essa reflexão se dá nos marcos do conteúdo que está previsto no atual projeto de formação profissional do Serviço Social brasileiro. Nesta concepção e conforme consta no documento “Diretrizes Curriculares elaboradas pela equipe de especialistas de 1999”, a temática dos movimentos sociais está vinculada ao tópico de estudo “classes e movimentos sociais”, devendo contribuir por meio desse enfoque com o conhecimento dos “diferentes níveis de apreensão da realidade social e profissional, subsidiando a intervenção do Serviço Social” (ABEPSS, 1999, p. 4). Vinculado a isso, a estrutura curricular sistematizada nas Diretrizes compreende os movimentos sociais enquanto fenômeno indissociável da constituição e das múltiplas expressões da “questão social”, concebida enquanto “eixo fundante da profissão e articulador dos conteúdos da formação profissional” (ABEPSS, 1999, p. 4), sendo que “a questão social tem a ver com a emergência da classe operária e seu ingresso no cenário político, por meio das lutas desencadeadas em prol dos direitos atinentes ao trabalho, exigindo seu reconhecimento como classe pelo bloco do poder, em especial, pelo Estado”. (IAMAMOTO, 2001, p. 17). Nesse sentido, ao se reconhecer que as lutas da classe trabalhadora se constituem em um aspecto fundamental da “questão social”, ou seja, que “decifrar a questão social é também demonstrar as particulares formas de luta e de resistência acionadas pelos indivíduos sociais frente à questão social” (MARRO et. al., 2021, p.265) aponta-se a importância de estudos e debates que tratam dessa temática, considerando principalmente o contexto da realidade brasileira. Partindo dessas referências e ao se compreender os movimentos sociais, como “modos de contestação contra as diferentes formas de exploração e dominação que emergem no capitalismo contemporâneo [...]” (GALVÃO, 2012, p. 256), aponta-se duas dimensões que devem ser consideradas ao se conceber os movimentos sociais sob essa ótica. A primeira, a de entender como que os movimentos sociais se relacionam com a dinâmica das lutas de classes que são características da sociedade burguesa, e a segunda a de como que os movimentos sociais atuam no âmbito da luta por direitos, influenciando no processo de constituição das políticas públicas.Assim, ao se considerar o contexto histórico das décadas de 1970 e 1980, período a partir do qual os movimentos sociais adquiriram significativa importância no âmbito das lutas de classes no Brasil, e ao se situar as atuações dos principais movimentos sociais existentes em torno das lutas por direitos entre os anos de 2003 a 2016, considerando que este período teve contraditoriamente significativos avanços no campo das políticas e dos direitos sociais, apesar da continuidade da hegemonia neoliberal; enquanto momentos históricos importantes para a análise dessa temática sob essa perspectiva, situa-se os movimentos sociais como uma das diversas expressões das lutas sociais existentes contra as formas de exploração e dominação estabelecidas na sociedade burguesa.Diante dessa concepção se considera o sentido do estudo dos movimentos sociais enquanto parte das lutas que “são constitutivas do nosso trabalho profissional e da materialização das diretrizes curriculares, o que pressupõe que os movimentos sociais não podem ser apêndices na formação profissional, mas são parte estruturante na vinculação com as áreas de fundamentação” (MARRO, et. al, 2021, p. 269) que compreendem os núcleos de fundamentos teórico-metodológicos da vida social; fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira; e fundamentos do trabalho profissional. Assim, buscando contribuir com o debate que envolve a relação entre lutas de classes, movimentos sociais e direitos, entendendo que este é um dos eixos de análise que explicitam como que os movimentos sociais se relacionam com os eixos da formação profissional em Serviço Social, aponta-se que o importante papel exercido pelos movimentos sociais desde a década de 1970 e 1980 no campo das lutas de classes através da luta por direitos, demonstra a potencialidade da ação desses movimentos no sentido de tensionar o modelo de dominação e exploração estabelecido pelo capitalismo dependente e sua lógica de
superexploração do trabalho, os quais negaram historicamente o efetivo acesso aos direitos de cidadania para a maioria da classe trabalhadora brasileira. De maneira que qualquer processo que envolva a ampliação dos direitos e das políticas públicas – principalmente as políticas sociais – com as quais a (o) Assistente Social trabalha, está diretamente vinculado ao fortalecimento das lutas e da atuação desses movimentos.Nesse sentido, entender as contradições que permeiam as possibilidades e os limites dos movimentos sociais enquanto sujeitos de políticas públicas, principalmente em países de capitalismo dependente como o Brasil, é fundamental para que o Serviço Social compreenda do ponto de vista crítico as condições objetivas que estão colocadas para a sua atuação profissional. Aspectos que demonstram porque a temática dos movimentos sociais ao ser situada no campo da relação entre “questão social”, lutas sociais e Serviço Social, deve perpassar o conjunto da formação profissional, conforme está previsto nas Diretrizes Curriculares de 1996 do atual projeto de formação profissional do Serviço Social brasileiro.
14:00 - 16:00
Eje 5.
- Ponencias presenciales
5. Trabajo social política sociales y sujetos de intervención
#294 |
Tensiones del Tejido familiar familiar en la pandemia y la voz colectiva de las IES ecuatorianas
Daisy Astrid Valdivieso Salazar
1
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Johana Elízabeth Vargas López
1
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Paola Gallardo
1
1 - Universidad Central del Ecuador.
Resumen:
El presente trabajo responde a una investigación colectiva que surge en el año 2020, en el marco de la crisis ocasionada por la pandemia de la COVID-19 a nivel mundial[1], a traves de ANUATSE[2]. El objetivo consistió en evidenciar la realidad de las familias que viven en Ecuador para generar discusión en la academia, visibilizarlas y analizar el impacto que causó debido a las medidas económicas y de bioseguridad impuestas por el Estado. Si bien se orientaron a prevenir mayor propagación de la enfermedad y muerte de seres humanos, la política pública ecuatoriana no pudo sostener la demanda social.La pandemia de la COVID 19 a nivel mundial dejó serias fracturas sociales, en la salud y la vida de las personas a raíz de diciembre de 2019[3]. Su impacto causó afectación incrementando el índice de desempleo, ausentismo escolar, feminización de la pobreza, abandono, feminización del cuidado a personas con discapacidad, incremento de la violencia, afectación a la salud y muerte (Longo, et al, 2020).El impacto a consecuencia de la COVID 19 a nivel mundial, produjo graves afectaciones en la salud de las personas y en su calidad de vida y su implicancia directa en las mujeres principalmente en América Latina. Para Meresman y Ullman, (2020), el trabajo doméstico y el cuidado no remunerado fueron condiciones comunes en América Latina y que no pasan desapercibidas en la realidad ecuatoriana. “la economía ecuatoriana ya enfrentaba un oscuro panorama como resultado de la deuda externa e inestabilidad política (…), desempleo masivo, baja salarial. (Jumbo, et al, 2020, p.106). Bajo esta mirada, la probabilidad de acceso a políticas públicas para favorecer la aplicación de medidas intersectoriales se complejizaron. La “reducción de recortes de jornadas laborales, (…) reestructuración de la deuda pública, (…) reducción de salarios entre 45 y 50%” (Paz, et al, 2020, p. 59), directamente relacionadas con las brechas de pobreza, violencia y exclusión. Como consecuencia, Ecuador fue uno de los países que sufrió uno de los mayores impactos en comparación con el resto de países de América Latina. “América Latina y el Caribe enfrentan la pandemia desde una posición más débil que la del resto del mundo”. (CEPAL, 2020, p.5). La revista Gestión (2020), anunciaba el impacto que sufrirían las poblaciones en condición de atención prioritaria[4]. Asimismo, la ONU- MUJERES (2020), destacaba la afectación y vulnerabilidad femenina cuando las profesiones denominadas “no esenciales”, son realizadas por mujeres (87%). Bajo esta misma línea, el Consejo Nacional para la Igualdad de Género (2020, p.1) problematiza la condición de las mujeres en su vida cotidiana que durante la pandemia las subsumió en el silencio sin respuestas institucionales. La dependencia económica y la imposición de “roles de género tradicionalmente asignados” fueron elementos que las situaron en condición de mayor vulnerabilidad.[5] Para la investigación se aplicó un consentimiento informado, con una metodología transversal, descriptiva de tipo mixto con análisis factorial exploratorio; muestreo probabilístico utilizando la fórmula de poblaciones finitas, donde se realizó el cálculo a partir del número total de famílias participantes al momento del estudio (6700 personas a septiembre de 2021); con un intervalo de confianza del 95%, una tasa de error aceptable del 5% y una muestra de 300 personas. Se utilizó el Modelo Ecológico de Ungar (2003), cuya perspectiva teórica conductual cognitiva, sistémica y funcionalista más que un dato se orientaba a entender la cotidianidad de la vida de las mujeres y sus familias; así como brindar respuestas institucionales y devolver a sus actores los resultados como reflexión colectiva.Para la investigación cualitativa se aplicó un cuestionario a través de una guía de entrevista semi - abierta.La investigación identifica la agudización de las tensiones en el tejido familiar, la condición de las familias, el enfoque de la política pública, el rol de las mujeres en Ecuador durante la pandemia y post pandemia. El “rol de cuidado” impuesto a la mujer” que refleja la crisis de abandono y exclusión. Sus luchas y resistencias. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:Cepal, N. U. (2020). América Latina y el Caribe ante la pandemia del COVID-19: efectos económicos y sociales.CIFUENTES-FAURA, J. (2020). Crisis del coronavirus: impacto y medidas económicas en Europa y en el mundo. Espaço e Economia. Revista brasileira de geografia econômica, (18).Gestión Digital. (25 de octubre de 2020). Gestión Digital. Obtenido de La pobreza, V7-N2 abril, 2022 290 Pobreza en el Ecuador durante la pandemia COVID-19 | doi.org/10.33386/593dp.2022.2.1057 a pobreza, el saldo más trágico que dejará el COVID en el país, en https://www.revistagestion.ec/sociedad-analisis/la-pobreza-el-saldo-mas-tragico-que-dejara-el-covid-en-el-paisJumbo Ordóñez, D. P., Campuzano Vásquez, J. A., Vega Jaramillo, F. Y., & Luna Romero, Á. E. (2020). Crisis económicas y covid-19 en Ecuador: impacto en las exportaciones.
Revista Universidad y Sociedad,
12(6), 103-110.Longo, R., Lenta, M. M., & Lapadula, M. (2020). Géneros, prevención y COVID-19.ONU MUJERES (2020). La Covid 19 ensanchará la brecha de pobreza de mujeres y hombres, según los nuevos datos de la ONU MUJERES Y EL PNUD, disponible enPaz-Gómez, D. M., & Santelices Enríquez, M. C. (2020). Capacidades de política en tiempos de Covid-19: Comprendiendo las respuestas económicas de Colombia y Ecuador. Análisis Político, 33(100), 72-91.Pertegal-Felices, Valdivieso, Espín, Jimeno, (2022). Resilience and academic dropout in Ecuadorian university students during COVID-19. Ver en https://www.frontiersin.org/about/author-guidelines [1] Según la Organización Mundial de la Salud, (OMS), el primer caso identificado en (Wuhan -China)[1] y el impacto generó la enfermedad y muerte de 6 millones de seres humanos. [2] participación de 11 universidades ecuatorianas integrantes de ANUATSE, Universidad Central del Ecuador, Universidad Eloy Alfaro de Manabí, Universidad Técnica de Ambato, Universidad de Cuenca, Universidad Católica de Cuenca, Universidad de Loja, Universidad de Esmeraldas.[3] (Wuhan (China) primer caso detectado caso detectado. [4] La Revista gestión 2020, en octubre 25, señalaba que la pobreza por ingresos se venía reduciendo de a poco en el Ecuador; sin embargo anunciaba que 7,4 millones de hogares sufrirán privaciones de bienes y derechos básico[5] Según la revista STATISTA, para abril, 24 de 2022, en Asia, Continente en donde se origina el brote los decesos tanto como en Europa, los decesos fueron menores a las de América latina.
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La Violencia de Genero en tiempo de Pandemia y Trabajo Social
Rosario Margarita Romero Aguilar
1
1 - Instituto Nacional Materno perinatal.
Resumen:
La Violencia de Género o Violencia contra la Mujer, es el maltrato que las mujeres soportan desde antes del nacimiento, durante el ciclo de vida y hasta la muerte solo por la condición de ser Mujer. Muchas veces avaladas por una sociedad con un pensamiento colectivo social e históricamente patriarcal y machista. Las Naciones Unidas han definido la Violencia contra la Mujer como “ todo acto de violencia basado en el genero que tiene como resultado posible o real un daño físico, sexual o psicológico, inclusive las amenazas, la coerción o la privación arbitraria de la libertad, ya sea que ocurra en la vida pública o en la privada ”. En la Conferencia Mundial sobre Derechos Humanos, se afirma “ Los derechos humanos de las mujeres y la niña, son parte inalienable, integrante e indivisible de los derechos humanos universales ” La violencia de genero es un problema social , el rol que tiene la familia, la educación y la sociedad son factores preponderantes y determinantes en la vida de las personas. Las formas de comportamiento a través de patrones socio culturales o maneras de crianzas fundamenta el trato hacia la niña, la adolescente, la mujer y la adulta mayor.Pandemia es la enfermedad que se extiende a muchos países atacando a casi todos los individuos de una localidad o región. En este caso el Covid 19 o Coronavirus es una enfermedad infecciosa provocada por el virus SARS-CoV-2. Se inicia el 1° de Diciembre 2019 en Wuham, China. El 06 de Marzo 2020 se confirma el primer caso en Perú , a fin de contener y controlar la propagación el gobierno peruano declara Estado de Emergencia y Cuarentena . En América Latina y Caribe se tiene un 32.1 % de muerte por Covid 19, siendo su población apenas un 8.4%de la población mundial . Las desigualdades están relacionadas en la capacidad de protección respecto al contagio mayor incidencia de comorbilidad se asocian con un mayor contagio y muerte , asimismo con la vulnerabilidad socio económica y hacinamientoLa pandemia de Covid19 ha expuesto las debilidades y la incapacidad de los Estados Neoliberales en nuestra región para frenar los abusos y asegurar los servicios de salud publica, estructuras sociales y el aumento de desempleo y pobreza. En el Perú con 213,000 muertes y un 30% de la población en situación de pobreza, por un Estado Neoliberal incapaz de controlar la pandemia. El Trabajador Social ante la Violencia de Genero en tiempo de la pandemia Covid 19 , que ha afectado a la mujer y la vida de millones de personas en todo el mundo. Las cuarentenas han generado la convivencia familiar tras varias semanas en aislamiento social obligatorio los miembros pueden experimentar emociones negativas muchas de ellas en contra de la mujer. Según datos de la ONU-MUJER, desde que se desato el brote de Covid19 los informes y datos revelan que se ha intensificado todo tipo de violencia contra las mujeres y las niñas. La convivencia forzada en los hogares peruanos ha dejado un incremento en la Violencia contra la mujer. Según el Observatorio de Criminalística del Ministerio Publico de Perú , el 60% de los feminicidios ocurren en el hogar . En el año 2021 tiempo de Covid 19 según el Registro de Certificados de Nacidos Vivo 1,699 menores de entre 12 y 17 años se convirtieron en madres . En el primer año de la Pandemia de Covid 19 aumentó el número de internos por violación sexual a mujeres . Frente a un Estado Neoliberal, fundamentalista con un poder religiosos y conservador el cual persiste con una ideología de Genero hacia un machismo, es necesario la difusión de los derechos de la Mujer dentro de la familia, la sensibilización de la Comunidad en contra de la Violencia de la Mujer en tiempos de confinamientos por la pandemia de Covid19 CONCLUSIONES El Trabajador Social debe participar en el proceso de intervención en la Violencia de Genero en tiempo de Pandemia Covid 19 desde una perspectiva de observar y analizar la realidad actual ante un nuevo escenario de esta problemática social.Combatir la Violencia de Genero en tiempo de confinamiento por la pandemia Covid19 por medio de organizaciones , autoridades, sociedad civil y plataformas en Redes ( MeToo) Impulsar el Empoderamiento de las Mujeres en tiempo de Covid 19 estrechando las brechas de desigualdad de Genero.Propiciar el cambio de patrones de desigualdad de genero por medio de Campañas Nacionales de educación .Apoyar la creación de un Registro Nacional Público de Agresores contra las Mujeres Fortalecer los Programas sociales en caso de Violencia contra la Mujer ( Línea 100, Chat 100 )BIBLIOGRAFIASONU-MUJER , La Pandemia en la Sombra: Violencia contra las Mujeres durante el confinamiento, on line , www.unwomen.orgPERÚ, Incremento de la Violencia Familiar durante la cuarentena , on line , www.medialab.unmsm.edu.pePERÚ, Observatorio de Criminalidad del Ministerio Público, on line, www.mpfn.gob.pePROMUDEH, Violencia Familiar desde una Perspectiva de Género, Editorial Ministerio de Promoción de la Mujer y desarrollo Humano, Lima- Perú. Octubre 2000
#307 |
SERVIÇO SOCIAL, EDUCAÇÃO E PANDEMIA
MARIA CELESTE MELO DA CRUZ
1
1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARIANGÁ(UEM).
Resumen:
O artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre Educação de Ensino Superior Pública e as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no Brasil em tempos de pandemia. A discussão será realizada através de reflexões tendo como referência literatura pertinente ao tema produzida e construída no período pandêmico. Sabe que naquele período foram realizadas atividades acadêmicas tais como: aulas remotas, reuniões, lives, palestras, webinários, cursos através de videoconferências. Dessa forma, no primeiro momento discutiremos 1.1. sobre a educação pública de ensino superior da Brasil, tendo como referência a experiência das Universidades do estado do Paraná/Brasil. Apresentaremos uma reflexão sobre o descaso governamental nos últimos anos, que implicou numa precarização crônica do processo de trabalho dos/as docentes. Apresentaremos então, uma discussão sobre os desafios cotidianos dos/as professores/as em conseguir manter o padrão de qualidade exigido neste âmbito laboral. 1.2. Discutiremos sobre a Educação e as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no período da pandemia. Faremos apresentação da ascensão histórica da era digital, particularmente sobre as TDICs no meio educacional. Importa salientar que as tecnologias possuem um potencial formativo que pode contribuir para o ensino-aprendizagem, mas também apresentam desafios diante do quadro de precarização do trabalho docente e do acesso às tecnologias por toda a comunidade acadêmica. No segundo momento, 2.1. apresentaremos uma reflexão sobre a profissão de Serviço Social, trajetória histórica e importância na sociedade brasileira. 2.2. Apresentaremos neste item, a interface entre a profissão de Serviço Social e a Política de Educação, no que diz respeito à docência. Como foram os desafios dos/as docentes/as dos cursos de Serviço Social no trabalho remoto, no período pandêmico e a utilização do uso das TDICs. Desafios estes, que foram somados aos desafios já existentes no quadro de precarização. E por fim, fazer uma análise reflexiva sobre tecnologia na educação nesta nova era do digital.
#318 |
Y cuanto aprendimos? Análisis del impacto de la excepcionalidad escolar por Covid-19, en un grupo de alumnos de una escuela primaria rural del interior de la ciudad de Córdoba, Argentina.
Maria Elena FLORES
1
1 - Universidad Nacional de Cordoba.
Resumen:
La ponencia intenta problematizar el impacto que el Aislamiento social, preventivo y obligatorio (Aspo) tuvo en el proceso de aprendizaje de un grupo de alumnos de una escuela rural del interior de la ciudad de Córdoba, Argentina.En la línea de los estudios que intentan mirar los procesos de aprendizajes desde estudios micro-sociológicos que permiten comprender las múltiples realidades escolares.Desde un escenario como el apoyo escolar desde una organización social, se acompaño a los niños durante los dos años del Aspo, para que pudieran completar sus procesos escolares.La ponencia busca describir esos procesos, problematizarlos, interrogar y revisar las practicas organizativas que se desplegaron para apoyar a los niños/niñas que no podían asistir a la escuela como siempre lo habían hecho.
#362 |
Trabajos de(s)cuidados en tiempos de pandemia: vivencias, conflictos y estrategias del ejercicio profesional en los servicios de salud
María Alejandra Wagner
1
1 - IETSyS, FACULTAD DE TRABAJO SOCIAL, UNLP.
Resumen:
Esta ponencia deriva de la labor de una línea de investigación que venimos desarrollando en relación a la salud de las trabajadoras (con preponderancia, mujeres), abocadas a prácticas de atención y cuidado en servicios hospitalarios de salud de la región capital. En producciones anteriores (Neffa, 2020; Wagner, Ramaciotti, Caso, 2021; Danel y Wagner, 2022), caracterizamos la situación de personal abocado a la atención directa de personas con covid-19, contemplando los casos de servicios de guardia, salas de internación y terapia; fundamentalmente. A los fines del presente Seminario, fijaremos la atención en las situaciones vivenciadas por colegas de los servicios sociales de hospitales platenses.La presente indagación tiene lugar en el marco del nuevo estudio (continuidad del anterior), ligado a los impactos de la pandemia en los procesos de trabajo de quienes se desempeñan en el sector salud, atendiendo tanto las repercusiones que esta generó (y genera) en el cotidiano laboral y en la propia salud de las trabajadoras; como así también la diversidad de acciones -individuales y colectivas-, que muchas de ellas fueron construyendo al respecto, abriendo paso a discusiones y replanteos que trascienden la coyuntura crítica (Proyecto de Investigación y Desarrollo 11/T121, Programa Incentivos, UNLP).Partimos de la perspectiva de los riesgos psicosociales del trabajo (RPST), tomando aportes de Neffa (2015, 2020), en diálogo con otras miradas centradas en la comprensión de los procesos subjetivos, representaciones y expectativas que se configuran en relación al quehacer en salud (Merhy, 2006; Onocko, 2004), con especial atención de las colegas que desempeñaron tareas esenciales asociadas al cuidado durante el transcurso de la emergencia sanitaria de escala mundial, a raíz de la pandemia por covid-19 (Arito y Rígoli, 2021; Carballeda, 2020; Cazzaniga, 2020).Entre las principales cuestiones que identificamos en los testimonios recogidos de la investigación anterior, en consonancia con hallazgos de estudios similares (Sy, 2021; Danel y Wagner, 2021), creemos importante destacar la intensificación, diversificación y complejización que cobraron las tareas cotidianas; las exigencias personales para sostener acompañamientos y recrear sistemas de apoyos alternativos en tiempo real; y las situaciones de inseguridad y precarización que atravesaron muchas de las trabajadoras de salud en sus espacios laborales. Otro aspecto que consideramos relevante profundizar en el caso de los servicios sociales hospitalarios, versa sobre las particularidades que adquirieron las relaciones interpersonales durante los procesos de trabajo en condiciones de fuerte incertidumbre. En las entrevistas realizadas a otros servicios, el vínculo con pares y trabajadores/as de otras disciplinas y/o jerarquías registró conflictos viejos y nuevos, alianzas novedosas, saberes y habilidades especialmente valoradas; en lo que respecta a las personas hacia quienes se orientaron las prácticas asistenciales y sus entornos, prevalecieron las singularidades de necesidades, las tensiones asociadas a un contexto inédito, con cambios de tareas, roles y circuitos; y ciertas expectativas con respecto a les trabajadores de salud que la pandemia activó, vertiginosamente (Sy, 2021; Danel y Wagner, 2022).Este trabajo busca reconstruir y analizar algunas de las transformaciones que el COVID-19 imprimió a los procesos de trabajo de Trabajadoras Sociales que ejercen su labor en el campo de salud (en servicios sociales hospitalarios), a efectos de discutir y atender conflictos y desafíos que consideramos importante contribuir a visibilizar y comprender, entre otros, compartiendo los supuestos que nos orientan, la escasez, debilidad y/o ausencia lisa y llana de acciones de cuidado destinadas a quienes trabajan cotidianamente con poblaciones afectadas por padecimientos crónicos, alta dependencia de coberturas institucionales y/o riesgos de vida.
#440 |
EL DESALOJO EDUCATIVO DE LA PÀNDEMIA
Silvia Nora Martinez
1
1 - Universidad Nacional de Rosario.
Resumen:
Consideramos que el campo de la educación es el del Estado, la política pública, por lo tanto, la intervención profesional se inscribe en sus fundamentos, diseño y ejecución.La política pública en educación se propone el desafío de instalar y sostener los derechos de lxs niñxs, adolescentes y jóvenes en los ámbitos propios de la educación y de la escuela, propone y organiza espacios para la participación creando o recreando en las estructuras institucionales dispositivos de trabajo con la intencionalidad de producir responsabilidad activa para enfrentar cotidianamente la democratización de su espacio, forjar una ciudadanía libre y con capacidades para el ejercicio de los derechos pero también de las obligaciones.La Política pública recorre los espacios educativos, formales y no formales, se inscribe en sus proyectos y organizaciones, pero creemos que solo puede hacerse visible (o no) en las diversas intervenciones profesionales y docentes situados en dicho contexto.Carina V. Kaplan y Claudio E. Glejzer han dicho que “Educar en tiempos de pandemia es una experiencia humana atravesada por el dolor social, individual y colectivo” Pensar entonces la política educativa integral e inclusiva en el transcurrir de la pandemia y con la presencia del neoliberalismo nos interroga de manera permanente y reflexiva sobre su implementación. ¿Cómo se han ido configurando los procesos de inclusión socio-educativa? ¿Cómo fueron desarrollándose? ¿Cómo se ha transitado lo educativo, la enseñanza y el aprendizaje? ¿Cuáles han sido los impactos en el conocimiento y subjetividad de los sujetos de la educación? La escuela es una institución que opera en el territorio de lo simbólico dado no tiene solo una presencia material sino también lo es en el orden de lo afectivo. La pandemia ha producido incertidumbres y a la vez nuevas miradas hacia lo educativo. Nuevas y diversas maneras de relacionarse, construcción de otros lazos. Se han creado otros tiempos de organizar el enseñar y el aprender. La pandemia nos ha desorganizado, pero quizás también ha ido construyendo nuevas formas de organizar los aprendizajes. Otros escenarios educativos han surgido y es aquí donde necesitamos encontrarnos y debatirlos en profundidad, dado que las infancias, adolescencias y juventudes no están en iguales condiciones de acceder a las propuestas educativas sean estas virtuales o presenciales. Nos preguntamos entonces si ¿Se habrá profundizado el desigual acceso al conocimiento? ¿solo la pandemia ha sido la responsable?¿Qué fue ocurriendo con los derechos de lxs niñxs y adolescentes al no contar con las escuelas como escenarios de protección? ¿Dónde y quien los alojo?Problematizando algunas de las decisiones tomadas por los gobiernos y sus políticas neoliberales (o no tanto) referidas a la celeridad con que se implementaron programas en educación y a distancia a través de plataformas digitales, analizamos como ello han afectado la formación de lxs niñxs, adolescentes y jóvenes en sus trayectorias educativas y en las gestiones curriculares. Pensamos que la pandemia también ha paralizado a las políticas públicas, irrumpió inesperadamente. La pandemia plantea algunos de los escenarios generados y los desafíos que en ellos se evidencian para garantizar el ejercicio del derecho a la educación en particular y el de los derechos humanos en general. El Covid – 19 llego para tensionar aún más el modelo de desarrollo económico, visibilizando la exclusión de grupos que han sido históricamente excluidos de sus derechos, y también de la Política Publica.Para ir terminando este resumen vamos a citar a Melina Furman, investigadora del Conicet, de profesión bióloga, docente de la universidad de San
Andrés “me pregunto qué es lo que va a quedar de lo que estamos aprendiendo en esta cuarentena y pensé en una playa cuando se va la marea, queda desnuda. La marea arrasa, rompe con todo, pero también aparecen sobre la playa tesoros que estaban escondidos…. Quizás esos tesoros que podemos encontrar sean deseos de explorar en comunidad, nuevas maneras de enseñar de aprender…quizás aun con las escuelas cerradas se esté abriendo una nueva puerta para que, cuando todo pase encontremos la Educación que soñamos.
#497 |
seguridad alimentaria, pandemia,
Carolina Calupré
1
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MARIA NOEL ACOSTA
2
1 - CENUR LITORAL NORTE.
2 - ESCUELA DE NUTRICIÓN-UDELAR.
Resumen:
La presente ponencia expone parte de los resultados de una investigación empírica desarrollada durante los años 2020 y 2021 en los departamentos de Lavalleja, Río Negro y Tacuarembó (Uruguay), con el fin de conocer la situación alimentaria (seguridad / inseguridad) en hogares rurales con niños y niñas escolares de entre 4 y 12 años de edad, en el contexto de la pandemia por Covid-19. El estudio se realizó en el marco del proyecto interinstitucional “Educación en el derecho humano a la alimentación en medios rurales” que se lleva adelante desde el año 2013 por parte de la Universidad de la República a través de la Escuela de Nutrición, el Centro Universitario de Tacuarembó (Cenur Noreste) y la Casa de la Universidad de Río Negro (Cenur Litoral Norte). El equipo investigador se integró con: nutrición, antropología, ciencias de la educación, agronomía, magisterio y trabajo social. A nivel metodológico se apostó a la combinación de un componente cuantitativo y otro cualitativo, con una triangulación de los resultados de ambos para favorecer una comprensión integral de la realidad estudiada. Se trabajó con una muestra no probabilística de 93 hogares que contempló la diversidad de medios rurales dentro de cada departamento. Con los objetivos específicos se buscó: estudiar la disponibilidad de alimentos y de agua potable y a describir el consumo de alimentos en los hogares durante el tiempo de suspensión del comedor escolar. Se observó que casi la mitad (44%) de los hogares entrevistados presentó algún nivel de inseguridad alimentaria (IA). Dentro de ese porcentaje el 32% presentó inseguridad alimentaria leve (IAL - Preocupación acerca de la capacidad para obtener alimentos), el 10% inseguridad alimentaria moderada (IAM - Se reduce la cantidad de alimentos, se saltean comidas y se pone en riesgo la calidad y variedad de alimentos) y el 2% inseguridad alimentaria severa (IAS - No se consumen alimentos durante un día o más, se quedan sin comer varias veces durante el año). Los tres departamentos coincidieron en presentar aproximadamente un tercio de los hogares entrevistados con inseguridad alimentaria leve. A su vez, se presentaron situaciones de inseguridad alimentaria moderada, por debajo del 10% en los casos de Río Negro y Lavalleja. Tacuarembó presentó 13% de inseguridad alimentaria moderada y fue el único departamento que presentó inseguridad severa, en un 7%. Si bien la gran mayoría de las entrevistadas no advirtió cambios en la alimentación del hogar a causa de la pandemia, tiene sentido analizar las respuestas de los hogares que reportaron cambios. Se identificaron dos grupos de respuestas: uno enfocado en los alimentos y el otro en las preparaciones. En el primero se ubican cambios vinculados con el tipo, cantidad y calidad de los alimentos. Algunas de estas respuestas señalaron que se comenzó a consumir “más sano”, a incorporar nuevos alimentos, se aumentó la cantidad de verduras y el volumen de las comidas; “comenzaron a comer más que antes”. En otros casos las respuestas refirieron a menor variedad y cantidad de alimentos, entre los que se menciona “menos lácteos por escasez”. Entre las respuestas relativas a la preparación de los alimentos, algunas señalan que comenzaron a cocinar más por estar más tiempo en casa y porque el acceso a los alimentos se vio modificado. Otras indicaron que se extremaron los cuidados en la manipulación higiénica de los alimentos, se incrementó la experimentación culinaria y se incorporaron nuevas recetas y preparaciones. La reducción de la actividad presencial incrementó el desempleo y la permanencia de las personas en sus hogares, “se aprendieron recetas vegetarianas y preparaciones para cocinar los vegetales de la huerta propia, además hubo más tiempo para cocinar”, resumió una informante. Lo anterior se comprende mejor si se lee de manera articulada con los resultados de la encuesta en relación a las dificultades para el acceso a los alimentos durante el tiempo en que el comedor escolar permaneció cerrado. En este sentido, el 17% de los hogares consultados encontró dificultades para acceder a los alimentos durante ese período o tuvo dificultades “algún día sí y algún día no, aunque no faltaron alimentos”. Se hizo referencia a complicaciones económicas y geográficas para acceder a frutas y verduras en determinadas épocas del año (como una situación crítica anterior a la pandemia que, en todo caso, se pudo haber agravado) y en algún caso se reconoció que si no llegaron a tener dificultades fue porque recibieron viandas. En cuanto al tipo de dificultades para acceder a los alimentos, las respuestas evidenciaron que el ingreso económico procedente de la inserción laboral es un elemento muy importante para el acceso a la alimentación. En cuatro hogares hubo coincidencia en cuanto a que los sueldos resultan insuficientes al mencionar “a veces no alcanza para todo el mes”; “hay que contar los pesitos”. En un hogar, frente a la pérdida del empleo, debieron incluso recurrir a préstamos para garantizar la alimentación de la familia. Hubo casos donde se vivió la escasez de algunos alimentos (en un hogar hicieron énfasis en la falta de fruta y en otro refirieron dificultades para el desayuno, la merienda y el acceso a la carne), así como también la insuficiencia en la cantidad de alimentos disponibles: “el primer mes fue complicado, no alcanzaba para preparar la cena”. En siete hogares las dificultades de acceso se presentaron asociadas a particularidades propias del medio rural: la “lejanía”, los problemas de traslado, la falta de variedad y los precios elevados en los almacenes rurales. Resulta gráfico el siguiente testimonio: “en un pueblo chico no podés hacer un postre porque no vas a encontrar las cosas. Te vas habituando a lo que hay acá. Hay cosas que sólo lo conseguís por encargo. No hay líneas de ómnibus, estamos lejos de todo. Los caminos son mortales”. Se confirmó que el comedor escolar ocupa un lugar central: la presencia de niños y niñas en el hogar aumentó los costos domésticos de alimentación. Se concluyó que en materia alimentaria, en los medios rurales, se interseccionan desigualdades territoriales, generacionales y de género que son estructurales y que se tornaron más evidentes durante la emergencia sanitaria.
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#206 |
¿Trabajo socio-digital? Tendencias y desafíos para el Trabajo Social ante la digitalización de la vida
Daniel Brzovic Gaete
1
1 - Escuela Trabajo Social UTEM.
Resumen:
Uno de los tantos impactos de la pandemia del Covid-19 ha sido la intensa digitalización de la vida social, notoriamente en los ámbitos de la educación y el trabajo. Este auge vino a fortalecer un proceso de larga data que hoy se manifiesta en el ubicuo uso de computadores, teléfonos móviles y otros aparatos “inteligentes”, así como en la inasible cantidad de artefactos, infraestructuras y máquinas que articulan y condicionan nuestra vida cotidiana, los sectores productivos, el funcionamiento de las ciudades, la difusión de la información, etc. En términos conceptuales, la penetración de las tecnologías digitales ha profundizado la noción de la sociedad como un tejido sociotécnico, esto es, compuesto indistintamente por seres humanos y artefactos. Desde una perspectiva crítica, el protagonismo de la ciencia y la tecnología responde a una suerte de mitología o religión, propia de la modernidad capitalista, que cree a ojos cerrados que las innovaciones tecnocientíficas marcan el ritmo del progreso humano, anulando la posibilidad de imaginar otros futuros.Como cabría esperarse, la omnipresencia de las tecnologías digitales también está transformando al Trabajo Social. Desde la forzosa virtualización de las intervenciones hasta la irrupción de la inteligencia artificial en las políticas sociales, las y los trabajadores sociales van experimentando formas emergentes de digitalización de la acción social, para las cuales, ante su novedad histórica, muchas veces no cuentan con las suficientes herramientas técnicas y/o reflexivas.Sobre la base de esta premisa, con la presente ponencia se busca aportar al conocimiento y la reflexión crítica en la disciplina respecto de los actuales y futuros escenarios de la acción social, por medio de una sistematización de los aspectos de la digitalización advierten cambios para el Trabajo Social. En síntesis, se presentan cinco tendencias que impactan tanto en el ámbito formativo como en el profesional, y luego se proponen dos desafíos transversales para empujar una discusión disciplinar más amplia, con miras a fortalecer la voz y la acción de las y los trabajadores sociales ante la digitalización. A modo de aporte teórico, el análisis es elaborado desde el enfoque de los estudios sociales de la ciencia y la tecnología (CTS), cuya principal contribución epistémica consiste en atender la materialidad de los artefactos como parte constitutiva de los distintos aspectos de lo social, en una interacción indivisible entre humanos/as y máquinas. Por tanto, debe comprenderse la digitalización como una práctica sociomaterial, la que -por un lado- está fuertemente movilizada por un imaginario tecnodeterminista, que considera la tecnologización como un proceso instrínsecamente bueno e irreversible; pero que, a su vez, y como toda acción humana, puede ser negociada, disputada, cuestionada y revertida, siempre y cuando las personas así lo conciban.Las cinco tendencias señaladas, en breve, son las siguientes:Big data e inteligencia artificial en las políticas sociales: refiere a caracterizar la progresiva introducción de herramientas de inteligencia artificial en la gestión de beneficios sociales y evaluar las implicancias éticas y políticas que conlleva, particularmente cuando se le asigna a un algoritmo una decisión que puede marcar la vida de una persona.El “desempleo tecnológico” llevado al trabajo social: se pone en perspectiva cómo la inteligencia artificial amenazaría realmente el quehacer profesional, mostrando que, antes que preocuparse por robots que les sustituyan, se deben atender los riesgos en torno a la precarización de las condiciones laborales y del propio ejercicio profesional.La penetración de las redes sociales virtuales en la vida social e individual: la investigación académica y el levantamiento de diagnósticos de intervención se ven impelidos a redimensionar el papel del mundo digital en la cotidianiedad de las personas -como lo hacen las etnografías digitales-, con especial atención a las formas digitales de violencia a la que se ven expuestas mujeres y niños/as y a la pretensión de implementar mecanismos de participación comunitaria digitales en sustitución de los presenciales.La virtualización parcial y progresiva de la intervención social: durante la pandemia, las y los trabajadores sociales debieron resolver las dificultades de perder el trato cara a cara (i.e. entrevistas y trabajo en terreno). Aunque hayamos retornado a la presencialidad, varias dinámicas virtuales prevalecen, proyectando un escenario futuro de hibridez (plano de lo “
phygital”).El renovado uso de las tecnologías de la información y la comunicación en el quehacer profesional: si bien es una preocupación de más de dos décadas, la emergencia y expansión de nuevos programas hacen insuficiente la capacitación técnica, planteando la posibilidad de incorporar transversalmente estas herramientas a lo largo de la formación profesional, acompañándolo de una formación crítica al respecto.Este escenario, en su conjunto, plantea -a nuestro juicio- dos desafíos sustantivos para la disciplina. El primero de ellos consiste en lo que denominamos la
superación de la opacidad, tanto técnica como política. En el ámbito técnico, se trata primeramente de que lxs trabajadorxs sociales sepan apropiarse de las cualificaciones informáticas arriba señaladas y de conocer el funcionamiento de los dispositivos digitales descritos. En tanto, la opacidad política apela a que comprendan analíticamente el transfondo que explica la digitalización, adquiriendo nociones críticas que les permitan cuestionar y proponer alternativas al solucionismo tecnológico. Superar la opacidad implica también que las/os trabajadoras/es sociales rechacen la presunción de que su desconocimiento de la informática les anula. Por el contrario, el segundo desafío consiste en que el Trabajo Social se proponga salir de la retaguardia y asumir un papel protagonista en este debate. En la medida en que la digitalización, como indica la literatura, tiene implicancias en el ejercicio de los derechos humanos, las y los trabajadores sociales deben posicionarse en la primera línea crítica sobre estas tendencias. Ingenieros, empresarios y economistas -en general- han revelado su limitación epistémica sobre las desafíos éticos de sus innovaciones y soluciones. En cambio, gracias a la sólida formación ética, el Trabajo Social está plenamente habilitado para intervenir en el diseño e implementación de iniciativas digitales, poniendo como principio ineludible el resguardo de la dignidad humana.
#213 |
Inserción socio ocupacional e inicios de la formación de posgrado de los recientes egresados y egresadas de la licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de la República en Uruguay
Adela Claramunt
1
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Sandra Leopold
1
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Santiago Zorrilla
1
1 - Departamento de Trabajo Social- Facultad de Ciencias Sociales- UdelaR.
Resumen:
La ponencia es resultado de una investigación empírica en curso, cuyo objeto de estudio es la inserción socio ocupacional y los inicios de la formación de posgrado de los recientes egresados y egresadas de la licenciatura en Trabajo Social de la Universidad de la República, Uruguay. Mediante el diseño y la puesta en práctica de un instrumento de relevamiento on-line que indagó en la inserción socio ocupacional y la formación de posgrado de los egresados y las egresadas de la Licenciatura de Trabajo Social 2020-2022 (Montevideo y Centro Regional Litoral Norte Salto), la investigación exploró múltiples dimensiones acerca de la Inserción socio ocupacional (ámbito; vía de acceso; tipo de contrato; carga horaria; salario; actividades que se demandan; iniciativas; supervisión o co-visión; equipo multidisciplinario; estrategias colectivas; relación entre inserción ocupacional, y el interés y las expectativas profesionales) y las trayectorias formativas de posgrado (continuidades; fundamentos de las elecciones; nivel de satisfacción con respecto a las expectativas de partida).La inserción de los integrantes del equipo de investigación[1] en proyectos formativos, que articulan docencia, investigación y extensión, e introducen a los y las estudiantes de Trabajo Social en un ámbito temático de política pública específica y en diferentes perspectivas teórico metodológicas, ético políticas y técnico operativas, exige una lectura sistemática de la profesión y de las concepciones y acciones que en materia de protección social se vienen desarrollando en Uruguay (Claramunt & Leopold, 2017; Claramunt & Leopold, 2022; Claramunt & Leopold, 2022b; Leopold, 2021; Claramunt, 2021)Para esta indagación, el Trabajo Social es concebido como un producto sociohistórico – con cambios y continuidades en su desarrollo - signado por múltiples determinaciones que la configuran y reconfiguran como profesión social e institucionalmente legitimada. El ejercicio profesional se encuentra atravesado y determinado por las transformaciones societales e institucionales en las que se inscribe, y es parte de un proceso de elaboración colectiva en el que participan los profesionales que lo ejercen, por lo que se encuentra en permanente movimiento y sus agentes contribuyen a su recreación continua.A partir de 2020 Uruguay procesa un cambio de gobierno de signo regresivo conducido por una coalición electoral conservadora y una coyuntura pautada por la pandemia a escala planetaria que expone las múltiples contradicciones que alberga la vida social, y arremeten, como suele suceder con las crisis, contra los sectores más afectados por la desigualdad social: problemas de trabajo, vivienda, salud, quedan expuestos con crudeza, y despejan, de manera contundente, toda noción de que la pandemia afecta a todos por igual. Con una perspectiva, que parece despolitizar toda referencia a la conflictividad social y apela, una vez más, al empeño y la responsabilidad de cada individuo para superar las situaciones de crisis social, se despliegan algunas acciones asistenciales limitadas en cobertura y materialidad. Incrementos poco significativos de instrumentos asistenciales, originariamente ya acotados, no parecen dar respuesta satisfactoriamente al crecimiento de la pobreza. En este escenario, al mismo tiempo que se observa una tendencia minimalista y restrictiva de la materialidad y alcance de las políticas sociales en tanto profesión inserta en la división sociotécnica del trabajo, se profundiza la precarización de las condiciones laborales de los y las trabajadores/as sociales (salario, formas de contratación, desespecialización y desprofesionalización) a y crece la demanda por “administradores” de políticas sociales, una figura profesional devenida en técnico polivalente, capaz de “hacer de todo un poco”, de forma cada vez más simplificada (Guerra, 2018, p. 62). Como apunta Guerra (2018), el momento histórico impacta en las condiciones en las cuales el Trabajo Social da respuestas a la realidad y en los requerimientos que se le hacen desde las instituciones a la profesión.De esta manera, ejercicio profesional y formación confluyen en tensiones y dilemas del mismo orden. La demanda por el dominio de saberes técnicos e instrumentales vuelve una y otra vez sobre el Trabajo Social y en su devenir, recuerda sus orígenes subalternos y moralizadores. Bibliografía Claramunt (2021) La formación de los/as trabajadores /as sociales en la Universidad de la República: trayectorias y desafíos al despuntar la tercera década del siglo XXI. En
Asociación de Asistentes Sociales del Uruguay. 40 años. Historia, trayectoria y desafíos. Bentancor, Jaurena y Machado (coordinadores) Montevideo: ADASU. pp.135-145Claramunt & Leopold (2022) Pandemia, formación y después. Avatares de la formación en Trabajo Social en la universidad pública uruguaya en
El Trabajo Social frente a las actuales crisis sociopolíticas. Debates para un nuevo proyecto disciplinario, Luis Vivero (organizador) RIL editores y Universidad Católica de Temuco, Temuco, ChileClaramunt & Leopold (2022b) Políticas sociales y trabajo social. Aproximaciones a un estudio comparado entre Costa Rica y Uruguay. Em
Serviço Social Iberoamericano nas Trilhas da Resistência: crise do capital, expressões conservadoras e tendências contemporáneas. Rede Iberoamericana de Investigación en Trabajo Social y Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP (organizador) (en prensa) Claramunt & Leopold (2017) El Trabajo Social en Uruguay. Tensiones y desafíos de la formación y la inserción laboral de los profesionales en la actualidad. En
Trabajo y Formación en Trabajo Social. Avances y tensiones en el contexto de Iberoamérica Yolanda Guerra, Virginia Alves Carrara, Alcina Martins, Marinez de Oliveira Xavier (coordinadoras) Universidad de Granada: Granada. pp.279-294Guerra, Y. (2018) Servicio Social y formación profesional: desafío para la formación integral y de calidad. En: Transformaciones sociales, protección social y trabajo social: XII Congreso Nacional de Trabajo Social. Silva, C. (Coordinadora.). Montevideo: Udelar-FCS-DTS. pp.56-68.Leopold (2021) El bienestar social en disputa. Notas para contribuir al análisis del progresismo. En
Asociación de Asistentes Sociales del Uruguay. 40 años. Historia, trayectoria y desafíos. Bentancor, Jaurena y Machado (coordinadores) Montevideo: ADASU. pp.105-110 [1] Integrado por Adela Claramunt, Carolina Incerti, Sandra Leopold y Santiago Zorrilla de San Martín
FCS - E2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#254 |
A expansão do Ensino a Distância (EaD) na educação superior no Brasil: um retrocesso educacional e social
Andreza Telles dos Santos Ferreira
1
1 - Universidade de Brasília (UnB).
Resumen:
O trabalho ora apresentado tem como objetivo analisar a funcionalidade da política de educação superior no Brasil com enfoque no Ensino a distância (EaD) para a manutenção da hegemonia, da produção e reprodução da sociabilidade burguesa. A construção da educação superior brasileira é marcada por profundas desigualdades, sendo este nível de ensino um dos mais privatizados do mundo, não se configurando assim historicamente como um direito social. O acesso a esse nível de ensino atualmente é realizado majoritariamente via setor privado-mercantil, e o uso do EaD torna-se uma via privilegiada para ampliar o acesso à educação superior, sob a aparência de “democratização” do ensino, sem o aumento de gastos consideráveis por parte do Estado, aumentando as estatísticas do país e, ainda, fortalecendo o mercado educacional. Outrossim, parte considerável das Instituições de Ensino Superior (IES) que ofertam tal modalidade são não universitárias, ou seja, sem a obrigatoriedade da realização do tripé ensino, pesquisa e extensão. Para este estudo é necessário identificar qual o papel da educação num país como o Brasil, que se insere de forma dependente no capitalismo mundial, como também, contextualizar o Ensino a Distância (EaD) partir da expansão da educação superior dos anos de 1990, em especial no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) até os dias atuais. Cabe salientar que, nos últimos anos, houve uma considerável retração no crescimento dos cursos presenciais e um expressivo aumento nos cursos ofertados na modalidade à distância. Tal fenômeno, a partir da pandemia do Coronavírus (ainda em curso) - que devastou o mundo a partir 2019 -, tende a se sedimentar. Inicialmente, cabe apontar para uma razão econômica para esta discussão: o crescimento dos cursos EaD na educação superior abre um enorme “nicho de mercado”, ampliado por este modelo de ensino, já que a população brasileira não tem acesso à educação superior como direito e, por sua vez, possui baixa escolarização. Contudo, para além de exercer um papel de abertura de novos mercados para o setor de serviços, destacamos sua dimensão político-ideológica que merece atenção. O fato dos seis cursos mais procurados na modalidade à distância, nas redes pública e privada, serem majoritariamente da área das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas chama atenção para além da questão econômica, sem subdimensioná-la. Na rede pública os cursos mais procurados são os de licenciatura: Pedagogia, Matemática Formação de Professor, Administração Pública, Letras Português Formação de Professor e Biologia Formação de Professor. E, os da rede privada, são os cursos de: Pedagogia, Administração, Contabilidade, Gestão de Pessoas, Educação Física e Serviço Social (Inep/MEC, 2019). Pode-se constatar que são cursos que formam profissionais que atuam principalmente na esfera da reprodução social. Isto posto, preocupa-nos compreender a cultura da formação do EaD, pois identificamos que esta modalidade de ensino vem sendo orientada a partir da “pedagogia das competências”, isto é, o “aprender a aprender” produzindo um redirecionamento social das profissões. Guiado pela defesa das concepções “sociedade da informação” e “sociedade do conhecimento” sob a utilização dos pacotes tecnológicos – as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), o EaD flexibiliza o processo de aprendizagem, diante da “virtualização do ensino”. Tem-se como consequência uma formação precária, com a falta de um ambiente pedagógico adequado para a construção e (re)construção do conhecimento. Portanto, tratando-se da formação desses cursos supracitados à distância, temos por hipótese que estes vão reproduzir ideais e concepções de mundo que conservam os interesses da classe dirigente, reforçando assim a sociabilidade burguesa. Em se tratando do ideário hegemônico, é fundamental que existam intelectuais capazes de naturalizar as contradições oriundas deste modelo dominante, isto é, acalmar as insatisfações, sejam estas individuais ou coletivas a partir da difusão de ideologias consensuais a este ideário, como a ideologia do capital humano, a promessa da empregabilidade, a defesa da importância do empreendedorismo e a importância da construção do capital social. Compreendendo que a desigualdade educacional é uma expressão da “questão social” pode-se afirmar que o Estado brasileiro privilegia o uso do EaD para responder à exigência das diferentes frações da classe trabalhadora para o acesso à educação superior. Dessa forma, urge apreender e questionar então: para quê e para a quem se destina essa política educacional e por qual motivo? Qual a razão de um crescimento mais acelerado para o EaD em comparação com a modalidade presencial de ensino nos cursos que atuam principalmente na esfera da reprodução social? Nesse sentido, questiona-se: qual a funcionalidade do EaD para a manutenção de uma sociabilidade burguesa? O trabalho será feito através de pesquisa bibliográfica documental, bem como, pela análise de dados extraídos do Censo da Educação Superior e Sinopses Estatísticas da Educação Superior disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para a construção de uma análise crítica acerca da expansão do ensino superior via EaD. No que concerne à parte expositiva utilizaremos o método de investigação da teoria social marxista e marxiana, sendo este o caminho necessário para a compreensão de categorias como ideologia, hegemonia, consenso, classes sociais, Estado, democracia e educação. O aprofundamento teórico-metodológico do estudo sobre a relação contraditória entre Estado, ideologias, sociabilidade burguesa e o crescimento do EaD, para entender qual a relação entre o Estado capitalista e as políticas sociais. Por fim, buscaremos também na literatura clássica e contemporânea do pensamento social crítico da formação social brasileira para apreender qual o papel da educação no Brasil e a funcionalidade do EaD como uma política educacional para a manutenção da sociabilidade burguesa.
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Alcances y obstáculos en la promoción de un pensamiento crítico en los procesos de formación pre-profesional – CenUR Litoral Norte, UdelaR.
Natalia Bisio
1
;
Teresita Camargo
1
1 - Universidad de la República.
Resumen:
El trabajo que se presenta plantea como objetivo reflexionar en torno a los alcances y las limitaciones de la promoción de un pensamiento crítico en los procesos de enseñanza-aprendizaje generados en el marco de la asignatura Proyectos Integrales, componente medular de la formación profesional según el Plan de estudios de la Licenciatura en Trabajo Social (tomando como referencia, su dictado en el Centro Universitario Regional Litoral Norte – sede Salto).Siguiendo los lineamientos generales del Plan 2009, el espacio curricular denominado Proyectos Integrales forma parte del módulo “Fundamentos Teórico – Metodológicos en Trabajo Social”, siendo el eje vertebrador de la formación de los estudiantes de la Licenciatura. Si bien está dividido en dos ciclos anuales, la propuesta teórico-metodológica se piensa como un proceso gradual de aproximación e inserción de los y las estudiantes al campo de actuación profesional. En ella se pretende que el/la estudiante logre integrar y articular los aspectos fundamentales del quehacer profesional en términos teóricos, metodológicos e instrumentales a partir de su inserción en un centro de práctica. En términos generales, los objetivos que persigue la formación desde dicho espacio, apuntan a promover en el/la estudiante la apropiación de una perspectiva integral y crítica de los fenómenos sociales que conforman el objeto de intervención profesional, identificando sus posibilidades y limitaciones tanto en la producción de conocimiento sobre la realidad en la que interviene, como en su pretensión transformadora.La intervención profesional se realiza en el marco de políticas sociales y se inscribe en el campo de las relaciones entre sujetos sociales y el Estado, teniendo como finalidad el fortalecimiento de la autonomía y la participación de éstos en el ejercicio de su ciudadanía (FITS 2012; Plan de estudios 2009). Entre los elementos claves de su formación se destacan la competencia teórico-metodológica y la postura ética-política que, articuladas a un conjunto de valores, ponen en práctica estrategias colectivas de reivindicación de la dignidad humana en sus múltiples manifestaciones. Sumado a la defensa de la libertad y la justicia social, su accionar pone de manifiesto la responsabilidad insustituible del Estado en el diseño e implementación de políticas sociales de carácter público, universal e integral que garantice al conjunto de la sociedad, el ejercicio y goce de sus derechos (FITS 2012). En este sentido, la inserción de los estudiantes al centro de práctica pretende ser un ámbito de aprendizaje para su futuro desempeño profesional, así como también un aporte para la institución en la que se encuentran insertos, así como de los sujetos con quienes trabajan. En la actualidad, los centros de práctica de la Licenciatura en Trabajo Social que se dicta en el CenUR LN, se agrupan en torno a cuatro áreas: vejez, discapacidad, educación y salud comunitaria. En ellos, se busca que el/la estudiante asuma una mirada crítica de la realidad en que se inserta y desde allí, desarrolle su proceso de intervención. La apuesta por una formación que, reconociendo el lugar que ocupamos en la estructura social y en la división social del trabajo, así como la diversidad de voces que nos dan forma, reivindique la lucha por la dignidad humana desde una ética de la autenticidad y de la autonomía (Rebellato 1997), nos exige en primer lugar, reconocer en la singularidad de nuestro quehacer, su estructura contradictoria y dinámica, así como aquella de las condiciones de vida de las personas con quienes trabajamos y de las trayectorias personales de los y las estudiantes con quienes vamos resignificando su potencial transformador. Este proceso está atravesado por tensiones que ponen de manifiesto el conflicto generado entre los mandatos institucionales, las aspiraciones personales, la intencionalidad de nuestra intervención y las necesidades de las personas con quienes trabajamos. Un eje de tensiones está dado por la relación dialéctica, aunque dicotomizada y falsamente construida, entre autonomía y heteronomía, ya sea con respecto al quehacer profesional en su campo de actuación, como en relación a los “otros” y a la construcción de esas barreras disciplinares que nos encierran en un aparente “nosotros” capaz de tener existencia propia. Otro de los ejes sobre los cuales versan las tensiones que atraviesan los procesos formativos, refiere al juego dialéctico (aunque difícilmente reconocido), entre mandatos institucionales basados en una lógica integracionista y la reivindicación (desde el Trabajo Social al que apostamos), de una lógica inclusiva al momento de pensar la realidad que atraviesan los sujetos con quienes trabajamos, así como las propuestas de intervención para su abordaje. En este contexto, una de las estrategias fuertemente desarrolladas desde los procesos de intervención tiene que ver con la explicitación y la denuncia de las condiciones de des-ciudadanización que atraviesan estas poblaciones en la esfera pública y privada de su vida cotidiana, por un lado; y la identificación de alternativas para su superación, en el marco de las instituciones socialmente legitimadas para la procura del bienestar individual y colectivo de la población, por otro. Finalmente, la dimensión territorial y cotidiana de la intervención, atravesada por relaciones de poder y de solidaridad colectiva, son dos aspectos que, desde esta forma de pensar el ejercicio profesional, resultan fundamentales desentrañar a la hora de pensar procesos de transformación social.
#301 |
ECLETICISMO PARA LA INTERVENCIÓN PROFESIONAL ¿UN PROBLEMA DE-FORMACIÓN POR LA CURRICULA O POR LA ACADEMIA?
Rosita Fierros Huerta
1
1 - Universidad de Guadalajara.
Resumen:
ECLETICISMO PARA LA INTERVENCIÓN PROFESIONAL ¿UN PROBLEMA DE-FORMACIÓN POR LA CURRICULA O POR LA ACADEMIA?Bloque temático:Articulaciones y experiencias académicas y profesionales. Desafíos de la formación profesional ante el embate neoliberal, la mercantilización de la educación superior y las condiciones de trabajo. Articulaciones y experiencias desde la investigación, la extensión y la formación de Grado y Posgrado. Dra. Rosita Fierros HuertaCentro Universitario de los VallesUniversidad de Guadalajararosita.f@academicos.udg.mxTel. 3332019496ResumenEl presente trabajo apunta a analizar factores que conllevan a que algunos estudiantes al egresar al ejercicio profesional desarrollen acciones no congruentes con la formación adquirida. Tal como lo señala Abel L.R.et.al (2009) en su trabajo sobre reflexiones teórico-metodológicas en torno al Trabajo Social contemporáneo, mencionan que
pareciera que se configura una brecha entre el mundo de la academia y el mundo profesional, nos parece un enunciado que mueve a todos los que formamos profesionales y que en su momento también ejercimos la profesión, sin embargo es un cuestionamiento sentido por varios colegas nacionales y de latinoamerica, de tal manera que la Asociación Latinoamericana de Enseñanza e Investigación en Trabajo Social (ALAEITS) en el año 2009 en el marco del XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social, plantearon algunos de los retos para la formación de profesionales:en los que llama la atención lo del perfil profesional: “
Contribuir a la conformación de una identidad alternativa, de su vinculación con las instancias laborales concretas en que se materializa el ejercicio profesional. La situación nacional y regional concreta debe constituir un eje orientador y articulador de la enseñanza que se imparta en los centros académicos de Trabajo Social” Esta preocupación nos conlleva a realizar los siguientes planteamientos ¿Qué factores posibilitan ese desencuentro entre lo académico y práctica realizada ya en el ejercicio laboral?¿Qué pasa en el proceso de formación con el plan de estudios?¿Es el plan de estudios el que conduce al desatino? Destacan también las interrogantes (ALAEITS) ¿Cómo incentivar en los alumnos el interés por la reflexión y el estudio, haciendo hincapié en la necesidad de una sólida formación teórica, como requisito indispensable para desarrollar lúcidamente la práctica profesional? ¿Cómo habilitar futuros profesionales que instrumenten con rigor las operaciones y procedimientos metodológicos, para intervenir en el ámbito de problemáticas sociales específicas?¿o son las teorías que no son asimilables para traducirlas a la práctica cotidiana de la profesión?Esto nos convoca a reflexionar
si la intervención profesional debe asumir una posición teórica específica sea; postestructuralismo, teoría crítica, positivismo, teoría de la complejidad, entre otras, o en su caso ser eclecticista asumiendo el riesgo que ello conlleva. Algunos colegas consideran que dependiendo de la situación sería la teoría e incluso combinar varias para que pueda intervenir en una sociedad dinámica que está en constante cambio, otros señalan que depende de qué Trabajo Social hablamos, Cabe enunciar lo siguiente a lo planteado:El estudiante debe transitar por la revisión de diversas posturas teóricas, para que pueda contribuir a la reinvención y diversificación de los enfoques de la práctica, pues se reconoce que ni la teoría ni la práctica pueden decir toda la verdad, pero si se fomenta la comprensión y la acción respecto a la heterogeneidad de las intervenciones vinculadas con los modelos, técnicas e instrumentos de acuerdo a cada paradigma
habrá congruencia entre el saber y hacer, de otra manera conlleva a que algunos estudiantes al egresar al ejercicio profesional desarrollen acciones no concernientes a la formación adquirida. Tal como lo señala Abel L.R.et.al (2009), o lo más grave aún, el no distinguir la teoría que sustenta el modelo y sus procesos, menciona Ornelas A. (2014), el profesional de Trabajo Social se reduce a una atención más guiada por el sentido común que por una metodología específica, es decir realiza algunas actividades, pero no procesos completos de intervención.Por otra parte, el riesgo de formar eclecticistas puede contribuir a la confusión entre teorías, paradigmas, modelos, técnicas e instrumentos.El Trabajo Social en México y en la Región de América Latina es un tema importante de reflexionar por el ineludible proceso de globalización económica que traspasa el mundo. La lógica económica inexorable impuesta por los países dominantes está trayendo repercusiones que atañen ética y profesionalmente, tanto a los trabajadores sociales como a los sujetos de todas las áreas del conocimiento.La responsabilidad social y la condición ético-política de la profesión, deben representar un compromiso para los trabajadores sociales en la sociedad contemporánea haciendo incapié en su formación.Enuncian Flores Cisneros&Martínez León (2006) EL problema que se debe enfrentar es el del significado de nuestra función que tendría que verse reflejada en una proyección del ejercicio profesional acorde al nivel de la formación universitaria, mencionan que este dilema descansa en varias dimensiones de distinto orden, que van desde la formación de la curricula, hasta la inserción laboral y la posición ideológica del trabajador social. En ese
continum juegan un papel importante las funciones que les compete desempeñar a los trabajadores sociales en la construcción del conocimiento aplicativo, característico de la disciplina, para la atención e investigación operativa y participativa de la
nueva cuestión social. Dichos elementos, deben ser coherentes con la configuración de esta última, ya que hacen referencia al campo de conocimiento u objeto de estudio (en función del accionar del Trabajo Social orientado hacia la acción social y la investigación propia de la disciplina).Los campos de acción del Trabajo Social, algunos propiamente tradicionales y otros emergentes, derivados de los primeros. Deben ser motivo de atención e investigación de la profesión las demandas de distintos sectores implicados en la diversidad de problemas sociales y constructores de
necesidades humanas, objetivadas y sentidas y, en consecuencia, el ejercicio de sus derechos sociales, civiles y humanos. Entre esos sectores se destacan las minorías étnico-indígenas, así como pueblos originarios del México contemporáneo, otras minorías: mujeres, niños, jóvenes, ancianos, el sector popular obrero y campesino, los sujetos en condición de migrantes, los derechos de equidad de género, la igualdad, la violencia en los feminicidios entre otros, como los que son vinculados a la problemática medioambiental. ¿Entonces de qué Trabajo Social hablamos, formamos o de-formamos?ReferenciasAbel, Zucherino, Weber (2009).
Desafíos para su formación, articulación y acción profesional. .»
Reflexiones teórico-metodológicas en torno al Trabajo Social contemporáneo. «XIXSeminarioLatinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. El Trabajo Social en la coyuntura latinoamericana:Universidad Católica Santiago de Guayaquil, Ecuador. 1-8. Asociación Latinoamericana de Enseñanza e Investigación en Trabajo Social (ALAEITS) (2009).
XIX Seminario Latinoamericano de Escuelas de Trabajo Social. Guayaquil, EcuadorFlores Cisneros&Martínez León (2006).
Hacia una concepción del Trabajo Social contemporáneo en México: su condición profesional. Revista Katálysis 9 (2) BrasilOrnelas A. (2014
),¿De qué Trabajo Social hablamos? Reflexiones en torno a la concepción del Trabajo Social en los procesos formativos. Repensando el Trabajo Social. México. Ed. Universidad Autónoma de México.
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Trazabilidad formativa y sus repercusiones en tanto similitudes y diferencias en asignaturas de Trabajo Social con grupos. El caso de Argentina, El Salvador y Guatemala.
Marisol Gutierrez Silva
1
;
Sonia Yaneht Santana López
1
;
Mary Lourdes Salazar Rocha
2
1 - Corporación Universitaria Uniminuto.
2 - Universidad Nacional de Cuyo.
Resumen:
El trabajo social como disciplina permanente se ha sentipensando y ello le ha permitido generar una producción teórica en auge siendo motivador para iniciar el presente estudio y poder compartir nuestros avances que resultan de la investigación, en curso, sobre lo epistemológico - teórico - metodológico del cual participamos como integrantes del NODO Internacional de Trabajo Social con Grupos. Esta investigación es de enfoque cualitativo, su diseño interpretativo - hermenéutico nos permite adentrarnos críticamente sobre los planes de estudio y los programas de las asignaturas de trabajo social con grupos. La recuperación documental fue imprescindible para situarnos y reconocer las diferencias y puntos en común existentes y en esa complejidad reflexionar sobre los alcances de la formación académica. Este primer acercamiento analítico de las unidades académicas de carreras de grado de trabajo social, de 5 años de duración, de los países de Argentina, El Salvador y Guatemala, nos permite reflexionar sobre las diferencias detectadas a partir de observar en los fundamentos de los programas una visión integral que reconoce como esencial proporcionar un encuadre de lo histórico, epistemológico, teórico, metodológico y ético que anide la intervención del trabajo social con grupos, mientras que en otros se centra en una recuperación teórica que sustenta lo metodológico haciendo hincapié en el uso del instrumental para dinamizar grupos. Otra diferencia analizada tiene que ver con la cantidad de contenido y de bibliografía que se ofrece al estudiante pudiendo observarse que lo excesivo, lo variado en cuanto posicionamientos teóricos, epistemológicos prevalece en uno de los países mientras que su contracara es de corte minimalista y de escasa bibliografía, en los otros dos países que acompaña la enseñanza-aprendizaje. Además, se observa que la bibliografìa en uno de los países va desde 1969 a 2010 mientras que en los otros países desde 2001 a 2015, no identificando páginas en los programas analizados sino textos o bien revistas completas, lo cual nos interpela si lo vinculamos con respecto a la carga horaria asignada a cada asignatura y su tiempo real de dictado.Hemos identificado procesos de relación teoría - práctica, como aspectos distintivos en la construcción de los planes de estudio y de los programas de formación en el campo del trabajo social con grupos, siendo notorio y característico lo metodológico en las propuestas académicas que se ofertan.Es así como visualizamos que en algunos países, el contenido temático de trabajo social de grupo se desarrolla en un único semestre, y espacio académico, curso, abarcando la gran variedad de elementos teóricos y metodológicos que brindan los conocimientos y herramientas para la formación del profesional en trabajo social. En otras unidades académicas, entre ellas, las de El Salvador y Guatemala, el trabajo social de grupo, se implementa a través de tres cursos de duración semestral cada uno, distribuidos en diferentes semestres a partir de tercero hasta octavo en el que implementan el contenido teórico - práctico relacionado con la apropiación y fortalecimiento de las habilidades y competencias formativas en relación con el método de trabajo social de grupo; en cambio en Argentina es anual. Asimismo, en las dos primeras unidades académicas; coinciden en que el acompañamiento desde este método de intervención profesional es un instrumento que permite el desarrollo ciudadano y social mientras que para la otra es una estrategia de intervención en el campo del trabajo social que promueve el cambio y la transformaciónEncontramos tensiones en sus objetivos y contenidos en la formación que estos países ofrecen quedando al descubierto la preocupación teórica y metodológica centrada en ofrecer a estudiantes conceptos y estrategias, como también el desarrollo de competencias para operar y/o intervenir en grupos desde los emergentes de la cuestión social quedando ausente o desdibujado lo epistemológico y lo ético que posicione al estudiante en formación. En este sentido y en relación con la formación de futuros trabajadores sociales, concebimos que los programas tienen que ser actualizados sin perder su continente, el plan de estudio, para no caer en el despojo de propósitos, fundamentos y contenidos mínimos que le dieron origen a la carrera en los países de este primer ejercicio de análisis. Sino por el contrario, se interpele para su modificación en tanto, que las prácticas de formación profesional, los cambios del contexto y producción de conocimientos nuevos nos alertan de la necesidad de modificar planes y programas para que se actualicen a partir de nuevas conceptualizaciones e interpretaciones de fenómenos y problemas sobre los que se interviene.
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Trazabilidad formativa y sus repercusiones en tanto similitudes y diferencias en asignaturas de Trabajo Social con grupos. El caso de Argentina, El Salvador y Guatemala.
Mary Lourdes Salazar Rocha
1
;
Sonia Yaneth Santana López
2
;
Marisol Gutiérrez Silva
2
1 - Universidad Nacional de Cuyo.
2 - Coorporción Universitaria Uniminuto.
Resumen:
El trabajo social como disciplina permanente se ha sentipensando y ello le ha permitido generar una producción teórica en auge siendo motivador para iniciar el presente estudio y poder compartir nuestros avances que resultan de la investigación, en curso, sobre lo epistemológico - teórico - metodológico del cual participamos como integrantes del NODO Internacional de Trabajo Social con Grupos. Esta investigación es de enfoque cualitativo, su diseño interpretativo - hermenéutico nos permite adentrarnos críticamente sobre los planes de estudio y los programas de las asignaturas de trabajo social con grupos. La recuperación documental fue imprescindible para situarnos y reconocer las diferencias y puntos en común existentes y en esa complejidad reflexionar sobre los alcances de la formación académica. Este primer acercamiento analítico de las unidades académicas de carreras de grado de trabajo social, de 5 años de duración, de los países de Argentina, El Salvador y Guatemala, nos permite reflexionar sobre las diferencias detectadas a partir de observar en los fundamentos de los programas una visión integral que reconoce como esencial proporcionar un encuadre de lo histórico, epistemológico, teórico, metodológico y ético que anide la intervención del trabajo social con grupos, mientras que en otros se centra en una recuperación teórica que sustenta lo metodológico haciendo hincapié en el uso del instrumental para dinamizar grupos. Otra diferencia analizada tiene que ver con la cantidad de contenido y de bibliografía que se ofrece al estudiante pudiendo observarse que lo excesivo, lo variado en cuanto posicionamientos teóricos, epistemológicos prevalece en uno de los países mientras que su contracara es de corte minimalista y de escasa bibliografía, en los otros dos países que acompaña la enseñanza-aprendizaje. Además, se observa que la bibliografìa en uno de los países va desde 1969 a 2010 mientras que en los otros países desde 2001 a 2015, no identificando páginas en los programas analizados sino textos o bien revistas completas, lo cual nos interpela si lo vinculamos con respecto a la carga horaria asignada a cada asignatura y su tiempo real de dictado.Hemos identificado procesos de relación teoría - práctica, como aspectos distintivos en la construcción de los planes de estudio y de los programas de formación en el campo del trabajo social con grupos, siendo notorio y característico lo metodológico en las propuestas académicas que se ofertan. Es así como visualizamos que en algunos países, el contenido temático de trabajo social de grupo se desarrolla en un único semestre, y espacio académico, curso, abarcando la gran variedad de elementos teóricos y metodológicos que brindan los conocimientos y herramientas para la formación del profesional en trabajo social. En otras unidades académicas, entre ellas, las de El Salvador y Guatemala, el trabajo social de grupo, se implementa a través de tres cursos de duración semestral cada uno, distribuidos en diferentes semestres a partir de tercero hasta octavo en el que implementan el contenido teórico - práctico relacionado con la apropiación y fortalecimiento de las habilidades y competencias formativas en relación con el método de trabajo social de grupo; en cambio en Argentina es anual y con una fuerte impronta teórica - metodológica que promueve habilidades comunicativas e instrumentales que facilitan la intervención profesional siendo su dictado en segundo año de la carrera de grado. Asimismo, en las dos primeras unidades académicas; coinciden en que el acompañamiento desde este método de intervención profesional es un instrumento que permite el desarrollo ciudadano y social mientras que para la otra es una estrategia de intervención en el campo del trabajo social que promueve el cambio y la transformación de los sujetos. Encontramos tensiones en sus objetivos y contenidos en la formación que estos países ofrecen quedando al descubierto la preocupación teórica y metodológica centrada en ofrecer a estudiantes conceptos, técnicas, instrumentos y estrategias, como también el desarrollo de competencias para operar y/o intervenir en grupos desde los emergentes de la cuestión social quedando ausente o desdibujado lo epistemológico y lo ético que posicione al estudiante en formación. En este sentido y en relación con la formación de futuros trabajadores sociales, concebimos que los programas tienen que ser actualizados sin perder su continente, el plan de estudio, para no caer en el despojo de propósitos, fundamentos y contenidos mínimos que le dieron origen a la carrera en los países de este primer ejercicio de análisis. Sino por el contrario, se interpele para su modificación en tanto, que las/los estudiantes se transforman, las prácticas de formación profesional se redefinen, el contexto cambia y la producción de nuevos conocimientos nos alertan para revisitar, revisar y actualizar los planes y programas a partir de nuevas conceptualizaciones e interpretaciones de fenómenos y problemas sobre los que se interviene. Por consiguiente, consideramos a la formación académica como una práctica académica, guiada, y sobre todo reflexionada críticamente, recapturada desde lugares epistemológicos, teóricos, metodológicos que es intencionada y que tiene como fin generar un proceso de enseñanza aprendizaje en él y la estudiante que se está formando.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Panel presencial
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#606 |
Las luchas de las trabajadoras sociales en la dictadura de 1964: Contribuciones para la Renovación del Servicio Social Brasileño
Elaene Alves
1
1 - Departamento de Serviço Social -Universidade de Brasília-UnB.
Resumen:
Ante el objetivo del XXIII seminario "Radicalización del neoliberalismo y la pandemia: contradicciones, resistencias y desafíos para el Trabajo Social, en la garantía de los derechos", se considera pertinente contribuir con reflexiones sobre el proceso de producción de conocimiento en nuestra área .El propósito de este artículo es contribuir a la memoria de la participación política de las mujeres en el Trabajo Social, y cómo experimentaron las experiencias de violencia, persecución y resistencia, durante la dictadura cívico-militar, en Brasil, de 1964 a 1985. Así, es imprescindible expresar los aspectos relacionados con las luchas, persecuciones en el ámbito profesional y político deestas mujeres de servicio social directamente afectadas por el terrorismo de Estado y es explícito el daño inmediato a la construcción de la hebra que José Paulo Netto designó como "intención de ruptura". Se entiende que, este período dictatorial "frenó el desarrollo teórico-metodológico de la profesión en una perspectiva crítica, sólo expresada y reanudada en Brasil a partir de 1979, fruto de las luchas por la redemocratización en el país y también de la resistencia de estas mujeres en diferentes espacios políticos de la militancia.Así, la aproximación con este proceso histórico contribuye al debate sobre el desarrollo de la profesión en las décadas siguientes, cuando se analiza la participación directa de muchas de esta generación de mujeres en forma de resistencia a la dictadura cívico-militar, contribuyendo, posteriormente, al avance del aspecto más crítico del movimiento renovador de la profesión y, asimismo, para la organización política de la categoría, cuyo hito fue el III Congreso Brasileño de Trabajadores Sociales.- Congreso del Turno en 1979. Es decir, también intentamos establecer enfoques de procesos que puedan revelar aportes en la comprensión de cómo dicha acción también pudo haber contribuido a la construcción de un proyecto ético-político de la profesión, con un carácter más crítico y comprometido con la clase trabajadora.Lo que aquí se presenta son aportes de la construcción y desarrollo de investigaciones doctorales específicas con el Programa de Posgrado en Trabajo Social de la Universidad Estadual de Río de Janeiro (Titulado, "Pequeña memoria para un tiempo sin memoria": violencia y resistencia entre mujeres de servicio social en la Dictadura Cívico-Militar de 1964-1985), cuyo objeto se dirigió a la violencia y resistencia experimentada por las mujeres del Trabajo Social en el contexto dictatorial de 1964-1985 en el país – (ALVES, 2018).La hipótesis del trabajo es la afirmación de que las relaciones patriarcales de género pueden asociarse a la explicación de la producción y reproducción de las relaciones sociales, raciales y capitalistas en el país, así como que la dictadura cívico-militar ha detenido el desarrollo teórico-metodológico de la profesión en su aspecto crítico, sólo expresado y reanudado en Brasil desde 1979.Así, las relaciones sociales asociadas a este objeto de estudio expresan, por tanto, importantes y pertinentes escisiones, en las que las relaciones patriarcales de género y raciales se suman a las de las clases sociales, estrictamente, fundamentos del orden capitalista. En otras palabras, aprehender la dictadura cívico-militar en Brasil requiere inscribir este proceso particular (y las singularidades del posicionamiento y alineamiento de las mujeres de profesión dentro de la resistencia política a la violencia múltiple del Estado dictatorial), en una totalidad cargada de contradicciones, que es la formación social brasileña en los marcos del ordenamiento monopático en el país, también marcado por el racismo y el machismo, tomado para el estudio circunscrito de los años 1964-1985. Partiendo de la realidad social de este período histórico, se trataba de captar las múltiples determinaciones de las relaciones de la sociedad capitalista en un contexto de dictadura cívico-militar, articulando e identificando sus mediaciones con las relaciones patriarcales de género, con el fin de abordar la violencia y resistencia que experimentan las mujeres en el Trabajo Social. Las categorías esenciales para el método utilizado fueron las de totalidad, contradicción y mediación, así como, al abordar este objeto para ser capturado por el pensamiento, para aprehender su estructura y dinámica, requirió relacionar las categorías de particularidad y singularidad con la universalidad del modo de producción capitalista, es decir, específicamente, en los hitos del orden monopoliza y en la formación social brasileña.Para llevar a cabo este estudio cualitativo y exploratorio, además de la revisión teórico-bibliográfica y la investigación documental, se utilizó el trabajo de campo que involucró entrevistas a 10 (diez) mujeres de Trabajo Social que se insertaron, en las luchas y resistencias de ese período. Con respecto a los procedimientos metodológicos, se observa que las preguntas planteadas por la investigación llevaron a la elección de realizar la "triangulación de los datos", a través de la investigación teórico-bibliográfica, documental y entrevista. Además, también contó con diversas fuentes documentales, ya sean las publicadas por diferentes organizaciones que han ido estableciendo ajustes históricos con este pasado de la historia nacional, o en los registros del Sistema Nacional de Información, disponibles en el Archivo Nacional, en el Centro de Referencia de Luchas Políticas en Brasil (1964-1985), conocido e identificado como "Memorias Reveladas".Para concluir, investigar estos recuerdos de la violencia y resistencia de las mujeres en el Trabajo Social rescatadas y discutidas recupera la historia de ayer, expone los desafíos de hoy y advierte sobre aquellos del presente y del futuro que llaman a la organización colectiva y la resistencia.
#131 |
SERVIÇO SOCIAL E DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: Neoliberalismo, pandemia e garantia de direitos de LGBTI+ no Brasil
Marco José de Oliveira Duarte
1
;
Bruna Andrade Irineu
2
;
Guilherme Gomes Ferreira
3
;
Simone Brandão Souza
4
;
Dandara Felícia Silva Oliveira
1
1 - Universidade Federal de Juiz de Fora.
2 - Universidade Federal do Mato Grosso.
3 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
4 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Propuesta del Panel:
O objetivo deste painel temático é reunir as temáticas que problematizam o reconhecimento da diversidade sexual e de gênero e, particularmente, a garantia de direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transgêneros, Transexuais, Intersexos e mais (LGBTI+), no contexto atual do neoliberalismo e da crise do capital, principalmente, em decorrência da pandemia da COVID-19. Estas questões emergem de pesquisas de assistentes sociais docentes e pesquisadores/as no Brasil, do nordeste ao sul do país, que tratam das lutas sociais da população LGBTI+ em diversos espaços institucionais e que envolvem uma arena complexa de negociações e disputas. Portanto, torna-se um desafio ético-político e teórico-metodológico que, no âmbito da produção e transmissão do conhecimento na área do Serviço Social, afirma a necessidade de superação da ordem capitalista nos cenários brasileiro e latino-americano. Para tanto, analisa-se as ofensivas antigênero em curso, produzidas por setores conservadores e grupos antidemocráticos em seus diversos ataques em distintas regiões do globo, tomando como foco as lutas por reconhecimento e por garantia de direitos de LGBTI+, que na particularidade brasileira vai se ampliando na mesma medida em que o enfrentamento à LGBTIfobia vai sendo incorporado à agenda pública. A combinação entre moralismo e política reacionária conformam o presente avanço do conservadorismo em aliança com o receituário (ultra)neoliberal. Particularmente, quando se trata das dissidências sexuais e de gênero nos espaços da saúde, do trabalho sexual e nas prisões e a lógica capitalista do encarceramento. Sobre este último, registra-se que a população prisional no Brasil é a terceira maior do mundo, crescimento que tem se revelado contínuo. Dados sobre o sistema penitenciário brasileiro espelham a existência de uma política de encarceramento em massa, reflexo de um sistema de justiça criminal punitivo, discricionário e estruturado na criminalização das relações sociais de grupos subalternizados da sociedade. Tal política é uma estratégia da necropolítica neoliberal promovida pelo Estado que se constitui, no contemporâneo, na submissão da vida ao poder da morte, seja física ou social, de grupos específicos através das estruturas de assujeitamento dos indivíduos a determinadas condições de vida. Assim, é essa política de morte, enquanto política de Estado, induzida em direção a determinados grupos populacionais considerados descartáveis e supérfluos em seus corpos e vidas que tem sido imposto pela ordem social do capital, como negros, quilombolas, indígenas, ciganos, favelados e, no nosso caso, LGBTI+, com a destruição material destes corpos e populações humanas. No caso da população prisional, a submissão cotidiana às violações de direitos e violências diversas, incluindo mortes, presentes nas dinâmicas punitivas e engendradas pelas práticas e normatizações institucionais, afetam amplamente corpos e subjetividades. A prisão que intersecciona diversos marcadores de opressão como raça, gênero, classe e sexualidade, vai sequestrar também corpos marginalizados e desumanizados socialmente como o LGBTI+. Sabendo-se dos inúmeros problemas estruturais da prisão, como superlotação e insalubridade, além da precariedade das políticas penitenciárias, analisa-se o agravamento das condições de aprisionamento e o aumento da violação dos direitos de LGBTI+ em privação de liberdade, durante a pandemia da COVID-19 em dois estados brasileiros, sendo um no Rio Grande do Sul, com estes sujeitos, e o outro, na Bahia, voltado especificamente para as lésbicas. Ressalta que estes espaços prisionais e as ditas políticas penitenciárias ainda se estruturam a partir de um modelo hetero-cis-terrorista, de cunho biologicista e identitário, revelando que as prisões respondem mal as demandas por direitos dessa população, frequentemente impondo situações de tortura e maus tratos, acentuadas no contexto da pandemia, quando as demandas de saúde mental decorrentes de sentimentos de abandono e solidão tiveram quase como única resposta a medicalização psiquiátrica diante de um cenário de precarização radicalizada. Portanto, é esta mesma estrutura social e histórica que se impõe para LGBTI+ privados de liberdade, no cenário pandêmico, que se coloca para mulheres transexuais, transgêneros e travestis trabalhadoras de sexo e com outros contornos e demandas para o conjunto dos sujeitos LGBTI, na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. Neste contexto, conceitua-se o termo transvestigêneres, oriundo do movimento social, que rompe com as definições biomédicas para o controle dos corpos, como se analisa a precariedade da vida e os enquadramentos destes sujeitos e seus corpos, lidos como ininteligíveis e marginalizados, mas também as formas de organização da prostituição que exercem como trabalho. No contexto de calamidade na saúde pública, em decorrência da pandemia do coronavírus, houve uma radical mudança na cotidianidade de diversos sujeitos, em particular, da população LGBTI+, que acentuou as precariedades e vulnerabilidades já existentes, reforçando, isto, nos serviços de saúde, na medida em que a LGBTIfobia e seus impactos, riscos e agravos à saúde destes sujeitos que sofrem desse grave e ameaçante ódio estrutural e institucional presente nas esferas governamentais, vem repercutindo em várias formas de sofrimento e adoecimento mentais. Assim, elucidando as análises críticas através de cinco pesquisas no Brasil, o painel apresenta estas produções e problematiza as questões teóricas e políticas da diversidade sexual e de gênero, bem como as lutas por reconhecimento e ampliação de direitos humanos de cidadania dos sujeitos LGBTI+ que atravessam esse momento presente, impostas pela pandemia da COVID, como o distanciamento social, a quarentena, as ineficácias das políticas e governos, as perdas em diversas dimensões da vida social e muito mais, trazendo implicações concretas, objetivas e subjetivas para os sujeitos das pesquisas. Esses sujeitos sempre foram historicamente expostos às violações de direitos, violências e mortes. Contudo, neste momento de crises sanitária, econômica, política e social, essas incisões nas vidas e corpos de LGBTI+ tenderam a ser mais tensionadas. Desta forma, a LGBTIfobia, por ser social e estruturalmente construída, vem se expressando radicalmente nas suas mais diversas formas de preconceito, discriminação, estigmatização, intolerância, segregação, isolamento, abandono e de desproteção social, política e econômica, somado, neste contexto, com as ofensivas antigênero engendradas por setores conservadores na esfera pública e governamental, embarreirando políticas e direitos LGBTI+, fragilizando as recentes conquistas de cidadania destes sujeitos em vários setores e modos da vida social destacados pelo painel, e que vem se agravando na falta de leis que possam garantir segurança, direitos de cidadania e políticas públicas para esta população.
#249 |
O Movimento Estudantil de Serviço Social brasileiro e o significado da pesquisa na formação profissional
Lucila de Souza Zanelli
1
1 - Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Resumen:
O Serviço Social brasileiro abarca um importante componente que não pode ser desprezado nas investigações acerca do seu processo de renovação que recusa o conservadorismo: trata-se da particularidade da ação política de estudantes do curso. O projeto ético-político (o chamado PEP) do Serviço Social, síntese de um movimento da profissão no Brasil, sustenta hoje o direcionamento sócio-político desta categoria profissional, e traz em seu âmago, a potência da ação organizada de estudantes que se lançaram como sujeitos na história do Serviço Social. Esta articulação profícua pode ser identificada através de muitas dimensões, a destacar, na esfera da construção de uma agenda conjunta com as demais entidades da categoria profissional (nomeadamente, o conjunto CFESS/CRESS - que congrega o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais de Serviço Social - e a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - a ABEPSS, entidade a qual estudantes de graduação e pós-graduação têm construído, inclusive com cargos representativos junto às gestões, desde os anos de 1981).A presença do Movimento Estudantil de Serviço Social nesta trajetória histórica de gênese e consolidação do PEP representa uma conquista político-profissional profundamente significativa, sobretudo, no campo de uma construção democrática e plural no dimensionamento das principais lutas e na análise das conjunturas nas quais se colocam desafios de grande monta à profissão.Os ataques ao pensamento crítico, à liberdade de cátedra, direcionados de forma peculiar ao campo das ciências humanas e sociais, ao financiamento público de pesquisas, à universidade pública e presencial, ao serviço público, têm ganhado contornos profundamente regressivos no Brasil. Os representantes políticos dos interesses do grande capital têm demonstrado abertamente seus compromissos com a efetivação de um Estado mínimo para o trabalho e máximo para o capital, cenário que se acentua em suas contradições desde o contexto pós-golpe de 2016, em que o “desgovernante” Michel Temer ascende como chefe de Estado, derrubando a ex-presidente Dilma Rousseff, denotando o esgotamento do pacto social vigente e explicitando os limites das tentativas de conciliação de classes projetada pelo campo democrático-popular.Inúmeras contrarreformas operadas na área dos direitos sociais evidenciam um cenário de barbárie, reafirmando o que José Paulo Netto aponta: o esgotamento de qualquer possibilidade civilizatória nos marcos da ordem capitalista.As condições de vida e trabalho da grande massa da população mundial são degradantes, e é neste campo de tensões e cenário de “terra arrasada” que profissionais do Serviço Social têm se inserido nos espaços socio-ocupacionais; logo, também atravessado por tais desmontes, com inserção precária na divisão social, técnica, racial e sexual do trabalho.Diante a agudização das expressões da “questão social”, os desafios acentuam-se para a construção de estratégias profissionais sustentadas nos princípios do projeto ético-político profissional, já que os tempos hodiernos têm explicitado a incompatibilidade de uma democracia plena com o ordenamento social de produção vigente. E a centralidade da liberdade como um valor ético no PEP delinea, nitidamente, uma concepção que colide frontalmente com os valores que sustentam a sociedade do capital.Como uma das estratégias de enfrentamento, sublinhamos aqui as construções políticas oriundas das articulações entre estudantes de Serviço Social como fundantes. É importante frisar que falamos do processo político-pedagógico que envolve o futuro da profissão. O senso crítico, o compromisso com a investigação científica, com as lutas sociais mais gerais e particulares da classe trabalhadora são bases formativas que possibilitam um amadurecimento político da nova geração de profissionais, esta que se defrontará com condições demasiadamente adversas no campo do exercício profissional.Nesta dimensão, vale ressaltar a importância da articulação indissociável do tripé universitário ensino/pesquisa/extensão. Sublinhamos a pesquisa em razão das ofensivas atuais do projeto de educação do capital, o qual tem operado numa proposta mercadológica, de precarização e tecnificação, suprimindo o campo das investigações e pesquisas. Este cenário representa ameaças concretas à hegemonia do projeto ético-político profissional. Os estudos e pesquisas que se debruçam com foco no próprio processo histórico do Movimento Estudantil de Serviço Social, de suas entidades de base (os Centros e Diretórios Acadêmicos) e a entidade máxima de representação de estudantes de Serviço Social no Brasil (a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social/ENESSO) conformam um importante campo a receber mais atenção.São diversas as delimitações históricas, políticas, profissionais, territoriais que se apresentam como um campo aberto nesta área de estudos. Dentre os princípios que sustentam o Código de ética da/o Assistentes Social (de 1993) no Brasil, destacamos os que versam sobre o nosso compromisso com o constante aprimoramento intelectual e a necessária articulação com os movimentos sociais populares, ou seja, movimentos que representam lutas travadas pela classe trabalhadora por melhores condições de vida e trabalho e ainda, que se articulam em torno de lutas mais específicas consoantes ao estabelecido no PEP.O desenvolvimento de pesquisas envolvendo, sobretudo, estudantes de graduação, sujeitos potenciais protagonistas do Movimento Estudantil de Serviço Social, tendem a possibilitar maiores subsídios para o fortalecimento dessa construção política tão particular na história do Serviço Social à nível mundial.No sentido da defesa de uma universidade popular - a qual abarca uma profunda crítica anticapitalista ao modelo de educação e universidade vigente e a disputa e tensionamento pela democratização do acesso e permanência à tais espaços - se funde com a defesa de um projeto societário que supõe a destruição das relações sociais estruturantes da sociedade moderna, projetando uma transição socialista que nos permita viver em uma sociedade na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento geral da sociedade, conforme Karl Marx.
#521 |
Ensino superior e racismo institucional em tempos de pandemia de Covid-19: desafios para acesso e permanência
Loiva Mara de Oliveira Machado
1
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Daniela Ferrugem
1
1 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Resumen:
O presente artigo visa contribuir para problematizar a incidência do racismo institucional na educação superior no Brasil, agravados ainda mais no contexto da pandemia da Covid-19. Partimos da concepção de que o racismo é estrutural e estruturante das relações sociais pois é “[...] uma forma sistemática de discriminação que culminam em desvantagens ou privilégios, a depender do grupo racial” de pertencimento (ALMEIDA, 2019, p. 32)”. A universidade, como espaço privilegiado de produção de conhecimento, não está imune a esta lógica. Sob o alicerce da colonialidade os espaços e ritos acadêmicos reproduzem relações de opressão que incidem diretamente na vida pessoal, acadêmica e profissional de estudantes e profissionais (técnicos, docentes e profissionais que exercem serviços terceirizados), especialmente negros e indígenas, que fogem ao padrão considerado legítimo de ocupação desse espaço. Isto por que a universidade brasileira, fundada em modelos eurocentrados, almeja um perfil heteronormativo (cisgênero, branco), de classe (burguesa) e pertencimento (status social) que ocupem a universidade a partir da lógica da meritocracia. Fundamental nesse processo refletirmos que o perfil das/os estudantes da classe trabalhadora que chegam à universidade é constituído por trajetórias de vida, demarcado por alguns indicadores sociais e raciais, que possibilitam elucidar o quanto a produção de desigualdades não está relacionada à falta de esforço individual. No Brasil, 74% pessoas brancas ganham 74% a mais do que pessoas negras (pretos e pardos); nesse país de abrangência continental territórios onde não há sequer um serviço de saneamento, atinge 28% de pessoas brancas e 44% de pessoas negras. Quanto ao analfabetismo temos um índice de 4% para pessoas brancas e 10% para pessoas negras (IBGE, 2019). Sobre a violência 75% das vítimas de homicídios são pessoas negras (CERQUEIRA, 2021). Os crescentes índices de homicídios e feminicídios não são acidentais, mas sim, parte de um projeto genocida, que visa a invisibilidade e a eliminação “do/a outro/a”, do não sujeito, considerado descartável diante dos preceitos de um projeto dominante, que por ser estrutural também incide no ensino superior. Não por acaso o constante debate e ações de incidência, propagadas pelos governos e instâncias de estado e capilarizadas por instituições de ensino superior vinculadas a uma política intervencionista, as quais vem incidindo pelo desmonte das políticas de ações afirmativas e dos programas de permanência estudantil. No contexto da pandemia da Covid-19 o perfil da universidade pública do final de 2019 foi duramente modificado por um conjunto de medidas e restrições orçamentárias. Em 2020, o Ministério da Economia anunciou um corte de R$ 4,2 bilhões para o orçamento do Ministério da Educação em 2021 (HARTMANN, 2021). Esse montante corresponde a 18,2% em relação ao orçamento deste ano. De acordo com esse levantamento as universidades tiveram a redução de R$ 1 bilhão no orçamento, o que inviabiliza o cumprimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. De outra parte quem vem assumindo o custo para o financiamento da educação superior são as/os trabalhadoras/es das instituições de ensino, que durante o período de distanciamento social, necessário frente ao risco de contágio decorrente da Covid-19, tiveram que arcar individualmente, com financiamento próprio, para manutenção de equipamentos, ampliação do sistema de internet, energia elétrica e mobiliário. O espaço público da universidade: laboratórios, salas de aula, biblioteca, espaços de estudos, extensão e pesquisa, ocuparam a vida privada das/os trabalhadoras/as do ensino superior. A sobrecarga de trabalho foi acentuada frente à dificuldade de estabelecer uma linha divisória entre o tempo de trabalho e o tempo da vida, ainda mais demandado, especialmente às mulheres, que historicamente assumem o exercício do cuidado. As mulheres se viram mais sobrecarregadas com o fechamento das escolas infantis e fundamentais e do imperativo do cuidado de familiares doentes por conta do Covid-19, cuja a determinação para casos menos graves era de isolamento no âmbito da casa. Se considerarmos o perfil do estudante brasileiro do ensino público superior, onde uma pesquisa realizada pela Andifes/Fonaprace (2018, p. 50) refere quanto ao perfil das/os estudantes vinculadas/os ao ensino superior, em instituições públicas federais, com idade até 17 anos: 58,9% de mulheres e 40,8% de homens e 0,4% outros; com idade de 18 a 24 anos: 56,5% mulheres, 43,2% homens e 0,3% outros; e, com idade de 25 anos e mais: 50,6% mulheres; 49,1% homens e 0,3% outros, os dados indicam que as mulheres compõem o maior grupo populacional em todas as faixas etárias entre os estudantes. Assim, podemos inferir a sobrecarga e a dificuldade em arcar com as atividades acadêmicas para estas alunas. Outro dado sobre o perfil diz respeito a renda média das/os estudantes, já que os dados revelam que 53,5% possui renda familiar per capita de até um (1) salário mínimo, sendo que 26,6% viviam com renda per capita de meio salário mínimo e, 26,9% com renda per capta de meio até (1) salário mínimo (ANDIFES/FONAPRACE, 2019, p. 28). Estes dados lidos em conjunto, indicam que a pandemia que obrigou as universidades a adotarem um ensino remoto emergencial, em um momento de estrangulamento do orçamento das instituições de ensino, que estavam em maioria sem recursos para investimento em políticas afirmativas que visam reduzir as desigualdades de acesso à tecnologia para as aulas remotas, bem como, manter e ampliar investimentos em bolsas e auxílios aos estudantes. Somou-se a essa realidade à pauperização e desemprego recorde no Brasil e a grave crise social e sanitária que solidificou um cenário de exclusão de estudantes oriundos da classe trabalhadora das universidades, em um flagrante retrocesso na inclusão e constante ampliação do acesso que vinha ocorrendo no Brasil até 2018. Referências:ALMEIDA, Silvio. Ou o que é Racismo Estrutural? Belo Horizonte: Editora Letramento, 2019.ANDIFES/FONAPRACE.V Pesquisa Nacional do Perfil Socioeconômico e Cultural de Dois Egressos do IFES–2018. Uberlândia/MG: 2019. CERQUEIRA, Daniel et al. (coordenação). Atlas da violência. Brasília, DF: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2020. HARTMANN, Marcel. Tribunal de quase 20% não afeta o funcionamento das universidades federais não RS. Porto Alegre: Revista ZH. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. Estudos e Pesquisas • Informações Demográficas e Socioeconômicas • n.41, 2019.
16:00 - 18:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#255 |
Los procesos formativos durante la pandemia y la construcción de alternativas: entre tensiones y transiciones
Adriana Ornelas
1
1 - UNAM_Escuela Nacional de Trabajo Social.
Resumen:
Los procesos formativos durante la pandemia y la construcción de alternativas: entre tensiones y transicionesCualquier análisis crítico sobre la situación por la que atraviesa actualmente la formación de grado, no puede comprenderse sin entender el contexto macrosocial que, de una u otra forma, la condiciona, es por ello que el análisis que se presenta a continuación comienza con una lectura de la realidad que, como se verá, se reflejó en los procesos formativos. El presente texto dará cuenta de la situación específica de las y los estudiantes de Trabajo Social en distintas universidades mexicanas. La pandemia por Covid-19 significó una situación de crisis que puso en evidencia la descomposición integral del sistema, al abrir una “grieta” que permitió ver con mayor claridad la desigualdad social y con ello confirmar que las situaciones de emergencia no afectan por igual a toda la población y son los sectores más empobrecidos los que sufren con mayor agudeza las consecuencias de este tipo de situaciones. Esta descomposición se notó, primero, en los sistemas de salud nacionales, que se vieron rebasados para atender a la población, al enfrentarse a la necesidad de atender una pandemia sin instalaciones ni instrumental pertinente, sin suficiente personal capacitado y sin medicamentos, por lo que pronto se vieron sobrepasados y entonces gobierno y población dimensionaron las graves carencias que en materia de salud se habían venido acumulando y que si bien ya se conocían, en esta emergencia se volvieron más evidentes al punto de que no había manera de conseguir un tanque de oxígeno, una cama de hospital, un respirador, provocando con ello miles de lamentables fallecimientos; y aún ahí se notó la desigualdad pues quienes tuvieron los recursos económicos suficientes pudieron conseguir una adecuada atención cuyos costos se elevaron considerablemente. En la esfera económica sucedió algo similar: la medida del pretendido “confinamiento universal”, no consideró las condiciones de miles de sujetos para quienes quedarse en casa nunca fue una opción: en primera instancia, por formar parte del personal de las denominadas áreas esenciales que no se detuvieron y además se vieron sobrepasados por la disminución de personal. Y por otra parte para quienes subsistían de la economía informal, es decir, aquellos cuya sobrevivencia depende del ingreso diario. Así, esta pandemia re-visibilizó el mosaico de la exclusión en toda su dimensión: vendedores ambulantes, meseros, empacadores, obreros, trabajadoras del hogar, trabajadoras sexuales, pequeños comerciantes, trabajadores de la construcción, trabajadores independientes, se quedaron sin ingresos de un día para otro. Poco después se fue haciendo evidente esta desigualdad en otras dimensiones, como la educativa, en la que ya de por si existía exclusión. En el caso de México antes de la pandemia existían más de 36 millones de personas mayores de 15 años sin educación básica concluida; miles de jóvenes rechazados del nivel medio superior y otros tantos del nivel universitario, de forma tal que sólo 4 de cada 10 estudiantes de primaria logran incorporarse a la universidad. Quienes si estaban incluidos en el sistema educativo en cualquiera de sus niveles, se vieron ante la problemática de cambiar de manera abrupta del sistema presencial al virtual y de manera errónea se partió del supuesto de que todo el estudiantado y profesorado contaba con condiciones para ello: una televisión, una computadora, una conexión a internet, materiales didácticos, espacios suficientes y adecuados para el estudio, entre otros. Lo cual nos habla de la invisibilización y normalización que se había hecho de las condiciones desiguales en las que viven docentes y estudiantes. Del mismo modo, se ignoraron las condiciones desiguales entre zonas geográficas, entre estratos socio-económicos, entre géneros, entre estratos etarios, y se dejó a la “suerte” de cada uno y fueron los individuos los que tuvieron que asumir asumieron toda la responsabilidad de continuar los procesos formativos en una modalidad que no se puede nombrar como educación a distancia pues ésta sí cuenta con las condiciones de infraestructura y conocimientos para desarrollarse, sino más bien se enfrentaron a una Escolarización Remota de Emergencia (ERE) como la nombró Gil Antón. En este contexto, se decidió realizar una investigación acerca de la situación del estudiantado de trabajo social que se forma en doce universidades mexicanas, en dos momentos: al inicio de la pandemia y un año después. Los resultados obtenidos muestran con toda claridad cómo se vivieron en concreto los problemas de salud física, las afectaciones a la salud mental, el deterioro de las condiciones económicas familiares, los problemas relacionados con el proceso formativo considerando desde aspectos tecnológicos y técnicos hasta los de aprendizaje y aprovechamiento. Hoy, nos enfrentamos a otra situación crítica para el desarrollo de los procesos formativos, pues la prolongación durante dos años de esta pandemia modificó de manera significativa la vida de estudiantes y docentes, lo cual está afectando, ahora, la transición (de regreso) a las clases presenciales, dadas las deterioradas situaciones económicas de las y los estudiantes, los problemas de salud mental como angustia, depresión, ansiedad; la prematura incorporación al mercado laboral, los vacíos de conocimientos, las dificultades para aprender, entre otras, que están complicando este regreso y en algunos casos provocarán un mayor rezago y deserción escolar. Ante este panorama casi desolador es necesario que, como formadores de futuros trabajadores y trabajadoras sociales, reflexionemos y profundicemos de manera colectiva en el análisis de la problemática que enfrentamos y con base en ello se generen alternativas para dar continuidad a los procesos formativos de miles de jóvenes que colocaron en su horizonte de vida, ser profesionales del trabajo social.
#407 |
Formación de grado en el contexto pos-pandemia: perspectivas y desafíos para el desarrollo de las prácticas pre-profesionales en Trabajo Social
Alejandro Mariatti
1
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Cecilia Rodríguez
1
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Mónica Brun
2
1 - Facultad de Ciencias Sociales - UdelaR.
2 - Facultad de Ciencias Sociales - UdelaR.
Resumen:
En ponencias anteriores (2021), el equipo docente del Proyecto Integral Protección Social, Instituciones y Práctica Profesional reflexionaba sobre una serie de preocupaciones vinculadas a la formación y a la evaluación de grado, que en su momento el equipo entendía se habían visto complejizadas a partir del año 2020 en virtud de dos acontecimientos: el cambio de gobierno y los impactos de la pandemia causada por el Covid 19. El objetivo del presente trabajo es, justamente, dar continuidad a esas reflexiones, considerando los cambios producidos en el último año y ante un contexto de nuevos desafíos específicamente en el marco de un proyecto de formación profesional que abarca enseñanza, extensión e investigación. Como se indica en el Plan de Estudios aprobado por la Facultad de Ciencias Sociales en 2009, los Proyectos Integrales suponen dos actividades curriculares que se ubican en el Módulo de Fundamentos Teórico Metodológicos del Trabajo Social, son de carácter anual y se imparten en el quinto y sexto semestres (Proyecto Integral I) y séptimo y octavo semestres (Proyecto Integral II).La propuesta curricular debe habilitar al estudiante la posibilidad de abordar diferentes dimensiones del Trabajo Social y la capacidad de planificar y desarrollar estrategias metodológicas, como, por ejemplo, la intervención con familias y grupos, instituciones, organizaciones, etc. A su vez, el/la estudiante debe elaborar y desarrollar una propuesta de investigación, de modo que desarrolle habilidades en otra de las dimensiones de la profesión. El objetivo general de la asignatura es promover procesos de aprendizaje integrales que permitan que los/as estudiantes se apropien de los contenidos fundamentales del curso, que les permita diseñar una intervención profesional fundada, que incorpore los fundamentos teórico metodológicos y técnico operativos del Trabajo Social así como la dimensión ético política inherente a toda práctica profesional.Durante este período los/as estudiantes se involucran en un proceso teórico-práctico que está compuesto por clases donde se trabajan los aspectos teóricos, por espacios de acompañamiento de los procesos de inserción pre profesional, por la asistencia a las instituciones donde realizan estos procesos que en nuestro caso se insertan en el campo de la salud (policlínicas del Primer Nivel de Atención, hospitales y un área de salud mental, internación y rehabilitación) y por el taller de investigación. Este proceso implica que el/la estudiante logre analizar y problematizar la realidad en la que se inserta, desarrollando una actitud crítica y reflexiva acerca de los procesos en los que participa directa o indirectamente, que debe culminar en la definición de una propuesta de intervención que implementará en el espacio concreto de su ejercicio pre profesional. Se espera que en su proceso de aprendizaje, el/la estudiante pueda ir apropiándose de las distintas dimensiones que componen a la profesión así como la inserción institucional de ésta, adquiriendo, de manera paulatina, mayores niveles de autonomía. En marzo de 2020, ante la pandemia por Covid-19, se declara la emergencia sanitaria que introdujo nuevas y profundas transformaciones en todas las dimensiones de la vida social. En el mismo año, asume la presidencia el Partido Nacional, produciendo un giro hacia la derecha, dando fin al ciclo de los denominados "gobiernos progresistas" en Uruguay. Si es posible constatar que la política de ajuste del actual gobierno agudizó algunas expresiones de la cuestión social (Danani, 2021), es necesario que el Trabajo Social, profesión cuyo campo de intervención se constituye por las múltiples manifestaciones que asume la cuestión social en distintos contextos socio históricos, sea capaz de dialogar con este nuevo contexto de regresión social caracterizado por la profundización de desigualdades ya existentes.A comienzos del año 2022 y en un contexto de relativo control sanitario de la enfermedad por COVID-19, el Proyecto Integral retoma en su totalidad las actividades presenciales en aula, así como en la asistencia de los/las estudiantes a los centros de inserción pre profesional. Se pueden mencionar al menos dos elementos a los que el equipo docente se enfrenta en este contexto pos pandemia: i) la integración de un estudiantado que transitó dos años previos de formación mayoritariamente de carácter virtual, o sea, sin haber tenido ninguna experiencia presencial en facultad, y, ii) la situación a la que se deben enfrentar en los centros de práctica en donde se evidencian no solamente las consecuencias sociales de la pandemia como también los impactos causados por el grave retroceso en el sistema de protección social. Ambas características colocan al equipo docente nuevos desafíos en cuanto a la formación en el espacio del Proyecto Integral y, junto con ello, en los formatos de evaluación. Siendo así, en esta ponencia el equipo docente se propone reflexionar sobre cómo estos aspectos
coyunturales que se encuentran inmersos en una crisis que es
estructural (Mészáros, 2011), impactan en el ejercicio pre profesional, identificando y analizando los desafíos que nos coloca para la valoración de saberes y competencias propios de la formación en Trabajo Social.
FCS - F2
11:00 - 13:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#061 |
Tiempos neoliberales y pandémicos en América Latina y el Caribe: “Nos dan un mismo caldo, pero no en la misma taza”
Marinilda Rivera Díaz
1
1 - Universidad de Puerto Rico.
Resumen:
La actual pandemia del COVID-19 nos llegó en un momento crítico, quizás el peor de la historia reciente de nuestros países del Sur. Esto marca diferencias específicas en cómo se articularon y continúan articulando las respuestas a la pandemia tanto desde el Estado como desde la sociedad. Las políticas neoliberales implementadas en la década de 1980 al privatizar derechos sociales como la salud, seguidas de una ola de medidas de austeridad y ajustes estructurales para el pago de la deuda de nuestros países, y la actual radicalización del neoliberalismo, arremetieron contra un debilitado sistema de bienestar y protección social, y han creado un crítico escenario que nos coloca en una posición muy frágil económica y socialmente para enfrentar esta pandemia y otras venideras si no asumimos con urgencia la necesidad de transformar radicalmente nuestras formas de vivir. Esta ponencia tendrá el propósito de aplicar una matriz de análisis que se ha desarrollado por el Grupo de Trabajo Salud Internacional y Soberanía Sanitaria del Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO) desde que se reportó el primer caso de COVID-19 en nuestra región. Esta matriz compuesta por seis dimensiones, tuvo el objetivo de caracterizar la pandemia del coronavirus en América Latina y el Caribe desde una perspectiva de salud internacional Sur Sur y soberanía sanitaria. Las seis dimensiones de análisis son: a) Epidemiológica, b) Sociedad y COVID-19, c) Estado, d) Respuesta de Sistema de Salud, e) Doctrina del Shock y capitalismo del desastre, f) Integración regional y cooperación Sur Sur en Salud. Cada una conlleva unas categorías y unidades de análisis. Para propósitos de esta ponencia, estaremos profundizando en tres de estas: Dimensión Epidemiológica, Dimensión Estado (dinámica sociopolítica del Estado), y Dimensión Respuesta de Sistema de Salud y su aplicación al contexto de la región latinoamericana y caribeña. Para la primera dimensión, Epidemiológica tendremos el propósito de explicitar la importancia de entender la conexión entre la sociedad, la biología y la naturaleza. En ella, se problematizará sobre el origen de la pandemia y su relación muy poco discutida con las prácticas depredadoras con la naturaleza en beneficio del capitalismo y la producción y acumulación de capital. En la segunda dimensión sobre las dinámicas sociopolíticas del Estado se enfatizará en recuperar la mirada sobre la pandemia desde la salud colectiva y pública, planteando la necesidad de entender que las personas son las que sufren las epidemias y ello requiere de abordajes más allá del modelo biomédico individualista que permita mirar la dimensión social de la salud o “las causas de las causas” que hacen más vulnerables a algunos sectores frente a la pandemia. En la tercera dimensión, que está muy vinculada a la segunda, se analizará la respuesta del sistema de salud a la pandemia, reconociendo que las mismas se dan en un contexto político, económico y social que producen dinámicas de tensión entre sectores, particularmente entre los que ostentan el poder frente a aquellos sectores sociales históricamente marginados como lo son les inmigrantes y las mujeres y niñas. Además, comprender las respuestas actuales del sistema de salud en nuestros países también requiere comprender los efectos de las políticas neoliberales durante las últimas 4 décadas así como los programas de ajuste estructural que requirieron recortes en las áreas de protección social, de vivienda y laboral para el pago de la deuda de nuestros países, desencadenando en las grandes brechas de desigualdad en enfrenta nuestra región así como el debilitamiento del Estado como garante de los derechos humanos. La ponencia terminará con algunas propuestas para encaminar otra ruta que aspire al buen vivir para nuestra región.
#115 |
A INSEGURANÇA DE RENDA NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 COMO UMA FORMA DE VIOLÊNCIA
Juliana Miranda
1
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Stephanie Barreto
1
;
Mônica Senna
1
1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
O trabalho tem como tema central a Insegurança de Renda no contexto da pandemia da COVID-19 no Brasil. Entende-se que a chegada da pandemia ao país acirrou o quadro já existente da precarização do trabalho, da miséria, da pobreza e da desigualdade social, em especial para os trabalhadores informais e/ou em precárias condições. Isso porque, além do cenário sanitário, as medidas para contenção da pandemia implicaram em isolamento social, com fechamento de diversos setores. Apesar do caráter fundamental dessas providências, busca-se argumentar que elas ocorreram com atraso e de forma tímida, o que, aliado ao processo de desmonte do sistema de Proteção Social brasileiro em curso, teve alcance modesto para enfrentar a perda de renda das famílias, podendo, assim, caracterizar uma forma de violência.Nota-se que os usuários da Assistência Social são pessoas que vivenciam expressões da questão social advindas do sistema capitalista de exploração e dominação. Com isto, abordou-se a discussão de como ocorre a atuação desta Política, sobretudo dentro da responsabilidade do Estado frente ao atendimento direto às necessidades dos usuários da Assistência durante a pandemia da COVID-19.Para elaboração do trabalho, recorreu-se à literatura relativa à temática, com intuito de realizar uma reflexão teórico-metodológica acerca da violência da Desproteção Social no que tange à transferência de renda em 2020 e 2021.Observa-se que nas duas primeiras décadas do século XXI, o Brasil experimentou importantes avanços na Assistência Social, enquanto Política Pública e direito de cidadania. O texto constitucional e sua posterior regulamentação, por meio da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), de 1993, reconhecem a Assistência Social como Política Pública da Seguridade Social, sendo responsável pela Proteção Social não contributiva. Em consonância com os princípios e diretrizes contidos na Carta Constitucional e na perspectiva de prover Proteção Social, a PNAS prevê a garantia de um conjunto de Seguranças, assim definidas: Segurança de Sobrevivência (rendimentos/renda), de acolhida e de Convívio ou Vivência familiar. A PNAS define a Segurança de Acolhida como primordial para a Assistência Social, pois está relacionada às necessidades dos sujeitos para a vivência em sociedade, como a provisão ao alimento, ao vestuário e ao abrigo. Já a Segurança da Vivência familiar é assegurada pela Assistência Social através da participação de programas e serviços que provêem o convívio em família e comunidade. Esse artigo aborda a Segurança de Sobrevivência, no que tange à não garantia de Segurança de Renda. Conforme estabelecido pela PNAS, esta Segurança é a garantia de que todos os indivíduos tenham condições monetárias de reprodução social e cidadania, mesmo que não tenham condições de trabalhar, tal como as pessoas com deficiência, idosos e desempregados. Para avançar na discussão, entende-se que quando não há, ou existe de forma precária a execução das Políticas Públicas de Proteção Social, há violência da Insegurança de Renda, que é reflexo da produção e reprodução capitalista e do neoliberalismo.Ao pensar nesses tópicos, precisa-se refletir sobre o significado da violência, tão presente em nossa sociedade que chega a alcançar o status de “normalidade”, e o não-incômodo por parte da população em não discutir ou não se perceber em uma situação violenta. Questionar a Insegurança Social é questionar o desmonte de Políticas Públicas e colocar em outro patamar as funções do Estado, que se distancia do social para atender agendas neoliberais, onde chega-se a desregulamentação econômica e a redução dos gastos, ambos importantes para a produção e reprodução social do capitalismo.Busca-se discutir e refletir, portanto, sobre a Política como instrumento neoliberal que mantém a questão social e a violência da Insegurança de Renda com Políticas fragmentadas, recursos reduzidos e congelados, apoiadores e defensores do capital e interesses e desvalorização dos direitos.Durante a pandemia, o Governo Federal demorou a dar respostas à situação sanitária e social, podendo ser verificado, inclusive, um intenso processo de desmonte do sistema de Proteção Social existente, ampliando o cenário de Desproteção Social em que se encontra a classe trabalhadora no país, particularmente os segmentos mais pauperizados. A fim de atender as necessidades dos brasileiros que perderam sua fonte de sobrevivência ou que tiveram suas vulnerabilidades agravadas em consequência da pandemia, o Governo Federal implantou o Auxílio Emergencial (AE), estabelecido através da Lei nº 13.982, de 2020. A primeira fase do AE realizou o pagamento de três parcelas de R$600,00 (seiscentos reais), limitado a R$1.200,00 (mil e duzentos reais) por núcleo familiar, sendo posteriormente estendido por mais dois meses. Em setembro iniciou-se a segunda fase, denominado Auxílio Emergencial Residual (AER), a partir da Medida Provisória nº 1.000, de 2020.Com a Medida Provisória nº 1.039, de 2021, a rodada de 2021 começou em abril, sendo 4 parcelas iniciais, e mais 3 de prorrogação ao trabalhador que foi beneficiado anteriormente pelo AE. O AER está sendo pago em prestações mensais no valor de R$300,00 (trezentos reais) com aplicação de alguns novos critérios e restrições, nem todos os beneficiários da primeira fase permanecem recebendo o benefício. A partir do pagamento do AE e do AER os beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) tiveram o benefício suspenso para recebimento do Auxílio. O PBF, inaugurado em 2003, foi o maior programa de transferência de renda (PTR) do Brasil, perpassando os governos dos ex-presidentes Lula, Dilma e Temer. Entretanto, em 2021 Bolsonaro o encerrou e criou o Programa Auxílio Brasil (PAB). Mesmo diante das transferências de renda durante a pandemia e da relevância dos Auxílios e Programas para a sobrevivência, alguns indivíduos tiveram sua situação de vulnerabilidade agravada por não possuírem o perfil das Políticas Sociais vigentes.Ao deixar de beneficiar uma parcela da população, o Governo Federal está ferindo a Segurança de Renda e a perspectiva de equidade e de garantia de acesso aos mínimos sociais prevista pela PNAS. Entende-se que esta focalização legitima o controle, a dominação e a violência, aqui a de renda. Dessa forma, pode-se moldar, controlar, convencer a classe trabalhadora.
#161 |
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PANDEMIA: desafios à atuação profissional do/da assistente social no Centro de Referência da Assistência Social - CRAS
Janaina Albuquerque de Camargo
1
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Camilla Camilla Alves de Azevedo Lima
2
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Carolina Dantas Magalhães Lopes
2
1 - Universidade Federal Fluminense - UFF.
2 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
RESUMO O estudo reflete sobre a política de assistência social no Brasil, no cenário da pandemia, destacando os desafios profissionais colocados à/ao assistente social, em particular, no espaço sócio-ocupacional do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que integra a proteção social básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Para tanto, realizamos pesquisa de natureza bibliográfica em livros, artigos e tese, que indicam como direção teórico-metodológica o referencial teórico crítico. Associado a esse debate, apresentamos análises oriundas da sistematização do exercício profissional realizada a partir de relatórios institucionais da Coordenação de um CRAS, do município de Niterói, pertencente à região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Efetuamos, também, uma pesquisa documental em legislações, decretos e resoluções da política de assistência social e das ações emergenciais no cenário da pandemia e em documentos institucionais do município, relacionados aos atendimentos, no período de março de 2020 a março de 2021, com o objetivo de refletir sobre a condução da política de assistência social no contexto pandêmico[1]. Para realizar uma análise crítica a respeito da política de assistência social no cenário atual da pandemia, precisamos compreendê-la articulada ao processo histórico de reprodução das relações capitalistas e da acumulação do capital. De acordo com a teoria social crítica, o modo de produção regido pelo capital tem como traço constituinte a Lei do Valor e a exploração do trabalho através da apropriação do valor excedente, a mais valia. Segundo Marx (2018), a “superpopulação relativa” (população atendida pela política de assistência social no Brasil), adquire configurações diferenciadas, conforme o próprio processo histórico de transformação do capitalismo, do desenvolvimento das forças produtivas e dos efeitos da acumulação do capital perante à classe trabalhadora. Na base da “superpopulação relativa”, encontra-se ainda uma das esferas mais perversas do capitalismo. Há um grande número de trabalhadoras/es aptas/os para o trabalho, mas que não conseguem emprego, encontrando-se na condição de pobreza extrema. É justamente esse cenário que favorece a superexploração da força de trabalho, marcada pela precarização das relações de trabalho, processos que são agudizados no atual estágio da acumulação capitalista. Nesse contexto, em um cenário de acentuada exploração do capital sobre o trabalho, temos o acirramento das manifestações da questão social, e, para o seu enfrentamento e no movimento histórico de luta da classe trabalhadora, as políticas sociais se constituíram e se constituem como ações organizadas dos diferentes estados nacionais capitalistas, marcadas por singularidades, conforme as particularidades da formação social, histórica, política e econômica de cada país, a partir do desenvolvimento do capitalismo em cada cenário. A desigualdade estrutural do capitalismo se acirra nos momentos de crise econômica, agravando a miséria e as condições de vida da classe trabalhadora. Na realidade, as crises no capitalismo são de caráter estrutural, e é justamente nesse contexto que a condição do trabalho se torna mais precarizada, com a intensificação da exploração do capital sobre o trabalho. No capitalismo contemporâneo, o capital, com o respaldo dos estados nacionais que atuam direcionados pelo ideário neoliberal, vem destruindo as regulamentações trabalhistas e as políticas sociais que foram instituídas através da histórica luta da classe trabalhadora. As funções do Estado são revistas de modo a privilegiar o capital financeiro, ao contrário de uma forte atuação nas políticas sociais. Por isso, os efeitos da crise sanitária, que se expandem na realidade brasileira, articulam-se à própria crise estrutural do capital, anterior à pandemia. Nesse cenário, foi realizada a expansão das ações assistenciais governamentais, as quais, embora tenham a sua importância no momento atual do crescimento do desemprego e da pobreza, acabam por oferecer benefícios irrisórios, se calculadas as reais demandas da população. Em tal realidade, verificamos que a Assistência Social tem sido utilizada como estratégia de atuação do Estado brasileiro para a reprodução da força de trabalho a fim de não interromper o processo produtivo, conforme apontamentos de Boschetti (2016). Historicamente, a política de assistência social tem uma interface com o trabalho (BOSCHETTI, 2016), sendo tal relação acentuada frente à expansão e à heterogeneidade da superpopulação relativa num cenário contemporâneo de superexploração do trabalho. Deste modo, verificamos o protagonismo da assistência social no processo de reprodução da classe trabalhadora brasileira, focalizando sua atuação em ações de combate à pobreza, em especial no período pandêmico. Além disso, o estudo realizado sinaliza que as fragilidades da política de assistência social, anteriores à pandemia, e articuladas ao processo maior de desmonte das políticas sociais no Brasil, tem gerado desafios às/aos assistentes sociais para o planejamento de ações profissionais coletivas e de mobilização junto à população nos equipamentos públicos da política de assistência social, como os CRAS. REFERÊNCIAS BOSCHETTI, Ivanete. Assistência social e trabalho no capitalismo. São Paulo: Cortez, 2016. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política.: livro 1. 33. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. v. 2. [1] Estes estudos compõem as análises da pesquisa “A atuação do/da assistente social no campo da gestão do SUAS no contexto da pandemia: as requisições socioinstitucionais e atribuições profissionais em debate”, sendo que essa integra o Núcleo de Estudos de Fundamentos do Serviço Social - NEFSS, da Escola de Serviço Social da UFF/Niterói.
#191 |
A fome no Brasil no contexto da pandemia de Covid-19 uma análise para além da aparência do fenômeno.
Leile Silvia Candido Teixeira
1
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
Esse texto é fruto de um processo de investigação sobre a fome no Brasil e as formas de enfrentamento a ela elaboradas pelo estado, via política sociais, e pelos movimentos sociais, via organização da classe. Nessa comunicação, especificamente, o objetivo é analisar o aumento da fome no Brasil no contexto da pandemia de Covid-19. Para a pesquisa utilizei como metodologia a análise de dados secundários, a análise de documentação e a revisão de literatura. Os dados analisados foram obtidos a partir da leitura dos relatórios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que aponta em sua pesquisa de orçamentos familiares (POF 2016-2017) divulgada em 2018, o retorno à fome no Brasil. Utilizei também os dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (2021) da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), realizado durante a pandemia, e os dados das pesquisas mensais sobre da cesta básica realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Os documentos utilizados foram os documentos oficiais, especificamente os decretos e as leis que informam sobre as decisões governamentais acerca do tema no período pandêmico, utilizei também a referência da documentação da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a partir da legislação e do planejamento da política. Por fim, a revisão de literatura contou com autores especializados no tema do abastecimento alimentar, segurança alimentar e nutricional, fome, além da literatura da área do Serviço Social e das políticas sociais, bem como da teoria social crítica fundamentada na tradição marxista. A primeira parte do texto apresenta a pandemia da Covid-19, sua incidência no mundo e no Brasil, as medidas sanitárias orientadas pela Organização das Mundial da Saúde (OMS) para a necessária contenção do vírus. Registra a letalidade da doença e ressalta um elemento importante para a análise das causas para a fome no mundo que é justamente a ocorrência de pandemias capazes de impedir a produção de alimentos, o que não foi o que ocorreu na pandemia de Covid-19. Pontua os elementos da pandemia, que sim, influenciaram na capacidade alimentar da população aumentando os índices de fome. Mas o faz de uma forma crítica, uma vez que, a fome durante a pandemia de Covid-19 tem características similares à fome em outros períodos históricos o que demonstra uma tendência repetida e reeditada acerca de quem é o público que segue em situação de fome no Brasil e no mundo. Em seguida analisa as medidas adotadas pelo governo federal que interferem diretamente na relação entre a capacidade de se alimentar da população e a fome, cotejando-as com as medidas que poderiam ter sido tomadas, visto que estão formuladas na política pública nacional e foram executadas por outros governos para conter o problema da fome. Medidas tais como: criação de estoques reguladores, restrição das exportações de alimentos da cesta básica nacional, formulação de uma legislação específica emergencial para apoio às famílias camponesas para que seguissem produzindo alimentos e abastecendo as mesas brasileiras – esse ponto tem especial relevância, pois ademais da pandemia de Covid-19 o Brasil está inserido em uma crise mundial da economia, e em crises ambiental e hídrica, a produção de alimentos no Brasil enfrentou secas e enchentes que são explicitadas no texto, essas sim, interferem significativamente na capacidade de abastecimento alimentar. Além dos aspectos do aumento dos preços da energia elétrica e dos combustíveis. O texto aponta para a essência do problema da fome que está na organização capitalista da produção que transforma o alimento em mercadoria e ao fazê-lo, submete a necessidade humana à alimentação às necessidades de reprodução do capital, explicita os problemas de uma matriz energética fundamentada no petróleo e refém de longas distâncias para transporte de alimentos, o que implica em acréscimo de vetores no custo dos alimentos como eletricidade, combustível e transporte. A dinâmica do mercado de alimentos é a responsável pela permanência da fome na atual etapa da história da humanidade e mais uma vez no Brasil, foi a dinâmica desse mercado, somada à forma com a qual o governo federal lidou com a pandemia que resultaram no aumento do problema da fome. Essa análise é importante, pois a fome não se resolve única e exclusivamente repassando recursos financeiros para as famílias empobrecidas, mas, especialmente, modificando a lógica e a dinâmica da produção de alimentos. A questão não está única e exclusivamente na logística ou na distribuição, e sim na relação de produção-circulação de alimentos, logo, na relação entre os mercados de importação e exportação de alimentos, mas também na regulação que o estado é chamado a fazer de estoques e da produção. Se em última análise o problema só se resolverá superando a ordem do capital, a redução dos índices da fome é possível com a conjugação da intervenção estatal na economia, políticas agrícolas e políticas emergenciais. A segunda parte do texto, portanto, analisa a tendência dos governos a restringir a resposta à fome à política de repasse de recursos financeiros à população, ou seja, à política de assistência social. Coteja os valores dos auxílios repassados às famílias ao longo do ano de 2020 e 2021 e o custo da cesta básica a partir de algumas cidades do país, utilizando dados dos estudos sistemáticos DIEESE que se soma às demais pesquisas apresentadas pelo IBGE e Pela Rede PENSSAN cuja base de dados permite compreender as razões pelas quais o Brasil está em uma tendência de aprofundamento da situação de fome.Por fim, o texto aponta elementos para o debate de um Sistema Nacional de Abastecimento Alimentar, a partir do acúmulo da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, da reflexão de autores especializados na política de abastecimento alimentar e no debate construído pelos movimentos sociais camponeses e urbanos que estão diariamente buscando organizar a classe trabalhadora e camponesa na perceptiva de construção de uma outra ordem societária.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Panel presencial
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#549 |
Los desafíos que la gerontología feminista en torno a la perspectiva de género y la problematización de las vejeces y su feminización.
sandra Sande
1
;
Monica Navarro
2
;
Nicole Mazzucheli
3
;
Mauricio Arreseigor
4
;
Teresa Dornell
5
1 - DTS-FCS.
2 - UNTREF- Universidad Tres de Febrero.
3 - PUCV.
4 - Cenur-FCS.
5 - DTS-FCS-Udelar.
Propuesta del Panel:
La propuesta del panel se ubica dentro del eje “Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos” aborda los desafíos que la gerontología feminista tiene en torno a la perspectiva de género y a la problematización de las vejeces y su feminización. Se trata de una propuesta que reúne a trabajadoras y trabajadores sociales que desde sus investigaciones e intervenciones vienen problematizando la dimensión de género desde una perspectiva interseccional. La iniciativa surge desde la red latinoamericana de trabajo social gerontológico (REDGETS) que nuclea a investigadoras/es que entrelazan prácticas profesionales y académicas desde Uruguay, Chile y Argentina a partir de experiencias situadas y con una mirada desde la gerontología crítica. Una de las dimensiones a profundizar y comprender implica la problematización de cómo se relaciona la edad con el género para habilitar la posibilidad de entender cómo, con el paso del tiempo, hombres y mujeres participan en la distribución del poder, cómo se distribuyen los privilegios de que gozan , enfatizando en los modos en que las culturas construyen los modos de “ser mujer”, de “ser hombre” y de “envejecer”. Desde esta iniciativa se considera imprescindible profundizar en la transversalización de la interseccionalidad como perspectiva y herramienta para el análisis y problematización de las múltiples dimensiones que atraviesan la temática. Si bien se ha avanzado en la producción teórica que aporte al reconocimiento e incorporación en el discurso académico a
las vejeces como categoría de análisis, como forma de visibilizar la singularidad de las experiencias y evitar la homogeneización;persiste una mirada hegemónica hetero-cis-centrada. Por lo que los aportes de la teoría feminista y
queer resultan fundamentales para redimensionar y reconceptualizar los diversos procesos que determinan las vejeces.El pensamiento hegemónico que se contituye desde los viejismos, el edadismo y la lógica patriarcal construye un sujeto viejo único se enfrenta a las diversidades de habitar las vejeces. Enfatizar en los diversos modos de envejecer es una forma de deconstruir los prejuicios y aportar al conocimiento sobre la vejez y el envejecimiento desde una mirada apoyada en la gerontología critica y feminista. Asimismo, es necesario continuar complejizando la reflexión e intervenciones profesionales para incidir a su vez en el marco de protección social y redefinirlo. En este sentido, también es resulta relevante continuar recuperando
epistemologías del sur y trabajar sobre la descolonización en tanto forma de
(des)aprendizaje (Fanon en Danel; 2021). El problema de asumir perspectivas y modelos de intervención producidos en países desarrollados (y transferidos como marcos de referencia universales para un trabajo social también universal) radica en que estas son elaboraciones geopolíticamente construidas, y en ese sentido, responden a los ideales occidentales, eurocéntricos y capitalistas propios de las sociedades que las hacen emerger (Muñoz, 2015:40) Es fundamental promover la apropiación de una perspectiva compleja, crítica e integral de los fenómenos sociales, situada en el momento histórico y político que los (y nos) atraviesan. La vigilancia crítica sobre el ejercicio profesional resulta una herramienta fundamental para promover procesos de aprendizajes complejos y sensibles, enmarcados en proyectos ético-políticos. En este sentido el encuentro y la reflexión conjunta sobre el proceso de envejecimiento y las diferentes formas de habitar las vejeces son pueden ser abordadas desde la complejidad que implica problematizar las situaciones de desigualdad y los desafíos que implica la atención de los disímiles problemas sociales que atraviesan las personas mayores en la región. El panel se propone debatir las tensiones vinculadas a la relación entre la dialéctica propuestas en torno a las incertidumbres que se configuran en el campo profesional y una praxis que pueda definirse desde la crítica y sensibilidad, tal como se promueve desde la epistemología feminista, para no reproducir modelos instrumentales, utilitarios y coloniales. Si entendemos que el Trabajo Social se caracteriza por el afán de ampliar sus marcos teóricos e interpretativos, acompañando las transformaciones sociales y necesidades desde la interlocución permanente entre teoría y práctica su pertinencia está fundamentada. Se abordarán temáticas vinculadas al deseo y las dimensiones subjetivas de la sexualidad humana, que no envejece, y se discutirán las construcciones en torno a los feminismos y las masculinidades construidas en los cursos de vida, así como la perspectiva de las vejeces no hegemónicas y las diversidades como forma de comprender la diversidad de situaciones de vejez. Se trata de discusiones fundadas desde el ejercicio profesional y las prácticas investigativas de profesionales que están abordando la temática a partir de las voces de los protagonistas, en una relación sujeto-sujeto que toma la palabra de los protagonistas.En esa línea resulta fundamental dar cuenta de los desafíos epistemológicos, investigativos e interventivos y con ellos las rupturas que se evidencian en los discursos y representaciones sociales de la edad. Partiendo de una propuesta compleja que habilita a debatir en torno a las nociones que las ciencias sociales y la gerontología han imbuido a la categoría vejez, se impone una discusión en torno a la complejidad del mundo de vida de las vejeces desde el pensamiento complejo, critico, feminista y decolonial, con una mirada interseccional, tal es la propuesta de la presentación de este panel.
#468 |
VISIONES SOBRE LA NULIPARIDAD: ENTRE PERCEPCIONES Y PREJUICIOS
Natalia Rosario Araníbar Escarcha
1
1 - Universidad Autónoma Tomás Frías.
Resumen:
Se está realizando una investigación cuantitativa y cualitativa exploratoria sobre las percepciones que se tiene sobre la nuliparidad como opción de vida en mujeres. Este tema tiene que ver con: La posibilidad de decidir sobre la maternidadLos roles sociales asignados a mujeresLas representaciones sociales que se tiene sobre la nuliparidad Desde esos puntos de vista surge la intención de hacer una investigación sobre los siguientes aspectos:Percepción de la maternidad en jóvenes entre 18 y 25 años.Mitos y miedos sobre no ser madre.Prejuicios sobre la nuliparidad a partir de la experiencia de mujeres en esa situación. Revisando el acceso a la información que proporciona el internet, se pudo identificar que la nuliparidad se menciona muy poco y la mayoría de los estudios tienen que ver con el área médica, pero si existen varias referencias a lo que es la maternidad y bajo ella, la decisión de no serlo. Existe una idealización de lo que es la maternidad, y se han desarrollado prejuicios sobre quienes no desean ser madres; se habla también de la maternidad desde el feminismo, cuando la mujer decide ser madre, pero, por lo menos en una visión personal, no se tienen muchos abordajes sobre la otra cara de la posibilidad, el optar por no serlo y que una mujer se perciba como nulípara. Hay referencias e investigaciones sobre el tratar la maternidad como asunto público dándole el valor social, político y económico que tiene la decisión (o no) de ser madre, pero no se le da el mismo valor a la decisión de no serlo. Se habla de ser madre como derecho, e incluso como “privilegio”, pero es también un derecho el optar por la nuliparidad.Es cierto que actualmente se tienen más dificultades para ser madres, pero también hay dificultad para no serlo, no cuando no se trata de un determinante biológico, sino de una posición frente a la vida. Las mujeres conocidas como NoMom (No Madres, del inglés Not Mathers ) es un movimiento que pretende orientar a que las mujeres que deciden no ser madres puedan tener una vida plena y busca reivindicar a nivel social que el tener hijos es el mayor proyecto de vida para que una mujer alcance su felicidad y “rol social”. Sin embargo, se debe conocer un poco más que percepciones se tiene respecto a la nuliparidad como opción de vida, es decir, cómo se asume eso desde la visión de las mujeres, tomando en cuenta que la decisión de no ser madres no es exclusivo de una clasificación particular de mujer: de clase media alta, profesional y con aspiraciones ante todo económicas. Esa decisión está presente en todos los estratos sociales. La presión que tienen las mujeres que optan por la nuliparidad es grande, y hace tambalear esa determinación, poniendo a las mujeres en desventaja social, además de hacerlas ver como egoístas y hacerlas verse como personas que están tomando una mala decisión. Se crea un entorno vulnerable y negativo ante la nuliparidad. Hasta el momento la investigación pretende develar de que forma perciben la maternidad las mujeres jóvenes, en función de su deseo y la idealización de la maternidad, incluyendo el conocimiento que tienen sobre la opción de no ser madres; también se pretende conocer que mitos y miedos están presentes sobre esa opción, y por último, presentar algunas situaciones que han vivido mujeres que han optado por la nuliparidad y cómo eso las ha hecho sentir y enfocar su vida. No se trata de una perspectiva ecológica o antinatalista o de enfocar la maternidad como algo limitativo para las mujeres, sino de tener un panorama más amplio sobre lo que representa la opción de no serlo. Es parte de un criterio despatriarcal y descolonial de asumir que el fin único de una mujer es la reproducción, en un entorno que permite, pero critica la nuliparidad. El enfoque es cuantitativo y cualitiativo, pues se emplea tanto la encuesta como la entrevista para obtener la información y presentar así datos que ayuden a ampliar la comprensión de lo que se está pretendiendo conocer: la nuliparidad como opción de vida. Se incluirá como dato complementario, algunas opiniones sobre el tema desde la perspectiva de varones jóvenes, para conocer también como se percibe la nuliparidad desde su perspectiva, procurando ubicar esos datos en el contexto actual de modo general. También se considera que esta posible ponencia es parte del enfoque de derechos humanos, de la ampliación de derechos y de la relación feminismo/mujer. Esta relacionado con el Trabajo Social a partir de esos criterios pues el objeto de intervención de la profesión, ligado a la atención del malestar psicosocial, pretende aportar a la construcción de una identidad personal y social basada en la libre determinación. Las mujeres hemos sido históricamente oprimidas, y esa opresión ha estado relacionada, entre otras cosas, con la posibilidad biológica de la maternidad, por ello, se considera oportuno revisar y conocer más sobre la posibilidad de no ser madre, para que no sea la otra cara de la moneda de la opresión.
16:00 - 18:00
Eje 6.
- Ponencias presenciales
6. Formación de grado
#396 |
O debate étnico-racial e a formação profissional em Serviço Social no Brasil.
Tales Willyan Fornazier Moreira
1
1 - PUC SP.
Resumen:
No contexto histórico atual, há uma acentuada exacerbação da crise estrutural do capital e, consequentemente, um aumento de todas as formas de desigualdades e violências inerentes a esse modo de produção. Essa crise, aponta para transformações fora do sistema capitalista, que são exacerbadas pela ofensiva neoliberal, e que trazem lutas concretas pela vida de dois trabalhadores que não sentem a intensificação da desigualdade estrutural, a degradação da vida humana e da natureza. (BARROCO, 2011) Em nossa particularidade sócio-histórica, essas desigualdades são atravessadas e estruturadas pelo racismo e sexismo, visto que a todo momento a dinâmica do capital reatualiza nossa herança escrava, colonialista e heteropatriarcal como forma de manter sua dominação e exploração, sobretudo, nos corpos racializados. Essas desigualdades, que nesse contexto de pandemia da Covid-19 se agravam de forma arrebatadora, tendo em vista que a população negra e periférica não só é mais morta e menos vaidosa, mas também aquela que lidera os piores indicadores no mundo do trabalho, as diversas formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como Essas desigualdades, que nesse contexto de pandemia da Covid-19 se agravam de forma arrebatadora, tendo em vista que a população negra e periférica não só é mais morta e menos vaidosa, mas também aquela que lidera os piores indicadores no mundo do trabalho, as diversas formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como Essas desigualdades, que nesse contexto de pandemia da Covid-19 se agravam de forma arrebatadora, tendo em vista que a população negra e periférica não só é mais morta e menos vaidosa, mas também aquela que lidera os piores indicadores no mundo do trabalho, as diversas formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como que nesse contexto de pandemia do Covid-19 ela se agrava de forma arrebatadora, tendo em vista que a população negra e periférica não só é mais morta e menos vaidosa, mas também aquela que lidera os piores indicadores no trabalho mundial, as várias formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como que nesse contexto de pandemia do Covid-19 ela se agrava de forma arrebatadora, tendo em vista que a população negra e periférica não só é mais morta e menos vaidosa, mas também aquela que lidera os piores indicadores no trabalho mundial, as várias formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como Tenho em vista que a população negra e periférica não é apenas a que está mais morta e menos vaidosa, mas também a que está liderando os piores indicadores no mundo do trabalho, as diversas formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como Tenho em vista que a população negra e periférica não é apenas a que está mais morta e menos vaidosa, mas também a que está liderando os piores indicadores no mundo do trabalho, as diversas formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como mas também aquela que lidera os piores indicadores do mundo do trabalho, as várias formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como mas também aquela que lidera os piores indicadores do mundo do trabalho, as várias formas de violência e desproteção, etc. – o que, vale ressaltar, também é fruto da política genocida e de negação do desgoverno Bolsonaro-Mourão. O mito da democracia racial, produzido em nossa sociedade por uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se mostram pela falta de esforço de uma suposta baixa moral. Frases como produziu em nossa sociedade uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se devem à falta de esforço ou baixa assunção de moralidade . Frases como produziu em nossa sociedade uma naturalização das desigualdades vivenciadas por grupos socialmente racializados, pois a população negra tem as mesmas oportunidades e, portanto, as diversas formas de iniquidades vivenciadas por negros e negras se devem à falta de esforço ou baixa assunção de moralidade . Frases como
“somos todos iguais perante a lei” , “somos todos uma raça apenas: um humano” ou “todo mundo tem uma oportunidade, basta fazer um esforço
”, não são alheias ao nosso dia a dia. A superação do mito falacioso da democracia racial é um dos dois principais desafios para o reconhecimento da existência do racismo e a construção de estratégias coletivas para seu enfrentamento. Como já nos altertou há tempos Lélia Gonzalez (1984, p. 228), “como todos os mitos, ou dá democracia racial esconde algo para além daqui o que mostra”. Clóvis Moura (1983) chama a atenção para o fato de que o modo de produção escravista entrou em decomposição, mas deixou vestígios profundos na sociedade brasileira. Esses vestígios podem ser facilmente identificados quando vemos que a população negra, a partir da abolição formal da escravatura, lidera os piores indicadores no mundo do trabalho, assim como as mais brutais e diversas formas de violência e genocídio, violações de direitos, etc. . essas desigualdades, que no atual contexto de pandemia de Covid-19 ela se agrava exponencialmente, haja vista que se trata de uma população também mais morta e menos vaidosa – ou que nos mostra que as assimetrias raciais são mediadoras e estruturas das desigualdades sociais. As desigualdades vividas por negros e negras, que são históricas em nosso país, agravam-se nesse contexto a partir da expressão de índices alarmantes de mortes nas periferias, do aumento explosivo do desemprego estrutural, da pobreza, da fome e das mais variadas formas de violência. É também todos os dias, cada vez mais bárbaro e desafiador, que nós assistentes sociais somos chamados a intervir. Essa conjuntura profundamente adversa que vivemos – principalmente desde o golpe jurídico-parlamentar de 2016 que culminou no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas com intensificação significativa desde o desgoverno Bolsonaro-Mourão – não nos afeta diretamente apenas como classe que vive no trabalho, pois impacta abruptamente no nosso cotidiano profissional. Fomos pressionados a atuar em meio à gestão da pobreza, com políticas sociais cada vez mais focadas, seletivas, com retorno significativo da assistência, desqualificação do nosso trabalho profissional e muitos outros dilemas e exigências antigas que tentamos superar nos últimos décadas. Em particular, as apostas para o agravamento de um cenário já sinalizado por Yazbek (2012) que é a despolitização e refilantropização do enfrentamento da questão social brasileira. Sabemos que a desqualificação e a redução do papel do Estado são frequentemente invocadas como estratégias da ideologia neoliberal, que defende o “Estado mínimo” para a classe trabalhadora, mas, inversamente, o garantidor ou “Estado máximo” para o capital (Netto, 2012). A trágica realidade que vivemos, não nos deixa dúvidas disso. Só estaremos sintonizados, de fato, com um direcionamento crítico construído pela profissão quando entendermos que a classe trabalhadora que servimos – e que tanto reafirmamos nosso compromisso – não é uma mera abstração: trata-se de raça, gênero , sexualidade, território, geração. Isso não pode ser desconsiderado na análise, Espera-se realmente construir um trabalho profissional comprometido e de qualidade. Como chamamos a atenção para Guerra (2018), uma perspectiva crítica que sustenta a formação de assistentes sociais no Brasil, apreende que as próprias contradições da realidade colocam e deslocam os elementos que devem direcionar nossa formação e trabalho, para responder aos dilemas reais do tempo presente. . Nesse sentido, “a formação tem que se situar nas realidades e contradições concretas que marcam a atual conjuntura, pois estão cada vez mais ocultas pela ideologia dominante” (GUERRA, 2018, p. 25). saltou para nós que não vivemos uma democracia racial. Estou com medo de que sejam populações negras, especialmente, que cada vez mais vivemos situações degradantes e também nos juntamos às fileiras de dois espaços socioocupacionais distintos em que atuamos em busca de dois serviços. Portanto, qualquer análise séria que vise alterar essa realidade deve considerar as desigualdades sócio-raciais e de gênero como constitutivas e estruturantes das desigualdades de classe. Isso demanda a construção de competências teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas que sejam efetivamente antirracistas e antissexistas. E é também no nosso próprio relacionamento diário com a população que atendemos, conhecendo bem a sua realidade, que estamos criando as estratégias necessárias. Não podemos adivinhar o que saber efetivamente ou no dia a dia sobre a população que atendemos, “vai além do saber ou do seu ‘registro de identidade’.
#406 |
Transformaciones en el campo de la salud y desafíospara la formación profesional en Trabajo Social
Elizabeth Ortega
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Celmira Bentura
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María José Beltrán
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1 - Departamento de Trabajo Social de la Facultad de Ciencias Sociales de la UDELAR.
Resumen:
Las diferentes configuraciones que tuvieron los sistemas de salud, así como las concepciones en las cuales se apoyaron han tenido influencia en todas las profesiones que nacieron en forma subordinada en ese campo, especialmente a partir de inicios del siglo XX, entre ellas el Trabajo Social.Hacia mediados del siglo XX con la expansión y consolidación de los denominados Estados de Bienestar, aún con sus limitaciones en Uruguay, el Trabajo Social expandió su inserción profesional hacia otros campos de la vida social. De todas maneras su inserción en el campo médico sanitario siguió siendo importante, en principio casi exclusivamente en el área del sector público del sistema de salud.A partir del año 2005, con la instalación del gobierno del Frente Amplio, se han producido cambios profundos en el sistema de salud en Uruguay, a partir de la creación del Sistema Nacional Integrado de Salud, que han generado repercusiones en el campo profesional del Trabajo Social. Dichas transformaciones se pueden resumir en los siguientes ítems: i) fuerte inclusión de la perspectiva de derechos; ii) ampliación de los programas de salud donde se incluye la participación del Trabajo Social a través de reglamentaciones o leyes específicas (por ejemplo la ley que legaliza la Interrupción Voluntaria del Embarazo, la ley de violencia hacia las mujeres basada en género, y otras); iii) a partir de la reglamentación del financiamiento de los prestadores de salud por cápita y por metas asistenciales, se priorizan programas que incluyen la participación de trabajadores sociales, lo cual genera cargos para la profesión en los prestadores privados de servicios de salud; iv) el cambio de modelo de atención, propuesto en las leyes de la reforma, pone énfasis en las tareas de prevención y promoción de la salud y ampliación del primer nivel de atención en el sector público y privado; v) relevancia del trabajo en redes e interinstitucionalidad, donde el Trabajo Social fue llamado a intervenir; vi) fuerte apelación al trabajo interdisciplinario; vii) inclusión por ley de la participación de los usuarios en el sistema de salud, viii) promulgación de la ley de salud mental que coloca nuevas demandas al trabajo social fundamentalmente por la concepción comunitaria de la intervención en el campo.En marzo de 2020 el Frente Amplio pierde las elecciones, dando fin al ciclo de los denominados "gobiernos progresistas" y se produce un giro neo liberal con carácter neo conservador en el gobierno nacional, paralelamente al advenimiento de la emergencia sanitaria por COVID-19, introduciendo nuevas y profundos cambios en el campo de la salud.Estas transformaciones han tenido una fuerte influencia en los formatos adoptados en la formación de grado en Trabajo Social, en particular en la asignatura que integran las autoras de esta ponencia: el Proyecto Integral Protección Social, Instituciones y Práctica Profesional.Como se indica en el Plan de Estudios aprobado por la Facultad de Ciencias Sociales en 2009, los Proyectos Integrales suponen dos actividades curriculares que se ubican en el Módulo de Fundamentos Teórico Metodológicos del Trabajo Social, son de carácter anual y se imparten en el quinto y sexto semestres (Proyecto Integral I) y séptimo y octavo semestres (Proyecto Integral II).La propuesta curricular deberá habilitar al estudiante la posibilidad de abordar diferentes dimensiones del Trabajo Social así como estrategias metodológicas, como por ejemplo, intervención con familias, grupos, instituciones, organizaciones, etc. A su vez, el estudiante debe elaborar y desarrollar una propuesta de investigación, de modo que desarrolle habilidades en otra de las dimensiones de la profesión. El objetivo general de la asignatura es promover procesos de aprendizaje integrales que permitan que los/as estudiantes se apropien de los contenidos fundamentales del curso, que les permita diseñar una intervención profesional fundada, que incorpore los fundamentos teórico metodológicos y técnico operativos del Trabajo Social así como la dimensión ético política inherente a toda práctica profesional.Durante este período los/as estudiantes desarrollan un proceso teórico-práctico que está compuesto por clases donde se trabajan los aspectos teóricos, acompañamiento de los proceso de inserción pre profesional, asistencia a las instituciones donde realizan estos procesos que en nuestro caso se insertan en el campo de la salud (policlínicas del Primer Nivel de Atención, hospitales y un área de salud mental, internación y rehabilitación) y el taller de investigación. Este proceso implica que el/la estudiante logre analizar y problematizar la realidad en la que se inserta, que logre definir una propuesta de intervención que implementará y que desarrolle una actitud reflexiva acerca de los procesos en los que participa directa o indirectamente.Se espera que en su proceso de aprendizaje, el/la estudiante vaya apropiándose de las distintas dimensiones de la profesión y la inserción institucional, adquiriendo paulatinamente, mayores niveles de autonomía. En el presente trabajo se pretende profundizar en los desafíos que las transformaciones enumeradas han implicado para la formación en Trabajo Social en el Proyecto Integral que integran los/as autores/as del presente trabajo.
#416 |
Tendencias del debate profesional sobre la fundamentación “crítica” en Trabajo Social en NuestrAmérica en las primeras décadas del siglo XXI. Una aproximación inicial.
Juan Pablo Sierra-Tapiro
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1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Resumen:
Esta ponencia surge como un aporte parcial, en un debate que cada vez toma más fuerza en la región en las últimas décadas, sobre la fundamentación “crítica” en Trabajo Social. Es producto de una aproximación inicial en los últimos 04 años, teniendo como momento detonante el pasado Seminario de ALAEITS en 2018, y que se ha expresado en la publicación de un artículo, un curso para una Maestría en Trabajo Social y la participación en diversos escenarios de debate, y que actualmente es la base para una investigación en proceso, sobre esas tendencias en los Seminarios de ALAEITS entre 2009 y 2022.La pretensión con esta ponencia es proponer, provocar y asumir debates en torno a cómo se ha planteado “lo crítico” en Trabajo Social, lo cual está en una disputa, que se ha intensificado en los últimos años, de perspectivas teórico-metodológicas y políticas, así como de temas de debate, lo que también permite pensar las repercusiones para la formación profesional. Para esta aproximación inicial se trabajarán los siguientes puntos: 1) La coyuntura en
NuestrAmérica en las primeras décadas del siglo XXI. El análisis de la coyuntura regional es clave para entender y pensar los movimientos y debates al interior de la profesión, especialmente si es para pensar en clave de una fundamentación crítica, lo que implica asumir y explicitar proyectos de sociedad como horizontes, mediados por proyectos profesionales como construcciones colectivas y plurales, que se expresen en los procesos de formación y trabajo profesional. En
NuestrAmérica, después de la Segunda Grande Guerra, comenzó un proceso de organización de la estrategia contra-insurgente, con el Tratado Inter-Americano de Asistencia Recíproca (TIAR), la Doctrina de Seguridad Nacional y del Enemigo Interno, la Escuela de las Américas, entre otros; que tuvo su expresión más brutal en la década de 1970 con la expansión de las dictaduras civil-militares y el Plan Condor. Esa estrategia de contrainsurgencia comienza su proceso de institucionalización entre finales de la década de 1970 y la década de 1980, y es, tal vez, hasta la segunda mitad del siglo XXI que empieza a cerrarse plenamente. La estrategia contra-insurgente ha sido la base para los procesos de acumulación de capital, especialmente para la ofensiva neoliberal, en la región, la cual tuvo su experiencia piloto en la dictadura de Chile iniciada en 1973, pero que se expandió plenamente en la década de 1990. Durante lo corrido del siglo XXI,
las principales fuerzas políticas y sociales en
NuestrAmérica han expresado diversos proyectos en disputa: i) proyectos de profundización del neoliberalismo como estrategia del capital, sustentados en gobiernos reaccionarios; ii) proyectos de reformas de regulación al capital, con mayores o menores tensiones con la reproducción de la estrategia neoliberal y en algunos casos con intención de reformas de democratización política, social y económica en una perspectiva que se pretende anti-neoliberal; y iii) proyectos de transformación de las relaciones sociales, en una perspectiva que se pretende no sólo anti-neoliberal, sino también anti-imperialista y anti-capitalista. Estas disputas, especialmente de los dos primeros proyectos, se han intensificado en la última década en el contexto de crisis del capital, la cual se ha agudizado con la pandemia del Covid-19 en los últimos años, en un contexto más amplio de crisis estructural del capital, iniciada en la década de 1970. 2) Las diversas perspectivas en el debate contemporáneo sobre la fundamentación “crítica” en Trabajo Social. Cualquier referencia a una fundamentación “crítica” del Trabajo Social en
NuestrAmérica, pasa necesariamente por la herencia de la Reconceptualización, y el balance que se hace de ese movimiento profesional desarrollado entre las décadas de 1960 y 1970, por eso en esta parte se presentará una breve síntesis del legado de la Reconceptualización a los procesos de renovación crítica del Trabajo Social en la región. Posteriormente, teniendo como referencia los debates de las mesas centrales en el Seminario de ALAEITS de 2018, podría sintetizarse que las perspectivas que se asumen como “críticas” en el debate contemporáneo en Trabajo Social, son tres: la denominada perspectiva “histórico-crítica”, cuya principal referencia es el acumulado hegemónico del Trabajo Social en Brasil, desde la década de 1990, y que desde finales de esa década e inicios del siglo XXI, ha ganado cada vez más fuerza en la región; la denominada perspectiva “decolonial” u
opción decolonial, que a pesar de que pueda haber expresiones desde la década de 1990, tomó fuerza en el debate profesional en la última década; y la denominada perspectiva “histórico-disciplinar”, que al parecer emerge desde la segunda mitad de la primera década del siglo XXI, recogiendo una herencia de debates en la profesión, y que en la última década también ha ido logrando una influencia importante en la región. Sin embargo, es pertinente precisar que el debate sobre la fundamentación “crítica” en Trabajo Social no se agota en estas perspectivas, así como también es relevante destacar temas de debate que han sido movilizados, sobre esto se realizará una breve aproximación. 3) Pensar la fundamentación “crítica” en la formación profesional. La formación profesional, está orientada por proyectos político-pedagógicos, que a su vez se referencian en proyectos ético-político profesionales y proyectos de sociedad en disputa, esto implica reconocer y asumir el carácter plural de la profesión, pero a su vez que hay una dirección, por tanto, existe una hegemonía respecto a esa formación profesional. En la coyuntura actual se presentan diversas perspectivas teórico-metodológicas y políticas para pensar la realidad social y la profesión, lo que influye en la fundamentación en los procesos de formación y trabajo profesional. En consecuencia, se propondrán desafíos para pensar las repercusiones en la formación profesional, del debate sobre la fundamentación “crítica” en Trabajo Social, incorporando también temas de debates que han sido movilizados como la construcción de proyectos ético-políticos profesionales, las luchas contra las relaciones de dominación patriarcal y étnico-raciales, la dimensión técnico/táctico-operativa, la investigación y producción de conocimiento desde Trabajo Social, entre otros.
#443 |
Itinerarios pedagógicos interpelados: instituyentes que reconfiguran la enseñanza en Trabajo Social
María Pilar Fuentes
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Clara Weber Suardiaz
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Laura Zucherino
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1 - IETSyS - Facultad de Trabajo Social - Universidad Nacional de La Plata.
Resumen:
La reciente sindemia de covid- 19 constituyó una transformación en los modos de percibir el mundo, de organizar la vida social; y de la que aún hoy, no tenemos claridad sobre sus consecuencias. En el campo educativo y más específicamente en el campo universitario, este proceso obligó a replantearse las formas clásicas de enseñar y aprender en la universidad. La Educación Superior y los procesos de enseñanza-aprendizaje que se desarrollaban hasta el momento se vieron transformados drásticamente. En este sentido, a la complejidad en la que se encuentra la universidad pública producto de la crisis institucional y de hegemonía que instaló la globalización neoliberal; se suman las propias transformaciones del contexto actual. Se produce una alteración del espacio y el tiempo, se redefinen los vínculos pedagógicos, las modalidades de comunicación, y los desafíos para construir propuestas educativas inclusivas.Nuestra experiencia docente se despliega en la asignatura Trabajo Social IV, de la Licenciatura de Trabajo Social en la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de La Plata. Es una materia anual del 4° año que pertenece al Trayecto de Formación Disciplinar, con una extensa carga horaria de cursadas en diversos espacios: clases teórico-prácticas, seminarios metodológicos, tutorías y prácticas de formación profesional. En estas últimas les estudiantes se organizan en grupos de dos a cinco integrantes y desarrollan las prácticas en las instituciones previamente convenidas, tales como Hogares asistenciales, Unidades sanitarias, Hospitales, Asociaciones civiles, Escuelas de distintos niveles, organismos de Derechos Humanos, Programas de Niñez y Juventud, o espacios de inserción comunitaria.Desde el inicio de las restricciones a la presencialidad, hemos asumido un claro compromiso tendiente a garantizar –o al menos facilitar- las condiciones de enseñanza y aprendizaje. Hemos sido interpeladas por nuestras tradiciones pedagógicas y sus supuestas certezas. La incertidumbre y la precariedad, constitutivas de lo social y de la conformación de sujetos se presenta en estas condiciones con toda su crueldad y desafía con mayor intensidad nuestros proyectos políticos, en sus dimensiones socio-profesionales y académicas.En este sentido la virtualización de la enseñanza significó un desafío para pensar en la formación teórica metodológica, y la emergencia de diversos interrogantes y necesarias reformulaciones que intentamos sostener en el regreso de la presencialidad a las aulas y los centros de práctica.Nos ubicamos en la posición de debatir y reflexionar en torno a las prácticas que desplegamos les docentes y les estudiantes en este proceso, sin desconocer que la pandemia profundizó las condiciones de desigualdad social que se constituyeron en un obstáculo para la permanencia de muches estudiantes. Asimismo, les docentes tuvimos que desplegar una serie de estrategias pedagógicas y didácticas para sostener los dispositivos educativos.En este sentido, en el presente trabajo recuperaremos esta serie de interrogantes y desafíos en torno de tres ejes de análisis nodales.En primer lugar, nos proponemos indagar acerca de las transformaciones en las formas de lectura y escritura a partir de la virtualización de la enseñanza. En este marco el proceso de enseñanza y aprendizaje adquirió otra estructura material y comunicacional. El escenario del aula se expandió a diversas instancias de encuentro con les estudiantes (clases sincrónicas, foros, muros colaborativos, tutorías), en donde las formas de leer y escribir se alteraron. Estas últimas cobraron centralidad y desplazaron a la oralidad, ante la ausencia de encuentros presenciales.A su vez, intentaremos comprender cómo en la coyuntura actual las prácticas/ estrategias de les estudiantes - en tanto que que son complejas, híbridas, porosas-, conllevan una conjugación de factores y elementos materiales, educativos, tecnológicos y sociales que son específicas de este tiempo y de este espacio. Si bien la virtualidad es una dimensión constitutiva de las experiencias contemporáneas y produce subjetividades, la virtualidad para los espacios de producción y trasmisión de conocimientos implican tramas relacionales complejas en las que se disputan sentidos, se crean nuevas formas, prácticas y, en el mismo movimiento, se fetichizan procesos de conocimiento y anulan capacidades críticas.Finalmente, recuperaremos el proceso de incorporación de contenidos aportados por los feminismos en la asignatura, a partir de entender que no sólo permiten la construcción de una matriz epistemológica que cuestiona los instituidos sino que permiten análisis enriquecedores respecto de lo que la sindemia dejó y herramientas teórico metodológicas para los procesos de prácticas de formación académica. Comprendemos a todo acto educativo dentro de un proyecto político académico, y como una práctica situada, que interviene en procesos de subjetivación. En este sentido, la incorporación de la transversalización de género en nuestra materia apuntó no sólo a producir análisis complejos sobre la realidad, sino también una apuesta a formar profesionales con un perfil crítico y que tengan un horizonte de respeto por los derechos y la diversidad en su ejercicio profesional. La intención de este trabajo consiste en recuperar aquellas estrategias que desplegamos en ese proceso y reflexionar a partir del mismo, qué transformaciones son necesarias en los procesos formativos en estos nuevos escenarios.
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Dictadura y trabajo social. Una experiencia de integración de las misiones de la universidad pública
Maria Cristina Melano
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1 - Universidad de Buenos Aires.
Resumen:
XXIII SEMINARIO DE ALAEITS.SEDE: MONTEVIDEO-URUGUAYPONENTE MARIA CRISTINA MELANOUNIVERSIDAD DE BUENOS AIRESARGENTINAEje temáticoFormación de grado. Articulaciones entre formación, investigación y extensión (vinculación con el medio o acción social).Título: Dictadura y trabajo social. Una experiencia de integración de las misiones de la universidad pública.ResumenEl documento que presentamos se propone identificar los vasos comunicantes existentes entre formación, investigación y extensión como misiones esenciales de la universidad pública. Nos proponemos describir brevemente la experiencia integradora que realizamos a partir de prácticas investigativas efectuadas desde la Carrera de Trabajo Social de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires (UBA). Estas aluden a la enseñanza de la historia, la recuperación de la MEMORIA, la búsqueda de verdad, inherentes a la producción de conocimiento entre el saber científico a la sociedad.La realización de actividades de enseñaje, incluyen no solo la transmisión de conocimientos, sino también a la crítica y a la generación de nuevos saberes, así como a las acciones de extensión, que integran al estudiante a la vida académica , desarrollan sentido de compromiso, de solidaridad y favorecen la sustanciación de actitudes cooperativas.Paralelamente tributan al fortalecimiento de conductas profesionales comprometidas con la institucionalidad democrática, contribuyendo a dar respuestas a los problemas del contexto,Y brindan un plus:, aportan al trasvasamiento generacional, al tiempo que confrontan al negacionismo que intentan imponer los sectores hegemónicos, en el marco de la globalización y la restauración neoliberal presentes en el tiempo en que vivimos y en el confrontamos por un futuro más vivible.La ponencia que presentamos referencia el proceso investigativo realizado a partir de los proyectos ”Influencias del autoritarimo militar / 76-83 en el Trabajo Social” y “Nuestros desaparecidos, un reencuentro con los sujetos”. No es óbice señalar que la dictadura cívico militar argentina, que con complicidad de la cúpula eclesiástica usurpó el gobierno durante el período 1976-83,constituyó un banco de prueba del neoliberalismo. Sus secuelas, en lo económico, en lo político, en lo cultural, aún persisten en el aquí y ahora de la sociedad argentina.Esta comunicación informa sobre la incorporación de aspectos relevantes de los logros alcanzados en términos producción de conocimientos en la actividad docente, la inclusión de los estudiantes en actividades que hacen a la búsqueda de Memoria, Verdad y Justicia, así como su participación en acciones de extensión universitaria vinculadas a identificar a docentes y estudiantes desaparecidos de la Carrera de Trabajo Social de la UBA. Da cuenta de su importancia en términos de reactivar en este aquí ahora la memoria, el recuerdo de quienes vivieron o sufrieron hechos dolorosos y aberrantes. Esta es clave para la reconstrucción de la historia, que como disciplina se apoya en lo que ya no está, pero que es susceptible de entrecruzar hechos, compararlos, explicarlos, De ahí su valor, como instrumento formador de la conciencia cívica. Nos proponemos como objetivosDar cuenta de las prácticas docentes utilizadas para el abordaje del temaReferenciar los hallazgos en torno a las investigaciones “Influencias del autoritarismo militar (1976-1983)en el trabajo social argentino” y “Nuestros desaparecidos. Un reencuentro con los sujetos” a partir de la cual confeccionamos el listado de estudiantes y trabajadores sociales detenidos desaparecidos en Argentina y describir la experiencia desarrollada en torno a la búsqueda de legajos de detenidos desaparecidos de la Universidad de Buenos Aires, a través del Proyecto de Extensión “Trabajo Social.UBA y Memoria”.PALABRAS CLAVES: INVESTIGACIÓN-DOCENCIA- EXTENSIÓN UNIVERSITARIA, MEMORIA-VERDAD-JUSTICIA.HISTORIA
FCS - G2
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
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Feminismo campesino y popular: mujeres y género en la ACVC
Raquel Méndez Villamizar
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Claudia Quijano Mejía
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1 - Universidad Industrial de Santander.
Resumen:
Esta ponencia se deriva de los resultados del proyecto de investigación «Reconstrucción de la memoria histórica de la Asociación Campesina del valle del río Cimitarra ACVC, con enfoque de género», que contó con financiación por parte de Colciencias. Su objetivo fue reconstruir la memoria histórica de la ACVC con enfoque de género, promoviendo el acceso de la organización social a la reparación simbólica y reconociendo sus expectativas y potencialidades en la construcción de paz en un escenario de posacuerdo en Colombia. Para lograr este propósito, se empleó una aproximación inspirada en las herramientas desarrolladas por el Centro Nacional de Memoria Histórica (CNMH), que se caracterizan por su alto nivel participativo y por un énfasis en la dignificación de las víctimas como individuos, comunidades y organizaciones en proceso de convertirse en sujeto de reparación colectiva.La ACVC es una organización social no gubernamental fundada en 1996. Está integrada mayoritariamente por campesinos que han colonizado el valle del río Cimitarra, una región ubicada en el sur de la región del Magdalena Medio colombiano. Muchos de ellos han llegado a esta región debido a que han sido desplazados de otras zonas del país por cuenta del conflicto armado. Lo anterior los ha llevado a orientar la acción de la ACVC hacia la construcción del arraigo, la defensa del territorio y la permanencia en él. Tal cosa supone, de una u otra forma, resistir a nuevos desplazamientos y a otras formas de violencia. Dicha resistencia colectiva y organizada se articula con 181 juntas de acción comunal que componen sus tres seccionales: nordeste antioqueño, medio cimitarra y sur de Bolívar. En años recientes, consciente como es de ser un actor histórico, la ACVC ha empezado a promover acciones tendientes a la reparación simbólica de los daños colectivos que ha experimentado durante el conflicto. Además, persigue decididamente la construcción de paz en Colombia. La reconstrucción de la memoria histórica de esta organización campesina ha requerido un proceso riguroso, llevado a cabo a lo largo de alrededor de 24 meses. El primer paso consistió en una revisión de la bibliografía colombiana acerca de los procesos de memoria histórica en el país, con especial interés en los trabajos realizados por el CNMH. A su vez, se indagó acerca del conflicto armado colombiano, buscando establecer categorías deductivas con las que se desarrollaría el proceso reconstrucción de memoria. La revisión bibliográfica y la reflexión en el interior del equipo llevó a proponer cinco grandes categorías: 1)
Antecedentes o contexto sociohistórico del surgimiento y desarrollo de la ACVC (1970-1996); 2)
Repertorios de violencia, daños y reparación experimentados entre 1996 y 2018; 3)
Acciones de resistencia realizados por la organización (1996-2018); 4)
Enfoque de género y formas de entender el rol de la mujer en la organización campesina, y 5)
Expectativas y potencialidades frente a la implementación del Acuerdo Final de Paz en el escenario del actual posacuerdo con las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC-EP).Una vez superada la etapa de documentación, el segundo paso de la investigación consistió en encuentros con líderes y lideresas de la ACVC orientados a socializar el proyecto, así como a establecer los objetivos y alcances del proceso de construcción de memoria histórica. Como resultado, se establecieron herramientas y técnicas de recolección de información que incluyeron entrevistas individuales y colectivas, talleres de memoria con hombres y mujeres víctimas de violencia, y observación participante en eventos desarrollados por la ACVC durante la ejecución del proyecto. El trabajo de campo fue el tercer paso del proceso, supuso para los investigadores el desplazamiento a diferentes lugares en los que hace presencia la organización, para contactar directamente con sus miembros. En total se llevaron a cabo 6 talleres de memoria histórica colectiva: uno en cada seccional de trabajo de la ACVC, un taller con los fundadores de la asociación en Barrancabermeja, y dos talleres con mujeres lideresas de la ACVC en Cantagallo y San Lorenzo. En los encuentros con los campesinos y campesinas de la ACVC se procuró el uso de herramientas que facilitaran la construcción de un sentido propio y auténtico del pasado. En este sentido, fueron útiles técnicas como las líneas de tiempo, la cartografía social, el análisis prospectivo y el dibujo, entre otros. En estos espacios se pudo realizar un total de 36 entrevistas individuales a 23 líderes y 13 lideresas de la ACVC, así como dos entrevistas colectivas. El cuarto paso del proceso: el análisis de los datos. Para tal fin se transcribieron todas las grabaciones realizadas, y se procedió a su codificación acorde con los ejes de análisis. El tratamiento de la información se realizó con el programa Atlas Ti ® versión 6.2. Dada la naturaleza del proyecto, los audios y sus transcripciones se anonimizaron y protegieron siguiendo cuidadosas medidas de seguridad. Dada la vastedad de los resultados de la investigación, esta ponencia se centrará en presentar el proceso histórico mediante el cual la ACVC viene incorporando discusiones en torno al género, y, en específico, cómo esta organización asume el feminismo campesino y popular como apuesta para lograr la igualdad de derechos entre hombres y mujeres. Interesa evidenciar las principales dificultades, contradicciones y dilemas que enfrentan los hombres y las mujeres que han decidido poner en debate las cuestiones de género en la región y en el interior de la asociación. Asimismo, a través de relatos de vida y líneas de tiempo rescatan el papel de las mujeres lideresas en la construcción y consolidación del proyecto organizativo de la ACVC.
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Política Social e Violência Doméstica e Familiar contra Mulheres em Ceilândia – DF
Marlene Teixeira Rodrigues
1
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Thayná Rodrigues Porto
1
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Daniele Ligabue
1
1 - UnB.
Resumen:
A violência praticada contra as mulheres é um fato histórico, que se ancora nas desigualdades que caracterizam as relações de gênero nas sociedades patriarcais. Fenômeno complexo e multidimensional, a violência contra mulheres e meninas é um tipo de violência de gênero, que expressa a relação de poder e dominação do masculino em relação ao feminino. A violência contra as mulheres entrou em a pauta e passou a fazer parte das agendas públicas de governos, por todo mundo, devido às lutas feministas. No Brasil, a Lei nº 11.340 de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), é reflexo dessas mobilizações e trouxe grandes avanços para o combate à violência. Além do Estado reconhecer as violências sofridas como crimes, a Lei aborda a violência, como fenômeno complexo, que perpassa diferentes esferas do social, e que deve ser enfrentada, articuladamente, pelas políticas públicas de saúde, educação, assistência social, trabalho e segurança pública e justiça. (BRASIL, 2006). Foi esse contexto que serviu de leitmotiv para a criação de Projeto de Extensão Universitária, que, desde 2013, oferece atendimento multidisciplinar psicossocial e jurídico às mulheres em situação de violência doméstica e familiar, residentes na Região Administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal, “numa perspectiva feminista interdisciplinar, bem como de assessoria jurídico popular”. Essas atividades, historicamente, se realizaram aos sábados, entre 09 e 13 horas, na sede do Núcleo de Práticas Jurídicas, localizado na cidade. As reuniões de equipe bem como os atendimentos individuais e grupais às mulheres assessoradas para orientação jurídica e/ou psicológica, ocorrendo em distintas periodicidades, em virtude das necessidades, demandas e possibilidades. A pandemia de Covid-19 impactou diretamente essa dinâmica e as atividades passaram a ser realizadas por meio remoto. Neste texto se apresenta algumas reflexões sobre o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra mulheres na região de Ceilândia-DF, a partir de nossa participação no referido projeto, de nome “Maria da Penha - Atenção e Proteção a mulheres em situação de violência doméstica e familiar” (PMP), no período de outubro de 2020 a julho de 2021. Pesquisadoras da área de sociologia e de serviço social nos somamos ao PMP, acompanhando as reuniões e atividades do grupo junto às mulheres em situação de violência doméstica e/ou familiar. Nossa perspectiva ao participarmos das atividades foi identificar os determinantes sociais que conformam a experiência de violência das mulheres assistidas; determinantes estes que se revelam ao campo do judiciário, nos atendimentos e impulsionam as assessoradas a demandarem a justiça e, eventualmente, desistiram dessas demandas. Entre estes determinantes, nosso foco se centrou no acesso aos serviços socioassistenciais, de saúde e de justiça, as redes familiares de apoio e a inserção em coletivos e grupos comunitários e/ou religiosos, assim como a ausência ou falta de tais redes e relações. A premissa é que a inserção, ou não, em programas e políticas sociais, a participação, ou não, em redes de parentesco, de vizinhança, redes associativas ou de sociabilidade (tais como igrejas, grupos comunitários, de mulheres dentre outras) se traduzem no acesso às informações e recursos, que podem contribuir objetivamente para a ruptura e o enfrentamento das situações de violência.A Ceilândia é uma das primeiras cidades do Distrito Federal. Criada em 1971, no bojo da Campanha de Erradicação das Favelas - CEI, de viés higienista, realizada a fim de retirar trabalhadores, que moravam no centro da capital, é atualmente a maior região administrativa do DF, com cerca de 489.341 habitantes, equivalendo a cerca de 15% da população total do DF. Localizada a 26 km da zona central de Brasília, a cidade possui uma gama expressiva de serviços ofertados por instituições públicas e privadas, com numerosas organizações do terceiro setor e entidades de defesa de direitos, criadas pela sociedade civil organizada. Dentre os serviços socioassistenciais destaca-se o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS); Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS); Centro Especializada de Atendimento à Mulher (CEAM); Casa da Mulher Brasileira (CMB); Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), CAPS - Álcool e Outras Drogas. Por ser a região administrativa que mais registrou casos de violência doméstica, nos últimos anos, de acordo com dados coletados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a cidade foi escolhida para receber a segunda delegacia especializada para atendimento às mulheres, do Distrito Federal, em 2020. A quantidade significativa de equipamentos para ações e serviços de prevenção e assistência, não se mostra, entretanto, suficiente às necessidades da população. Situação que se revela dramática para as mulheres inseridas em situação de violência. Esse cenário que remete ao avanço do neoliberalismo, com a consequente redução dos investimentos públicos em políticas sociais, agravou-se sobremaneira com o surgimento da pandemia de Covid-19. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março e abril de 2020, ocorreu um aumento de 22,2% de feminicídio no Brasil, em relação ao mesmo período, do ano anterior. A mesma pesquisa aponta, também, que durante a pandemia, as mulheres tem encontrado maior dificuldade para denunciar as violências sofridas. Isso se reflete na redução nas denúncias e nos registros de boletim de ocorrência, com a consequente produção de estatísticas oficiais que não condizem com a realidade.Durante o período de participação nas atividades foi possível observar alguns desafios sofridos pelas mulheres, devido a pandemia e ao isolamento social, que amplificam a violência doméstica. Dentre eles se destacaram a falta de acesso à tecnologia (internet e telefone, especialmente), falta de atendimento presencial no CRAS, superlotação da rede básica de saúde, falta de privacidade em casa e, convívio ininterrupto com o agressor, entre outros. A insufiência de serviços públicos ser faz notar ainda nas demandas encaminhadas ao PMP, que dificilmente podem ser acolhidas em sua integalidade, haja vista que, a condição de atividade de extensão do Projeto lhe imprime a dinâmica característica da universidade, com rotatividade de estudantes extensionistas e funcionamento conforme o calendário acadêmico.
#288 |
“Mis hijos los crio yo”: La radicalización del fundamentalismo cristiano y su ataque al Trabajo Social en Puerto Rico
Jessica Contreras-Ortiz
1
;
Nelida Rosario-Rivera
1
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Yalitza N. Serrano González
1
1 - Colegio Profesionales del Trabajo Social de Puerto Rico.
Resumen:
Resumen Ponencia “Mis hijos los crio yo”: La radicalización del fundamentalismo cristiano y su ataque al Trabajo Social en Puerto RicoPor: Contreras Ortiz, JessicaRosario Rivera, NélidaSerrano González, Yalitza N. IntroducciónParecería que el “Centro Rojo” y el Estado de “Gilead” del Cuento de la Criada trascienden el imaginario de Atwood y la serie televisiva. Esto, cuando vivimos en tiempos en los cuales constantemente se amenazan, bajo preceptos religiosos, los derechos de las mujeres y de las comunidades de identidades u orientaciones sexuales diversas. Puerto Rico, así como muchos países de la región, está experimentando un recrudecimiento de los discursos y accionares políticos del fundamentalismo cristiano. En los pasados años, este sector ha intensificado sus acciones organizadas para oponerse a un currículo con perspectiva de género bajo el lema “mis hijos los crío yo”, trastocar el derecho al aborto reconocido y regulado en el país, crear organizaciones políticas de base religiosas e incluso un nuevo partido político abiertamente conservador, con funcionarias electas. Incidencia del Trabajo Social y el impacto al CPTSPRAnte esta coyuntura, el Trabajo Social tiene una gran relevancia y aporte al debate y la política pública en el país. Igualmente, esto pone a la comunidad profesional en posición de estar en constante estudio de las repercusiones para la formación y la práctica en la carrera. En Puerto Rico, el Colegio de Profesionales del Trabajo Social (CPTSPR), junto a organizaciones feministas y en defensa de los derechos humanos, ha estado presente en la formulación de política pública, en los debates públicos y campañas educativas. Esto, fundamentado desde el proyecto profesional ético-político que la organización ha construido desde el año 2008. En esta exposición, nos enfocaremos en tres asuntos principales que han sido discutidos en el país y para los cuales el CPTSPR ha estado presente. Primeramente, la propuesta de un
currículo con perspectiva de género. El movimiento feminista ha propuesto que en las escuelas públicas se incorpore la perspectiva de género como política pública transversal a todo el modelo de enseñanza. Esta propuesta surge en el reconocimiento de la violencia por razón de género que experimentan las personas feminizadas. De ahí, que un proyecto de prevención desde edades escolares va siendo una apuesta teórico-metodológica relevante. Recientemente, se ha comenzado con el diseño del currículo provocando que los grupos en oposición aumenten su activismo haciendo alusión a la “ideología de género” y promoviendo la campaña “mis hijos los crío yo”. La asamblea del CPTSPR ha mostrado apoyo a esta propuesta aunque sigue siendo un tema de debate en la comunidad profesional. Como segundo asunto abordaremos la búsqueda de prohibir las
terapias de conversión. Desde la ONU se ha exhortado a cada país a prohibir las terapias de conversión. En Puerto Rico se ha intentado prohibir estas “terapias''. Sin duda, ha sido un asunto de debate entre los sectores conservadores y las organizaciones de derechos humanos. Dentro del sector religioso encontramos a profesionales del Trabajo Social, quienes por sus creencias se oponen a la prohibición de estas prácticas. Partiendo de esto, han generado campañas en las redes sociales y programas radiales y procesos judiciales para debilitar al CPTSPR. En tercera instancia reflexionamos en torno a la defensa de los
derechos reproductivos de las mujeres y personas gestates, particularmente el
aborto. En Puerto Rico, por nuestra relación colonial con los Estados Unidos (EEUU), se aplica lo resuelto en el caso Roe vs. Wade en el año 1973. Este reconoce el aborto como un derecho a la intimidad de las gestantes. Sin embargo, apesar de ser legal, el aborto no es accesible en particular a mujeres empobrecidas. Recientemente se ha propuesto una medida que propone restrigir el aborto a partir de la semana 22, independientemente del criterio médico. Además, crea unos procesos que repercuten en intimidar a médicos y pacientes, afectando los servicios para la terminación de embarazos. En la discusión legislativa se le ha negado turno al CPTSPR para deponer.Partiendo de estos asuntos reflexionaremos en los aportes del CPTSPR en la defensa de los derechos humanos de las mujeres y comunidad lgbttqia+ y cómo esto ha repercutido en ataques a la organización y la profesión. Propuesta para la reflexión teórico-metodológicaPretendemos compartir a nivel de la región de América Latina y el Caribe nuestro análisis de los posicionamientos ético-políticos del CPTSPR a través de la revisión del contenido que generado para un currículo con perspectiva de género, la prohibición de las terapias de conversión y la reinvidicación de los derechos reproductivos de las mujeres, en particular el aborto y las reacciones del fundamentalismo cristiano. Siendo esto para:- ampliar las conversaciones con relación a cómo los sectores conservadores en Puerto Rico han ido radicalizando hacia un activismo político y buscando vulnerar derechos de las mujeres y comunidad lgbttqia+.- reflexionar sobre el accionar ético-político del CPTSPR y la reacción de los sectores fundamentalistas.- discutir las repercusiones que esto tiene para la organización de la formación y la práctica del Trabajo Social. Para esto, compartiremos los resultados de la recopilación de las posturas públicas y activismo asumido por el CPTSPR como: alianzas con otras organizaciones, participación en procesos legislativos o medios de comunicación, reacciones del sector fundamentalista tanto en medios de difusión pública como programas radiales, redes sociales y procesos judiciales (demanda legal). De esto, expondremos las implicaciones que esto tiene para la formación universitaria y continua, así como para la práctica profesional. Referencias Céspedes (2019). Fundamentalismos religiosos, derechos y democracia. Coord. Coordinadora Mónica A. Maher. Segunda parte.CPTSPR (2021). Memorial explicativo sobre el Proyecto del Senado 185. Recuperado de: www.cptspr.org Comité PARE. Glosario. Recuperado de: https://parelaviolencia.pr.gov/glosario. ELA Tribunal de Primera Instancia Sala Superior de SJ (2021). Sentencia Declaratoria SJ2021CV05000. Carlos Ramos; José Erazo; Nahir M. Bayona Hernández; y otros vs Departamento de Educación, por conducto Eliezer Ramos ELA, por conducto de su Secretario de Justicia, Honorable Domingo Emanuelli; y otros. ILGA World: Lucas Ramón Mendos,
Poniéndole límites al engaño – Un estudio jurídico mundial sobre la regulación legal de las mal llamadas “terapias de conversión” (Ginebra: ILGA World, 2020)
#296 |
Percepciones, conocimientos e imaginarios que justifican y toleran las diferentes formas de violencia de género, con incidencia en el acoso político, desde las mujeres altiplánicas de Puno
Maria Zuñiga
1
1 - Universidad Nacional del Altiplano de Puno.
Resumen:
La investigación lleva como título “Percepciones, conocimientos e imaginarios que justifican y toleran las diferentes formas de violencia de género, con incidencia en el acoso político, desde las mujeres altiplánicas de Puno”. Los Ejes de análisis fueron: Conocimiento sobre normas y políticas para la prevención, sanción y erradicación de la violencia contra la mujer; manejo de la información que tienen las mujeres sobre las rutas y protocolos de atención de la violencia y las percepciones socio culturales de las mujeres respecto a la justificación y tolerancia de la violencia con énfasis en el acoso político hacia las mujeres. La investigación se enmarca dentro de la perspectiva cualitativa. Las técnicas utilizadas fueron: Grupos focales de discusión y las entrevistas semi estructuradas. El estudio se realizó en tres provincias: Puno, Lampa y Azángaro.Dentro de los principales hallazgos se encuentran: el machismo es reconocido como una práctica cultural vigente en la vida cotidiana de las familias de la región Puno. Las redes familiares son el soporte requerido por las mujeres, pero además se encuentran las mujeres de sus propias organizaciones, que deben superar las rivalidades y envidias entre ellas. La solidaridad entre mujeres es señalada como un mecanismo para evitar ser acosadas políticamente. El acoso político se manifiesta desde el primer momento donde la mujer decide participar en la vida política de su comunidad. Se manifiesta con gestos, comportamientos, actitudes y hechos, donde la difamación personal y familiar es la principal arma para atacarla y hacerla desistir y obligarla a renunciar al cargo que viene ejerciendo. Las mujeres reconocen que tienen capacidades, conocimientos que les permitan resolver los problemas de la comunidad, para lo cual son fundamentales la persistencia, determinación, pero sobre todo anteponer las necesidades de la población a los intereses personales. La solidaridad entre mujeres se concretiza con la posición firme que tienen las mujeres para proteger a las víctimas de acoso político y evitar que sean sancionadas o que renuncien y decidan ya no participar en la vida política.
#505 |
Políticas públicas e sociais e trabalho reprodutivo que não pague para as mulheres: por um feminismo que converse com nossas mães
Janice Realina Sodré
1
;
Ariane Leites Larentis
2
1 - SMASES-Niterói.
2 - ENSP-Fiocruz.
Resumen:
O trabalho reprodutivo doméstico é conceituado enquanto atividade que na divisão social e sexual do trabalho se estabelece enquanto tarefa exclusiva e inata das mulheres na sociedade capitalista. Cabe às mulheres reproduzir biologicamente a força de trabalho e gerenciar as condições de sua reprodução social. Ainda que inseridas no mercado de trabalho, permanecem gerenciando de forma gratuita a organização do cotidiano, das crianças, idosos, homens .Na contramão desta perspectiva, ainda se configura, de forma insuficiente a articulação das políticas públicas e sociais com as reais demandas das mulheres, que a partir da análise do trabalho reprodutivo não pago das mulheres, vai se localizar, em sua totalidade, nas necessidades de todo núcleo familiar, incluindo as de acesso as políticas sociais. Neste sentido, a reprodução social, garantida a partir deste trabalho feminino, não possui uma rede setorial que viabilize, ou mesmo permita que estas mulheres organizem a vida familiar. Se conforma, portanto, enquanto mais um desafio para o cotidiano, sobretudo das trabalhadoras pobres. Localizamos que, dentre os fatores, tais como a precarização das condições e relações de trabalho no setor público, as contrarreformas, a apropriação privada do Fundo Público, o patrimonialismo e clientelismo, estas políticas não são construídas a partir da perspectiva do trabalho doméstico. A proposta deste trabalho é, portanto, estabelecer as possíveis relações entre a conformação, execução das políticas sociais, e o trabalho doméstico não pago das mulheres. Consideramos que uma politica pública social acessada, em sua maioria, pelas mulheres, no sentido que cabe a estas este trabalho reprodutivo de gestão da vida familiar, prescinde de uma participação das mulheres na construção e avaliação destas mesmas políticas. Para realizarmos este desafio estabelecemos alguns marcos teóricos que fornecem elementos teóricos para o desenvolvimento do argumento. Neste sentido, estabelecer o diálogo com as produções que trazem o debate acerca da categoria reprodução social, sua articulação com os estudos feministas que tratam da temática do trabalho reprodutivo doméstico realizados pelas mulheres, e sobre as políticas públicas e sociais, em particular, aquelas que constituem a rede de Proteção Social socioassistencial, se constitui enquanto tarefa essencial. No que se refere aos estudos feministas, a proposta é nos debruçarmos sobre aqueles que fazem a interlocução com o marxismo, no sentido de avançar na compreensão das relações e hierarquias que se estabelecem na relação entre homens e mulheres na totalidade do tecido social e na particularidade das relações familiares, cotidianas domésticas. Consideramos, pois que a divisão sexual do trabalho possui especificidade no modo de produção hegemônico, se configurando enquanto pilar essencial ao próprio capitalismo. Dentro desta proposta apresentaremos, em linhas gerais, a sistematização de duas perspectivas sobre o tema: Relações Sociais de Sexo e a Divisão Sexual do Trabalho, com ênfase nas construções do feminismo francês de Helena Hirata e Danielle Kergoat, e a retomada do debate empreendido pelo Feminismo autonomista de Ruptura, que não se restringiu a Europa, mas que se estendeu aos Estados Unidos, países do continente africano, australiano, com destaque para os estudos e militância do Coletivo Feminista Internacional (International Feminist Collective), que tinham como integrantes ativas Mariarosa Dalla Costa Selma James e Silvia Federici.Em relação as politicas públicas sociais, elencamos a Politica de Assistência Social, tendo em vista seu caráter capilar, no que se refere a intersetorialidade da Rede socioassistencial. Em seguida, a proposta é realizar uma breve contextualização das respostas à crise do capital desencadeada na década de 1970, em particular, as novas racionalidades nas formas de organização e prestação de serviços sociais expressas no setor público por meio das “contrarreformas” do Estado sob a orientação neoliberal. As políticas sociais dentro dessa conjuntura sofrem alterações significativas na medida em que na contramão das recentes conquistas e avanços que visam garantir práticas democráticas estas vão assumir o caráter mercantil produtivista. Adotam-se estratégias semelhantes de organização e gestão do trabalho àquelas do âmbito privado, que por meio das alterações legislativas viabilizam o surgimento de diversas modalidades de contratação. Com a Política de Assistência Social não foi diferente. Legitimada como política de direito através da Constituição Federal de 1988 (CF/88) compondo juntamente com a Previdência e a Saúde o tripé da Seguridade Social promove um novo ordenamento da Assistência Social. Dentro desta perspectiva, possui o controle social enquanto um de seus eixos estruturantes. É por meio da apreensão das estratégias de reação do capital à crise, que se torna possível compreender as tendências e fenômenos hoje presentes nas políticas sociais. Partimos da hipótese que compreender como se organiza a Política de Assistência Social nos possibilita realizar as mediações necessárias com o trabalho reprodutivo doméstico não pago das mulheres. Consideramos que inquietações que nos trouxeram até este tema são o resultado das experiências durante a trajetória acadêmica, profissional, da militância, mas sobretudo da necessidade de um objeto de estudo que trouxesse respostas para as mulheres que convivi durante toda minha vida: minhas tias, minha avó, minha mãe. As mulheres que sempre organizaram a dinâmica da vida cotidiana e que dedicaram suas vidas a família, ao marido, aos filhos, aos pais idosos e que abandonaram seus próprios desejos, projetos por este “trabalho de amor”. Mulheres que acessam os equipamentos da assistência em busca de serviços que auxiliem nesta árdua tarefa. O encontro com o feminismo autonomista permitiu compreender a reprodução social enquanto categoria, mas para além de perspectivas que dão voz as mulheres mais jovens (o que é legitimo) um feminismo que conversa com as mães. Um feminismo que se organiza e reivindica melhores condições de vida, saúde para a classe trabalhadora, tendo por base a concretude do cotidiano: a luta pelos serviços sociais, pela segurança alimentar, contra o racismo, a luta pelos direitos das crianças adolescentes, pela terra. A revolução será feminista, ou não será. Mas precisamos ter saúde mental para esta grande tarefa. Esperamos que este trabalho possa contribuir para a construção deste horizonte.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Panel presencial
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#087 |
PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA MONETÁRIA ENQUANTO MECANISMO DE PROTEÇÃO SOCIAL NO ENFRENTAMENTO À POBREZA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE, DESTAQUE AO BRASIL
MARIA E SILVA
1
;
Valéria Almada Lima
1
;
Carola C. Arregui
2
;
José Pablo Bentura Alonso
3
1 - Universidade Federal do Maranhão.
2 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
3 - Universidad de la República.
Propuesta del Panel:
O painel proposto tem como temática central os Programas de Transferência Monetária na América Latina e Caribe, destacando a centralidade e ampliação desses programas no contexto da Pandemia da Covid-19 (2020-2022), com destaque à realidade desses programas no Brasil, considerando o significado e possíveis impactos no redimensionamento dos Sistemas de Proteção Social nessas regiões. No painel proposto, pretendemos, para além da conjuntura recente decorrente da Pandemia da Covid-19, situar a dinâmica dos Programas de Transferência Monetária no contexto da crise estrutural do capitalismo. Nesse aspecto, procuraremos destacar e problematizar a funcionalidade das transferências monetárias para amortizar os efeitos que essa realidade vem produzindo na ampliação do desemprego, do trabalho precário e desprotegido; no avance da pobreza e da Fome no contexto da América Latina e do Caribe, com destaque ao Brasil. Consideramos que a crise mundial decorrente da pandemia da Covid-19 vem construindo uma explicação ideológica para a crise estrutural do capitalismo. Essa é a realidade que amplia o protagonismo dos Programas de Transferência Monetária, demostrando versatilidade e funcionalidade para enfrentamento de situações extremas, o que, necesariamente não significa buscar o bem estar da população nem frear o avanço das desigualdades. Daí decorre sua tripla função: manter a funcionalidade das economías garantindo a manutenção e ampliação do consumo; mitigar as condições de sobrevivência dos segmentos da população mais empobrecidos e fora do alcance da proteção social e legitimar governos que claramente apoiam o capital em detrimento do bem-estar das populações. Ou seja, os Programas de Transferência Monetária mantêm a funcionalidade do sistema de produção capitalista; contribuem para a sobrevivência de segmentos da população, mas estes são mantidos em situações de insegurança permanente; contribuem para otimizar os níveis de exploração e manter os baixos rendimentos do trabalho, garantindo tão somente a sobrevivência de setores que não dispõem de condições necessárias para sua reprodução social. Ademais, importa ressaltar que a versatilidade e funcionalidade dos Programas de Transferência Monetária se ampliam quando as crises humanitarias são mais radicais, favorecendo atenuar situações decorrentes das crises, mas sem alterar as determinações que orientam o jogo do mercado, chegando a se constituir num dispositivo pró-mercado, capaz de mitigar, mas não reduzir o desemprego e a Fome que se ampliam no contexto da pandemia da Covid-19.Partindo das referências indicadas, no painel, propomos abordar os seguintes temas: a realidade socioeconômica e política da América Latina e do Caribe na contemporaneidade, destacando a dinâmica do desenvolvimento do capitalismo nesses continentes, marcados pelo crescimento do desemprego, do trabalho precarizado, de baixos salários e sem proteção social; a realidade política de aprofundamento do conservadorismo mesclado com traços do facismo e ameaças aos avanços, ainda incipientes, da democracia nos referidos continentes. Nessa realidade socioeconômica é situado o protagonismo dos Programas de Transferência Monetária. Propomos seguir com a abordagem do tema sobre os Programas de Transferência Monetária na América Latina e Caribe, pontuando e problematizando o avance e o significado desses programas para o enfrentamento do quadro de pobreza, ampliado e agravado em decorrência da pandemia de Covid-19. Complementando a realidade dos Programas de Transferência Monetária na América Latina e Caribe, serão apresentados resultados de um mapeamento desses programas em 21 países da América Latina e 20 países do Caribe, realizado por uma equipe de pesquisadoras e pesquisadores do Brasil da Argentina e do Ururuguai, ou seja, dar-se-á destaque à realidade dos Programas de Transferência Monetária em implementação previamente à pandemia da Covid-19 e programas criados, via de regra, emergenciais e pontuais, enquanto ações de política direcionadas ao enfrentamento da situação que marca o aprofundamento do desemprego, da pobreza e o ressurgimento da Fome em amplos contingentes da população da América Latina e Caribe. Nesses aspectos, serão objeto de reflexões tanto a dimensão quantitativa como suas características e manifestações qualificadoras, enquanto medidas prevalentes na realidade da proteção social na América Latina e Caribe, desde a segunda metade dos anos 1990. Por último, propomos abordar os Programas de Transferência Monetária no Brasil, destacando a ampliação e prevalência desses programas na realidade brasileira, com especial reflexão ao que vem se observando em termos de proliferação, fragmentação e deslocamento desses programas em relação a Sistema de Proteção Social que vinha se ampliando e se consolidando enquanto Sistema direcionado para construção e ampliação de direitos sociais, sobretudo a partir da Constituição Federal de 1988. Em resumo, o painel proposto, tendo como espaço geográfico de reflexões a América Latina e Caribe, com destaque ao Brasil, pretende construir reflexões que iluminem questionamentos centrais sobre a temática proposta: O que são os Programas de Transferência Monetária? Como vêm se desenvolvendo historicamente? O que explica e justifica o incremento desses programas situados no âmbito do neoliberalismo? Que expressões vêm incorporando no contexto contemporâneo engendrado e agravado com a pandemia da Covid-19? Quais as reais funções desses programas enquanto política favorecedora da economia e enquanto medida de proteção social? Como ultrapassar essa realidade na busca de uma sociedade inclusiva, onde o bem-estar seja a referência de um projeto político tranaformador?
#533 |
O Estado neoliberal e as políticas sociais: uma relação de conflitos
Eduardo Santos
1
;
Alan Oliveira
1
;
Raquel Oliveira
2
1 - PUC SP.
2 - UFABC.
Resumen:
O Estado neoliberal e as políticas sociais:uma relação de conflitos O Estado: um conceito em disputa: Em “Ideologia alemã”, Marx e Engels (2001) refletem sobre a formação do Estado Moderno, alcançado pela burguesia que se constitui enquanto uma classe que precisava se organizar no plano nacional e dar uma forma universal aos seus interesses comuns, porém de forma ilusória, pois o Estado “está sempre vinculado à classe dominante e constituiu o seu órgão de dominação” (MARX; ENGELS, 2001, p. 31) para alcançar a citada hegemonia.Corroborando esse entendimento sobre o Estado, Osório (2014) reflete que o Estado capitalista expressa não somente uma correlação de forças na qual predominam os interesses das classes dominantes, antes disso, refere-se à: […] uma relação social que cria força e modifica essas correlações em favor dos que dominam. Supor que o Estado “reflete” a luta de classes implica concebê-la como uma entidade neutra, que revela o ponto em que se encontra a correlação de forças entre as classes, algo assim como um termômetro político. Mas, ao contrário, o Estado tem um papel ativo na luta de classes a favor da integração e da organização das classes dominantes e da dispersão e desarticulação das classes dominadas (OSÓRIO, 2014, p. 51). O autor supracitado afirma que a ideia de que o Estado burguês expressa “conquistas” dos dominados, como direito à greve, sindicalização, partidos populares, fórmulas democráticas de dominação, deve ser entendida dentro desses limites. “São conquistas, porém desvirtuadas e filtradas pela ação estatal” (OSÓRIO, 2014, p.51, grifos nossos).Para Pereira (2008), há desafios para a definição de Estado pois existem diferentes noções acerca desse instrumento e sua ideia é associada e confundida aos seus órgãos ou elementos constitutivos. Compreende-se que o Estado não é um fenômeno isolado, fechado ou circunscrito a si mesmo, pois ele está em constante relação com a sociedade. (PEREIRA, 2008). A concepção acima citada destaca a centralidade nas relações entre as classes sociais, constituindo uma dinâmica de disputa por projetos societários no interior e entre as classes que, ao longo da história, diversifica as estratégias de dominação do Estado burguês e sua interação com a sociedade. 2.1 Estado, Políticas sociais e Neoliberalismo A intervenção Estatal na sociedade contemporânea é marcada por amplos debates, sobretudo políticos e ideológicos, que colocam projetos societários em disputa. Nesse enredo, o liberalismo surge como uma proposta de Estado não intervencionista, com uma economia organizada estritamente pelo mercado. Contraditoriamente, o neoliberalismo foi constituído com “a ajuda das tarifas protetoras, de exportações subvencionadas e de subsídios indiretos dos salários” (CARCANHOLO; BARUCO, 2011, p. 12), ou seja, o dito mercado livre é sustentado pelo Estado em todo seu processo. Assim, verifica-se que o sistema de mercado necessitou do Estado para sua implementação e, uma vez constituído, dele carece para sua manutenção. “O liberalismo econômico pode, portanto, pedir que o estado use a força da lei; pode até mesmo apelar para as forças violentas da guerra civil a fim de organizar as precondições de um mercado autorregulável” (POLANYI, 2000, p. 152-153).Essa contradição da presença/ausência do Estado, aliada às crises produtivas do capitalismo, provoca outras propostas políticas e ideológicas que, mais uma vez, destacam o papel do Estado como, por exemplo, o Estado de Bem Estar Social (Welfare State), pautado por um Estado intervencionista através de políticas sociais na perspectiva de manter o consumo e pleno emprego para acompanhar a produção do sistema fordista que, na década de 1970, entra em crise (CARCANHOLO; BARUCO, 2011, p. 12).Assim, a problemática que se engendrou nos últimos anos não paira sobre a avaliação se o Estado foi menos ou mais interventor, pois ele sempre será interventivo, o que se questiona é o padrão dos gastos estatais, agora perceptivelmente em detrimento das políticas sociais de caráter universalizante. Trata-se, isto sim, de um Estado comprometido com a valorização capitalista financeiro-fictícia e, para que isso seja possível, a restauração do capital exigiu, […], um Estado “mini-max”, mínimo para o trabalho e máximo para o capital. Ao afirmar uma suposta necessidade de redução do tamanho do Estado, o ataque do grande capital se dirige, na verdade, contra as dimensões democráticas da intervenção do Estado na economia, fundamentalmente suas dimensões coesivas (CARCANHOLO; BARUCO, 2011, p. 12). É nesse cenário que a proposta neoliberalista se consolida em substituição ao keynesianismo do Welfare State. O comportamento econômico passou a determinar o comportamento dos seres humanos em sociedade, invertendo valores e visões sobre a realidade, incluindo sobre a desigualdade social. Do ponto de vista econômico, a desigualdade é vista nesse modelo como uma meta, pois é o que “[…] dá sentido à busca por produtividade e eficiência, enquanto que, do ponto de vista moral, o incentivo ao esforço pessoal só teria sentido com a desigualdade, ou melhor, a diferenciação social seria o prêmio por aquele primeiro” (CARCANHOLO; BARUCO, 2011, p. 12).Logo, as estratégias para o combate à desigualdade e para a ampliação da proteção social, como as políticas sociais, passam a ser vistas como empecilhos para uma ordem neoliberal. Assim, para a ampliação dessa proposta política-ideológica, o conceito das políticas sociais precisa ser substituído “pela fria constatação da inevitabilidade da pobreza e da miséria, levando a um caminho que nos obriga a tratar o fenômeno apenas em suas manifestações mais agudas, portanto, de forma localizada e fragmentada” (IASI, 2017, p. 221).Desta forma, o neoliberalismo passa a ditar de que forma o Estado intervém na desigualdade social e, nessa proposta política-ideológica, as políticas sociais não ocupam um lugar de centralidade, desresponsabilizando-se de sua oferta. Referências IASI, M. Política, Estado e ideologia na trama conjuntural. São Paulo: Instituto Caio Prado Junior, 2017. KARL, M.; ENGELS, F. Ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 2001. OSÓRIO, J. O Estado no centro da Mundialização: a sociedade civil e o tema do poder. São Paulo: Editora Outras expressões, 2014. PEREIRA, P. A. O. Política social: temas & questões. São Paulo: Cortez, 2008. POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro: Campus,2000.
FCS - H2
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Ponencias presenciales
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#466 |
La crisis de los procesos de sociabilidad e individuación contemporánea: análisis de sus fundamentos y desdoblamientos.
Silvia Lema
1
1 - FCS-Udelar.
Resumen:
TÍTULO: La crisis de los procesos de sociabilidad e individuación contemporánea: análisis de sus fundamentos y desdoblamientos.La ponencia presenta una síntesis analítica de las contradicciones metabólicas de los procesos de sociabilidad e individuación (Lukács, 2012) a partir del estudio de las condiciones históricas de la actual crisis estructural del capitalismo mundial: sus fundamentos, desdoblamientos y expresiones contemporáneas. En las últimas décadas, se ha generado un profundo debate sobre el alcance y las dimensiones de la actual crisis. Su extensión, vastedad y dimensión totalizante determinan su carácter estructural y profundo. Su origen no puede ser ubicado en el período histórico más reciente. Sus expresiones se encontraban ya presentes a fines de los años ‘60, principios de los ’70, aunque sus trazos más sobresalientes se han profundizado en el último periodo (Mészáros, 1999). La crisis se expresa a nivel fenoménico como crisis económica, política, cultural, ecológica, crisis de sentido y de orientación de los proyectos, crisis intergeneracional, crisis de desigualdad en las relaciones de género. A las formas fenoménicas ya conocidas, se le suma la crisis sanitaria, agregando un nuevo desdoblamiento que cuestiona las bases de la producción y reproducción de la vida misma. En su esencia, constituye una crisis estructural del metabolismo de reproducción del complejo social en su totalidad. Su carácter estructural se encuentra directamente vinculado a los límites que posee su resolución dentro de la actual estructura económico-social (Mészáros, 1999). El conjunto de relaciones sociales de producción y reproducción social «forman un sistema y moldean la vida social, no solo en el plano económico, sino en todas sus dimensiones» (Chesnais, 1996: 14). Contiene en su interior un conjunto de cambios económicos, políticos, sociales e ideológicos que involucra todas las formas de ser y pensar de la vida contemporánea, tanto en las condiciones actuales en las que se desarrolla la vida, en su problemáticas y contradicciones, como en las alternativas que en ella se expresan. Los desdoblamientos de la crisis moldean las formas de ser de las relaciones sociales, los sujetos sociales y políticos, las instituciones, las concepciones, las políticas, las acciones, el alcance y los límites de los proyectos societarios que se proponen.El desarrollo de la ponencia, abordando el complejo de la sociabilidad e individuación, retomará las contradicciones que se expresan tanto en su base material como en las dimensiones ideológicas, morales y políticas. Las contradicciones en la base material muestran exponencialmente trazos crecientes de destructividad y desigualdad social, aumento de la productividad del trabajo, concentración y expansión del capital junto con el empobrecimiento relativo de la clase trabajadora, destrucción de las fuerzas productivas, dilapidación de recursos naturales y privación a amplios sectores de la población de la satisfacción de las necesidades básica. El proceso de acumulación del capital está signado por la necesidad constante de expansión, concentración, mercantilización de la vida social, desarrollo progresivo de las fuerzas productivas, intensificación del uso de la fuerza de trabajo, interpenetración creciente de las distintas ramas de la producción, junto con el comercio y las finanzas. El patrón de acumulación flexible del capital acentuó la heterogeneidad de las formas de inserción de los trabajadores en la división social del trabajo, la diversificación de los procesos de organización/cooperación del trabajo colectivo y la multiplicidad de mediaciones en las formas de uso de la fuerza de trabajo. Configuró una clase trabajadora más compleja, fragmentada y diversificada tanto en su objetividad como en su subjetividad. (Antunes, 1998). La actual ofensiva del capital profundiza el proceso de mercantilización y fetichización de la vida social en su conjunto. El mercado se presenta como el espacio de sociabilidad preponderante. Se procesa un profundo proceso de
socialización (vinculación creciente de todos los actos, relaciones y esferas de la vida). Todo lo existente, se vuelve objeto de relaciones de intercambio. En su esencia, este fenómeno contiene su contracara: un profundo proceso de
des-socialización y crisis del vínculo social, entendido como ¨la disolución de las relaciones comunitarias, relajamiento del vínculo social y privatización de la vida social¨ (Bihr, 1998:146). Entonces, la crisis estructural del complejo de sociabilidad e individuación, expresa sus desdoblamientos más complejos, presentándose como crisis ideológico-cultural y ético-política, mostrando las dificultades para construir un orden significativo, con referencias estables y coherentes que den sentido a la existencia. En este escenario de crisis estructural, se expresan las condiciones, posibilidades y los límites para la constitución de sujetos individuales y colectivos con capacidad de construir proyectos societarios con una dimensión emancipadora. Referencias bibliográficas del resumen de ponenciaAntunes, Ricardo (1998).
¿Adiós al trabajo?, Buenos Aires: Editorial Antídoto.Bihr, Alain (1998).
Da grande noite à alternativa, São Paulo: Boitempo Editorial.Chesnais, Francois (1996
). A mundialização do capital, São Paulo: Xamã.Lukács, György (2012).
Para uma ontología do ser social I. São Paulo: Boitempo Editorial.Mészáros, István (1999).
Más allá del capital. Hacia una teoría de la transición, Caracas: Vadell Hermanos Editores.
#489 |
Crisis del reformismo y políticas públicas: el corolario de la crisis estructural del capital
Yessenia Fallas
1
1 - Universidad de Costa Rica.
Resumen:
La presente ponencia se deriva de la investigación denominada “Capital, Reformismo y Estado de Bienestar: aproximaciones críticas a su expresión en Costa Rica”, iniciada en el año 2021 que gira en torno a las manifestaciones particulares del proceso de acumulación de capital y sus derivaciones políticas durante el siglo XX.La finalidad de la discusión que se presenta en el presente texto refiere a la necesidad de entender el surgimiento del reformismo y sus derivaciones en la forma de estados intervencionistas durante la primera mitad del el siglo XX, a partir de las transformaciones en el proceso de acumulación de capital, en el entendido de que ésta es la base material a la cual se articulan dialécticamente las formas en las que el Estado moderno ejecutó sus funciones clásicas históricamente determinadas.Partimos así, del hecho de que la captación del movimiento de la realidad como ejercicio racional del sujeto que investiga, requiere necesariamente de la aprehensión de la totalidad social, que en primera instancia aparece como desordenada y caótica; es decir que: el todo, tal como aparece en la mente como todo del pensamiento, es un producto de la mente que piensa y que se apropia el mundo del único modo posible, modo que difiere de la apropiación de ese mundo en el arte, la religión, el espíritu práctico. El sujeto real mantiene, antes como después, su autonomía fuera de la mente, por lo menos durante le tiempo en que el cerebro se comporte unicamente de manera especulativa, teórica. En consecuencia, también en el método teórico es necesario que el sujeto, la sociedad, esté siempre presente en la representación como premisa. (Marx, 1971, p. 22)De manera tal que, para analizar la configuración de las acciones intervencionistas de los estados y el desarrollo del reformismo como elemento al que estas se articulan, es fundamental entender las condiciones del momento histórico como totalidad en la que la economía adquieren un papel central.Esa totalidad social, no es solamente un telón de fondo en el que los fenómenos sociales se desarrollan, más bien entendemos que los fenómenos sociales son una síntesis de las relaciones dialécticas que se establecen entre su contenido singular y dicha totalidad, por lo que es posible decir que ésta ejerce un papel determinante en la configuración de los fenómenos que son objeto de nuestro estudio.En el “corto siglo XX”, como fue originalmente denominado por el historiador Eric Hobsbaw (1994) esa totalidad social estuvo marcada por dos grandes hechos centrales relativos al proceso de acumulación de capital. En primer lugar, la crisis de 1929 y sus derivaciones durante la década de 1930 y los inicios de la década de 1940. En segundo lugar la crisis que inicia en la década de 1970, cuya naturaleza, según lo han revelado las décadas siguientes, se vincula a la propia estructura sociohistórica que configura el capital en tanto relación social.Como acontecimientos históricos que pertenecen a la esfera de la producción y reproducción social, ambos hechos se configuran como determinaciones de otras esferas de la vida social: la política y la ideología, para poner dos ejemplos. Es por esta razón que pretendemos en esta ponencia reflexionar acerca de las bases históricas referidas al proceso de acumulación de capital que se articulan a la configuración de un Estado cuyo carácter intervencionista y reformista aumentó en las décadas posteriores a la crisis de 1929 y que, una vez entrada la crisis estructural, presentó una tendencia significativamente contraria.Referencias bibliográficasHobsbawm, E. (1994) The Age of Extremes: The Short Twentieth Century, 1914-1991. vintage Books.Marx, K (1971) Introducción general a la crítica de la economía política/1857. Ediciones Pasado y Presente.
#550 |
A Produção do Conhecimento Sobre Capitalismo Dependente no Serviço Social Brasileiro
Monique Bronzoni Damascena
1
;
Ana Carolina Vaz dos Santos
2
;
Milena Dorneles Rodrigues
2
1 - Universidade Federal do Pampa - Unipampa.
2 - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS.
Resumen:
O presente resumo tem como temática o capitalismo dependente e Serviço Social brasileiro. A discussão que envolve o debate teórico-metodológico sobre o capitalismo dependente vincula-se às teorias da dependência alavancadas por autores fundamentalmente latinoamericanos. Esses autores, buscavam a apreensão das novas características e consequências nas relações sociais do desenvolvimento econômico da América Latina no pós 2ª Guerra Mundial (THEOTONIO, 2015). Já para o Serviço Social brasileiro a importância na compreensão do debate sobre o capitalismo dependente emerge da necessidade de apreensão radical da realidade latinoamericana para a apreensão das bases constitutivas/fundamentais das expressões da questão social, objeto de trabalho do assistente social brasileiro. A aproximação com o marxismo foi iniciada no Movimento de Reconceituação e possuía suas limitações teóricas iniciais na perspectiva marxista. Todavia, a emergência desse movimento deve ser apreendida no contexto histórico-estrutural de mudanças no desenvolvimento dos laços de dependência econômica que ocorreram na década de 1960. “Na sua gênese imediata, a Reconceituação foi comandada por uma questão elementar:
qual a contribuição do Serviço Social na superação do subdesenvolvimento?” (NETTO, 2005, p. 09). Portanto, as inquietações dos assistentes sociais desse período iam na mesma perspectiva dos autores da Teoria da Dependência e da Teoria Marxista da Dependência (TMD). Nesse sentido, a dependência deve ser discutida no campo da divisão internacional do trabalho, no contexto de expansão e evolução do capitalismo mundial na sua fase imperialista. Nessa perspectiva, a “[...] dependência, entendida como uma relação de subordinação entre nações formalmente independentes, em cujo marco as relações de produção das nações subordinadas são modificadas ou recriadas para assegurar a reprodução ampliada da dependência” (MARINI, 2000, p. 4). A relação de subordinação pela dependência ocorre pelos graus diferentes de desenvolvimento dos países. A diferença se impõe pela necessidade de acumulação, concentração e centralização inerentes da fase imperialista do modo de produção capitalista. Esse processo cria para além de diferenças entre o grau de desenvolvimento dos países, a subordinação e dependência por meio da troca desigual (MARINI, 2000), gera também diferenças histórico-estruturais nos países de capitalismo dependente, como sinaliza Bambirra (2013). São justamente estes tipos específicos de capitalismo dependente que irão configurar as particularidades histórico-estruturais da conjuntura de cada país latinoamericano. Principalmente, quando se destaca a base colonial e o modo de produção escravista que se instauraram em países como o Brasil, pois “a importância do regime de produção escravista na determinação da atual economia de alguns países latino-americanos, como por exemplo o Brasil, é um fato que não pode ser ignorado” (MARINI, 2011, p. 174). Essa interpretação da realidade brasileira é basilar no desvelamento dos fundamentos do objeto de trabalho do Serviço Social “[...] nos seus ritmos, formas e temporalidades próprios, mediados pela condição dependente e subordinada da economia e todos os desdobramentos internos dessa condição”. (SABINO, TELES, 2021, p. 57). Pois são são elementos constituintes da questão social no Brasil questões relacionadas com a população indígena, negra, agrária. Esses elementos não são apenas consequências da relação do conflito capital x trabalho, mas são inerentes a dinâmica do capitalismo dependente e da formação histórico-estrutural do país. Nesse sentido, a proposta de elaboração do artigo tem como objetivo apreender como a produção do conhecimento (artigos científicos, teses e dissertações) na área do Serviço Social vem incorporando a temática “capitalismo dependente” nas últimas décadas, no Brasil. Como parte dos procedimentos metodológicos, realizou-se o estado da arte sobre o tema capitalismo dependente nas produções acadêmicas da área do Serviço Social. Tendo como fontes: a) banco de dados do SciELO Brasil e b) Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Foram selecionados para compor a amostra desta pesquisa o total de 22 documentos, dos quais 12 artigos, 08 dissertações e 02 teses. Tendo em vista o filtro adotado, a partir da busca pelos seguintes descritores: Capitalismo Dependente e Serviço Social. Ao realizarmos a análise inicial do conteúdo dos resumos das produções selecionados para compor a amostra da pesquisa, foi possível evidenciar uma escassa produção acerca dos descritores selecionados e um transcurso temporal recente, uma vez que as produções estão concentradas entre os anos de 2012 a 2021. Outra característica das produções bibliográficas é a concentração dos artigos na Revista Katálysis e as dissertações e teses são majoritariamente do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora. Como alguns resultados preliminares do estado da arte sobre Capitalismo Dependente no Serviço Social, é possível sinalizar para os seguintes elementos: os autores que mais são utilizados como base teórica para fundamentar as produções que versam sobre Capitalismo Dependente são Florestan Fernandes e Marini. Nos resumos das produções analisadas, no que se refere aos artigos e dissertações, se destaca a abordagem do Capitalismo Dependente em interconexão com as temáticas da questão social, especialmente, pelas pautas da questão racial e agrária/urbana, articuladas com a categoria superexploração da força de trabalho. Importante destacar que a categoria superexploração da força de trabalho apareceu na grande parte das produções, contudo, nos resumos das produções essa categoria não é mediada com a Teoria Marxista da Dependência (TMD) e suas demais categorias. Sendo que, constitui-se em uma categoria central para essa corrente teórica, formulada pelo pensamento de Ruy Mauro Marini com base na particularização do capitalismo nos países latinoamericanos para dar fundamento a TMD. No que se refere às teses que integram o estado da arte, a TMD é o cerne principal da discussão, onde todo o referencial teórico e analítico é por ela embasado. De modo que, identifica-se que a categoria Capitalismo Dependente vem como uma discussão de sustentação para os artigos e dissertações, para abordar o capitalismo na América Latina. Também, evidencia-se que as produções foram fundamentadas a partir do método materialista dialético e histórico com incorporações teóricas de categorias próprias da tradição marxista como crise do capital, Estado, luta de classes, classes sociais, acumulação capitalista, entre outras. Por fim, ressalta-se que os resultados levantados no estado da arte propostos para o artigo irão fundamentar futuras pesquisas.
#583 |
Notas sobre tiempo histórico y utopías en Nuestra América desde un diálogo con algunas categorías e imágenes en Benjamin.
Alejandro Casas
1
1 - Universidad de la Republica..
Resumen:
Mucho se ha escrito sobre la obra de Walter Benjamin (1892-1940), aún con interpretaciones muchas veces divergentes sobre su alcance y sus contribuciones, lo que continúa, sin duda, en los tiempos actuales. Se trata de una obra fermental, heterodoxa, creativa, abierta y difícilmente clasificable.Entendemos que la obra de Benjamin convoca también a dialogar con el análisis de los procesos sociopolíticos y culturales contemporáneos en nuestra América. Su perspectiva teórica es claramente crítica y emancipatoria, posicionándose desde la perspectiva de los oprimidos, los dominados, los explotados, las “víctimas” o los vencidos de la historia. Su obra, de importante sofisticación teórica, mantiene nexos significativos con una intencionalidad política, en el marco de lo que podríamos catalogar como un marxismo heterodoxo. Y entendemos que ello tiene muchas potencialidades para pensar la modernidad latinoamericana así como los imaginarios utópicos y las luchas sociales que la transversalizan.Las categorías e “imágenes dialécticas” que permean toda la obra benjaminiana van ganando precisión y concreción conceptual y política en el último período de su producción (en obras como las
Tesis Sobre el concepto de historia (2005) (TSCH), o en el
Libro de los pasajes (2016)), así como otras nuevas se van desarrollando o transformando. Nos referimos a sus conceptos y concepciones sobre el tiempo histórico, la rememoración, la redención, el tiempo-ahora, su comprensión de las clases y grupos oprimidos y sus luchas, entre otros.Como sintetiza Löwy, el marxismo de Benjamin puede así ser caracterizado con distintos términos como “mesiánico”, de la “imprevisibilidad”, de apertura a la historia. Ello supone considerar la posibilidad cierta (aunque no la inevitabilidad) tanto de la catástrofe, por un lado, como de la emergencia de grandes movimientos emancipadores o utópicos, por el otro. El futuro no está escrito ni definido. Contra las esperanzas y un optimismo vacíos que supone el concepto de progreso, o contra las perspectivas de un “tiempo cíclico”, su marxismo puede ser entendido como atravesado por un momento trágico, que supone la “organización del pesimismo”. Pero no son solamente el futuro y el presente los que permanecen abiertos en Benjamin: también lo es el propio pasado (Löwy, 2005, pp. 149-157). En palabras de Traverso, Benjamin se inserta en una tradición escondida, a la que llama “melancolía de izquierda”, que está atravesada por la melancolía de los vencidos (Traverso, 2018), pero que de ninguna forma apela al conformismo o resignación, ni teórico ni político.Benjamin prácticamente no se refirió en sus trabajos a América Latina y el Caribe. Hay una excepción a ello que es indicada por Löwy (2020). Se trata de una reseña escrita en 1929 del libro de Marcel Brion sobre Bartolomé de Las Casas, quien había asumido en el México colonial la defensa de los indígenas. Hay allí una fuerte crítica a la conquista ibérica, que ““transformó el mundo recientemente conquistado en una cámara de torturas”.Es posible indicar al menos cuatro dimensiones para pensar la vinculación/traducción de la obra benjaminiana con América Latina (cf. Löwy, 2020) a) En la vinculación entre las luchas actuales con las luchas derrotadas del pasado, o con el sacrificio de las generaciones vencidas (tesis 3 de TSCH)), y su vinculación con las luchas sociales en Nuestra América. b) En su propuesta de “cepillar la historia a contrapelo” (tesis 7 de TSCH), y como ello implica relecturas de la historia y los estudios de las ciencias sociales latinoamericanos desde las víctimas anónimas, una relectura de la conquista y de la modernidad capitalista latinoamericana, así como de sus luchas sociales e imaginarios utópicos, a contrapelo de la historia oficial, etc. c) relacion entre teología y materialismo histórico (tesis 1 de TSCH), o su trabajo sobre
El capitalismo como religión, que resurgirá en América Latina con las teologías o la filosofía de la liberación y muchos movimientos populares inspirados por ellas. d) la vigencia para la región de las reflexiones de Benjamin acerca de la relación e intercambio entre las sociedades humanas y la naturaleza, desde una perspectiva que cuestiona fuertemente el progreso lineal y destructivo que asume crecientemente la acumulación capitalista. Agregamos un 5to eje que, teniendo cruces con los anteriores, sobre todo con el 2, tiene que ver más particularmente con la perspectiva de las utopías, el tiempo histórico y la revolución en Benjamin. Para ello recurriremos también a diversos análisis sobre su obra (inconclusa pero monumental) sobre
El Libro de los Pasajes. Se trata de pensar dichos aportes en sus conexiones y "traducciones" con América Latina y el Caribe, y que es el que pretendemos desarrollar mejor en este trabajo. En un pasaje de los apéndices a sus TSCH, dirá que: “Marx dice que las revoluciones son la locomotora de la historia mundial. Pero tal vez se trata de algo por completo diferente. Tal vez las revoluciones son el manotazo hacia el freno de emergencia que da el género humano que viaja en ese tren” (Benjamin)Se trata de pensar estos elementos, perspectivas y categorías, a modo de una primera aproximación, apelando para ello también a algunos análisis filosóficos, sociológicos e históricos realizados para la región por algunos autores latinoamericanos y diversos analistas de la obra benjaminiana.BibliografíaBenjamin, W. (2005)
Tesis sobre la historia y otros fragmentos. Traducción de B. Echeverría. México DF: Contrahistorias.Benjamin, W. (2016).
Libro de los pasajes. Madrid: Akal.Casas, A. (2020): “Tiempo histórico, redención y oprimidos en Benjamin: Aportes para la praxis político-cultural” en Revista
Ciencias Sociales, Vol. 33 - n.º 47. Universidad de la República, Facultad de Ciencias Sociales, Dpto de Sociología. pp. 31-48. Julio.Löwy, Michael (2020): “Walter Benjamin. Una lectura desde América Latina
.”. Bs. As. Revista
Haroldo. Centro Cultural de la Memoria Haroldo Conti. Disponible en versión digital en https://revistaharoldo.com.ar/nota.php?id=523Löwy, M. (2005). Walter Benjamin. Aviso de incendio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. San Paulo: Boitempo.Traverso, E. (2018). Mélancolie de gauche. La force d’une tradition cachée (XIXe- XXIe siècle). París: La Decouverte.
14:00 - 16:00
Eje 3.
- Ponencias presenciales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#510 |
Liderazgo y género: Trayectorias laborales de mujeres en altos cargos directivos de La Araucanía en el sur de Chile.Históricamente se han presentado diferencias en los accesos en materia laboral que tienen hombres y mujeres, específicamente,
Renata López Martínez
1
;
María Teresa Sáez Montero
1
1 - Universidad Católica de Temuco.
Resumen:
Introducción. Históricamente se han presentado diferencias en los accesos en materia laboral que tienen hombres y mujeres, específicamente, en la ejecución de altos cargos directivos dentro de diversas instituciones. La siguiente ponencia presenta los resultados de una investigación de pregrado en Trabajo Social que buscó conocer las trayectorias laborales de mujeres en altos cargos directivos de instituciones u organizaciones del mundo público y privado-universitario de La Araucanía en el sur de Chile, a partir de sus experiencias biográficas, familiares, laborales y educacionales.
Metodología. A partir de una metodología cualitativa se realizaron entrevistas en profundidad de carácter narrativo a mujeres que al momento de la investigación estuvieran ejerciendo cargos de alta jerarquía en instituciones públicas (dos) y privadas-universitarias (tres).
Resultados. El análisis se organizó a partir de cinco categorías en concordancia con los objetivos de investigación: relaciones familiares, identidad de género, proceso de formación profesional- académico, ejercicio profesional y crisis socio sanitaria provocada por la pandemia del virus COVID-19.
Discusión. Se evidenció que las trayectorias laborales de mujeres en altos cargos directivos se ven influenciada por multi factores que son abordados teóricamente desde diversas concepciones de autoras y autores sobre género, división sexual del trabajo, identidad, determinantes culturales, poder.
Conclusiones. A partir de las experiencias analizadas, se relacionaron aspectos macro sociales (sistema educativo universitario, la feminización/masculinización de carrera universitaria, condiciones laborales, normativas, estructurales e institucionales que impactan en el ejercicio profesional de las mujeres chilenas, relación de la política con cargos de la administración pública, entre otros); con aspectos micro biográficos (constitución de sus familias, desarrollo de infancia y adolescencia, proceso de construcción de identidad de género, irrupción de referentes femeninos en sus vidas, entre otros). Por último, se reflexiona desde el Trabajo Social con una perspectiva de género.
#558 |
O trabalho reprodutivo doméstico é conceituado enquanto atividade que na divisão social e sexual do trabalho se estabelece enquanto tarefa exclusiva e inata das mulheres na sociedade capitalista. Cabe às mulheres reproduzir biologicamente a força de traba
Janice Realina Sodré
1
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Ariane Leites Larentis
2
1 - SMASES-Niterói.
2 - ENSP-Fiocruz.
Resumen:
O trabalho reprodutivo doméstico é conceituado enquanto atividade que na divisão social e sexual do trabalho se estabelece enquanto tarefa exclusiva e inata das mulheres na sociedade capitalista. Cabe às mulheres reproduzir biologicamente a força de trabalho e gerenciar as condições de sua reprodução social. Ainda que inseridas no mercado de trabalho, permanecem gerenciando de forma gratuita a organização do cotidiano, das crianças, idosos, homens .Na contramão desta perspectiva, ainda se configura, de forma insuficiente a articulação das políticas públicas e sociais com as reais demandas das mulheres, que a partir da análise do trabalho reprodutivo não pago das mulheres, vai se localizar, em sua totalidade, nas necessidades de todo núcleo familiar, incluindo as de acesso as políticas sociais. Neste sentido, a reprodução social, garantida a partir deste trabalho feminino, não possui uma rede setorial que viabilize, ou mesmo permita que estas mulheres organizem a vida familiar. Se conforma, portanto, enquanto mais um desafio para o cotidiano, sobretudo das trabalhadoras pobres. Localizamos que, dentre os fatores, tais como a precarização das condições e relações de trabalho no setor público, as contrarreformas, a apropriação privada do Fundo Público, o patrimonialismo e clientelismo, estas políticas não são construídas a partir da perspectiva do trabalho doméstico. A proposta deste trabalho é, portanto, estabelecer as possíveis relações entre a conformação, execução das políticas sociais, e o trabalho doméstico não pago das mulheres. Consideramos que uma politica pública social acessada, em sua maioria, pelas mulheres, no sentido que cabe a estas este trabalho reprodutivo de gestão da vida familiar, prescinde de uma participação das mulheres na construção e avaliação destas mesmas políticas. Para realizarmos este desafio estabelecemos alguns marcos teóricos que fornecem elementos teóricos para o desenvolvimento do argumento. Neste sentido, estabelecer o diálogo com as produções que trazem o debate acerca da categoria reprodução social, sua articulação com os estudos feministas que tratam da temática do trabalho reprodutivo doméstico realizados pelas mulheres, e sobre as políticas públicas e sociais, em particular, aquelas que constituem a rede de Proteção Social socioassistencial, se constitui enquanto tarefa essencial. No que se refere aos estudos feministas, a proposta é nos debruçarmos sobre aqueles que fazem a interlocução com o marxismo, no sentido de avançar na compreensão das relações e hierarquias que se estabelecem na relação entre homens e mulheres na totalidade do tecido social e na particularidade das relações familiares, cotidianas domésticas. Consideramos, pois que a divisão sexual do trabalho possui especificidade no modo de produção hegemônico, se configurando enquanto pilar essencial ao próprio capitalismo. Dentro desta proposta apresentaremos, em linhas gerais, a sistematização de duas perspectivas sobre o tema: Relações Sociais de Sexo e a Divisão Sexual do Trabalho, com ênfase nas construções do feminismo francês de Helena Hirata e Danielle Kergoat, e a retomada do debate empreendido pelo Feminismo autonomista de Ruptura, que não se restringiu a Europa, mas que se estendeu aos Estados Unidos, países do continente africano, australiano, com destaque para os estudos e militância do Coletivo Feminista Internacional (International Feminist Collective), que tinham como integrantes ativas Mariarosa Dalla Costa Selma James e Silvia Federici.Em relação as politicas públicas sociais, elencamos a Politica de Assistência Social, tendo em vista seu caráter capilar, no que se refere a intersetorialidade da Rede socioassistencial. Em seguida, a proposta é realizar uma breve contextualização das respostas à crise do capital desencadeada na década de 1970, em particular, as novas racionalidades nas formas de organização e prestação de serviços sociais expressas no setor público por meio das “contrarreformas” do Estado sob a orientação neoliberal. As políticas sociais dentro dessa conjuntura sofrem alterações significativas na medida em que na contramão das recentes conquistas e avanços que visam garantir práticas democráticas estas vão assumir o caráter mercantil produtivista. Adotam-se estratégias semelhantes de organização e gestão do trabalho àquelas do âmbito privado, que por meio das alterações legislativas viabilizam o surgimento de diversas modalidades de contratação. Com a Política de Assistência Social não foi diferente. Legitimada como política de direito através da Constituição Federal de 1988 (CF/88) compondo juntamente com a Previdência e a Saúde o tripé da Seguridade Social promove um novo ordenamento da Assistência Social. Dentro desta perspectiva, possui o controle social enquanto um de seus eixos estruturantes. É por meio da apreensão das estratégias de reação do capital à crise, que se torna possível compreender as tendências e fenômenos hoje presentes nas políticas sociais. Partimos da hipótese que compreender como se organiza a Política de Assistência Social nos possibilita realizar as mediações necessárias com o trabalho reprodutivo doméstico não pago das mulheres. Consideramos que inquietações que nos trouxeram até este tema são o resultado das experiências durante a trajetória acadêmica, profissional, da militância, mas sobretudo da necessidade de um objeto de estudo que trouxesse respostas para as mulheres que convivi durante toda minha vida: minhas tias, minha avó, minha mãe. As mulheres que sempre organizaram a dinâmica da vida cotidiana e que dedicaram suas vidas a família, ao marido, aos filhos, aos pais idosos e que abandonaram seus próprios desejos, projetos por este “trabalho de amor”. Mulheres que acessam os equipamentos da assistência em busca de serviços que auxiliem nesta árdua tarefa. O encontro com o feminismo autonomista permitiu compreender a reprodução social enquanto categoria, mas para além de perspectivas que dão voz as mulheres mais jovens (o que é legitimo) um feminismo que conversa com as mães. Um feminismo que se organiza e reivindica melhores condições de vida, saúde para a classe trabalhadora, tendo por base a concretude do cotidiano: a luta pelos serviços sociais, pela segurança alimentar, contra o racismo, a luta pelos direitos das crianças adolescentes, pela terra. A revolução será feminista, ou não será. Mas precisamos ter condições de luta para esta grande tarefa. Esperamos que este trabalho possa contribuir para a construção deste horizonte.
#561 |
Maternidade, Universidade e Políticas de apoio a mulheres mães no Brasil: insistir é preciso!
Priscila Fernanda Gonçalves Cardoso
1
;
Elaine Muniz Pires
1
;
Regina Helena Silva
1
1 - UNIFESP.
Resumen:
Esse artigo visa apresentar reflexões sobre as desigualdades de gênero nas universidades, destacando as questões relativas à maternidade e apresentando alguns avanços no campo do desenvolvimento de políticas institucionais que buscam reverter tal desigualdade, tendo como referência a realidade brasileira.Nos últimos cinco anos é possível verificar um importante movimento de reconhecimento da necessidade de ações afirmativas nas universidades brasileiras para o enfrentamento da assimetria de gênero na academia. Diversos movimentos com caráter nacional ou institucional vem surgindo visando pautar a discussão da assimetria de gênero na academia, a maioria considerando a maternidade como um dos fatores determinantes nesse contexto. A reversão do modelo que afunila a participação das mulheres no acesso à educação e produção do conhecimento, é mais do que necessária.Tal condição é apenas mais uma das tantas formas de expressão do patriarcado, entendido como sistema estrutural de hierarquização das relações de gênero, na qual mulheres são subjugadas e inferiorizadas diante da opressão e poder do masculino nesta sociabilidade. Os espaços de poder, de decisão e de conhecimento, seguem ocupados pelos homens.Essa centralização contextualiza-se em uma sociedade que tem por base a hierarquização de suas relações de classe, raça e gênero, constituindo-se como uma sociedade capitalista, racista e patriarcal assim demarcada no mundo ocidental a partir da modernidade.Nesta sociabilidade, a divisão do trabalho se dá, então, a partir dessa hierarquização. As mulheres participam da construção da riqueza socialmente produzida empregando sua força de trabalho, mas também reproduzindo força de trabalho. São reprodutoras tanto literalmente, na medida em que fisiologicamente são as pessoas que têm a capacidade de gerar outros seres humanos futuros trabalhadores (e nesse sentido também produtoras de nova força de trabalho), quanto nas tarefas de cuidado necessárias para a manutenção da vida (cuidados com a casa, comida, com as pessoas idosas e dependentes) e para criação e desenvolvimento das crianças. Desta maneira, o corpo e a vida das mulheres são entendidos como propriedade dos homens e da sociedade, dada esta função social, restando-lhes poucos direitos sobre a própria vida e suas escolhas. A suposta vocação para os cuidados, situou-as na esfera do privado, cabendo-lhes a casa e a família como prioridades, e, aos homens, a esfera pública do trabalho. Assim, datam de menos de um século a conquista árdua de vários direitos femininos, bem como a entrada no mercado de trabalho das mulheres brancas de classes altas e médias nos países ocidentais pós Segunda Guerra Mundial. Tal participação na vida pública, no entanto, não rompeu com todos os estigmas, nem com a compreensão de sua subjugação ao poder masculino: seus corpos continuam sendo violados, controlados, assassinados e desvalorizados. O trabalho das mulheres segue sendo menos remunerado, suas colocações profissionais e em cargos públicos são em lugares de menor poder e seu acesso ao conhecimento e educação segue prejudicado.No Brasil, a condição das mulheres na universidade demonstra exatamente esse processo. Apesar do acesso feminino ao ensino superior ter recentemente superado dos homens, as profissões de maior
status social quase não têm participação de mulheres: elas são maioria em cursos ligados à área de cuidado como pedagogia, serviço social e enfermagem e minoria entre estudantes de ciências exatas, engenharias e tecnologia da informação. O acesso às bolsas de pesquisa por pesquisadoras e docentes é extremamente desigual, piorando quanto maior o grau de escolaridade. Os cargos de poder nas universidades e/ou órgãos de fomento à pesquisa quase não têm mulheres à frente. Neste panorama, a produção acadêmica de mulheres é menor do que a dos homens e sua participação política e decisória nos processos institucionais também é desigual. A condição das mulheres negras e indígenas é ainda mais fragilizada.Embora parte importante do papel das mulheres nesta sociabilidade esteja relacionado ao exercício da maternidade (exigido socialmente), tal aspecto é pouco socialmente discutido quanto aos impactos na carreira das mulheres, o que não é diferente na universidade.Tais impactos estão presentes em todos os níveis da formação, acarretando dificuldades, desistências e/ou atrasos nos processos formativos da graduação até o pós-doutorado; má avaliação nos processos de concessão de bolsa, por baixa “produtividade” em períodos específicos (que coincidem com os primeiros anos da maternidade); retardo na progressão da carreira também por má avaliação da “produtividade” e desempenho funcional; afastamento dos espaços políticos e administrativos pelo acúmulo e sobrecarga com a maternidade, dentre outros.Estudos do grupo
Parent in Science demonstram que as mulheres mães demoram cerca de 4 a 6 anos do nascimento do primeiro filho para conseguirem retomar o mesmo nível de produção acadêmica que realizavam antes da maternidade. Não se trata, portanto, de uma condição isolada, mas de uma realidade que diz respeito à forma como nossa sociedade lida com a maternidade, o papel da mulher e a não coletivização dos cuidados das crianças.Sendo assim, a organização das mulheres tem sido fundamental para dar visibilidade a esta situação e conquistar políticas institucionais que reparem a assimetria de gênero nas universidades, com destaque a vivência da maternidade.As autoras deste artigo, também fazem parte desse processo histórico, compondo o grupo MaternaCiência que aglutina docentes, técnicas administrativas em educação e estudantes de graduação e pós graduação da Universidade Federal de São Paulo. A partir de suas reivindicações, esse grupo conquistou a criação do Grupo de Trabalho Mães na Universidade, recentemente nomeado pela reitoria para elaborar uma política institucional de apoio às mulheres mães, do qual as autoras também fazem parte.Destarte, a partir de estudos teóricos, atuação política e pesquisa sobre as políticas institucionais existentes nas demais universidades e/ou agências de fomento à pesquisa no Brasil, as autoras apresentam neste artigo um panorama da condição das mulheres nas universidades brasileiras e das políticas implantadas nos últimos cinco anos para apoio à formação, carreira e pesquisa de mulheres mães.
16:00 - 18:00
Eje 2.
- Panel presencial
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#379 |
Trabajo Social, luchas y conquistas sociales. Lecturas a partir de la Teoría de la Reproducción Social (TRS).
Josefina Mastropaolo
1
;
Camila Carduz Rocha
2
;
Andrea do S Gama
3
;
Marta Cimarosti
4
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
2 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)).
3 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
4 - Universidad de Buenos Aires (UBA).
Propuesta del Panel:
Trabajo Social, luchas y conquistas sociales. Lecturas a partir de la Teoría de la Reproducción Social (TRS).Este panel reúne artículos que proponen pensar luchas, resistencias y conquistas sociales relativas a la reproducción social como una dimensión del trabajo humano. Como eje articulador de la discusión de experiencias ciertamente diversas proponemos que los artículos funden sus reflexiones a partir del Feminismo Marxista de la Teoría de la Reproducción Social (TRS).Dada la importancia del trabajo profesional de les Trabajadores Sociales en los servicios públicos de reproducción social, consideramos que esa perspectiva teórica ofrece herramientas teórico-metodológicas relevantes para pensar la reproducción social en el modo de producción capitalista no apenas como una dimensión inalienable del trabajo humano sino también como contracara fundamental y velada del trabajo productivo ya que, aunque no produce valor la producción de valor no se realiza sin esta. La labor que realizan les profesionales de Trabajo Social en los servicios, programas y políticas sociales que diseñan, implementan y gestionan en sus espacios sociales y ocupacionales tiene implicaciones en el proceso de reproducción de la fuerza de trabajo, porque es a través de ellos que se accede a los recursos materiales, a los derechos sociales y también a las acciones que afectan a la supervivencia de la clase trabajadora. Al mismo tiempo, esta perspectiva, nos ofrece caminos de reflexión para pensar clase, raza y género de forma unitaria, como totalidad realmente existente. La TRS encuentra en la reproducción de la fuerza de trabajo las bases para comprender la opresión de las mujeres a partir de una perspectiva unitaria, proponiendo su análisis, desnaturalización e identificación de particularidades de reproducción diferencial en tanto reproducción de las relaciones sociales capitalistas. Las mercancías que se producen dentro del lugar de trabajo, así como la producción de fuerza de trabajo fuera del lugar de trabajo sólo pueden comprenderse de manera separada, pero intrínsecamente relacionada, en tal sentido la TRS sitúa la opresión de las mujeres en las bases de la reproducción del capitalismo. Esta diferenciación entre los procesos productivos y reproductivos se explica desde las posibilidades también diferenciadas de dominación y control por parte del capital: siendo total en el ámbito de producción no lo es en la reproducción, en la cual, si bien influye en su dinámica no posee el control absoluto, persistiendo y reproduciéndose acciones, relaciones, modos de vinculación y organización que resisten y subvierten los mandatos del capital.Encontramos en la TRS, por lo tanto, una teoría que responde a las reivindicaciones de las luchas actuales, que se expresan en las calles a través de los movimientos sociales y los partidos políticos, las luchas por la educación y la salud públicas, por el empleo, por la vivienda, las luchas antirracistas, contra el sexismo y la misoginia, antiimperialistas, contra el capacitismo, contra la bi, lesbo, trans, la homofobia y la xenofobia, por la defensa de la naturaleza, etc, porque su perspectiva de análisis busca aprehender las expresiones de las diferentes opresiones como producto de las desigualdades estructurales y estructurantes de la (re)producción capitalista, reconociéndolas como parte de la lucha de clases. La categoría profesional viene contribuyendo con la reflexión, en el debate profesional, contra los prejuicios y discriminaciones. La necesidad de comprender la unidad entre las relaciones de clase, raza/etnia, género, sexualidad, territorialidad viene ganando cada vez más fuerza. Aportando desde diferentes dimensiones y perspectivas de análisis se presentan las siguientes investigaciones en curso. Un primer artículo que se funda en un proyecto de tesis de doctorado en Trabajo Social, en la Pontifícia Universidad Católica de São Paulo (PUC-SP) reúne aproximaciones y avances iniciales de la investigación acerca de las
dark kitchens, o cocinas fantasmas, que proliferaron durante la pandemia del Covid-19, en las cuales trabajen principalmente mujeres negras produciendo alimentos que son distribuidos por apps de entrega, y el papel de estos espacios en los procesos de reproducción social, las relaciones laborales que allí se establecen y las potencialidades de organización de estas trabajadoras. El segundo presenta resultados de un survey nacional sobre los conflictos entre maternidad y trabajo, cuestión central de los debates sobre reproducción social. Analiza las concepciones prevalentes sobre derechos laborales relativos a licencias por maternidad y paternidad en Brasil a partir de una perspectiva unitaria.Específicamente, presenta datos sobre derechos laborales relacionados a la maternidad y la paternidad en Brasil, recogiendo percepciones diferentes según género, raza, ocupación, jerarquía ocupacional e ingresos. Busca también identificar la influencia que, estar insertes en el mercado laboral, tener acceso a protección laboral y tener o no hijes tiene en las percepciones de les entrevistades, considerando el alto grado de informalidad del mercado de trabajo brasilero.Al presentar y discutir que piensan les brasileres sobre tales derechos, abre la oportunidad de redimensionarlos en el sentido de su fortalecimiento y/o ampliación, bien como, a partir de estas percepciones, identificar si el grado de protección laboral se condice con las características de la inserción de hombres y mujeres en el trabajo productivo y reproductivo en Brasil.El tercer artículo presenta reflexiones iniciales de un proyecto de investigación sobre la ilegalidad del aborto en la sociedad capitalista como parte de los múltiples mecanismos extraeconómicos de sujeción de las mujeres al trabajo reproductivo y los procesos de lucha por la legalización del aborto en América Latina.Un cuarto artículo compartirá avances de una investigación en curso relativa a las características y contradicciones del trabajo reproductivo realizado por las mujeres en el interior de la familia obrera, en el contexto de crisis de reproducción social como dimensión de crisis del capitalismo contemporáneo. Este objetivo se plantea mediante el estudio de un caso singular: las mujeres trabajadoras de una colonia alemana del Volga radicada en Argentina, en cuyas vidas se inscriben y expresan rasgos propios de la tradición rural y de la religión católica, rasgos que, según aproximaciones exploratorias, profundizan las condiciones de opresión de estas mujeres.
#074 |
Formação pós-graduada em Serviço Social em tempos de pandemia
Maria Liduina Oliveira e Silva
1
;
Rafaela Bezerra Fernandes
2
;
Tales Willyan Fornazie Moreira
3
1 - Universidade Federal de São Paulo.
2 - Universidade Federal Rio de Janeiro.
3 - Pontifica Universidade Católica de São Paulo.
Resumen:
Este artigo visa problematizar o processo de formação pós-graduada em Serviço Social no Brasil em contexto do Ensino Remoto Emergencial (ERE) em face da pandemia da covid-19. Partimos da compreensão de que a conjuntura pandêmica foi um catalisador dos desmontes em curso ante a crescente mercantilização da educação no país que, sob a égide do neoliberalismo, encontra no governo atual o palco que agudiza e escancara o descompromisso com o ensino público brasileiro. Imbricados nesse campo de tensões e disputas é que se deu a iniciativa pelo desenvolvimento do presente estudo. Para além de identificar as configurações, arranjos e percursos assumidos pelas Unidades de Formação Acadêmica (UFAs), esta pesquisa se voltou, igualmente, à preocupação em compreender a dimensão dos impactos na produção de conhecimento na área e, por consequência, seus reflexos a longo prazo na formação e trabalho profissional. Se, inegavelmente, o ERE se constitui como mais um braço da contrarreforma da política de educação brasileira, torna-se, portanto, premente conhecer e compreender os elementos que o atravessam enquanto adendos ao amplo processo de precarização da formação a que estamos coletivamente submetidos na conjuntura nacional. Para tanto, a pesquisa
A Formação em Serviço Social e o Ensino Remoto Emergencial, levada à frente pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), enquanto esforço coletivo da entidade, foi realizada no período de fevereiro a março de 2021 através de Formulário no
Google Forms, composto por perguntas abertas e fechadas, o qual foi encaminhado por e-mail às/aos coordenadoras/es dos 36 Programas de Pós-Graduação (PPG) da área de Serviço Social, tendo um alcance de 100% dos Programas. Dentre os principais dados obtidos, destacam-se: a) a natureza dos PPGs: 30 (83,3%) são de instituições públicas e 6 (16,7%) estão vinculados à instituições privadas/comunitárias; b) quanto ao nível de pós-graduação: 20 (55,6%) ofertam mestrado e doutorado; 16 (44,4%) ofertam apenas mestrado; c) em relação ao ingresso na pós-graduação na pandemia: 33 (91,7%) PPGs mantiveram processo seletivo remotamente, 3 (8,3%) não realizaram processo seletivo e, dentre estes, 10 (27,8%) mencionaram aumento na procura por vagas; d) no que diz respeito à oferta de disciplinas: 33 Programas (91,7%) ofertaram tanto disciplinas obrigatórias, quanto optativas/eletivas, sendo esta a tendência prevalecente entre os PPGs; e) os critérios para ofertada de disciplinas foram muito variados: levou-se em conta a autonomia docente; prioridade das disciplinas obrigatórias e optativas; alguns PPGs optaram por disciplinas do eixo de pesquisa/metodologia para acompanhar o processo de orientação em curso (remoto); redimensionamento do conteúdo e vagas das disciplinas; oferecimento de disciplinas de forma não concomitante (uma por vez); f) quanto à política de bolsas: 33 (91,7%) dos PPGs mantiveram os mesmos critérios de acesso às bolsas, 17 (47%) informaram que tiveram redução de bolsas, 1 (2,8%) indicou ter perdido todas as bolsas no corte de recursos de 2020, e todos os 36 (100%) PPGs prorrogaram as bolsas CAPES por 3 ou por 6 meses, conforme Portaria CAPES publicada em 2020; g) acerca do funcionamento dos núcleos/grupos de pesquisas: foi fundamental para integração e articulação entre a graduação e pós-graduação, 15 (41,7%) dos Programas afirmaram que houve funcionamento remoto dos Grupos, 15 (41,7%) informaram que a decisão de manter ou suspender a sistemática de trabalho ficou sob responsabilidade docente, mas a tendência foi pela continuidade das atividades em formato remoto; h) em relação às atividades coletivas desenvolvidas, aparecem com maior constância: a realização de
lives, webinários, mesas virtuais, seminários, simpósios, minicursos, aulas públicas, lançamento de livros, atividades de extensão articuladas à graduação e atividades com outros grupos de pesquisa no âmbito nacional e internacional; i) no que se refere ao aspecto relacionado à saúde mental: 30 (83,3%) dos Programas identificaram situações de adoecimento de docentes e discentes; 5 (13,9%) identificaram adoecimento apenas em discentes; e 1 (2,8%) não identificou adoecimento; j) quanto à relação graduação e pós-graduação: 13 (38,9%) dos Programas destacaram ter havido maior distanciamento nessa relação e destacaram alguns elementos que contribuíram para tal cenário: a ocorrência de calendários distintos e a dificuldade de compatibilização da dinâmica das atividades remotas, contudo 7 (19,4%) dos PPGs indicaram ter ocorrido maior aproximação; l) sobre os prejuízos do ERE à pós-graduação: 12 (33,3%) dos Programas reconhecem a ocorrência de prejuízos; 22 (61,1%) apontaram que os prejuízos ocorreram de modo parcial, e 2 (5,6%) Programas indicaram que não houve prejuízos – dado este que nos chama a atenção. Considerando a síntese supracitada, para melhor entender os prejuízos do ERE é fundamental não descolarmos a análise do contexto das contrarreformas do Estado e da crise estrutural do capitalismo a partir das imposições do paradigma de educação terciária desenhada pelos organismos internacionais do capital para o Brasil e demais países da América Latina. Fruto de análise de dados e pesquisa bibliográfica, este artigo trata-se de um esforço de síntese que busca reunir, analisar e refletir sobre a relevância das informações obtidas através da pesquisa que traz apontamentos da realidade atual enfrentada pelas UFAs no que tange à adequação do modelo de ensino-aprendizagem em contexto de excepcionalidade, bem como enunciam sementes daquilo que carece de enfrentamento para que não permaneça como herança deletéria no processo formativo crítico da profissão. Desse modo, a construção deste artigo objetiva visibilizar e permitir maior alcance aos dados coletados[1], além de suscitar debates, subsidiar reflexões e estratégias de defesa de um projeto de formação profissional crítico, com o rigoroso aporte nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (1996), cujos princípios formativos orientam historicamente a direção social que defendemos e vão muito além da nossa categoria profissional, haja vista que esta direção estratégica se articula a um projeto societário de emancipação humana. [1] A totalidade dos dados encontram-se sistematizados e reunidos em brochura publicada pela ABEPSS, intitulada “A Formação em Serviço Social e o Ensino Remoto Emergencial”, que articula o levantamento envolvendo Graduação e Pós-Graduação em Serviço Social, disponível em: https://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/20210611_formacao-em-servico-social-e-o-ensino-remoto-emergencial-202106141344485082480.pdf.
FCS - L1
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Panel presencial
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#605 |
Neoliberalismo, neoconservadorismo e Serviço Social português no pós crise de 2008.
Mavi Pacheco Rodrigues
1
1 - Escola de Serviço Social (ESS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)..
Resumen:
En un esfuerzo por sintetizar los resultados de dos estudios postdoctorales recientemente completados, el texto en pantalla busca proporcionar una reflexión crítica al impacto dela ideología neoliberal en la producción teórica del Servicio Social portugués en el período posterior a la implementación de un shock de austeridad fiscal, la combinación de los intereses del gobierno del PSD-CDS, liderado por Pedro Passos Coelho (primer ministro de 2011 a 2014), con los del troika (Fondo Monetario Internacional, Comisión Europea y Banco Central Europeo). Hay dos ideas clave que articulan todo el análisis. La primera es que el resurgimiento de la austeridad experimentado por Portugal, y otros países del sur de Europa, a raíz de los efectos de la crisis subprime de 2008, es un fenómeno que expresa la entrada del Modo de Producción Capitalista en una nueva dinámica de acumulación, marcada por la amplificación e intensificación de la ofensiva del gran capital sobre el mundo del trabajo, las políticas sociales, la preservación del medio ambiente y la cultura. Ademásde la anterior, la segunda idea corresponde al supuesto de que esta ofensiva recrudescente del gran capital, con el fin de legitimarse, estaría exigiendo la naturalización de la barbarie. El conservadurismo reaccionario de una (nueva) extrema derecha para difundir (sin vergüenza) el odio contra las mujeres, los pueblos indígenas, los gitanos, los migrantes, la población negra y LGBTQIA+ es la ideología que con razón busca cumplir esta función. El estudio de este conservadurismo neofascista se llevó a cabo a través de un estudio postdoctoral de seis meses realizado en la Universidad Federal de Pernambuco y bajo inspiración directa de los análisis realizados por Agustín Cueva En tiempos conservadores: la dirección de Occidente y América Latina (São Paulo, Hucitec, 1989), obra colectiva dedicada a analizar el giro derechista que dio el capitalismo en el último cuarto del siglo XX. Las reflexiones argumenttas del marxismo ecuatoriano contribuyeron a la elaboración de dos hipótesis, a saber: del neofascismo como resultado de un segundo momento de giro a la derecha de las sociedades capitalistas, que se produjo a partir del crash de 2008, y como una variante más exacerbada del nuevo conservadurismo que emerge con la crisis estructural del capital en los Estados Unidos de América y con el aboración de la generación de pensadores como Irving Kristol y Daniel Bell, los llamados neoconservadores. Por otro lado, el análisis del impacto de la ideología neoliberal en la producción teórica del Trabajo Social Portuguésse realizó en el postdoctorado, seis meses, en Instituto de Servicio Social de Lisboa de la Universidad Lusíada de Lisboa. El universo central de investigación desty segundo post-doc fuera de las Tesis defendidas entre los años 2015 a 2021 en los tres Cursos de Doctorado en Trabajo Social existentes en el país - la Universidad Lusíada de Lisboa, el Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE y la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Católica Portuguesa – producción teórico-profesional considerada la más relevante en Portugal en el período post-troika, aquella parte que debería ser capaz de forjar una masa crítica sobre el resurgimiento de la ofensiva neoliberal , sus impactos en las políticas sociales y la profesión. A las Tesis se sumaron también los libros de la zona publicados por editoriales universitarias y comerciales de Portugal en el período definido por la investigación. Y también, los artículos que salieron a la luz al mismo tiempo en la Revista Intervenção Social, la única revista de Trabajo Social actualmente existente en Portugal, y los de autores portugueses editados en Trabajo Social Journals considerados de referencia en Brasil. La presencia en el Trabajo Social portugués de un ideal de austeridad de barniz progresivo teóricamente legitimado vio la incorporación del concepto de sociedad de riesgo Antonny Giddens, y transmutado, fundamentalmente, en un problema técnico-operativo, gerencialista fue la hipótesis clave la que guió la lectura cuidadosa de todo este material, al final de la cual fue probada solo parcialmente, ya que la fuente investigada reveló que hay otras dos tendencias ideológicas en la producción teórico-profesional portuguesa: una que se pone en un horizonte crítico frente a la austeridad y otra que entroniza su idea con entusiasmo. Además del análisis de este material de fuente primaria, la investigación sobre el impacto de las ideas neoliberales en la profesión en Portugal impuso dilucidar las conexiones entre la sociología de la sociedad de riesgo y la austeridad, a partir del conocimiento acumulado en el primer postdoctoral sobre el tema del neoconservadurismo, especialmente al persedar las estrechas convergencias de esta sociología con las elaboraciones teórico-políticas de los neoconservadores. Finalmente, vale la pena señalar que el horizonte de análisis perseguido en las investigaciones postdoctorales previamente aludidas es el mismo que la masa crítica desarrollada en la confrontación crítico-histórica de los fundamentos teórico-metodológicos del pensamiento conservador por parte del Servicio Social Brasileño en sintonía con la Intención de Ruptura, pero específicamente, aquellas elaboraciones que analizan la cultura en línea con el postulado materialista histórico de que "no es la conciencia la que mueve la vida". Este postulado permite no sólo comprender las condiciones sociohistóricas que hacen posible el emérito de las ideas teórico-filosóficas, así como el papel que desempeñan en el contexto de la lucha de clases. Lo que el lector encontrará aquí es precisamente el esfuerzo por buscar los orígenes del neoconservadurismo en sus estrechas conexiones con la crisis estructural del capital que a partir de 2008, conoce un nuevo capítulo. Pero parece erróneo suponer que la ideología de las respuestas del capital a su crisis en la actualidad se reduce al neoconservadurismo en su face neofascista. Hay otras formas ideologicas que, dependiendo de la correlación de fuerzas entre las clases fundamentales en disputa, legitimaron (y legitimaron) los intereses del gran capital en el proceso de las sociedades capitalistas de derecha. La fuerte presencia de las ideas de Giddens, reforzadas más por una preocupación gerencial que debidamente gobernada por cuestiones de fundamento teórico, en las tesis doctorales del servicio social portugués post-troika demuestra la correcion de este horizonte de análisis.
#030 |
O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL – CONTEMPORANEIDADE E DESAFIOS: CONJUNTURA BRASILEIRA E MUNDIAL – REALIDADE PRÉ E PÓS-PANDEMIA
Ana Acosta
1
;
Maria D'Alva Ferreira
2
;
Maria do Rosário Silva
2
;
Simone Guimarães
2
1 - Universidade Federal de São Paulo.
2 - Universidade Federal do Piauí.
Propuesta del Panel:
O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL – CONTEMPORANEIDADE E DESAFIOS: CONJUNTURA BRASILEIRA E MUNDIAL – REALIDADE PRÉ E PÓS-PANDEMIAAna Rojas Acosta[1]Maria D’Alva Macedo Ferreira[2]Maria do Rosário de Fátima e Silva[3]Simone de Jesus Guimarães[4] RESUMOO Brasil é um país de contrastes. De um lado, rico economicamente, pairando sobre poucos um “mar” de prosperidade. De outro lado, ostenta níveis assombrosos de desigualdades econômicas, sociais e políticas. Nesse rumo, milhares de pessoas das classes vulneráveis sobrevivem com dificuldades diversas. Palavras-chaves: Serviço Social. Brasil. Mundo.Esse é um país com distinções de gênero, raça, etnia e classe social. É a situação, por exemplo, dos portadores de doenças mentais, os que sofrem de algum distúrbio de saúde etc. Nas distinções de gênero, mulheres, homens, crianças, homossexuais etc., que não se situam nas “classificações” geradas por uma sociedade machista, misógina e preconceituosa, convivem com múltiplas formas de discriminação e preconceito. De norte a sul do Brasil, são inúmeros fatos que solapam o cotidiano sofrido de milhões de brasileiros. Índios e negros têm sido os que mais convivem com essa realidade. A concentração de renda e de riqueza existente é histórica. Assim, enquanto uns poucos detêm maior poder econômico e social, milhões ficam à mercê da benevolência e da caridade de outros brasileiros. Neste último caso, têm-se instituições da sociedade que se dedicam a minimizar o sofrimento desses brasileiros.Além do exposto, as classes ricas, historicamente, concentram o poder político reinante. Assim, são mais de 500 anos do “surgimento” do país em que essas classes dominam o quadro das principais decisões do país. Seja no Congresso Nacional, seja nas casas legislativas estaduais e municipais, seja nos governos estaduais e municipais tais classes usufruem de privilégios variados. No Judiciário não é diferente, pois, no geral, são pessoas provenientes dessas classes. Isso não significa que os pobres pertencentes às classes empobrecidas não consigam ultrapassar as fronteiras aqui explicitadas.O quadro cultural não é diferente. A realidade retratada do país, sobretudo pelos meios de comunicação de massa é, no geral, a síntese de um Brasil feliz, sem preconceitos e injustiças. A cultura visibilizada é de um povo aberto, plural e multifacetado: um retrato ou autorretrato do que de fato ocorre no dia-a-dia do brasileiro. No cenário mundial, o país tem sido uma nação dependente. No geral, subjugado ao poder e à riqueza dos países capitalistas centrais, em especial, dos Estados Unidos da América. Face a esse engajamento o país depende dos ditames desses países. O atual presidente do país não foge a essa regra. Assim, um Brasil neoliberal que sucumbe aos ditames dos países capitalistas centrais. No país o Estado mínimo não é novidade: privatiza-se a coisa pública e se retiram direitos.O que se pode dizer do Brasil diante da realidade da pandemia do coronavírus que assolou o mundo? Se antes da pandemia o quadro de desigualdades era imenso, com a pandemia o quadro de miséria da população tornou-se assustador. São milhões de brasileiros vivendo no desemprego, na informalidade, em empregos temporários etc.O governante de plantão é um “convicto negacionista”. Deixou à deriva os trabalhadores e pobres, oprimidos por um capitalista desumano. A pandemia ceifou a vida de mais de meio milhão de brasileiros. De outro modo, o referido governante, tem reprimido as manifestações dos setores organizados da sociedade. Ressalta-se que a repressão aos movimentos sociais faz parte da história do país. É verdade que a Constituição de 1988 trouxe inúmeros benefícios sociais para a população. Mas, entre a legalização dessa lei e a realidade vivida pela população, a distância é enorme. O Brasil, um país rico economicamente, concentra a riqueza e o seu produto nas mãos de poucos brasileiros. Com o advento do coronavírus a realidade piorou. O Serviço Social atua nas sequelas da questão social. Tem contribuído para minimizar as problemáticas sociais que permeiam a população alvo de suas práticas profissionais. Seja na docência, seja na academia, seja através de suas formas de engajamento político, seja na implementação de políticas públicas, a profissão atua em consonância com o seu Código de Ética e suas leis específicas. Suas formas de inserção no social são esteios fundamentais que contribuem para suavizar ou mudar, dentro dos limites institucionais e políticos, a vida de milhões de brasileiros. Todo esse quadro nos remete a afirmar: o Brasil pré ou pós-pandêmico continua desigual e injusto. Lutar por justiça social é lema da profissão de Serviço Social. Coloca-se contra as desigualdades, ao lado dos oprimidos e busca democratizar as relações étnico-sociais e políticas. Resistir sempre! Recuar apenas quando os profissionais não possam avançar na direção da justiça social. [1] Professora Doutora da Universidade Federal de S.Paulo. Brasil. anroac@uol.com.br[2] Professora Doutora da Universidade Federal do Piauí. Brasil. mdalvaferreira@uol.com.br[3] Professora Doutora da Universidade Federal do Piauí. Brasil. mrosafat@gmail.com[4] Professora Doutora da Universidade Federal do Piauí. Brasil. simone.guimaraes@uol.com.br
14:00 - 16:00
Eje 4.
- Ponencias presenciales
4. El uso del espacio
#183 |
A renda da terra como fundamento para análise da relação entre as questões urbana e rural.
Caroline Magalhães Lima
1
;
Raphael Martins de Martins
1
1 - Universidade Estadual do Ceará.
Resumen:
Este artigo objetiva abordar a discussão sobre a questão urbana e a questão agrária tomando como base um conceito essencial que as compõe: a renda da terra. A partir da realização de um estudo temático cuja análise seguiu o método materialista histórico-dialético, debruçamo-nos sobre os estudos desenvolvidos por Marx, no livro três de “O Capital - Crítica da Economia Política”, por Engels em “Sobre a Questão da Habitação”, além de pesquisa bibliográfica complementar. Buscou-se desvelar o laço que unifica a essência dessas expressões da “questão social”: a propriedade privada da terra e o processo de sua valorização a partir do trabalho incorporado à terra. Nesse modo de produzir e viver, baseado na exploração da força de trabalho, são extraídos valores, distribuídos sob diferentes formas. O valor é a cristalização do trabalho humano nos produtos, que se realiza no processo de troca, e, portanto, tem nas relações sociais de produção e em sua reprodução uma determinação, bem como na própria dinâmica da luta de classes. Uma das formas assumidas no processo de distribuição do valor é a renda da terra. O fundamento da renda da terra é a materialização do trabalho: a terra em seu estado natural não gera nenhum processo de valorização de capital. Mesmo a terra próxima a uma paisagem natural (cachoeiras, encontros de rio com mar etc.), por exemplo, só passa por processo de valorização a partir da incorporação de trabalho (livre), nela mesma ou na região. O desenvolvimento do trabalho social na área em que está situado o imóvel, ou a indicação de que sua terra é propícia para o desenvolvimento de atividade lucrativa, o beneficia: não lhe atribui nenhuma renda efetiva, mas valoriza sua propriedade, aumenta sua renda em potência. Não à toa, os terrenos não-cultivados têm nos cultivados um referencial para o cálculo de seus preços. Não à toa, tantos vazios urbanos são preservados para a especulação.A terra, meio de produção universal, se complexificou enquanto mercadoria ao longo do processo de desenvolvimento e consolidação do modo de produção capitalista, e sua regulação enquanto propriedade privada foi historicamente constituída com a mediação da luta pela terra, expressão da luta de classes no espaço. Assim, é imprescindível para o estudo sobre essa categoria-chave que é a “renda da terra”, sua constituição e determinantes, o acúmulo sobre elementos da crítica economia política, que contribuem para sua análise e compreensão. As terras urbanas e rurais passam por processos de valorização que possuem particularidades próprias, mas que participam da totalidade do modo de produção capitalista e suas relações sociais de produção (que regem a própria dinâmica de produção do espaço social, do uso da terra), permeadas de contradições e cuja desigualdade – a partir da exploração do trabalho livre – entre a socialização da produção de riqueza e sua apropriação privada toma centralidade. A compreensão do processo de formação sócio-histórica do espaço social é fundamental para a apreensão dos processos de valorização da terra, bem como de suas particularidades, uma vez que a partir dos elementos que pontuamos, o acesso à terra não pode ser concebido como mero uso de um objeto, mas como uma relação social.Com isso, a primeira parte do artigo recuperará elementos do processo de formação social do espaço brasileiro. A segunda parte apontará elementos a partir do terceiro livro da obra “O Capital”, de Marx, e de “Sobre a Questão da Habitação”, de Engels, que contribuem para a compreensão do conceito de renda da terra. Abordaremos o processo de formação da renda da terra, suas principais determinações, assim como sua composição em renda diferencial e renda absoluta.Em seguida, apontaremos os elementos que compõem a essência das questões agrária e urbana, buscando apontar o nó que as unifica, a partir da teorização anteriormente apresentada. O capitalismo não superou certa cunha, uma divisão entre tais espaços, que compõem um todo: o espaço social. A contradição é uma categoria inerente ao modo de produção capitalista. Ela participa de nossa realidade, de nossa cotidianidade. Não se exime à luta da classe trabalhadora. Uma contradição se impõe aos movimentos, coletivos e comunidades organizadas na luta pela terra: a questão da propriedade privada. Muitas usuárias e usuários das políticas sociais que envolvem a terra (ao menos no caso brasileiro) têm na expectativa da propriedade privada da terra, da moradia sua motivação maior para a organização coletiva. O exercício de estudo e reflexão que resultou neste artigo foi importante no sentido de expor essa contradição, uma vez que é justamente a propriedade da terra que permite que dela seja extraída a renda, pela mediação do processo de trabalho social. É preciso buscar romper com a divisão que fragmenta não apenas teoricamente as análises sobre as expressões da “questão social” particularizadas na forma da “questão da moradia”, “questão urbana”, “questão rural”, dentre outras que perpassam a luta pela terra, mas cuja compreensão repercute na própria formulação tática dos movimentos sociais, com os quais atuam assistentes sociais, no Brasil e em toda a América Latina.
#332 |
Trabajo Social y cuestión ambiental. Aproximaciones y desafíos para la formación y la disciplina.
María Alejandra Mora Castillo
1
1 - Universidad de Atacama.
Resumen:
El propósito de esta ponencia es reflexionar sobre la incorporación de la cuestión ambiental en el Trabajo Social en tanto profesión y disciplina, considerando para ello algunas aproximaciones teóricas que se plantean como nuevos marcos interpretativos a la luz de los cambios sociales y culturales que se han gestado tanto en Chile como en América Latina en las últimas décadas. Fenómenos como el cambio climático, la profundización de los extractivismos, entre otros requiere de miradas interdisciplinarias en donde el Trabajo Social se ha ido incorporando paulatinamente.Esta tendencia propone nuevos desafíos, incorporando estos nuevos marcos interpretativos y potenciando así la investigación en clave interdisciplinaria lo que también conlleva a renovar los procesos de formación en Trabajo Social en concordancia con nuestras realidades locales, regionales y latinoamericanas. La ponencia se estructura en base a tres grandes ejes. El primero de ellos, sobre los nuevos marcos interpretativos como son la ecología política latinoamericana, la historia ambiental, la geografía crítica, entre otras, cuyas principales características son la confluencia de disciplinas para comprender lo ambiental. En segundo lugar, un estado del arte sobre la producción científica de trabajadoras y trabajadores sociales en materias ambientales, considerando para ellas algunas fuentes bibliográficas y datos, en tercer lugar, algunas ideas sobre cómo incorporar la cuestión ambiental en la formación académica y disciplinar, y por último, algunas reflexiones sobre la relación entre investigación e intervención que debe ser potenciada a través del abordaje de lo ambiental y la necesidad de reposicionar antiguas pero renovadas formas de trabajo como la investigación acción participativa, la socio educación, la sistematización, entre otras.Como conclusión podemos señalar que la cuestión ambiental es una cuestión de carácter política y se requiere avanzar hacia comprensiones que vayan en esa línea. Una perspectiva ético política del trabajo social, requiere incorporar la dimensión ambiental como un proceso que cruza nuestras realidades latinoamericanas desde una perspectiva crítica y problematizadora pero sin perder las esperanzas que desde nuestro continente se pueden fortalecer acciones para enfrentar los problemas ambientales, en especial a partir del conocimiento de las comunidades. y de nuestros pueblos.
#351 |
Migrante por Motivos Climáticos. Una categoría de difícl conceptualización
Gino Giffoni
1
1 - MIDES.
Resumen:
El presente documento se enmarca dentro de la propuesta del eje temático número cuatro, uso del espacio. En él intentaré sucintamente discutir los motivos porque las personas migran dentro de sus territorios, o fuera de fronteras producto de motivos ambientales, climáticos en gran parte vinculados a los producidos cambios en el padrón de acumulación capitalista. Esta motivación por la movilidad entre territorios o fuera de fronteras puede ser comprendida de una parte; por procesos climáticos como la elevación del nivel del mar, la desertificación y salinización del suelo agrícola, la creciente escasez del recurso agua, y fenómenos meteorológicos como las inundaciones, las tormentas y las repentinas crecidas de los cursos de agua. De otra, por cuestiones de corte social como son la economía, el avance de los emprendimientos extractivos-depredadores sobre los países del sur global, las políticas restrictivas desarrolladas por parte de los Estados, el crecimiento exponencial demográfico y la capacidad de recuperación de las comunidades luego de un desastre provocado por motivos naturales. Hechos todos que pueden determinar el nivel de vulnerabilidad que posee determinado conjunto poblacional. Si bien el tema de la migración es un fenómeno complejo y multi-causal, la que se da motivos ambientales y climáticos no representa un hecho desconocido ya que muchos pueblos ancestrales como los indígenas de América Central y el Sur, los Inuit al norte Canadá y las tribus vikingas migraban por motivos climáticos. Aunque, es a partir de finales del siglo pasado, que este fenómeno se ha intensificado, tomando una gran notoriedad debido a tres grandes cuestiones. La primera, vinculada a una cuestión temporal, la cual refiere estrictamente a la velocidad de los cambios y la frecuencia en qué estos fenómenos climáticos se desarrolla, la segunda vinculada a la envergadura de los mismos, la tercera ligada a la aceleración de los procesos de acumulación capitalista. En muchos territorios, sobre todo del Sur global, se da la particularidad de que las personas migran de manera temporal debido a cuestiones meramente climáticas, pero este fenómeno no se presenta a primera vista como algo determinado, el mismo presenta algunos matices, ya que la capacidad de migrar depende de la movilidad y los recursos económicos y sociales, “en tanto que las personas más vulnerables a los cambios climáticos no son necesariamente las más susceptibles de migrar”. (OIM, 2008). En una regularidad importante de casos las migraciones motivadas en parte por el cambio climático, o fenómenos asociados a este se generan de por sí más a la interna de un territorio u Estado que fuera de los límites del mismo. Un ejemplo de ello es la coproducción fílmica Boliviano-Uruguaya UTAMA del 2021, realizada por Alejandro Loayza Grisi, la cual refiere a la historia de una pareja de ancianos quechuas, los cuales viven en el altiplano y luchan por mantener su modo de vida, ante las variantes vinculadas al cambio climático. Resistiendo de forma férrea a una migración que a la vista de los ojos del espectador es inminente.En cuanto a los fenómenos que determinan la migración por motivos antrópicos/ ambientales, los cuales son una manifestación del cambio global actual, sus orígenes se rastrean en los albores de la revolución industrial, a finales del Siglo XVIII. Este hecho marcó una fuerte modificación del paradigma en las relaciones de producción, entre los propios hombres, la naturaleza y la forma de obtener y procesar los productos que se extraían de la misma, cambios en el mundo trabajo, de lo manual a lo mecánico, de una esclavitud servil a una ciudadanía de baja intensidad cuya forma de obtención de ganancias para su manutención y la de su prole fue la venta de la fuerza de trabajo al mejor postor. Esta transformación en el mundo del trabajo conllevó una migración masiva de las personas del campo a la ciudad, lo cual generó una fuerte concentración de personas en las urbes, engrosando los ejidos de la ciudad quienes demandaban una mayor cantidad de servicios, generando el nacimiento de la cuestión social. A nivel ambiental las consecuencias de estos cambios fueron la creciente utilización de combustibles fósiles por aquel entonces de bajo costo y muy contaminantes como el carbón y el petróleo, aumentando así la incidencia humana sobre el ambiente. Como consecuencia de ello se produjo una importante degradación de la atmósfera, los cursos de agua, las tierras agrícolas, las quemas de los productos obtenidos de la naturaleza, como el carbón, el gas y el petróleo. Junto a ello la expansión de la frontera agrícola la cual se basó en un continuo proceso de desforestación de los bosques fue liberando progresivamente mayores cantidades de dióxido de carbono a la atmósfera. En esta ponencia buscaré brevemente acercarme a la noción de migrante por motivos ambientales o climáticos, explicando algunas determinaciones y mediaciones que dan lugar a este tipo de movilidad. Además de ello enumeraré algunas líneas de intervención para la acción las cuales pueden ser útiles para la intervención específica en trabajo social.
#512 |
FACILITACIÓN DE DIALOGOS IMPROBABLES
ANGÉLICA FRANCE
1
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JESVANA POLLICARDO
2
1 - UNIVERSIDAD ACADEMIA DE HUMANISMO CRISTIANO.
2 - ACCIONA.
Resumen:
Los conflictos socioambientales en Latinoamérica y, particularmente en Chile, se instalan en el espacio público en el marco de: políticas públicas ambientales relativamente jóvenes (1998); en escenarios de desigualdad territorial; modelo económico que facilita la actividad extractivista; movimientos ciudadanos y sociales que visibilizan los deterioros en los territorios y, particularmente, sus pueblo originarios. De esta manera, la conflictividad se expresa en la voz de intereses de diversos actores que definen posturas y que se relacionan débilmente sobre la base de la desinformación y la desconfianza, lo que se expresa en un desequilibrio de poder en la toma de decisiones.En los últimos 20 años, ha habido intentos desde el estado por generar procesos de participación que acerquen a las partes involucradas. Asimismo, las empresas han creado estrategias de acercamiento a las comunidades, en base a su matriz de riesgo.Trabajadoras y Trabajadores Sociales, nos hemos incorporado a la conflictividad socioambiental desde diversos roles (sociedad civil, comunidades, gobiernos locales, ONGs, empresas y el Estado). Uno de ellos vinculado a procesos de participación transitando a estrategias de facilitación de diálogo. Con esta ponencia se propone realizar una reflexión respecto de las tensiones y oportunidades de la facilitación ocurrida desde dos roles: desde el Estado como garante del dialogo y desde la empresa involucrada. En definitiva ¿es posible el diálogo en contextos de asimetrías de poder? :estar situado en la empresa, desde el otro “no deseable” ¿genera resistencias disciplinares? qué aportan estas experiencias a la comprensión de la conflictividad socioambiental?Realizar dicha reflexión invitará a presentar las experiencias y trayectorias profesionales de ambas panelistas, que se han situado en veredas diferentes para aportar en estos procesos de diálogo:*desde el Estado: a través de la implementación de un proyecto piloto que tuvo a la base generar procesos de diálogo entre empresas, comunidades y gobiernos locales, propiciando procesos de información , participación y mesas de trabajo. ello requería que el proyecto se encontrara en una etapa muy temprana que posibilitara la generación de cambios en el mismo. la facilitación se sustentaba entorno a diversos principios que sustentaban el proceso, a saber:1. Incidencia en las decisiones: 2. Inclusión/Representación de actores e intereses; 3. Igualdad de oportunidades; 4. Educación Mutua; 5. Transparencia y acceso a la información
#552 |
"Nada Por Arte de Magia, Todo Por Arte de Barrio":Prácticas de Re-existencia en el Festival en La Frontera: Arte, Memoria y Comunidad.
Valentina López Gómez
1
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Verónica Muñoz Ocampo
1
1 - Universidad de Antioquia.
Resumen:
La presente ponencia da cuenta del proceso de investigación adelantado en el marco del trabajo de grado de Trabajo Social de la Universidad de Antioquia, la cual estuvo orientada por la siguiente pregunta y objetivos: ¿Cómo han sido las prácticas de re-existencia en el territorio que ha posibilitado el Festival en La Frontera: Arte, Memoria y Comunidad desarrollado en el sector La Frontera- Altos de Niquia, entre los años 2017 y 2021? El objetivo general, interpretar dichas prácticas de re-existencia, a través de la sistematización de experiencias como apuesta teórica, metodológica y política, que permita: 1. Reconstruir las prácticas de re-existencia del Festival en La Frontera llevadas a cabo por la Casa Cultural Botones. 2. Describir las vivencias, significados y aprendizajes construidos por las personas participantes e integrantes de la Casa Cultural Botones. y 3. Describir las formas de apropiación y transformación del territorio que han posibilitado las prácticas de re-existencia del Festival en La Frontera.Las reflexiones alrededor del arte, la memoria, el territorio y la re- existencia son necesarias, en tanto es fundamental reconocer y potenciar las acciones comunitarias generadas en y desde contextos complejos, las cuales poseen la fuerza para suscitar cambios en las personas partícipes de las mismas y en sus entornos. De ahí que sea imprescindible profundizar, relacionar e interconectar dichos conceptos, en especial, a la luz de un municipio como Bello, que se ha enfrentado a tensiones particulares entre la vida/alegría y la muerte/miedo. Es de suma importancia reconocer las acciones e iniciativas artísticas situadas y contextualizadas de organizaciones, colectivos y sujetos que, desde abajo, se piensan otras formas de re-existir y resignificar el territorio como es el caso de la Casa Cultural Botones.En Colombia, dado el contexto de conflicto armado, su relación con el Estado/gobierno y diversas dinámicas que deben estudiarse con lupa, se han levantado iniciativas de re-existencia en los territorios que en escenarios complejos le han apostado a la transformación de realidades que son vividas y sentidas por las comunidades testigas de múltiples violencias, cultivando así un camino mediado por la creación, la construcción de memoria y de futuros otros.El municipio de Bello, ubicado en el departamento de Antioquia, a lo largo de su historia ha evidenciado múltiples asesinatos, desapariciones y desplazamientos forzados producto de enfrentamientos entre bandas delincuenciales que se disputan el control territorial, los puntos de expendio de drogas y las rutas de comercialización de mercancías ilícitas, en ocasiones en alianzas con algunos miembros de la Policía Nacional y la administración municipal. Ante esta situación han surgido también procesos artístico-culturales que le han apostado a la generación de vínculos distintos con otras, otros y con el territorio.Uno de estos es la Casa Cultural Botones, ubicada en el sector La Frontera que se presenta como espacio para la re-existencia. Más allá de hacerle frente a un contexto adverso, de resistirlo, se tejen en él otras posibilidades, otras formas de habitar y ser en el territorio. Botones, porque los botones unen, se ha encaminado, en medio del contexto de La Frontera, de Bello, del país y del mundo, hacia la construcción del tejido social desde la educación popular y el arte. Esto, a través de talleres formativos y artísticos, y apuestas como las Vacaciones Creativas, la Escuela itinerante de Educación Popular, las Novenas populares y el Festival en la Frontera: Arte, memoria y comunidad. Este último, es uno de los espacios que conjugan las diferentes apuestas que la Casa Botones reivindica en su ser y hacer, comenzó en octubre del 2017 con el arte, la memoria y la comunidad como premisas, manteniéndose en los siguientes encuentros celebrados anualmente hasta el año 2021. El arte concebido como un mecanismo o camino para el encuentro con el otro y la otra, que permite la creación y acción colectiva; la memoria, como generadora de recordación del pasado, para resignificar el presente y construir futuros otros; y, la comunidad como “la puesta en acción de los saberes individuales para la construcción colectiva, ya que sin esta las apuestas artísticas y de memoria, no tendrían cómo fluir, retroalimentarse y potenciarse” (Casa Cultural Botones, 2017, p.12). Desde la creatividad, los colores, la invitación amigable, se insiste en abrir otras posibilidades dentro de un contexto que muchas veces para los lugares periféricos pareciera estar ya escrito, sin embargo, este lugar de confrontación dialéctica entre aquello que soñamos y aquello que está afuera, se construye y transforma a partir de las relaciones, interacciones y apreciaciones a medida que lo caminamos, habitamos y reconocemos. El territorio, superando su definición como espacio geográficamente localizado, es entendido como todo espacio socialmente construido y apropiado (Porto-Gonçalves, 2009) en el cual se encuentran diversos actores territoriales que, mediante el establecimiento de relaciones entre sí y con el entorno (Haesbaert, 2012), lo intervienen y transforman desde su “cosmovisión” u “ontología” (Escobar, 2014).Es en aquellas pequeñas grietas que se busca el punto de fuga donde sea posible un mundo más amplio, que logre integrar todas las tonalidades y matices; ha sido desde la re-existencia, esa “reelaboración de la vida en condiciones adversas intentando [...]ocupar un lugar de dignidad en la sociedad” (Albán, 2007, p.23), desde donde Botones se enuncia y orienta sus prácticas. Ante la marginalización, la pobreza, la violencia estatal y el conflicto armado, no solo se resiste al proyecto político y económico hegemónico sino también se revalora y dignifica lo propio con perspectiva crítica, visibilizando lo diverso y recreando nuevos códigos de identidad.Es por esto que abordar la re-existencia como categoría, sumado a las expresiones artísticas, los ejercicios de memoria y el territorio como subcategorías, desde perspectivas como la sociología de las ausencias/ sociología de las emergencias (De Sousa, 2006), permite, como una opción política y ética, hacer visibles aquellos saberes y prácticas generados en el Festival en La Frontera, que resisten y re-existen en contextos hostiles; haciendo presente lo que está ausente, poniendo en evidencia lo existente como no-existente, haciéndolo disponible.
#598 |
DIÁLOGO ENTRE PARES IMPROBABLES
ANGÉLICA FRANCE
1
;
JESVANA POLLICARDO
2
1 - UNIVERSIDAD ACADEMIA DE HUMANISMO CRISTIANO.
2 - ACCIONA ENERGÍA.
Resumen:
Los conflictos socioambientales en Latinoamérica y, particularmente en Chile, se instalan en el espacio público en el marco de: políticas públicas ambientales relativamente jóvenes (1998); en escenarios de desigualdad territorial; modelo económico que facilita la actividad extractivista; movimientos ciudadanos y sociales que visibilizan los deterioros en los territorios y, particularmente, sus pueblo originarios. De esta manera, la conflictividad se expresa en la voz de intereses de diversos actores que definen posturas y que se relacionan débilmente sobre la base de la desinformación y la desconfianza, lo que se expresa en un desequilibrio de poder en la toma de decisiones.En los últimos 20 años, ha habido intentos desde el estado por generar procesos de participación que acerquen a las partes involucradas. Asimismo, las empresas han creado estrategias de acercamiento a las comunidades, en base a su matriz de riesgo.Trabajadoras y Trabajadores Sociales, nos hemos incorporado a la conflictividad socioambiental desde diversos roles (sociedad civil, comunidades, gobiernos locales, ONGs, empresas y el Estado). Uno de ellos vinculado a procesos de participación transitando a estrategias de facilitación de diálogo. Con esta ponencia se propone realizar una reflexión respecto de las tensiones y oportunidades de la facilitación ocurrida desde dos roles: desde el Estado como garante del dialogo y desde la empresa involucrada. En definitiva ¿es posible el diálogo en contextos de asimetrías de poder? :estar situado en la empresa, desde el otro “no deseable” ¿genera resistencias disciplinares? qué aportan estas experiencias a la comprensión de la conflictividad socioambiental?Realizar dicha reflexión invitará a presentar las experiencias y trayectorias profesionales de ambas panelistas, que se han situado en veredas diferentes para aportar en estos procesos de diálogo:*desde el Estado: a través de la implementación de un proyecto piloto que tuvo a la base generar procesos de diálogo entre empresas, comunidades y gobiernos locales, propiciando procesos de información , participación y mesas de trabajo. ello requería que el proyecto se encontrara en una etapa muy temprana que posibilitara la generación de cambios en el mismo. la facilitación se sustentaba entorno a diversos principios que sustentaban el proceso, a saber:1. Incidencia en las decisiones: 2. Inclusión/Representación de actores e intereses; 3. Igualdad de oportunidades; 4. Educación Mutua; 5. Transparencia y acceso a la información
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#220 |
IntroduçãoEste trabalho é fruto de reflexões realizadas no Projeto Memória e História do Serviço Social em Pernambuco e da pesquisa, ainda em andamento, no mestrado em Serviço Social no PPGSS/UFPE. Seu objetivo é apresentar a particularidade do Serviço So
Jesana Germano
1
1 - UFPE.
Resumen:
IntroduçãoEste trabalho é fruto de reflexões realizadas no Projeto Memória e História do Serviço Social em Pernambuco e da pesquisa, ainda em andamento, no mestrado em Serviço Social no PPGSS/UFPE. Seu objetivo é apresentar a particularidade do Serviço Social em Pernambuco a partir de sua renovação profissional, através do uso das categorias de
desenvolvimento e de
subdesenvolvimento. Buscar-se-á na unidade entre o conceito de região Nordeste, no sentido denominado por oliveira (2015) como região econômica e política, e entre o desenvolvimento desigual e combinado no capitalismo monopólico, apreender as tendências da renovação em Pernambuco na dimensão prática da profissão. Para tanto, a apreensão da renovação profissional será realizada com base no materialismo histórico e dialético, a partir do levantamento da fortuna crítica sobre o tema e da análise dos documentos que fizeram parte da história da antiga Escola de Serviço Social em Pernambuco (ESS/PE), que funcionou de 1940 a 1971, quando foi anexada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Dentre os documentos que compõem o acervo da ESS/PE, os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) das alunas serão fonte primária, com ênfase nas produções realizadas na década de 1960, época onde ocorreu os desdobramentos iniciais de dois marcos históricos de suma importância para a discussão aqui levantada: a criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em 1959, e a eclosão da ditadura do grande capital (IANNI, 1981), em abril de 1964.Resultados e DiscussãoO subdesenvolvimento dos países periféricos é uma condição que corresponde à particularidade de suas formações sócio-econômicas que se liga à lei geral de acumulação do modo de produção capitalista e que determina a forma de sua reprodução social. Segundo Oliveira (2015), as diferenças regionais que configuram essa particularidade são determinadas pelas diferentes inserções do capital nas leis de produção e de reprodução, onde “as diversas formas de reprodução do capital conformariam ‘regiões’ distintas”. (OLIVEIRA, 2015, p. 29) Isso significa, em larga medida, que a pretensa homogeneização dos espaços e da sociabilidade burguesa é uma contradição que encontra barreiras no próprio desenvolvimento do capitalismo que é essencialmente desigual e combinado. Essa condição ontológica, é transformada em pauta política no período pós segunda guerra e segue na tônica da expansão dos monopólios e dos projetos políticos em disputa. A vitória da autocracia burguesa em abril de 1964 muda os rumos do país e o Serviço Social no Brasil não fica imune das mudanças operacionalizadas pelo Estado dos monopólios. Netto (2011; 2015) afirma que a interlocução entre o objetivo primário da organização e da constituição monopólica – “o acréscimo dos lucros capitalistas através do controle dos mercados” - (2011, p. 29) permite entender o processo de captura do Estado à lógica monopólica no ambiente de surgimento e desenvolvimento do Serviço Social como profissão. Como ilustram Iamamoto e Carvalho (2014), a profissão acompanha o processo histórico-concreto da expansão dos serviços sociais, ou espaços sócio-ocupacionais, que ficam cada vez mais racionalizados e dinamizados também por uma divisão social e técnica do trabalho. Isso significa, em larga medida, que para validar seu desempenho a profissão assumiu as demandas distribuídas nas políticas e instituições sociais de maneira mais técnica e racionalizada, mudando sua auto representação. Além disso, as demandas socialmente colocadas ao Serviço Social redimensionam o trabalho profissional dentro da dinâmica da divisão de interesses entre as classes e os grupos sociais. Isso significa que a dimensão ideal da profissão e a sua prática material se constituíram concretamente através de demandas macrossocietárias e conjunturais presentes na racionalidade do Estado e das políticas sociais. Na particularidade regional, o Estado é capturado pela região Centro-Sul e o Serviço Social em Pernambuco vai de encontro com as propostas de homogeneização regional elaboradas pela coalizão imperialismo-classes dominantes locais, que se estabelece através das políticas de planejamento. (OLIVEIRA, 1983) Na elaboração realizada por Mota (2019), a autora apresenta algumas hipóteses do que ela denomina como
renovação regional, isso em íntimo diálogo com a conjuntura do final da década de 1950 e início da década de 1960. As forças sociais do período são marcadas pelo nacional-desenvolvimentismo de João Goulart, com suas reformas de base; pela criação em 1959 da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que significou, em larga medida, uma intervenção planejada na região; pela força dos movimentos urbanos e rurais, representados pelo Movimento de Cultura Popular (MCP) e pelas Ligas Camponesas; ademais de as cidades de Natal e Recife, entre 1961-1964, terem prefeitos apoiados pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), com Pelópidas Silveira (Recife) e Djalma Maranhão (Natal). (MOTA, 2019) Para a autora (2019, p. 191), “a renovação profissional no Nordeste transitou inicialmente pela
educação popular, de corte classista e reformista, em consonância com a agenda e cultura política vigentes no período que antecedeu à ditadura, particularmente no governo Goulart”. Essa relação também desencadeou “o progressivo esvaziamento do germe da renovação crítica da profissão no Nordeste, de natureza reformista-progressista, experimentada entre os anos 1960-1964, vez que, a partir de então, se redefiniram as demandas ao Serviço Social e, consequentemente, o mercado de trabalho, a formação e o perfil dos assistentes sociais na região, não sem resistências, em face da ressignificação do Desenvolvimento, Organização e Ação comunitárias”. (ibidem) Concluímos, parcialmente, a partir da análise dos 8 (oito) TCCs encontrados da década de 1960, que existe o “encontro” dos métodos individual, de grupo e de comunidade com as politicas de planejamento, de educação popular, de desenvolvimento de comunidade, alinhadas aos programas da Sudene e da Legião Brasileira de Assistência (LBA). Nos trabalhos, o subdesenvolvimento aparece como uma problemática que invade a vida privada da “clientela” permitindo que se estabeleça uma relação entre a política desenvolvimentista e o Serviço Social em Pernambuco através da mediação entre o ajustamento dos indivíduos à família nuclear e à integração desse núcleo à comunidade. A impossibilidade concreta de homogeneizar os espaços e a vida social se choca com as proposições das políticas e a reprodução social das pessoas fica limitada a suas escolhas individuais. Isso significa o predomínio, na década de 1960, da tendência da modernização conservadora, identificada por Netto (2015).Referências DE OLIVEIRA, Francisco. Noiva da revolução/Elegia para uma re(li)gião. Boitempo Editorial, 2015.IANNI, Octavio. A ditadura do grande capital. Civilização Brasileira, 1981.MOTA, A. Elizabete. De histórias e da memória: José Paulo Netto e a renovação do Serviço Social. In RODRIGUES, Mavi; DE SOUSA, Adrianyce A. Silva (Ed.). O marxismo impenitente de José Paulo Netto. Outras Expressões, 2019.NETTO, José Paulo. Capitalismo monopolista e serviço social. Cortez editora, 2011.NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. Cortez Editora, 2015.IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. Cortez Editora, 2014.
#295 |
Reflexiones en torno a la cultura política del Trabajo Social
Nair Julieta Cabaña
1
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Sandra Gallo
1
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Jesica Rodriguez
1
;
Abigail Leiva
1
1 - Universidad Nacional del Litoral.
Resumen:
Este trabajo intenta presentar el proceso de discusión y reflexión de un grupo de trabajadorxs sociales integrantes del Proyecto de Investigación Política y Cultura. Estudios Interdisciplinarios en perspectiva multiescalar” (Siglos XX y XXI), convocatoria CAID+I 2020, en el marco de la Licenciatura de Trabajo Social de la Facultad de Ciencias Jurídicas y Sociales de la Universidad Nacional del Litoral. El objetivo es construir algunas ideas que nos permitan pensar de qué manera y en qué medida se pone en juego la categoría de
cultura política en los diferentes campos de intervención profesional del Trabajo Social. El punto de partida para ahondar en dicho concepto recoge la experiencia, de quienes escriben, de transitar por diversos escenarios de intervención con otrxs colegas. Ámbitos estatales y de organizaciones de la sociedad civil; desde allí se comienza a pensar una posible existencia de la idea Cultura Política. La concepción de que toda práctica profesional en tanto práctica socio-histórica y política nos lleva a considerar que el Trabajo Social como profesión contribuye a generar disputas de sentido en la construcción de proyectos profesionales. Frente a ello, nos preguntamos por la existencia de las identidades plurales y su relación con la dimensión política y cultural de la profesión. Pensar la política en un sentido moderno ubica al Trabajo Social en ámbitos en donde la idea de poder se institucionaliza a través de la figura de sindicatos, colegios, unidades académicas, planes de estudio. Los nuevos escenarios presentan algunas complejidades que ponen de manifiesto que la configuración del poder y de política como tal puede diluirse ante determinadas cuestiones. Como, por ejemplo, la creación de proyectos colectivos, identidades de masas, la implicancia subjetiva ante determinados fenómenos de las sociedades actuales. Analizar la dimensión política del trabajo social por medio de la perspectiva de modernidad implicaría dejar por fuera algunos elementos relevantes de esta dimensión. Es por ello, que lo que proponemos es establecer algunas relaciones con la idea de Cultura. Considerando que es un concepto, tal como lo expone Clifford Geertz (1987), que denota tramas de significación tejidas históricamente, interpretadas en símbolos. Como si se tratara de una urdimbre, un tamiz, que contiene procesos sociales, modos de conducta, instituciones.El interés por encontrar e interpretar estas significaciones tiene como propósito identificar las “estructuras subyacentes o principios ideológicos”(Guertz,1987) que actúan como configurantes de la profesión.La distinción de la política y lo político, que propone Chantal Mouffe , donde se concibe lo político “como la dimensión de antagonismos constitutiva de las sociedades humanas” y a la política como “el conjunto de prácticas e instituciones a través de las cuales se crea un determinado orden, organizando la coexistencia humana en el contexto de la conflictividad derivada de lo político” (Mouffe, 2007:16) proporciona elementos para construir el concepto eje de estas discusiones. Las instancias de reflexión en torno a estas categorías teóricas permitieron enriquecer el análisis y la construcción de la categoría propuesta. Es entonces, que partimos de estos autores y proponemos pensar la
cultura política del trabajo social como entramado de significaciones macrosociales y microsociales. Como principios ideológicos plasmados en diferentes campos, que a su vez construyen formas e identidades colectivas. Bajo esta perspectiva se indica también la implicación de elementos emocionales y subjetivos en la construcción de dicha categoría.“El discurso político, debe ofrecer no solo políticas sino también identidades que puedan ayudar a las personas a dar sentido a lo que están experimentando y, a su vez, esperanza de futuro” (Mouffe, 2007:32) La variedad de proyectos profesionales , campos de investigación, colegios, y unidades académicas dan cuenta de la necesidad de pensar en conceptos que abarquen los elementos éticos, políticos y culturales que configuran la profesión. Cada uno de los elementos desarrollados aportan a una mirada enriquecedora del concepto de cultura política en su vinculación con el Trabajo Social y en consecuencia, generan algunos interrogantes que pretenden profundizar el análisis en esta indagación: ¿Existe una base de elementos que configuran al trabajo social y que subsisten ante el paso del tiempo y sus modificaciones? ¿Ejercemos todos una cultura política, aunque no la explicitamos como tal? ¿Se puede hablar de Identidades plurales? ¿Existen? ¿Cómo se relacionan con la cultura? ¿Existe cultura política del Trabajo social?
#341 |
Rol político de la investigación: Hacia la construcción de un Trabajo Social Critico – Científico, disputas y tensiones necesarias
Carlos Quispe Crispin
1
1 - UNMSM.
Resumen:
Entender la importancia política de la investigación en el Trabajo Social nos proyecta al desarrollo histórico de la profesión y disciplina en mención. En ello, el Trabajo Social se permea, hasta la actualidad, en un conjunto de dilemas éticos y políticos.Uno de estos es la
desidentificación propia del cuerpo colectivo (los profesionales) con el ethos del Trabajo Social (justicia social); como horizonte práctico del Trabajo Social. Cabe mencionar respecto a esto último; existe una “seudo identificación” con la justicia social (ethos máximo del Trabajo Social) de forma apostólica y voluntaria, más no política y orgánica, a lo que queremos y proponemos llegar. Considerando como base importante dicha actitud voluntaria y “apostólica”, pero no determinante para resolver la
desidentificación en el Trabajo Social
. Esta “seudo identificación”, nace precisamente de la incomprensión histórica del rol político de la investigación en el Trabajo Social, un rol quizá debatible desde la complejidad del mismo al entender la política. Sin embargo, ante el auge del modelo neoliberal y la compactación de la cultura necrófila del neoliberalismo urge el reflote de este debate y problematización teórica- práctica. Es aquí donde viene el rol político de la investigación en el Trabajo Social, entendiendo dos líneas y/o escuelas implícitas a veces y otras no tanto; en los diferentes debates del Trabajo Social y las Ciencias Sociales. La línea y perspectiva “netamente académica”, a lo que una vez Ezequiel Ander Egg, Trabajo Social tipifico Aséptico. Ese Trabajo Social descontextualizado ubicado a la espalda de la realidad, ciencia por ciencia, letra por letra y etc. Nosotros mencionamos la investigación aséptica, aquella investigación sin propuesta política abierta, sujeto al orden epistolar de las Ciencias Sociales coloniales, a la egida del conservadurismo en el conocimiento, en última instancia una investigación alejada de toda propuesta de insatisfacción política. Evidentemente el rol político de la investigación en el Trabajo Social debe ir más allá de la reproducción de conocimiento, debe apuntar para sí mismo a un cuestionamiento rotundo de su propia naturaleza y la funcionalidad social que cumple dentro de los parámetros de la producción y reproducción de la vida social en la sociedad capitalista. Entendiendo que la realidad no esta para ser observada sino para ser transformada, a ello, es lo debe apuntar el rol político de la investigación en el Trabajo Social.Y esta demanda en primera instancia genera un movimiento de lectura critica en el Trabajo Social y el colectivo profesional, sea estudiantes, egresados, profesionales y etc. Pero principalmente en los estudiantes, sin desconsiderar que la investigación tiene que ser un pie que se alargue en el transcurso de la vida profesional incluso de egresados. «La investigación aplicada a la manera de investigación diagnóstica, evaluativa y sistematización de experiencias constituyen tipologías de indagación estrechamente vinculadas con la práctica del Trabajador Social y, por consiguiente, con los procesos de desarrollo humano y social propios de su ejercicio profesional» (Gartner, 2006; p.34).La exigencia de la investigación, como un rol político, en el cuerpo colectivo del Trabajo Social determina primero, una apertura radical de ver las cosas. Ósea la profundización de los fenómenos del drama cotidiano de las personas en el cual el Trabajo Social envuelve su campo de actuación. Segundo, la totalización de la realidad, viéndolo como un engranaje concatenando la cuestión social con el orden socio político, como lo plantea Silvana Martínez. Este punto es medular debido a que el rol político de la investigación recae en ver los fenómenos sociales producto de las circunstancias estructurales de la sociedad actual, “politizando el fenómeno”. Abriendo una perspectiva de avanzada en los investigadores, en oposición con aquella investigación que parcela la realidad, en tanto, limitando el horizonte de los trabajadores sociales. Y tercero una investigación acorde con las necesidades reales del país, con ello rescatamos la profusa inmersión a la lucha y procesos emancipatorios de los pueblos del continente latinoamericano. Ligando el desarrollo investigativo a las luchas que, de una forma directa o indirecta, permitieron el surgimiento del Trabajo Social y su posterior profesionalización. Al ser el desarrollo social un ámbito ligado directo al avance del Trabajo Social en tu teoría y práctica de intervención profesional. Es imprescindible enfocar al Trabajo Social en esa pauta, necesariamente en las luchas y movimientos de liberación y emancipación de los diversos y amplios sectores que pugnan por mejores condiciones de vida social. Conllevando un nuevo contenido de producción de conocimientos, pero aún más hacia una nueva formación académica en relación a una formación política. Entendiendo que la academia no esta excepta de propuestas políticas metodológicas muchas veces en pugna. Por tanto, influenciando directamente en el tipo de formación hegemónica en los estudiantes universitarios. Una investigación con un rol político e intencionado para el desmonte de opresiones macros y micros que se visualiza en la realidad actual y cuestionando seriamente la dinámica pedagógica de las universidades y escuelas académicas del Trabajo Social, al ser estas, una expresión de ciertas tendencias hegemónicas de enseñanza y dinámicas de poder.
#364 |
Movimento de Reconceituação, educação popular e os traços decoloniais: uma análise das afinidades eletivas
Graziela Scheffer
1
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Andressa Moura
1
1 - UERJ.
Resumen:
O artigo trata das afinidades eletivas entre o Movimento de Reconceituação, a Educação Popular freiriana e os traços decoloniais. Segundo Lowy (1999): afinidade eletiva é o processo pelo qual duas formas culturais entram, a partir de determinadas analogias significativas, parentescos íntimos ou afinidades de sentidos, em uma relação de atração e influência recíprocas, escolha mútua, convergência ativa e reforço mútuo. Sendo que “o termo "afinidade eletiva" tem uma longa história, em grande parte anterior aos escritos de Max Weber. É um itinerário complexo que vai da alquimia à literatura romântica (Goethe), e desta às ciências sociais” (ibidem, p.93). Entende- se os traços decoloniais enquanto um conjunto de ideias que trataram da libertação da América Latina, que antecedem historicamente a teoria decolonial. Esse traço é um legado histórico de diferentes autores que buscaram analisar os caminhos de libertação da América Latina. Segundo Mota Neto (2016), Paulo Freire e Orlando Fals Borda são antecedentes do debate da decolonialidade e da pedagogia decolonial, suas contribuições formaram as bases de uma educação popular dialógica, intercultural, conscientizadora e pesquisadora orientadas em utopias rebeldes, subversoras e insurgentes. O tema da decolonialidade surge na década 1990, por meio de um grupo de intelectuais (o filósofo argentino- Dussel, o sociólogo peruano- Quijano, o semiólogo argentino- Mignolo, o sociólogo português- Santos, a pedagoga brasileira- Candau,- a pedagoga norte-americana radicada no Equador -Walsh, entre outros), que propõem uma “virada” analítica no pensamento latino-americano sobre a herança eurocêntrica-colonial, contida na modernidade. Ressalta-se que não existe um consenso acerca da contribuição de Freire na temática decolonial. Apesar do legado freiriano ser importante, Walsh o considera vinculado à modernidade eurocêntrica, influenciada pelo marxismo e centrada na classe social. Já Dussel, define o pensamento educativo de Freire, como uma pedagogia planetária alicerçada na consciência ético crítica (MOTA NETO, 2016). No Serviço Social as preocupações acerca dos rumos da América Latina na década 1950 são centradas na problemática da superação do subdesenvolvimento, entretanto vai radicalizar-se a partir da Revolução Cubana. É na Reconceituação desencadeada no primeiro seminário latino-americano que o tema subdesenvolvimento assumiu seus laços de irmandade continental que conduziram na busca de fundar um autêntico Serviço Social, sem amarras imperialistas. Também é na Reconceituação que se expressaram as afinidades eletivas entre educação popular freiriana e traços decoloniais que buscavam constituir uma unidade profissional latino-americano pautada na recusa da importação de teorias e métodos alheios à história da América Latina e no compromisso com as lutas dos “oprimidos” pela transformação social. O estudo abordou dois momentos históricos do Serviço Social latino-americano, que são: 1) A influência freiriana no processo de erosão do Serviço Social no Brasil (1955-1965); 2) A incidência de Paulo Freire e traços decolonias a partir das afinidades eletivas com o Movimento de Reconceituação (1965-1975). 1) A erosão do Serviço Social tradicional e clássico no Brasil A primeira influência do pensamento de Paulo Freire no Serviço Social latino-americano tem seu início no Brasil no que Netto denominou de processo de erosão das bases do Serviço Social clássico e tradicional. As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas por tendências emancipatórias dos movimentos sociais, o que impulsionou trabalhos educativos focados nos interesses das classes populares. Para Faleiros (2021), a dialética opressão/libertação de Paulo Freire trouxe contribuições para repensar a atuação do Serviço Social, principalmente no DOC (Desenvolvimento e Organização de Comunidade). O processo de ruptura com DOC, foi fruto de diversas experiências profissionais: Há que se considerar um movimento mais amplo na sociedade e na política, durante o governo Goulart, denominado de Movimento de Educação de Base – MEB, que Ammann (1980) chama de “heterodoxo” em contraposição ao DOC. Esse movimento se utiliza de mobilização popular, inclusive da radiodifusão, com foco na tomada de consciência e no processo de politização da população a partir dos valores e da significação vivencial dos mesmos atribuída pelo povo. (Ibidem, 2021 p 28.) A educação era vista como instrumento de democratização a partir da inserção crítica dos sujeitos no processo de desenvolvimento do país. Grande parte dessas experiências foram sufocadas pelo Golpe Civil Militar de 1964, muitas delas só sobreviveram na clandestinidade. Após o golpe, Freire é preso e depois seguindo para exílio chileno de onde elaborou “Educação como prática de liberdade” (1967) e “Pedagogia do Oprimido” (1968) qual influenciou mentes e corações ao redor do mundo. 2. Movimento de Reconceituação e as afinidades eletivas A partir da efervescência da Revolução Cubana, cujos reflexos atingiram os movimentos sociais urbanos e rurais, segmentos universitários, a Igreja Católica, a cultura e a arte; gesta-se o “I Seminário de Serviço Social frente às mudanças sociais na América Latina”. Entre as pautas do seminário estavam a denúncia a importação de teorias, o subdesenvolvimento e o imperialismo norte-americano. Vejamos:(…) terminamos este seminário com responsabilidade e perspectiva imediata voltadas para nossa reformulação interna do Serviço Social, o que implica em estudo sério o profundo da realidade latino-americana, formulação teórica do Serviço Social dentro de nossos padrões culturais a partir de princípios universais, participações mais intensas nos planejamentos nacionais, regionais e latino-americano. (CASTILLO, 1965, p.4). As formulações reconceituadas tinham um traço eclético e recusa por teorias importadas, que foi uma das motivações que conduziu a incorporação da pedagogia do oprimido (NETTO, 2011). Santos (2007, p.169) aponta no CELAST as inspirações do método da Investigação-Ação dos colombianos Orlando Fals Borda e Maria Cristina Salazar, com grande aproximação com os assistentes sociais na América Latina. Também na Colômbia teve forte influência de German e Manuel Zabala. “Todos estes métodos inspiraram as propostas metodológicas das faculdades de Serviço Social. E o CELATS se empenhou em apoiar projetos de investigação social que buscavam resgatar a ação profissional com destacados atores”.A reconceituação enquanto um esforço de integrar a profissão à realidade latino-americana, questionou o corpo teórico tradicional, sua natureza e operacionalidade, rompendo com as influências europeias e americanas (NETTO, 2011), o que nos permite identificar as afinidades eletivas com educação popular e os traços decolonias.
#414 |
La formación de las primeras trabajadoras sociales en la Universidad Nacional de La Plata
Clara Weber Suardiaz
1
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Silvina Cavalleri
1
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Paulina Cremonte
1
1 - FTS/UNLP.
Resumen:
Título: La formación de las primeras trabajadoras sociales en la Universidad Nacional de La PlataNombres:Cavalleri, María Silvina IETSYS FTS UNLP; Cremonte Paulina IETSYS FTS UNLP; Clara Weber Suardiaz IETSYS FTS UNLPResumen El siguiente trabajo que presentamos consiste en avances preliminares del proyecto de investigación cuyo título es: “Proceso de profesionalización del Trabajo Social en la ciudad de La Plata: Antecedentes históricos de la asistencia social en el periodo 1882-1948”, radicado en el Instituto de Estudios en Trabajo Social y Sociedad-Facultad de Trabajo Social- UNLP Argentina. A partir de la indagación realizada en los archivos históricos de nuestra institución y en algunas instituciones pioneras en la asistencia social en nuestra región, estamos elaborando una base documental que permite reconstruir y analizar algunas de las intervenciones sociales desplegadas en la ciudad de La Plata entre 1882 -año de fundación de la ciudad- y 1948 -año en que se modifica y amplía el Plan de Estudios de la carrera de Visitadoras de Higiene dependiente de la Facultad de Ciencias Médicas de la UNLP.En esta presentación nos abocaremos a profundizar el análisis de la asistencia social y formación de las trabajadoras sociales de la Universidad Nacional de La Plata en el periodo mencionado. En este sentido se tomará la denominación del título de trabajadoras sociales que engloba las distintas nominaciones que se le dio a la titulación de la carrera a lo largo del tiempo: visitadoras de higiene (con sus distintas orientaciones), visitadoras sociales, asistentes sociales y trabajadoras sociales. Aquí encontramos una fuerte relación entre el proyecto académico- político de creación de la Universidad Nacional de La Plata y la formación de las trabajadores sociales, que ingresan en el campo universitario formalmente en 1938. A su vez podemos establecer la relación con los espacios de asistencia pública que sirvieron como espacios de formación y de inserción laboral de las mismas, sosteniendo que estos espacios de asistencia mantienen estrechos vínculos con el desarrollo de la Universidad.Para esto nos apoyamos en lo producido hasta el momento por nuestras investigaciones y los documentos que se encuentran en el archivo histórico de la Facultad de Trabajo Social como ser: planes de estudios, reglamentaciones, programas de materias y su bibliografía, fichas de inscripción de las postulantes a la carrera, notas y documentos institucionales, tesinas de trabajo final elaboradas por las estudiantes de la época del periodo seleccionado.Asimismo, y sabiendo del carácter feminizado de la profesión, nos interesa dar cuenta de una primera caracterización de las estudiantes inscriptas a las primeras cohortes de la Carrera a partir de una parte del trabajo de campo realizado que consiste en la sistematización de la información disponible en las fichas de inscripción. De este modo también, buscamos aportar a la consideración y análisis del lugar de las mujeres en la asistencia social y en la vida institucional de la UNLP.En relación a la Universidad Nacional de La Plata, esta institución fue creada en 1905 según un proyecto elaborado e impulsado por Joaquín V. González, quien, entre otros intelectuales y políticos de la época está ligado al pensamiento reformista liberal. El proyecto de Universidad -orientado por el modelo anglosajón- planea una institución que le asigna importancia a la investigación y cuestiona el profesionalismo existente en las Universidades argentinas considerando que “el equilibrio y la paz social debían cimentarse a partir de la elevación de la inteligencia colectiva” (Buchbinder; 2005 : 84).En el contexto de su surgimiento se señala que la condición de las mujeres impuso características singulares a su participación en la vida universitaria y en la participación política. En este sentido, esa condición en una estructura de valores culturales y de sociabilidad que otorgaba primacía (tanto social, como legal) a la participación de los hombres en la vida pública y también en la política, no les permitió integrarse en los círculos disciplinares que se establecían estrictamente entre hombres y restringe su incorporación en los proyectos culturales reformistas y socialistas, a funciones delimitadas por su especialización pedagógica o a tareas de asistencia social. Es en este escenario que a partir de la década de 1920, con las exigencias sostenidas para el abordaje sobre la cuestión social, el temor por la expansión de diversas epidemias y las crecientes demandas obreras por garantizar mejores condiciones de vida; médicos vinculados al higienismo impulsaron la creación de soluciones organizadas en el marco de las instituciones públicas y difundidas desde las Universidades Nacionales. Entendemos que este enfoque propicia un conocimiento y análisis de la historia de las mujeres en la región y cómo se dio su ingreso a la vida universitaria vinculada a un proyecto político y académico de la universidad.Las Escuelas para Visitadoras de Higiene Social resultan un hito de inicio en la profesionalización del Trabajo Social entendiendo que las mismas fueron fundadas para atender a las necesidades de la “medicina preventiva” bajo los preceptos del higienismo. En este sentido la profesión en América Latina y en Argentina no se estructuró como un todo homogéneo. Pero sí podemos plantear que a partir de la modernización de la estructura económica y estatal para adecuarse al comercio mundial, las políticas públicas se diseñaron asentadas en el retorno a valores tradicionales en relación a la familia, la mujer y el niño. Todos estos elementos se encontrarán presentes en la elaboración de los contenidos de formación académica pensados para la intervención social..El trabajo entonces hará foco sobre las curriculas de los primeros años de la creación de la carrera, las inscriptas a las mismas, las directrices impartidas desde la UNLP, y las instituciones asistenciales que se vinculan a este proceso. Estos elementos serán expresión de un momento histórico particular –de una cuestión social-- que marcará el rumbo de nuestra formación hasta nuestros días.Bibliografía citadaBuchbinder, Pablo (2005)
Historia de las Universidades Argentinas. Buenos Aires, Editorial Sudamericana.
FCS - L2
14:00 - 16:00
Eje 4.
- Ponencias presenciales
4. El uso del espacio
#020 |
SEGREGACIÓN URBANA Y MARGINALIDAD SOCIAL EN LAS PERIFERIAS DE CALI – COLOMBIA
Vivian Andrea Ladino Mosquera
1
1 - Universidad del Valle.
Resumen:
La presente ponencia tiene por objetivo describir las características históricas y sociales que hacen de la ciudad de Cali – Colombia un escenario urbano de marginalidad social, el cual se ha estructurado a partir de la segregación espacial de su población y el sostenimiento de la vulnerabilidad y desigualdad en zonas periféricas durante décadas. Como punto de referencia se tomarán en cuenta dos comunas de la ciudad que son la 1 y la 21, ubicadas en la zona oriente y oeste, donde confluyen características de exclusión, bajo índice de necesidades básicas insatisfechas, altas tasas de desempleo, inseguridad y múltiples conflictos urbanos.Los datos que se ponen en discusión hacen parte del desarrollo de la investigación doctoral titulada “
Construcción social diferenciada de barrios periféricos en la ciudad de Santiago de Cali, Colombia: estudio de caso de los barrios Suerte 90 y Terrón Colorado”, por lo cual son producto de la revisión documental y de archivo sobre las dos comunas donde se ubican estos barrios, además del acercamiento de campo que tiene la autora desde el ámbito académico y de experiencias laborales previas. Para desarrollar el objetivo del documento se iniciará presentando el marco de referencia teórico-conceptual sobre el que se desarrolla este análisis, el cual parte de los nuevos estudios urbanos, particularmente los que explican la nueva desigualdad social en las ciudades contemporáneas de finales del siglo XX e inicios del siglo XXI. Además de retomar conceptos claves como segregación, marginalidad y periferias urbanas. Desde esta perspectiva se reconocen las semejanzas de una ciudad como Cali con las condiciones socio espaciales de otras ciudades en Colombia y Latinoamérica, reconociendo que el espacio físico y social es reflejo de estructuras macrosociales que se yuxtaponen con los procesos sociales particulares de un contexto determinado, por lo que hablar de la realidad de esta urbe es una manera de la hablar de la realidad de la ciudad latinoamericana.Posteriormente se describirán las características de configuración de la ciudad a la luz de las similitudes con el proceso de crecimiento urbano latinoamericano y colombiano, explicando que la expansión acelerada y las causas asociadas a la migración campo-ciudad junto con la naciente industrialización fueron compartidas en el continente, pero a la vez eran consecuencia del avance del modelo de producción socioeconómico que estaba avanzando en el mundo. Luego se conectará este proceso con la cuadricefalia urbana que se desarrolla en Colombia, donde el crecimiento acelerado se centra en cuatro ciudades, y de ahí se pasa a explicar la historia de consolidación de Cali durante el siglo XX. En concreto sobre Cali se explicará cómo se da el proceso de la expansión y crecimiento a raíz del desarrollo del Ferrocarril del Pacífico, la migración masiva a causa del conflicto armado a mediados del siglo XX, que luego se transforma con la desindustrialización en la tercera mitad de ese siglo, para explicar la expansión de las zonas periféricas entre los años 70 y 90 donde aparece además el déficit habitacional. Por último, se describirán las características actuales de la ciudad en el siglo XXI, donde además de mantener procesos formales e informales de planificación urbana, se detallan las nuevas dimensiones de la segregación, las periferias y sobre todo la diversidad étnica y racial que caracterizan la población caleña y les determina una posición histórica en el espacio social. Los datos históricos, socioeconómicos y físicos sobre las comunas 1 y 21 serán los que permitirán visualizar en este caso particular las nuevas realidades urbanas, espacios sociales donde permanecen la desigualdad y marginalidad que se acrecentaron desde los años 70 pero que ahora se profundizan, además que se enfrentan a nuevos conflictos urbanos donde no sólo se discute la justicia espacial, el derecho a la ciudad, sino también el poder del capital financiero en la planificación urbana, donde los grandes proyectos de renovación o gentrificación se disputan lugares que históricamente han sido tomados a la fuerza y legalizados entre la población y la regularización posterior que generó el Estado. Finalmente se enfatizará en la importancia de pensar teóricamente la realidad de la ciudad latinoamericana, sobre todo desde el Trabajo Social, pues el surgimiento de la profesión se da en el marco de la consolidación del modo de producción capitalista a inicios del siglo XX, es decir que, para ese momento la ciudad no sólo fue un laboratorio de investigación social sino el escenario de las primeras intervenciones estatales sobre la cuestión social, que posteriormente llevaron a la institucionalización de la profesión como mediadora entre el Estado y la ciudadana a través de las políticas sociales. En este sentido, reconocer las problemáticas urbanas y las características diversas de la población es un paso necesario para pensar, implementar y proponer nuevas políticas de ciudad, donde el Trabajo Social debe problematizar su papel histórico en la funcionalidad de un orden social desigual, ejecutando programas de renovación urbana en el que actúan desde el nivel técnico de los psicosociales y desconociendo las arbitrariedades que se gestan desde la institucionalidad y el Estado, bastante alejadas de la realidad urbana de los barrios y comunidades.
#041 |
Políticas habitacionales y mecanismos de subordinación al capital en espacios rurales
Juan Lagarejo
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales, Universidad Nacional de Córdoba.
Resumen:
Con la presente ponencia buscamos dilucidar aspectos conceptuales, partiendo de una exploración teórica en torno a la vivienda, el hábitat rural y las unidades domésticas campesinas, entendiendo a las mismas en una relación de subordinación o subsunción al capital que tiene diversas formas de expresión socioespacial.Producción del hábitat en la ruralidad.La construcción de la vivienda campesina en América Latina se ha realizado históricamente como producto del trabajo familiar sin la mediación directa de las relaciones capitalistas de producción, predominando un régimen por auto-construcción espontánea. Es decir, se trata de viviendas construidas por sus habitantes, sin aparente movilización del mercado de mano de obra y del mercado de materiales de construcción: “la vivienda adquiere una dimensión que depende de los lazos establecidos entre el morador y el medio ambiente social” (Fals Borda, 1963, p. 81), por tal razón podemos hablar de una relación mutuamente constitutiva entre la casa y sus habitantes (Haber, 2016). La vivienda es entonces una actividad más del autoconsumo familiar y su proceso de producción parte de las racionalidades y lógicas propias de la reproducción campesina, no intervienen a priori de la misma manera las relaciones de producción típicas de la vivienda social urbana (Lenzi, 2017).Observamos que la producción habitacional campesina integra las esferas de la producción y el consumo, convirtiendo a la vivienda en un medio de trabajo, organizando el espacio de reproducción social de la familia y las necesidades funcionales de la producción. Es así que las formas de habitar adquieren una triple funcionalidad: por un lado residencial, por otro lado económico-productiva y por último organizativa (Garay, 2019; Lenzi, 2017; Cejas, Mandrini, Laria, 2019). La vida campesina no se encuentra aislada del modelo de acumulación capitalista hegemónico, ni de las intervenciones estatales ni de las relaciones de poder que transcurren en los territorios. Estas situaciones interfieren, alteran y someten a las lógicas de organización y reproducción campesinas. Incluso las modificaciones en las relaciones de producción vigentes implican cambios en las espacialidades y una reorganización de las formas de producción de la vivienda y el hábitat (Quevedo, 2019).En este marco, inscribimos la categoría de hábitat rural, que tomamos de Garay (2019), quien establece que:“se entenderá al Hábitat rural como el conjunto de manifestaciones materiales e inmateriales que contienen a las actividades humanas de salud, educación, trabajo, tierra, vivienda y recreación, en entornos de ruralidad, el cual está caracterizado por ser dinámico ya que es el resultado de las intervenciones de los pobladores, el Estado y el mercado, las cuales responden a pautas culturales y sociales que tienen diferentes lógicas” (p. 6).Entendemos al hábitat rural no sólo como un entorno geográfico sino como un espacio dinámico que contiene un conjunto de prácticas e interacciones de diferentes actores sociales con lógicas de producción y reproducción social que persiguen fines disímiles ya sea para la acumulación capitalista, para la satisfacción de las necesidades y la reproducción de la vida, o para la regulación del espacio, las relaciones o los conflictos sociales. A la vez, referimos al hábitat rural como un espacio para la vida campesina en el que la reproducción cotidiana de la existencia adquiere una forma de territorialización particular, en el marco de una red relacional común en la que se integra la vivienda a partir de sus múltiples funcionalidades, conjugando las prácticas domésticas con las productivas.Las unidades domésticas campesinas. Hablamos de economías domésticas de subsistencia por la importancia que adquiere el grupo familiar y los vínculos instituidos en torno a la cooperación para garantizar su producción y reproducción de la existencia. Estas economías mantienen particularidades propias, se encuentran centradas en las necesidades de la familia y en relaciones de producción no capitalistas, pero forman parte integral del capitalismo periférico y del sistema capitalista mundial. Esta situación se produce ya que para el capital es más redituable la preservación de las mismas antes que su destrucción, así pueden ser mejor explotadas (Martins de Carvalho, 2012; Paz, 2016; Martínez Coenda, 2019). Podemos describir a las UDC a partir de las siguientes características (Paz, 2016; Pessolano, 2018):-son explotaciones en pequeña escala, -realizan uso del trabajo familiar,-por intermedio del grupo doméstico acceden a la tierra y los medios de producción-poseen el control formal del proceso productivo-sus ingresos principales derivan de la producción agro-pastoril-no realizan acumulación de capital En el marco de las UDC se sostienen prácticas históricas, intencionalidades específicas y una racionalidad económica propia, que algunos autores denominan como especificidad campesina (Martins de Carvalho, 2012), con relaciones sociales de producción no capitalistas, siendo resultado de las mismas las mercancías de origen campesino, que no persiguen la valorización del capital.No obstante no son economías autoabastecidas ni autárquicas, intercambian sus productos en el mercado y acceden a otras mercancías de origen capitalista, para su subsistencia a través de la mediación del dinero como medio de cambio, por lo tanto hablamos de economías mercantiles. Además diversifican sus fuentes de ingresos a partir de la venta estacional de la fuerza de trabajo y otras estrategias relacionadas a las actividades productivas del capitalismo periférico.Con estas consideraciones, reconocemos que las economías domésticas se encuentran subsumidas y explotadas por el capital “(...) a través de mecanismos indirectos que respetan (y reproducen) el carácter no capitalista del proceso laboral doméstico, como la compra y venta de productos, el otorgamiento de créditos y la contratación estacional de parte de la fuerza de trabajo” (Gordillo, 1992: 51). Es así que las UDC se encuentran sobreexplotadas y generan un plusvalor que no es apropiado por ellas, sino que se inserta en mecanismos de acumulación de capital (Martínez Coenda, 2019). Aún así, el carácter indirecto de los condicionamientos les permite crear ámbitos de relativa autonomía para garantizar su subsistencia a pesar de la explotación capitalista (Barri, 2013; Paz, 2016).
#108 |
Pensar en y desde las prácticas entre mujeres de los territorios en el noroeste de la provincia de Córdoba
Guadalupe Huerta
1
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María Fernanda Espejo
2
1 - Ciecs/UNC.
2 - FCS/UNC.
Resumen:
En este trabajo abordamos reflexiones sobre la conformación de redes de solidaridad y cooperación que se gestan en (y entre) grupos de mujeres barriales y campesinas que residen en diferentes lugares del noroeste de la provincia de Córdoba, que a su vez se re-tejen en estrechos vínculos de colaboración con mujeres que habitan el Chaco Americano. Nos proponemos trazar un diálogo entre las luchas por la sostenibilidad de la vida y el cuidado de los territorios, incluyendo los territorios cuerpos, a partir de los lazos tejidos. Recuperamos aportes de los feminismos decoloniales y comunitarios; las prácticas colaborativas y saberes colectivos que despliegan al interior de los territorios de proximidad y con otros espacios más amplios, ya que es a partir de sus narrativas personales y colectivos que se presenta la fuerza y la potencialidad de estos vínculos fértiles para la transformación social en espacios rurales y campesinos. Pensar el cuerpo como territorio, posibilita reflexionar respecto de cómo la violencia deja huellas en los cuerpos de las mujeres desde la usurpación y expropiación de los territorios por parte de los agentes extractivistas/ empresas/Estado. En estos territorios vemos desplegados diversos mecanismos de desterritorialización, desde la cooptación, la coacción y la división de las comunidades, hasta el desplazamiento forzoso de quienes históricamente se identifican con el territorio (Salazar, 2017).La ocupación territorial dentro de estas lógicas ha implicado el control y la violencia sobre los cuerpos de las mujeres, remitiendo a una visión hegemónica de territorio como lugar a ocupar y poseer.En este contexto, son las mujeres rurales quienes se ocupan y recae, en mayor medida, la responsabilidad en el cuidado de las personas de la comunidad, la alimentación de sus familias, del cultivo y cuidado de pequeños animales para el autoconsumo, los intercambios y la comercialización de algunos excedentes de sus huertas (Vivas, 2012). Ocupando gran cantidad de tiempo en la reproducción tanto material como simbólica de la vida, que permanece en una esfera privada e invisible. Trabajos que se incrementan con el avance de la frontera agrícola extractiva se reflejan en los relatos de las mujeres que demandan frente al agotamiento de los pozos de agua, debiendo ir cada vez más lejos o asumiendo grandes costos para su obtención; lo mismo sucede con la recolección de leña, de frutos del monte para su consumo o producción de conservas, etc. Dado que el capitalismo se orienta a la producción para el mercado, el trabajo doméstico- también denominado trabajo de cuidados- no se contabiliza como tal, o aún cuesta que sea considerado trabajo en muchos ámbitos (Federici, 2013). Estas dinámicas implican no solo una sobrecarga de trabajo de cuidados que asumen las mujeres, sino también un incremento del estrés y la ansiedad, dada la dificultad creciente para resolver las responsabilidades de reproducción social que recaen sobre ellas de forma invisibilizada. Es así, que la crisis acentuada por la pandemia de covid-19, puso en evidencia la importancia del trabajo de cuidados en los hogares y fuera de ellos y la necesidad de adoptar medidas para redistribuir esta carga. A su vez, surge cómo una necesidad urgente la creación y/o consolidación de redes de solidaridad, cooperación y comunicación entre mujeres y sus grupos, que permitan el acceso a la información y al conocimiento, la visibilidad de las situaciones críticas y la exigibilidad de derechos a través de acciones colectivas, en pos de acortar las brechas de las desigualdades.Consideramos que las mujeres al encontrarse, conectarse y poner en común sus experiencias e historias de vida, van identificando que muchos de las vivencias, de los malestares y dificultades son similares. Es decir en el encuentro se crea un proceso de reconocimiento por el cual lo que pareciera ser vivido de manera individual también es compartido por otras mujeres. En dichos espacios de encuentro, basados en el diálogo y la escucha se generan transformaciones en las subjetividades de las mismas tanto individual como colectiva repensando de esta manera sus vidas cotidianas y sus problemáticas. En este permanente intercambio se comienzan a profundizar los cuestionamientos sobre lo que pareciera “naturalmente establecido” impuesto por el patriarcado y un modelo de desarrollo que impacta directamente sobre los territorios – cuerpos. De esta forma, es comprendido lo que vivimos en las historias, en las narrativas que (nos) contamos. Porque cuando re-volvemos, re-revisamos, re-escribimos y re-contamos las historias, transformamos y/o potenciamos nuestra percepción. Todas y cada una de las participantes pueden reconocer, adoptar o elegir nuevas perspectivas en relación al tema en debate. Aprender que distintos y múltiples diálogos internos e íntimos se pueden volver públicos y nutrir una mirada colectiva a cerca de la multiplicidad de situaciones que atraviesan nuestros territorios y proponer alternativas que coloquen la reproducción de la vida en el centro del debate. Lo que a veces puede parecer un dilema cerrado es posible transformarse en una oportunidad para nutrir puntos de vista y pensamientos. Al brindar espacio para que las diferentes voces con perspectivas diferentes sean escuchadas y recibidas, es posible que las personas desarrollen aprobación o duda. Pueden ampliar su curiosidad de saber porque perspectivas similares conducen a pensamientos similares, pero también diferentes.En este sentido, las iniciativas emprendidas por mujeres son claves para imaginar y crear sociedades más equitativas. Los procesos de participación de las mujeres envuelven diversas experiencias de exigibilidad y justiciailidad de derechos que han favorecidos el ejercicio de ciudadanías. En este proceso es cuando crean redes, que sirven de contención y fortalecimiento individual y colectivo. A partir de estos espacios de intercambio entre mujeres dan cuenta del lugar que ocupan en la comunidad, el cual es integrador de la dinámica de la misma. De esta manera, la lucha por la soberanía de los territorios, es soberanía de los cuerpos de las mujeres, es la soberanía del saber y del conocimiento. Ejercer estas soberanías no solo es un papel vital para el cuidado de los bienes comunes sino también de la práctica del buen vivir, de las autonomías sobre los cuerpos – territorios en desear y decidir. En el marco de la investigación – acción participativa que realizamos como equipo, entendemos que los aportes feministas nos llevan a concebir a la pedagogía desde un lugar que puede ayudar a interrogar (nos), a dudar, a preguntar (nos), a co -crear y construir, desde espacios donde se habilita la risas, el deseo, el enojo y la tristeza. Proponemos como herramientas nodales el diálogo, el construccionismo, la interculturalidad y las narrativas como perspectivas que permiten hacer de nuestras prácticas, practicas fundadas, reflexivas y situadas. Entendemos las prácticas de construcción colectiva de conocimientos con una perspectiva feminista, como prácticas reflexivas con más preguntas y dudas que certezas, como indagación, análisis, recuperación de experiencias y cimentación de nuevos saberes y prácticas en los territorios, que busca producir otros nuevos escenarios posibles con una polifonía de voces e historias y poder transformar realidades cotidianas en donde abundan las situaciones que impiden el ejercicio real de los derechos. Pensar y recuperar sentidos, prácticas vividas, cambios y construcción de conocimientos que convoquen a transformar y rechazar prácticas de subalternidad y exclusión. Nos sirve para hacer de nuestras prácticas, practicas reflexivas, críticas, cuestionadoras, irreverentes, indisciplinadas no solo en relación a los roles estereotipados de genero, sino para buscar claves para vivir en mundos mejores.
#224 |
PROCESOS DE GESTIÓN COMUNITARIA DEL AGUA PARA LA SOBERANÍA HÍDRICA EN ZONAS RURALES: Una Experiencia de Práctica Profesional.
Juan Carlos Torres Zuñiga
1
1 - Universidad de Antioquia.
Resumen:
Abordar el tema de los bienes ambientales comunes y la manera como estos son explotados se ha convertido en un tema que transversaliza todas las esferas de la sociedad y que concierne a todas y todos los seres humanos del mundo, Colombia no es la excepción, en este sentido, en los últimos años se ha venido acrecentando una problemática ambiental a nivel mundial, nacional y regional que dificulta en las comunidades hacer buen uso de un bien común fundamental como lo es el agua, esto sucede por diversos factores como contaminación de fuentes de agua, deforestación, explotación minera, megaproyectos de infraestructuras, ocupación de tierras, el cambio climático entre otros, ante esta problemática que se agudiza cada año se puede evidenciar que las zonas rurales del país son las más afectadas, por lo que las personas que hacen parte de estas comunidades son las presentan las mayores dificultades para el acceso y para la gestión sustentable del líquido vital. Es en este escenario es donde el trabajador social cumple un papel muy importante ya que para lograr en las comunidades rurales participación y sostenibilidad del sistema socio-ambiental, el Trabajo Social históricamente ha sido una profesión primordial ya que uno de sus principios fundamentales es ocuparse de la
cuestión social y desde este posicionamiento aportar a la sustentabilidad, se pude decir que la intervención profesional de Trabajo social en cuanto a la gestión comunitaria del agua en los últimos años ha estado estrechamente ligada en la importancia y pertinencia especialmente en materia de educación, difusión y enseñanza de hábitos y usos del líquido vital, desde una perspectiva amplia y a la vez profunda donde se debe iniciar por problematizar con los diversos actores donde se evidencie esta problemática cual es la importancia del cuidado de un bien común y vital como el agua. El Municipio de Necoclí, ubicado en la sub región del Urabá antioqueño al norte del país, tiene grandes dificultades para el acceso al agua potable por parte de la mayoría de sus habitantes sobre todo en las zonas rurales, siendo este uno de los retos más importantes para los gobiernos tanto departamentales como locales y la comunidad la gestión y manejo de este líquido vital. En este artículo se hará particular énfasis en la importancia del rol del trabajador social en la gestión comunitaria del agua en zonas rurales partiendo de la experiencia de una práctica profesional a través de un proyecto ejecutado por la Universidad de Antioquia desde la facultad de ciencias Sociales y Humanas y la Fundación Luker en las comunidades rurales de Alto Carito, Buenos Aires, Limoncito y Caribia del municipio de Necoclí – Antioquia, en este se menciona principalmente cuales son las perspectivas de intervención del Trabajo Social frente a esta problemática ambiental entendiendo que el Trabajo Social no es una profesión ajena a las realidades humanas, por el contrario desde esta profesión se realizan abordajes respetuosos de las condiciones en las que viven cualquier individuo, comunidad o grupo.Para el Trabajo Social en la gestión comunitaria del agua resulta necesario aprender y desaprender desde las vivencias de las comunidades en las cuales se interviene, partiendo de la comprensión de sus realidades sociales y experiencias significativas presentadas dentro de ese entorno, siguiendo con esta línea, en este artículo se señala principalmente que las intervenciones profesionales del trabajador social en los proyectos de gestión comunitaria del agua están orientadas a los procesos metodológico, diagnóstico, planeación, ejecución y evaluación, además de esto, se mencionará la importancia del fortalecimiento a las organizaciones comunitarias como una estrategia fundamental con el fin de identificar y fortalecer conocimientos y capacidades de las comunidades rurales que permitan construir propuestas para una gestión comunitaria en clave de co-gestión, co-gobierno y la soberanía hídrica. Por lo anterior, se plantea que el esfuerzo del Trabajador Social en los procesos de gestión comunitaria del agua debe estar enfocado desde el modelo socioeducativo que posibilite fortalecer en los individuos, grupos o comunidades, aptitudes y potenciales propios que permitan implementar la gestión comunitaria del agua desde sus propias realidades y necesidades sentidas, siendo el Trabajador Social un eje potenciador y educador, el cual suscita el respeto a la dignidad de las personas iniciando desde lo individual hasta lo colectivo, propiciando el respeto a la dignidad humana, desarrollo de la convivencia y formas democráticas de convivencias en sus comunidades rurales.Por último, se hace mención a la proyección de Trabajo Social en el escenario socio - ambiental y fundamentalmente en la gestión comunitaria del agua, puntualizando en que esta deberá estar enfocada en analizar los marcos interpretativos que posibiliten una explicación acertada de problemáticas emergentes, como la falta al acceso del agua en las comunidades rurales, para que de esta manera pueda haber una óptima forma de proceder en la disciplina, se deberá reconceptualizar el concepto que se tiene del agua como “recurso” toda vez que este le otorga una dimensión comercial-mercantil y por el contrario plantear el agua como un derecho humano fundamental y la necesidad de que todos tengamos un abastecimiento mínimo de agua diario en nuestros hogares para uso personal, alimentación e higiene y adaptarlo a las necesidades locales de agua de cada comunidad.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Ponencias presenciales
8. Investigación en Trabajo Social
#615 |
Título: MULTISECTORIALIDAD DE LA POLÍTICA PÚBLICA DE FAMILIA 2020-2021: UN ESTUDIO DE CASO EN LA REGIÓN PUNO
Vivian Rene Valderrama Zea
1
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Ysabel Hito Montaño
2
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Beatriz Vilma Mamani Maron
3
1 - Universidad Nacional del Altiplano.
2 - Universidad Nacional Del Altiplano UNAP PPUNO PERU.
3 - Universidad Nacional del Altiplano UNAP - PUNO/PERU.
Resumen:
El objetivo de esta investigación fue analizar el proceso del diseño e implementación de la política pública de familia 2020– 2021: Un estudio de caso en la Región Puno, desde el modelo multisectorial de la política pública de familia en Puno. Para el análisis se utilizó el enfoque teórico del ciclo de la política pública de Kindong y autores contemporáneos de estudios de familia y políticas públicas. En la metodología, se utilizó la revisión documental y entrevistas a los actores clave; la información fue procesada, sistematizada y analizadas en la relación de contexto nacional e institucional en el proceso del diseño de la política pública de familia. El estudio logro constatar múltiples dificultades en la definición de la agenda pública de familia, se han obviado las fases del proceso del diseño e implementación de la política y existen vacíos que han creado dificultades en la intervención multisectorial. El enfoque de familia no ha sido utilizado en su dimensión esperada, y la conclusión o hallazgo central en la tesis da cuenta de cómo las políticas de familia en la Región de Puno, se ha implementado en un contexto de crisis política donde se observa la ausencia de actores involucrados en la problemática de familia y el Estado en este periodo ha fortalecido la creación del MINDES como medio de visibilizar la problemática de familia. Pese a los esfuerzos del Estado y el haber venido desarrollando programas sociales, su intervención es sectorializada. Por lo que se evidencia una implementación fragmentaria de la Política de Familia y atañe solo a grupos sociales vulnerables, no a la familia como institución.
#616 |
Factores determinantes de la violencia física hacia la mujer en Perú 2015 a 2019
Katia Marleny Arpasi Chambi
1
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Patrycia Correa Charaja
1
1 - Universidad Nacional del altiplano.
Resumen:
La violencia es un problema que actualmente recibe más denuncias por parte del género femenino, siendo este el más vulnerable en el Perú, por lo que, la presente investigación tiene como objetivo determinar los diferentes factores que intervienen en la violencia física que ocurre en el Perú hacia la mujer. Se consideró un enfoque mixto, de tipo no experimental, donde para el análisis de datos se consideró la encuesta realizada por el Instituto Nacional de Estadística e Informática, ENDES usando el modelo datos de panel con efectos fijos, desde el año 2015 al 2019. Los resultados demuestran que la violencia hacia la mujer no está determinado por la edad ni el número de hijos que estas puedan tener en la familia, tampoco por el estado civil de la persona; por el contrario es explicado por el nivel de estudio en 0.1%, por si la pareja que consume bebidas alcohólicas en 2.6%,si el esposo se pone celoso en 1.26%, por la agresión verbal en 10.46% y por la agresión emocional en 22.24%. Las conclusiones nos permiten verificar que no todas las variables influyen en la variable dependiente y que existen diversos factores por la que se comete la violencia física, y que necesariamente deberían ser analizadas, además se logra obtener resultados tentativos que ayuden a la sociedad a identificar las razones por las que existe violencia física en el Perú.Palabras clave: violencia física; violencia doméstica; características sociales; efectos fijos.
#415 |
"La investigación como puente dorado en Trabajo Social: una experiencia de articulación entre espacios socio profesionales y un centro de investigación universitario - CIeCITS-[1]-, para la producción de conocimientos” [1] Centro de investigaci
Karina De Bella
1
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Maria de los Angeles Caviglia
2
1 - Universidad Nacional de Rosario.
2 - Poder Judicial Rosario- Santa Fe.
Resumen:
El presente trabajo pretende dar cuenta de un proceso de integración y de articulación entre espacios socio profesionales, en este caso la administración de justicia donde se desempeñan laboralmente trabajadoras sociales con el CIeCITS. En este sentido, el CIeCITS se constituye como dispositivo institucional y concreto para llevar adelante la tarea investigativa. En dicho centro la tarea se organiza a partir de los distintos campos de intervención del TS (salud, género, educación, infancias/familias, etc.). Específicamente dentro del campo Infancias/familias, se creó la línea de investigación en Trabajo Social Forense. Compartimos con Alicia González Saibene que no se trata de establecer jerarquías sino de diferenciar, por medio de su caracterización, la investigación social de la intervención social del TS, recuperando en ese acto el sentido y la trascendencia de su articulación. De este posicionamiento resulta la comprensión de la necesidad del TS de producir conocimientos mediados por la lógica investigativa, con el fin de inscribirnos en las ciencias sociales y teniendo como horizonte los planteos de nuestra nueva Ley Federal de Trabajo Social (Argentina-2014). En este contexto, formamos un equipo de trabajo con docentes investigadoras de TS y trabajadoras sociales con inserción profesional en el ámbito sociojurídico, específicamente en el campo de la justicia juvenil. El desafío de hacer converger las tareas de investigación y de inserción profesional en el campo de la justicia es enorme. Pero cabe señalar que, cuando nos preguntamos quien o quienes nos ofrecen estos espacios, no encontramos demasiadas respuestas. Ocurre en ocasiones que, los ámbitos académicos están pensados u orientados sólo para docentes o agentes con inserción universitaria y en otros casos, podría decirse que opera un distanciamiento, una barrera simbólica, invisible, pero no por ello, traspasable, en lo que usualmente ubica a “los académicos” y a los “prácticos”. Es decir, los que piensan, por un lado y los que hacen, por el otro. Si bien este debate, es recurrente, sólo cabe aquí su mención, mas no su desarrollo, en tanto el objetivo del presente es otro. Justamente, porque en los fundamentos de creación de dicho centro – CIeCITS- se enuncia la necesidad de vinculación del ámbito académico con los espacios socio profesionales del Trabajo Social, posibilitando entonces la incorporación de trabajadores sociales insertas en dichos espacios socio profesionales y docentes. La transformación de los problemas empíricos en problemas de investigación no es tarea sencilla, y el involucramiento en la construcción desde la lógica investigativa requiere de espacios institucionales que contribuyan a dichos procesos. En este sentido, el CIeCITS nos proporciona el ámbito de producción, capacitación y desarrollo de la tarea investigativa. Por ello saludamos la iniciativa de su creación y abonamos para su potenciación. Las presentes reflexiones surgen a partir del proyecto de investigación que se encuentra en curso, denominado “Justicia juvenil. Significados construidos por las y los jóvenes-adolescentes en relación con el proceso sociojurídico”, apoyado en el enfoque metodológico cualitativo y con una perspectiva sociojurídica. Como un posicionamiento válido y como punto de encuentro entre perspectivas y áreas científicas diversas, no solo en relaciones de intercambio, sino, como bien lo plantea Calvo-García (2010), en el establecimiento de relaciones de producción. Nos encontramos ahora en la fase de analizar las entrevistas, durante las que hemos podido reseñar algunos hallazgos, los cuales ratifican la pertinencia del proyecto y nos animan a desarrollarlo en su totalidad, produciendo en nosotras como equipo de investigación un plus de satisfacción en nuestro quehacer profesional cotidiano. Asimismo, un encuentro con nuestros propios decires y haceres naturalizados y rutinizados, que nos han angustiado, pero al mismo tiempo nos instaron a volver a pensar que y para qué hacemos profesionalmente, modificando desde nuestra forma de expresarnos hasta la búsqueda de espacios más amenos para la interlocución con los jóvenes-adolescentes. Fuimos comprendiendo que investigar conlleva a confrontarse con el propio sentir, hacer y pensar. Integrar estos tres aspectos no resulta sencillo, pero la investigación y la reflexividad como categoría son potentes en pos de dicha integración. Aquí la capacitación –mediante lecturas compartidas, asistencia a cursos, etc.– y la puesta en práctica del proyecto adquieren un sentido primordial. La posibilidad de conformar el equipo de investigación con docentes y trabajadoras sociales vinculadas al ámbito judicial, como mencionáramos, nos sitúa en el inicio y desarrollo de una experiencia de producción de conocimiento e investigación inédita. Asimismo, dicha posibilidad permite realizar un aporte a las políticas públicas en materia de justicia, desde un TS integrador, intersectorial e interdisciplinario. La perspectiva socio jurídica nos invita al desafío de lo transdisciplinar para ampliar las perspectivas del conocimiento, validando la pertinencia del enfoque cualitativo para recuperar las voces de las y los jóvenes-adolescentes y revisar las prácticas institucionales que vinculan al Trabajo Social con lo jurídico en un determinado orden sociohistórico. Decíamos al comienzo, la investigación como puente de oro, pero al finalizar este resumen, estamos en condiciones de decir, no sólo como puente sino como medio necesario e imprescindible para desarrollar, fortalecer al Trabajo Social en la polifonía de las ciencias sociales y en los espacios socio- profesionales. Profundos hallazgos vamos obteniendo, luego del análisis de las entrevistas semi estructuradas que han tenido como protagonistas a jóvenes-adolescentes transitando el proceso judicial, en relación con las intervenciones profesionales del Trabajo Social en el campo de la justicia juvenil y nos gustaría compartirlos a través del desarrollo completo del presente trabajo.
#431 |
Políticas sociales y tratamientos para el VIH SIDA en Río Gallegos. Un estudio sobre la adherencia de los sujetos.
Raquel Noemí Escobar
1
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Sergio Ramirez
1
1 - UNPA UARG.
Resumen:
Este trabajo responde al proyecto doctoral denominado “Los sujetos con vih en Río Gallegos: políticas sociales, tratamientos ARV y vida cotidiana. (1990-2015)”. A partir de lo planteado en la tesis de Doctorado el presente Proyecto de Investigación (PI) se propone abordar la problemática del vih/sida en la ciudad de Río Gallegos, (Santa CRUZ, Argentina) desde una perspectiva multifacética que permita la superación de la perspectiva médico-biologicista, incorporando así la importancia del concepto de tratamiento integral como una interacción entre la población y los efectores de salud en el que se aborda articuladamente las redes comunitarias, institucionales, donde lo social tiene una presencia imprescindible a la hora de plantear la adherencia al tratamiento[1]. Se centra en el análisis de datos estadísticos sobre la problemática, las políticas públicas sociales de atención y tratamiento, en cómo éstas inciden en la vida cotidiana de las Personas que Viven con VIH (PPVV), tendiendo al conocimiento en como reproducen su vida cotidiana. Para ello, y teniendo en cuenta que al hablar del proceso salud-enfermedad-atención nos posicionamos desde una mirada integral, se toma como eje al sujeto social y su contexto.El punto de partida es recuperar el proceso histórico del VIH/SIDA como una enfermedad que, desde su aparición, ha estado impregnada de fuertes y negativos imaginarios sociales que han llevado a sufrir situaciones de marginalidad, desafiliación, discriminación, no sólo en el ámbito social amplio, sino también en muchas ocasiones en el ámbito familiar de las PPVV.A través de visibilizar las políticas públicas sociales que históricamente se hicieron presentes y aquellas que se continúan generando e implementado desde el Estado, se pone en tensión los modos en que las agencias estatales categorizan, priorizan, asumen y ejecutan las políticas sobre la problemática.En este PI se plantea una metodología cualitativa desde una perspectiva plural, si bien se utilizan datos cuantitativos estos son insumos para el análisis en el orden cualitativo de las políticas sociales, la experiencia de los profesionales, los relatos de vida de las PPVV y descripciones etnográficas, son con las cuales se estudia y pone en relevancia a la vida cotidiana como una tópica necesaria que pone en tensión los modos de ver y sentir las necesidades de las PPVV con la satisfacción y metas alcanzadas por ellas. Sabemos que el VIH- SIDA no discrimina clase social, sexo, religión, edad, nivel de instrucción, ingreso económico, haciéndose necesario comprender la importancia de practicar acciones preventivas (uso de profilácticos, no compartir jeringas o elementos cortantes, amamantamiento cuidado, transmisión vertical), tendremos en cuenta que cada territorio tiene un contexto, una realidad diferente y específica con características propias que responden a diversas culturas, creencias, mitos; viéndose reflejadas en cómo se presenta la enfermedad.Es decir, el virus no discrimina clase social, sexo, religión, edad, nivel de instrucción, ingreso económico, para su desarrollo en el sistema inmunológico de las PPVV, pero sí estas variables se traducen en una mayor vulnerabilidad de estos sujetos sociales en la brecha social para acceder a las políticas públicas sociales. La política social en el campo de salud en nuestro país, Argentina, se ha caracterizado históricamente como una política universal, siendo la premisa el ingreso a la atención de salud de todas las personas que portan algún tipo de dolencia y esa misma practica la ha sostenido respecto a las personas con diagnóstico positivo para VIH; sin embargo es preciso entender y visibilizar que la discriminación y estigmatización social respecto al VIH están presente en el ámbito de las relaciones sociales, entender y visibilizar que no es lo mismo ser hombre, mujer, trans, ser empleado, desempleado, cuentapropista, no es lo mismo ser propietario, indigente, inquilino, no es lo mismo ser joven, adulto o adulto mayor, es entender y visibilizar que cada una de estas variables, la vivencia de la desafiliación generan en las PPVV mayores dificultades en el acceso a las políticas públicas sociales y es aquí donde el Estado deberá estar presente para a través de otras políticas que generen y brinden información, conocimiento, empatía se logre superar la discriminación y la estigmatización social. De lo hasta aquí desarrollado en este PI, a partir de la lectura de distintos trabajos e investigaciones recientes respecto al tema, y de las actividades realizadas: cuestionarios y entrevistas a PPVV, profesionales de la salud, e información a través de contactos informales; nos aproximamos a lo cotidiano de esta problemática. En la actualidad, la estigmatización y la discriminación siguen siendo el lado más vulnerable para que las PPVV puedan acceder a una adherencia al tratamiento, esto se recoge de las sensaciones, expresiones manifestadas por las personas entrevistadas cuando expresan la incomodidad, molestia, angustia, malestar al momento de retirar la medicación, sea por la ubicación en el efector de salud en el que se encuentra el lugar asignado para dicha entrega o por el color de la orden para retirar la medicación identificando inmediatamente que se trata de los ARV.Aquí es necesario cuestionar el modo en el que el Estado ha mantenido a través de sus políticas públicas y sociales un abismo entre el avance de la medicina - tecnología y el desarrollo de las cuestiones sociales que se presentan en las relaciones sociales de las PPVV. Como trabajadores sociales, no sólo es necesario interpelar al Estado sino también, nuestras prácticas en el campo de la salud pública. En este sentido es que sostenemos, recurriendo al autor Adelantado y otros autores, que la política social interfiere en la estructura social al proponer una determinada forma en su implementación, lo cual da como resultado que los sujetos sociales son quienes deben incorporar estos criterios a su vida cotidiana y no así la iniciativa del Estado. En este sentido interfiere en la forma de vida. [1] Siguiendo a Mario Testa “… Se hace preciso entonces, adoptar una concepción integral: no dejar de concebir siempre a la salud desde políticas universales dirigidas al conjunto de la población, creando estructuras comunicativas que devuelvan al pueblo las herramientas científicas necesarias para su liberación...”
#446 |
A crise da reprodução social diante da totalidade do capitalismo: cabo de guerra entre produção de lucro e reprodução da vida
Clara Gomide Saraiva
1
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
Este trabalho parte por compreender a crise da reprodução social a partir da unidade indivisível, ainda que contraditória, entre produção e reprodução social diante da totalidade do capitalismo. Argumento que compreender e destrinchar tal fenômeno nos auxilia tanto a desvendar as atuais condições de vida e trabalho da classe trabalhadora, como também perceber uma dinâmica estrutural de funcionamento do próprio modo de produção. O sistema capitalista enfrenta, atualmente, crises estruturais em todos os terrenos: econômico, ecológico, político e reprodutivo-social. A recente pandemia de covid-19, combinada com décadas de neoliberalismo, desnudaram esta situação como nunca antes na história. É inegável que a crise aberta em 2008 aprofundou esse processo, mas também é certo afirmar que há uma relação estrutural na própria lógica de funcionamento do capitalismo que depende, e produz, uma contradição imanente. Neste texto, defendo que o fenômeno de crise da reprodução social merece um destaque para compreender os tempos em que vivemos, mas também as tensões que atravessam, desde a consolidação da hegemonia capitalista mundial, a situação da classe trabalhadora e as condições para a sua reprodução. É verdade que não seria possível compreender a situação de crise social, ou crise da reprodução social, que passam trabalhadoras e suas famílias em todo o planeta, sem a articulação necessária com sua dimensão econômica, política e ecológica. Assim como seria impossível compreender as demais relegando a segundo plano as condições para a reprodução social. Tais processos se retroalimentam, e se apresentam na realidade como uma unidade. Inclusive em uma combinação desigual, porém complementar, entre os países do centro e da periferia do capitalismo. Um aspecto é determinado pelo outro, assim como o determina, em uma totalidade dialética e estruturada. Exemplos atuais não faltam para ilustrar esse quadro: índices crescentes de desemprego; inflação galopante e carestia levando ao aumento da fome e da pobreza;
uberização do trabalho e aumento exponencial do emprego informal; desmonte de políticas sociais e perda de direitos; precarização de serviços públicos, ampliando a privatização e as parcerias público-privadas; disseminação de feminicídios, violência doméstica; encarceramento e genocídio da população negra; mudanças climáticas e catástrofes naturais recorrentes, resultando em uma multiplicação dos refugiados e desabrigados; e um longo etc.. A cada retrocesso em termos econômicos, trabalhistas, ecológicos, sociais, etc., há um impacto na sobrecarga de trabalho doméstico e de cuidado, e na precarização das condições para reprodução da vida das famílias trabalhadoras. As mulheres, além de todo o trabalho remunerado que fazem ao se inserir no mercado de trabalho, ainda dedicam gratuitamente mais que o dobro que os homens, em média, ao trabalho doméstico e de cuidados com crianças, idosos, e outros membros da família. Há alguns autores que já assumem a perda de fronteiras entre o trabalho pago e o trabalho não-pago, afirmando não haver mais uma dupla ou tripla jornada, para a mulher trabalhadora, mas uma jornada contínua. Esta mulher é espremida entre trabalhar, formal ou informalmente, para garantir uma remuneração que pague meios de subsistência, ao mesmo tempo que precisa se dedicar ao trabalho de reprodução social rotineira e geracional de seu núcleo familiar. A Teoria da Reprodução Social (TRS) busca explicar a reprodução social da força de trabalho como um momento da totalidade do capitalismo, permitindo identificar a base material da opressão de gênero, raça e sexualidade neste sistema. Nos auxilia a compreender, portanto, porque a crise da reprodução social não é apenas um sintoma do neoliberalismo e da crise capitalista pós-2008, mas guarda uma contradição estrutural com o próprio funcionamento do modo de produção. Na mesma medida em quem o capital precisa da reprodução social para renovar a força de trabalho e explorar os trabalhadores, o seu impulso ilimitado pela acumulação, pela valorização do valor, faz com que ele esprema o tempo e o corpo das/os trabalhadoras/es o máximo possível, degradando e limitando as condições de sua reprodução. Essa tendência é contradição imanente do sistema como um todo, que se desenvolve a partir deste cabo de guerra entre produção de lucro e reprodução da vida, em que a mulher trabalhadora, particularmente a mulher negra, está no centro. Portanto, neste texto, busco destrinchar a ideia de que a crise da reprodução social é estrutural ao capitalismo. Para isso, explicito como a reprodução social da força de trabalho é realizada nas diferentes esferas – pública, vinculada ao Estado; privada, vinculada ao capital; e dentro das unidades domésticas familiares – e quais são os processos que a determinam. Dentro disso, abordo mais detidamente sobre o trabalho doméstico, incluindo não só o processo de arrumação e limpeza da casa, preparação das refeições, lavagem das roupas, etc. Mas também o trabalho de cuidados, garantindo o conjunto da reprodução diária da força de trabalho ativa, assim como dos componentes da família trabalhadora que não estão trabalhando, como crianças, idosos, deficientes físicos, desempregados. Além disso, como esses processos se articulam com a renovação geracional da classe trabalhadora, não só a reprodução biológica em si, mas seu processo de socialização e disciplinamento em determinados valores e cultura, com toda a carga emocional e afetiva que vem acompanhada. Identifico de que forma o trabalho doméstico impacta na determinação de valor da força de trabalho, e como se relaciona com a unidade entre produção e reprodução social. Tais definições tem como objetivo estabelecer a relação contraditória entre produção e reprodução social. Assim, podemos perceber como o capital se beneficia deste trabalho gratuito para a sua reprodução ampliada e como, contraditoriamente, precisa limitar ao máximo possível seus processos, determinando uma diminuição daquilo que é garantido de forma pública e gratuita pelo Estado, capitalizando serviços e ampliando mercados. Concluo, portanto, que a crise da reprodução social é chave para compreender os processos atuais de degradação das condições de vida e as explosões sociais que vivemos no século XXI, mas também que demonstra uma tendência inerente ao próprio capitalismo diante da contradição de ser um sistema voltado à produção de lucro, mas que depende, para isso, do trabalho (e, portanto, da vida) de bilhões de mulheres e homens.
#450 |
La co-construcción de conocimiento como práctica para potenciar y visibilizar procesos de resistencia.
Paula Rodriguez Traiani
1
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Cynthia Terenzio
2
1 - FCH- PROIEPS-UNICEN.
2 - FCH-PROIEPS-UNICEN.
Resumen:
Desde el año en que nos constituimos como grupo de investigación PROIEPS[1] (2001) hasta la actualidad, hemos venido desarrollando y consolidando una práctica que articula la producción de conocimiento - a través de la investigación- con las necesidades reales de los sujetos sociales, posibilitando la construcción de espacios plurales y participativos, que contribuyan a la democratización de saberes y prácticas.Dicha práctica se enmarca en la extensión como una de las funciones sustantivas de la Educación Superior. Según el Plan Estratégico del CIN 2012-2015, la integración de la extensión con la docencia y la investigaciónforman parte de un modelo de universidad que caracteriza al sistema universitario nacional. La extensión -desde su dimensión académica, dialógica, pedagógica y transformadora- le confiere a la propia universidad la posibilidad de "mirar" de manera crítica y permanente sus propias prácticas académicas y repensar sus políticas institucionales (CIN 2012: 3).A su vez, “Esto posibilita que ella retome un papel relevante en la sociedad en cuanto al aporte para el desarrollo creativo, productivo y cultural” (CRES 2018:24)Aquí pretendemos resaltar el sentido ético político que esa práctica reviste, entendiendo que todo proceso de extensión universitaria debería aportar a la construcción de un conocimiento crítico, cuya concreción implica, en términos de Gramsci, un trabajo educativo - formativo que no debe limitarse al desarrollo de una práctica científica en abstracto (demostrando sólo su capacidad en el uso de herramientas teóricas y metodológicas). Sino que se construya sobre la base de lo real, planteando “la construcción de un conocimiento que no deje fuera, por su afán y precisión formales, regiones de la realidad significativas para la definición de prácticas de transformación” (Zemelman 2003:48). Esto nos coloca ante la tarea del conocer como una relación social y plantear que el conocimiento situado “es el que sale del lenguaje para ubicarse en una experiencia entre quien investiga y el otro” (Sosa Ruth 2020:10). En este sentido retomamos la noción de dialoguicidad de Freire, quien sostiene que “Ser dialógico es vivenciar el diálogo”. ”El diálogo es el encuentro amoroso de los hombres que, mediatizados por el mundo, lo “pronuncian”, esto es, lo transforman y, transformándolo, lo humanizan, para la humanización de todos” (Freire, 1984:46)Los límites del conocimiento convencional, eurocéntrico, normalizado, trazan límites a la acción, al conocer y al pensar, y a “la admisión del carácter innovador de las innumerables prácticas cotidianas con las que mujeres y hombres transforman su mundo y el mundo” (Vasilachis 2011:1) Entendemos que romper esos límites implica, en primer término, un compromiso ético en el proceso de investigación, que Vasilachis expresa como “hacer del reconocimiento de la común dignidad de la persona humana la opción prioritaria, preferencial, en la producción de conocimiento de las ciencias sociales. Como consecuencia, todo conocimiento acerca de esa persona adquiere un carácter subsidiario respecto del reconocimiento de su dignidad, y, asimismo, tal conocimiento es ontológicamente inválido si esa dignidad no es reconocida” (Vasilachis 2018: 55).El objetivo de la presente ponencia, que retoma algunos trabajos anteriores, es entonces, reconstruir lo que nosotros entendemos por perspectiva de co - construcción de conocimiento a la luz de las experiencias desarrolladas a partir de diferentes proyectos de Investigación y Extensión, como prácticas también de intervención social y política que involucran sujetos, proyectos, experiencias, estrategias y formas de hacer diversos, desarrolladas desde un enfoque dialógico, plural y participativo. En dichas prácticas se materializa la co-construcción en espacios, territorios, luchas y sujetos concretos. En ese recorrido pretendemos explicitar los fundamentos teóricos y ético políticos de nuestra “manera colectiva” de comprender las prácticas de extensión. Asimismo, permitirnos repensar o reflexionar sobre ¿cómo estas experiencias de encuentro, de comunicación, de conversaciones, de problematización, de compartir conocimientos son capaces de construir poder colectivo? [1] El PROIEPS es un espacio académico interdisciplinario de Investigación y Formación radicado en la Facultad de Ciencias Humanas de la Universidad Nacional del Centro de la Provincia de Buenos Aires (Argentina). Se constituye producto del interés de un grupo de docentes-investigadores de la Facultad de Ciencias Humanas, como ámbito de trabajo y discusión en relación a la problemática de la SOCIEDAD, el ESTADO, las POLÍTICAS SOCIALES, el TRABAJO Y LOS/AS TRABAJADORES/AS. Convoca docentes-investigadores, graduados, estudiantes y trabajadores/as en general. Desarrolla Investigaciones, tanto en un nivel teórico, como en un nivel de situaciones históricas concretas involucradas en el amplio campo de la cuestión social, estableciendo un diálogo fecundo con el conjunto de las Ciencias Sociales, desde la perspectiva de la teoría crítica. El programa de investigación se inscribe en una orientación analítica totalizante de la dinámica social, posibilitando comprender al mismo tiempo las peculiaridades específicas de los fenómenos tratados. En tal sentido, las líneas de trabajo que se desarrollan convergen en torno a problemas que se dirigen a investigar los complejos procesos de producción/reproducción de la sociedad. Los problemas definidos se abordan desde una perspectiva que pretende considerar el complejo entramado entre las dimensiones económico-sociales, políticas y culturales que los explican. Lleva adelante un trabajo de investigación que no es solamente una tarea erudita del conocer y nada más, sino que asume una perspectiva teórica crítica. En este sentido, la elaboración y el llevar a la práctica la noción de co-construcción de conocimiento resulta un accionar con un contenido particularmente innovador, sobre todo para una tarea que se centra en la Universidad, de la cual forman parte la totalidad de los investigadores del grupo. La construcción conjunta de conocimiento significa reconocer la existencia de distintos saberes sociales, y el reconocimiento de un estatus válido para esos conocimientos que fluyen por vías que no son –o no son sólo- las acostumbradas a contemplar como válidas por el mundo académico. Esta perspectiva implica considerar la dimensión política que tiene la construcción de conocimiento. Compartido de http://proieps.fch.unicen.edu.ar/
#462 |
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E SERVIÇO SOCIAL: REFLEXÕES A PARTIR DE UM PERIÓDICO DA ÁREA
DIEGO TABOSA DA SILVA
1
;
NOÊMIA DE FÁTIMA SILVA LOPES
1
;
WESLEY HELKER FELICIO SILVA
1
1 - UNIMONTES.
Resumen:
O presente estudo tem como objetivo apresentar um resgate histórico e um balanço da produção de conhecimento publicada em um periódico científico brasileiro, na área do serviço social. Temos como premissa que a produção do conhecimento no serviço social brasileiro ganhou destaque e importância principalmente a partir dos anos de 1970, quando a profissão, no país, passa por significativas transformações motivadas pelo processo de renovação com forte influência do Movimento de Reconceituação que a profissão construía em toda a América Latina. As produções científicas da profissão no Brasil com o passar do anos, e impulsionadas pela abertura de cursos de pós-graduação, se avolumam e qualificam, reverberando no desenvolvimento de debates e discussões sobre diversos temas com grande relevância social. Como diz Sposati (2007) “A produção de teses e dissertações exigia o componente da pesquisa inovadora e, por consequência, exigia dos pós-graduados o aprofundamento teórico". Parte-se ainda do entendimento de que há uma relação intrínseca entre o projeto profissional do serviço social brasileiro e a produção do conhecimento, ou seja, “a articulação da produção de conhecimento ao movimento do real, com a apreensão crítica do sistema de dominação-exploração, exige a apreensão de elementos constitutivos do projeto ético-político profissional” (Fortuna e Guedes, 2020, p. 29). Como sabemos, principalmente nos últimos anos, o conhecimento científico no Brasil enfrenta dificuldades de diferentes ordens, seja no pela falta de investimento, pela precarização das instituições de ensino e pesquisas, ou ainda, pelo avanço conservador que difunde um discurso que nega a ciência e propaga desinformação de modo generalizada, um projeto de sociedade acrítica e que desvaloriza determinadas profissões, áreas do saber e correntes teóricas. Mesmo diante de tantos desafios, compreende-se que no Brasil, as produções científicas resistem, e na área do Serviço Social isto não é diferente, apesar dos dilemas, contamos com uma vasta produção de conhecimento, que vem sendo publicizada pelos periódicos. Isto possibilita a elaboração de redes de pesquisas e reflexões críticas acerca da realidade social. Na esteira das reflexões acerca da produção e difusão do conhecimento na área do serviço social, este trabalho apresenta os resultados do levantamento da produção publicada em um periódico científico, vinculado a um curso de graduação em Serviço Social. Tal periódico, de publicação semestral, tem circulação gratuita e livre acesso, está hospedado no Portal de Periódicos de uma Universidade Estadual, localizada na região sudeste do Brasil. Este levantamento tem como objetivo identificar as principais características dos artigos e textos publicados de janeiro de 2017 até junho de 2022, ou seja, intenta-se apresentar um balanço da produção científica e as tendências de debates que permearam este período. O levantamento foi realizado por meio de consulta à página oficial da revista, utilizando-se de instrumentos de coleta e sistematização dos dados. Uma primeira consideração a ser feita é que os textos publicados podem ser agrupados de acordo com as sessões da revista, tem-se portanto produções que se vinculam à sessão de artigos temáticos; sessão de artigos livres; sessão de relatos de experiências; sessão de resumos e sessão de resenhas. Os dados preliminares deste levantamento apontam que no período destacado foram publicadas onze edições da revista e dois números especiais. Para efeito de pesquisa tomaremos como base os números regulares, ou seja, as edições vinculadas aos seis volumes publicados entre 2017 e 2022. Conforme consta na página da revista foram publicados no total cento e cinquenta e oito textos, de autoras de diferentes localidades do Brasil, além de textos produzidos por pesquisadoras/es da Argentina e de Portugal. De acordo com a investigação realizada, 47% dos textos publicados, vinculam-se ao tema do número. É importante destacar que o periódico apresenta um edital para submissão de artigos a cada novo número, neste, é indicado um eixo central, o que no momento da publicação da revista constitui a sessão de artigos temáticos, dentre os assuntos que foram tratados ao longo do período pesquisado destacam-se três bloco: i) Reflexões acerca da formação profissional em serviço social: a história da profissão, os valores e princípios que éticos que orientam a profissão e a supervisão de estágio em serviço social; ii) Estado, Políticas Sociais, Capitalismo e as relações de opressão e exploração que engendram a luta de classes; e iii) As transformações promovidas pela Pandemia da COVID-19 no trabalho e na formação profissional. No que diz respeito aos textos publicados na sessão de artigos livres, consta cinquenta e seis publicações, o que equivale à 35% dos textos. Ainda contamos com doze textos, (8%), no formato de relato de experiências, quatorze publicações (9%) que apresentam resumos de trabalhos de conclusão de curso e duas resenhas (1%). Estes números, quando melhor explorados, apontam para uma grande quantidade de pesquisadoras/es, instituições e entidades, interessadas na produção e difusão do conhecimento. Os textos publicados nos periódicos da área, individualmente trazem importantes reflexões e análise sobre os mais diversos temas, mas como vimos a partir de nossa pesquisa, ao serem tratados conjuntamente, estes textos são importantes dados sobre astendências da produção científica do serviço social, bem como, o perfil das/os pesquisadoras no que diz respeito à formação, inserção profissional, localização geográfica entre outros. Deste modo, acreditamos que os dados desta pesquisa, a partir do periódico vinculado ao curso de graduação de uma Universidade pública brasileira, pode iniciar alguns debates acerca da produção, publicação e divulgação do conhecimento crítico e qualificado no serviço social”, que como dizem Fortuna e Guedes (2020) “deve estar, portanto, comprometida com o movimento do real e com as necessidades concretas dos sujeitos sociais em seu cotidiano, pois só é possível transformar aquiloque se conhece”.
#476 |
Trabajo social con familias desde las dimensiones de la intervención profesional. Primeros resultados y reflexiones del proceso de investigación.
María Luz Bruno
1
;
Federico Julián Simonte Uz
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires.
Resumen:
En esta ponencia nos proponemos compartir los resultados de las indagaciones realizadas en el marco del Proyecto Ubacyt 19/21 “Trabajo Social con familias. Intercambios y debates en torno a las dimensiones de la intervención profesional” en la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires. Pretendemos componer un cuadro de situación que contribuya a aproximaciones sucesivas al “objeto” de conocimiento (las intervenciones profesionales con familias), y a la vez plantear interrogantes que promuevan la reflexión del equipo y las/os colegas que intervienen en situaciones familiares de diverso corte y en diferentes contextos sociales e institucionales.El proyecto tiene por objetivo conocer y caracterizar las dimensiones que sustentan los procesos de intervención de las/los trabajadoras/es sociales en el abordaje con familias; como así también indagar respecto al nivel de explicitación, de reflexión consciente y deliberada en torno a dichas dimensiones de la intervención.Tomamos, como punto de partida, a Travi (2004), quien plantea que las dimensiones de la intervención profesional se desagregan en la teórico epistemológica, la técnico instrumental-operativa y la ético política. La autora refiere que esta desagregación en dimensiones responde al proceso de conocimiento necesario para llevar adelante una profesión de sesgo interventivo y transformador.Por otra parte, en el intento de pensar las dimensiones de la intervención profesional en el campo de las familias, se observa una diversidad de enfoques teóricos que la definen, y una variedad de perspectivas de abordaje. Múltiples perspectivas y enfoques que, de utilizarse pueden utilizarse sin los necesarios espacios de reflexión, lo que pueden incidir en la aplicación acrítica de modelos de abordaje. Pensando la intervención con familias desde el Trabajo Social, buscamos generar una instancia de reflexión respecto de sus marcos teóricos, de las técnicas e instrumentos a las que se recurre, e incluso respecto de los fundamentos ético políticos que la sostienen. Es nuestra intención conocer y reflexionar en torno a las diferentes propuestas teórico epistemológicas, técnico instrumentales y ético políticas que conviven en nuestro campo disciplinar, en las/los colegas que intervienen con familias. Para ello, además del trabajo de indagación bibliográfica y de entrevistas con expertos, se implementó una estrategia metodológica mixta que incluyó la administración de un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas a 123 (ciento veintitrés) profesionales del Trabajo Social que intervienen con familias en diferentes campos de abordaje, tanto en la ciudad de Buenos Aires como en el conurbano bonaerense, como así también se realizaron 8 (ocho) entrevistas grupales a 40 (cuarenta) profesionales que habían respondido la encuesta a partir de una selección de esas/os profesionales, seleccionados en forma azarosa, en virtud de su disponibilidad para la participación. El Trabajo Social se caracteriza por registrar, al interior de su campo disciplinar, un conjunto de reflexiones no siempre resueltas, que motorizan la investigación y la búsqueda de respuestas en pos de interpelar y enriquecer el cuerpo profesional (Hermida, 2017). Coincidimos con la autora en afirmar que persisten discusiones no abordadas en profundidad, que invitan a un trabajo reflexivo en torno a preguntas claves para nuestra disciplina.Tal es el caso si pensamos en los procesos metodológicos de la intervención profesional, en los criterios de abordajes, en las dimensiones de la intervención profesional, en los enlaces que se establecen entre las prácticas y los marcos referenciales.Nos interesa abordar estas cuestiones, con foco en las dimensiones de la intervención profesional: nos preguntamos cuáles son las inscripciones teórico metodológicas que sustentan las intervenciones profesionales y cómo se plasman en el ejercicio concreto de la práctica, en relación con la dimensión ético política.La investigación buscó conocer las perspectivas que las personas encuestadas tenían en torno a la intervención del Trabajo Social: cómo la definían; a fin de poder identificar el lugar atribuido a las mencionadas dimensiones en las definiciones brindadas.En la ponencia pretendemos recuperar las primeras reflexiones que han surgido en el equipo de investigación luego de sistematizar y analizar los resultados de las encuestas y entrevistas realizadas al conjunto de profesionales consultados.Los resultados preliminares de nuestra investigación reafirman la impronta interventiva que caracteriza a nuestra disciplina. En este sentido, queremos valorar el peso que tiene la acción, la práctica profesional como elemento que “marca la cancha” a la hora de asumir perspectivas teóricas, cursar capacitaciones, leer textos. Detectamos que existe una preocupación por “nutrir la intervención” y enriquecerla.Consideramos pertinente destacar que todas/os nuestras/os entrevistadas/os se encuentran trabajando desde una institución, y en su mayoría desde una institución estatal.Entendemos que es a través de las instituciones que se materializan las políticas sociales y aquellas se constituyen en el ámbito central de desarrollo de la práctica profesional del Trabajo Social. Por tal motivo nos preguntamos si lo institucional no debiera acompañar cualquier reflexión en torno a la intervención profesional, como una de las dimensiones que participa para poder comprender y analizar la misma.Además de presentar los mencionados avances, nos interesa dejar planteados interrogantes, reflexiones que se nos vienen presentando a lo largo de este proceso investigativo.
FCS - L3
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Panel presencial
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#409 |
Cuando el trabajo no alcanza: pobreza, mercado laboral y transferencias de ingreso
Raquel Raichelis
1
;
Silvia Fernández Soto
2
;
Laura Vecinday
3
1 - Pontificia Universidad Católica de San Pablo.
2 - UNIVERSIDAD NACIONAL DEL CENTRO DE LA PCIA.DE BS.AS. / FACULTAD DE CIENCIAS HUMANAS / PROGRAMA DE INVESTIGACION Y ESTUDIOS SOBRE POLITICA Y SOCIEDAD.
3 - Departamento de Trabajo Social, Facultad de Ciencias Sociales, Udelar.
Propuesta del Panel:
El panel reúne un conjunto de trabajos desarrollados en el marco del proyecto sobre “Programas de transferencia monetaria focalizados y de renta básica universal en el contexto de la pandemia y la pospandemia de Covid 19: acompañamiento y análisis de la realidad en América Latina y el Caribe”, coordinado por la Prof. Dra. Maria Ozanira da Silva e Silva y financiado por el Consejo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico (CNPq) de Brasil. Su objetivo es capturar, sistematizar y divulgar la dinámica histórica y reciente de los programas de transferencia monetaria en un contexto muy particular marcado por la irrupción de la pandemia y la adopción de este mecanismo para responder a la intensificación de la desigualdad, la pobreza, el desempleo, el trabajo y la pérdida de ingresos. Las transformaciones experimentadas por el sistema capitalista en su actual estadio de desarrollo y las medidas más recientes a partir de la irrupción del Covid 19 deben ser integradas al análisis del lugar y el papel de los Programas de Transferencia de Renta Focalizados y de Renta Básica Universal en los Sistemas de Protección Social de la región y sus reconfiguraciones, sobre todo a partir de la Pandemia.Bajo ese encuadre, el panel se propone ofrecer subsidios para comprender la estrecha relación entre las transformaciones del mundo del trabajo y las respuestas de política pública en materia asistencial y sociolaboral para atender la pobreza de ingresos. Si bien las nuevas formas de organizar el trabajo y la producción capitalistas han proliferado en el marco de un ininterrumpido proceso de reestructuración productiva cuyo origen se remonta a los años 70 del siglo XX, en los últimos 20 años las condiciones de vida y de trabajo fueron profundamente alteradas por estas dinámicas que también desestabilizaron los esquemas de protección colectivos que, con mayor o menor alcance y calidad, se extendieron sobre todo en el cono sur de América Latina. En este sentido, el Panel constituye una buena oportunidad para, colectivamente, volver a jerarquizar la centralidad de la intervención social del Estado para regular las condiciones de reproducción de la fuerza de trabajo, sobre todo mediante la política laboral, la provisión de bienes y servicios y la seguridad social, y también mediante la coerción que, entendida como una forma extrema de regulación, constituye un instrumento dentro del repertorio de intervenciones posibles del Estado (Cortés y Marshall, 1991). En otras palabras, el panel invita a interrogar a las políticas públicas desde la perspectiva que las comprende como formas de atención de los problemas de preservación de la fuerza de trabajo ocupada y excedentaria.La presentación de Raquel Raichelis se propone contribuir al análisis crítico de la nueva morfología del trabajo, las renovadas formas de sumisión del trabajo al capital y al poder institucional, las respuestas profesionales, así como las formas de resistencia individuales y colectivas. La pandemia intensificó la crisis del capital, tornó más visible las tendencias estructurales del mercado de trabajo. Tales procesos, que reciben distintas nominaciones (uberización, trabajo de plataformas), alteran el perfil de la clase trabajadora, incluyendo a los asistentes sociales como trabajadoras/es asalariadas/os, así como al proceso del trabajo profesional. Asimismo, estos procesos ganan un nuevo impulso con la mediación de las tecnologías de la información y la comunicación (TICs), que introducen nuevas formas de control y gerenciamiento del trabajo, creando relaciones de dependencia y subordinación en los diferentes espacios ocupacionales, afectando también el trabajo de asistentes sociales en las instituciones públicas y privadas.Silvia Fernández Soto analiza cómo la intensificación de la crisis y sus múltiples dimensiones en el contexto del COVID-19 pone a la luz los límites que asumen los esquemas de protección social reducidos a la pobreza y las propuestas institucionales construidas con antelación. La pandemia descubrió los déficits profundos en las coberturas de las prestaciones preexistentes, las inequidades históricas y la extensión y multiplicación de las desprotecciones en los procesos de agudización de las dimensiones de la crisis desplegada desde la década del setenta. En este proceso, el capital dinamiza los avances científicos-tecnológicos que impactan en el aumento de la productividad del trabajo, al mismo tiempo en la reducción del trabajo vivo; ampliándose en consecuencia la población excedente para las necesidades históricas de valorización del capital. En este contexto se observa la centralidad que adquieren en el desarrollo del siglo XXI las intervenciones estatales dirigidas hacia la pobreza, expandiendo e institucionalizando diversas formas de asistencia.Sobre la transformación del modelo socio asistencial frente a las alteraciones del mundo del trabajo trata la presentación de Laura Vecinday. Desde las últimas décadas del siglo XX, la expectativa de integración y protección mediante el empleo está siendo fuertemente interpelada. Reaparece la preocupación por la pobreza y su relación con el empleo, por los trabajadores pobres y por el desempleo de larga duración. A partir de estas transformaciones y a la luz del trabajo de Piven y Cloward (1993), en el que demostraron el carácter contracíclico de la política socio-asistencial en el capitalismo industrial - expandiéndose en momentos de crisis del mercado laboral y retrayéndose en períodos expansivos - la ponencia se propone comprender las condiciones sociohistóricas de la transformación de un modelo socio asistencial “tradicional o pasivo” en otro “moderno o activo” relativamente estable, es decir, no contracíclico, dirigido a un número creciente de trabajadores aptos para el trabajo. ReferenciasCortés, R. y Marshall, A. Estrategias económicas, intervención social del Estado y regulación de la fuerza de trabajo. Argentina 1890-1990.
Estudios del Trabajo, 1991 (1).Piven, F. y Cloward, R. (1993)
Regulating the poor. The functions of Public Welfare. Randon House, New York
#465 |
O trabalho em tempos de Indústria 4.0 no Brasil: consequências sociais e de saúde para a classe trabalhadora
Edvânia de Souza
1
;
Maria Liduina de Oliveira Silva
2
1 - FCHS, UNESP-Franca, SP.
2 - Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP-BS.
Resumen:
Esta proposta de investigação aborda a conjuntura atual de metamorfoses do mundo do trabalho no Brasil, aprofundada com a pandemia do novo coronavírus, COVID-19, que ao demandar medidas de isolamento social, extremamente necessárias para a contenção das contaminações, intensificou a crise do capital, especialmente, por meio do desemprego. Além disso, fomentou o trabalho por aplicativo e o teletrabalho, que não nascem com a pandemia da COVID -19, mas por ela intensificados.Assim, esse projeto discute a questão social no Brasil, considerando as inflexões provocadas pelas transformações tecnológicas, que integra a circulação de mercadorias e demandas por consumo, em tempo real, conduzidas pelas ferramentas computacionais e de internet avançadas, mediadas pela conexão virtual, desde a planta industrial até o consumidor, prevendo, inclusive a interação entre máquinas “inteligentes”, ou como indica Huws (2017), a ascensão do trabalho virtual em um mundo real, em tempos da formação do cibertariado. Esse processo é aprofundado pela crise sanitária da COVID-19.A 4 a Revolução Industrial (4 a RI) ou Indústria 4.0 é um movimento mundial d’Capital pelo aumento da produtividade e taxas de acumulação. Todavia, todo esse processo tem amplo impacto para a totalidade da vida social, que gera, entre outros, desemprego e novas formas de contratação, quase sempre como prestação de serviços, o que desresponsabiliza as empresas de maiores responsabilidades sociais e trabalhistas, reverberando em maior vulnerabilidade do tecido social. Além disso, exige dos Estados mudanças nas legislações sociais, do trabalho e ambientais.Assim, busca-se investigar as principais consequências sociais desse processo, a partir das problematizações: Como se configura o trabalho no contexto contemporâneo? Quais são os principais impactos para a saúde e segurança no e pelo trabalho? A pesquisa se baseia na análise bibliográfica e documental, a partir da dados em órgãos do governe e internacionais que dimensionem os níveis de emprego, de renda, características do trabalho por aplicativos, dados de subemprego e desemprego e de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. A pesquisa também busca se subsidiar na coleta de dados empíricos qualitativos, por meio de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores(as) que atuam na condição de prestadores de serviços on line/ off line, especialmente, de prestação de serviços para empresas de plataformas e de serviços de entrega, delivery e de compartilhamento de viagens, como principais formas de trabalho no atual momento. Espera-se discutir as principais mudanças do mundo do trabalho contemporâneo, no Brasil, com enfoque para as questões de saúde do\a(s) trabalhador\a(s), como expressões da questão social, considerando os diversos impactos que as atuais mudanças tecnológicas trazem para o trabalho e para a vida em sociedade.
14:00 - 16:00
Eje 7.
- Ponencias presenciales
7. Formación de posgrado
#070 |
Cuidado em aprendizagem: Breves tessituras sob o olhar do Serviço Social em Residência multiprofissional de Saúde Mental
Aline Pereira Almeida
1
;
Graziella Barbosa Barreiros
2
1 - Escola de Governo da Fundação Oswaldo Cruz - EGF/FIOCRUZ.
2 - Núcleo de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas - FIOCRUZ Brasília.
Resumen:
O presente Estudo versa sobre a experiência vivenciada no primeiro ano do Programade Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Álcool e outras Drogas -PRMSMAD da Escola de Governo da Fundação Oswaldo Cruz - EGF/Fiocruz Brasíliaa partir da proposta de formação em serviço, realizado em dois Centros de AtençãoPsicossocial II - CAPS II, localizados na Região Integrada de Desenvolvimento doDistrito Federal e Entorno - RIDE, nos estados do Distrito Federal e em Goiás, Brasil. Aprática de especialização na modalidade lato sensu possibilitou realizar breves tessiturassobre o fazer profissional do Serviço Social, partindo de um dispositivo de cuidadointitulado Núcleo de Intensificação do Cuidado e Aprendizagem - NICA, o qual foiproposto pelo referido programa de residência aos CAPS afim de implementar umatecnologia de cuidado e possibilitar ainda, um processo contínuo de aprendizagem. Suafinalidade consiste em ofertar a assistência multiprofissional sob a ótica da visãointerdisciplinar, alinhada junto aos preceitos da Rede de Atenção Psicossocial - RAPS,concomitante ao Movimento de Reforma Psiquiátrica brasileiro. Este dispositivo tevecomo precursor o Psicólogo Marcus Vinícius de Oliveira e a Assistente Social EduardaMotta os quais implantaram o Núcleo de Intensificação de Cuidados - NIC, enquantouma atividade do programa de extensão da Universidade Federal da Bahia - UFBA, noano de 2004. A proposta de trazer para o serviço do CAPS Álcool e Outras DrogasGregório de Matos, no Estado da Bahia, partiu da coordenadora Renata Pimentel. Naocasião, o NIC se consolidou enquanto processos formativos através da realização deestágios curriculares em ato, para estudantes de graduação, por meio deAcompanhamento Terapêutico - AT, para usuários mais graves, com dificuldades deentrar e permanecer nos serviços públicos, bem como, da RAPS. Sua construção nocotidiano, caminhando junto, presente em seu itinerário de vida, afim de construircoletivamente um projeto de cuidado a partir da realidade do usuário. No ano de 2017, aSocióloga Graziella Barreiros conheceu este projeto durante sua atuação no referidoCAPS AD. Posteriormente, apresentou ao Programa de Residência Multiprofissional daFiocruz Brasília em 2019, sendo implementado na primeira turma de residência,promovendo a inclusão do dispositivo ao acrescentar a proposta de aprendizagem emprática. Tal característica amplia a configuração inicial, por seu caráter de pactuaçãoentre usuário e equipe do serviço, durante o percurso de construção do ProjetoTerapêutico Singular, para o cuidado psicossocial, à luz das múltiplas determinações esingularidades de cada pessoa. Neste sentido, o princípio do cuidado em liberdade visaelencar um/uma profissional de referência do serviço para realizar um acompanhamentointensivo em conjunto com o/a residente, visando a reabilitação psicossocial, com ointuito de conhecer a vida da pessoa no território, suas potencialidades, fragilidades,subjetividades, objetividades, realizando pactuações junto aos CAPS, articulando emrede, projetando o cuidado em liberdade a partir do cotidiano, valorizando aspotencialidades enquanto recursos terapêuticos, primando pela garantia dos direitoshumanos, da equidade no acesso aos serviços, bem como garantindo a autonomia, aliberdade e o pleno exercício da cidadania, ao passo em que a pessoa é protagonista desua história. Sob a perspectiva multidisciplinar com o desafio da interdisciplinaridade eintersetorialidade, o NICA propicia uma relação direta entre residência, Sistema Únicode Saúde, frequentadores do serviço e território, que possibilita construir coletivamente, fazendo junto enão pelo outro. Proporciona ainda, espaço de educação permanente nos serviços dos CAPS, contribuindo para que as equipes possam elencar diversos aspectos sobre umcaso grave, visando a integralidade no cuidado. Assim, o profissional de referência éaquele quem estabelece vínculo com a pessoa, e elabora em conjunto com a pessoa emsofrimento, a reavaliação constante do Projeto Terapêutico o qual se configuradinamicamente no cotidiano. As discussões também perpassam no âmbito dassupervisões clínico institucionais de forma quinzenal. No que tange ao Serviço Socialenquanto profissão atuante no bojo das expressões da questão social, engendra umaparte deste processo que se fundamentam a partir dos determinantes sociais da saúde. Aatuação de profissionais residentes têm em sua base, a construção de vínculo,acompanhamento direto a usuários/as e seus familiares no território, promovemarticulação com a rede socioassistencial, atuando no território vivo firmando seucompromisso ético e político, diante de um projeto societário neoliberal o qual buscaalternativas de enfrentamento ao desmonte do Sistema Único de Saúde, bem como oSistema Único de Assistência Social - SUAS, no cenário da proteção social. Nestesentido, a contribuição do núcleo Serviço Social na atuação do NICA, parte deestratégias políticas em um contexto societário em que permite pensar, em conjunto nãosomente com usuários dos serviços de saúde, mas também suas famílias, o acesso àsaúde integral, proteção e participação social, educação, trabalho, alimentação, cultura,dentre outros, afim de contribuir para a autonomia e emancipação a partir da liberdadeenquanto categoria central na reabilitação psicossocial. A finalidade doacompanhamento terapêutico, intenta viabilizar a descentralização do serviço de saúdemental no cuidado compartilhado, inserido no território. Por meio da abordagemmultidimensional, analisados através de vivências sociais concretas, é possívelpromover, elaborar ações e construir espaços de intervenções a fim de incitar respostasàs complexidades que transcorrem na vida dos e das sujeitos/as.
#094 |
GÊNERO NAS PRODUÇÕES DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM SERVIÇO SOCIAL DA REGIÃO SUL DO BRASIL
CAMILA ROCHA DELMONICO
1
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SANDRA LOURENÇO DE ANDRADE FORTUNA
1
1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA.
Resumen:
Fruto de uma pesquisa bibliográfica este estudo objetivou compreender como gênero vem sendo trabalhado nas Dissertações de Mestrado e nas Teses de Doutorado dos Programas de Pós Graduação
stricto sensu em Serviço Social da região Sul do Brasil, que foram publicadas entre os anos de 2010 e 2018. Esta pesquisa se iniciou por meio da iniciação científica vinculada ao Grupo de Pesquisa sobre Violência de Gênero/Programa de Pós- Graduação em Serviço Social e Política Social do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL), coordenado pela Profa. Dra. Sandra Lourenço de Andrade Fortuna. Neste estudo partiu-se da apreensão de gênero com base na ordem patriarcal situada no sistema de dominação-exploração classista e no racismo estrutural. A autora Heleieth Saffioti (1987) expõe a importância de situar o patriarcado nos estudos de gênero para a identificação do vetor de violência, uma vez que o patriarcado constitui-se enquanto um sistema masculino de opressão às mulheres que ocasiona a “hierarquização entre os sexos e a contradição de seus interesses” (Hartmann, apud HELEIETH SAFFIOTI, 2004, p. 104). Uma das formas de perpetração do patriarcado é a violência perpetrada contra as mulheres pelo fato de serem mulheres. Os índices demonstram e comprovam esta fatídica realidade, uma vez que no Brasil a cada 7.2 segundos uma mulher sofre violência doméstica e a cada 1.4 segundos uma mulher sofre assédio sexual (INSTITUTO MARIA DA PENHA,2019). Os dados até aqui apresentados indicam o caráter endêmico da violência de gênero (HELEIETH SAFFIOTI, 1994), e a necessidade em debater esta temática em todos os espaços, visando fomentar o diálogo e a construção do saber em torno da luta contra a descriminalização da mulher e da superação do modo de produção vigente. Nesta senda, para a realização desta pesquisa, localizada no campo das produções delimitadas anteriormente, fez-se necessário elencar três objetivos específicos, que foram: mapeamento das Dissertações de Mestrado e nas Teses de Doutorado dos Programas eleitos neste estudo, identificar como a categoria gênero vem sendo discutida na referida produção acadêmica e levantar categorias de análise utilizadas nos estudos em foco sobre gênero. Esta pesquisa foi realizada através de um estudo bibliográfico a partir das Dissertações de Mestrado e das Teses de Doutorado que foram disponibilizadas pelas referidas bibliotecas online das respectivas Universidades que ofertam os Programas elegidos. Nesta perspectiva, observou-se a necessidade de elencar descritores para nortear a pesquisa em suas diversas fases, tanto na fase de coleta de dados quanto na tabulação destes, desta forma, os seguintes descritores foram utilizados: gênero, violência contra as mulheres, feminismo, patriarcado, machismo, mulheres, relações sociais de sexo, aborto, masculinidades, feminicídio e divisão sexual do trabalho. Após esta pesquisa bibliográfica, foi indispensável a criação de um instrumento de coleta de dados para realizar a tabulação com as informações relevantes, tais como: ano de publicação dos trabalhos, título da obra, Universidade correspondente, região, descritores encontrados, data de acesso e observações relevantes. É imprescindível relatar que esta etapa realizou-se em três principais partes, a primeira com base nos títulos, a segunda a partir do resumo da obra e por fim com base no trabalho como um todo. Neste estudo, foi importante elencar categorias de análise como sistema de exploração/dominação, ordem patriarcal de gênero e violência. Nesta seara, a fundamentação teórica foi embasada, majoritariamente, nas autoras Heleieth Saffioti e Mirla Cisne para a definição dos conceitos relevantes para esta obra. Por fim, aos resultados obtidos na pesquisa aqui descrita, margeiam duas linhas: uma em relação ao mapeamento dos trabalhos eleitos e outra, principal, em relação à compreensão das categorias de análise empregadas nas referidas produções. Com base no relatório da CAPES (2017), na região sul do Brasil existem cinco Programas de Pós-Graduação, um que oferece somente Mestrado e quatro que oferecem ambas as modalidades de ensino, Mestrado e Doutorado, o que correspondem a 15% dos Programas existentes no Brasil. Com base nesses dados, os Programas são ofertados pelas respectivas Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), na UEL, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE), ressalva: a UNIOESTE não possui um sistema de livre acesso ao arsenal de trabalhos, no momento em que esta pesquisa foi concretizada. O mapeamento dos trabalhos eleitos neste estudo, demonstrou que entre os anos de 2010 e 2018 apenas 11 Dissertações, de um montante analisado de 453 trabalhos, apresentavam a perspectiva de gênero enquanto temática de pesquisa. Em relação às Teses de Doutorado, foram encontradas 119 Teses e duas destas trabalhavam na perspectiva de gênero. Foi possível elencar três principais categorias de análise nos trabalhos que abordam esta temática, são elas, Ordem Patriarcal de gênero e Divisão Sexual do Trabalho e Racismo. Em sua maioria, as Dissertações selecionadas abordam gênero relacionando-o com o modo de produção capitalista, especialmente no que tange a Divisão Sexual do Trabalho no interior do âmbito das relações sociais e com os desdobramento da Ordem Patriarcal de Gênero, em especial nas mazelas oriundas deste sistema de exploração-dominação para a vida das mulheres. No mais, 80% das Dissertações encontradas descrevem em suas Introduções que utilizam do referencial teórico de Karl Marx, utilizando as categorias totalidade, contradição e historicidade e 99% destas utilizaram a autora Heleieth Saffioti para complementar o referencial teórico. Ainda sobre as Dissertações 02% do total trabalharam gênero dentro do âmbito da saúde pública. Sobre as duas Teses de Doutorado elencadas, uma delas explana gênero dentro de três eixos, são eles: capitalismo, patriarcado e racismo utilizando autores marxistas e a Heleieth Saffioti como os principais referenciais teóricos. A segunda Tese selecionada não expõe com clareza a categoria gênero nem no resumo, nem na introdução e na conclusão do trabalho, pontuando de maneira geral a autora Jonh Scott como referencial teórico
#218 |
Trabajo Social Crítico: Una apuesta por la investigación social situada. El caso del programa de Doctorado de la Universidad Alberto Hurtado-Chile.
Natalia Hernández
1
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Camila Véliz
1
1 - Universidad Alberto Hurtado.
Resumen:
La sociedad actual se caracteriza por sus crecientes niveles de complejidad. Ésta se manifiesta entre otros aspectos en los acelerados procesos de transformación de las formas en que se organizan los sistemas de bienestar y/o protección social, particularmente en el contexto de extrema desigualdad que enfrentan regiones como la latinoamericana. Esto repercute en una creciente diversidad social asociada a la emergencia de nuevas necesidades, demandas y formas de exclusión social, de individuos, comunidades, territorios y movimientos sociales. En este contexto, los sistemas políticos, económicos y sociales presentan fracturas profundas de legitimidad y representación, lo que nos invitan a pensar transformaciones que abracen un horizonte político comprometido con una construcción que garantice y resguarde la Justicia Social. Existe una urgencia por construir propuestas comprensivas que se conjuguen con procesos de intervención fundados en una mirada crítica de este complejo y particular escenario regional y nacional. En este marco, las Ciencias Sociales tienen un rol protagónico en la revisión de los escenarios actuales, y en la elaboración de propuestas de comprensión y orientación de transformaciones consistentes. La disciplina de Trabajo Social tiene el desafío particular desde su rol, de comprender para transformar y orientar cambios desde sus vinculaciones en los macros y microespacios sociales. Oferta un prisma analítico que invita a pensar la relación entre las estructuras y los sujetos como movimientos constantes, los cuales requieren nuevas formas de establecer articulaciones en medio de escenarios que asumen las crisis como característica principal.El Doctorado en Trabajo Social de la Universidad Alberto Hurtado otorga un espacio para el desarrollo de propuestas comprensivas y de transformación social acordes a los complejos escenarios que vivimos. Entiende la idea de cambio como una articulación constante entre la investigación y la intervención, procurando que dichos movimientos sean de alta calidad. De esta manera, su sello está en el desarrollo de investigaciones situadas que iluminen posibilidades de cambios en los ámbitos y contextos a los que ellas se abocan. Si bien, dichos procesos de investigación serán abordados desde las posibilidades que la disciplina del Trabajo Social ha construido, se enfatiza en la construcción y abordaje de fenómenos sociales desde apuestas integrales. En este marco, se opta por una mirada que enfatiza en las discusiones y enfoques de un Trabajo Social Latinoamericano, articulado con saberes y enfoques que se desarrollan al alero de otras disciplinas de las ciencias sociales, situándolos en los escenarios particulares de los sujetos, actores, estructuras e instituciones de los territorios de la región. Desde ahí, que apostar por miradas comparadas latinoamericanas, posibilita comprender las relaciones e influencias internacionales en las decisiones locales y con ello densificar y diversificar los análisis de las políticas e intervenciones sociales orientadas a la transformación social y bienestar de las comunidades, particularmente de los grupos sociales más desfavorecidos. El programa propuesto también incorpora estos temas acentuando su foco en la articulación del Trabajo Social con procesos sociales emergentes, con las formas institucionales y políticas que se orientan a la provisión de bienestar y con la producción de subjetividades y de lo público. Adicionalmente, destaca el énfasis en las perspectivas latinoamericanas en torno a discusiones globales, a la vez que el foco puesto en enfoques de Trabajo Social Crítico. Esto resulta particularmente distintivo de nuestro programa, dado que Chile es el primer país en América Latina en contar con una Escuela de Trabajo Social a la vez que es un país pionero en la construcción histórica de modelos de política social y más recientemente de un modelo económico neoliberal y un tipo de estado subsidiario con grandes implicancias para la acción pública y las relaciones con la ciudadanía. Es por ello, que nuestro programa incorpora perspectivas de análisis de política social comparada muy relevante en un mundo globalizado donde las ideas de políticas y programas sociales se mueven rápidamente de un contexto a otro, y donde actores internacionales tienen una fuerte influencia en las acciones nacionales y locales. Todos estos aspectos, sumados a la apuesta por una formación integral e interdisciplinaria, tornan a este programa una alternativa atractiva tanto para estudiantes nacionales como internacionales.Se asume como punto de entrada la apuesta por un Trabajo Social Crítico. La denominación de lo crítico hace referencia a las posibilidades de de-construir y reconstruir los diversos aspectos teóricos, epistemológicos, políticos, entre otros, que confluyen en los procesos de transformación social, asumiendo las tensiones en una diversidad de lógicas. Desde aquí se orientan opciones de transformación que interpelan las construcciones que se elaboran entre sujetos, estructuras y viceversa (Muñoz, 2018). Una mirada que asume la crítica como espacio de definición, desarrolla como estrategia operativa el entrelazar artefactos, conceptos, posturas, lineamientos, entre otras, utilizados para construir los fenómenos sociales y los procesos de transformación en los contextos contemporáneos. Desde esta mirada se funda la articulación constante entre los movimientos de investigación e intervención, generando retroalimentaciones y saberes situados (Muñoz; Hernández; Véliz 2017).Plantear este programa desde el Trabajo Social Crítico dice relación con potenciar el intrínseco vínculo entre intervención e investigación, que permita revisar las construcciones históricas sobre el quehacer profesional e investigativo del Trabajo Social y sus campos de acción, cuestionando el rol tradicionalmente asignado, y permitiendo dibujar nuevas perspectivas profesionales y académicas (Muñoz, 2018, 2019; Hothersall, 2019). Dichas perspectivas se fortalecen al pensar la disciplina desde lo latinoamericano, ya que pone en su centro una apuesta de-colonial que brinda la posibilidad de resistir a los órdenes que se conjugan desde los multidominios que tensionan nuestras sociedades. Se hace referencia a las determinaciones que se han construido (y validado) desde pensamientos homogéneos, patriarcales, adultocéntricos, racistas, clasistas, entre otros. El vínculo entre una disciplina que apuesta por las transformaciones sociales y un movimiento epistémico que tensiona estos dominios, van aportando a la construcción de estrategias de intervención que resisten y dislocan, estas formas aprendidas de injusticia social (Hermida y Meschini, 2017; Hernández y Cazzaniga, 2019).
#534 |
Educação Antirracista e Residência Multiprofissional em Saúde: O que o Serviço Social tem a ver com isso?
LUCIANA COSTA
1
1 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Resumen:
Este artigo tem por objetivo discutir a urgência de uma formação antirracista, na Residência Multiprofissional em Saúde, campo de formação dos Assistentes Sociais. Em 2022 o Brasil completou 134 anos de abolição do sistema escravocrata e neste processo pós abolição a população negra segue denunciando o racismo estrutural e institucional. Em 2009 institui-se a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, que tem como um dos seus eixos centrais a busca pela equidade em saúde, para que a universalidade, um dos princípios do no Sistema Único de Saúde, seja alcançada. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, 70% da população atendida no Sistema Único de Saúde são negras ou pardas. O Código de Ética do Serviço Social ratifica a necessidade de uma formação continuada e de qualidade, contra todo tipo de opressão, a favor da equidade, entre outros. Dito isso, compreender as particularidades dos usuários da saúde e apropriar-se da política de saúde da população negra é formar profissionais em direção de uma nova ordem societária.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Panel presencial
8. Investigación en Trabajo Social
#124 |
‘Quanto vale ou é por quilo’? O custo do trabalho em debate
Elisonete Ribeiro
1
1 - PPGSS/ESS/UFRJ.
Resumen:
O presente ensaio procura abordar o ‘custo’ do trabalho a partir de estudo bibliográfico, partindo da contribuição dos clássicos da economia política (Smith, Ricardo e Marx) e autores contemporâneos, com vistas a contribuir para o debate ao contrariar o discurso oficial de que o trabalho é caro no Brasil. A Contrarreforma Trabalhista aprovada em 2017 foi aprovada sob essa justificativa e reiterou o papel ativo do Estado na eliminação de barreiras à expansão do capital, reafirmando o seu compromisso com a classe burguesa. Os resultados mais visíveis de toda a estratégia foram a permanência de elevadas taxas de desemprego, o aumento da precarização e da desproteção social. A consolidação do Neoliberalismo e os efeitos da reestruturação produtiva têm ocasionado a segmentação do mercado de trabalho e o enxugamento de quadros de pessoal a partir da incorporação de tecnologias que dispensam mão de obra humana, gerando, como consequência, a elevação do exército de reserva, com um desemprego que atinge índices preocupantes, inclusive entre os mais escolarizados, tanto nos países dependentes quanto naqueles mais desenvolvidos (MÉSZÁROS, 2006; 2011; 2015).Para refletir sobre o custo do trabalho e a sua relação com o desemprego na realidade brasileira na atualidade, partimos do pressuposto de que é enganoso o discurso que endossou a Contrarreforma Trabalhista implantada de 2017. A defesa da premissa de que o trabalho é caro no país serviu para legitimar a fissura ao já frágil sistema de proteção social, particularmente no campo laboral. O Brasil, inserido na dinâmica capitalista mundial na condição de país dependente, é tensionado a enfrentar os efeitos da crise estrutural, adotando medidas de ajuste conforme os interesses e necessidades do capital. Iamamoto (2015) afirma que o Estado interfere na gestão da crise e na competição intercapitalista. Os Estados são também estratégicos no estabelecimento de pactos comerciais, acordos de investimentos e proteção da produção interna, bem como na pesquisa e no desenvolvimento de novas tecnologias. Logo, pode-se afirmar que as crises cíclicas do Capitalismo não sobrevivem sem o apoio direto do Estado-Nação, que ora avança ora recua em prol dos interesses do capital. O Capitalismo monopolista exige uma política que lhe seja favorável. Logo, os Estados imperialistas são reestruturados e assumem funções muito específicas (de caráter monopolista: 1 – A refuncionalização do Estado viabiliza setorizar as respostas à Questão Social; 2 – Garante a infraestrutura necessária ao desenvolvimento das atividades monopolistas (transporte, comunicações, fontes energéticas, segurança pública) – reduzindo os riscos e gerando um ambiente seguro para o capitalismo fluir; 3 – Atua como planejador econômico e financeiro das atividades da economia capitalista monopolista, através da política monetária, fiscal, cambial, de juros e créditos (Ministério da Economia e Banco Central) - todas atividades favoráveis ao capital. Sabe-se que a grande exigência, ao nível da produção de mercadorias, é a redução de custos com a respectiva elevação das taxas de lucro. E o “fator trabalho” tem um grande peso para o fechamento dessa fatura (Iamamoto, 2015). O foco recai contra os trabalhadores, sua capacidade de organização e reação e as lutas sindicais, em paralelo ao corte de salários e direitos conquistados. A fim de reduzir o “custo da força de trabalho” ainda mais, as empresas conduzem um amplo enxugamento, obrigando a força de trabalho sobrevivente à polivalência, à terceirização, à precarização, transferindo, inclusive, os riscos do negócio e as despesas com os meios de trabalho. Na sociedade capitalista, o salário será sempre o mínimo necessário para viabilizar a subsistência e a reprodução do trabalhador – caso contrário, não há reposição da força de trabalho necessária ao funcionamento e perpetuação do sistema. Ou seja, há que se respeitar sempre a “Lei de Bronze” dos salários, segundo a qual os salários não podem ser rebaixados além de um mínimo necessário para a sobrevivência dos trabalhadores (NUNES, 2017). Iamamoto enfatiza que a reestruturação produtiva afeta radicalmente a organização dos processos de trabalho. Em suas palavras, “envolve a intensificação do trabalho e a ampliação da jornada, a redução dos postos de trabalho e a precarização das condições e dos direitos do trabalho. Reduz-se a demanda de trabalho vivo ante o trabalho passado incorporado nos meios de produção, com elevação da composição técnica e de valor do capital, ampliando o desemprego estrutural” (IAMAMOTO, 2015:144).Em toda parte, o interesse do grande capital é pagar aos trabalhadores o mínimo possível. E o Estado, com todo o aparato legal constituído, conduz a esse propósito. Nesse sentido, Nunes esclarece que há uma natureza de classe no Estado e “a relação de forças é claramente favorável aos empregadores capitalistas, que acabam por obrigar a outra parte a aceitar os seus próprios termos” (NUNES, 2017: 79). Sob alegação de que “se faz necessário reduzir os custos do fator trabalho” e que “o trabalho é caro no Brasil”, a contrarreforma trabalhista foi vigorosamente defendida pelo governo brasileiro - de Michel Temer (2016-2018) a Jair M. Bolsonaro (2018-atual), ganhando coro de empresários representantes do grande capital, sob o silêncio dos trabalhadores desmobilizados. Interessa-nos, nesse ensaio, refletir sobre o que há de real ou irreal por trás do “custo do trabalho” com vistas a compreender no que ele contribui ou não para a manutenção das altas taxas de desemprego, em particular na realidade brasileira. Para a exposição, o artigo encontra-se estruturado em cinco itens, de modo a melhor explicitar as reflexões desenvolvidas: 1 - Breve contextualização do mundo do trabalho na contemporaneidade; 2 - (Des)Empregabilidade na realidade brasileira; 3 - “Custos” não mensuráveis e invisíveis presentes nos ambientes de trabalho; 4 - “Custo” do trabalho: é caro para quem? A contribuição dos clássicos e 5 - Conclusão.
FCS - L4
14:00 - 16:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#241 |
POPULAÇÃO COM HIV E AIDS: CENÁRIO SOCIOEPIDEMIOLÓGICO EM UMA CAPITAL DO NORDESTE
Vania Santos
1
;
CLEVERTON ALVES DE SOUZA
1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE.
Resumen:
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), infecção ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), enquanto questão complexa de saúde pública mundial, é marcada por transformações, preconceitos, contradições e tensionamentos sociais em seu enfrentamento. Em tempos de ofensiva do capital, são observadas a adoção de estratégias que beneficiam os investimentos na política macroeconômica, com incursões nefastas na esfera do direito e nas políticas sociais. No caso brasileiro, esse cenário tem conformado tendências para a política de saúde que destoam dos princípios e diretrizes constitucionais, com reflexos nas respostas contra o vírus e nas medidas de controle da enfermidade através de inclinações que focaliza os recursos nas intervenções biomédicas, retira investimentos nas ações preventivas e desmobiliza as atividades desenvolvidas pela sociedade civil. Diante disso, esta investigação teve como objeto de estudo a população que vive com HIV e AIDS em uma capital no nordeste brasileiro no período de 2016 a 2020. O objetivo geral foi analisar a ocorrência da infecção ao HIV e os diagnósticos de AIDS no munícipio de Aracaju/SE, a partir de dados da Secretaria do Estado da Saúde (SES). Como objetivos específicos, foram definidos: 1) Caracterizar os aspectos sociodemográficos (escolaridade, sexo declarado ao nascer, faixa etária e o quesito raça/cor) das pessoas com HIV e dos indivíduos diagnosticados com AIDS; 2) Averiguar as formas de transmissão; 3) Identificar os casos de gestantes com HIV e AIDS; 4) Verificar os registros de HIV e AIDS por ano de diagnóstico e casos de óbitos. Ao desvelar a realidade deste segmento populacional, esta pesquisa trouxe para o debate elementos importantes que possibilitam refletir sobre essas mudanças em âmbito nacional e local, sempre em articulação entre contexto, realidade e os sujeitos. No que toca aos aspectos metodológicos, tratou-se de um estudo de caráter exploratório com abordagem qualitativa-quantitativa e análise a partir do método materialista histórico-dialético. Além de utilizar as pesquisas bibliográfica e documental. Constatou-se a ocorrência de 1073 casos de HIV na capital aracajuana, com predominância nos seguintes indicadores: 76,0% em homens e 24,0% mulheres; faixa etária de 20 a 34 anos (58,1%); negros (79,2%); ensino médio completo (30,5%); heterossexuais (43,9%) faz uso de drogas injetáveis (0,3%); residentes na zona urbana (97,5%); gestantes (4,7%) e o percentual de óbitos foi de 1,3%. Quanto à AIDS, verificou-se um total de 691 casos, com prevalência entre os : homens (78,1%); de 20 a 34 anos (42,4%); negras (85,0% );ensino médio completo (25,0%); heterossexuais (51,8%); usam drogas injetáveis (1,0%); moram na área urbana (97,6%); gestantes (1,0%) óbitos (12,9%). Chamou atenção o fato que, mesmo considerado o momento atípico provocado pela pandemia de COVID/19, em 2020 houve tênues declínio na maioria dos indicadores, inclusive nos registros de HIV e AIDS por ano diagnóstico, os quais,podem estar relacionados às medidas de isolamento social. Ainda que apresente singularidades, os resultados desta investigação coadunam com o pesquisa realizadas no país, especialmente quando se constata que na realidade aracajuana a população negra é mais atingida por óbitos decorrentes da AIDS (12,9%), especificamente os homens negros, entre 20 a 24 anos. Para além disso, identificou-se outra convergência dos achados neste estudo com o cenário nacional, já que na capital aracajuana também foram percebidas tendências de crescimento dos casos por ano diagnósticos e óbitos em idosos, denominado pela literatura especializada como envelhecimento da epidemia, o que demostra a magnitude dessa epidemia e expõe a necessidade de fortalecimento da rede de cuidado das pessoas infectadas, ampliando as abordagens e respostas no manejo ao vírus. Esses aspectos indicam que frente às novas formas como tem se dado os relacionamentos entre as pessoas, mediatizadas pelas tecnologias de informação e comunicação através de aplicativos de encontros, é provável que essa nova tendência epidemiológica, somada às novas formas como tem ocorrido as relações entre as pessoas e gerações, possam resultar em menor adesão as práticas preventivas ao HIV, desconhecimento da condição sorológica e aumento das possibilidades de relações sexuais desprotegidas. É importante ressaltar que a tendência de transmissão via heterossexual vem crescendo no país, com constante oscilação com a exposição homo/bissexual nos últimos anos. Destarte, ao evidenciar a predominância em via transmissão heterossexual na realidade aracajuana, espera-se que as análises busquem captar as imbricações que envolvem essa situação, cujas raízes remetem a questões estruturais das relações sociais forjadas na sociedade capitalista, as quais tem bases ideológicas e culturais alimentadas pelo patriarcalismo, heterossexismo e o racismo. Afinal, esse ambiente, de certo modo, expõe a faceta conservadora e moralizante que caracterizaram os momentos iniciais da AIDS, e que hodiernamente se manifesta na sorofobia, através do preconceito e estigma, a qual tende associar a suscetibilidade à infecção pelo HIV restrita a grupos específicos, dentre os quais os homossexuais. Nesse sentido, percebeu-se que a análise da epidemia de HIV/AIDS atravessa questões estruturantes da sociedade, sejam as desigualdades de classe, gênero, raça/etnia, fatores de ordem cultural, preconceitos, etc., o que permite afirmar que, embora essa infecção atinge a todos indistintamente, considera-se que há determinantes sociais em saúde que acentuam a vulnerabilidade dos grupos mais pauperizados (jovens, mulheres e negros). Releva-se, portanto, que a epidemia situa- se numa trama de bases concretas históricas que não devem ser descoladas das bases sociais, econômicas e políticas estruturantes do
modis operandis capitalista. Em face do exposto, fica evidente o quão complexa e multifacetada é a natureza dessa epidemia, o que demanda novas pesquisas que explorem nuances da temática, sob o prisma de contribuir para a defesa dos direitos, melhoria da rede de assistência às pessoas infectadas, elaboração de intervenções numa perspectiva ampliada de saúde e suscitar reflexões dos profissionais que lidam com esses sujeitos.
#252 |
O SUS NO CONTEXTO DE PANDEMIA E OS REBATIMENTOS PARA A CLASSE TRABALHADORA NO BRASIL
NATHÁLIA MOREIRA ALBINO
1
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ALINE CRISTINA DO PRADO MARÍNGOLO
1
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ANDREIA APARECIDA REIS DE CARVALHO LIPORONI
1
1 - UNESP.
Resumen:
Esse trabalho tem por objetivo apontar a experiência do sistema de proteção social brasileiro, com foco na política de saúde frente à pandemia da Covid 19. A situação da pandemia no Brasil assumiu proporções dramáticas para a classe trabalhadora e o ponto de partida para interpretar essa análise é o estágio atual do modo de produção capitalista. A destruição do capital articula crescentes níveis de exploração, precarização humana à destruição do meio ambiente. O seu desenvolvimento busca mobilizar interesses e instituições voltadas ao seu intento dominante em uma lógica totalmente destrutiva à humanidade. O coronavírus e sua incidência se desenvolvem em um contexto já delineado pela crise interminável do capital, aquilo que Antunes (2020) denominou de capitalismo “virótico” ou “capitalismo pandêmico”.O tempo atual é marcado por instabilidades e oscilações. As expressões da questão social são aprofundadas e metamorfoseadas revelando as consequências para as relações sociais no mundo do trabalho, com o desemprego estrutural, flexibilização, recessão, expropriação e o aumento alarmante das desigualdades sociais. Esse ataque devastador aos segmentos mais vulnerabilizados fica evidenciado pelo seu recorte de classe, raça e gênero. No Brasil, mesmo antes do golpe de 2016 já era possível visualizar o ambiente de desinvestimentos públicos e ajuste fiscal permanente. Posteriormente, o país adentra ao novo regime fiscal, principalmente com a Emenda Constitucional nº 95, mais conhecida como a PEC da “Morte” ou do “Fim do Mundo”, a qual congelou os gastos primários federais por 20 anos, em nome do ajuste fiscal (BEHRING, 2021)Neste mesmo período já estava consagrando uma enorme ofensiva sobre a classe trabalhadora a partir das contrarreformas trabalhista e previdenciária, além do suporte legal as terceirizações e precarizações do trabalho. No atual governo Bolsonaro/Mourão de extrema direita, ultraneoliberal e neofascista, têm-se um aprofundamento das contrarreformas nas políticas de Seguridade Social através da radicalização da política neoliberal e com a manutenção do ajuste fiscal pela EC 95/2016. Somado à intensa precarização das relações e condições de trabalho fez surgir mais de 100 milhões de pessoas ou quase 50% da população que se encontraram de uma hora para outra sem trabalho, sem nenhuma renda, sem benefícios assistenciais e sem condições de continuar buscando qualquer forma de atividade que garantisse uma mínima sobrevivência (BEHRING, 2021).A saúde pública foi a política que mais perdeu recursos com a EC nº 95, 9,9% entre 2016 e 2018, como destaca Boschetti e Teixeira (2019). Em 2019 manteve-se no mesmo patamar, e em 2020 teve uma pequena recomposição frente à crise sanitária (Siga Brasil, 2020). O Sistema Único de Saúde (SUS), que já vinha sofrendo com as privatizações e falta de recursos (o orçamento federal para a saúde já vinha desde 2015 congelado no valor de 1,7% do PIB, o que não foi revertido com a pequena recomposição feita pelo “orçamento de guerra” na saúde), colapsou frente às imensuráveis demandas da covid-19 (BOSCHETT, BEHRING, 2021). O Brasil tem sido reconhecido internacionalmente como um dos piores exemplos de ação política/governança no âmbito da crise sanitária provocada pela pandemia da COVID 19, aqui perpetua polarização política e negacionismo ampliados pelos discursos e práticas do presidente da república, o que representou dificuldades para adotar medidas efetivas de combate ao vírus. “As mortes por COVID-19, especialmente quando se dão nas favelas, nas periferias, nos municípios isolados, são contabilizadas em grandes números que viram grandes listas e que, do ponto de vista dessa coletividade blasé, perdem seu lastro humano. É a degradação de coisas em larga escala. E não choca mais (...) no final das contas, a classe trabalhadora, em especial a negra, vê os corpos de seus amores perdidos serem diluídos em números gigantes cada dia mais tolerados por uma coletividade dopada” (PEREIRA; PEREIRA-PEREIRA, 2021, p. 50).De forma explícita ou não, têm-se as chacinas contra negros e pobres, as contrarreformas trabalhista e da previdência, enxugamento e corte do auxílio emergencial para a classe trabalhadora, que nesse momento vivencia o cenário de desemprego, fome, preços exorbitantes dos alimentos, entre outros. Não fosse suficiente, o presidente seguiu desrespeitando as recomendações necessárias de proteção às pessoas na pandemia, promovendo manifestações públicas, passeios, atos de agressão a profissionais de saúde e jornalistas, avançando no seu projeto contra as liberdades democráticas no Brasil.Soma-se aos constantes ataques ao executivo federal, ao judiciário, ao poder legislativo e as disputas de apoio político no interior do governo, bem como a recusa às diretrizes indicadas pela Organização Mundial da Saúde no combate à pandemia. A recorrente troca de ministros durante o período mais grave da pandemia somada à militarização do ministério e a ocultação na divulgação dos dados são breves exemplos que justificam a falta de governança.A crise sanitária brasileira, intensificada através da crise estrutural do capital e com a aceleração da pandemia da Covid-19 no Brasil, evidencia a necessidade de defender e fortalecer o Sistema Único de Saúde 100% público, estatal, de qualidade e universal, com os princípios do Movimento da Reforma Sanitária, com uma rede de atenção à saúde primaria, média e alta complexidade estruturada, vinculada a uma política de valorização de toda a classe trabalhadora da saúde, com garantia de direitos trabalhistas e condições dignas de trabalho.Fica evidente, a urgência em construir alternativas contra as medidas ultraliberais, contrárias à lógica desenfreada dos lucros do capital, que desmobilizam e desmontam os direitos da classe trabalhadora. Não obstante, é preciso colocar na ordem do dia a articulação entre os movimentos de luta em defesa da saúde e contra o projeto fascista do atual governo.
#275 |
CRISE DO CAPITAL E SUBFINANCIAMENTO DO SUS: a EBSERH enquanto estratégia de contenção de gastos do Estado brasileiro
Enaire de Maria Sousa da Silva
1
1 - Universidade de Brasília.
Resumen:
O artigo tem por intuito analisar os aspectos que justificam a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) estar inserida no contexto contemporâneo de redução dos gastos sociais, reconhecendo-se este enquanto um dos reflexos da adoção das políticas neoliberais no Brasil. Considerando a natureza cíclica do capitalismo, entende-se que o sistema, necessariamente, será constituído por fases e períodos específicos, correspondentes aos momentos de ascensão, queda, e retomada do capital. Desse modo, as crises econômico-políticas são intrínsecas ao sistema, de modo que, mediante suas vigências, o próprio capital se usará de mecanismos de reorientação a fim de que sua hegemonia seja mantida. Tendo em vista as particularidades de cada país, assim como de cada momento histórico, as expressões de tal dinâmica têm apresentado traços peculiares. Em um contexto mais amplo, abordar os gastos sociais no atual cenário capitalista exige, preliminarmente, a análise dos determinantes políticos que têm norteado o desenvolvimento do sistema. As contradições sociais que historicamente exigem do Estado brasileiro a alocação de recursos específicos às políticas sociais, não determinam, de maneira unilateral, de que forma os gastos sociais serão sistematizados frente aos mais variados grupos de interesses. Situado em um contexto de luta de classes, o Estado tem pautado os investimentos dos gastos sociais em um arcabouço que compreende tanto as necessidades de reprodução da classe trabalhadora, quanto os estímulos necessários à potencialização da burguesia nacional. Nesse sentido, as iniciativas destinadas à redução da participação do Estado na garantia dos direitos sociais voltados à saúde, à assistência social e à previdência social, ao tempo em que possibilitam a destinação de recursos públicos aos setores úteis à entrada do capital externo no país, e de interesse da burguesia nacional, elevam a exploração da classe trabalhadora e a precarização de suas condições de vida, sobretudo, em virtude da postura de não-intervenção estatal adotada frente à necessidade de responsabilização dos entes públicos pelas políticas sociais do país. No que se refere, especificamente, à saúde pública do Brasil, inúmeras investidas têm sido realizadas no intuito de descredibilizar o Sistema Único de Saúde (SUS), e a capacidade do Estado provê-lo conforme preconizam as legislações. O artigo propõe investigar alguns dos reflexos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), criada para gerir os Hospitais Universitários públicos do Brasil, uma das principais ofensivas realizada nos últimos anos contra a política de saúde do Brasil. A EBSERH é uma empresa pública de direito privado regulamentada pelo Governo Federal brasileiro no ano de 2011, desde então, tem sido inserido nos HU o ideário privatista e empresarial, implicando no subfinanciamento dos serviços de saúde públicos da Alta Complexidade. Já existem alguns trabalhos que apontam aspectos de precarização trazidos à saúde pública do Brasil a partir da adoção da EBSERH, no entanto, a originalidade do artigo consiste na identificação de quais têm sido as ferramentas utilizadas pela empresa para que o Estado reduza, constantemente, os investimentos na Alta Complexidade em saúde do Brasil. Os caminhos metodológicos traçados para a construção do artigo envolvem o levantamento bibliográfico em torno do financiamento da seguridade social brasileira, nela inserida a política de saúde, assim como os principais determinantes que culminaram na criação e implementação da EBSERH no Brasil. Na terceira seção, buscou-se reunir alguns resultados de pesquisas desenvolvidas no âmbito da atuação da EBSERH, e de que forma tais sistemáticas tem contribuído com a redução dos gastos sociais na saúde brasileira. A sistematização do artigo é comporta por, em caráter introdutório, uma explanação sobre a dinâmica do capital e seus reflexos na proteção social. Na primeira seção, aborda-se os reflexos da implementação neoliberal sobre o orçamento da seguridade social brasileira, posteriormente, na seção seguinte, especifica-se a análise para a política de saúde, com fragilidades históricas que, mediante o atual cenário, ganham evidência na conformação de uma situação de subfinanciamento. Por fim, são analisados alguns dos aspectos que proporcionaram à União a possibilidade de reduzir investimentos na Alta Complexidade através dos regulamentos específicos da Empresa, imbricados de caráter privatizante e, consequentemente, de constante contenção de gastos sociais. Concluiu-se que a substituição do modelo de contratação de profissionais de saúde; a possibilidade de vínculo dos HU com a iniciativa privada; a flexibilização na contratação de produtos; e a instituição do sistema de metas, se configuram enquanto medidas inerentes à Empresa e que contribuem para que o Estado reduza os gastos sociais no âmbito da Alta Complexidade em saúde do país. Suscitar de que modo os gastos sociais foram impactados por tal contexto demonstra que, diferentemente do que algumas análises errôneas podem apontar, os aprofundamentos neoliberais, em contexto de crise do capital, tiveram reflexos além de ideológicos. As mudanças foram operadas de maneira estrutural, fazendo com que a classe trabalhadora sentisse em seu cotidiano a constante redução de investimentos em setores indispensáveis à sua sobrevivência em um cenário capitalista, sobretudo diante de uma crise política e estrutural. Especificar a análise à saúde requer alguns apontamentos conclusivos. Primeiramente, o financiamento do SUS tornou-se um desafio de implementação pois, além do cenário de contenção de gastos, havia-se a especificidade de se tratar de uma política universal, extremamente requisitada e, diferentemente da previdência social, sem contribuição direta. A política em si, já nasceu subfinanciada. Em meio a este cenário a EBSERH representa uma das recentes investidas voltadas à redução dos gastos sociais em instituições que demandavam elevados custos por parte da União, no caso, os HU. A substituição do modelo de contratação de profissionais de saúde, a possibilidade de vínculo dos HU com a iniciativa privada, a flexibilização na contratação de produtos e a instituição do sistema de metas se configuram enquanto medidas inerentes à Empresa e que contribuem para que o Estado reduza os gastos sociais no âmbito da política de saúde.
16:00 - 18:00
Eje 8.
- Panel presencial
8. Investigación en Trabajo Social
#181 |
Pesquisa y producción de conocimientos: la crítica real-concreta y el Trabajo Social
José Fernando Siqueira da Silva
1
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Paula Vidal
2
;
Laura Massa
3
;
Stella García
4
;
Freddy Giovanni Esquível Corella
5
1 - Universidad Estadual Paulista y Universidad Federal de São Paulo.
2 - Universidad de Chile.
3 - Universidad Nacional de Lujan y Universidad Nacional de La Plata.
4 - Universidad Nacional de Asunción.
5 - Universidad de Costa Rica.
Propuesta del Panel:
El panel propuesto aborda la importancia de la investigación y de la producción de conocimientos para la formación y para el trabajo profesional en el Trabajo Social. Aunque el debate plural (Coutinho, 2010), en el campo de las Ciencias Humanas y Sociales, sea algo absolutamente esencial y exija el diálogo entre las diferentes perspectivas y el conocimiento de sus tesis centrales, este proceso no comporta la yuxtaposición y la imbricación de posiciones antagónicas, es decir, necessita de un trato teórico-científico riguroso sobre sus diferencias y posibilidades de interlocución. A partir de esta orientación, este panel se propone a profundizar, desde la realidad de los países latinoamericanos, un sentido teórico-crítico muy preciso: el análisis concreto de situaciones concretas (Marx, 1989; Lukács 2012 y 2013; Gramsci, 2007; Mészáros, 2002) para el Trabajo Social como profesión y área de conocimiento que necesita formar profesionales intelectualmente preparados y críticos que actúan en la realidad latinoamericana profundamente desigual.Compuesto por docentes trabajadores (as) sociales e investigadores (as) de diversos países latinoamericanos, el panel recupera una experiencia de estudio y de pesquisa conjunta realizada entre noviembre de 2017 y diciembre de 2020, proyecto de investigación financiado por la “Fundación de Amparo a la Investigación de la Provincia de São Paulo” (Brasil), denominado
“Trabajo Social y América Latina: tendencias teóricas actuales”. La investigación tuvo como síntesis final el libro
“Trabajo Social, fundamentos y tendencias teóricas: aportes al debate latinoamericano”, que será publicado en portugués y en castellano por la Editora Cortez en el inicio del segundo semestre de 2022. Sin embargo, la propuesta del panel no es debatir propiamente los resultados finales de este estudio (rigurosamente expuestos en el libro), sino analizar la experiencia de investigación conjunta de este grupo y compartirla. La propuesta es analizar algunos puntos céntricos necesarios para estimular la crítica real-concreta en el proceso de pesquisa y de producción de conocimientos en las Ciencias Humanas y Sociales, profundizando este diálogo con el Trabajo Social. Para ello, algunos rasgos son sumamente importantes: - La ciencia de base ontológica (Lukács, 2012 y 2013), concreta (Marx, 1989), tiene como verdadero punto de partida – y de llegada – la realidad, histórica y materialmente explicada, bien como posee una historicidad en movimiento permanente compuesta por particularidades que necesitan ser consideradas en el proceso de conocimiento; - La razón y el conocimiento no producen, sino reproducen, una lógica que pertenece a la propia realidad, como lógica de ella. La razón y el pensamiento no son inútiles en ese proceso: al revés, son esenciales para reproducir mentalmente la lógica material, recrearla, criticarla, analizarla, escudriñarla, revelando su lógica interna, sus conexiones generales y sus particularidades, como cierto “concreto-pensado” formado por complejos sociales. Por ello, las categorías son determinaciones de existencia (MARX, 1989); - La realidad es dinámica y compleja. El papel de los (las) científicos (as) es perseguir el movimiento de esta realidad marcado por cambios constantes, reproduciéndolo mentalmente como crítica que alimenta la praxis social que cambia, a la vez y permanentemente, seres humanos, relaciones sociales y la realidad (como práctica consciente – praxis), teniendo la categoría trabajo como la praxis primera – y categoría central – creadora de valores de uso. Ese proceso no es un todo desarticulado determinado por hechos aislados practicados como puros “lances” de la consciencia que actúa sobre la vida real. Más allá de ello, es formado por una totalidad objetivamente existente, absolutamente dinámica, instituida en una compleja relación que articula dialécticamente la singularidad (la forma como complejos sociales aparecen inmediatamente a nuestros ojos), la universalidad (determinaciones generales que establecen las bases objetivo-materiales de la producción y reproducción de la vida) y las particularidades (la forma como lo universal se concreta en una realidad específica, a través de múltiples mediaciones); - América Latina es una particularidad histórica heterogénea y compleja afectada por la expansión permanente de la sociedad del capital. El mercantilismo, el colonialismo, la esclavitud, la acumulación originaria del capital y las fases de la acumulación capitalista (comercial, industrial y monopólica-financiera tardía), en permanente transformación/modernización/metamorfosis, han impactado esta parte del Continente Americano reactualizando la histórica dependencia (no sin importantes resistencias); - El Trabajo Social, como profesión y área de conocimiento ya constituida o en formación – por caminos diversos – en diferentes países latinoamericanos (Iamamoto, 2007), típico de la era monopolista del capital (Paulo Netto, 1992), debe basarse en estudios y pesquisas permanentes, sustentados en el análisis real-concreto de la realidad, de la producción y reproducción de la sociedad actual (burguesa-monopólica), impuesta a partir de las condiciones latinoamericanas, reproductora de profundas desigualdades que afectan las refracciones de la “cuestión social” y determinan los límites de las políticas sociales (más o menos puntuales) que hacen la gestión de la desigualdad social. Escudriñar este complejo contexto, explicarlo científicamente para orientar la praxis profesional y establecer las debidas mediaciones con la profesión que seguramente posee límites objetivos (específicamente en la actual fase de la acumulación capitalista), exige un determinado tipo de ciencia comprometida en desvelar la realidad y orientar la formación de un tipo de trabajo profesional crítico, no idealista y no fatalista, es decir, alimentado con la crítica impenitente y radical que indica posibilidades a partir das condiciones objetivamente dadas. Estos trazos principales serán presentados y debatidos en el panel propuesto desde la realidad de los países involucrados. Referencias básicas –COUTINHO, Carlos Nelson. O estruturalismo e a miséria da razão. São Paulo: Expressão Popular, 2010.GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Maquiavel. Notas sobre Estado e a Política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira 2007. v. 3.IAMAMOTO, Marilda Villela. Serviço Social em tempo de capital fetiche – capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.LUKÁCS, György. Para uma ontologia do ser social I. São Paulo: Boitempo, 2012.LUKÁCS, György. Para uma ontologia do ser social II. São Paulo: Boitempo, 2013.MARX, Karl. O método da economia política. In: FERNANDES, Florestan (org.). Marx e Engels: história. 3. ed. São Paulo: Ática, 1989.MÉSZÁROS. István. Para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2002.PAULO NETTO, José. Capitalismo monopolista e Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1992.
FCS - L5
11:00 - 13:00
Eje 1.
- Panel presencial
1. Mundialización, Estados Nacionales y procesos de reforma
#491 |
SUJEITOS COLETIVOS, LUTAS SOCIAIS E DEMOCRACIA NO BRASIL E COLÔMBIA
Mailiz Garibotti Lusa
1
;
Loiva Mara de Oliveira Machado
2
;
Tiago Martinelli
3
;
Jakeline Villota Enríquez
4
;
Cíntia Marques da Rosa
5
1 - Universidade Federal de Santa Catarina, DSS, Terra, Trabalho e Resistência.
2 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, DSS, AYA.
3 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, DSS, Terra, Trabalho e Política Social.
4 - Universidad Nacional Abierta y a Distancia, UNAB, GOMATECIN.
5 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, PPGPSSS, AYA.
Propuesta del Panel:
O Painel volta-se ao debate sobre os processos de lutas e resistências na América Latina, especificamente no Brasil e Colômbia, as quais evidenciam as expressões da questão social e questão racial, por meio da questão agrária, das resistências e lutas do campesinato, das lutas antirracistas, da defesa e pela ampliação de políticas de proteção social, com ênfase na assistência social, em tempos de ofensiva neoliberal no contexto da pandemia de Covid-19. Objetiva-se estimular o debate coletivo, com expositoras/res em diálogo com profissionais e lideranças de diferentes áreas, sobre os processos de luta e resistência, que repercutem diretamente no âmbito dos direitos sociais e na defesa da democracia participativa, considerando experiências voltadas à educação popular e à luta antirracista.Sua proposição resulta de uma parceria construída desde 2020, já no contexto da pandemia da Covid-19, que envolveu grupos, e/ou núcleos, e/ou pesquisadores e extensionistas de instituições brasileiras (UFRGS e UFSC) e colombianas (UNAD e Universidad Minuto de Dios). Serão quatro painelistas e uma coordenadora do painel dedicando-se a tecer uma aproximação e reflexão aprofundada a partir das experiências de militância e de trabalho profissional no campo dos direitos humanos.No que tange às lutas agrárias, buscar-se-á aproximar as lentes para o espaço agrário, entendendo que ele carrega as marcas de um passado exploratório que nunca deixou de ser presente. A exploração mercantil colonial produziu, a partir da acumulação primitiva de capital, as bases para o capitalismo dependente. Regado com o sangue dos povos originários e das populações negras, a terra produziu incontáveis riquezas: do extrativismo da madeira, à cana de açúcar, ao milho e à carne. Esta terra latino-americana alimentou e continua alimentando populações do mundo inteiro, por isso mesmo sempre esteve em disputa.Neste sentido, mais do que as cicatrizes da exploração, a terra na América Latina carrega em si marcas das lutas pelo acesso à terra para viver, trabalhar e produzir. Não por acaso a ofensiva contra os territórios indígenas e quilombolas, considerados lugares improdutivos a partir da lógica do capital. Tais processos das lutas pela terra são históricos, marcando a formação sócio histórica latino-americana, mas também perfilando o seu presente. A questão fundiária sempre foi elemento central deste processo dialético e contraditório de exploração, rebeldia, resistência, conquista e transformação. Para os povos originários, populações tradicionais, camponeses e agricultores familiares a terra é muito mais que meio de produção de riquezas: ela é vida, diversidade produtiva, possibilidade de construção de autonomia, e estratégia para a conquista da liberdade e da emancipação econômica do mercado, pautas de denotam um conjunto de lutas estratégicas no meio urbano e rural protagonizadas por sujeitos coletivos. No Painel terá lugar também o debate sobre os processos de lutas e resistências do campesinato, que marcam a questão agrária e a configuração das ruralidades nestes territórios. Neste processo, o campesinato comparece enquanto força política, tencionando coletivamente a luta pelos direitos sociais.O painel também contribuirá para evidenciar a luta por direitos e exercício das liberdades democráticas, processos que vem sendo protagonizados por movimentos sociais populares no Brasil e, em especial na Colômbia, que no período entre 2019-2021 desenvolveu um amplo processo de mobilização e incidência junto ao estado, por meio do “estallido social”. Esta estratégia coletiva de incidência configurou-se como espaço de ampla participação de campesinos, movimentos sociais, povos tradicionais e afrodescendentes, contra as ações de repressão popular, perda de direitos e ameaças à democracia. Na mesma direção, no Brasil verifica-se que uma das principais formas de materialização dos direitos sociais, advindos de um processo de lutas e resistências populares está nas políticas sociais públicas. Estas demandam a defesa e busca por ampliação dos serviços e das condições de trabalho, a exemplo da política de assistência social. Para isso será apresentado parte do percurso histórico desta política no Brasil, bem como alguns processos de construções participativas e democráticas do Sistema Único de Assistência Social. Serão apresentados, a partir de documentos institucionais, seus objetivos, princípios, diretrizes, bem como provocar, o debate sobre os denominados povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, ciganos, povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro, extrativistas, ribeirinhos, pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, pomeranos, dentre outros). Além disso, busca-se articular com as manifestações recentes de frentes e coletivos de trabalhadores em defesa da Assistência Social enquanto política pública de seguridade social não contributiva.Na estrutura do debate será abordada a questão étnico-racial, numa perspectiva interseccional, de modo a elucidar como o racismo estrutural contra os povos negros e indígenas opera no cotidiano, de modo a incidir na contramão da garantia de direitos e de políticas sociais. Nesse contexto também serão socializadas experiências voltadas às resistências e lutas antirracistas, na perspectiva da efetivação e ampliação de direitos que possibilitem responder às necessidades objetivas da classe trabalhadora, considerando a diversidade que a compõe.Sem a pretensão de tecer reflexões conclusivas, o painel se constitui como lugar de diálogos e compartilhamentos, valorizando as particularidades de cada experiência, os sujeitos e territórios, de modo a contribuir para a tessitura de articulações e parcerias voltadas à defesa de direitos, do exercício das liberdades democráticas, das lutas antirracistas e fortalecimento dos movimentos sociais do campo popular.
14:00 - 16:00
Eje 2.
- Ponencias presenciales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#035 |
O CENÁRIO TELEINFORMATIZADO NAS POLÍTICAS SOCIAIS E SUA FUNCIONALIDADE AO PROJETO NEOLIBERAL
GABRIELE FARIA
1
1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
Neste ensaio, partimos de fundamentos teóricos subjacentes a tradição marxista, intencionando descortinar um novo modelo de gestão imanente à radicalização do neoliberalismo nos marcos da crise estrutural do capital, donde emergem novos modos de organização com soluções cravejadas de anti-humanismo, mediadas por modernos instrumentos teleinformatizados funcionais ao maior controle, a exploração econômica dos dados e afrouxamento da democracia, administrados por um Estado que lança mão do seu poder institucional usurpador para aprofundar tomadas de decisão em moldes já enraizados segundo Mészáros (2021) como leis naturais e eternas, legitimando violências, ora refinadas e direcionadas à coesão para manutenção dos interesses capitalistas, camuflando recursos contraditórios operados no âmbito da Seguridade Social Brasileira, donde se vinculam as políticas de Saúde, Assistência Social e Previdência social.O bom entendimento deste processo pressupõe um olhar cauteloso para os impactos da crise estrutural do capital, cujos efeitos e compromissos hoje, são distintos daqueles dos anos 1970, logo, devem ser apreendidos de modo diferenciado, quer seja pelos reflexos de uma sociedade de classes e em razão das implicações que a
crise epocal (MESZÁROS, 2021) detona na totalidade do complexo social, sustentando medidas neoliberais sustentáculo das dificuldades expansionistas. Assim, ou o que determina a diferença entre a crise como movimento de expansão capitalista e a crise estrutural, segundo Paniago (2021, p.106-109) é a capacidade de desalojar contradições e construir alternativas de lucro. Para manter o equilíbrio, evidenciam-se recursos políticos, inovações tecnológicas e militares, aumento da produtividade, mudanças organizacionais, sociopolíticas e culturais com vistas a determinar ou declinar em detrimento de todos os interesses de ambos os trabalhadores, sustentando o desejo de maior níveis de expansão concentrados em bastão de poucos, repondo-se assim, contradições estruturais entre produção e consumo/realização . Este empilhamento de contradições embala respostas, com vistas a acelerar os ganhos financeiros e as necessidades impostas pela crise, cuja direção vai determinar novas formas de realização em detrimento das regulamentações anteriormente pactuadas. Dito isto, à
crise epocal bloqueia qualquer saída humanizada, fazendo adjetivo do tempo presente a incontrolabilidade que avança em níveis destrutivos e totalizadores caracterizando-a como crise prolongada, de caráter universal e irreversível.Como direção política, econômica e social “capaz” de reverter à crise a preço da redução dos gastos sociais do Estado em detrimento da ampliação do mercado, a faceta neoliberal se assevera e neste processo, o Estado enquanto estrutura hierárquica e repressiva necessária ao provimento de estabilidade à ordem capitalista (MÉSZÁROS, 2021) assume o lugar satânico de causador da crise, argumento que vem justificando sua redução, não exatamente por incompetência como o discurso liberal tenta nos fazer crer, mas pelas dificuldades de realização do capital. A ideia do Estado como vilão ou possível solucionador da crise, nos parece apaga-lo como força complementar ao comando do capital. Do ponto de vista dos trabalhadores destaca-se ingenuamente a possibilidade via Estado da reversão das desigualdades em contraposição a seu lugar frente à lógica das personificações do capital (os capitalistas), que esperam deste, importante presença no âmbito da economia para que se mantenham seus privilégios. Tal contradição nos parece fetichizar uma suposta independência estatal que escamoteia a perspectiva de
disjunção destacada por Paniago (2021) entre econômia e política romantizando uma autonomia imunizada contra a lógica reprodutiva do capital e suas exigências acumulativas que no cenário de crise estrutural desponta de modo ainda mais perverso. Assim, sob a retórica neoliberal, políticas de austeridade são arremessadas para dinamizar cortes e a auxiliar a lucratividade empresarial dos grandes capitais, cuja opção pelo capital financeiro constitui-se como pilar fundamental a partir da crise intensificada em 2008, a qual manifesta o atual momento do neoliberalismo, emblemático em sua perversidade, organizando desregulamentações de modo nunca antes visto[1], avançando sobre o fundo público, jogando luzes a uma subjetividade empresarial e competitiva, que obscurece possibilidades participativas dando lugar à logica empresarial ora cooptada pela ambição da extrema direita de impor uma disciplina de mercado em oposição à ordem democrática (BROW, 2019) pressupondo portanto, uma intervenção estatal empresarial atravessada por códigos morais neoconservadores, logo moldada para atender o projeto em curso. Assim, compatibilizado aos interesses dominantes, o aparato estatal alicerçado pelo atual momento do neoliberalismo, faz frente a uma
nova razão de mundo (DARDOT; LAVAL, 2016) com práticas gerenciais que privilegiam os mais “aptos” e os mais fortes sob o julgo de maior eficácia e com destacada natureza disciplinar capaz de determinar modos de ser e pensar, alternativa funcional a racionalidade econômica e responsabilização dos sujeitos (SAFATLE, 2020).Se rompemos com o passado, esse novo momento do neoliberalismo, continuo avançando uma nova racionalidade gerencial sobre os processos de trabalho fora do Estado, produzindo mudanças técnico-organizacionais. Além de uma prerrogativa de acesso aos serviços, os cidadãos confiam seus dados sensíveis ao Estado, evidenciando uma privacidade negociada, além de fazer emergir um novo tipo de poder e conhecimento, produzido por essas engrenagens, e justificado pela eficiência, enraizado na exploração , desregulamentação, refinando modos de controle e monitoramento, por meio de novas tecnologias de teleinformação na gestão da Previdência Social. Transformados em alicerce digital os dados produzem resultados algorítmicos e “inquestionáveis”, que estão sob a influência neoliberal segundo Silveira (2021) impulsionando a formação de novos negócios, repressora, reeditando os elementos autocráticos da maquinaria postos por Marx no Livro I de O capital cap. XIII.Dito isto, consideramos que estes sistemas teleinformatizados ao organizarem a vida estatal despontam como essenciais a estrutura de comando política em detrimento de melhor planejamento, mas tendencialmente direcionado a este projeto hegemônico, expressão da barbárie capitalista. [1] Como expressão das desregulamentações podemos exemplificar com A lei da terceirização (lei 13.429 de março de 2017; A reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017); a Emenda Constitucional, aprovada em 16 de dezembro de 2016, institui um novo regime fiscal para vigorar nos próximos 20 anos; a reforma previdenciária que alterou a forma de aposentadorias impondo sérios limites a política de Previdência Social.
#114 |
Contrarreforma do Estado, gerencialismo e seguridade social no Brasil nos anos 2000
Resumen:
Este trabalho busca apresentar a incidência do gerencialismo nas políticas de seguridade social no Brasil nos anos 2000. A ideia de construí-lo está associada à existência do que se poderia chamar de uma cultura gerencialista no mundo e no Brasil, que se desenvolve a partir de uma desqualificação do Estado promovida pela neoliberalização; e à importância de apreender as determinações mais profundas das propostas de contrarreforma do Estado e da administração/gestão pública, recuperando o vínculo entre as ideias e as classes dominantes, tendo em vista que a burguesia critica hoje a forma de gestão/administração burocrática que ela mesmo defendeu para salvar o padrão de acumulação no começo do século XX. (IASI, 2012).A compreensão sobre a administração/gestão pública no contexto da neoliberalização a partir de uma perspectiva crítica ainda é um campo teórico em construção, tendo em vista as perspectivas teórico-metodológicas em disputa. Como apontam Souza Filho e Gurgel (2016, p. 14), as “principais formulações, presentes hoje no debate, se aproximam da perspectiva do filósofo alemão Jürgen Habermas e/ou do pós-modernismo do cientista político Boaventura de Souza Santos”, e/ou das ideias da “terceira via”, que preserva as premissas do neoliberalismo e que tem como um dos expoentes o sociólogo Anthony Giddens, que defende “uma visão mais pragmática do Estado, valorizando a filosofia de livre-mercado do ponto de vista econômico e moral”. (PAULA, 2005, p. 72).Ao contrário desse pragmatismo, que corresponde ao modo de pensar a realidade na sua imediaticidade e de agir assim sobre ela, este trabalho adota a perspectiva do materialismo dialético, que permite apreender a materialidade do Estado e da administração/gestão pública a partir das transformações que ocorrem na produção e na reprodução das relações sociais. Particularmente, no capitalismo, Mészáros (2015, p. 29) aponta que “a materialidade do Estado está profundamente enraizada na base sociometabólica antagônica sobre a qual todas as formações de Estado do capital são erguidas”. Nessa direção, cabe considerar que –, diferente das perspectivas e análises pragmáticas/neoconservadoras que justificam a utilização de concepções e mecanismos “técnicos” e “táticos” gerenciais, a partir de uma compreensão de crise como endógena ao Estado, que intervém e desperdiça demais, possui um “modelo” burocrático pouco moderno e eficiente –, é importante apreender a implementação do gerencialismo como parte inseparável do fenômeno cujos outros aspectos constituem a contrarreforma do Estado e o processo de reestruturação produtiva, que são respostas à crise estrutural do capital iniciada nos anos 1970. As primeiras experiências do gerencialismo no contexto da neoliberalização ocorreram nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os sujeitos conservadores que defendiam essa experiência se colocavam como uma força “anticonservadora” e “antissistema”. Além disso, apresentavam-se como aqueles que reivindicavam a mudança e a “reforma”. Uma das constantes retóricas desses sujeitos consistiu em mobilizar a opinião pública contra os “desperdícios”, os “abusos” e os “privilégios” da burocracia estatal. Assim, o gerencialismo apresentou-se como uma “reforma” ideologicamente “neutra” e que “beneficiária a todos”, quando na verdade significou uma reestruturação neoliberal do aparelho do Estado (DARDOT; LAVAL, 2016). De acordo com Coutinho (2010), os ideólogos do neoliberalismo apresentam-se hoje como defensores de uma suposta “terceira via” entre o liberalismo puro e a social-democracia “estatista”, como representantes de uma posição ligada às exigências da modernidade (ou da chamada pós-modernidade) e, portanto, ao progresso. Assim, o autor aponta que fazem da “reforma” ou mesmo da revolução (pois alguns defendem uma “revolução liberal”) suas principais bandeiras. Porém, alerta que a palavra reforma esteve sempre ligada às lutas dos trabalhadores para transformar a sociedade e que o neoliberalismo vem utilizando a seu favor. Logo, “o que antes da onda neoliberal queria dizer ampliação dos direitos, proteção social, controle e limitação do mercado etc., significa agora cortes, restrições, supressão desses direitos e desse controle [um indiscutível processo de contrarreforma]”. (COUTINHO, 2010, p. 35). No Brasil, o termo reforma também foi apropriado indebitamente pelo projeto hegemônico neoliberal em curso desde os anos 1990, o seu significado e as mudanças que vêm ocorrendo a partir do uso pragmático desse termo distanciaram-se de qualquer conteúdo progressista (BEHRING, 2003). Por essa razão, tem sido adotado o termo contrarreforma do Estado, que não deve ser restringida apenas a sua dimensão administrativa, posto que o gerencialismo é uma das dimensões da contrarreforma do Estado, que é constituída também pela contrarreforma econômica, fiscal, da previdência social etc. (BEHRING, 2003; SOUZA FILHO, 2011; SOUZA FILHO; GURGEL, 2016). A apreensão do gerencialismo, como uma das dimensões da contrarreforma do Estado brasileiro, deve ocorrer à luz dessas determinações, mas sem desconsiderar a dependência e subordinação do capitalismo brasileiro, que historicamente se organiza a partir das condições, possibilidades e limitações impostas pelo capitalismo mundial. Souza Filho (2011) destaca, neste sentido, a importância de compreender as transformações na gestão pública como resposta ao movimento do capitalismo brasileiro, distanciando das análises endógenas e evolucionistas da administração pública –, que entendem a história da ordem administrativa restrita ao processo que articula patrimonialismo, burocracia e gerencialismo, enquanto distintos modelos de gestão –, e daquelas que interpretam a administração pública como uma estrutura que não se modificou ao longo do desenvolvimento da sociedade, mantendo-se predominantemente patrimonialista, independentemente das transformações ocorridas na hegemonia do pacto de dominação e em sua ordem administrativa necessária à expansão e reprodução do capital.Esse mesmo autor também aponta que os mecanismos gerenciais viabilizaram a flexibilização da administração pública brasileira, com a finalidade principal de reduzir o aparelho do Estado e de contribuir com o ajuste fiscal, que segundo Behring (2017) tem sido permanente. Sem romper com o patrimonialismo, o uso dos mecanismos gerenciais (descentralização administrativa, parcerias entre Estado e organizações sociais, terceirização, desregulamentação da força de trabalho, redução do poder de auto-regulamentação das profissões, avaliação por desempenho/produtividade, conselhos consultivos etc.), a partir de determinadas condições objetivas e subjetivas, vem contribuindo com a privatização e mercantilização das instituições e dos serviços públicos; com a precarização das relações e condições de trabalho, perda de autonomia das profissões e centralização do poder de decisão. Por essa razão, este trabalho busca demonstrar os traços do gerencialismo na seguridade social nos anos 2000.
#292 |
GERENCIALISMO E TENDÊNCIAS DA POLÍTICA DE ATENÇÃO BÁSICA NO BRASIL: apontamentos e reflexões
Nicoli Viegas
1
;
Ana Cristina Viera
1
1 - Universidade Federal de Pernambuco.
Resumen:
A atenção básica em saúde no Brasil consolida uma forma mais estruturada de assistência a partir da década de 1990, através da institucionalização de programas de saúde. Em 2006, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT) esse campo da saúde é alçado ao patamar de política setorial no Sistema Único de Saúde (SUS), configurando a Política Nacional de Atenção Básica. Esse novo arranjo teve o apoio do movimento sanitário, apesar de seguir as orientações privatistas do Banco Mundial. A partir do governo Dilma Rousseff, também do PT, observa-se a ampliação de mecanismos gerenciais com foco na gestão por resultados, que vinculam parte do financiamento da política ao cumprimento de metas e indicadores. Assim, o pagamento por desempenho foi o eixo central do Programa de Melhoria da Qualidade e do Acesso da Atenção Básica – PMAQ AB, instituído em 2011. O período ultraneoliberal no Brasil, inaugurado em 2016 com o governo ilegítimo de Michel Temer, do Movimento Democrático Brasileiro(MDB), traz mudanças no financiamento e na sustentação do SUS. Essa radicalização se amplifica no governo de Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), sobretudo na atenção básica, que sofre um intenso processo de medidas regulatórias que modificam o seu financiamento, substituindo a fonte estável de transferência federal de recursos para os municípios por outros mecanismos, sendo um destes o pagamento por desempenho. Merecem destaque as mudanças na gestão federal da atenção básica, que deixa de ser exercida diretamente pelo Ministério da Saúde, passando para uma entidade privada, a Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária (ADAPS). Além disso, o acesso aos serviços nas unidades de saúde torna-se mediado por uma carteira de serviços. Este texto objetiva refletir sobre o avanço do gerencialismo na Política de Atenção Básica, enfocando as medidas do governo de Jair Bolsonaro (2019 -). As análises foram realizadas a partir da leitura crítico-dialética da realidade, amparada pela revisão bibliográfica e documental. O paradigma gerencial de Estado no Brasil tem seu início na década de 1990, ao incorporar instrumentos de gestão baseados na lógica do desempenho da administração pública (MENDES, CARNUT, 2018). A reorientação estatal amparada pela consolidação do neoliberalismo no Brasil vai trazer na sua composição uma lógica de ajuste fiscal permanente, com ofensivas ao sistema de seguridade social e aos demais direitos sociais, incidindo nos recursos orçamentários destinados às políticas sociais. A lógica do ajuste fiscal trouxe novas mediações ao Estado social brasileiro, ora mais segmentado e focalizado no que diz respeito aos direitos sociais, ora com deslocamentos que permitiram sua conquista e ampliação, ainda que mantendo uma lógica de subfinanciamento das políticas sociais. No entanto, desde o Governo Temer há um aprofundamento dos preceitos neoliberais, com sua radicalização no governo Jair Bolsonaro, especialmente no direito à saúde, em especial na atenção básica. Desde 2016, organizações empresariais da saúde ganharam um maior protagonismo político no desenho do SUS, chegando a formular propostas para um novo sistema público de saúde, com maior integração entre os entes públicos e privados. Nesse processo, a atenção básica é tida como o centro das intenções empresariais, já que é um dos maiores setores de mobilização de recursos do Ministério da Saúde. A partir de 2019, quando se inicia o governo Bolsonaro, uma nova estrutura organizacional é adotada para esse setor no Ministério da Saúde: a Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Após essa mudança um conjunto de normativas é elaborado, confrontando-se com os preceitos constitutivos do SUS, de universalidade da saúde, gratuidade, integralidade. Desse modo, a primeira medida do governo Bolsonaro foi a promulgação da Lei n. 13.958 de 2019 que institucionaliza o Programa Médicos pelo Brasil (PMB), em substituição ao Programa Mais Médicos, do Governo Dilma Rousseff, criando um serviço social autônomo, a ADAPS, responsável por executar a Política de Atenção Primária à Saúde e o PMB. Regida pelo Direito Privado, ela tem prazo indeterminado na gestão da política e marca um ponto de inflexão importante desses tempos ultraneoliberais: a tendência gerencial, combinada a uma lógica de ajuste fiscal permanente, tende à ampliação da mercantilização das políticas sociais. Em relação ao financiamento, a Portaria 2.979 de 12 de novembro de 2019 instituiu o Programa Previne Brasil que remodela o financiamento e custeio da atenção básica pelo governo federal. Ela institui como fonte de financiamento: a)capitação ponderada; b) pagamento por desempenho; c) incentivo para ações estratégicas. Esse modelo de transferência de recursos rompe com o horizonte de universalização da saúde, tendo em vista que só terão acesso às unidades básicas aquelas pessoas cadastradas no serviço, conforme o componente da capitação ponderada. Impõe-se como regra a focalização, ou seja, o serviço deixa de ser porta aberta para a comunidade e condiciona o acesso mediante cadastro. A oferta de serviços é definida no Programa Previne Brasil através da Carteira de Serviço da Atenção Primária à Saúde (casAPS). Aponta para a possibilidade de contratação de serviços privados para executar a política de atenção primária, definindo um rol de procedimentos precificados através de um instrumento legal, para a contratação de serviços, o que garante pleno acesso dos entes privados aos recursos públicos. Mesmo diante da denúncia de setores organizados do movimento sanitário e demais entidades em relação às medidas regressivas na atenção básica, o que pode estar se avizinhando diante da institucionalização de uma carteira de serviços que define o que pode ou não ser ofertado e de uma nova forma de financiamento, é o acesso aos serviços básicos mediante copagamento para procedimentos não incluídos no rol da casAPS. Entretanto, os rumos da política de saúde não estão definidos, estão em disputa por projetos antagônicos de classe. Assim, para que a direção desta seja orientada pelo atendimento às demandas e necessidades dos trabalhadores precisará de muita organização política em defesa de um Estado social mais amplo.
#337 |
TRABALHO E POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA: VIDAS (DAS)NAS RUAS NOS ESPAÇOS URBANOS
Régia Maria Prado Pinto
1
1 - Hospital Doutor Jośe Frota /Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua de Maracanaú/Ceará.
Resumen:
Este artigo é parte da tese que trata das manifestações e condições de trabalho da população em situação de rua. Uma pesquisa baseada em leituras bibliograficas e entrevistas com pessoas em situação de rua. A pesquisa mostrou que essa população trabalha no mercado informal, em condições precárias e sem acesso a direitos trabalhistas e previdenciários. A pesquisa entrevistou 28 pessoas adultas em situação de rua que trabalham com as seguintes ocupações: flanela ou vigia de carro, catadores/as de materiais reciclados e artesanato. Entre os/as entrevistados/as, cinco trabalham como vigias e lavadores/as de carros em vias públicas, como mostra o trecho:" Fico na ruas limpando os para-brisas do carro. (...) Eu acordo de manhã, vou no mercado, escovo meus dentes, lava o rosto e saio" (TABAJARAS, 2019). A pesquisa mostrou ainda que os/as entrevistados/as que trabalham como flanela possuem uma identidade local, uma rede de solidariedade e confiança como moradores, comerciantes e transeuntes nas áreas. Esses trabalhadores não têm uma renda fixa, são como sua jornada de trabalho. O aluguel é usado basicamente para alimentação, segundo Barbosa de Freitas (2019): “Eu ganho R$ 50,00 por semana mal e não dá para alimentação”. A rotina de trabalho ocorre próximo a bancos, restaurantes, mercados, shoppings, hospitais e centros comerciais devido ao maior número de carros e pessoas. Cinco entrevistados trabalham como provadores de materiais reciclados. É comum a presença de homens, mulheres, crianças e adolescentes manuseando os sacos de lixosdeixados nas calçadas sem proteção ou ainda recolhendo material reciclado em aterros sanitários. Em todas as situações, os entrevistados possuem condições de trabalho extremamente insalubres e precários. Os catadores são invisíveis na cadeia produtiva de transformação de materiais reciclados em novos mercadorias. As indústrias lucram com a exploração da força de trabalho dessas pessoas sem compromisso com seus direitos. Os entrevistados que trabalham com a reciclagem de materiais narram uma carga de trabalho exaustiva de trabalho a pé, carregando um peso enorme, o dia todo, sob o sol escaldante ou durante a noite, esticando-se, amarrado ou acordando muitas vezes. No período de inverno, os desafios são maiores por causa da chuva que molham os sacos dos lixos. É um cotidiano de medo, principalmente à noite, como explica Bárbara de Alencar (2019): “Eu trabalho com reciclagem. Eu tinha um carro, mais roubaram. Agora eu coloco num saco.” A renda obtida também é utilizada para a compra de alimentos. É visível a presença de cortes e ferimento nas mãos dos entrevistados pelo contato com materiais cortantes, perfurantes e produtos contaminados. O peso das carraças e dos sacos contribuiu para dores na coluna e nos braços, como mostra a história a seguir: "Não, estou sem condições de trabalho por causa da fratura de uma das malas. Vivo de duas". A pesquisa apontou outros problemas de saúde, como: tuberculose, hérnias e de dificuldades de acesso à política de saúde. Essa realidade revela a degradação física e psicológica, uma vez que, para Marx (2013, p. 342): “O capital no tem, por isso, uma consideração mínima pela saúde e duração da vida a vida do trabalhador [...] ]”. Essa população ainda enfrenta preconceitos relacionados ao padrão estético. No livro Quarto de despejo: diário de uma favelada, Carolina de Jesus (2014, p.136) revela que: “Trabalhava muito, carregava mais de 100 quilos de papel. E estava fazendo calor. O corpo humano no empresta!” Outra ocupação identificada é o artesanato em cinco entrevistas. O trecho mostra: “Produzimos nossas próprias peças e vendemos nossos restaurantes, praias, calçadas ou semáforos durante o dia ou à noite. Acordo às4 horas por dia e começo a produzir e vender. Termina às 6 horas da noite. Eu mesma faço minha rotina de trabalho. Às vezes, ganho R$ 80,00 por semana. Com esse dinheiro pago meu almoço, meu café e minha janta” (JOSÉ DE ALENCAR, 2019). Este entrevistado comenta: “Muitas vezes as pessoas não querem comprar meu produto. Mais repassam qualquer valor, R$ 3,00, R$ 5,00, R$ 10,00. Não vejo como desvalorizo meu trabalho. Nosso conceito de moral na rua muda. Eu só não posso andar de graça. Tenho que ganhar alguma coisa” (JOSÉ DE ALENCAR, 2019). Outra dificuldade nessa atividade é a aquisição de material para confecção das peças, ou local para armazená-las, baixa renda e a ausência de direitos trabalhistas e previdenciários. Em suma, a pesquisa mostra que os entrevistados não possuem renda fixa, ausência dos direitos previdenciária etrabalhis tas, condições trabalho e de vida extramente insalubres e degradantes, sob extensa carga horária e desvalorizados pela sociedade e pelo poder público . A renda adquirida é praticamente utilizada para alimentação, sendo, portanto, insuficiente para prover moradia digna e outras necessidades humanas. A população em situação de rua enfrenta dificuldades de acesso ao mercado formal de trabalho devido à falta de documentação, baixa escolaridade e qualificação profissional, falta de comprovação de entendimento e uso abusivo de álcool e outras drogas. Uma fala a seguir afirma que o trabalho é fundamental. “O trabalho é tudo na vida de uma pessoa. Acho que as pessoas não vivem sem trabalho. Tenho vergonha da situação em que me encontro.(...)”.(TABAJARAS, 2019) . Diante dessa realidade, os entrevistados indicaram que o poder público e as empresas devem construir estratégias de acesso ao emprego formal como um caminho importante para a superação da situação de rua. Ressaltaram também que é fundamental debater as ações de acesso ao trabalho, moradia digna, convivência familiar e acesso às políticas públicas como respeito ao nosso modo de via. REFERÊNCIAS JESUS, Carolina Maria. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 10. ed. São Paulo: Ática, 2014. MARX, Karl Heinrich. Ah capitães. São Paulo: Boitempo, 2013.
#492 |
Política social, sistemas de información y problemas sociales en Argentina. El Registro Nacional de Trabajadores de la Economía Popular en la disputa por el reconocimiento del trabajo.
Malena Victoria Hopp
1
1 - CONICET, Instituto de Investigaciones Gino Germani, Universidad de Buenos Aires..
Resumen:
La introducción y el desarrollo de sistemas de información como pieza clave de la arquitectura y la gestión de las políticas sociales en América Latina es relativamente reciente. Al indagar en su emergencia y expansión, observamos que estos sistemas se encuentran en constante movimiento. Este comportamiento dinámico puede atribuirse, tanto al estímulo de múltiples avances tecnológicos que impactan en todos los niveles y dimensiones de la vida social, como a la propia reflexividad de su puesta en funcionamiento (Giddens, 1991). Es decir, a la capacidad de estos sistemas de pensarse a sí mismos y al consiguiente ordenamiento y reordenamiento de las relaciones sociales que produce el conocimiento sobre las prácticas sociales e institucionales que se despliegan en el marco de las políticas sociales. Partiendo de esta idea, el objetivo de esta ponencia es interrogar al Registro Nacional de Trabajadores/as de la Economía Popular (RENATEP) como sistema de información asociado a la política social, a fin de comprender los modos en que su creación y la información que produce participan en la definición, caracterización y reconocimiento de la economía popular y de las personas que en ella participan en tanto trabajadores. El RENATEP se creó en 2016 a partir de la sanción de la Ley de Emergencia Social n. 27.345, con el objetivo de reconocer, formalizar y garantizar los derechos de los/as trabajadores/as de la economía popular. Su efectiva puesta en funcionamiento se produjo recién en 2020 bajo la órbita de la Secretaría de Economía Social del Ministerio de Desarrollo Social de la Nación argentina. Se trata de un sistema de información laboral y sociodemográfica que busca constituirse en una herramienta clave tanto para el registro de estos trabajos como para la planificación y gestión de políticas destinadas al fortalecimiento y la protección del sector. Su institucionalización se vincula con un proceso de lucha social a partir de la confluencia de distintas organizaciones que buscan inscribir el apoyo estatal que reciben en el espacio del trabajo, en contraposición a la mirada tradicional de las políticas de asistencia social a la pobreza (Hopp, 2020; 2021). A partir de su institucionalización, por primera vez, la economía popular cuenta con datos oficiales que permiten cuantificarla y caracterizarla de forma más precisa. El enfoque que proponemos busca comprender la construcción social de este dispositivo técnico (Vommaro y Daniel, 2013) que funciona como herramienta de gestión de la información para la planificación e implementación de las políticas sociales de la Secretaría de Economía Social, al mismo tiempo que participa en la construcción del problema social que estas políticas buscan atender. Es decir, en la propia definición de la economía popular y en la delimitación y caracterización de la población destinataria de estas políticas a partir de la información que produce, moldeando así también las estrategias de intervención para abordar el problema. La estrategia metodológica utilizada es de tipo cualitativa y articuló la realización de entrevistas semi-estructuradas a trabajadores/as y funcionarios/as que participaron del diseño e implementación del RENATEP con el análisis documental. El corpus documental incluyó normativas de los programas de promoción, regulación y protección de la economía social y la economía popular, la normativa que establece la estructura orgánica del Ministerio de Desarrollo Social de la Nación, en particular de la Secretaría de Economía Social, las estadísticas producidas por el registro que fueron publicadas en informes de gestión e implementación, e información de sitios web oficiales. Asimismo, consultamos bibliografía especializada de investigadores y centros de estudios nacionales, de organismos internacionales y documentos producidos por las principales organizaciones de la economía popular e información de prensa. El análisis de los contenidos de estos documentos y las entrevistas realizadas nos permitió reconstruir los contextos de surgimiento y puesta en marcha del Registro, describir y analizar los aspectos formales y aquellos no formalizados, algunos de sus resultados y alcances, así como también observar la disputa por la definición de la economía popular, su reconocimiento y estrategias adecuadas de política social en la Argentina, en el periodo 2016-2021.En primer lugar, analizaremos el proceso de institucionalización del RENATEP, destacando el modo en que éste se vinculó con la expansión de la economía popular y el fortalecimiento de sus organizaciones de representación. Luego indagaremos en los soportes normativos e institucionales y las condiciones que hicieron posible su efectiva puesta en funcionamiento en un contexto de emergencia sanitaria, social y económica vinculada con las consecuencias de las medidas de aislamiento, establecidas para hacer frente a la pandemia del COVID-19. Por último, analizaremos la información sociodemográfica y laboral publicada en los dos Informes de Implementación disponibles a la fecha (RENATEP, mayo 2021; agosto 2021). A modo de reflexiones finales dejaremos planteadas algunas preguntas acerca del tipo de intervenciones y formas de reconocimiento que podría dar lugar la reconceptualización de una población objetivo históricamente construida a partir de su condición de pobreza y vulnerabilidad, operada a partir de la información producida por el Registro de la población destinataria de las políticas sociales de promoción de la economía popular en tanto trabajadores/as.Referencias bibliográficasGiddens, A. (1991). Consecuencias de la modernidad. Madrid: Alianza Editorial. Hopp, M. V. (2020). Protección social y políticas de promoción de la economía social y popular en argentina: estrategias y problemas en el periodo 2003-2019. Revista Da ABET, 19(1). https://doi.org/10.22478/ufpb.1676-4439.2020v19n1.52169Hopp, M. (2021) El trabajo: ¿medio de integración o recurso de la asistencia?, Teseo. https://www.teseopress.com/trabajomediointegracionorecursodeasistenciaVommaro, G. y Daniel, C. (2013) ¿Cuántos son los pobres? Contribuciones a la historia de su definición estadística en la Argentina de los años ochenta. Voces en el Fénix, 23(4), 24-31.Registro Nacional De Trabajadores De La Economía Popular. RENATEP (2021). Diagnóstico y perspectivas de la economía popular. Reporte Agosto 2021. https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/renatep_-_diagnostico_y_perspectivas_de_la_economia_popular_reporte_agosto_2021.pdf Registro Nacional De Trabajadores De La Economía Popular, RENATEP. (2021). Hacia el reconocimiento de las trabajadoras y los trabajadores de la economía popular. Primer informe de implementación. Reporte Mayo 2021. https://www.argentina.gob.ar/sites/default/files/2021/05/informe_completo_renatep.pdf
16:00 - 18:00
Eje 9.
- Ponencias presenciales
9. Espacio ocupacional de Trabajo Social
#237 |
Tendências de reprodução da força de trabalho de assistentes sociais no capitalismo contemporâneo
Maria Angelina Baía de Carvalho de Almeida Camargo
1
1 - Universidade Federal do Espírito Santo.
Resumen:
O presente trabalho discute as tendências de reprodução da força de trabalho de assistentes sociais na dinâmica contemporânea do capitalismo, no âmbito das condições e das relações de trabalho que estão submetidos/as os/as profissionais no mercado de trabalho. A pesquisa teve, por fio condutor, a análise do processamento da ação profissional por meio da tese da proletarização (suas expressões) do trabalho do/a assistente social. O recorte histórico e temporal da pesquisa é a crise de 2008 e suas repercussões no mundo do trabalho, na política social e nos direitos. Na condição de trabalhador/a assalariado/a, o/a assistente social está submetido/a à precarização do trabalho, que se acentua com a crise capitalista em curso. A pesquisa realizada, de natureza quantitativa e qualitativa, teve, como estratégia metodológica, a pesquisa de campo. Utilizou-se, como instrumentos, a aplicação de questionários e entrevistas com roteiro semiestruturado às assistentes sociais inseridas no mercado de trabalho no interior do Estado de Minas Gerais, perfazendo o número de 47 profissionais de um contingente de 103 assistentes sociais que responderam ao questionário. A partir do retorno ao questionário de forma aleatória, dezoito foram entrevistados/as. demonstrou novas formas de processamento e de organização do trabalho profissional – tomadas como novas tendências de contratação e consumo da força de trabalho. O que atinge, na atualidade, a totalidade da classe trabalhadora. Identificou-se, dentre as tendências, contratos temporários com prazo determinado, duplo vínculo de trabalho por meio de subcontratação de profissionais concursados e temporários pelo mesmo empregador, bem como a pejotização e a terceirização como tendência em curso, especialmente no espaço estatal, como mecanismo para a não contratação por meio de concurso público. Do ponto de vista salarial, está a crescente desvalorização do preço da força de trabalho, indicador que demonstrou uma pauperização acentuada dos/as profissionais no ato de sua reprodução. Tendências que conformam a profissão no mercado de trabalho e articulam ao consumo da força de trabalho a gestão por metas e o
home office. Processos que degradam essa força humana de trabalho e revelam o mundo do trabalho contemporâneo em suas novas tendências e incidências no Serviço Social, manifestadas em condições precárias, insalubres e rotinas extensas de trabalho; além de adoecimentos e assédios. Tal propensão se desenvolve no cenário de ampliação do exército industrial de reserva e de profusão da precarização global do trabalho, cujos registros são de uma ampla desregulamentação do trabalho e de perda de direitos. Do ponto vista metodológico à análise, a categoria
precarização assume centralidade na mútua relação entre
informalidade, terceirização, intensificação e proletarização para desvendar o processamento da ação profissional
. A escolha dessas categorias não foi aleatória, já que são recurso de abstração teórica para reconstruir o objeto nas determinações do capitalismo contemporâneo, nas várias formas que assume para perseguir o acréscimo de valor em que a informalidade, precarização, materialidade e imaterialidade são instrumentos fulcrais para a
preservação e a
ampliação do valor. O trabalho objetiva, apresentar os traços centrais que tecem a
tese da proletarização como expressão do trabalho contemporâneo no Serviço Social e, simultaneamente, atribuir centralidade ao
trabalho humano para a análise da profissão. Na teoria do valor trabalho de Marx, trabalho assalariado tem função precípua de cria valor, de valorizar o capital. O valor, entendido na tradição marxista, é trabalho “reificado”, “materializado” e, simultaneamente, é a objetivação das relações de produção entre pessoas. É “coágulo de trabalho humano indistintamente” ou “gelatina indiferenciada” como diz Marx. Nesses termos, a concepção de trabalho abstrato não é de natureza fisiológica do trabalho mais de uma forma social determinada de realização do trabalho humano, como trabalho socialmente igualado, que faz desaparecer o caráter útil dos produtos e dos trabalhos materializados em que diferentes formas de trabalho se reduzem a espécie de trabalho humano abstrato. O trabalho abstrato só é possível emergir como tal quando a troca assume a forma social do processo da produção social capitalista, modificando profundamente a dinâmica da visa do social. É nessa determinação de organização material da vida que o trabalho, como atividade vital à vida humana e criador de valores de uso (trabalho útil/concreto, é abstraído de suas qualidades naturais para troca no mercado encoberto pelo fetichismo da mercadoria. Nessa lógica a crise que invade, em 2008, o mundo da produção capitalista é central à análise. Por expressar uma nova fase prolongada de acumulação de capital não é possível e mostra que o capitalismo está imerso em suas contradições na busca constante, sem fim e sem limite pela valorização, abrindo uma espiral recessiva mundial com graves consequências para a classe trabalhadora, conduzindo o mundo do trabalho para uma intensa precarização estrutural do trabalho, cujos principais traços são de erosão do trabalho contratado e regulamentado; a
uberização; e a ampliação do subemprego e do desemprego. É a expansão sem precedentes de trabalhadores precários, intermitentes globais e sem direitos que corrobora, como elucida o autor, a tese da precarização estrutural do trabalho. Trata-se de um amplo processo de transformação do trabalho com novas formas de gerenciamento e de controle em que flexibilização, informalidade, terceirização, proletarização são traços estruturantes do mundo do trabalho. A terceirização tem-se configurado numa verdadeira epidemia que atinge a indústria, os serviços, a agricultura, os serviços públicos, espalhando-se de forma generalizada. Verdadeiras redes de subcontratação da força de trabalho formam-se rapidamente como tendência global de fornecimento de mão de obra para o capital em todas as áreas, liberando, assim, parte dos custos com a mão de obra e criando livre acesso ao capital para explorá-la. É nessa tendência contemporânea do capitalismo que o trabalho em serviços incorpora os protocolos do mundo produtivo em sua plenitude, com ritmos e rotinas de trabalho com vistas à intensificação do trabalho para atingir resultados quantitativamente ou qualitativamente superiores. Repousa aqui a dialética do trabalho sob comando do capital. O trabalho estará organizado em três seções: 1. A crise de 2008 e a dinâmica de exploração e de reprodução da força de trabalho; 2. O processamento e a proletarização do trabalho profissional; 3. As expressões da proletarização no mercado de trabalho para assistentes sociais e a conclusão.
#248 |
A intensificação da precarização do trabalho bancário no Brasil como resultado da expansão da flexibilização durante o contexto de pandemia COVID-19
Denison Martins dos Santos
1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ.
Resumen:
Neste resumo é apresentada uma síntese das reflexões teórico-metodológicas sobre a realidade do trabalho bancário no Brasil a partir do avanço da flexibilização que intensifica a precarização durante o contexto de pandemia COVID-19. O delineamento metodológico parte da revisão de literatura referente a: artigos, monografias, dissertações e teses, levantados nas bases bibliográficas da CAPES e Repositórios de Instituições de Ensino Superior Públicas, produzidas no período de 1990 a 2021, dos quais foram selecionados 16 trabalhos para a revisão. Duas questões orientaram este estudo, com a finalidade de problematizar o referido objeto: Quais as principais repercussões das novas formas de trabalho –
digitalizado e/ou home office - na vida dos/das trabalhadores/as bancários/as brasileiros/as durante a pandemia COVID-19? A flexibilização favorece a precarização do trabalho bancário no Brasil durante a pandemia Coronavírus? Como respostas iniciais a essas questões, dentre as proposições alcançadas na revisão destacam-se: Segnini (1999), Silva (2006), Sicsú (2004), Machado e Amorim (2012) e Selegrin (2013), que abordam as transformações ocorridas nas relações de trabalho em bancos brasileiros a partir da década de 1990; Segnini (1999) discute as mudanças no mercado, organização e conteúdo do trabalho bancário brasileiro; Silva (2006) evidencia as condições históricas da trajetória de precarização do trabalho bancário decorrente do avanço da reestruturação capitalista, liberalização financeira e política neoliberal no Brasil, assim como, Machado e Amorim (2012). Selegrin (2013) ressalta a condição de precarização e precariedade do novo trabalho bancário a partir da reestruturação ocorrida nos bancos brasileiros no início dos anos 2000. Os autores, em seus resultados, indicam a utilização da automação e das tecnologias digitais por parte dos bancos brasileiros (público e privado), advertindo para o processo de reestruturação interna iniciado na década de 1990 com a ascensão do projeto neoliberal. Outro aspecto identificado nas produções de Louzada (2015), Dogenski (2017), Matos (2020) e Vazquez (2020) referem estar em curso no país uma intensa reestruturação no modelo de atuação dos bancos enquanto tendência ao avanço da expansão digital do setor financeiro que incide na flexibilização do trabalho bancário brasileiro. Vazquez & Cavarzan (2015) destacam a existência de uma nova onda de reestruturação produtiva das empresas financeiras, fortemente ancorada nas tecnologias típicas do que se convencionou chamar de “4ª revolução industrial”, a partir do significativo processo de flexibilização nas empresas bancárias brasileiras; Biavaschi & Vazquez (2020) afirmam que no caso brasileiro, a conjuntura pandêmica alcançou o país em um momento histórico de aprofundamento da precarização e flexibilização das relações de trabalho, especialmente, após as significativas alterações na legislação trabalhista, que agravou a situação de profunda desigualdade social e precária estruturação do mercado de trabalho, levando o país vivenciar de forma ainda mais acirrada os efeitos da pandemia. Sobre esse aspecto, Santos (2018) adverte quanto as transformações ocorridas no trabalho bancário brasileiro no período pós-crise de 2008, com ênfase para as mudanças trazidas com o contexto da era digital do capitalismo avançado, tendo as tecnologias e mídias sociais/digitais enquanto principais responsáveis por mudanças no conteúdo, na organização e nas relações do trabalho bancário, modificando as formas de interação entre empresas, trabalhadores e população. Outro importante aspecto diz respeito ao aprofundamento da exploração dos/as bancários/as via generalização das terceirizações no setor de atendimento, drásticos enxugamentos de quadros das empresas bancárias e sobrelevação dos esforços físico, cognitivo e emocional dos trabalhadores decorrente das práticas patronais usadas para intensificar o trabalho - gestão por metas, extensão da jornada de trabalho, acúmulo de tarefas, aceleração do ritmo da atividade, polivalência e versatilidade, conforme indicado por Martins (2016), Altoé (2017), Bruno (2011), Antunes (2020) e Rosso (2017). De acordo com Martins (2016) o processo de intensificação implica numa relação entre capital e trabalho que em determinadas circunstâncias sociais e históricas expõe antagonismos subjacentes ao modo de produção capitalista. Para Altoé (2017) o novo trabalho bancário é definido com base em elementos do conceito de teletrabalho, a partir do novo espírito da sociedade em rede. Bruno (2011) indica que as mudanças recentes ocorridas na realidade do trabalho bancário no Brasil indicam um cenário preocupante e assustador que reproduz um retrato sem retoques do clima de tortura psicológica que domina as entranhas do sistema bancário brasileiro na atualidade. Antunes (2020) acredita que nestes tempos de crise e destruição, a imagem mais precisa dessa sociabilidade projeta-se numa formação societal completamente deformada ao tornar a força de trabalho global cada vez mais descartável e supérflua. Essa fase atual de pleno vigor do capital financeiro/fictício e de avanço informacional-digital em todos os campos da vida, deixa explicita a histórica realidade de pobreza antagônica, indicando um trágico cenário de devastação – material e subjetiva - que se soma à pandemia global. Neste sentido, Rosso (2017) declara que a realidade em curso que tem afetado frontalmente o mundo do trabalho a partir das novas condições de flexibilidade, onde para os trabalhadores essas mudanças trazem consigo um componente altamente negativo e muito almejado pelo grande capital: a desconstrução histórica de direitos. A revisão da literatura revela que a sociedade digitalizada e tecnologizada provoca nas últimas décadas o alargamento do universo de trabalho
on-line e digital em escala planetária, e no caso especifico do trabalho bancário brasileiro, os eixos do processo de reestruturação produtiva e flexibilização das relações de trabalho nos bancos ocorrem a partir da consolidação de canais digitais nas transações financeiras, automação de processos internos, utilização de inteligência artificial,
Big Data, plataformas digitais, e flexibilização das relações de trabalho. Por fim, destaca-se que, antes da crise sanitária ocasionada pelo Coronavírus, a dinâmica de trabalho nos bancos brasileiros já sofria os efeitos da reestruturação produtiva imposta pela política neoliberal deflagrada na década de 1990. Essa realidade demonstra, portanto, a utilização de estratégias pelo capital financeiro, baseadas na inovação tecnológica e na flexibilização das relações de trabalho que provocam o aumento do desemprego, do trabalho informal, das novas formas de contrato de trabalho, terceirização, precarização e intensificação do trabalho e derruição de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, além da tentativa de fragilizar a organização política dos trabalhadores, com ênfase, para o contexto pandêmico no Brasil.
#322 |
Contradições do trabalho do assistente social: entre a luta da etnia Marawatsedé e as respostas do Estado.
Luciana Azevedo
1
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Jakeline Farias Diniz
2
1 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.
2 - Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do DF.
Resumen:
A luta dos marawatsedé se situa como exemplo de expressão de resistência étnica diante do sangrento e violento processo de expropriação permanente que rege a lógica capitalista dependente hegemônica no Brasil, desde a gênese da colonização até os dias atuais. Assim, as respostas do Estado brasileiro pela via das Políticas Públicas, dentre elas a de Direitos Humanos, nas quais atuam os assistentes sociais, embora seja limitada, evidencia um avanço diante de longos anos de omissão, que concretizavam a opção estatal pelo desenvolvimento do capital mediante a expropriação da terra. Considerando tais questões, o presente estudo intenta a apresentação, de forma preliminar, do trabalho do Assistente Social em equipes técnicas interdisciplinares, especificamente na execução da Política Nacional de Direitos Humanos, notadamente na promoção/proteção a defensores e defensoras de Direitos Humanos, a partir da experiência profissional nessa política pública. Propõe-se a refletir sobre os limites e possibilidades do trabalho do assistente social nas políticas sociais diante do tensionamento entre a produção capitalista e as lutas da classe trabalhadora, (sob as expressões da Questão Social e suas nuances, considerando a luta dos Povos Originários no Brasil) referenciando-se ontologicamente na categoria trabalho como ótica de análise. Para tanto, tem-se como lócus a luta pela terra dos Marawatsedé (situado no estado do Mato Grosso) e as respostas do Estado pela via da Política Nacional de Direitos Humanos, mediante execução do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores Sociais e Ambientalistas. Assim, por meio de revisão bibliográfica, resgata-se a luta da referida etnia no contexto de luta pelos direitos humanos e a omissão estatal até as alternativas construídas pelo Estado, via Política Nacional de Direitos Humanos (PNDH), com ponto de destaque para a dialética existente entre três fatores: o sentido da colonização no Brasil; o peso do escravismo na sociedade brasileira e o desenvolvimento desigual e combinado entre as regiões, “numa complexa articulação entre progresso (adaptação ao capitalismo) e conservação (a permanência de importantes elementos da antiga ordem)” (COUTINHO apud BEHRING; BOSCHETTI, 2011, p. 72).O desafiador campo de efetivação dos Direitos Humanos no contexto brasileiro está intimamente relacionado aos mecanismos de enfrentamento da questão social e suas expressões e nuances, que esta política é feita para representar as contradições e conflitos gerados pela disputa de sujeitos sociais alienados o processo de produção/reprodução do sistema capitalista, seja por mecanismos que promovam seu “escondimento” ou pela criminalização das lutas sociais. Por exemplo, dois Povos Indígenas, Quilombolas, Populações Tradicionais que se dirigem à Terra/território violados, devido à expansão da matriz agroexportadora a qualquer preço e de atentados contra a vida de lideranças e ativistas ligados à reivindicação do terra como Direitos Humanos.Como profissional que é obrigado pelo capital, pela mediação do Estado a tratar das manifestações da questão social, ou seja, conflito entre capital e trabalho, ou assistente social que atua na Política Nacional de Direitos Humanos, contribuiu indiretamente garantir as condições de produção capitalista atuando na reprodução social. Da mesma forma, como força de trabalho paga pela mediação do Estado, ou assistente social, ele se posiciona como um trabalhador cuja atitude é permanentemente marcada pela contradição entre a produção social coletiva e sua apropriação privada, bem como as limitações da sociedade capitalista. sociabilidade no acolhimento da diversidade no processo de luta pelo reconhecimento identitário de ativistas em Direitos Humanos. No âmbito do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, ou na atuação do assistente social, eles são inscritos em processos de trabalho em equipes interdisciplinares, onde são chamados a atuar nas expressões da questão social vivenciadas pelas comunidades ameaçadas e líderes. Para que o reconhecimento dessa profissão avance mesmo em tempos retrógrados, embora sua atuação seja limitada pela relação de trabalho e o panorama político-econômico do Estado brasileiro em sua ofensiva conservadora e neofascista.Dessa forma, os limites, dilemas e contradições do trabalho do assistente social nas políticas públicas, articulados com outras políticas sociais, situam-se em várias dimensões. Entre eles, o fato de o Estado brasileiro, seus órgãos e agentes, em muitas ocasiões, figurarem como agentes violadores de direitos humanos, tendendo a favorecer a dinâmica de acumulação capitalista por meio de expropriações permanentes. Somas-isso à fragilidade do Estado em garantir condições de acesso às políticas públicas e proteção concreta aos pobres em luta pela terra e com suas vidas ameaçadas pela lógica da produção-exportação primária. Da mesma forma, em casos repetidos acompanhados de vislumbres ou acesso a políticas públicas e sociais por parte das comunidades ameaçadas, somente após notificação e judicialização das expressões da questão social vivenciada, Soma-se a isso, ou liderança econômica, ideológica e política da esfera federal do Estado brasileiro nos últimos tempos, caracterizada pelo descaso com a vida e a luta dos grupos mais atingidos pela desigualdade social, agravada por um verdadeiro conservador e neo- ofensiva fascista contra os direitos à terra reivindicada pelos cabelos pulverulentos originais, intensificada na atualidade. Isso limita o alcance da Política Nacional de Direitos Humanos, bem como expressa os dilemas dos dilemas do assistente social quanto às reais possibilidades de sua atuação diante da lógica destrutiva do capital, por meio da produção primária-exportadora brasileira, que desempenha cada dia mais povos originários em situação de ameaça,
#328 |
La organización sindical como forma de lucha en los espacios ocupacionales. El trabajo presentado recupera los procesos desarrollados por el Sindicato de Profesionales de Trabajo Social del Paraguay, en el marco de la elaboración de la Ley qu
Celeste Houdin cele.houdin@hotmail,com
1
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Romi Morales mercedes.morales@gmail.com
2
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Rosa Miranda Miranda rosazunildamiranda@gmail.com Miranda
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1 - FACSO-UNA.
2 - Facultad de Ciencias Médicas-UNA.
Resumen:
El trabajo presentado recupera los procesos desarrollados por el Sindicato de Profesionales de Trabajo Social del Paraguay, en el marco de la elaboración de la Ley que regula el ejercicio Profesional 6220/2019, así como situaciones vinculadas al ámbito laboral, en contexto de pandemia, y el proceso de elaboración del ante proyecto de Ley, para jubilación con 25 años de aporte, para las y los profesionales., en proceso de presentación al Parlamento Nacional. El área de salud, ha sido el espacio desde el cual nace y se desarrolla la profesión en el país, sin embargo, existe escasa producción científica disponible que permita ahondar sobre el componente ocupacional, desde una concepción como sujeto trabajador, que vende su fuerza de trabajo. Entre las limitaciones que han sido parte del proceso, como en otros países, también en el Paraguay, existe una subvaloración hacia el trabajo realizado, sobre todo aquellos vinculados a la asistencia directa, desde las instancias púbicas. Se suma a esta idea, de roles asumidos, las falencias propias de políticas públicas y políticas sociales que son implementadas por el Estado. En este sentido las y los profesionales de área de salud, por ser un espacio constante de precarización generalizada, logran instalar en el año 2014, una Direccion de Trabajo Social, a nivel Central del Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social, que les permita visibilizar la profesión dentro de la estructura de salud. Esta direccion si bien avanzo de forma mínima, el proceso de gestión motivó a las y los colegas a pensarse como sujetos trabajadores precarizados dentro del sistema de salud, buscando ser reconocidos como profesionales, evidenciando el escaso salario que reciben en relación al grado de formación. Está triste realidad, que es mayoritaria, obliga necesariamente a buscar empleo en más de una institución, ingresando en un círculo de mayor precarización laboral que genera consecuencias tanto personales como en el servicio otorgado desde los dispositivos institucionales. El reconocimiento de esta situación compleja y al mismo tiempo contradictora, ha sido una de las motivaciones principales que permitieron a un grupo de colegas del sector salud, organizarse como sindicato desde el 2014, aproximadamente, logrando legalidad gremial, en el año 2016, con el nombre el Sindicato de Profesionales de Trabajo Social del Paraguay – SPROTRASO PY. Para el colectivo de profesionales este paso organizativo, hace un giro relevante, hacia su propia condición de trabajadora/r (atendiendo que aún existe mayoría de mujeres ocupando la profesión) y al mismo tiempo se acompaña el proceso de Ley que regula el ejercicio profesional. En este marco, se logra colocar el tema del espacio laboral, como central, más allá de sector salud, evidenciando que, si bien son diversos, existen brechas existentes históricas en la mayoría de las instituciones que van desde el tipo de contratación, (permanente, contratado, por proyecto), el salario, las horas exigidas, escasos recursos y exigibilidad constante para cumplir oficios, inseguridad en los espacios laborales, en particular en las instituciones de carácter público. Desde el Sindicato, hemos buscado colocar el análisis retomando el trabajo realizado por Martinelli (1989), sobre la identidad atribuida ya que permite dimensionar el desdoblamiento que se genera en las y los profesionales en cuanto a su condición de sujeto trabajador, perdiendo de vista incluso en propio origen de la profesión y la herencia conservadora como lo menciona Montaño (2000) cuando la formación socio-histórica en el marco de un proceso de desarrollo capitalista requiere de un agente, como interlocutor válido del Estado y de la sociedad. El trabajo social nace con “una identidad atribuida, la que expresaba una síntesis de las prácticas sociales pre-capitalistas — represoras y controladoras — y de los mecanismos y estrategias producidos por la clase dominante para garantizar la marcha expansionista y la definitiva consolidación del sistema capitalista.” (Martinelli, 1989, pág. 65) Los procesos de trabajo hospitalario, en nuestro país, han demandado y exigido un trabajo social, altamente asistencialista, ensombrecido con prácticas institucionales prebendarías y clientelares, tipas del tipo de Estado oligárquico que se consolido el país, (Rojas:2014). Así el llamado profesional de “concesos”, fortaleció el ejercicio profesional, en favor a las patronales, nublando el carácter contradictorio que subyace en toda sociedad capitalista. (Martinelli: 1989) ¿En qué medida esta voluntad de servir, incidió en mejorar las condiciones objetivas donde las y los trabajadores sociales realizan su trabajo ocupacional? Atendiendo las condiciones precarias de las políticas estatales, ¿prefirió sumarse a ser brazo ejecutor de dichas políticas desde una identificación con Estado y no con las y los usuarios, ni con su condición de clase?Algunas de estas preguntas probablemente hayan sido las que sembraron la semilla para la organización en un sindicato de profesionales de trabajo social que tiene su base en colegas del sector salud. Ese hecho permitió trascender la mirada hacia otros horizontes, en la búsqueda de una estabilidad laboral, salarios dignos, y la una jubilación que se ajuste al grado de exposición psicosocial en el que trabajan de forma continua. Para indagar sobre las condiciones laborales de profesionales de trabajo social, se requiere comprender los procesos desarrollados en el contexto social e histórico que vinculan la comprensión de la cuestión social, las acciones del Estado, las demandas de las y los sujetos y las respuestas otorgadas a estas demandas, hacia su propia condición como trabajador que vende su fuerza de trabajo en espacios ocupacionales diversos, siendo el estatal aún el mayor empleador. Como parte el proceso de elaboración del ante proyecto de Ley sobre la jubilación, se ha presentado una discusión que ha generado controversias: la definición del constructo trabajador social como personal de blanco. Por un lado, al ser ubicado como tal permite obtener algunos beneficios laborales, como posibilidad de contar con más de un vínculo laboral, reclamar pagos por insalubridad, bajar las horas de trabajo, exigir los mismos años de jubilación que otros profesionales, pero al mismo tiempo, ¿qué sucede con las y los demás profesionales cuyos espacios ocupacionales no responden al sector salud?, ocupando una serie de espacios que son requeridos en la actualidad. Esta complejidad, obviamente debe ser parte de un debate colectivo que comprenda la construcción socio-histórica de la profesión en el país. No quedan dudas de que la profesión es una disciplina de las ciencias sociales, sin embargo, en la práctica concreta, rige una orientación salubrista que hasta la fecha ha sido hegemónica. En cuanto al concepto del trabajo social la Ley 6220/2019, en el Art.6, es clara; “Trabajo Social es una profesión que se inserta en el ámbito de las relaciones entre sujetos sociales, entre éstos y el ESTADO, en los distintos contextos socio históricos de actuación profesional, desarrolla una práxis social, y un conjunto de acciones de tipo socioeducativo que inciden en la reproducción material y social de la vida con una perspectiva de transformación social comprometida con la democracia, y el enfrentamiento de las desigualdades sociales, fortaleciendo la autonomía, la participación, y el ejercicio de ciudadanía en defensa y conquista de los derechos humanos y la justicia social”. En cuanto a la orientación del ejercicio profesional, siguiendo con la normativa arriba citada, define como: “El derecho al bienestar y a la protección social se constituyen en el objeto de la intervención de los profesionales del Trabajo Social en la implementación de políticas sociales de carácter universal, siendo sujetos directos: la población en general y en particular los sectores de mayor vulnerabilidad y exclusión económica y social”. Ley 6220/2019 Art.7. Lo recogido en el trabajo, hace referencia, a la ubicación en tiempo y espacio, de trabajadores sociales, cuantificando la cantidad de profesionales según servicios públicos, el promedio de salario, relación laboral, porcentaje de años de trabajo, edad, y sexo, que ayudan a comprender cómo se ha ido desarrollando la profesión al interior de las instituciones. Con esto se busca demostrar que si bien, existe como un tutelaje formal del ámbito de la salud, en cuanto a expedición de registros profesionales, el trabajo social por el tipo de trabajo que realiza, necesariamente debe contar con una menor cantidad de años para la jubilación ya que actualmente en el país, deben cumplir 40 años de aporte, en el sistema de seguridad social, equiparando al trabajador administrativo de la función pública. Entre las fundamentaciones expuestas en el ante Proyecto de jubilación, e hace hincapié, lo que la Organización Mundial de la Salud (OMS) designa como síndrome de desgaste profesional, ya que el constante trabajo con entornos complejos, expone con mayor frecuencia a el estrés laboral, y con ello al agotamiento de físico y psíquico. Referencias Garcia, Stella Mary (2019) La cuestión social en el Paraguay del siglo XX: Trabajo Social y políticas sociales. Asunción: Arandurä Houdin, Celeste (2019). Ensayo sobre: El capitalismo en Paraguay, luchas y resistencias de la clase obrera. Documento de Trabajo. Presentado para la Maestría de Ciencias Sociales con mención en Desarrollo. FLACSO PY. Martinelli, M. L. (1997). Servicio Social: Identidad y Alienación. San Pablo: Cortez. Montaño Carlos (2000) La Naturaleza del Servicio Social: Un ensayo sobre su génesis, su especificidad y su reproducción. San Pablo Cortez Editora. Rojas, Luis (2014) La metamorfósis del Paraguay: Del esplendor inicial a su traumática descomposición. Asunción: Base Investigaciones Sociales. SIPROTRASO PY: Marina Vázquez (2021) Fundamentación del anteproyecto de Ley jubilación, 25 años de aporte y 55 años de edad. SIPROTRASO PY. Asunción.
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O Trabalho do Assistente Social em Tempos de Pandemia: Ressignificações e Desafios no Hospital Instituto Doutor José FrotaRESUMO:A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) exigiu mudanças significativas na vida de população brasileira em face da grave cr
Maria Erica Ribeiro Pereira
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Régia Maria Prado Pinto
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1 - Hospital Instituto Doutor José Frota.
Resumen:
O Trabalho do Assistente Social em Tempos de Pandemia: Ressignificações e Desafios no Hospital Instituto Doutor José Frota RESUMO: A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) exigiu mudanças significativas na vida da população brasileira diante de uma grave crise sanitária e exigiu uma reorganização da política de saúde pública no Brasil. Nesse sentido, os hospitais de referência em diversas áreas têm que cancelar atendimentos e cirurgias para atender pacientes com sintomas de Covid19, como, por exemplo, o Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF) em Fortaleza, Ceará. Essa realidade provocou alterações significativas nos processos de trabalho de dois profissionais pertencentes ao hospital, a exemplo do assistente social. Assim, Este artigo tem como objetivo socializar os desafios e significados do trabalho do assistente social junto aos pacientes e seus familiares no contexto pandêmico neste hospital.1 INTRODUÇÃO Em 2019, o mundo foi elogiado pela descoberta do vírus Sar-Cov-2 que surgiu na China, também conhecida pelo novo coronavírus, que logo se transformou na pandemia de covid-19. Além do número de vidas afetadas, a pandemia alterou substancialmente o cotidiano de toda a população com base em medidas sanitárias, isolamento social e higiene. E ainda há alterações significativas na política de saúde em todo o mundo. A pandemia de covid-19 tem também consequências económicas, políticas e sociais, configurando uma grande crise sanitária, Segundo a Organização Mundial da Saúde, que já contabiliza a morte de quase 15 mil pessoas até maio de 2022 em todo o mundo. Na mesma data, o Ministério da Saúde registrou mais de 665 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil. No Brasil, a pandemia também sobrecarregou o Sistema Único de Saúde (SUS), levando à morte da ausência de atendimento àqueles pacientes com sintomas mais graves. Por outro lado, seu fiador de ITS ou atendimento à população através do fornecimento de leis, vigilância sanitária, tecnologias, medicamentos, vacinas e seus profissionais. Nesse contexto, hospitais de alta complexidade cancelarão atendimentos e cirurgias para priorizar o atendimento à população com sintomas graves de doença, a exemplo do IJF, que disponibiliza a estrutura de unidades de tratamento intensivo (UTIs), enfermeiros e recursos humanos. Nesse contexto, os trabalhadores do IJF terão que enfrentar enormes desafios e ressignificar as práticas profissionais diante do ensino desconhecido pela ciência, a exemplo de dois assistentes sociais que trabalharão em unidades Covid-19. 1. ATENDIMENTO NÃO INSTITUTO DOUTOR JOSÉ FROTA EM CONTEXTO SEM PANDEMIA O IJF é uma unidade de saúde de urgência e emergência, caracterizada por ser um hospital de nível terciário, de alta complexidade, pertencente à rede de saúde da Prefeitura de Fortaleza-Ceará. Constitui unidade de referência para as regiões Norte e Nordeste do país no atendimento e assistência à população com múltiplas fraturas, lesões vasculares e neurológicas graves, queimaduras, traumas decorrentes de tentativas de suicídio, intoxicações, asfixia e outros. Há também um espaço de ensino e pesquisa na área da saúde. Para disponibilizar UTI e unidades de enfermagem, ou IJF haverá dois hospitais de referência para o tratamento de pacientes com sintomas graves devido ao vírus. Esse rearranjo provocou mudanças nos processos de trabalho de dois trabalhadores diferentes, por exemplo, o assistente social. 2. O Trabalho do Assistente Social em Tempos de Pandemia: demissões e desafios no Instituto Doutor José Frota, o assistente social nas unidades COVID19 do IJF, tem um enorme desafio para exercer suas atribuições e competências em um contexto que exige atenção padrões de saúde e distanciamento social. Nesse cenário, os assistentes sociais lotados na unidade Covid-19 estarão ouvindo reclamações, orientações sobre direitos sociais, análise socioeconômica, elaboração de prêmios sociais, orientações trabalhistas e previdenciárias, bem como encaminhamentos. Nesse contexto, o assistente social deve incorporar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para realizar serviços e articulações com profissionais de políticas públicas. O uso das TICs tem grande impacto no trabalho na relação do assistente social e na relação com outros profissionais e com os usuários. A categoria também experimentou a demanda por requisitos “novos/antigos”, como comunicação de óbito, atribuição de termo de procedimento cirúrgico e revisão de boletins clínicos. Acesso ao debate sobre competências profissionais e atribuições exclusivas. Diante de tantos desafios, O debate acumulado e os diversos posicionamentos do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) possibilitam que esses assistentes sociais reflitam para reafirmar que, mesmo em uma conjuntura repleta de novidades e desafios, a regulamentação e todo o acúmulo teórico são fundantes para reafirmar A prática não perde o sentido social exposto na Lei de Regulação da Profissão e no Código de Ética. CONSIDERAÇÕES FINAIS O contexto da pandemia causou impactos para o trabalho do assistente social com pacientes e seus familiares fora do âmbito do IJF. Os desafios e a necessidade de ressignificar as metodologias de trabalho vão afirmar a importância do acúmulo ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo da profissão. Segunda Marilda, Orientar ou trabalhar profissionalmente o que queremos dizer requer um profissional atento às possibilidades descortinadas pelo mundo contemporâneo, capaz de formular, endossar e recriar propostas para o campo das políticas sociais e da organização das forças da sociedade civil. Um profissional informado, crítico e proposital, que aposta no protagonismo de dois sujeitos sociais. Diante de tantos desafios, ou debates acumulados pela categoria e pelos diversos posicionamentos do Grupo CFESS/CRESS, é possível refletirmos e reafirmarmos que, mesmo em uma conjuntura repleta de novidades e desafios, uma profissão é fundamental para a defesa das atribuições privadas e das competências profissionais. REFERÊNCIAS DO CFESS. Código de Ética do/a Assistente Social. São Paulo. Cortez, 2012IAMAMOTO: Marilda O Serviço Social em jantar contemporâneo. In: CFESS/ABEPSS (Orgs.
Direitos sociais e competências profissionais Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009a GOVERNO FEDERAL (Brasil). Ministério da Saúde. In : Painel Coronavírus. Brasil, 20 de maio de 2022. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 21 de maio de 2022.GRIMLEY, Naomi; CORNISH, Jack; STYLIANO, Nassos. Número real de mortes por covid no mundo pode ser reduzido para 15 mil, diz OMS. In: BBCNEWS (Brasil). BBCNEWSPortuguês. Brasil, 5 de maio de 2022. 1. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61332. Acesso em: 21 de maio de 2022.
Virtual 1
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Ponencias virtuales
6. Formación de grado
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FÓRUM DE SUPERVISÃO DE ESTÁGIO: formação e debate sobre o estágio em Serviço Social.
ROSIRAN MONTENEGRO
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HELOISE NUNES
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1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Resumen:
Introdução: O Estágio Supervisionado em Serviço Social é um processo didático-pedagógico que incide na inserção de estudantes em espaços sócio-ocupacionais onde se realiza o trabalho de assistentes sociais. Se configura como componente obrigatório na formação de assistentes sociais brasileiros, podendo ser realizado também, como componente não obrigatório após cumpridas as horas determinadas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Serviço Social, obedecendo as legislações e diretrizes políticas das entidades que constroem a profissão a mais de oito décadas. O estágio se configura como um momento privilegiado da formação para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências para o exercício profissional, a partir das relações construídas nos espaços sócio-ocupacionais para atendimento às pessoas que demandam o Serviço Social. O desafio desse componente formativo está em garantir a qualidade da formação e o constante diálogo entre os agentes que compõem esse processo de formação. Este artigo discute uma das estratégias indicada nas diretrizes do estágio que é a realização de Fórum de Supervisão de Estágio, reunindo as/os estagiárias/os, as/os Supervisores/as de Campo e as/os Supervisores/as Acadêmicos/as. Segundo a Política Nacional de Estágio construída coletivamente pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), além dos valores ético-políticos profissionais (defesa da liberdade, justiça social e democracia, dentre outros) que devem nortear o processo de estágio, outros princípios relacionados devem ser considerados a saber: a indissociabilidade entre as três dimensões da formação em Serviço Social (teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa), compreendendo-as como unidade em perspectiva totalizante e diversa; a articulação entre formação e exercício profissional dada pela indispensável interlocução envolvendo estudantes, assistentes sociais supervisores/as de campo e professores/as supervisores/as acadêmicos/as; a indissociabilidade entre o estágio, a supervisão de campo e a supervisão acadêmica, se expressando no planejamento, acompanhamento e avaliação do processo de estágio; a articulação entre a universidade e a sociedade, processo que dinamiza o conhecimento da realidade e a busca de respostas às demandas; a unidade entre a teoria e a prática na perspectiva dialética que retroalimenta o processo de aprendizagem; a articulação entre ensino, pesquisa e extensão; e a interdisciplinaridade, entendida como a interlocução de saberes entre as diversas áreas do conhecimento. A análise da realidade vivenciada nos campos de estágio se realiza sob a perspectiva crítica de compreensão dos efeitos da crise econômica e sanitária, os quais desnudaram a desigualdade social estrutural, agudizando as aviltantes condições de vida da classe trabalhadora brasileira, especialmente os mais vulneráveis que constituem os principais sujeitos que demandam o trabalho profissional de assistentes sociais. Por consequência, também se verifica a precarização do trabalho profissional e dos campos de estágio, o que incide na formação das/dos estudantes de Serviço Social. Objetivo Geral: debater sobre o papel do estágio no processo formativo, destacando a realização dos Fóruns de Supervisão de Estágio como uma estratégia facilitadora desse processo. Objetivos específicos: analisar a importância do Fórum de Estágio Supervisionado, como espaço de diálogo, formação e aproximação entre os/as estagiários/as, supervisores/as de campo e supervisores/as acadêmicos/as; compreender os principais elementos constantes nas legislações e diretrizes que orientam a realização do estágio supervisionado em Serviço Social no Brasil; apresentar as estratégias de organização dos Fóruns de Estágio, identificando os desafios e aprendizados do processo; construir sínteses reflexivas e críticas das questões discutidas nos Fóruns de Estágio Supervisionado; compreender os desafios e possibilidades que permitam a qualificação da formação profissional no contexto de crise do capital e agudização das expressões da questão social. Material e Métodos: Trata-se de um Relato de Experiência, fundamentado no relatórios (memórias) dos XXII e XXIII Fórum de Supervisão de Estágio do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ocorridos durante o ano de 2021, no contexto da crise sanitária global, em razão da pandemia da COVID-19. O tema será problematizado também a partir de pesquisa bibliográfica e documental. Na pesquisa bibliográfica buscou-se referências que debatem sobre e Estágio Supervisionado, trazendo conceitos e argumentações que ratificam a importância desse elemento formativo. A pesquisa documental ocupou-se das legislações que normatizam o estágio em Serviço Social, a exemplo da Lei de Regulamentação da Profissão, do Código de Ética Profissional, das Resoluções do Conselho Federal de Serviço Social, das Diretrizes Curriculares da ABEPSS publicadas em 1996 e da Política Nacional de Estágio de 2010, construída coletivamente também pela ABEPSS. A análise destes materiais não se realiza sem a atenção a questões conjunturais. Logo, transcorreu articulada com a compreensão do contexto econômico, político e social de crise, expresso no desemprego, desproteção e violência, o qual incide na materialidade do trabalho profissional e nas condições concretas de realização do estágio supervisionado. Considerações Finais: Espera-se como resultado contribuir ratificando a importância de espaços coletivos de construção e diálogo no âmbito da formação, a partir do estágio supervisionado, ofertando elementos que possam auxiliar na compreensão e problematização, com vistas a qualificar a formação e fortalecer o projeto ético-político profissional. O contexto de precarização do trabalho e retrocessos de toda ordem que afetam diretamente os sujeitos demandantes do trabalho profissional dos/das assistentes sociais, exige esforço coletivo de resistência na defesa da democracia, do ensino público, laico e popular, da formação de qualidade, tendo como consequência o fortalecimento do projeto ético-político profissional.
#499 |
UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA EM RISCO: em um cenário político de ajustes neoliberais, instabilidades e retrocessos
Déborah Gomes de Freitas
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Sudelmar Dias Fernandes
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1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA.
2 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano.
Resumen:
O presente estudo busca discutir os impactos e riscos que a universidade pública brasileira vem enfrentando no cenário político de ajustes neoliberais, de instabilidades e retrocessos, nos governos MDB e PSL (antigo partido político do atual presidente do Brasil Jair Bolsonaro) após o
impeachment de Dilma Rousseff. No Brasil, mesmo o ensino superior público ser garantido pela Constituição Federal de 1988 (CF/88) como direito de todos e dever do Estado (art. 205), e as universidades terem a garantia de gozarem “[...] de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial [...]” (BRASIL, 1988, art. 207), nos últimos cinco anos a educação superior pública no país tem sido alvo de políticas (decretos e emendas constitucionais) conduzidas por governantes contrários ao direito da universalização da educação gratuita para todo cidadão. Estudos de autores como Chauí (2003, 2014), Duarte (2017), Frazon (2015), Lusa
et al (2019), dentre outros, destacam que, a instituição de políticas e reformas contrárias ao desenvolvimento e expansão da educação superior pública de qualidade não é recente, no entanto, após o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, os governos de Michel Temer (2016-2018) e do atual presidente Jair Bolsonaro (2019-2021) tem lançado diversas medidas neoliberais que têm solapado os princípios disposto na Constituição Federal de 1988 (capítulo III, seção I) destinados à educação superior pública, em nome do novo regime fiscal e dos interesses dos rentistas financeiros. Com relação a essa questão, Chauí (2003) aponta que, o governo vem designando a educação superior como serviço não exclusivo do Estado, ou seja, a educação “[...] deixou de ser concebida como um direito e passou a ser considerada um serviço; [...] deixou de ser considerada um serviço público e passou a ser considerada um serviço que pode ser privado ou privatizado” (p. 6). Diante dessa problemática, tais situações nos instigaram a pesquisar e discutir sobre o assunto, pois observamos que as determinações dos governos de Temer e Bolsonaro em nome do regime fiscal e de políticas da ortodoxia neoliberal, tem se sobreposto às necessidades sociais e abalado os direitos constitucionais. E com isso, a perspectiva de universidade pública tem sido desfigurada pela prática de cortes e contingenciamento de seus recursos e pela abertura para a sua privatização através de propostas como o Programa Universidades e Institutos Empreendedores e Inovadores (Future-se) que evoca a ideia de “refuncionalização das instituições em “organizações” empreendedoras e inovadoras em um ambiente produtivo” (LEHER, 2020) dentre outros aspectos. Assim, as universidades públicas brasileiras vêm-se envolta de uma conjuntura adversa que tem promovido sucessivas reformas no ensino superior, enfraquecendo a sua consolidação enquanto instituição social. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo central identificar os efeitos das políticas neoliberais sobre a universidade pública brasileira nos governos MDB e PSL após o
impeachment de Dilma Rousseff, e para um melhor delineamento do estudo tem como objetivos específicos: Discutir as políticas implementadas na universidade pública brasileira na gestão do governo Michel Temer e do governo Jair Bolsonaro; Verificar como se deu o contingenciamento dos recursos financeiros das universidades públicas após o
impeachment de Dilma Rousseff; Analisar quais os impactos das políticas de orientação neoliberal dos governos MDB e PSL sobre as universidades públicas. Trata-se de um estudo exploratório, pois como destaca Gil (2002) este tipo de pesquisa tem como objetivo aprimorar as ideias ou a descoberta de intuições, e é uma pesquisa bastante flexível, visto que possibilita a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. O plano de trabalho metodológico desse estudo apoia-se no método crítico-dialético de Karl Marx, pois articula a totalidade, a contradição e a mediação, e nos permite conhecer os diversos elementos da realidade em estudo, que estão interligados a uma mesma totalidade (PAULO NETTO, 2011). A abordagem metodológica que orienta esse estudo é a qualitativa, segundo Gil (2002, p. 134) “nas pesquisas qualitativas, o conjunto inicial de categorias em geral é reexaminado e modificado sucessivamente, com vista em obter ideias mais abrangentes e significativas”. O procedimento do estudo foi feito através da pesquisa bibliográfica com consulta a livros, revistas, artigos científicos, dissertações e teses, bem como, foi feito a análise documental, tais como leis, decretos, emendas constitucionais, dados estatísticos e tabelas pertinentes para a compreensão da temática estudada. Por se tratar de uma temática contemporânea, foi necessário fazer um recorte temporal da pesquisa, assim o presente estudo analisa o período do governo do presidente Temer (2016-2018) e do governo do atual presidente Bolsonaro (2019-2021). Após discussões e análises, constatou-se que dentre os ataques mais ofensivos à educação superior pública brasileira nos governos de Temer e de Bolsonaro, está o teto de gasto previsto na EC 95/2016 que congela por vinte anos os recursos destinados às despesas da área da educação e de outras políticas públicas. A EC 95/2016 vem comprometendo seriamente as universidades federais, pois as verbas (empenhadas pelo Tesouro Nacional por meio das Leis Orçamentárias Anuais - LOA, para as universidades pública) que deveriam ser repassadas para o custeio e investimentos dessas instituições sofreram cortes e contingenciamentos absurdos. E essas ações geraram impactos negativos para a educação superior pública como: o sucateamento das IES federais por falta de manutenção de atividades como contas de água, luz, telefonia, compras de equipamentos, construção de novos prédios e continuidade de reformas já existentes; diminuição do número de bolsas para a assistência estudantil e pós-graduação, bem como cortes dos recursos destinados aos programas e projetos de pesquisas científicas e tecnológicas. A partir desse estudo, conclui-se que os governos dos últimos cinco anos não têm medido esforços no sentido de promover o desmonte das universidades federais, para transformá-las em organizações de serviços financiadas pelo mercado. Isso porque, a prioridade desses governos é a austeridade fiscal, ou seja, manter a todo custo a financeirização da economia e atender os interesses da classe dominante (a burguesia, os mais ricos).
#514 |
Distensiones y deconstrucciones de la práctica académica en Trabajo Social.
Yenny Andrea Belalcázar Vásquez
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Leidy Johanna Rodríguez Higuera
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1 - Corporación Universitaria del Caribe-CECAR.
2 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
Resumen:
En el marco de los desafíos curriculares para la estructuración de procesos de formación en Trabajo Social, la práctica académica a partir de lo acontecido a raíz de la pandemia por Covid-19, especialmente con fines al fortalecimiento de los planes de estudios, se ha visto involucrada en procesos de reflexión y ajuste desde una postura ético política, que articula en un primer momento el papel que cumplen los actores involucrados, en segundo momento, la praxis para dar respuesta a las necesidades y al diseño de estrategias de atención a la cuestión social, que entre otras cosas guarda una relación directa desde la articulación de los procesos pedagógicos que se involucran en el aula y con ello el proceso de articulación de la tecnología o el marco técnico-operativo que se fortalecen a través del acompañamiento a las prácticas y en las oportunidades de intercambio que se dan para el análisis e interacción con la realidad. Todo ello, reconociendo la importancia de la articulación de los procesos de investigación, intervención y emancipación, que aunque parecieran estar alejados entre sí, involucran de manera activa la realidad como objeto de conocimiento que fundamenta la cuestión social y las relaciones sociales y con ello todo un panorama de acciones clave que desde lo disciplinar podría afirmarse requieren también la deconstrucción de posturas y categorías teóricas para invitar a lecturas más profundas sobre la relación de las necesidades concretas del contexto de cara a la intervención profesional, dando lugar a un proceso de criticidad que aporta a la reivindicación de la dignidad, la justicia social y la construcción de respeto por las distintas formas de vida. Lo anterior, en tanto desde la presente ponencia, producto del acompañamiento y liderazgo de procesos de formación de práctica profesional, en contextos de pandemia y posteriores, que permiten traer al escenario desafíos importantes que dan cuenta al final de estrategias y recursos que se consolidan de manera contextual y que de forma inversa dan cuenta a partir de las dinámicas propias de las personas, los grupos, las comunidades y desde los sujetos que aplican sus saberes al cuestionamiento de toda su realidad, validando con ello que las formas tradicionales de formación que con el tiempo han venido resignificándose, no implican un papel de ajuste que se cree cumple la teoría y la metodología sobre la realidad, cuando de manera significativa el papel de la investigación se materializa en el análisis dialéctico de las características propias del contexto; de ahí la importancia de preguntarse acerca de ¿qué se ocupa el trabajo social en la práctica? ¿qué discusiones teórico metodológicas y ético políticas se generan a partir de la intervención contextual? ¿cuál es el aporte de la profesión a las demandas de la sociedad en el marco de una pospandemia? En consecuencia, la presente propuesta argumentativa plantea en primer lugar, un reconocimiento desde la línea de formación de grado, sobre la importancia del debate que puede darse respecto a la práctica en coherencia con el proceso de enseñanza - aprendizaje especialmente el que se ha dado desde la pandemia, que hoy sin lugar a duda pone en consonancia el papel activo del estudiante en el marco de la puesta en marcha de procesos de pensamiento en confrontación y análisis de la política social, lo cual permite el fortalecimiento de sus capacidades hacia la consolidación de un pensamiento crítico y propositivo desde su aprendizaje y asumiendo con ello una postura ético-política profesional. En segundo lugar, reconocer las principales tensiones y deconstrucciones necesarias para formar trabajadores sociales y con ello hacer procesos de investigación - intervención que responden a la cuestión social en coherencia con las voces, los sentires y la importancia de la transversalización de las políticas públicas en clave de derechos humanos y de respeto por las diferencias y diversidad de las comunidades y grupos poblacionales. Por último, garantizar un ejercicio reflexivo de la praxis profesional y las funciones contextuales del trabajador social en tanto la práctica está generando unas distensiones, desde diversas líneas dentro de las que se encuentra por una parte, las lógicas estructurantes y con ello lo importante de analizar sus campos y escenarios de actuación profesional; por otra parte, el desarrollo y protagonismo de los métodos propios que contextualizan la intervención dando sentido de esta forma a la potencialidad del ámbito operativo instrumental y el carácter metodológico que es reconocido en los colectivos profesionales como un proceso planificado sobre el análisis de la cuestión social que le dan cada vez mayor protagonismo y posicionamiento a la actuación o praxis profesional, trayendo a su vez retos y desafíos importantes que no se restringen a responder de manera operativa a la realidad, sino que con ello, adicionalmente, se asumen posturas y se construye conocimiento que desde un enfoque socio crítico plantea una reivindicación de cara a la fundamentación teórica, metodológica y política del Trabajo Social que en este sentido otorga un lugar central a las prácticas académicas en tanto a la intervención es un rasgo diferenciador de la profesión.
#517 |
Prácticas formativas en estudiantes de Trabajo Social de la Universidad de Guadalajara: Estudio de casos.
Sara Valdez Estrada
1
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Rosita Fierros Huerta
1
1 - Universidad de Guadalajara.
Resumen:
Las prácticas formativas en la Licenciatura en Trabajo Social se constituyen en escenarios que recrean la relación teoría-práctica en la diversidad de contextos que viven los estudiantes, Se conjuga paralelamente la misión académica y social de la Universidad con las trayectorias personales, formativas y laborales de los estudiantes en la intervención profesional, para configurar el ser y hacer de la profesión en la actualidad. En este sentido, la investigación ofrece datos de cómo los estudiantes construyen significados de la práctica formativa, a partir de la trayectoria académica, de la malla curricular y del sentido individual que le dan a su formación, en la intervención profesional comprendida como acción social dirigida siempre a otros. Se entiende la evolución histórica de Trabajo Social sujeta a variables como la tradición, la formación, las políticas sociales, culturales, y el mercado de trabajo.El objeto de investigación, se aproxima desde la problematización y justificación a partir de la configuración histórica de la profesión en el Departamento de Trabajo Social de la Universidad de Guadalajara. El marco teórico-conceptual en un entramado de elementos que llevan al abordaje desde el paradigma interpretativo. Se trabaja desde la Sociología comprensiva como perspectiva de análisis, la construcción social e individual de significados en las prácticas formativas; se transita, además, por la Sociología de las profesiones. La propuesta es cualitativa por su proceso inductivo, se acude al método de estudio de casos, se utilizan la entrevista, el análisis de contenido documental y la narrativa. Participan seis estudiantes del campo educativo que cursaron el último semestre (8vo), próximos a egresar e incorporarse al mercado laboral. Se realiza un análisis través de seis ejes temáticos, se recurre a la triangulación de instrumentos para una mejor comprensión de cada caso y de las prácticas formativas.En esta entrega, se expone un caso particular a través de operaciones inductivas interpretativas desde seis ejes temáticos: datos biográficos, trayectoria universitaria, significado de Trabajo Social, significado de prácticas formativas en el campo educativo, perfil de egreso y mercado laboral, docencia y tutoría; elementos que aglutinan el significado de las prácticas formativas como ensamble del proceso analítico de toda la investigación.El caso Janeth, es una estudiante que realizó sus prácticas formativas en la empresa Desarrolladora y Administradora de Comunidades Sustentables S. C. (COMUNA), la cual responde a un programa del Instituto del Fondo Nacional de la Vivienda para los Trabajadores (INFONAVIT), cuyo objetivo es cubrir la hipoteca con servicios. Muestra como las prácticas formativas la acercaron al conocimiento y experiencia real de intervención social, en la que intervino en el nivel grupal y comunitario desde la investigación, diagnóstico, planeación, ejecución y evaluación. Enfrentó la práctica desde un espacio diferente a lo que ella tenía de conocimiento previo, es decir, en el campo educativo desde un espacio no formal como lo es el fraccionamiento habitacional, trabajando en la integración de grupos con un fin común y rompiendo esquemas tradiciones de ir a escuelas y trabajar con niños. En este centro de prácticas, el desempeño fue diferente porque generó propuestas de educación y desarrollo comunitario en la búsqueda de un fin común. Rompió esquemas tradiciones de trabajar el campo educativo en espacios rígidos, para abrir posibilidades de educación social en el afán de alcanzar el posicionamiento y reconocimiento del Trabajo Social en ámbitos de la sociedad actual y su complejidad, además encontró sentido/valor social a la intervención, el dato más relevante es el sentido que le encontró la estudiante a su práctica en un espacio físico diferente a lo tradicional, particularmente en la comunidad, en donde la función es “reeducar a los colonos y contribuir a mejorar la calidad de vida”(NarrJan04pg4). Como experiencia, da pauta a reflexionar la importancia de enmarcar la intervención profesional en una interrelación de factores que la constituyen, le dan identidad, estatus y una dimensión (Prieto y Romero, 2009) desde la óptica estudiantil.Los hallazgos abonan a comprender como la formación designó prácticas, fue relacional, se generó en un tiempo y contexto, tuvo efectos personales y profesionales, educación permanente. Brindó momentos privilegiados como motor de experiencia formativa generada por una cuestión de orden técnico y profesional. comprendió su formación y el ejercicio profesional desde cualquier campo y espacio de intervención reconociendo retos (escenarios y problemáticas de la sociedad actual), así como el desafío de posicionarse y visualizarse profesionalmente en el mercado laboral.El estudio muestra como los escenarios que enfrenta la profesión son problemáticas sociales cambiantes y complejas como la injusticia, desigualdad, discriminación, violencia y cambio climático, entre otros, que requieren de un profesionista en constante formación y capacitación (posgrados), para generar propuestas de intervención reflexionadas, innovadoras y creativas, que, además, posibiliten ganar espacios laborales.El reto es lograr reconocimiento de la profesión y trascender a la aplicación de proyectos y talleres por una intervención que impacte desde cualquier campo, que genere un auténtico cambio social. Se estima necesario, adecuar y renovar los contenidos del plan de estudios visualizando la heterogeneidad y dinámica de las sociedades, precisando con ello un perfil de egreso acorde a las problemáticas que vive la sociedad.
#577 |
TRABALHO, QUESTÃO SOCIAL E FORMAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL EM MATO GROSSO: História e atualidade
Josiley Carrijo Rafael
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1 - Universidade Federal de Mato Grosso.
Resumen:
A centralidade da categoria trabalho para compreensão das relações de produção e reprodução do ser social e do modelo de sociabilidade vigente passaram a se constituir em fundamento imprescindível para análise da questão social nos marcos das contradições observadas no modo de produção capitalista. Compreender o trabalho como categoria fundante do ser social, possibilitou ao Serviço Social brasileiro de cariz crítico, uma guinada na sua produção acadêmica e no modelo de intervenção profissional, em recusa as perspectivas positivistas, existencialistas e outras fundadas no âmago das derivações dos valores religiosos e conservadores. A razão ontológica/dialética se manifesta precisamente em algumas produções do conhecimento que datam dos anos 1980, com maior destaque para algumas obras de meados dos anos 1990, são exemplos as produções de Iamamoto & Carvalho (2003); Netto (2006, 2008); Guerra (2002); Pontes (2002); além de vários artigos publicados na Revista Serviço Social & Sociedade. Tais produções demonstram a recusa ao idealismo, ao irracionalismo e as tendências regressivas que atravessaram o processo de formação em Serviço Social desde seu surgimento no Brasil. O debate sobre o processo de surgimento do Serviço Social e das definições acerca das atribuições do/da assistente social no mundo e na América Latina é revestido de visões e interpretações heterogêneas que demarcam contradições no tocante à natureza da profissão, seu desenvolvimento e amadurecimento teórico e metodológico. As contradições também estão relacionadas com as diferentes interpretações da questão social, cuja heterogeneidade pode ser constatada dentro do próprio campo da tradição marxista. Aqui, destacamos a necessidade de constantes investimentos nos estudos sobre a organização da classe trabalhadora, as estratégias de resistências e lutas de classes, abarcando o movimento dialético entre consciência e alienação. A pesquisa aqui esboçada, dialoga frontalmente com dois Grupos Temáticos de Pesquisa (GTP) da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), são eles: 1) Trabalho, Questão Social e Serviço Social; 2) Serviço Social: Fundamentos, Formação e Trabalho Profissional. Sua relevância está demarcada pela necessidade de identificarmos as especificidades das expressões da questão social no Estado de Mato Grosso, na sua relação com as determinações e particularidades brasileira e seu rebatimento na formação em Serviço Social nas escolas do estado, particularmente no curso de Serviço Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que em 2020 completou 50 anos de existência. Nesse tocante, a construção de uma memória documental e consequentemente de um inventário dessa trajetória do curso – que foi o primeiro e único do Estado de Mato Grosso por mais de 30 anos até surgirem os cursos nas instituições privadas, sendo até hoje o único curso de instituição pública e gratuita –, se coloca como atividade imprescindível para os estudos que reúnem e analisam as tendências da formação e do trabalho profissional num país de extensão territorial continental. A pesquisa é continuidade e complementaridade aos estudos e investigações realizados no âmbito do projeto: “Formação Profissional em Serviço Social na UFMT: História e Direção Político-pedagógica”, realizada entre os anos de 2018 e 2020. Dessa forma, a pesquisa se expressa por meio do objetivo geral de analisar as transformações no mundo do trabalho e as expressões da questão social demarcadas no processo de formação em Serviço Social em Mato Grosso, com ênfase no percurso das últimas cinco décadas, apreendendo as determinações, os fundamentos e as tendências que se expressam no movimento histórico e na atualidade. Abarcando os seguintes objetivos específicos: Identificar como a categoria trabalho se manifesta no processo de formação em Serviço Social e quais perspectivas teóricas indicam; Identificar as determinações e as estratégias de enfrentamento às expressões da questão social no âmbito estatal e na formação acadêmica; Analisar a incidência da especificidade e transversalidade da abordagem sobre questão social no processo de formação profissional em Mato Grosso; Identificar como a dimensão da luta de classes se manifesta no contexto estadual e no processo de formação acadêmica; Avaliar a unidade teoria-prática e a abordagem da questão social no estágio supervisionado; Identificar como se manifesta a abordagem do binômio alienação-consciência na formação em Serviço Social; Inventariar os elementos que marcaram os 50 anos de formação em Serviço Social no estado de Mato Grosso; Adensar a análise dos Projetos Pedagógicos e da documentação institucional sobre a trajetória do curso de Serviço Social da UFMT e de outras instituições que ofertam o curso. A pesquisa de cunho qualitativo, está ancorada na coleta de dados através de fontes primárias que são informações construídas no contato direto com os sujeitos, e fontes secundárias que se referem aos dados obtidos por meio de fontes bibliográficas e documentais (MINAYO, 2012). Foi realizado o levantamento bibliográfico, com análise de referências correlacionadas às categorias centrais para a pesquisa, dentre as quais: artigos, livros, dissertações, teses e outros. Posteriormente foi realizado o levantamento documental. Essa etapa consistiu no processo de selecionar as fontes originais, mapear documentos jornalísticos de fontes confiáveis e checadas, catalogação dos dados das instituições que atuam nas expressões da questão social, descrição da memória sobre a formação profissional em Serviço Social por meio dos projetos pedagógicos que subsidiaram o desenvolvimento do curso da UFMT e de outras instituições, demarcando as dimensões que exigem aprofundamento analítico, e delimitando as categorias teóricas e empíricas, no sentido de melhor organizar, interpretar e analisar os dados coletados no decorrer da pesquisa. Através da análise documental foi possível conhecer os projetos e estruturas curriculares do curso de Serviço Social da UFMT, bem como, realizar análise dos Projetos Pedagógicos na trajetória do curso e, ainda, conhecer as ações desenvolvidas para fortalecer a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Os dados obtidos estão sendo apresentados e socializados na forma de artigos, capítulos de livros e organização de livro/coletânea, e comprovaram a necessidade de constante monitoramento do processo formativo no sentido de zelar e radicalizar a centralidade do trabalho e da questão social, apontados nas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), orientados pela ontologia do ser social.
#580 |
CRISE SANITÁRIA NOS MARCOS DA SOCIEDADE CAPITALISTA E SEUS REFLEXOS NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO
Maicow Lucas Santos Walhers
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Cirlene Aparecida Hilário da Silva Oliveira
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1 - Universidade Estadual Paulista - UNESP- Franca.
Resumen:
Apresentamos algumas reflexões a partir de um estudo teórico-metodológico ancorado na pesquisa de doutorado realizada no Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UNESP/Franca e dos estudos a partir da participação no Grupo de Estudos e Pesquisa em Serviço Social (GEFORMSS), cuja temática é os dez anos da Política Nacional de Estágio em Serviço Social. Nos últimos anos o mundo tem vivenciado uma crise sanitária sem precedentes com a COVID-19 que refletiu nas condições de vida e de sobrevivência da população de forma planetária: a ameaça à vida com milhares de mortes, a necessidade de medidas de isolamento e prevenção do contágio e o desenvolvimento e ao mesmo tempo de políticas públicas de garantia de renda, o aumento do número de violências de diversas formas no campo e na cidade, a necessidade de produção de vacinas para conter as mortes pelo novo coronavirus, foram o centro dos debates e produção do conhecimento no mundo. No Brasil essa realidade se agravou diante das particularidades de sua formação sócio-histórica e da conjuntura atual: uma realidade marcada por altos níveis de desigualdade, trabalho informal e o desmonte de políticas públicas, que a partir do ideário neoliberal tem tornado cada vez mais fragmentadas, pulverizadas e destinadas a uma parcela ínfima da população, não garantindo direitos sociais e a proteção social necessária. Estes ataques se assentam no atual estágio de desenvolvimento das forças produtivas, onde o capital financeiro e bancário atrelado ao capital produtivo, conseguem garantir altas taxas de lucros e de acumulação. Nesta atual fase de acumulação, formas de trabalho precárias como a uberização, regime de contratos temporários tornam-se as principais formas de contratação. Essas formas de trabalho não são medidas isoladas, com as reformas previdenciárias e os desmontes dos direitos trabalhistas, o aumento do desemprego e formas de trabalho informais; observa-se o agravamento da questão social, refletindo na insegurança da população em garantir sua reprodução social e sobrevivência. Aliado a este contexto, temos a divulgação de informações por setores conservadores da sociedade contra a ciência, a eficácia das vacinas e proliferação de notícias em torno de medicações não comprovadas cientificamente no combate a COVID-19. Agências de fomento a pesquisas como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tiveram o risco de não darem continuidade a várias bolsas de incentivo a pesquisa, principalmente as de modalidade de Iniciação Científica. Contraditoriamente, o capital financeiro e produtivo tem experimentado altas taxas de crescimento. Entender criticamente esse cenário é fundamental para analisar a crise sanitária no seio da lógica da sociedade capitalista: ou seja, não é somente uma crise conjuntural marcada pela pandemia de COVID-19, ela se insere numa crise econômica mundial, onde setores da economia como a de saúde, do trabalho, da previdência, da assistência social, da educação, tem sofrido diversos ataques muito anteriores a pandemia, sendo que no atual contexto tem se agravado de forma brutal, não conseguindo garantir condições mínimas de sobrevivência e de defesa a vida para a maioria da população. O capital na sociedade brasileira, atrelada a uma classe dominante conservadora, acaba adquirindo contornos perversos, o fomento de discursos conservadores, reacionários, preconceituosos, tomam a ordem do dia como sendo naturais e de liberdade de expressão. A necropolítica brasileira, com discursos obscurantistas de ataque a ciência, o incentivo a ações contra as medidas de prevenção e a desqualificação da letalidade do vírus e o atraso nas vacinas levou milhares de brasileiros à morte.Além dos ataques sinalizados no campo da ciência e das universidades públicas e agências de fomento, as reformas em curso no campo da educação, tem contribuído para uma formação profissional cada vez mais tecnicista e aligeirada, refletindo projetos de educação em disputa na nossa sociedade. O incentivo as modalidades de educação à distância, tem contribuído para uma formação cada vez mais mercantilizada e precarizada. Com a pandemia, o ensino remoto emergencial tornou-se medida necessária frente ao contágio e disseminação do novo coronavírus, como forma de preservação da vida e da saúde da população. Mas é fundamental analisar quais os rebatimentos dessa forma de ensino no atual contexto, marcado pela reforma educacional elucidada, onde o ensino à distância, dentro do contexto expansionista da educação mercantilizada e precarizada, é incentivada por uma política ultraliberal. No cenário brasileiro, observou-se que o ensino remoto emergencial aconteceu com diversas problemáticas: escancarou os níveis de desigualdade de acesso à educação no Brasil e das condições de vida da classe trabalhadora, seja em relação ao acesso a recursos tecnológicos e mídias digitais, seja nas condições econômicas dessa classe, diante da dificuldades de muitas/os discentes de retornarem para suas residências ou de medidas de políticas de permanência estudantil neste período. As dificuldades de acesso as tecnologias digitais por docentes e discentes, diante dos despreparo e a intensificação do trabalho docente, além dos desafios para garantir a qualidade do ensino nesta modalidade. Atividades de pesquisa e extensão, viram-se comprometidas na graduação e pós-graduação.Estas reflexões estão no bojo do debate acadêmico-científico do Serviço Social brasileiro, diante da necessidade de preservação da qualidade da formação profissional em Serviço Social, que tem nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, aprovadas em 1996, os princípios para sua realização, garantindo a formação de um perfil profissional crítico e competente capaz de desvelar a realidade social e criar respostas de intervenção que estejam alicerçadas no projeto ético-político profissional.A profissão nos últimos anos tem produzido conhecimento sobre a realidade brasileira em relação a atuação profissional, as políticas públicas e sociais – principal campo de atuação profissional – sendo divulgado e debatido através de congressos, revistas qualificadas e livros, contribuindo para o fomento de políticas públicas e qualificando o exercício profissional. É fundamental defender a formação profissional de qualidade, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares e pela Política Nacional de Estágio em Serviço Social, que são contrários a uma formação aligeirada, acrítica e tecnicista, preconizada pela reforma educacional em curso em nossa sociedade. É necessário entender a crise sanitária no bojo da crise capitalista, a partir de projetos de educação em disputa na nossa sociedade e defender a qualidade da formação profissional conforme preconizado pela categoria profissional através das Diretrizes Curriculares.
14:00 - 16:00
Eje 2.
- Ponencias virtuales
2. Desigualdades Sociales, Pobreza y Protección Social
#257 |
A política de Assistência Social na Amazônia no contexto da pandemia: os desafios para o atendimento às pessoas em situação de rua no município de Belém – Pará.
Rita de Cássia Barbosa dos Santos
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Paulo Sérgio Lima da Silva
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Samara Rego Miranda
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1 - Fundação Papa João XXIII.
Resumen:
O objetivo deste artigo é analisar o atendimento da população em situação de rua na área da Política de Assistência Social no contexto da pandemia da COVID-19, conjuntura que impõe desafios diante da processo de desigualdade social que é parte constitutiva da realidade social brasileira. Será realizada revisão bibliográfica e documental, sistematização de dados primários sobre o atendimento realizado pela órgão responsável em nível local. A política de assistência social constitui-se enquanto um dos tripés da Seguridade Social Brasileira. As lutas sociais no contexto da Constituição Federal de 1988 contribui para o avanço legal e normativo no que concerne aos direitos sociais. E a referida política, historicamente clientelista e com caráter assistencialista, baseada na “cultura do favor”, assume o caráter de direito social e sobretudo de responsabilidade do estado. Couto, Yasbek e Raichelis (2011, p. 33) destacam que a: A Constituição Federal em vigência no país desde 1988 (Capítulo II, artigos 194 a 204) e a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993), trouxeram a questão para um campo novo: o campo da Seguridade Social e da Proteção Social Pública, campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. Do ponto de vista normativo, pode-se citar a Política Nacional de Assistência Social (2004), Sistema Único de Assistência Social (2005), a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social– NOB-RH/SUAS (2006), o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (2009), dentre outras que visam organizar a implementação dos chamados serviços socioassistenciais. A assistência social é implementada por meio dos seguintes tipos de proteção: I - Proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social que visa prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; II - Proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos cujo objetivo é contribuir para a reconstrução dos vínculos familiares e comunitários, para a defesa de direitos, ou para o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para a enfrentamento de situações de violação de direitos. É para a vigilância socioassistencial, dois instrumentos de proteção da assistência social que identificam e previnem situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos não territoriais. A proteção social básica e especial será ofertada pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações assistenciais vinculadas ao Suas, respeitando as especificidades de cada ação. (LOAS, 2011, p. 01)No âmbito da referida política existem programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais que são implementados no âmbito da Proteção Social Básica por meio dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS; Proteção Social Especial de Média Complexidade – PSEMC por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, Centro Pop de atendimento à população em situação de rua e Centro Dia de Referência para o atendimento às pessoas com deficiência e suas famílias; e Proteção Social Especial de Alta Complexidade – PSEAC através dos espaços de acolhimento em diversas modalidades. Ressalta-se que a gestão da política depende das particularidades de cada município. Nesse contexto, a inclusão ou atendimento da população em situação de rua, no município de Belém – Pará, é realizado pelos CREAS, Centro Pop e espaços de acolhimento. Ressalta-se que a assistência social está inserida em um conjunto de intervenções do Estado capitalista diante das expressões da “questão social”. Behring e Boschettti (2010, p. 51-52) expõem o caráter contraditório das políticas sociais no Modo de Produção Capitalista: As políticas sociais e o formato das normas de proteção social se desfazem e ao mesmo tempo respostas e formas de enfrentamento – em geral setorializadas e fragmentadas – como expressões multifacetadas da busca social não capitalista, cujo fundamento se encontra nas relações de exploração de capital sobre o trabalho. Uma questão social se expressa em suas reflexões [...] e, por outro lado, os sujeitos históricos engendram formas de seu enfrentamento. No entanto, sua origem está na forma como os homens se organizam para produzir um determinado momento histórico, como vimos, ou da constituição das relações sociais capitalistas – e que têm continuidade na esfera da reprodução social. O surgimento das políticas sociais está articulado com as lutas sociais, no contexto de consolidação do capitalismo monopolista, conforme afirmativa de Netto (2006, p. 30) o Estado no “capitalismo monopolista procura administrar as expressões da “questão social” de forma a atender às demandas da ordem monopólica conformando, pela adesão que recebe de categorias e setores cujas demandas incorpora, sistemas de consenso variáveis”. É necessário inserir a população em situação de rua no contexto de produção e reprodução da sociedade capitalista, na qual a riqueza é socialmente produzida, mas é apropriada por poucos. Marx (2017, p. 719 – 720) afirma que: Quanto maior forem as camadas lazarentas da classe trabalhadora e o exército industrial de reserva, tanto maior será o pauperismo oficial. Da mesma forma, os trabalhadores que vivem em situação de rua são impactados pelas mais diversas expressões da “questão social” como falta de moradia, emprego e renda, saúde, fome. Assim, Constitui um desafio para o campo das políticas sociais, pois requer a articulação das políticas públicas e de outros segmentos da sociedade, considerando o atual contexto de destruição de direitos, de avanço do conservadorismo é imperativo analisar esse fenômeno a partir de uma perspectiva crítica da totalidade da vida social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COUTO, Berenice. YASBEK, Maria Carmelita. RAICHELIS, Raquel. Yasbek e Raichelis. A Política Nacional de Assistência Social e o SUAS: apresentando e problematizando fundamentos e conceitos. 2ª edição. São Paulo. Cortez. 2011. BEHRING, Elaine Rossetti. BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e história. 7ª Edição. São Paulo. Cortez. 2010. MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. 2ª edição. São Paulo. Boitempo. 2017. NETTO, José Paulo. O capitalismo monopolista e Serviço Social. 5ª edição. São Paulo. Cortez. 2006.
#285 |
Racismo, eugenia e política social: reflexões a partir da crise da Covid-19
Gracyelle Costa Ferreira
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1 - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Resumen:
A pandemia da COVID-19 tem dizimado a vida de milhares de pessoas no Brasil. As mulheres negras, são entre as grávidas, as que mais têm morrido acometidas pelo vírus, representando o dobro em relação a mulheres brancas na mesma condição. A pandemia também revela como a precarização das políticas públicas incide sobre a sorte dos mais de 50% de brasileiros, autodeclarados pretos e pardos. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade divulgou que 67% das pessoas no país que dependem do Sistema Único de saúde são negras. E que esse segmento é o mais acometido por doenças como hipertensão, tuberculose, diabetes e outros – todos considerados agravantes para o desenvolvimento de quadros mais graves da Covid-19. A letalidade do vírus foi assim mais intensa entre a população negra brasileira. Dados que demoraram a ser apresentados pois o quesito raça/cor tardou em ser preenchido nas unidades de saúde. Em meio a isso, supremacistas brancos disseminaram a ideia de que apenas os mais fracos seriam acometidos pela doença. Os mais fortes sobreviveriam. No Brasil a repercussão foi similar. Isso remonta, sem dúvidas, os princípios eugênicos. Como compreender no Brasil e América Latina o surgimento de legislações sociais que ganharam corpo em políticas sociais por meio de seus serviços e benefícios, descontextualizado do debate sobre nação, eugenia e raça? Nas primeiras décadas do século XX esse debate estava posto em todos os setores da vida social. A eugenia teve papel importante no debate acerca do desenvolvimento econômico da América Latina (STEPAN, 2005). A brancura era, por excelência, um dos símbolos das pessoas consideradas as melhores da espécie, logo, as aptas à reprodução. O progresso, o trabalho, o desenvolvimento econômico apareciam inteiramente ligados às nações da Europa Ocidental. A associação entre a brancura e o crescimento dessas nações tornou-se um princípio defendido pela ciência. As sociedades latino-americanas desejavam ser “desenvolvidas”. Logo, desejavam ser brancas.O Brasil, como outros países latino-americanos, com histórico colonial escravista, buscava dissociar este passado de sua imagem garantindo outro tipo de inserção na economia mundial. Um dos empecilhos a esse projeto encampado pelo Estado era a massiva presença de pessoas negras, mestiças e indígenas. A inviabilidade da nação brasileira era atestada desde o século XIX por viajantes estrangeiros que ao chegar no Brasil condenavam o perfil racial da população, majoritariamente negra e mestiça. Era preciso criar um povo para o Brasil, construir uma nação brasileira, preferencialmente embraquecida. A tarefa coube ao Estado, às suas elites e intelectuais. A Primeira Guerra, como parte desse novo momento do capitalismo europeu e seu espraiamento no mundo, fortaleceu o nacionalismo na Europa, mas aumentou o fluxo já considerável de imigrantes brancos europeus para países como o Brasil. Um fluxo desde antes incentivado e subvencionado pelo Estado e que dialogou perfeitamente com os dilemas frente ao futuro da nação. E como visto, por um lado, havia os que atestavam a inviabilidade de uma nação para o Brasil devido à mestiçagem, mas por outro, havia os que acreditavam que justo o mal da mestiçagem, e a possibilidade de embranquecer a população, nos redimiria como nação apta ao progresso capitalista. Renato Kehl foi um dos mais importantes representantes da eugenia no Brasil. Foi ele o fundador da Sociedade Eugênica de São Paulo em São Paulo, depois da Liga de Higiene Mental no Rio de Janeiro e antes disso o organizador do Primeiro Congresso Brasileiro de Eugenia (STEPAN, 2005). Renato Kehl fundou no ano de 1929 o Boletim da Eugenia. Ali publicava também em alemão os resumos de seus artigos e, por vezes, elogiou as iniciativas alemãs. Nos anos 1930 Kehl assumia publicamente seu abandono à ideia de miscigenação construtiva, tornando-se aliado da eugenia dos Estados Unidos e Alemanha e a miscigenação passou a ser retratada como perigo. Oliveira Vianna foi um dos idealizadores da Consolidação das Leis Trabalhistas (1945). Vianna acreditava piamente na possibilidade de arianização da sociedade brasileira. Se prontificou à identificação dos “tipos brasileiros”. Por influência de Viana, Kehl, Roquette-Pinto e outros eugenistas fariam parte de importantes comissões para decisões de assuntos de Estado. Oliveira Vianna acreditava no atavismo e mesmo na degenerescência dos mestiços, mas como outros defendia que sucessivamente haveria um apuramento racial no Brasil, resultando no branqueamento, na arianização. Sob esse contexto se torna fértil a análise da política social e sua tensa relação na relação entre classes sociais racializadas. Não por acaso durante a COVID-19, uma série de mobilizações produzidas nas periferias em todo o país e protagonizadas pela população negra ganharam destaque ao mesmo tempo em que a via estatal respondeu à miséria ampliada pela pandemia com lentas ações ou com inações, que as fizeram ser comparadas a princípios eugenistas em sua versão extremada. ¹Cf. G1. Mortes por Covid-19 são o dobro entre mulheres grávidas pretas em relação a brancas no Brasil, mostra estudo. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/07/30/mortes-por-covid-19-sao-o-dobro-entre-mulheres-gravidas-pretas-em-relacao-a-brancas-no-brasil-mostra-estudo.ghtml>. Acesso em: 30 jul. 2020.² Cf. G1. Coronavírus é mais letal entre negros no Brasil, apontam dados do Ministério da Saúde. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/11/coronavirus-e-mais-letal-entre-negros-no-brasil-apontam-dados-do-ministerio-da-saude.ghtml>. Acesso em: 11 jul. 2020.³NYT. The Coronavirus Becomes a Battle Cry for U.S. Extremists. Disponível em: <https://www.nytimes.com/2020/05/03/us/coronavirus-extremists.html>. Acesso em: 30 jul abr. 2020. COSTA, Gracyelle. Raça e nação na origem da política social brasileira: União e Resistência dos trabalhadores negros. 2020. 291f. (Doutorado em Serviço Social). Faculdade de Serviço Social. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.STEPAN, Nancy. A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz. 2005.
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Neoliberalismo, desigualdade e pandemia: uma análise das implicações do ajuste fiscal estrutural para o agravamento da pobreza e da desigualdade social na pandemia da COVID-19 no Brasil (2020-2021)
Maria Augusta Bezerra da Rocha
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1 - Mestranda em Serviço Social no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Questão Social, Política Social e Serviço Social do Departamento de Serviço Social (DESSO/UFRN).
Resumen:
O presente estudo versa sobre a relação entre neoliberalismo, desigualdade e a pandemia de COVID-19 tendo como objetivo analisar as implicações do ajuste fiscal estrutural para o agravamento da pobreza e da desigualdade social na pandemia da COVID-19 no Brasil (2020-2021). Essa questão de pesquisa se justifica exatamente porque, no contexto da pandemia mundial, a situação interna do Brasil adquiriu tons dramáticos, com elevado percentual de infecção e de mortalidade na população desassistida, além de se verificar a tendência de agravamento nos indicadores de pobreza e das desigualdades sociais, com destaque para o aumento do desemprego, a queda na renda dos trabalhadores, a gravidade da insegurança alimentar e nutricional, recolocando o Brasil no mapa mundial da fome. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quanti-qualitativa, realizada a partir de estudos bibliográficos, coleta de dados em fontes secundárias - como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e a Síntese de indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, além de levantamento de informações documentais a partir da análise dos documentos do Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos (INESC) que realizam um balanço do orçamento geral da União debatendo ações realizadas e prioridades no gasto público. Uma análise realizada a partir de uma leitura crítica da realidade fazendo uma apreensão do real para além de sua aparência fenomênica ao ter como método o materialismo histórico-dialético. A análise dos indicadores de pobreza e de desigualdade aqui realizada antes da chegada da pandemia e durante o seu decorrer no país, mostra que ocorreram agravamentos nos indicadores da insegurança alimentar, da pobreza e do desemprego, ressaltando-se a necessária atuação do Estado para proteção sanitária e social. Mas, conforme analisado, o Estado encontrava-se de “calças curtas” diante das medidas neoliberais de austeridade fiscal. Mesmo com a flexibilização de algumas medidas estruturais do ajuste fiscal que vinham sendo adotada nos últimos anos, no primeiro semestre de 2020 a União conseguiu destinar quase R$ 400 bilhões de reais para enfrentar os efeitos da crise sanitária e social através da iniciativa de auxílios e programas, enquanto que, em 2021, esse valor para enfrentamento da pandemia no primeiro semestre do ano consistiu em apenas R$ 98 bilhões. Ou seja, o orçamento do primeiro semestre de 2021 é pelo menos a metade do que o que foi destinado por semestre em 2020, mesmo sendo um ano com agravamento da pandemia e aprofundamento das desigualdades no país, conforme sinalizado na análise dos indicadores com aumento do desemprego e da insegurança alimentar. Isso ocorre ao mesmo tempo em que o orçamento de 2021 tem priorizado emendas parlamentares e diminuído o investimento direto nos sistemas únicos das políticas sociais. Da mesma forma, o setor financeiro que especula com os títulos da dívida pública também foi beneficiado, pois o Banco Central elevou a taxa básica de juros, Selic, em 0,75% passando de 3,5% para 4,25% ao ano, o que pode significar um aumento de R$ 100 bilhões de reais da dívida pública brasileira em 2021, conforme estudo Balanço Semestral do Orçamento Geral da União realizado pelo INESC em 2021. Assim, o discurso da responsabilidade fiscal e da necessidade de austeridade utilizado para justificar a falta de recursos para o enfrentamento da pandemia em 2021 e para garantir o financiamento adequado das políticas sociais, não se aplica quando as verbas públicas se destinam ao pagamento de juros da dívida pública ou para a liberação de emendas parlamentares acordadas entre o Planalto e a base de apoio parlamentar ao Governo no Congresso Nacional. Nesse cenário, o vírus da desigualdade se exacerbou no país, aproveitando a baixa capacidade do Estado em garantir os direitos humanos da população brasileira. Evidenciou-se, ao mesmo tempo, que as desigualdades no país apesar de atingirem toda a população recaíram com maior impacto nas regiões Norte e Nordeste, reiterando as desigualdades regionais e indicando uma questão de pesquisa a ser aprofundada em estudos posteriores sobre como as desigualdades entre as regiões se exacerbaram na pandemia. Apesar das limitações do ajuste fiscal para atuação do Estado, do agravamento da pobreza e da desigualdade na realidade brasileira e do aviltamento das condições de vida da classe trabalhadora, a resistência popular que insurgiu nas ruas em plena pandemia demonstra que, apesar das determinações do capital, não estamos diante de um fatalismo histórico, tendo em vista que a história é um processo aberto. Sendo assim, tanto a atuação do Estado quanto os rumos da sociedade no futuro, encontram-se em disputa, de modo que, apesar desse país desigual e injusto ainda não estar efetivamente a serviço do seu povo, ainda há resistência na realidade com os movimento sociais lutando para que este país possa ser, um dia, para “além do capital”. Um país de todo homem e de toda mulher, como diz os versos do poeta Carlos Drummond de Andrade anunciando a “Cidade prevista”, em que haverá “uma cidade sem portas, de casa sem armadilha, um país de riso e glória como nunca houve nenhum. Este país não é meu nem vosso ainda, poetas. Mas ele será um dia o país de todo homem”.
#457 |
MUJER CAMPESINA Y DERECHO A LA PARTICIPACIÓN EN LA REFORMA AGRARIA: LA EXPERIENCIA DE CHAKORE, PARAGUAY.
Olga Paredes
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales UNA.
Resumen:
Este trabajo abordó la situación de las mujeres de la Comunidad “Chakore”, de la ciudad de Repatriación, departamento de Caaguazú, República del Paraguay; en el mismo se recogieron experiencias de vida y participación de mujeres campesinas en pos a su derecho a la tierra, las iniciativas estatales y los obstáculos al respecto.El objetivo principal fue describir experiencias de participación de mujeres campesinas de la Comunidad Chakore en el marco de la Reforma Agraria. En efecto, el artículo 115 de la Constitución del Paraguay establece que uno de los objetivos de la reforma agraria será la participación de mujeres campesinas en igualdad de condiciones con los hombres. Basado en lo anterior, primeramente, se buscó identificar iniciativas estatales que dieran cuenta de dicho mandato. En segundo lugar, se persiguió determinar los principales obstáculos para el cumplimiento del articulado. Fue una investigación aplicada de enfoque cualitativo, de tipo exploratorio y descriptivo. Tuvo como población a las mujeres de la comunidad Chakore y tomó como muestra a doce mujeres, con el criterio de selección de informantes clave, mayores de edad e integrantes del Comité de Mujeres. Como técnicas, se realizaron entrevistas y grupo focal con las mujeres del Comité y también un diagnóstico participativo abierto a todos los miembros de la comunidad. Los instrumentos fueron guías de preguntas pertinentes en cada caso. Los datos arrojados se analizaron mediante un paradigma interpretativo categorial. Cabe mencionar que todas las mujeres entrevistadas fueron informadas de los fines y métodos de la investigación, guardando con confidencialidad sus identidades. Tras finalizar este estudio, se compartieron los resultados con las mismas y con la comunidad en general.Entre los principales hallazgos, se encontró muy poca experiencia de participación de las mujeres de Chakore en alguna organización campesina departamental o nacional, debido a complejas problemáticas internas de la comunidad, como la extrema precarización económica, que empuja a pobladores a la venta de sus productos a precios irrisorios a los acopiadores (como ser grandes supermercados); así como al alquiler de sus tierras a extranjeros (brasileños), a ser destinadas mayormente para el cultivo de soja en condiciones ilegales, a través de la utilización de agroquímicos dañinos, que ya dejan ver sus secuelas en el ambiente y en la salud de los habitantes de Chakore. Otra, es la emigración forzada de la fuerza de trabajo joven a otras ciudades o países en busca de mejores oportunidades. Todo esto ha llevado a un estancamiento en el desarrollo de la comunidad ante una total ausencia de políticas públicas pertinentes. Sin embargo, a iniciativa de una lideresa de la comunidad (Doña Ceferina), integrante de la Coordinadora Nacional de Mujeres Rurales e Indígenas (CONAMURI), se ha promovido la constitución un Comité de Mujeres. En él, las mujeres se reúnen e intercambian ideas sobre las realidades de la comunidad. En cuanto a iniciativas estatales de promoción de la participación de mujeres campesinas en igualdad de condiciones con los varones, la historia de la comunidad reveló que Chakore se funda excluyendo a las mujeres del proceso, cuando el dictador Alfredo Stroessner asignó tierras solamente a varones excombatientes de la Guerra del Chaco, en la década de los años 60. Sigue pendiente, en la reforma agraria constitucional y en la lucha por la tierra en Paraguay, la incorporación efectiva de la perspectiva de género, en las políticas públicas y en las prácticas de organización ciudadana campesina.No se registraron experiencias relevantes de participación de mujeres de Chakore en la reforma agraria. A nivel externo, algunas de sus referentes participaron en capacitaciones con CONAMURI y a nivel interno, constituyeron un Comité de Mujeres, pero que no ha logrado concretar ningún proyecto aún. Sin embargo, esto no se debe a un desinterés de las pobladoras, al contrario, las mismas se organizaron a pesar de las adversidades. En primer lugar, identificamos una ausencia de políticas públicas que promuevan el acceso a la tierra y a la reforma agraria en condiciones de igualdad para hombres y mujeres en Chakore no sólo en la actualidad, sino ya desde la fundación misma de la comunidad, en la que las mujeres fueron excluidas del proceso. Este incumplimiento del Estado de sus mandatos constitucionales se refleja en diversas problemáticas socioeconómicas que ponen en peligro grave la sostenibilidad de la comunidad. La población en general y especialmente las y los jóvenes se ven obligados a emigrar a las grandes ciudades dentro o fuera del país para tener oportunidades de educación y trabajo. En relación a la tierra y la producción, el cultivo de autoconsumo apenas alcanza para la subsistencia de las familias, quienes se ven compelidas a vender sus productos a precios irrisorios a acopiadores o a alquilar sus tierras para el cultivo de soja transgénica a extranjeros; esto último, con todos los peligros que ello trae para la salud humana y el medio ambiente. Los principales obstáculos para la participación de la mujer campesina en igualdad con el hombre en la reforma agraria son el incumplimiento de los mandatos legales por parte de las instituciones del Estado, así como la insuficiente formación en sus derechos. Estos obstáculos se reflejan en el hecho de que luego de décadas de la sanción de la Constitución vigente de 1992, sólo dos mujeres han podido acceder a la propiedad de la tierra, pero por medio de herencia tras viudez y no por derecho propio. Las mujeres han buscado generar algunas experiencias de participación, a través de CONAMURI y del Comité de Mujeres local, pero aún no han podido concretar ningún proyecto desde estos espacios. Identifican como un obstáculo para la participación, la creciente “desculturalización” de la organización en el campesinado paraguayo. Los resultados de esta investigación aportan a demostrar las insuficientes políticas públicas para el desarrollo de la reforma agraria con equidad de género. Así mismo se demuestra el incumplimiento del mandato constitucional previsto en el inciso 10 del artículo 115. No será posible una reforma agraria real sin la incorporación de la equidad de género.
#202 |
Governo Bolsonaro: Dívida pública e (des)proteção social no Brasil
Rayssa Késsia Eugênia Rodrigues
1
1 - Universidade de Brasília.
Resumen:
Dentre como alavancas da acumulação primitiva, Marx (2017a) chama atenção para a dívida pública, comutada a partir das relações contratuais envolvendo o Estado e os credores - detentores do capital portador de juros. Associado à dívida pública, a tributação também tem um papel enquanto alavanca da acumulação (MARX, 2017a). Dada a particularidade do Estado no capitalismo, ambas – a dívida pública e a tributação – viabilizaram a desapropriação dos trabalhadores, pois, em última instância, são os trabalhadores que produzem a riqueza social. A dívida pública é um dos elementos que integram a formação sócio-histórica brasileira; ao longo do século XX, o Estado brasileiro contratou empréstimos no exterior com o objetivo de financiar o desenvolvimento nacional; em grande medida, os recursos advindos dos empréstimos foram direcionados pelo Estado na indução da industrialização. Na ditadura militar, instaurada em 1964, a construção de projetos de desenvolvimento tal qual o "Brasil Potência" e os Planos Nacionais de Desenvolvimento (I, II e III PNDs) foram financiados pelo meio do endividamento –
penhorando o futuro. É que os mutuários cederam como cláusulas conditizais, exigindo a compra de máquinas obsoletas que nós países centralizam. Diante da crise estrutural deflagrada na final dos anos 60, os Estados Unidos garantem sua posição hegemônica pelo meio da
guerra e do dólar, que permaneceu como moeda hegemônica mesmo com o fim do acordo de Bretton Woods; essa estratégia envolveu a dívida pública; tendo como marco a decisão de Paul Volcker presidente do
Federal Reserve Bank (FED), em 1979, quanto à ampliação das taxas de juros que resultou no crescimento explosivo das dívidas, levando os países latino-americanos à
crise da dívida nosanos de
1980. A decisão unilateral do
FED aumentou os juros dos empréstimos tomados nos acordos de taxas flutuantes, aumentando o peso das dívidas públicas no orçamento dos Estados nos países dependentes. Essa estratégia elevou a circulação de capitais fictícios, pois, inflou as dívidas pelo meio da rolagem de juros sob juros. Diante disso, dois momentos foram fundamentais para o fortalecimento do capital financeiro, foram eles: a titulação das dívidas públicas, na década de 1980; e a ampliação dos mercados (fundos de pensão, fundos mútuos, seguradoras etc.), na década de 1990; resultando no crescimento da dívida e do capital fictício. O capital portador de juros, representado na fórmula (D-D') e o capital fictício foram descritos por Marx como ou "fetiche autômato perfeito" (1991, p. 451); Ambas como formas, para serem valorizadas dependem da apropriação privada do excedente econômico produzido pela força de trabalho. Essas formas angariaram espaço no seio da ofensiva neoliberal pelo meio das desaduções e privatizações. A incorporação da agenda neoliberal no Brasil tem resultado na desmontagem da proteção social conquistada na Constituição Federal, em 1988, com incontestes variações os governos brasileiros optaram pela adoção do neoliberalismo. O orçamento público brasileiro está condicionado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), instituída em 1994 e ainda em vigor. A LRF impõe que o orçamento público priorize como despesas com pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Somam-se uma série de contrarreformas nas políticas sociais que resulta no desmonte dos direitos sociais, por meio da focalização e desmonte do ano. Diante disso, apesar das imposições neoliberais ditadas por organismos internacionais vigorarem desde os anos 1990 no Brasil, como crises abertas, pós-crise de 2008, evidenciam a instabilidade do capital financeiro dada à crescente massa de capitais fictícios circulantes mundialmente. Uma ofensiva neoliberal se aprofunda a partir do golpe institucional que depôs à presidente Dilma Rousseff, em 2016, expressando ou antidemocrático caráter da burguesia brasileira. Nesse sentido como principais medidas adotadas no governo Temer, foram a aprovação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), ampliando o percentual de desvinculação do orçamento da seguridade social brasileira, de 20% para 30%; e a aprovação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que estabeleceu o Novo Régimen Fiscal, resultando no desfinanciamento das políticas sociais. Considerados esses elementos, a proposta presente de artigo de visto aprender a dívida pública, enquanto modalidad de transferência de valor, e sua relação com a (des) proteção social brasileira durante o governo Bolsonaro. Para tal, recorremos ao método crítico-dialético, fundamentado nas categorias: totalidade, contradição e mediação, entendendo-o como arcabouço fundamental para apreensão do real. Ainda, passamos por pesquisas bibliográficas e documentais, como forma de reconstrução ou objeto de pesquisa. Uma conjuntura posterior ao golpe teve como desdobramento a retomada do poder por parte dos partidos da extrema-direita, culminando na eleição do governo Bolsonaro (2018- em andamento). O governo Bolsonaro, com fortes traços fascistas, adotou uma política de radicalização do neoliberalismo, com alinhamento político aos Estados Unidos; não âmbito econômico, favoreceu as privatizações e a oferta de subsídios fiscais às grandes empresas, estrangeiras e nacionais; além disso, a nuca a ofensiva contra a classe trabalhadora simbolizada na aprovação da contrarreforma previdenciária e no desmonte de direitos nas políticas de assistência social, saúde, educação, habitação e etc. Esse desmonte foi evidenciado na ausência de recursos para as políticas sociais durante a pandemia de Covid-19. Nessa conjuntura, o balanço do orçamento público demonstra que a proteção social brasileira está sendo penhorada em prol do privilegio dado as diferentes frações do capital, especialmente aos rentistas. Diante disso, cabe evidenciar os limites e contradições do capitalismo, e reivindicar o fortalecimento das lutas voltadas ao horizonte da emancipação humana. REFERÊNCIAS: MARX, K. O capital: crítica da economia política: livro I: o processo de produção do capital. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2017a. MARX, K. O capital: Crítica da economia política: livro III: O processo global da produção capitalista. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2017b.
#456 |
Do colonialismo ao neoliberalismo: os desafios das famílias brasileiras sob a ótica da exclusão
Juliana Oliveira Marzola dos Santos
1
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Pedro Egídio Nakasone
2
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Marcia Campos Eurico
1
1 - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
2 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Resumen:
O trabalho traz uma análise das famílias brasileiras, suas contradições e sua construção sócio-histórica, tendo por base as relações sociais no modo de produção capitalista (ENGELS, 2012), abordando o papel do Estado na proteção da família, trazendo elementos de nossa construção familiar, principalmente através dos marcadores de raça/etnia e as relações de gênero. Assim, analisa-se, por meio do método histórico dialético o processo sócio-histórico da construção das famílias, trazendo, ao mesmo tempo, a dialética dos dias atuais; traçando o paralelo entre o passado com o presente, de forma a refletir sobre ela, a partir da constituição social e como foi moldada nos últimos séculos. Isso posto, abordaremos as mudanças de paradigmas com enfoque no processo brasileiro, a fim de compreender a basilaridade da família para a estrutura social no país. Problematizando, ainda, os estigmas sociais e os séculos de descaso com relação aos direitos humanos e sociais de diversas famílias brasileiras.A família monogâmica/patriarcal foi o formato que estruturou as bases para uma sociedade voltada para a acumulação do capital. Segundo Marx (1983
apud ENGELS, 2012, p. 15) "[...] a família moderna contém, em germe, não apenas a escravidão como também a servidão, pois, desde o começo, está relacionada com os serviços da agricultura [...]. É também neste formato monogâmico/patriarcal que se lança as bases para a transição da família de assunto social público para o privado, algo que é percebido até os dias atuais. Dessa forma, a família torna-se unidade socializadora, ideológica, de produção e reprodução das forças de trabalho, seja este o trabalho assalariado, o trabalho informal ou trabalho doméstico, realizado majoritariamente pelas mulheres da família e um mecanismo de extrema importância para a produção e reprodução das relações sociais capitalistas.A historicidade brasileira constitui-se em meio a um processo de colonização e escravização. As famílias foram atravessadas por marcadores sociais e raciais, sendo que a moral religiosa fomentou todos os processos existentes até 1889, quando a Igreja Católica e o Estado se separaram. Este processo de colonização modifica o contexto existente de família dos povos originários, adequando a realidade para um modelo religioso, com viés católico. “As raízes dos povos originários foram rechaçadas e o processo de evangelização se alastra no novo mundo, conforme se expandiam as conquistas no território [...]” (NAKASONE; SILVA, 2021, p. 3). Ao se tratar da família negra, Miranda (2012), aponta que uma das fontes principais de análise no país pode ser observada a partir dos documentos religiosos. A Igreja Católica era fundamental no processo de consolidação do bloco familiar. Entretanto, em um contexto pós-República, o processo liberal não protegeu as famílias negras. Ainda que se tenha o avanço normativo na questão da liberdade, com moldes nos ideais liberais, essa liberdade foi excludente, englobando a questão dos regimes anteriores. O histórico escravocrata e as relações de produção presentes neste período apresentam-se como elementos decisivos nos papéis que as mulheres de uma ou de outra “casta” desempenhavam na sociedade, sendo o papel representado pela mulher negra de caráter extremamente corrosivo (SAFFIOTI, 1978). Desse modo, para analisar as famílias e as relações sociais brasileiras de raça, gênero, classe, entre outras, é necessária a compreensão das diferentes posições que determinados grupos ocuparam e ocupam na sociedade, ainda que entre estes haja algumas similaridades. Ou seja, “[...] é preciso compreender que classe informa a raça. Mas raça, também, informa a classe. E gênero informa a classe. Raça é a maneira como a classe é vivida. Da mesma forma que gênero é a maneira como a raça é vivida” (DAVIS, 1997).A partir da CF/88, a família consagra-se como base da sociedade brasileira e objeto a ser protegida pelo Estado. Assim, alguns outros arranjos familiares para além da família nuclear, matrimonial e patriarcal passam a ser reconhecidos, como a união estável e família monoparental.Os princípios constitucionais do Direito de Família "civil-constitucional" trouxeram evoluções acerca da concepção de família pela jurisprudência devido ao seu caráter emancipatório, evidenciado pelos princípios e direitos fundamentais promulgados nesta, como o da dignidade da pessoa humana e a isonomia entre a igualdade de direito e deveres do homem e da mulher, sendo estes um avanço para os Direitos Humanos e para o processo de diminuição das desigualdades de gênero. A Constituição ainda reconhece outras estruturas para além da família nuclear monogâmica como grupo familiar, por exemplo, a família monoparental e a família extensa. Portanto, demonstra avanços no sentido de reconhecer o pluralismo familiar na sociedade brasileira. Ainda assim, as categorias reconhecidas como família, explicitamente pela CF/88, não abrangem a totalidade da pluralidade existente no país, e, consequentemente, excluem outros arranjos existentes do plano oficial. Desse modo, reafirma-se os conceitos de família que busquem compreender efetivamente a pluralidade brasileira nascida e forjada pelas relações sociais, respeitando a multiplicidade étnico-cultural do país. A definição dada por Soifer (1982, p. 22) de que as famílias seriam um “[...] núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo mais ou menos longo e se acham unidas (ou não) por laços consanguíneos [...]”, apesar de mais abrangente, ainda aparenta limitar o grupo familiar à pessoas com laços consanguíneos; a da Política Nacional de Assistência Social (2009, p. 41), por outro lado, define “[...] família quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consangüíneos, afetivos e, ou, de solidariedade [...]” ampliando a constituição do que seria o ente familiar.Conforme o exposto, a estrutura familiar brasileira foi moldada em uma estrutura benéfica à produção e reprodução do sistema capitalista, que carrega inerentemente em si o racismo, o patriarcado e a exploração. Compreende-se que em todo este processo o Estado foi omisso e negligente com diversas famílias, produzindo um cenário de violação de direitos que se estende até os dias atuais, onde o Estado permanece ausente.
#473 |
Trazador presupuestal con enfoque de género y diferencial. Aportes desde Trabajo Social al ciclo de las políticas públicas y sociales en Colombia.
Ángela Patricia Mañunga-Arroyo
1
1 - Universidad Autónoma de Occidente.
Resumen:
Esta ponencia tiene como objetivo compartir algunas reflexiones sobre los aportes que puede hacer el Trabajo Social al ciclo de las políticas públicas y sociales en Colombia, específicamente lo relacionado con el trazador presupuestal y la incorporación de los enfoques de género y diferencial en el mismo. Lo anterior, permite poner en evidencia la necesidad de articular en mayor medida a profesionales de Trabajo Social en el ciclo de las políticas públicas y sociales, especialmente en el proceso de diseño o formulación; y la necesidad de incorporar los enfoques de género y diferencial como elementos necesarios en la praxis profesional para caminar hacia la consolidación de proyectos ético políticos profesionales críticos.Las reflexiones aquí expuestas son resultado de ejercicios de revisión teórica y metodológica sobre el diseño y la implementación de trazadores presupuestales con enfoque de género y con enfoque diferencial, especialmente en los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales. De igual forma, se articulan reflexiones construidas de forma colectiva a partir del ejercicio de actualización de la política pública para las mujeres de Cali – Colombia entre el 2020 y el 2022. Finalmente, se incorporan reflexiones relacionadas con la incorporación de dichos enfoques desde la praxis del Trabajo Social y la apuesta de construcción de un proyecto ético políticos profesionales críticos.Para abordar el objetivo del documento, se propone iniciar con la presentación de elementos que permitan comprender el Estado neoliberal colombiano, especialmente lo relativo a la estructura y funcionalidad del mismo frente a la producción y reproducción social, y el impacto económico y social de esa estructura en la población desde una lectura de género y diferencial. De igual forma, se presentan las apuestas políticas contradictorias de los últimos gobiernos en Colombia, toda vez que las falencias en el alcance para la identificación de programas, políticas y presupuestos orientados a promover la equidad de género están íntimamente relacionadas con los intereses de acumulación de han defendido los gobiernos colombianos a lo largo del siglo XX y en lo que va corrido del siglo XXI.Es decir, consecutivamente, los gobiernos colombianos han negado su responsabilidad en la precarización de la vida de las mujeres y grupos étnicos; y evadido estrategias para el reconocimiento y la erradicación de las violencias contra estas poblaciones, y la construcción de equidad para las mismas a partir de su acción negligente para atender la llamada “cuestión social”.En concordancia con lo anterior, se articula al análisis de la estructura antes mencionada, la incorporación de trazadores presupuestales con enfoque de género y diferencial en el país, permitiendo comprender las apuestas de dichos trazadores y su articulación con los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales. Lo anterior permitirá de igual forma, aproximarse al actual estado de incorporación e implementación del trazador presupuestal con enfoque de género y diferencial, desde lo reportado por los organismos oficiales, tanto como desde las reflexiones que sobre este proceso se proponen en diversos escenarios de participación social.Seguidamente se presentan elementos relacionados con el proceso de actualización de la política pública para las mujeres de Cali, como punto de partida para la revisión de los avances, retrocesos y desafíos en la construcción e implementación de trazadores presupuestales y políticas públicas y sociales con enfoque de género y diferencial en el país. Aquí se evidencian los vacíos que aún acompañan a Colombia en la ampliación y regulación del gasto social como forma de reducción de las brechas de género, y los desafíos de los organismos que se encuentran entre el deber de implementar presupuestos sensibles al género, sin respaldo ni garantías del gobierno nacional; y la necesidad de dar respuesta efectiva a las demandas de la población.Se resalta también la articulación de los enfoques de género y diferencial en la praxis del Trabajo Social como estrategia para aportar a la construcción de equidad social en el marco de la propuesta de intervención del mencionado Estado neoliberal colombiano, partiendo de que en el proceso de precarización laboral dicho Estado no implementa las políticas que diseña/formula, y estos procesos de implementación se trasladan a sectores privados y organizaciones del tercer sector; siendo ese uno de los mayores escenarios con mayor presencia de profesionales de Trabajo Social. Estos elementos permiten reflexionar sobre la acción profesional vinculada a las políticas sociales como estrategia de mediación del antagonismo de clases sociales, y que ha tenido diversas apreciaciones en la historia del Trabajo Social en Améfrica Ladina. Aspecto que permite analizar el surgimiento de la profesión contrastando con el actual desafío de consolidar un proyecto ético políticos profesionales críticos.A manera de cierre del documento, se comparten reflexiones sobre la responsabilidad del Estado neoliberal colombiano en la precarización de la vida de las mujeres y los pueblos racializados hacia la opresión. La necesidad imperante de reconocer el aporte de las mujeres en los procesos de producción y reproducción social y la urgencia de fortalecer mecanismos que permitan la implementación de acciones para la reducción de las brechas sociales basadas en el género, la raza y otras dimensiones de opresión (tales como los trazadores presupuestales con enfoque de género y diferencial). Esto buscando compartir inquietudes sobre los desafíos para la praxis del Trabajo Social, su participación en las acciones de respuesta a la llamada “cuestión social”, su necesaria articulación en los procesos de diseño/formulación de políticas públicas y sociales, y la apuesta por la construcción de proyectos ético políticos profesionales críticos que sumen a la disputa por condiciones de vida digna para la población.
#339 |
“En una sociedad desigual, las niñeces como foco de atención en las estrategias de cuidados”- Periodo ASPO-DISPO.
Sandra Lidia Larrumbide
1
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Mariela Feduci
1
1 - Universidad Nacional de Mar del Plata.
Resumen:
El objetivo de este trabajo es aportar y compartir las evidencias preliminares sobre los impactos que se han suscitado en las familias en ciclo de primer infancia de clases socio-ocupacionales entre las clases VII y IX (1). Desde el grupo de investigación que conformamos de manera interdisciplinaria desde la FCSyTS “Salud y desarrollo de niños y niñas y sus familias” hemos intentado en estos últimos años continuar con la modalidad de trabajo que venimos desarrollando ya hace más de una década, con la metodología de la investigación – acción y como parte del universo académico compartir los alcances —-----------------------------------------------------------------Se tomará como parámetros para la caracterización y selección de la franja ocupacional (clase VII trabajadores manuales, oficios, la clase VIII agrupa actividades por cuenta propia sin calificación, sobre todo vendedores ambulantes-oficios de construcción y feriantes callejeros) y la clase IX las empleadas domésticas, que realizan actividades en los hogares). Piovani-Salvia- “La Argentina en el Siglo XXI”. Siglo XXI Editores. y logros obtenidos en los espacios territoriales que hemos trabajado, devolviendo así a la comunidad parte de lo recogido.En este último período,a pesar de lo que nos ha tocado vivir como sociedad y humanidad en general, nos hemos propuesto llevar a cabo un análisis de situación que nos permita tener una aproximación e idea del atravesamiento que conllevó para las familias de esta clase socio-ocupacional en relación a sus estrategias de cuidados con hijos e hijas en edad de primer infancia de (3 a 5 años de edad). El presente trabajo se constituye en una investigación de tipo cualitativa, que intenta una aproximación al tema de la dimensión del cuidado en familias de niñas y niños en primer infancia en tres barrios periféricos de nuestra ciudad: Barrio F. U. Camet, Gral. Belgrano y Belisario Roldán de la ciudad de Mar del Plata, provincia de Buenos Aires Argentina.Se trabajará de forma incipiente en la formulación de conclusiones y propuestas con el objetivo de reflexionar sobre las prácticas de cuidados en función de contribuir en la detección de hallazgos que direccionen las actuaciones de los diferentes profesionales implicados en la temática, teniendo como sustento fundamental el acompañamiento de las familias en el marco de sus derechos de ciudadanos sustentado por los Derechos Humanos y la Convención Internacional del Derecho del niño, niña y adolescente. Se parte de la realización de técnicas sociales que permitan recabar información como son la encuesta, entrevistas y la observación documental sobre el tópico.Es en este punto utilizaremos como fuente los datos obtenidos por el Grupo de Investigación PISAC - Nodo Mar del Plata, el cual ha llevado a cabo en el año 2021 el relevamiento de 75 encuestas a hogares urbanos y rurales de nuestra ciudad y que dan cuenta del uso de tiempo a través de variables que tomaremos con perspicacia y rigor científico analizar y describir. (Metabase PISAC). Se tomará la definición de cuidados de Joan Tronto: “actividad característica de la especie humana que incluye todo lo que hacemos con vistas a mantener, continuar o reparar nuestro ‘mundo’, de tal manera que podamos vivir en él lo mejor posible. Este mundo incluye nuestros cuerpos, nuestras individualidades y nuestro entorno, que buscamos tejer juntos en una red compleja que sostiene la vida” (Tronto, 1993)(2).Desde esta perspectiva el fortalecimiento y acompañamiento a las familias especialmente, de niños y niñas en primer infancia es una asignatura pendiente que como profesionales de la salud debemos contemplar.El concepto de cuidado infantil es importante para el análisis e investigación y eje en el diseño de políticas públicas que respondan satisfactoriamente a estas necesidades.Por otra parte, se distingue que en general se proclama que la infancia tiene derecho a cuidados y asistencia especial, y dentro de ellos al juego, recreación, atención en salud, alimento, vestido y un /una adulto mayor que vele por su integridad física y mental, como forma constitutiva de su desarrollo integral y convencidos de que la familia como grupo fundamental de la sociedad y medio natural para el crecimiento y el bienestar de todos sus miembros, debe recibir protección y asistencia. Teniendo en cuenta la amplia bibliografía que en este último tiempo se vio reflejada en los diferentes grupos académicos con miradas puestas desde el feminismo, derechos y/o desde la economía social en cuanto a la definición y/o concepción de trabajo doméstico y de cuidado no remunerado para concientizar a las personas sobre los cuidados como una cuestión vinculada al desarrollo, y promueve la generación de cambios en las creencias y las políticas relacionadas con el cuidado es que creemos fundamental visualizar la realidad de muchas familias que han atravesado a partir de la pandemia la vulneración de derechos que como obligación inalienable del Estado dentro de su objetivo de proteger la salud pública, no ha podido llevarla a cabo. Es en este sentido, como parte de la sociedad y como efectores del sistema universitario nos vemos con la responsabilidad de visibilizar aquellas cuestiones de desigualdad que hacen a nuestra sociedad.Analizar las prácticas sociales de cuidado permitirá traer en escena a todos aquellos sujetos sociales : organizaciones sociales, referentes barriales, instituciones públicas , que participaron de forma directa e indirecta en contribuir o al menos mitigar los desafíos que la cuestión social reforzó en el período comprendido de la ASPO Y DISPO en nuestro país y específicamente en nuestra ciudad. Y por último, se tendrá como eje para el acompañamiento y comprensión de las estrategias de cuidados: El diamante del cuidado.El "diamante del cuidado" analiza la forma en que las responsabilidades relacionadas con el cuidado están distribuidas entre los cuatro pilares del bienestar: las familias, el Estado, el mercado y la comunidad. Asimismo, se puede utilizar para considerar la forma en que la responsabilidad por el cuidado de grupos particulares de personas dependientes, tales como las niñas y niños, las y los adultos mayores, o las personas enfermas, se asigna a cada uno de los cuatro pilares. El desempeño de la arquitectura del "diamante del cuidado", como lo ha llamado Razavi (2007), puede juzgarse desde la perspectiva de quienes reciben y de quienes proveen cuidado. Es importante prestar especial atención así al diseño y a la aplicación de las "políticas de cuidado" reducen o exacerban las desigualdades de género. (Informes de investigación de OXFAM Valeria Esquivel) Bibliografía: ESQUIVEL V(2013): Informes de Investigación de OXFAM EL CUIDADO EN LOS HOGARES Y LAS COMUNIDADES- Documento conceptual.FAUR E (2014): El cuidado infantil en el siglo XXI, mujeres malabaristas en una sociedad desigual.Edit. Siglo XXI. Bs. As. Argentina. PIOVANI J.I.-SALVIA A: (2018)”La Argentina en el Siglo XXI” cómo somos, vivimos y convivimos en una sociedad desigual. Siglo XXI. Editores.Bs. As. Argentina.TRONTO,J. en vol. 2016/1 [presentación] ISSN 1695-6494 Papeles del CEIC http://dx.doi.org/10.1387/pceic.16084 –1– SUBJETIVIDAD Y MATERIALIDAD DEL CUIDADO: ÉTICA, TRABAJO Y PROYECTO POLÍTICO https://ojs.ehu.eus/index.php/papelesCEIC/article/view/16084 visto 23/5/2022.
#479 |
Base Sociohistórica do atendimento socioeducativo no Brasil
Andréa Simone Assis Silva
1
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Carlos Antonio Souza Moraes
1
1 - Universidade Federal Fluminense.
Resumen:
A proposta apresentada ao XXIII Seminário ALAEITS, vincula-se ao tema 5 “Trabajo social políticas sociales y sujetos de intervención” e discorrerá sobre a base sociohistória do atendimento socioeducativo no Brasil. Trata-se, de um estudo teórico que pontua a trajetória do atendimento direcionado a crianças e/ou adolescente desde o Brasil Colônia até dias atuais. A proposta se vincula ao curso de mestrado, em desenvolvimento no Programa de Estudos Pós-graduados Política Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, Brasil.O interesse pelo tema origina-se da experiência profissional, enquanto assistente social, que há nove anos, atua na Política Socioeducativa, em uma unidade de execução de medida socioeducativa de privação de liberdade que atende adolescentes do sexo masculino, cuja faixa etária compreende as idades de 12 a 18 anos e, em casos excepcionais, atenderá jovens até 21 anos, conforme legislação brasileira (ECA, 1990).A proposta trará um resgate histórico acerca da politica de atendimento direcionada a infância e a adolescência que, por conseguinte, formataram a política socioeducativa brasileira e o atendimento direcionado aos adolescentes envolvidos na prática de ato infracional destacando, de forma introdutória, alguns elementos analíticos sobre o “Projeto Novo Socioeducativo” enquanto uma investida neoliberal para privatização das unidades de execução das medidas socioeducativas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que se estruturará a partir das categorias e de debates teóricos sobre a política de atendimento a adolescentes privados de liberdade, descrevendo o que são as medidas socioeducativas, ato infracional, o sistema nacional de socioeducação (SINASE) e a política socioeducativa em curso no Brasil. O estudo bibliográfico analisará diferentes períodos históricos, diferentes formas de atendimento direcionadas à infância e à adolescência, as principais legislações, políticas e serviços que foram adotadas pelo Brasil – aspectos elementares para apreender como se constituiu as primeiras formas de atendimento até a vigência da politica socioeducativa e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – modelo de atendimento adotado pelo estado brasileiro na atualidade. Para tal fim, serão utilizados autores como Rizzini (2011), Freitas (2011), Faleiros (2011), Câmara (2017). Além disso, também serão apresentadas analise sobre as principais politicas de atendimento à infância e juventude no Brasil – como a catequização, a Roda dos Expostos – as primeiras legislações brasileiras direcionadas ao segmento em tela, como o primeiro Código Penal, o Código de Menores, o Estatuto da Criança e do Adolescente e, por fim, pela instituição do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e a respectiva lei. Para elaboração do artigo proposto, o conceito de socioeducação será compreendido, consoante ao Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo, a saber: enquanto política pública imprescindível para resgatar a dívida histórica com aqueles adolescentes – vítimas da violência e expressão da desigualdade brasileira – ou seja, socioeducação enquanto marco regulatório para o atendimento àqueles sujeitos definidos enquanto portadores de direitos e em condição peculiar de desenvolvimento (BRASIL, 2013).Consoante a Câmara (2017), partiremos do pressuposto de que a origem do atendimento socioeducativo no Brasil remonta a forma como foi direcionado “o problema do menor” no país. As respostas dadas em diferentes contextos sócio-históricos e pelas diferentes instituições responsáveis pelo cuidado, recolhimento, internação e ressocialização dos “menores” trazem a cena imagens que recuperam ações de caridade, de filantropia, de correção, punição, de tutela, de assistencialismo, de encarceramento, de criminalização: de prevenção, passando pela ideia de regeneração e, posteriormente, adotando critérios de ressocialização, em que ocorre a prevalência de ações e de políticas intervencionistas submersos em processos e práticas sociais repressivas, punitivas e discriminatórias, como forma de operacionalização dos primeiros atendimentos que, hoje, conhecemos como socioeducação.As primeiras práticas, legislações e instituições de atendimento à “delinquência” ratificam a sentença acima e dão formas as primeiras instituições e legislações destinadas ao “menor”, à “infância carente” e aos “delinquentes” – termos utilizados em diferentes épocas para designar a adolescência. Tais legislações desvelam como o estado brasileiro, por longo período, formatou os atendimentos direcionados à infância, à adolescência e à juventude até os dias atuais (RIZZINI, 2011).. Dessa forma, iremos dividir a análise sobre as bases sociohistórica em seis períodos, para fins didático e, em seguida faremos a abordagem sobre o “Novo Projeto Socioeducativo” – como modelo de atendimento e gestão de viés neoliberal demandado por um governo ultraconservador e que traz ameaças retrogradas para política socioeducativa conforme apontada pelo SINASE – Sistema Nacional Socioeducativo – através da Lei 12.594/2012. Irão ser analisados o período colonial; período imperial, período do Estado Novo; período da ditadura, período republicano e, por fim, período atual para verificar pontos de convergência e divergência do entre “Projeto Novo Socioeducativo” o que está posto pelas legislações nacionais em curso.REFERÊNCIASBRASIL. Presidência da república. Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo: Diretrizes e eixos operativos para o SINASE. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2013. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069/90. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 13/05/2022. CÂMARA, Raul Japiassu. A gênese das primeiras escolas no Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (DEGASE/RJ): uma escolarização sui-generis (1994 2001) / Raul Japiassu Câmara. Rio de Janeiro, 2017. RIZZINI, Irene. Crianças e Menores: do pátrio poder ao pátrio dever. Um histórico da legislação para a infância no Brasil. In: A arte de Governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. RIZZINI, Irene; PILOTTI, Francisco (orgs). 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 97-149.
#551 |
Alzheimer, vejeces y cuidados: Conviviendo entre estigmas, amor y obligaciones. Experiencia en el territorio Nacional, Uruguay, 2021.
Ana Palmina
1
1 - Egresada de Udelar; licenciada en Trabajo Social.
Resumen:
En este documento se presentarán datos cualitativos recabados en el trabajo final de grado para obtener la titulación de licenciada en Trabajo Social, de la Universidad de la República, Cenur Litoral Norte, Salto. Para la realización del mismo se estipuló como objetivo general “conocer las percepciones en torno al cuidado de personas mayores en situación de Alzheimer, por parte de la familia de estas y profesionales, en el territorio Nacional, en el año 2021”, para esto la muestra fue elaborada a partir del criterio de conveniencia y se conformó por familiares cuidadoras de personas mayores en situación de Alzheimer, profesionales idóneos en la temática y finalmente, por personas mayores que habitan en un residencial, diagnosticadas con la susodicha enfermedad, en un primer estadio. Para la recolección de datos se utilizaron entrevistas semiestructuradas, en su mayoría fueron a través de plataformas digitales, debido al contexto de pandemia por Covid-19. Como principales resultados se encontró que existe una tendencia por parte de familiares cuidadoras a no nombrar a la enfermedad por su nombre, utilizando en su lugar la terminología de “deterioro cognitivo”, esto es debido al constructo negativo de la palabra “alzheimer”, lo cual a su vez trae aparejada cierta estigmatización que se ve reforzada por el imperante viejísimo, en donde; por un lado esta cuidadora se posiciona desde la enfermedad para explicar el comportamiento de su familiar y por otro lado, los cambios conductuales no pudieron ser vistos o vinculados a una patología, ya que en ocasiones, fueron adjudicados a la edad, esto conllevó a un diagnóstico tardío. Retomando esto último, llamó la atención el sentimiento de soledad y frustración por parte de la familiar cuidadora, frente a un sistema de salud que no las acompaña y en ocasiones reproduce estereotipos sobre las vejeces. Se resalta a su vez, la necesidad de la familia de contar con un diagnóstico y la dificultad que significó llegar al mismo, por lo cual debieron indagar a través de internet para contar con un primer “diagnóstico”. Otro aspecto relevante es que, la familia también tiende a reproducir estereotipos sobre las vejeces, lo cual se agrava aún más por el desconocimiento de la enfermedad, conllevando a cuidados infantilizadores, despersonificando a la persona mayor e incluso escondiendo el diagnóstico a la misma, así como también interrumpiendo constantemente las consultas médicas, no permitiendo que estas se expresen.Asimismo, cuando se entrevistaron a personas mayores en situación de alzheimer, estas no sabían que era esta enfermedad, vinculándola a temblores y a “algo que te da en la cabeza”, denotando una falta clara falta de información y una constante vulneración de sus derechos, por parte de terceros/as.En lo que respecta a los cuidados, se percibió que la principal familiar cuidadora le asigna a estos una visión familiarista, en donde es la familia quien debe llevar a cabo la tarea de cuidar, a su vez, otra característica de estos es la feminización, ligada a la naturaleza privada de los cuidados en donde prima el amor, siendo las mujeres idóneas para realizarlos. Sin embargo, hubo quienes recuperaron la visión simbólica de estos, incorporando en sus discursos aspectos sociales y culturales, en torno al deber ser, quebrando con la aparente naturalidad de la mujer frente a los cuidados. Los mencionados resultados nos invitan a reflexionar desde la profesión del Trabajo Social, sobre la desigual distribución de los cuidados que concluyen en el rol socialmente establecido de la mujer frente a estos. Por lo cual es de suma relevancia la existencia de políticas públicas y sociales transversalizadas desde una perspectiva de género que den respuestas a la necesidad esencial de ser cuidados/as y a su vez, quebranten lo socialmente establecido. Vinculado a esto, se torna como desafió para la profesión, la forma en la que se involucran o no a las personas que buscan estas respuestas, es decir, la forma en la que se recuperan las voces, en este caso, de las personas mayores en situación de alzheimer y de la mujer como principal cuidadora. A su vez, es imprescindible que como sociedad repensemos la forma en la que entendemos a los cuidados: la normativa Uruguaya denota la vinculación de cuidados a dependencia y pérdida de autonomía, en donde a su vez, se perciben brechas en el acceso y universalidad de estas políticas públicas. También resulta en la estigmatización hacia las personas sujetas a este derecho, banalizando los términos mencionados (autonomía/dependencia) en donde la persona cuidada es percibida meramente como receptora de cuidados obviando la interdependencia y el vínculo que se entabla entre ambas partes; la persona cuidada es un ser social y por ende el cuidado debe ser comprendido desde una perspectiva social. Dicha perspectiva implica, entre otras cosas, contemplar la experiencia y el sentir tanto de quien cuida como de la persona cuidada; no reducir la enfermedad a dependencia ni a términos biologicistas. Por otro lado, pese a la existencia de un sistema de cuidados es necesario preguntarse ¿Cuál es la población objetivo del mismo? al indagar en esto, existen franjas etarias que no son contempladas, entonces… ¿Cuál es el lugar que se le da a los cuidados de personas mayores en situación de Alzheimer, comprendidas desde los 65 años?, ¿Acaso no se está reforzando la visión familiarista de estos?Por otro lado, ¿se está sensibilizando respecto a los roles de género? cuando son más mujeres que varones las que ingresan al sistema para llevar a cabo los cuidados, pasando de la esfera doméstica a la privada, pero siempre cuidando. Entonces, nuevamente se insiste en que, se está en el momento indicado para replantearnos como sociedad ¿Qué entendemos por cuidados?, ¿Qué vejeces en situación de alzheimer queremos? y ¿Cuál es el rol que queremos del Estado ante la necesidad esencial de ser cuidadosos/as?
16:00 - 18:00
Eje 3.
- Ponencias virtuales
3. Ampliación de ciudadanía poder y derechos humanos
#044 |
O governo neofascista de Jair Bolsonaro e a violência contra as mulheres
Mariana Sato dos Reis
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1 - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Resumen:
A presente proposta de artigo objetiva trazer breves apontamentos sobre a retórica neofascista do governo Bolsonaro e o reflexo para a disseminação da violência contra às mulheres no Brasil. Foram utilizadas como fontes de dados, pesquisas e levantamentos estatísticos sobre a violência contra às mulheres nos anos do governo Jair Bolsonaro, bem como, trechos de falas do atual Presidente, material este analisado à luz do referencial teórico utilizado no Seminário Temático: reflexões sobre o neofascismo no Brasil e no mundo, ministrado pelo Prof. Dr. Antônio Carlos Mazzeo, no programa de Doutorado em Serviço Social da PUC/SP. Como alerta Mauro Iasi no prefácio do livro “Introdução ao Fascismo” (KONDER, 2009, pág. 10), “A derrota militar do fascismo não se completa se não nos debruçarmos sobre a difícil tarefa de compreender teoricamente o fenômeno fascista para que, sob outras formas, sua essência não nos venha novamente assaltar”. Iasi ainda ressalta que “[...] o fascismo clássico revela fundamentos que podem encontrar novas formas de manifestação e aí reside seu verdadeiro perigo” (KONDER, 2009, pág. 12). No Brasil, essa máxima ganha força desde o golpe de 2016 que depôs a presidenta Dilma Roussef, com ascensão de figuras símbolos do irracionalismo ao tempero (neo)fascista, como Michel Temer e Jair Bolsonaro, este último, eleito democraticamente em 2018. As reflexões elaboradas compõem o conjunto de análises que esta pesquisadora tem feito para o objeto de pesquisa do Doutorado, o qual trata da misoginia no Brasil (ultra)neoliberal e os impactos e desafios para o Serviço Social.
#011 |
Características de los docentes-tutores que inciden en la motivación y compromiso académico conductual de los estudiantes de trabajo social en la zona centro-sur de Chile
Yasna Anabalón Anabalón
1
1 - Universidad de las Américas.
Resumen:
La formación de las escuelas de trabajo social está orientadas hacia el desempeño profesional. Ello supone estudiantes dispuestos a ser protagonistas de sus procesos de aprendizaje, fortaleciendo las habilidades cognitivas y meta-reflexivas, la capacidad de actuación, conocimiento y regulación de los aspectos afectivos, motivacionales y éticos (Arias y Lombillo, 2019; Concha-Toro et al., 2020).Las investigaciones indican que los diversos tipos de acompañamiento docente son importantes para los aprendizajes preprofesionales y desarrollo de competencias en contextos de práctica profesional en la educación superior (Anabalón et al., 2021; Concha et al., 2020; Canales, 2010; Lobato y Guerra, 2016; Mele, 2017; Puig-Cruells, 2020).Para el caso de las tutorías académicas, este tipo de acompañamiento es diferente a otras formas de enseñanza universitarias más tradicionales, porque es entendida como una acción y espacio formativo de seguimiento, orientación, acompañamiento y asesoramiento académico-metodológico de los estudiantes en el proceso de aprendizaje de carácter permanente, que propicia el aprendizaje autogestionado (Anabalón et al., 2021; Canales, 2010; Lobato y Guerra, 2016). Por ende, se requiere de cualidades y habilidades específicas del docente-tutor que lleve a cabo este proceso (Guerra-Martín y Borrallo-Riego, 2018).Por lo anteriormente expuesto, es fundamental evaluar si las características de estos formadores son factores relevantes para la disposición de los estudiantes a apropiarse de los contenidos de esta actividad curricular. En este sentido, es especialmente importante evaluar si las características percibidas de los docentes son un factor que incide en la motivación por el aprendizaje (Bandura, 2012; Muñoz y Valenzuela, 2014) y el compromiso académico conductual (Aspeé et al., 2019), ya que los estudiantes comprometidos y motivados por aprender suelen ser más persistentes, autorregulados y con mejor rendimiento académico (Alrashidi et al., 2016).La tutoría académica tiene su inicio en el siglo XX, brindando mayor autonomía al estudiante en la toma de decisiones y en su propio aprendizaje, transformándolo en un aprendizaje profundo y, a su vez, generándole un mayor grado de responsabilidad y bienestar (Biggs, 1987, 1993; Biggs y Tang, 2007; Fasce, 2007; Ortega-Díaz y Hernández-Péres, 2015).Es en este espacio donde coexisten el estudiante y docente-tutor, que según Martínez (2016) es un académico de la carrera que participa en el seguimiento y evaluación del proceso formativo. Además “está capacitado para identificar la problemática de índole académica, psicológica, de salud, socioeconómica y familiar de alumno” (p. 9).El docente-tutor cumple un rol de orientador, con énfasis en el desarrollo de la reflexión estudiantil, y el rol de evaluador usando juicios sobre el desempeño de cada uno (Ruffinelli et al., 2020).Referente a las cualidades personales, debe poseer características de empatía, responsabilidad y compromiso con la formación. Para las cualidades disciplinares, es necesario que tenga conocimientos en su campo de intervención, pero además en psicología, pedagogía y filosofía. Y referente a las habilidades técnicas debe poseer conocimiento en gestión administrativa y procedimientos básicos realizados por los estudiantes.El interés porque los tutores cuenten con experiencia en estas prácticas, conocimientos de la labor tutorial y capacidad para llevarlas a cabo (Rubio y Martínez, 2012). Todas las características y atributos del docente-tutor, según la ANUIES (2019), deben estar asociados a una persona que cuente con un extenso conocimiento de la filosofía educativa y curricular del área disciplinar.Es por lo anteriormente mencionado, que no se sabe cómo estas características del docente-tutor influyen en el compromiso académico conductual y motivación de los estudiantes. Esta vinculación es escasamente abordada en investigaciones en ciencias sociales, y menos aún en trabajo social (Anabalón et al., 2021; Venegas-Ramos y Gairín, 2019). Hay investigación respecto de las prácticas profesionales pero no sobre las tutorías académicas., viéndose estas últimas desproblematizadas en su especificidad. Esto es complejo, al ser las tutorías una forma de acompañamiento utilizada más comunes en las carreras de trabajo social, descuidándose una dimensión relevante en la formación de estos profesionales.Esta investigación fue abordada desde el paradigma naturalista interpretativo y el enfoque del construccionismo social desde los planteamientos de Berger y Luckmann (2001), permitiendo reconocer la realidad como un proceso de construcción humana mediante las relaciones entre los diversos agentes educativos. El diseño utilizada fue el método mixto, con estatus dominante y de orden secuencial CUAL → cuan (Johnson y Onwuegbuzie, 2004).Participaron 206 estudiantes de las carreras de Trabajo Social, que se encontraban realizando prácticas profesionales (inicial, intermedia y final), durante los años 2019 y 2020. La muestra fue no probabilística intencional.Las variables del estudio fueron, características percibidas del docente-tutor, compromiso académico conductual (Aspeé et al., 2019) y motivación por los aprendizajes (Bandura, 2012; Muñoz y Valenzuela, 2014). El instrumento se denominó Características percibidas del docente-tutor, el cual fue auto aplicado.En relación a los resultados, se realizó la tabulación de las 206 encuestas en el programa estadístico SPSS (versión 19), se aplicaron pruebas de asimetría y curtosis y se calcularon puntajes z, para verificar la distribución normal de los datos.Luego, se realizaron análisis descriptivos como media y desviación estándar de las características del docente-tutor ordenadas por valor. Posteriormente, se efectuó una prueba T para muestras relacionadas, organizadas desde el valor más alto. En un segundo y último momento, se calculó desviación estándar para saber cuáles de estos rasgos son más homogéneos y realizar gráfico de frecuencia para ver cómo se conforma estas características a partir de grupos o subgrupos.Para concluir, las características percibidas de los docentes-tutores que presentaron las medias más altas, están asociadas a atributos socioemocionales tales como: seguridad, determinación, disposición al acompañamiento, responsabilidad, empatía y cercanía.La percepción que los estudiantes tienen sobre las características de su docente-tutor, incide de manera mínima en el compromiso académico conductual. Por otra parte, la motivación por los aprendizajes posee un efecto significativo en la medida, relevancia, disfrute y tiempo invertido que el estudiante asigna al acompañamiento denominado tutoría académica.
#016 |
Instituciones en tiempos de democracias neoconservadoras: Estado-sociedad, ciudadanía, derecho e intervención profesional
Francisco Marcos Carnevali
1
1 - Universidad Nacional de Lanús.
Resumen:
El concepto de
Derechos Humanos se encuentra en permanente tensión y ha cambiado a lo largo de la historia. Sea cual fuere su concepción, en las sociedades occidentales siempre resultaron un “ordenador” de las relaciones sociales, tanto en momentos de expansión como de retracción del Derecho. Actualmente transitamos la vigencia hegemónica de un modelo civilizatorio que es diferente a la modernidad y que se encuentra presente desde la década de 1970. En este trabajo lo denominamos “modelo tardomoderno” y admitimos como elemento más visible del mismo al neoliberalismo. La visión que mejor explica en este entorno la situación de los Derechos Humanos, es la concepción foucaultiana acerca del “Derecho de los gobernados” (Foucault, 1996) y la expansión de las comunidades de reconocimientos de derechos, en el sentido brindado por Anthony Giddens (1998).En la civilización tardomoderna la expansión de derechos es aparente o, por lo menos, fragmentada; por lo que va a transferir cierto impacto en las relaciones sociales. En esta ponencia nos preguntamos puntualmente qué es lo que sucede en este contexto en las instituciones de base, allí donde las personas ciudadanas hacen concreta su vida cotidiana y el efectivo ejercicio y goce de sus derechos; en estos espacios de implementación de políticas sociales y ámbitos de intervención de profesionales del Trabajo Social. La ponencia es resultado de la investigación dirigida por la magister Claudia Torres[1], radicada en la UNLa (2018-2020) y denominada “La Perspectiva de Derechos en las Organizaciones Sociales y la formación profesional de Trabajadores Sociales”. El trabajo empírico de campo se realizó con organizaciones de la zona sur del conurbano bonaerense (Argentina), que ofician como Centros de Prácticas de la carrera de Licenciatura en Trabajo Social de la Universidad Nacional de Lanús. Para esta ponencia en particular, nos centraremos en seis instituciones variadas en sus proyectos, objetivos, antigüedad y dependencias. Si bien es una pesquisa previa a la pandemia, sus conclusiones hablan de un modelo civilizatorio temporalmente más abarcativo, en el cual las circunstancias provocadas por el Covid 19, solo profundizan las conclusiones vertidas.La ponencia aborda algunas de las concepciones que se encuentran actualmente presente en las organizaciones sociales de base, al momento de pensar en el Estado, la Sociedad Civil, el Sujeto, la Ciudadanía, los Derechos y, finalmente, la Acción Social y dentro de esta el Trabajo Social y su formación. Daremos en este
abstrac un avance de algunos de los resultados que se presentarán en la ponencia definitiva: El modelo vigente, no borró a los componentes de los modelos anteriores, sino que resignificó a cada uno de estos. Esa aclaración es importante, dado que en los niveles microsociales observamos que los actores –en su cotidianeidad– no pueden divisar claramente esta diferencia y continúan refiriéndose a elementos de la Modernidad, pero sin poder analizarlo desde su nuevo sentido. Respecto al Estado, las organizaciones plantean dos visiones modernas, la contractualista y la gramsciana. En el primer caso se resalta la figura del ciudadano individual, dotado de libertad y razón, para su desempeño en la actividad económica y política. En el segundo caso, pensando al Estado como elemento coercitivo, pero no como institución separada de la sociedad civil. No obstante, haciendo un
zoom macroscópico, se puede observar en las instituciones que el sujeto individual del sistema tardomoderno no es el individuo cartesiano; sino el humano-solo y en su íntimo sentido de nuda vida. También se aprecian componentes de presencia corporativa trasnacional asociados a capitales financieros sin fronteras. En cuanto a la concepción de Sujeto y Ciudadano encontrada en las organizaciones; vemos que siguen presente dos ideas elementales. En el discurso de las instituciones aparece la noción de “conciencia”, es decir la razón; no obstante, en las acciones llevadas a cabo por estas, lo que subyace es la idea de “ser biológico” y nuda vida. Se puede apreciar en las instituciones que, partiendo del mismo ente humano, la construcción social de sujeto se da por identificación o por oposición al modelo social hegemónico vigente. En este sentido tenemos un sujeto individual “dueño” de sus propios deseos, en algunos casos; y, en otros, un sujeto en convivencia e interacción con el ambiente. El sistema tardomoderno se vale de diversificar estos tipos de enfoques que puedan llevar la bandera de ciertas reivindicaciones en detrimento de la fragmentación social y la organización de clases. Por último, referido a la Acción Social y a la Intervención; se hace hincapié en dos aspectos: aquello que deriva de la teoría ecologista y el construccionismo social. Se pone en juego la cuestión de la práctica instrumental, la relación entre medios y fines. La cuestión ética de fondo que justifica las acciones sociales está en debate. La ética moderna guiada por el “deber ser” del imperativo categórico de Immanuel Kant, aparece aún en algunas instituciones; mientras que en la sociedad contemporánea sobrevuela la lógica del deseo individual. El deseo personal se ha impuesto al comportamiento colectivo. En este marco, las instituciones intentan hacer operativa su acción. Como no pueden satisfacer deseos, entonces se apunta en muchos casos a lo vital: el hambre, el frío, la escucha. Así impone el modelo civilizatorio su intervención focalizada en la nuda vida, como diría Michael Foucault, en “hacer vivir y dejar morir”. En la construcción colectiva, además de la interacción de los diversos actores, se presenta al “territorio” como una categoría fundamental para determinar la intervención. Es decir, ambiente y territorio, están presentes a la hora de pensar la acción. Como cierre, podemos decir que las microacciones son las que van a dar identidad a los sujetos y a las organizaciones; y que, si bien estas se encuentran determinadas por una cuestión histórica, no son absolutas pues todo sistema se construye en base a contradicciones que permiten crecer, entre sus intersticios, nuevas formas de
ser y hacer en el mundo. Bibliografía: [1] Quién suscribe como autor de la ponencia, fue el codirector de la investigación mencionada.
#475 |
O Trabalho Profissional do Serviço Social na Defensoria Pública do Estado de São Paulo: uma análise a partir da Teoria da Reprodução Social
Livia Valim Nicolino
1
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Nayara Hakime Dutra
1
1 - UNESP.
Resumen:
Se nos últimos anos a dinâmica do capital monopolista ameaça cada vez mais a existência digna da classe trabalhadora na América Latina, o contexto pandêmico tornou ainda mais evidente a contraditória relação entre lucro e vida no capitalismo e seus rebatimentos particularmente desafiadores para os países do sul global. O decorrer dos meses assolados pela pandemia do coronavírus, marcado pelas medidas de isolamento e pelas milhares de mortes e comorbidades geradas pela doença, impactou de forma significativa a estrutura da reprodução social da vida já que, soma-se a esse fato, a retração das políticas de proteção e seguridade social, cada vez mais precarizadas com o avanço da ultradireita no Brasil.Conforme afirma Battacharya (2020) o nível de acesso aos bens e serviços que garantem a reprodução da vida tais como alimentação, moradia, hospitais e escolas públicas, por exemplo, determina sobremaneira o destino da classe que vive do trabalho. O Estado burguês brasileiro, embora se apresente formalmente a partir de um modelo de corresponsabilidade - juntamente com a família e a sociedade – centraliza, estrategicamente, na família a responsabilidade por grande parte da manutenção e reprodução da vida quando organiza as políticas e os serviços sociais. A centralidade da família neste processo corresponde, na verdade, à centralidade das mulheres na execução do trabalho de cuidado.No contexto de pauperização e precarização do acesso às políticas públicas, a chamada crise da reprodução social (ARRUZZA, BHATTACHARYA, FRASER, 2020) também se materializa nas demandas colocadas para a Defensoria Pública do Estado de São Paulo que, dentro da contradição posta pelo Estado capitalista, é a instituição pública estatal brasileira que tem como finalidade a promoção do acesso integral à justiça e a garantia de direitos à população economicamente vulnerabilizada.O Serviço Social, previsto em lei para ser apoio aos defensores públicos, passa a compor a equipe interdisciplinar da Defensoria Pública do Estado de São Paulo no ano de 2010 e desde então vem consolidando sua trajetória como campo de saber indispensável, que pode ser capaz de dialogar e transpor os limites da letra da lei e da satisfação de direitos como um fim em si mesmo, a partir da leitura atenta da conjuntura e da dimensão política que a profissão persegue.Neste sentido, este trabalho tem como objetivo, então, evidenciar o trabalho do Serviço Social no campo da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, considerando a direção política da profissão, expressa no Projeto Ético Político Profissional, a partir da Teoria da Reprodução Social como possibilidade de adensamento da compreensão da totalidade no contraditório campo sociojurídico. REFERÊNCIASARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. Teoría de la Reproducción Social. Elementos fundamentales para un feminismo marxista. Archivos de historia del movimiento obrero y la izquierda, n. 16, p. 37-69, 2020. BARROS, Luiza Aparecida. Serviço Social na Defensoria Pública: Potências e Resistências.São Paulo: Cortez, 2018. BHATTACHARYA, Tithi. O que é a teoria da reprodução social? Revista Outubro. ed. 32, 2019. Disponível em <http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2019/09/04_Bhattacharya.pdf> Acesso em 29 de abril de 2022. _______________. A teoria da reprodução social e por que precisamos entender a crise do coronavírus. Esquerda online. 03/04/2020 Disponível em <https://esquerdaonline.com.br/2020/04/03/tithi-bathacharya-a-teoria-da-reproducao-social-e-porque-precisamos-entender-a-crise-do-coronavirus/> Acesso em 29 de abril de 2022. BRETTAS, Tatiana. Capitalismo Dependente, Neoliberalismo e Financeirização das Políticas Sociais no Brasil. Rio de Janeiro: Consequência, 2020. CISNE. Mirla. Feminismo e Marxismo: apontamentos teórico-políticos para o enfrentamento das desigualdades sociais. In: Revista Serviço Social e Sociedade, ed. 132, 2018. Disponível em < https://www.scielo.br/j/sssoc/a/kHzqt9vwyWmMyFd6hZjDmZK/?format=pdf&lang=pt> Acesso em 27 de janeiro de 2022. CISNE. Mirla. Feminismo e Marxismo: ortodoxia no método e teoria em movimento. In: Teoria Política e Política Feminista: contribuições ao debate sobre gênero no Brasil/ Organizado por Luis Felipe Miguel,Luciana Ballestrin. - Porto Alegre, RS: Zouk, 2020, p. 39-57. COELLHO. Marilene. Imediaticidade na prática profissional do assistente social. Rio de Janeiro: Editora Lumen, 2013. FERREIRA, Verônica. Apropriação do tempo de trabalho das mulheres nas políticas de saúde e reprodução social [recurso eletrônico]: uma análise de suas tendências. Recife: Ed. UFPE, 2020 GAGO, Veronica. A potência feminista ou o desejo de transformar tudo. 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LEY INTEGRAL PARA GARANTIZAR A LAS MUJERES UNA VIDA LIBRE DE VIOLENCIA: UNA EVALUACIÓN DESDE LAS DEFENSORÍAS DE MUJERES DE BOLIVIA
Ivonné Choque
1
1 - Universidad San Francisco Xavier de Chuquisaca.
Resumen:
La violencia de género es un problema social y de salud pública porque afecta a la gran mayoría de las mujeres, se estima que una de cada tres en todo el mundo ha sufrido alguna vez en su vida violencia física, psicológica o sexual perpetrada por su pareja (novio o cónyuge). La causa principal es el sistema patriarcal, que origina desigualdad de género con base al sexo de la persona, asignando roles diferenciados a varones y mujeres, que en su generalidad benefician a los hombres y colocan a la mujer en situación de subordinación y dominación. El incumplimiento a los roles asignados en la sociedad en muchos de los casos da origen a la violencia de género contra la mujer, que lamentablemente presenta secuelas nefastas que afectan a su integridad, en esta lógica, diversas investigaciones, señalan que las mujeres maltratadas tienen problemas de salud física, sexual y reproductiva y problemas de salud mental que pueden ir de moderados o graves, destacando entre los más frecuentes la sintomatología depresiva, los trastornos de ansiedad, la disminución de la autoestima, el estado de ánimo deprimido, ansioso o el trastorno de estrés postraumático (TEPT). En el caso boliviano, si bien es cierto que el Estado con base a los acuerdos internacionales a los cuales se suscribió como país, ha implementado políticas públicas a favor de la prevención de la violencia contra la mujer, sigue teniendo altas tasas de violencia. En el año 1995 se promulgó la Ley Contra la Violencia en la Familia o Doméstica, Ley N°1674, que constituyó el primer instrumento de protección a la mujer y su familia, abriendo la posibilidad de efectuar la denuncia directa de violencia familiar en las instituciones pertinentes, como la policía o los servicios legales integrales municipales (SLIM). Sin embargo, esta normativa se adscribía en un marco conciliatorio y una vez que la denuncia llegaba ante el juez, este daba sanciones flexibles (arrestos, multas) porque la intención era preservar los lazos familiares. En consecuencia, lejos de reducir la violencia contra la mujer en las relaciones de pareja, esta se reiteraba una y otra vez, y en muchos casos finalizaba con el asesinato de las mismas por razones de género (feminicidio). En el año 2013, la Ley N° 1674, fue derogada por la Ley integral para garantizar a las mujeres una vida libre de violencia, (Ley N° 348), que constituye por tanto la segunda Ley promulgada en Bolivia que busca incidir en la reducción de la violencia contra las mujeres. Su ámbito de actuación no solo es el familiar, sino también el público, ya que todo acto de violencia contra las mujeres independientemente del espacio en el que tenga lugar es considerado un delito, por lo que se ha pasado de un plano estrictamente conciliador a uno punitivo. Esta Ley también estipula una nueva tipificación de las violencias y se introducen nuevos delitos como, por ejemplo, el feminicidio y el acoso sexual. En el ámbito familiar, y específicamente en la violencia contra la pareja, se diferencian cinco tipos de violencia, a saber: física, feminicida, psicológica, sexual y económica. La presente investigación se realizó con el objetivo de analizar las posiciones discursivas del personal técnico, esto es, profesionales de la abogacía, psicología y trabajo social de las defensorías de la mujer (públicas y privadas) respecto a la aplicación de la Ley N°348 en casos de violencia contra la mujer en relaciones de pareja. La investigación se realizó en 8 defensorías de la mujer (2 ONG y 6 SLIM), se utilizó para ello metodología cualitativa y la técnica de recolección de la información que se utilizó fue la entrevista semiestructurada. La muestra estuvo compuesta por 21 funcionarios (2 directoras, 6 trabajadoras sociales, 5 abogados/as, 8 psicólogos/as) de las defensorías de la mujer que participaron voluntariamente en la investigación. Los datos recabados fueron analizados utilizando el programa Nvivo12.Los resultados de la investigación evidencian claramente más sombras que luces respecto a la aplicación de la normativa, ya que el Estado, al igual que sus instituciones protectoras de la violencia de género, no dan garantías de seguridad, ni confianza a las mujeres que viven en situación de violencia. Los procesos son burocráticos, agobiantes y dan preferencia a la sanción punitiva en desmedro de programas educativos y terapéuticos, además los servicios cuentan con reducido personal, caracterizado por la instabilidad laboral y limitados recursos materiales y financieros para el funcionamiento adecuado de las instancias de apoyo a la mujer; y a estas categorías de análisis se añaden la naturalización de la violencia contraellas, en todas las esferas de la vida social. Todos estos aspectos están contribuyendo a la falta de credibilidad y victimización secundaria y a la exposición a mayores riegos y hechos de violencia, contradiciendo la finalidad la Ley N° 348, que en líneas generales está orientada a establecer mecanismos, medidas y políticas integrales de prevención, atención, protección y reparación a las mujeres viven en situación de violencia. En conclusión, cabe señalar que es necesario hacer una reflexión crítica sobre la aplicación de la Ley N° 348, en concreto en casos de violencia contra las mujeres en relaciones de pareja, ya que la cultura patriarcal está arraigada en sus instituciones, en la sociedad boliviana, tanto en hombres como en mujeres, reproduciendo conductas machistas que obstaculizan la lucha contra la violencia de género. Por ello se resalta la necesidad de trabajar de forma integral programas educativos alternativos a los formales, desde edades tempranas para desaprender conductas, comportamientos y actitudes estereotipados que favorecen la naturalización de la violencia.
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Sistematización de experiencias en trabajo social. Reconociendo aportes de las pioneras en procesos con grupos culturalmente diversos.
Maria Pilar Diaz Roa
1
1 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
Resumen:
La sistematización de experiencias se ha ido constituyendo como una de las modalidades de investigación en trabajo social; desde los mismos inicios de la profesión se observan acciones de las pioneras, mediante procesos realizados con grupos culturalmente diversos, procesos estos, que se sistematizaron dando paso a documentos de gran valor, convirtiéndose en las primeras bases epistemológicas- teóricas en trabajo social, en esta vía se pueden señalar dos ejemplos concretos 1. El libro Diagnóstico social de Mary Richmond publicado en 1917, sistematización de experiencia profesional de 2.800 informes de procesos desarrollados en 5 ciudades diferentes de Estados Unidos con grupos culturalmente diversos, donde se hace especial énfasis en la atención individual y familiar. 2. El libro Veintiún años en la Hull Hause, de Jane Addams, publicado en ingles 1910, sistematización de experiencia social comunitaria en chicago, con inmigrantes que construyeron y sufrieron la revolución industrial. Remedios Maurandi Guirado (2014) dice: “Es una obra fundacional del trabajo social, un meditado diálogo de la autora consigo misma y su tiempo en una larga “Ficha Social” de 20 años en la que de las “Historias de Vida” nos muestran cómo saber y hacer, pero también hacer y saber cómo algo inseparable”: “Un modo de vida”, es una experiencia que da cuenta de cómo enfrentamos la desigualdad. Este proceso con grupos culturalmente diversos, dio paso al trabajo social con grupos y comunidad, como modalidades de acción en trabajo social, encaminadas al cambio y la transformación social.Esta ponencia tiene como propósito, mostrar y/o describir elementos esenciales de la sistematización como modalidad de investigación en trabajo social y en particular con grupos culturalmente diversos, grupos, con quienes desde el inicio de la profesión se ha propendido por su reconocimiento en medio de situaciones históricas que han llevado a la opresión, la marginación y la desigualdad social en todas sus modalidades. La ponencia desarrolla elementos de dos procesos de investigación en los que participa el grupo de investigación Hermeneusis: Estudios sobre diversidad cultural y desarrollo de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca en Bogotá Colombia. Una de las investigaciones es el Macroproyecto titulado: “Trabajo Social con Grupos en América Latina y el Caribe: Diálogos actuales entre las propuestas de formación influenciadas por el periodo fundacional con las epistemologías alternas y la descolonialidad” investigación, que planteo como objetivo: Sistematizar los diálogos actuales, entre propuestas de formación Epistemológicas, teórico- metodológicas y prácticas del Trabajo social con grupos influenciados por el período fundacional, con las perspectivas epistemológicas alternas y des coloniales que contribuyan a la reflexión disciplinar. La investigación está planteada desde una base epistemológica interpretativa crítica, en la perspectiva del pluralismo critico; es una investigación desarrollada en el marco del Nodo Internacional y nacional de Trabajo social con grupos. La otra investigación se titulada “El modelo de vida independiente: aproximaciones desde las personas con diversidad funcional y su familia” el objetivo de esta investigación es: Comprender los diferentes significados que le otorgan las personas con diversidad funcional y sus familias a los pilares del modelo de vida independiente como punto de base para impulsar prácticas sociales comunitarias. Investigación planteada con una base epistemológica comprensiva interpretativa, en la perspectiva del Interaccionismo simbólico. La investigación se realiza en el marco de la convocatoria interna de investigación dirigida a Semilleros de la Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca, proyecto aprobado mediante Acuerdo 051 del 25 de agosto de 2021 del Semillero de investigación Epistemes, que hace parte del grupo de Investigación Hermeneusis.En la vía de la Sistematización de experiencias como una modalidad de investigación en trabajo social, la profesora Argentina Bibiana Travi (2017), comenta: “Las obras de estas pioneras, tratan de sistematización de experiencias profesionales realizadas medio siglo antes de que se produjeran en América Latina los primeros desarrollos teórico-metodológicos sobre la misma, entendiendo por sistematización la resignificación e indagación sobre la práctica profesional, el análisis de sus logros y dificultades, la evaluación de sus resultados en términos de intervención y la producción de nuevos conocimientos (Travi 2006, p. 50. Tomado en Travi B. 2011, Pag. 60). En este sentido la sistematización se convierte en uno de los ejes de desarrollo de la ponencia, donde se busca reconocer y valorar los aportes de las pioneras a la sistematización en el periodo fundacional, donde su mayor propósito fue el reconocimiento de todos aquellos grupos culturalmente diversos que sufrieron la opresión, la marginación y la desigualdad social, acciones mismas, que se constituyeron en procesos de reflexión y de educación popular encaminados a la transformación social. Para la sistematización de experiencias del Macro proyecto del Nodo de trabajo social con grupos, se tomó como referencia a Barragán D y Torres A (2017) quienes plantean que la sistematización de experiencias, “Implica una noción de realidad y de las prácticas sociales, una reflexión sobre los saberes que se generan en las prácticas y los alcances de la producción de conocimiento desde la experiencia y sus narrativas.”(Pág. 8). A partir de esta definición, se despliegan varios elementos que se desarrollan y que sirven de base para argumentar algunos de los aportes de las pioneras a la sistematización como modalidad de investigación, en este sentido lo que se busca es resignificar la sistematización como esa forma de investigación en trabajo social. Es así que la ponencia se estructura en dos líneas, 1. Aporte de las pioneras a la sistematización en trabajo social con grupos culturalmente diversos, en la vía de un acercamiento a los diálogos actuales entre las propuestas de formación influenciadas por el periodo fundacional con las epistemologías alternas y la descolonialidad; y 2. Algunos elementos teórico-metodológicos como aporte de autores contemporáneos a la sistematización como modalidad de investigación, esta segunda linea se dedica precisamente a revisar los aportes de ciertos autores contemporáneos en sistematización de experiencias, autores tales como Oscar Jara, Lola Cendales, Alfredo Guiso, Nelson Sánchez, Javier Betancourt, Disney Barragán y Alfonso Torres, quienes han elaborado escritos encaminados a brindar elementos que permiten profundizar y servir de guía a la hora de realizar procesos de sistematización de experiencias, que además se relacionan con los aportes de los procesos de sistematización elaborados por las pioneras.BibliografíaAddams, J. (2014). Veinte años en Hull House. Jane Addams. (Est. Introd. y Com. Remedios Maurandi Guirado). Editum. Ediciones de la Universidad de Murcia. URI: https://publicaciones.um.es/publicaciones/public/obras/ficha.seam?numero=2203&edicion=1Barragán D. Torres A. (2017) La Sistematización como Investigación Interpretativa Crítica. ARFO Editores e Impresores S.A.S.Consejo Académico (2021) Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca. Acuerdo 051 de 25 de agosto de 2021. Richmond, M. (2005). Diagnóstico Social. Madrid: Siglo XXI Editores de España (1ª ed. 1917, Russell Sage Foundation, Nueva York).Travi B. (2011). Conceptos e ideas clave en la obra de Mary Ellen Richmond y la vigencia actual de su pensamiento. En Cuadernos de Trabajo Social. Vol. 24 (2011): 57-67.
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Implicações e análise crítica entre o ensino, a investigação e a extensão universitária.
Carla Daniel Sartor
1
1 - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Resumen:
A crise capitalista é estrutural e atinge o próprio capital e as suas frações da burguesia, que disputam entre si a própria sobrevivência. Além disso, a pandemia Covid-19 desvelou o que há de mais desumano e explorador, bem como as contradições que esse sistema gera e reproduz, como o ataque a diversos grupos, como as populações periféricas, mulheres, negros, indígenas, lgbtqi+, dentre outros, que enfrentam diversos tipos de violência. O texto abordará a articulação entre o ensino, a investigação e a extensão universitária como forma de reflexão e a atuação condizente com a complexa realidade societária por meio da análise dos projetos de extensão e de pesquisa “O ser social e as dimensões do exercício profissional”, alocados na Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. O projeto de extensão aborda o frequente assédio às mulheres estudantes, que sofrem inúmeras consequências, em especial a dificuldade de permanecer na Universidade por terem filhos, a hostilidade de alguns professores e da própria Universidade que não oferece condições e o direito à creche universitária – um dos dez eixos da política de assistência estudantil que não foi ainda implementada e tem sido objeto de disputa para a sua efetivação. A realização de rodas de conversas com debates e convidadas externas de movimentos sociais, partidos políticos e trabalhadores em geral permitiu o aprofundamento das questões e a ampliação de aliados para a construção de projetos a serem viabilizados de forma coletiva. Entretanto, são processos de médio e longo prazo que exigem ações como os “Ocupinhas” (oficinas itinerantes com crianças filhas de trabalhadores e estudantes) que reuniu elementos da realidade – as próprias crianças que chegam à Universidade com suas mães, muitas vezes ignoradas – e também elementos lúdicos, ao realizarem diversas atividades como contação de histórias, pintura, jogos e brincadeiras, despertando quem passa pelos corredores e alertando acerca dessa demanda. Foram construídas “brinquedotecas itinerantes” com a participação das crianças, que customizaram caixotes de feira, colorindo-os e disponibilizando-os nos andares dos prédios, preenchendo-os com livros, lápis de cor, brinquedos, folhas e cartazes para que outras crianças pudessem levar os materiais para as salas onde suas mães assistiam às aulas. Esse apoio temporário foi a forma encontrada para que a ausência de uma creche (ou outro espaço) seja considerada, funcionando como um alerta sobre a necessidade de uma ação mais efetiva. Temos, portanto, como ponto de partida atividades que nos desafiam e nos exigem uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético e político, e que envolvem inúmeras escolhas, bem como fundamentação teórica para a distinção das diversas retóricas e interesses presentes no âmbito da realidade, e para o desvelamento da gênese e das particularidades da “questão social”. Nessa perspectiva, temos o desafio da superação de relações históricas de superexploração da força de trabalho, que caracterizam o Brasil como um país periférico e dependente inserido na divisão internacional do trabalho, assim como toda a América Latina, por garantirem a reprodução de sua dependência e subordinação por meio do desenvolvimento desigual e combinado entre centro e periferia, conforme afirma Ruy Mauro Marini. Além do desafio representado pelo racismo, mecanismo de dominação no período colonial, mantenedor dos privilégios dos brancos pelo regime escravista, que teve sua continuidade como dominação de classe (MOURA, 1994), conservando a divisão racial em uma sociedade de classes. E, aliado ao patriarcado como estruturante dessas relações, temos o desafio do autoritarismo por meio de relações de abuso de poder (FERNANDES, 2008), caracterizando um conjunto de análises imprescindíveis que permite romper com estudos descritivos, reducionistas, conservadores, a-históricos e acríticos, priorizando reflexões que abrangem as contradições dos fenômenos e a dinâmica da realidade em permanente movimento. O debate das ações no âmbito do ensino, pesquisa e extensão universitária, tripé que caracteriza a Universidade pública, gratuita, laica e socialmente referenciada na classe trabalhadora é fundamental para garantir a perspectiva da totalidade social, considerando as diversas e complexas determinações de um fenômeno, sem isolar qualquer dimensão, mas consolidar análises que busquem a raiz das questões, para além da superficialidade, do foco nas consequências e da incidência paliativa. Combater o falseamento da realidade e a fragmentação do conhecimento por meio das categorias da Crítica da Economia Política, aliada a superação da consciência reificada, da preponderância do irracionalismo e da violência, expressões da lógica instrumental positivista que afirma a lógica do capital (LUKÁCS, 1959). Ao visibilizarem lutas sociais vinculadas ao enfrentamento das manifestações da “questão social”, os projetos de extensão e de pesquisa demonstram as implicações entre o trabalho, as teorias e ideologias que fundamentam a vigência da ordem estabelecida e as resistências no âmbito da criação humana, da ontologia do ser social (LUKÁCS, 2012). Resistir tem sido uma forma de ação contemporânea, porém insuficiente, uma vez que a luta contra o desmonte dos direitos sociais é apenas uma das ações, simultânea à organização e à articulação necessárias para a construção coletiva de um projeto societário que alie e se vincule à realidade da situação da classe trabalhadora, ou seja, de lutas coletivas de superação dessa ordem. As experiências e práticas populares coletivas revelam contradições cotidianas que são transpassadas por dimensões conflitivas e uma consciência reificada, apesar de todo esforço ideológico em ocultá-las, para sustentar laços baseados no desempenho individual e meritocrático. A diversidade da composição social e os desafios que temos pela frente, diante da agudização da luta de classes no mundo, implicam o respeito à trajetória da classe trabalhadora que historicamente vem lutando e defendendo a ampliação dos direitos, as condições dignas de vida e a superação dessa ordem. Todavia, o processo de gestão da pobreza e dos conflitos nos países da América Latina tem implicado a efetivação de políticas e parcerias que são limitadas em seu alcance, sobretudo, porque a questão social em sua variada e complexa manifestação nos desafia e demanda uma renovação do ponto de vista de um compromisso ético, político e de ruptura radical com as formas políticas e institucionais que garantem a atual ordem de dominação.
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Encrucijadas y desafío de la investigación social en tiempos de pandemia.
Adriana Cuenca
1
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María Valeria Branca
2
;
Agustín Cleve
3
1 - IETSyS Facultad de Trabajo Social UNLP.
2 - IETSyS FTS UNLP.
3 - LECyS FTS.UNLP.
Resumen:
En la presente ponencia, compartimos una experiencia colectiva de repensar el quehacer investigativo en el marco del aislamiento producto de la pandemia por COVID-19. En el año 2020, el equipo de investigación se encontraba trabajando en la investigación “Jóvenes: educación, trabajo y participación política. Un estudio de las representaciones sociales en jóvenes universitarios y no universitarios de la Ciudad de La Plata”. Para dicho año, se había planificado iniciar el trabajo de campo. Sin embargo, la irrupción de la pandemia por COVID-19 y las medidas de aislamiento/distanciamiento social, preventivo y obligatorio conllevaron a redefinir y repensar el proceso de investigación, como así también las formas y modalidades del quehacer investigativo. En este trabajo, retomamos estas reformulaciones metodológicas. Para ello, recuperaremos algunas consideraciones generales del proyecto de investigación y los cambios que la pandemia nos llevó a hacer en el objeto de estudio. Luego, en un segundo momento, reflexionaremos en torno a las posibilidades del diseño flexible en la investigación cualitativa, nos detendremos en las modificaciones acontecidas en el trabajo de campo. Retomando esta noción de la investigación social, en este trabajo proponemos reflexionar acerca de cómo la pandemia de COVID-19 ha afectado los modos de hacer investigación, recuperando una experiencia colectiva en el marco del proyecto “Jóvenes: educación, trabajo y participación política. Un estudio de las representaciones sociales en jóvenes universitarios y no universitarios de la Ciudad de La Plata”2. Nuestro interés en problematizar esta situación se debe a que, además de ser investigadores, somos también docentes de metodología de la investigación y entendemos que este contexto nos obliga a reflexionar sobre nuestro oficio de investigar. La pandemia no solo ha alterado la vida universitaria y académica, la ejecución de las actividades propias del trabajo de campo o las tareas propias del relevamiento de información, sino que también nos ha obligado a repensar las múltiples decisiones que abarca el diseño de una investigación en su conjunto. Como señala Piovani (2018) todo diseño implica tomar decisiones en torno a la construcción del objeto a investigar, la selección de los casos, la recolección y el análisis de la información. Utilizando nuestra propia experiencia, reflexionaremos sobre los modos en que la pandemia nos obligó a revisar todos estos elementos. La investigación en cuestión, llevada a cabo en el Instituto de Estudios en Trabajo Social y Sociedad de la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de La Plata, se inició a comienzos del año 2019 y se culminará en diciembre del año 2023. En el primer año de trabajo, se profundizó en las lecturas teóricas sobre los ejes principales del estudio. Asimismo, se esbozó un marco teórico provisorio que posibilitó discutir colectivamente los conceptos sensibilizadores y también pensar y diseñar los instrumentos de recolección de información. En el segundo año de la investigación, se había planificado comenzar con el trabajo de campo. Sin embargo, la irrupción de la pandemia por COVID-19 y las medidas de aislamiento/distanciamiento social, preventivo y obligatorio conllevaron a redefinir y repensar el proceso de investigación, como así también las formas y modalidades del quehacer investigativo. Como mencionan Cuenca y Schettini: “En el marco de la pandemia del COVID-19 y su consecuente aislamiento social, preventivo y obligatorio (ASPO), las actividades de investigación en ciencias sociales pasaron por diferentes momentos: el primero, fue la suspensión de las actividades denominadas de trabajo de campo y de investigación in situ, en parte para enfocar el esfuerzo a las tareas de docencia en su modalidad virtual que se reorganizaron intempestivamente” (2020, p. 2).En la puesta en acto de este proyecto, se desarrolló una investigación considerada flexible, la cual no consta de etapas lineales, sino que es un proceso constituido por una serie de momentos flexibles, que permiten durante el transcurso de la investigación, ir modificándose en relación con los nuevos contenidos o virajes que surgen. La naturaleza de los fenómenos a los que nos acercamos desde la investigación cualitativa requiere de esta flexibilidad para que el proceso de investigación se vaya ajustando a las propias necesidades de la realidad estudiada. Sin embargo, optar por un diseño flexible, requiere de una actitud crítica constante con aquellas decisiones metodológicas que se van adoptando, a fin de sostener la rigurosidad y congruencia metodológica. “La reflexividad que proponemos apunta a favorecer un análisis del proceso de investigación que ponga en evidencia su no linealidad, así como la inevitable presencia de los conocimientos personales y tácitos (en el sentido de Polanyi, 1958; 1966) y el carácter recursivo que, aunque en distintos grados, siempre aparece en la relación diseño / práctica de la investigación…” (Piovani, 2016, p. 48). En este sentido, la opción de un diseño flexible posibilitó repensar las unidades de observación dada la irrupción de la pandemia por COVID-19 como así también re direccionar el trabajo de campo. “Si bien el trabajo de campo se considera el momento empírico de una investigación y, por lo tanto, el que está más alejado de los avatares de la coyuntura política, hace mucho tiempo que enseñamos y decimos que en investigación nada es neutral. Lo que quiere decir que todo el proceso de investigación comparte la episteme que caracteriza un momento histórico particular; como todas las prácticas discursivas, la investigación también está determinada históricamente (Foucault, 1987)” (Cuenca y Schettini, 2020, p. El acontecimiento de la pandemia se incorpora a los ejes análisis de la investigación en términos de demarcación entre un antes de la pandemia y los cambios operados en la actualidad (bajo acontecimiento de la pandemia) respecto a las rutinas de lxs estudiantes en su vida cotidiana, en las actividades propias del estudio las posibilidades y organización para estudiar en la virtualidad y la participación política. Entre los meses de noviembre de 2020 y julio de 2021, el equipo de investigación realizó entrevistas de manera virtual a estudiantes militantes de diferentes facultades. El criterio utilizado para integrar la muestra intencional fue que tuvieran tres 6 años de permanencia en las respectivas carreras. Se utilizaron plataformas de videollamadas/videoconferencias como Zoom o GoogleMeet. A su vez Estas entrevistas fueron grabadas y luego transcriptas, a fin de ser analizadas con el soporte del software Atlas.Ti
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“La Investigación en Trabajo Social Apuestas y Retos Metodológicos”
Laura Beatriz Montes
1
;
Stella Maris Cusimano
1
1 - Facultad Ciencias Sociales y Políticas UNCuyo.
Resumen:
En la ponencia presentaremos algunas apuestas que llevamos a cabo en la investigación “
Cartografías familiares acerca de los Cuidados, Género y Subjetividades desde la vigencia del Código Civil y Comercial argentino: ¿nuevos paisajes y territorios?”[1]Y, así mismo, retos que emergen del proceso mismo, como aportes a la discusión de los desafíos metodológicos que nos atraviesan, ante la complejidad de la realidad social latinoamericana. Nuestra indagación, es aplicada de carácter teórico y empírico, a través de un estudio exploratorio y descriptivo enmarcado en una estrategia metodológica cualitativa. Como objeto de estudio planteamos las transformaciones materiales y simbólicas producidas en las cartografías de las prácticas familiares, institucionales y políticas públicas respecto a los cuidados familiares, en los paisajes familiares, subjetivos, escenarios y cuerpos, entendidos como territorios. Las técnicas utilizadas fueron: grupo focal con mujeres de organizaciones sociales; entrevistas en profundidad con mujeres de zonas rurales y adolescentes estudiantes; entrevistas semiestructuradas a varones, a integrantes de diversas organizaciones familiares y referentes del Poder Judicial de Mendoza, Argentina.Al referirnos a las apuestas, nos posicionamos desde
una perspectiva crítica descolonial[2], de derechos humanos, género y los aportes de la sociología de los cuerpos/emociones, con lo cual nos abrimos a revisar
la dimensión colonial, patriarcal y capitalista presente en las prácticas sociales e investigativas. Por otro lado, interpelamos y asumimos los desafíos de un proceso metodológico poco explorado, posicionado en estrategias metodológicas participativas como lo son las cartografías sociales, la experiencia de cartografiar cuerpos y emociones y, las metodologías expresivas (Magallanes, Vergara y Cena, 2017). Para Macila y Habbeger, “las cartografías sociales se plantean como medio representativo para recuperar la palabra, visualizar conflictos, denunciar situaciones injustas, proponer cambios y mejoras e introducirnos participativamente, a través de trabajo en red, en la creación de líneas de fuga colaborativas y alternativas al modelo impuesto por el capitalismo neoliberal”. (2005. Pág. 1) Todo ello, a fin de contribuir a desnaturalizar procesos y tramas de lo social, que nos entrampan como sociedad en procesos de dominación. Desde tales estrategias, nos hemos acercado a los impactos subjetivos, emociones y tensiones corporales que entendemos pueden dar lugar a nuevas cartografías singulares y familiares en los cuerpos-territorios de mujeres y otres referentes familiares entrevistades, de diversos modos de organización familiar, así como, las interseccionalidades presentes en ellas. Procesos todos que estremecen y nos estremecen, amplificados debido el contexto de Pandemia por COVID 19, atravesando nuestras propias corpobiografías en torno a la cuestión social y la salud en la vida cotidiana.Como retos durante el proceso de indagación, en un
contexto que significamos como inesperado, asumimos la profundización de las estrategias de investigaciones anteriores. En consecuencia, emerge la importancia de la mirada y escucha activa del sentipensar de sus protagonistas (mujeres, referentes de las diversidades familiares y del campo judicial). Así mismo, desde el propio equipo de investigación, (Compuesto por Trabajadores Sociales y estudiantes de la Carrera), dando cuenta de percepciones colectivas y autopercepciones, como camino de co-construcción, reconocimiento y asunción del entramado de la tarea investigativa. Por otra parte, la posibilidad de cuestionar los modos de presencialidad y relacionamiento otros y,
transmutar la virtualidad para concretar nuestros objetivos, desde una visión tecnocrática de la tecnología hacia aquella que posibilita atravesar pantallas, redes, sentires y pensares propiciando la construcción de relaciones, descubrir sentimientos, trayectorias, corporalidades y complejidades, tanto en lo colectivo como en las propias subjetividades. Tales experiencias son destacadas por algunas/os autoras/es como etnografías virtuales (Sena y Lisdero, 2015; Pericás, 2020; Piovani, 2018) y asumidas como técnicas para la producción de conocimiento científico.Al respecto, hemos procurado revisitar las políticas públicas corporizadas en las prácticas sociales y de investigación para la producción de conocimientos, a fin de reconocer si persiste en ellas la presencia de la
dimensión colonial, patriarcal y capitalista en los cuerpos, emociones y territorios, dentro de una matriz neoliberal.El aporte de la presente investigación se transmuta a nuestros ámbitos laborales, Poder Judicial, Escuelas, Municipios, ETI, y sobre todo como insumo para las materias en las cuales algunas de las participantes somos docentes de la Licenciatura en Trabajo Social. [1] Proyecto de Investigación “
Cartografías familiares acerca de los Cuidados, Género y Subjetividades desde la vigencia del Código Civil y Comercial argentino: ¿nuevos paisajes y territorios?”. Proyecto Bienal Tipo 1 2019- 2021, acreditado y financiado por SECTyP de la U.N. de Cuyo, Código 06/F422. Directora: Mgter. Laura Montes, Co- Directora: Mgter. Stella Cusimano. [2] Desde nuestro equipo entendemos que el debate acerca de la distinción decolonial -descolonial se encuentra aún abierto. Optamos por hacer referencia a la descolonialidad y al giro descolonial, en tanto proceso y prácticas de lucha y resistencia socio-cultural de movimientos feministas, pueblos originarios, ecologistas, minorías, etc. y no sólo en el espacio académico, tal como es expresado por Boaventura de Sousa Santos (2006), Fernandez Moujan (2014) y Verdesio (2013).
#134 |
A importância das dimensões constitutivas e instrumentais do Serviço Social no Brasil.
Ingridilaine Carreiro de O. Azevedo
1
;
Lara Rodrigues da Silva
1
1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Resumen:
O presente trabalho possui como ponto axial discutir as dimensões constitutivas e instrumentalidades do Serviço Social no Brasil, bem como o debate atual acerca do tema, a pesquisa será composta por uma base bibliográfica que possibilitará uma ampla gama de informações, além de permitir o uso de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando na construção, ou melhor, definição do arcabouço conceitual que circundará o objeto de estudo (GIL, 1994). Essa forma de analisar a produção acadêmica do Serviço Social é de extrema relevância para enriquecer o estudo aqui apresentado, traçando breves análises das três dimensões do Serviço Social que surgem da discussão intensificada pelo Movimento de Reconceituação no Brasil, entre os anos 1970-80, contrária ou acrítica, na negação da neutralidade que historicamente tem sido atraída pela profissão e na relevância de uma abordagem da teoria marxista, esses fatores predominantes são de grande importância para uma autorreflexão como categoria profissional sobre o significado sócio-histórico do Serviço Social no capitalismo. Nesse sentido à categoria profissional, é permeada pela dialética marxista para reformular criticamente as bases teórico-metodológicas que podem proporcionar uma leitura crítica da realidade capitalista e logo das consequências do sistema, bem como das chamadas expressões da "questão social", consequência histórica dos métodos econômicos, políticos, sociais e culturais impostos pelo sistema de produção. Essa diretriz é central na discussão e formulação de uma nova base teórica e metodológica que dê conta das reais demandas dos usuários. Juntamente á isto, a reflexão crítica propiciou o compromisso da categoria com a classe trabalhadora, da mesma forma que o seu próprio reconhecimento enquanto classe operária. O posicionamento ético-político nos traz direcionamento que tem como base o arcabouço teórico-metodológico, pois não cabia mais o posicionamento de neutralidade a profissão, assim como o conservadorismo e moralismo. A dimensão política configura o compromisso profissional com as intencionalidades das ações, com os direitos dos usuários e a liberdade de cada indivíduo, dessa forma: Sua prática se realiza no marco das relações de poder e de forças sociais da sociedade capitalista – relações essas que são contraditórias. Assim, é fundamental que o profissional tenha um posicionamento político frente às questões que aparecem na realidade social, para que possa ter clareza de qual é a direção social da sua prática. (SOUSA, 2008, p. 121) À guisa de Sousa (2008), historicamente, o Serviço Social foi instituído como profissão por sua natureza interventiva, haja visto ser preciso influir nas expressões de “questão social” com as poucas políticas sociais que existiam na década de 1930; essa era a única dimensão necessária a vista do Estado, a intervenção. Se configurando na contemporaneidade como a técnico operativa, esta é a que mais se evidencia aos olhares da sociedade, pois responde às especificidades referentes ao campo da instituição empregatícia e pelas demandas dos usuários, se constituindo a partir da base de sustentação da profissão: arcabouço teórico-metodológico, ético político em consonância com o Código de Ética de 1993 e o Projeto Ético-Político da profissão.A atuação exige uma constante reflexão crítica e propositiva acerca das demandas e formas de intervenção a serem realizadas, haja visto que a sociedade vive em constante transformação, logo, é inerente a uma práxis em consonância com o que foi previamente destacado enquanto base de sustentação da profissão para uma atuação pensada e bem articulada, pautada na indissociabilidade das dimensões e das atribuições privativas da categoria como motriz da ação profissional.Outrossim, o Serviço Social e seu caráter interventivo foi se modificando ao longo dos anos, como referenciado por Guerra (2000) muitas das nossas requisições no ambiente de trabalho se referem as instrumentais, mas nem por isso a atuação do Assistente Social se restringe a ela, dessa forma: “Com isso queremos afirmar que reconhecer e atender às requisições técnico-instrumentais da profissão não significa ser funcional à manutenção da ordem ou ao projeto burguês.” (GUERRA, 2000, p.1).A instrumentalidade é intrínseca ao exercício profissional, desse modo compreendê-la para além dos aspectos técnicos é primordial “o termo instrumentalidade [...] o sufixo "idade” tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo.” Ou seja, expressa a
intencionalidade advinda do processo teleológico
do profissional
que realiza a mediação das respostas dadas as demandas suscitadas. (GUERRA, 2000, p.1) A autora continua discorrendo ser a instrumentalidade que nos permite modificar, alterar as condições objetivas e subjetivas Das relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. [...] Na Medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade. (GUERRA, 2000, p. 2) Continua discorrendo que no meio laboral do assistente social há indivíduos formados por totalidade e determinações históricas que o trouxeram ali, logo exigem mais que ações instrumentais imediatas, e sim do conjunto das dimensões da profissão coadunado com o Projeto ético-político que deve nortear a profissão, para assim proporcionar um direcionamento que não só favorece o projeto capitalista de reprodução da ordem vigente, e sim busca mecanismos e estratégia em defesa da classe trabalhadora. O instrumental necessita ser a mediação, e não a finalidade do exercício profissional, pois se assim o fosse voltaríamos a objetivar a técnica como meio e fim. Portanto, pensar o Serviço Social e o processo interventivo, é pensar em competências e atribuições, no conjunto das dimensões, no Projeto Ético-Político da profissão, é avaliar que estamos intervindo em vidas e realidades diferentes. BIBLIOGRAFIA: DE SOUSA; Charles Toniolo. A prática do assistente social. : Conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, v. 8, n.1, p. 119-132, 2008. GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Programa de capacitação política em Serviço Social e política social. Módulo, v. 4, p. 1-16, 2000. GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. Programa de capacitação política em Serviço Social e política social. Módulo, v.4, p. 1-16, 2000. GIL; A. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4º. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
#336 |
O TRABALHO REMOTO EM CONTEXTO PANDÊMICO E AS POSSIBILIDADES DE RESISTÊNCIA VIA ORGANIZAÇÃO COLETIVA: um exemplo do Fórum de Assistentes Sociais do Instituto Federal Fluminense
Débora Spotorno Moreira Machado Ferreira
1
1 - Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Resumen:
Considerando os debates desenvolvidos ao longo do segundo semestre de 2021 na disciplina Trabalho Remoto e Serviço Social do Programa de Pós-graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (PPGSS-UERJ), o presente artigo pretende estabelecer mediações entre as reflexões teóricas propostas e o trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais do Instituto Federal Fluminense em contexto de pandemia de Covid-19.O Instituto Federal Fluminense, em decorrência da pandemia de Covid-19, suspendeu suas atividades presenciais a partir do dia 15 de março de 2020, ficando até meados de outubro sem a realização de qualquer modalidade de aula (nem presencial, nem remota). A partir de meados de outubro, após um extenso e diversificado debate com a comunidade interna e externa, os diversos
campi aprovaram calendários específicos e adequados às suas realidades locais para um retorno das aulas na modalidade remota.[1]Mesmo com a suspensão do ano letivo, as atividades administrativas da instituição mantiveram-se por meio do trabalho remoto sem qualquer interrupção e, em especial no que se refere ao trabalho dos assistentes sociais do IFF, o qual se realizou intensamente diante do cenário de caos social, econômico e de saúde vivido no país que, consequentemente, atingiu os estudantes da instituição e seus familiares.Focando especificamente nas atribuições profissionais exercidas na política de assistência estudantil,[2] este artigo pretende socializar como o trabalho foi configurado em contexto pandêmico, funcionando como uma espécie de relato de experiência coletivo. Para além de relatar uma experiência profissional específica, tal ensaio pretende conferir destaque à especificidade de um trabalho profissional exercido (por um grupo de profissionais) de maneira organizada, coletiva e integrada.Cumpre esclarecer que, há cerca de 10 anos, os assistentes sociais do IFF se organizam por meio do Fórum de Assistentes Sociais do IFF (FASIFF),[3] órgão autônomo, de regimento próprio e reconhecimento institucional, que representa os profissionais do IFF e atua na definição, organização, defesa e apresentação do que seja o trabalho do Serviço Social, suas potencialidades, atribuições, competências e capacidade de colaboração com os serviços prestados à comunidade estudantil. A existência do FASIFF não é uma mera formalização, ele de fato concede à categoria maior força político-organizativa, mais legitimidade e reconhecimento institucional. Um exemplo evidente disso é que já a três gestões o Fórum tem tido autonomia para indicar um(a) assistente social para ocupar o cargo de gestão na Pró-reitora de Assuntos Estudantis (e ou similares), o que tem colaborado tanto na defesa de vagas de profissionais nos quadros dos diversos
campi[4] quanto na elaboração de políticas e documentos institucionais, na disputa de orçamento e na transparência dos recursos e das ações administrativas. O FASIFF representa o Serviço Social, emite parecer, participa de Câmaras institucionais, conduz grupos de trabalho, elabora documentos, solicita ofícios e portarias e estabelece disputas em nome do coletivo, bem como do direito dos estudantes. De maneira organizada, os assistentes sociais apoiam-se por meio desse fórum e reconhecem que o trabalho coletivo suplanta em possibilidades.Em tempos de pandemia e trabalho remoto, foram ainda mais essenciais o diálogo profissional, a padronização de posturas e os discursos e a defesa do código de ética e da lei que regulamentam a profissão de maneira coletiva e não individual.Ter um espaço como esse faz com que os assistentes sociais isolados em suas unidades escolares não se vejam desamparados e permite à instituição reconhecer o trabalho do Serviço Social independente do profissional que o exerça.Neste artigo, apresentaremos o FASIFF e daremos ênfase ao trabalho do Serviço Social no IFF via tal organização no contexto dos anos de 2020 e 2021, desenvolvido como trabalho remoto, conferindo destaque para as questões que explicitam o diferencial de vivenciar profissionalmente esses desafios de maneira coletiva. Isso porque entendemos que, se “o teletrabalho ou trabalho remoto se insere como um dos experimentos para intensificar a exploração do trabalho e dificultar a organização política da classe trabalhadora” (CFESS, 2020, p. 2), isso se torna no mínimo mais difícil quando a categoria se organiza da maneira como a que temos exemplificado no IFF.Assim, neste artigo, além de apresentarmos a realidade concreta do trabalho profissional dos assistentes sociais em tempos de pandemia no âmbito da educação num Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, iremos estabelecer reflexões teóricas com os conteúdos trabalhados na disciplina do PPGSS/UERJ, em um verdadeiro esforço de, pelo real, construir mediações e abstrações que sejam capazes não apenas de elucidar a essência e as determinações desse fenômeno, mas também e principalmente, de contribuir com a transformação desse real.É preciso se valer de exemplos exitosos do ponto de vista da defesa da ética profissional, de exemplos de atuações e organizações que colaboram com o alargamento da autonomia técnico-profissional nos mais variados espaços ocupacionais. Isso porque, longe de ser um modelo ideal que pode inclusive ser imediatamente reproduzido em qualquer contexto e realidade de trabalho, não deixa de servir de contribuição crítica e reflexiva e de reconhecimento de novas e reais alternativas. [1] A instituição aprovou as Atividades Pedagógicas Não Presenciais – APNPs via Resolução Interna que regulamentou como todas as atividades letivas não presenciais deveriam ocorrer.[2] A maior parte dos assistentes sociais do IFF estão lotados nos setores que atuam na política de assistência estudantil, com exceção de duas que atuam na saúde e uma no ensino.[3] O FASIFF foi instituído pela Portaria n° 745 de 03 de novembro de 2011 e teve seu regimento interno aprovado e registrado em 21 de novembro do mesmo ano.[4] Desde a criação do FASIFF, foram nomeadas mais 11 profissionais de Serviço Social para o IFF seja por concurso, seja por redistribuição (de um total atual de 17 profissionais). Parte das vagas foram decorrentes de trocas de distintos cargos de nível superior pelo de assistente social. Atualmente, apenas três
campi não têm assistentes sociais nos seus quadros profissionais, entretanto estamos empenhados em conseguir garantir profissionais em todos eles.
#535 |
TRABAJO SOCIAL FORENSE Y ACCESO A LA JUSTICIA
Edna Mónica Flores Andrade
1
1 - Universidad Mayor de San Simón.
Resumen:
En un contexto nacional de fuerte incremento y/o creciente visibilizacíón de los casos de Violencia contra la Mujer y, sobre todo, de Feminicidios, es -sin duda- de urgente necesidad mejorar las posibilidades de aporte institucional que, desde las diferencias de experticia disciplinar, aporten desde el ángulo académico al imprescindible y urgente acceso a la justicia por parte de las Mujeres víctimas de los delitos señalados, como eje central del Desarrollo Humano planteado por la política pública estatal. En ese marco, los hallazgos presentados a lo largo de la presente investigación, confirman que los Informes Sociales Actuales numerosamente elaborados por el Trabajo Social profesional para esos casos, a través de determinadas instituciones, y por profesionales independientes, no tienen en general -aunque lo aparenten sobre todo en los casos de Feminicidio- el carácter de Informes Sociales derivados del Peritaje Social experto. La razón central para esta situación es el subdesarrollo del Trabajo Social Forense, del cual es parte el Peritaje Social. Tal situación, es producto del reducido conocimiento y experiencia práctica interdisciplinar entre Derecho/Justicia y Trabajo Social académico en Bolivia que aporte en el avance del Trabajo Social Forense como interfaz de dichas disciplinas orientadas al acceso pleno a la justicia. Por otra parte, está ausente la relacionalidad Hombre-Mujer en situación de igualdad, base de la Perspectiva de Género. Sin embargo de todo lo dicho, la existencia del Protocolo de la ONU para la intervención de la Justicia en los casos de Feminicidio, el cumplimiento parcial pero aún insuficiente de lo establecido en el Código de Procedimiento Penal nacional respecto de las Pericias sociales, las valoraciones favorables por parte de todos las actoras involucradas para un salto cualitativo de lo social en la temática, considerando la numerosa existencia de Informes Sociales no periciales en todo el territorio nacional, brindan las condiciones para un urgente y necesario adelanto del Trabajo Social Forense y el Peritaje Social como aporte en el acceso a la justicia por parte de las mujeres bolivianas.
Virtual 2
11:00 - 13:00
Eje 6.
- Panel virtual
6. Formación de grado
#425 |
Educação superior brasileira e a formação em Serviço Social: análise dos perfis profissionais propostos pelos cursos presenciais públicos, privados e ofertados na modalidade à distância
LARISSA DAHMER PEREIRA
1
;
Andreza Telles dos Santos Ferreira
1
;
Ingrid Rangel de Medeiros
1
;
Larissa da Costa Vale
2
;
Ingridlaine Carreiro de Oliveira Azevedo
3
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE.
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO.
3 - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO.
Propuesta del Panel:
O ensino superior brasileiro passou por uma significativa expansão nos anos 1990 e 2000: diversos autores têm analisado criticamente tal processo expansionista, marcado por medidas estatais liberalizantes, via setor privado mercantil, com matrículas ofertadas majoritariamente por empresas de grande capital e que vêm se utilizando do Ensino a Distância como estratégia de redução de custos e maximização de lucros. Há que se destacar diferenças importantes entre as duas décadas: a década de 1990, especialmente nos governos Cardoso, pode ser caracterizada como de um período marcado por políticas neoliberais, pela implementação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado e, na educação superior, pelo avanço do processo de empresariamento, ao lado de uma asfixia orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior; já, nos anos 2000, durante os governos Lula e Dilma, tivemos um processo de concentração e centralização do capital em conglomerados empresarias que exploram a educação superior como um nicho lucrativo e que a inseriram no circuito do capital financeiro, com a abertura de capitais na Bolsa de Valores. O Estado, no período, desenvolveu políticas de incentivo ao setor privado, com programas governamentais como o Fundo de Financiamento Estudantil e o Programa Universidade Para Todos. Por outro lado, houve a expansão do setor público, por meio de programas como o Universidade Aberta do Brasil, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e o Programa Nacional de Assistência Estudantil, além da Lei de Cotas, que teve importante impacto na mudança do perfil discente das Instituições Federais de Ensino Superior. Destaca-se que o número de matrículas das IFES quase dobrou no período de vigência do REUNI (2007-2012), bem como, houve uma mudança efetiva no perfil discente, mais próximo do perfil da população brasileira, conforme pesquisa do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis. É preciso salientar que, em um arco controverso e contraditório de alianças, o período localizado nos governos Lula e Dilma permitiu avanços – ainda que com limites – no âmbito das políticas públicas. Avanços que possibilitaram um mínimo de democratização em vários espaços da vida social, dentre eles o da educação superior pública. Na formação em Serviço Social, houve, nos anos 1990, efetiva ampliação de cursos privados presenciais e estagnação de matrículas em cursos públicos, acompanhando o movimento mais geral de empresariamento da educação superior brasileira. Nos anos 2000, a formação de assistentes sociais assistiu a um crescimento galopante de matrículas em cursos ofertados à distância, mas também a uma importante ampliação de matrículas em cursos públicos de Serviço Social, com a criação de novos cursos. Cabe destacar que o período localizado entre os anos 2003 a 2016 foi o de maior criação de cursos públicos de Serviço Social no país, ainda que os mesmos não tenham acompanhado a velocidade de criação de vagas, matrículas e cursos no setor privado-mercantil, especialmente dos cursos à distância. Para uma análise crítica do fenômeno crescente da mercantilização da educação superior brasileira, brevemente sintetizado, sem perder de vista a dimensão de totalidade, consideramos fulcral realizar o caminho de apreensão das particularidades de desenvolvimento, desigual e combinado do capitalismo brasileiro, de uma formação social que transitou para uma sociedade capitalista, urbana e industrial e manteve, de forma combinada, heranças/traços fundamentais do escravismo, do racismo, do patriarcado, do autoritarismo e da negação da democracia como caraterísticas estruturais e estruturantes das relações sociais capitalistas que se desenvolveram no país. Desse modo, é possível entender como a educação é um direito historicamente negado para a maior parte da classe trabalhadora, quiçá, o direito à educação superior. Portanto, partimos, enquanto grupo de pesquisa, desse quadro mais geral para apreender o movimento de mercantilização da educação superior no Brasil e como tal processo impacta a particularidade da formação dos(as) assistentes sociais. O painel proposto apresenta resultados parciais de pesquisas desenvolvidas no âmbito do TEIA - Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Trabalho, Educação e Serviço Social, que contam com fomento da Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de bolsa de produtividade em pesquisa da coordenadora Larissa Dahmer Pereira e de bolsa de Iniciação Científica (Ingrid Rangel de Medeiros/UFF - bolsista PIBIC/CNPq), além de bolsa de Iniciação Científica FAPERJ (Larissa da Costa Vale - UFRJ) e bolsa TCT - FAPERJ (pesquisadora Andreza Telles dos Santos Ferreira - Mestre/UFF - bolsista TCT-FAPERJ). Os trabalhos analisam os perfis profissionais propostos em cursos públicos, privados presenciais e EaD. A pesquisa realizada pelo grupo foi de caráter bibliográfico e documental. Para o levantamento dos perfis de profissionais dos cursos privados, a equipe de Iniciação Científica coletou informações nos sítios virtuais dos cursos privados presencias e também naqueles ofertados à distância. Já nos cursos públicos, foi possível acessar os projetos pedagógicos da maioria e, portanto, realizou-se análise documental. Em todos os recortes de pesquisa (cursos privados presenciais com finalidades lucrativas; cursos privados presenciais sem finalidades lucrativas; cursos presenciais públicos e cursos privados EaD), buscou-se apreender a proximidade ou o distanciamento da proposição de perfil de profissional formado
versus a proposta de perfil de egresso(a) vinculada ao projeto de formação profissional da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Como resultados parciais, apreende-se que cursos inseridos em instituições com finalidades lucrativas distanciam-se da proposição de perfil de egresso da ABEPSS; enquanto aqueles inseridos em instituições privadas - mais antigas na área de Serviço Social e sem fins lucrativos - têm uma interlocução mais próxima com o perfil defendido pela ABEPSS. Já os cursos públicos mantêm, majoritariamente, um alinhamento com o perfil de formação crítica e intelectual que a ABEPSS defende há mais de 3 (três) décadas.
#436 |
Educação superior brasileira e Serviço Social: perfil de expansão, financeirização do setor privado-mercantil e manutenção da hegemonia burguesa
LARISSA DAHMER PEREIRA
1
;
Andreza Telles dos Santos Ferreira
2
;
Sandhro Luiz de Almeida Abrahão de Almeida Abrahão
1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE.
2 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE E UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA.
Propuesta del Panel:
O painel proposto apresenta resultados parciais de pesquisas desenvolvidas no âmbito do TEIA - Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Trabalho, Educação e Serviço Social, que contam com fomento da Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de bolsa de produtividade em pesquisa da coordenadora Larissa Dahmer Pereira e bolsa TCT-FAPERJ da pesquisadora doutoranda Andreza Telles dos Santos Ferreira. Em um primeiro trabalho, de autoria da docente Larissa Dahmer Pereira, intitulado: “Educação superior brasileira e Serviço Social: uma análise do crescimento de matrículas nos setores público e privado no período 1995 a 2020”, apresentamos dados gerais relativos à educação superior brasileira, com vistas a delinear um perfil do processo de expansão, tomando como marco temporal o período localizado entre os anos 1995 a 2020. Em seguida, levantamos dados relativos especificamente aos cursos de Serviço Social no Brasil, seguindo a mesma lógica de coleta e análise de dados gerais relativos à educação superior. Os resultados parciais da pesquisa, em curso, são de que o setor privado-mercantil é predominante, ligado diretamente ao capital financeiro, concentrado e centralizado em conglomerados empresariais que exploram a educação superior como mercadoria e que, por fim, se utilizam do EaD como estratégia central para baratear custos e ampliar a lucratividade. Tal movimento expansionista ocorre também na formação em Serviço Social, com predominância de matrículas em instituições privado-mercantis, com forte centralidade do uso do EaD, em cursos Ead e, também, presenciais. O segundo trabalho, de autoria de Sandhro Luiz de Almeida Abrahão, “Expansão e redução de matrículas nas modalidades EaD e presencial: expressões da financeirização da educação superior brasileira”, objetiva apresentar resultados da pesquisa desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense. O autor analisa, inicialmente, a relação entre capital financeiro e a financeirização na contemporaneidade, com atenção para tal processo nas políticas sociais e, dentre elas, a política de educação superior brasileira. Em seguida, com base em uma análise crítica do processo de contrarreforma do Estado brasileiro na década de 1990, em especial, com a implementação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, em 1995, no governo Cardoso, demonstra como o deslocamento dos recursos do fundo público serve para atender a interesses do capital financeiro, obstaculizando o acesso aos direitos sociais da maioria. No campo da educação superior, observa-se a construção de um arcabouço jurídico-legal na década de 1990, que possibilita a expansão das Instituições de Ensino Superior privadas com fins lucrativos nas duas décadas seguintes, com a abertura de seus capitais na bolsa de valores. Por fim, a pesquisa do autor demonstra a tendência de redução de matrículas na modalidade presencial e, por sua vez, aumento das matrículas cursadas na modalidade de Ensino a Distância, o que representa uma estratégia de barateamento dos custos em detrimento dos lucros por grandes conglomerados empresariais, altamente financeirizados, que exploram o setor educacional. O terceiro trabalho - “A funcionalidade do EaD na educação superior para a hegemonia burguesa” -, de autoria de Andreza Telles dos Santos Ferreira, doutoranda da Universidade de Brasília e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, objetiva analisar a funcionalidade da política nacional de educação superior com enfoque no Ensino a distância (EaD) para a manutenção da hegemonia, da produção e reprodução da sociabilidade burguesa. A autora parte da premissa de que a constituição da educação superior brasileira é marcada por profundas desigualdades, sendo este nível de ensino um dos mais privatizados do mundo, não se configurando assim historicamente como um direito social. O acesso a esse nível de ensino atualmente é realizado majoritariamente via setor privado-mercantil e o uso do EaD torna-se uma via privilegiada para ampliar o acesso à educação superior, sob a aparência de “democratização” do ensino, sem o aumento de gastos consideráveis por parte do Estado, aumentando as estatísticas do país e, ainda, fortalecendo o mercado educacional. A autora aponta o crescimento dos cursos à distância como expressão da abertura de um enorme “nicho de mercado”. Contudo, para além de exercer um papel de abertura de novos mercados para o setor de serviços, destaca-se a sua dimensão político-ideológica: o fato dos seis cursos mais procurados na modalidade à distância, nas redes pública e privada, serem majoritariamente da área das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas chama atenção para além da questão econômica, sem subdimensioná-la. Na rede pública os cursos mais procurados são os de licenciatura: Pedagogia, Matemática Formação de Professor, Administração Pública, Letras Português Formação de Professor e Biologia Formação de Professor. E, os da rede privada, são os cursos de: Pedagogia, Administração, Contabilidade, Gestão de Pessoas, Educação Física e Serviço Social. Pode-se constatar que são cursos que formam profissionais que atuam principalmente na esfera da reprodução social. Isto posto, é fundamental a compreensão da cultura da formação do Ensino a Distância, pois identifica-se que esta modalidade de ensino vem sendo orientada a partir da “pedagogia das competências”, isto é, o “aprender a aprender”, produzindo um redirecionamento social das profissões. Os três trabalhos - com enfoques diferenciados - intercruzam-se e trazem como preocupação central o fortalecimento da educação superior como mercadoria, a sua negação enquanto direito e, por fim, questionam como tal processo impacta a formação na área social e, especialmente dos(as) assistentes sociais no Brasil.
#538 |
SEBRAE: aparelho privado de hegemonia do microempreendedorismo brasileiro
ERIKA CORDEIRO DO RÊGO BARROS VALENTIM
1
;
JULIANE FEIX PERUZZO
1
;
ANGELA SANTANA DO AMARAL
1
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.
Resumen:
No cenário brasileiro, a implementação de políticas públicas voltadas ao estímulo do microempreendedorismo vem sendo conduzida por parcerias entre Governo Federal e
Sistema S. Composto por nove instituições prestadoras de serviços, o chamado
Sistema S pode ser considerado um dos principais conglomerados de Aparelhos Privados de Hegemonia (APHs) da burguesia nacional.Nota-se, historicamente, a significativa atuação deste APH na ideologização do empreendedorismo, cujo sentido é a obtenção de consensos da classe trabalhadora às contrarreformas trabalhista e previdenciária, que avançam ao lado do desemprego estrutural e da precarização do trabalho no Brasil. Assim como nos anos 1980, quando assumiu diretrizes claramente vinculadas ao projeto neoliberal, tal aparelho privado de hegemonia permanece, após reformulações institucionais, sintonizado às necessidades do capital, agora sob as premissas ultraneoliberais que ganham força no Brasil a partir do golpe de 2016.Diante disto, a análise deste APH, com enfoque no Sebrae – uma de suas mais importantes instituições – revela-se um caminho fecundo à compreensão da cultura empreendedora no Brasil, cuja centralidade tem sido o estímulo ao microempreendedorismo formal como novo horizonte das relações de trabalho. Nesta conjuntura de pandemia, observa-se o aumento do chamado
empreendedorismo por necessidade, com o crescimento do trabalho informal, que atinge 38,4 milhões de brasileiros e, ao mesmo tempo, a elevação do índice de adesões ao Programa Microempreendedor Individual – PMEI, totalizando 14 milhões de formalizações em 2022 (IBGE, 2022). Tal programa vem sendo considerado a principal estratégia governamental de enfrentamento à informalidade e de estímulo ao microempreendedorismo. O PMEI possibilita a trabalhadores por conta própria o acesso a alguns direitos e benefícios previdenciários, conformando uma modalidade bastante peculiar de proteção social no Brasil: para acessar direitos trabalhistas limitados, os sujeitos se formalizam na categoria de Microempreendedores Individuais, constituindo-se, legalmente, “empresários de si mesmos”
. Vale ressaltar que o acesso a tais direitos é condicionado à contribuição exclusiva do trabalhador que se formaliza como microempreendedor individual, e que a inadimplência de tais contribuições implica a negação de acesso à proteção social. As estatísticas demonstram que apesar do contínuo crescimento das adesões ao programa, cresce, também, a taxa de inadimplência durante o período pandêmico, chegando a mais de 49,92% em 2021 (RECEITA FEDERAL, 2022).A implantação do Programa Microempreendedor Individual vem sendo operacionalizada pelo Sebrae desde 2008, a partir de um conjunto de práticas que vão desde a oferta de cursos gratuitos à distância, consultorias e atendimentos individualizados nas unidades da instituição, à construção de propostas, no âmbito legal, que regulamentam as atividades consideradas empreendedoras no Brasil. Cabe destacar, no entanto, que desde sua reinvenção institucional, a partir dos anos 1990, a educação empreendedora vem sendo a principal forma de atuação do Sebrae, que dispõe, atualmente, de um centro próprio voltado à produção de conteúdos e metodologias de empreendedorismo para serem utilizadas por professores e alunos nos diferentes espaços educacionais públicos e privados. A presente pesquisa, de cunho bibliográfico e documental, objetiva analisar as principais formas de atuação deste APH, destacando as vinculações de seus intelectuais orgânicos e as parcerias que realiza com outros aparelhos privados de hegemonia a nível internacional, como as agências das Nações Unidas, a exemplo da Unesco; instituições de ensino, como a
London Business School e
o
Babson College; bancos, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre tantos outros.A partir dos anos 2000, observa-se que a direção político-moral do Sebrae se vincula à nova lógica neoliberal de substituição do padrão fordista/taylorista para a acumulação flexível, a qual busca difundir uma visão de mundo que encena a liberdade liberal, aprofundando o individualismo, a exploração e fragmentação da classe trabalhadora (DEL ROIO, 2020). Essa rota põe em cena uma nova figura, o
self-made-man, que no Brasil se expressa, por exemplo, na criação jurídica do Microempreendedor Individual – MEI
.A continuidade do PMEI na política pública brasileira, desde os governos petistas (2003-2016) ao governo Bolsonaro, é reveladora de como o seu projeto é capaz de conciliar agendas governamentais distintas nas formas de disputa pela hegemonia, que vão desde o neodesenvolvimentismo (com todas as suas contradições) ao ultraneoliberalismo atual.Na conjuntura de crise pandêmica, a atuação do Sebrae tem sido marcada pela disseminação de informações acerca das medidas do governo federal de apoio aos micro e pequenos empresários, a exemplo das novas linhas de crédito, ao mesmo tempo que tem investido no seu potencial de produtor de dados primários e secundários sobre os impactos da Covid-19 nos pequenos negócios, desenhando tendências e prognósticos setoriais ao enfrentamento da crise por meio da plataforma DataSebrae / Covid-19.Em termos gerais, neste contexto o Sebrae reproduz as suas formas tradicionais de atuação em torno da ideologização do empreendedorismo como saída para o desemprego e informalidade no Brasil, cumprindo, também, o papel de articulador na criação de novas categorias ocupacionais abrangidas pelo PMEI — não somente as ocupações que apresentam baixa qualificação e rendimentos (a exemplo dos motoristas e entregadores de aplicativos), como as ocupações que exigem maiores níveis de qualificação e com melhores remunerações.Conclui-se que, em tempos de aprofundamento da crise estrutural, o fortalecimento da complexa trama de APHs é fundamental ao capital no sentido de reduzir as possibilidades à abertura de uma crise orgânica, de modo a assegurar a direção intelectual-moral das classes dominadas. O amplo investimento do Sebrae na difusão da ideologia empreendedora, ou da suposta “cidadania empreendedora”, revela a necessidade de o capital tornar não apenas aceitável, mas desejável o novo padrão das relações de trabalho no Brasil e no mundo por meio de mecanismos consensuais. Ao mesmo tempo que se diz representar os interesses dos pequenos empresários e dos microempreendedores, o Sebrae atua para assegurar o atendimento das necessidades da grande burguesia nacional, como a legitimação da desregulamentação trabalhista camuflada na criação de trabalhadores-empreendedores: MEIs. Nesse sentido, vem cumprindo com êxito a sua função de aparelho de dominação ideológica por meio de práticas educativas que disciplinam as condutas da classe trabalhadora nas relações de trabalho e sociabilidade.
14:00 - 16:00
Eje 5.
#197 |
SABERES CAMPESINOS DE ACCIÓN QUE APORTAN A LA VIVENCIA DE CULTURAS DE PAZ EN COLOMBIA EN MEDIO DEL COLAPSO PARCIAL DEL ESTADO
Miguel Rodríguez Suárez
1
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Mary Moyano Farfán
2
1 - Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca.
2 - Comunidad campesina.
Resumen:
Antecedentes La ponencia denominada: saberes campesinos de acción que aportan a la vivencia de culturas de paz en Colombia en medio del colapso parcial del Estado, surge a partir de un proceso de sistematización de experiencias[1] que inicia en el año 2016 a través de la investigación denominada “Sujetos de Reparación Colectiva y Construcción de Territorios de Paz en el marco de la Ley 1448”[2]. La experiencia mencionada con anterioridad inspiró el continuar la sistematización a través de la tesis doctoral “Saberes campesinos que forjan territorios de paz en medio del colapso parcial del Estado en Colombia. Memoria colectiva en las veredas Hinche Alto e Hinche Bajo del municipio de La Palma – Cundinamarca a través de las voces de campesinas y campesinos que tejen paz”[3]. Renacer de un pueblo campesino que a través de sus saberes que aportan a vivir culturas de paz en Colombia La guerra[4] histórica que ha vivenciado Colombia desde tiempos de la colonia hasta la actualidad, ha estado permeada por diferentes fuerzas en tensión que han puesto en medio del fuego cruzado a la población civil. Uno de los ejes alrededor de los cuales la guerra se ha configurado con mayor fuerza, ha estado vinculado a la tenencia de la tierra, especialmente en territorios habitados por población indígena, afrocolombiana y campesina. En este caso en específico, la experiencia de sistematización se circunscribe en el departamento[5] de Cundinamarca en el municipio de La Palma, en las Veredas[6] Hinche Alto e Hinche Bajo, a 150 Kilómetros al noroeste de la ciudad de Bogotá. Es una comunidad campesina que pervive a través de los cultivos de café (variedad Santa Isabel), de la caña de azúcar, de los diversos usos que hacen de la palma de iraca y del fruto que de ella emerge: la nacuma. Estos frutos de la tierra son propios del clima tropical seco que prevalece en la región. Esta población ha sido afectada por diferentes influencias: desde la década de los ochenta del siglo XX hasta el 2005 por las Autodefensas Unidas de Colombia (paramilitares), y por las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia – Ejército del Pueblo (FARC – EP, quienes por el acuerdo de paz de La Habana en 2016 dejan las armas). Adicional, la población campesina también fue hostigada por el Ejército Nacional entre el 2000 y el 2005, así como de manera sistemática por “las relaciones entre narcotráfico, actores armados organizados no estatales y estatales, e impactos humanitarios, que han sido marcadas desde finales de los 70 hasta el presente” (Defensoría del Pueblo, 2018, p. 30). Lo anterior refleja el colapso parcial del Estado, en el sentido de que mientras algunos aparatos estatales (por ejemplo, la burocracia, la tecnocracia, la administración y los órganos de representación política) mantienen cierta coherencia y capacidad de acción, otros cruciales aparatos del Estado se han vuelto incapaces de cumplir sus funciones y prestar los servicios para los que han sido diseñados (entre ellos, los casos más notables son la seguridad y la justicia), o se han desfigurado totalmente con respecto a sus funciones constitucionales (por ejemplo, las Fuerzas Armadas). (Bejarano y Pizarro, 2010, p. 388) En medio del contexto presentado con anterioridad, las campesinas y campesinos de las Veredas Hinche Alto e Hinche Bajo a partir de sus saberes de acción que “tienen en cuenta el contexto, en oposición al conocimiento científico que tiene vocación de generalización explicativa. Los saberes están al servicio de las particularidades y confieren a sus productoresuna fuerte identidad social” (Mosquera, 2005, p. 266). Desde allí, resisten y renacen como población campesina que aporta a las culturas de paz en Colombia al “asumir que la solidaridad y la confianza son el pegamento social que une a las comunidades” (Corporación Otra Escuela, 2015, p. 29) en medio del abandono del Estado, como sostiene una de las mujeres campesinas del territorio: Hemos tejido vida con la unión, con el diálogo, todas las personas, así como ve nos reunimos, hacen una reunión, allá vamos todos. Nos hacen un taller con mucho gusto lo hacemos, nos brindan una ayuda con mucho gusto la recibimos y tenemos que cumplir con lo que nos dan. No esperar a que todo nos llueva del cielo, trabajar, a seguir adelante y trabajar porque si no estamos así (manos cruzadas) todos los días, toca es trabajar. (Entrevista Grupal a mujeres campesinas, junio 01 de 2018) Referencias Bejarano, A. y Pizarro,E. (2010). Colombia: el colapso parcialdel Estado y la emergencia de los “protoestados”. En El Estado en Colombia (pp.381-412). Colombia: Universidad de los Andes.CONETS. (2018). Sujetos de Reparación Colectiva y construcción de territorios de paz en el marco de la Ley 1448 del 2011. (Proyecto de Investigación). Entrevista Grupal 9 [En Persona]. (2018). La Palma, Cundinamarca.Corporación Otra Escuela (2015). Guía Metodológica para la Sistematización de Experiencias Constructoras de Culturas de Paz. Bogotá: Ediciones Ántropodos Ltda. Mosquera. C. (2005). Universidad Nacional de Colombia: Palimpsestvs. [1] Tipo de investigación basada en los planteamientos del libro: “La Sistematización como investigación interpretativa crítica” (2017) de Disney Barragán Cordero y de Alfonso Torres Carrillo.[2] Investigación desarrollada por Convenio interinstitucional del Consejo Nacional para la Educación en Trabajo Social (CONETS).[3] Tesis doctoral en curso. Doctorado en Estudios Internacionales en Paz, Conflictos y Desarrollo de la Universitat Jaume I.[4] La categoría de guerra se basa en los postulados de la Comisión de la Verdad.[5] La división política de Colombia se define en 32 departamentos.[6] “división territorial de carácter administrativo en el área rural de los municipios, establecida mediante acuerdo municipal. Se concibe como una agrupación comunitaria de base territorial y principal espacio de sociabilidad, caracterizada por el predominio de las relaciones vecinales”. (Departamento Administrativo Nacional de Estadística, 2018, 13).
#216 |
Atenção à Pessoa idosa e à Pessoa com deficiência em tempos de Pandemia da Covid-19
Andréia Aparecida Reis de Carvalho Liporoni
1
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Erika Leite Ramos de Luzia
2
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Lais Caroline Neves
3
1 - Universidade Estadual Paulista - Unesp Franca.
2 - Universidade Estadual Paulista - Unesp/Franca.
3 - Universidade Estadual Paulista.
Resumen:
O presente estudo expõe as implicações da pandemia da Covid-19 no Brasil, nas políticas sociais e principalmente na Política de Assistência Social, com o olhar voltado para as pessoas idosas e as pessoas com deficiência. O interesse em pesquisar essa temática surgiu a partir da atuação profissional no cotidiano da Política de Assistência Social, iniciada em 2007 até os dias atuais. Desde março de 2020, o Brasil sofre com os efeitos perversos da pandemia do Corona Virus Disease (Covid-19), os quais acarretaram um grande número de óbitos e contaminações, sem contar as consequências acirradas pela crise do capital num contexto hegemônico do neoliberalismo e do capitalismo financeirizado. Isso levou a uma profunda recessão econômica com o aumento do desemprego e da desigualdade social global (SALVADOR, 2020). De acordo com o Painel da Covid-19, do Ministério da Saúde, em 1º de abril de 2022 o Brasil possuía aproximadamente 30 milhões de brasileiros contaminados pelo novo coronavírus, entre os quais constam 28.550.311 pacientes curados, 643.074 pacientes em acompanhamento e 659 mil óbitos confirmados, registrando assim uma taxa de mortalidade equivalente a 313,6 pessoas a cada 100 mil habitantes e uma taxa de letalidade de 2,2%.Em termos mundiais, o Brasil é um país extremamente populoso, o quinto em densidade populacional, com mais de 214 milhões de habitantes. Em relação ao cenário pandêmico, seus índices são elevados tanto do ponto de vista da mortalidade quanto da letalidade da doença. Ocupa na escala mundial o terceiro lugar em número de pessoas contaminadas pelo coronavírus (precedido pelos Estados Unidos e pela Índia) e ocupa a segunda posição no ranking de mortes (superado pelos Estados Unidos).O Brasil apresenta estes dados, mas observa-se que milhares de mortes poderiam ter sido evitadas com aplicação de medidas governamentais assertivas. Pois, o Estado brasileiro, representado pelo presidente Jair Bolsonaro, apostou na minimização dos riscos da Covid-19 como uma estratégia bem definida para alcançar a “imunidade de rebanho”.Preocupado com o andamento da economia, o governo brasileiro intensificou as ações de ajuste fiscal, desvinculando receitas do Fundo Público para resgatar o capital. “O fundo público envolve a capacidade que o Estado tem de mobilizar recursos, principalmente tributos, para realizar intervenções em políticas públicas, englobando as políticas econômicas e sociais, o que permite alterar ou conservar a realidade socioeconômica do país” (SALVADOR, 2020, p. 2).Antes mesmo da pandemia, o Brasil já vivenciava um processo de contrarreformas do Estado, com a retirada de direitos humanos, sociais, trabalhistas e previdenciários, além disso o precário financiamento do sistema protetivo refletiu intensamente na oferta dos serviços públicos. O contraponto está no aumento da demanda causada pela Covid-19 e na redução da participação do Estado na prestação dos serviços públicos, pois ao submeter a política social aos ditames do capital, o Estado corta gastos públicos com programas sociais, privatiza a execução dos serviços e caminha na contramão da universalidade das políticas sociais (LUZIA; LIPORONI, 2020)A Política de Assistência Social, que já vinha sendo tratada pelo Estado como uma “política de cobertor curto”, passou a ser um grande alvo do Estado durante o auge da pandemia da Covid-19. Com o aumento demasiado das rubricas orçamentárias, o governo federal, a partir do viés neoliberal, alterou o financiamento da Assistência Social e passou grande parte dos recursos outrora destinada ao custeio dos serviços socioassistenciais para garantir o pagamento do “auxílio emergencial”, com vistas à distribuição da renda e à manutenção do capitalismo em “cenário de guerra”.No contexto da Covid-19 todos os serviços da Assistência Social sofreram alterações quanto ao horário de funcionamento, formato das ações (presenciais e remotas), equipes reduzidas, pois muitos funcionários eram do grupo de risco. Houve muitas adequações na rotina dos serviços em observância aos protocolos sanitários, a fim de evitar a contaminação pelo vírus e preservar vidas humanas.Sem atendimento diário, os idosos, as pessoas com deficiência e os familiares ficaram desolados e sem condições para suprir as principais necessidades diárias; estas incluem desde alimentação, higiene, atividades da vida diária, terapia ocupacional, fisioterapia, orientações corretas sobre o funcionamento dos serviços públicos no contexto da pandemia, até apoio quanto aos tratamentos de saúde ‒ medicações, consultas médicas, exames.A suspensão dos serviços de atenção diária e a paralisação de ações do SUAS, dos serviços públicos essenciais e das instituições do Sistema de Garantia de direitos promoveram o rompimento de vínculos com os usuários, ocasionando um aumento da desproteção social.No início do ano de 2022 os serviços do SUAS voltaram os atendimentos de forma bem gradativa, a cautela foi necessária porque tanto os idosos quanto as pessoas com deficiência se caracterizam como público prioritário e foram impedidos de frequentar (presencialmente) os serviços por um longo período. Graças à vacinação e à ciência, o retorno das atividades está se dando de forma positiva, reacendendo a esperança em milhares de brasileiros.Para alcançar a finalidade almejada, realizamos a pesquisa bibliográfica, que deu embasamento teórico para a análise do objeto de estudo. Assim, foram consultados livros, artigos científicos, dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), da Auditoria Cidadã da Dívida, do Ministério da Saúde (Painel Covid-19), tendo como base de análise dos dados o materialismo histórico-dialético, pois este método permite apreender a essência do objeto, para além da aparência imediata dos fenômenos.Por fim, concluímos que as consequências da pandemia na vida dos idosos e das pessoas com deficiência são visíveis. A maioria dessa população teve suas condições de vida agravadas pelas vicissitudes, pela morte, pelo luto e pelo aumento da miséria e das disparidades sociais, além de ser considerada improdutiva e inútil à lógica da produção capitalista, vista como “desviante” do padrão da normalidade e segregada da sociedade.
#141 |
"Papel Picado". Un análisis sobre los programas políticos en materia de discapacidad.
Sofía Rivero
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
Creo necesario comenzar este trabajo planteándome la primera pregunta que me hice al encarar a esta propuesta; ¿Qué lugar ocupan los apartados sobre las propuestas en torno a la discapacidad? Para responder, me tomé el atrevimiento de descargar los cinco programas y contar las veces en las que la palabra discapacidad se repetía en cada uno de ellos. En este sentido, el Frente Amplio utiliza la palabra discapacidad en 90 ocasiones, quedando como el que más la retoma; por otro lado, se encuentra el Partido Independiente como el que menos la utiliza, con una sola vez en sus propuestas, a lo cual se suma la falta de propuestas/apartado específico. Por otro lado, generalmente el apartado de discapacidad, se encuentra en el capítulo de inclusión social, donde se destacan las políticas de género, vejeces, diversidad, familia, entre otras. Se puede interpretar esta posición de dos maneras: primero. como un logro al momento de pensar que al día de hoy existen corrientes políticas que no consideran necesario incluir un apartado que trate específicamente de las políticas de discapacidad; o que es suficiente con propuestas que legislen sobre lo ya escrito y darse por cumplido en eso. Pero también, puede interpretarse como una profundización de la brecha entre “lo normal” y lo que se encuentra fuera de ese parámetro agudizando lo que tanto debería evitarse. En esta línea, Garzón (2014) resalta la importancia de la investigación como manera de generar planteos que alejen a las Políticas Públicas de la idea de inclusión y distinción. Sino que se acerquen a la convivencia y el reconocimiento. Un claro ejemplo es la referencia a las personas en situación de discapacidad como “personas discapacitadas” esto determina una relación mantenida y el lugar ocupado por laspersonas a las que hacen referencia. El discurso y los términos construyen realidades, estereotipos y contextos para poder delimitar la acción de políticas sectoriales. A esto podemos sumar la puntualización de la ONU: “El Comité observa con preocupación que se mantengan en la legislación, las políticas y los programas públicos, disposiciones sobre los derechos de las personas con discapacidad y terminología peyorativa que no están armonizadas con el modelo de discapacidad basado en los derechos humanos establecido en la Convención.”(PRONADIS, 2016, pp. 3- 4) En un sistema capitalista neoliberal definir claramente las poblaciones beneficiarias de las Políticas Públicas es fundamental. Esto deviene en una puja entre los distintos colectivos sociales fragmentados, para lograr acceder a los ámbitos de atención de las élites políticas que van a encajar las piezas programáticas y prioritarias en el puzle de su administración. Si bien podemos pensar que la focalización tiene su cara amable, como por ejemplo intervenir en las inequidades distributivas (Adelantado y Sherer, 2008) del sistema; por otro lado, generalmente, somete a la inseguridad de las medidas de las que dependen vidas y núcleos familiares completos, que quedan en manos del poder político que las entiende como prioritarias o no. La ciudadanía y el poder ejercerla pasa a estar bajo el poder y responsabilidad de la presión que puedan ejercer grupos específicos organizados (Adelantado y Sherer, 2008). El modelo neoliberal de sistema que nos encuentra inmersos, tiene como principal objetivo mantener sanas, salvas y sin disturbios a las condiciones materiales y regulatorias de acumulación (Adelantado y Sherer, 2008). Esto nos lleva a pensar en un enfoque muy común de las políticas en discapacidad, las cuales giran excesivamente en torno al ámbito clínico y de salud de esta población. Denotando así su concepción de la persona como alguien anómalo que no puede cumplir con las determinantes productivas del capital. Alejando el foco del pleno goce de los derechos y acercándose a la plena necesidad de la asistencia, del cuidado y la dependencia (Cuenca Gomez, 2011). Bajo esta misma línea, podemos referirnos al formato de presentación de todos los programas políticos. Varios de ellos plantean el desafío de la accesibilidad de las personas en situación de discapacidad, inclusive el Partido Nacional propone el dotar de textos en brailes a las bibliotecas. En este caso, ninguno de los programas presenta otra presentación más que la escrita, dejando de lado la recomendación extendida por la ONU de: “El Comité recomienda al Estado parte que adopte las medidas necesarias para asegurar la aplicación de la normativa relevante y que transmita, en modos, medios y formatos de comunicación accesibles, toda información pública destinada a la población en general, particularmente la referida a procesos nacionales y la relativa a situaciones de emergencia y/o desastres naturales.” (PRONADIS, 2016, p.14) ¿Cómo podemos intentar plantear cambios posicionándonos desde una lógica centrada en el capacitismo? ¿Cómo podemos nombrar a una persona como sujetos de derechos si desde el inicio no la trato como tal? Las políticas sociales como tales, deben ser las pioneras a la hora de allanar el camino para que las personas en situación de discapacidad puedan gozar de sus derechos. Tomando el principio de humanidad como rector de sus acciones y la concreción de medidas positivas que garanticen la igualdad de sus habitantes(de Asis, 2011). BIBLIOGRAFÍA ● Adelantado, J. Sherer, E.(2008). Desigualdades, democracias y políticas sociales focalizadas en América Latina. Revista chilena de Administración Pública. ISSN: 0717-6759. pp 117-134.● Caballero, I (2013). “Introducción. Cuestiones básicas del enfoque interseccional desde el sector de la discapacidad” en Peláez Narváez, A.; Vilarino, P. (direc.) La transversalidad de género en las políticas públicas de discapacidad - Manual. pp. 15 - 39. Disponible en https://consaludmental.org/publicaciones/Transversalidadgeneropoliticaspublicasdiscapacidad.pdf● Cuenca Gómez, P (2011) “Derechos humanos y modelos de tratamiento de la discapacidad”, Papeles El Tiempo de los Derechos, Número 3, Año 2011. Consultar: https://e-archivo.uc3m.es/bitstream/handle/10016/19335/derechos_cuenca_PTD_2011.pdf?sequence=1● de Asis, Rafael (2011)“El modelo social de la discapacidad. Críticas y éxito”. Papeles el tiempo de los derechos. Número: 1, ISSN: 1989-8797. Consulta: https://e-archivo.uc3m.es/handle/10016/19304● Garzón, K. (2014) “Políticas Públicas y Discapacidad” en Discapacidad y Política Pública: una apuesta política desde el discurso de niños y niñas, Tesis Doctoral en Ciencias Sociales, Universidad de Colombia, Colombia. pp. 45 - 59. Disponible en:http://biblioteca.clacso.edu.ar/Colombia/alianza-cinde-umz/20150306112820/KarinGarzondiaz.pdf● PRONADIS. (2016). “Comité sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad Observaciones finales sobre el informe inicial del Uruguay”. Montevideo. Disponible en:http://pronadis.mides.gub.uy/innovaportal/file/32232/1/observaciones-finales-sobre-el-informe-inicial-del-uruguay.pdf . Fecha de consulta: 29/11/2021.● Partido Nacional (2019). Programa de gobierno 2020-2025. Montevideo, Agosto 2019. Disponible en: https://lacallepou.uy/descargas/programa-de-gobierno.pdf.Fecha de consulta: 29/11/2021. FUENTES CONSULTADAS● El Observador (2020) Mides fusionará Pronadis y Sistema de Cuidados en marco de reestructura. Montevideo. Disponible en:https://www.elobservador.com.uy/nota/mides-fusionara-pronadis-y-sistema-de-cuidados-en-marco-de-reestructura-2020630193132. Fecha de consulta: 29/04/2022.● Frente Amplio (2019) Bases programáticas 2020-2025. Montevideo. Disponible en:https://frenteamplio.uy/noticias/12-noticias/902-nuestro-programa Fecha de consulta:29/04/2022.● La Diaria (2019) ¿Cuáles son las principales propuestas programáticas de los partidos políticos en discapacidad?. Montevideo, Octubre de 2019. Disponible en:https://ladiaria.com.uy/articulo/2019/10/cuales-son-las-principales-propuestas-programaticas-de-los-partidos-politicos-en-discapacidad/● Partido Colorado. (2019). Un pequeño país modelo. Programa de gobierno 2020-2025. Montevideo. Disponible en:https://partidocolorado.uy/un-pequen%CC%83o-pais-modelo-programa-de-gobierno-2020-2025/. Fecha de consulta: 29/04/2022.● Partido Independiente (2019). El cambio hacia adelante. Programa de gobierno 2020-2020 . Montevideo. Disponible en:https://partidoindependiente.uy/programa-de-gobierno-20-25-descargalo-aca/. Fechade consulta 29/04/2022.
#226 |
Desafios impostos pela pandemia do Covid-19 no trabalho socioeducativo com adolescentes privados de liberdade
Amanda Lorena Leite
1
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Rafael Gonçalves dos Santos
1
1 - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (UNESP).
Resumen:
O artigo tem como objetivo realizar uma reflexão a respeito dos principais desafios enfrentados pelos Centros Socioeducativos de Internação para adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no contexto da pandemia do COVID-19 no estado de Minas Gerais, Brasil. Além de um estudo teórico, é também empírico por se tratar de um relato de experiência enquanto gestora da equipe técnica de um centro de internação provisória no interior do estado no momento de maior taxa de disseminação do coronavírus no Brasil. Tem como orientação teórico-metodológica a perspectiva crítica-dialética, em que busca analisar a totalidade complexa do objeto de reflexão, como o contexto social, político, cultural e econômico, contudo sem a pretensão e possibilidade de esgotamento. No primeiro momento, este trabalho buscará situar o objeto de análise na conjuntura política, cultural, socioeconômica e histórica em que está inserido, a partir de três categorias marxistas fundamentais, que são: a totalidade, a contradição e a historicidade. Sabe-se que todo o trabalho socioeducativo é preconizado pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e deve ser pautado e ter como norte a garantia de direitos previstos na Constituição Federal de 1988 e no art. 4º da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, a qual dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a saber: os direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Entretanto, a concepção e construção de um trabalho nas medidas socioeducativas dentro da Doutrina da Proteção Integral apontada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente ainda é muito recente no tempo histórico e enfrenta diversos desafios na sua concretização e rompimento com uma condução na execução da política pública que ainda apresenta alguns aspectos da Doutrina da Situação Irregular prevista no antigo Código de Menores. Esses desafios se agudizaram em escala exponencial no contexto pandêmico neoliberal, exigindo dos gestores da política, das unidades e dos trabalhadores constante reconstrução do trabalho em busca da garantia dos direitos fundamentais dos adolescentes privados de liberdade, ao mesmo tempo em que é necessário assegurar a saúde dos jovens acautelados, tendo em vista o isolamento/distanciamento social como recomendação dos órgãos competentes de saúde para proteção contra o vírus, para além dos hábitos de higiene e uso de máscaras, dando início, portanto, ao isolamento dentro do isolamento. No segundo momento, buscará pontuar alguns desafios principais enfrentados no cotidiano de trabalho para a garantia dos direitos dos acautelados e apresentar as estratégias adotadas pela equipe interdisciplinar para tentar amenizar os efeitos negativos da pandemia dentro do centro socioeducativo. Tem-se como exemplos: a suspensão das visitas familiares e entrada de parceiros externos na unidade, atingindo diretamente o direito à convivência familiar e comunitária, em que a realização de videochamadas foram utilizadas como estratégia para tornar a distância um pouco menos penosa e manter o vínculo familiar; o isolamento de adolescentes com sintomas gripais ou com COVID, os quais não podiam participar das atividades coletivas e, por este motivo, exigia um desdobramento das equipes técnica e de segurança para o planejamento e realização de atividades individuais e seguras para que os jovens ficassem o menor tempo possível dentro dos alojamentos, levando a uma intensificação do trabalho. No terceiro momento, serão abordadas as condições de trabalho dentro do Centro Socioeducativo, o qual não possui uma estrutura física adequada, apresentando grande limitação de espaço para a efetivação do distanciamento social desejável dentro das salas e espaços comuns dos trabalhadores, sendo este um dos fatores que contribuiu em muito para a disseminação do vírus entre funcionários, resultando em sucessivos afastamentos, fator que também afetou a garantia do atendimento aos adolescentes, uma vez que não havia trabalhadores suficientes da segurança para bancar mais de uma atividade ao mesmo tempo ou até mesmo pessoal para executar determinada oficina ou atendimento individual conforme planejado, tornando necessária a reconstrução cotidiana do trabalho visando garantir os direitos dos adolescentes. Como estratégia para tentar barrar a disseminação do vírus, foram distribuídas máscaras N95/PFF2; realizados inúmeras intervenções educativas pela equipe de saúde para reafirmar a importância dos cuidados necessários, sobretudo uso de máscaras e higienização constante das mãos; implementada a metodologia de trabalho de revezamento entre
homeoffice e trabalho presencial entre membros da equipe técnica e equipe administrativa; higienização dos ambientes; barreira sanitária para adentrar à unidade; sensibilização para vacinação e oferta de vacina dentro do Centro, entre outras medidas. Contudo, todos os esforços se esbarravam e continuam se esbarrando em ideologias que não estão de acordo com a ciência e que são legitimadas pelo próprio presidente da república e outros tantos governantes, com isso, também são apresentadas muitas manifestações de negação da pandemia e de sua seriedade, exigindo esforços ainda maiores de conscientização e sensibilização para seguir todas as orientações sanitárias para combate do vírus. Ademais, o cenário contemporâneo tem sido marcado por uma longa jornada de luta e de resistência à ofensiva neoliberal ultraradical do século XXI, cujas determinações contraditórias tendem a se intensificar no cenário contemporâneo, influenciada por uma gestão genocida, pelo Estado da morte e pela necropolítica no contexto de pandemia do COVID-19. Destarte, observa-se que tais impactos refletem diretamente sob as condições de vida da juventude e das suas famílias, principalmente da juventude periférica, que tem como destino a privação de liberdade, uma vez que os interesses do mercado são colocados acima de vidas humanas.
#088 |
A psiquiatrização de adolescentes considerados/as autores/as de ato infracional no Brasil: aportes para o debate
Ana Clara Gomes Picolli
1
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Maria Liduina de Oliveira e Silva
1
1 - Universidade Federal de São Paulo.
Resumen:
Este resumo é um estudo teórico, que parte de reflexões geradas no projeto de pesquisa de mestrado e objetiva discorrer sobre os crescentes processos de psiquiatrização de adolescentes considerados autores/as de ato infracional no Brasil. É a partir da década de 80, no Brasil, que crianças e adolescentes foram considerados/as sujeitos de direitos, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, que garantiu-lhes proteção integral e orientaram as novas políticas e ações destinadas a esse público. Com relação a adolescentes acusados/as de cometer ato infracional – conduta descrita como crime/contravenção penal – o ECA prevê uma série de medidas protetivas e socioeducativas, a serem aplicadas conforme as circunstâncias e gravidade do ato e a capacidade do/a adolescente em cumpri-la. As medidas socioeducativas podem ser cumpridas em meio aberto ou fechado, sendo, esta última, sob a forma de internação e deve respeitar o caráter de brevidade e excepcionalidade. Os objetivos das medidas vão para além da responsabilização e desaprovação da conduta, pois também intencionam a integração social do/a adolescente e a garantia de seus direitos, concorde sua condição de pessoa em desenvolvimento. A inserção de crianças e adolescentes na agenda de saúde mental é recente, data de 2001, com a promulgação da Lei 10.216 que forneceu bases para a institucionalização da Reforma Psiquiátrica brasileira, e, também, a realização da III Conferência Brasileira de Saúde Mental que, de maneira inédita, priorizou a discussão da saúde mental de crianças e adolescentes, convocando o Estado a se responsabilizar por esses cuidados. Especificamente em relação a adolescentes que cumprem medida socioeducativa, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) traz que o cuidado em saúde mental ofertado a adolescentes que se encontram em internação deverá estar alinhado ao que dispõe a Lei nº 10.216. Dois anos depois, em 2014, a Portaria nº 1.082 que redefine a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em Conflito com a Lei, em Regime de Internação e Internação Provisória (PNAISARI) estabelece que o cuidado em saúde mental de adolescentes que cumprem medida de internação ocorrerá em articulação com serviços do território e inclui nesta política adolescentes em cumprimento de medidas em meio aberto. O último Levantamento Anual do SINASE, referente a dados de 2017, não traz informações sobre a atenção a saúde mental de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, o que dificulta a apreensão da efetividade das garantias previstas na legislação. O Levantamento mostra que, nesse período, 143.316 adolescentes respondiam por ato infracional no Brasil. Destes, 26.109 encontravam-se incluídos no sistema socioeducativo. Desde o ano de 2013 o estado de São Paulo lidera com o maior número de internações de adolescentes, correspondendo a 34,5% da média nacional. O Levantamento aponta que a maioria desses/as adolescentes são jovens negros, pertencentes a famílias monoparentais femininas e que, em média, possuem renda menor que um salário mínimo. Esses dados são alarmantes e, além de revelarem a grande quantidade de adolescentes que respondem judicialmente por ato infracional, demonstram o perfil de jovem que é penalizado, indicando o que a literatura e movimentos sociais apontam como criminalização da pobreza e da adolescência, principalmente a adolescência negra. Através da literatura é possível verificar o crescente processo de psiquiatrização de jovens que respondem por ato infracional no Brasil, sendo cada vez mais através do campo da justiça a inserção de adolescentes nos serviços de saúde mental. Nesse sentido, o sistema de justiça parece desempenhar um papel contraditório, pois, se por um lado se coloca como via de acesso para adolescentes aos serviços de saúde, muitas vezes é utilizado como punição, devido ao caráter compulsório e a possibilidade de os encaminhamentos servirem como um recurso que auxilia na disciplinarização e controle de jovens, como também na imposição de tratamento àqueles/as que fazem uso de substâncias. Pesquisas apontam para um crescente uso do aparato “psi” na gestão dos conflitos e problematizações impostos pela juventude ao campo social. A psicologização da vida social é própria da ordem monopólica do capital, dando ensejo a reprodução de uma lógica que transfigura os problemas sociais enquanto problemas pessoais, em um processo de individualização. Estudos revelam que adolescentes interpretados como mais “antissociais” são os mais respeitados, tanto por adolescentes como por trabalhadores/as de unidades socioeducativas, sobrevivendo melhor a situação de internação. A prevalência de transtornos psiquiátricos em adolescentes internados/as em unidades socioeducativas é maior que a esperada para a população geral com a mesma idade. Pesquisas apontam como adolescentes do gênero feminino tendem a ter mais diagnósticos e a ser mais medicalizadas durante a internação, em alguns estados do país, a proporção de adolescentes medicalizadas por questões de saúde mental chegou a 90%. Atravessados/as por questões étnico-raciais, de gênero, sexualidade e exploração de classe social, esses/as jovens e suas famílias tendem a se tornar alvos da criminalização, violência e desproteção social por parte do Estado e muitas vezes precisam lidar com o sofrimento produzido no decorrer de suas experiências de vida. Este sofrimento, posto socialmente, é denominado por Basaglia (1979) de sofrimento da sobrevivência. Passos (2020) acrescenta que, a desumanização provocada pelas relações racistas à população negra promove o sofrimento da sobrevivência, fazendo com que negros/as reconheçam apenas a dor do racismo, ficando presos/as à experiência do sofrimento de sobrevivência e tendo que criar mecanismos para lidar com o racismo e a colonialidade que historicamente os mantêm na zona do “não ser”. A psiquiatrização de adolescentes considerados/as autores/as de ato infracional desvela a tendência à patologização de setores pobres da juventude brasileira, ao encobrir como doença mental processos sociais que discriminam a pobreza e revelam o desinvestimento da sociedade para como eles/as.ReferênciasBASAGLIA, Franco. A psiquiatria alternativa: contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática. São Paulo: Brasil Debates, 1979.PASSOS, Rachel Gouveia. “Crimes da paz”: as expressões do racismo na saúde mental da população negra. In: MAGNO; GOUVEIA (Org.) Direitos humanos, saúde mental e racismo: diálogos à luz do pensamento de Frantz Fanon. Rio de Janeiro: Defensoria Pública do Rio de Janeiro, 2020, p. 72-84.
Virtual 3
14:00 - 16:00
Eje 4.
#111 |
Capitalismo, questão ambiental e insegurança alimentar no Brasil: uma tragédia anunciada.
Milena Tomaz de Miranda
1
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Renan Augusto Moraes Conceição
2
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Viviani Yoshinaga Carlos
1
1 - Universidade Estadual do Paraná - Campus Apucarana.
2 - Universidade de São Paulo.
Resumen:
Invariavelmente, a questão ambiental no Brasil tem recebido destaque nas notícias veiculadas pela mídia nacional e internacional devido à forma como o capital tem promovido a degradação do meio ambiente, principalmente a partir do agronegócio, tendo como consequências imediatas o desmatamento desenfreado e ilegal, a devastação de biomas, a usurpação das terras indígenas e dos povos quilombolas, além das diversas mortes provocadas pelos conflitos de terras, nos quais impera a impunidade. Sobressai também a forma como o Estado brasileiro tem respondido aos interesses do capital, negligenciando as ações de combate aos crimes contra o meio ambiente. Os danos ambientais e humanos se tornam cada vez mais irreversíveis, evidenciando o abismo social engendrado pela concentração de capital. Nesta perspectiva, os mais pobres são atingidos brutalmente pela falta de recursos que assegurem sua sobrevivência, incluindo o direito à alimentação. Assim, este estudo tem como objeto a correlação entre capitalismo, questão ambiental e insegurança alimentar no Brasil, tendo em vista o papel que o agronegócio tem ocupado na economia nacional. O objetivo reside em examinar as conexões entre os fundamentos históricos que promoveram o desenvolvimento do capitalismo no país direcionado para um modelo econômico agroexportador e, consequentemente, as desigualdades sociais em decorrência da concentração de capital operada por tal modelo, com ênfase na insegurança alimentar. Através de pesquisa bibliográfica, nos debruçamos inicialmente sobre os estudos de autores de tradição marxista que se ocuparam em estabelecer a correlação entre capitalismo e meio ambiente, com destaque para Löwy (2014) e Saito (2021). Do estudo de suas obras, sobressai a compreensão de Marx sobre o metabolismo social a partir da relação entre os processos de trabalho, produção e uso da terra. No capitalismo, o metabolismo social resulta da passagem das mercadorias de um produtor ao outro, permeado pelo trabalho humano, que é a forma de o ser humano se relacionar com a natureza (Marx, 2017a). O uso da terra se inscreve nessas relações metabólicas. Segundo Marx (2017a), a grande propriedade do solo diminui a população que nela reside e trabalha, uma vez que seu uso não é mais em pequenas escalas individuais, empurrando para o ambiente urbano e industrial a população outrora rural, que já não irá mais produzir para si. Assim, ocorre o que Marx (2017a) sinalizou como uma ruptura irremediável no metabolismo social, da qual decorre o desperdício da força da terra, com a agricultura de larga escala. Nesse sentido, buscamos um recorte que possibilitasse compreender o desenvolvimento do capitalismo no Brasil em sua relação com os processos de trabalho, produção e uso da terra. Não se pode ignorar o fato de que, no Brasil, o desempenho do agronegócio no setor econômico tem suas raízes históricas muito bem consolidadas pela via da conservação do latifúndio. Constituindo-se como um território vasto, o latifúndio tornou-se o padrão produtivo da economia brasileira no primeiro período republicano (1889-1929). Essa forma econômico-social, característica do sistema colonial no qual as terras foram divididas em sesmarias, seguiu seu curso histórico no desenvolvimento capitalista brasileiro, permanecendo intacta e garantindo a posição subalterna que o país passou a ocupar na divisão internacional do trabalho, conferindo-lhe o status de “atraso”. Para Santos (2012), a predominância do modelo agroexportador, centralizado na monocultura, potencializou a estrutura fundiária, que, posteriormente, veio a ser reconhecida como agroindústria e agronegócio. Nos últimos 5 anos, a expansão acentuada do agronegócio no Brasil contribuiu para elevar os patamares de acumulação de capital que, na perspectiva de Foster (2015), envolve todos os rendimentos possíveis de matéria e energia, independente das necessidades humanas e dos limites naturais. Marx (2017b), ao esquadrinhar as relações sociais de produção capitalista, revelou que quanto maior a acumulação de riqueza, maior será o exército industrial de reserva e maior serão as camadas mais flageladas da classe trabalhadora, aumentando, consequentemente, os níveis de pobreza. Na lógica do capital, o agronegócio tem ocupado um lugar importante para a economia brasileira, tendo como carro-chefe do setor os negócios relacionados à agropecuária. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina e o primeiro em exportação mundial, com a China representando o principal mercado consumidor (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, 2021). Em contrapartida, a produção de carne bovina tem sido a maior responsável pela emissão de gases poluentes que aceleram o aquecimento global, como o gás metano. No Brasil, grande parte da carne bovina é produzida em regime de pastagens, cuja área total é de cerca de 161 milhões de hectares, correspondente a 18,94% do território brasileiro, de acordo com os dados mais recentes do Atlas das Pastagens (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás, 2022). Em 2021, o país foi responsável pela produção de, aproximadamente, 10 milhões de toneladas de carne bovina, sendo 7 milhões de toneladas destinadas ao mercado interno, conforme números divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2021). No entanto, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (2021), o consumo de carne no Brasil apresentou queda no ano de 2021, com um volume de 26,5 quilos por habitante, o que representa aproximadamente 5,3 milhões de toneladas. No mesmo ano, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (2021) divulgou que 116.842.556 brasileiros estavam em situação de insegurança alimentar, o que corresponde a 55,1% da população total do país. Esse quadro demonstra as condições objetivas de sobrevivência da população frente à acumulação de capital, que foram agravadas pela ausência de medidas estatais para a redução dos impactos causados pela pandemia da Covid-19. Notícias sobre as filas e as disputas da população para conseguir ossos em açougues e até mesmo em caminhões de lixo também ganharam destaque na mídia nacional e internacional. Ao mesmo tempo em que essas notícias eram veiculadas, o Estado brasileiro, representado pelo Governo Bolsonaro, seguia enaltecendo o agronegócio, ao estilo midiático: “Agro é Pop, Agro é Tech, Agro é tudo”. A tragédia brasileira sinaliza a urgência e o desafio de construir estratégias coletivas ambientais, anticapitalistas, que possam ser incorporadas no conjunto das lutas da classe trabalhadora.
#370 |
Desigualdades en América del Sur en el siglo XXI: Coyuntura y desafíos para su enfrentamiento
Miguel Edgardo Vicente Trotta
1
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Wendy Coxshall
2
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Ana Rojas Acosta
3
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Alice Dianezi Gambardella
4
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Eucaris Olaya
5
1 - Universidad Nacional de Lanus.
2 - Hope Liverpool University.
3 - Universidad Federal de São Paulo - SP.
4 - iSanta | NEF/UNIFESP | NEPPS/UFPB | NEATS/PUCSP.
5 - Universidad Nacional de Colombia.
Propuesta del Panel:
El panel propuesto centra sus objetivos en presentar distintas ponencias de Profesora/es Doctora/es investigadores integrantes de equipo de una investigación internacional, con radicación en la Universidade Federal de Sao Paulo, Brasil, bajo la dirección de la Dra. Ana Rojas Acosta. El mismo se desarrolla desde el marco institucional del Núcleo de Estudos de Família e Politicas Públicas, bajo el título de "Políticas Públicas: Interfaces do Covid-19 com famílias em situação de vulnerabilidade”. El mismo se constituye en el proyecto general en el que luego cada una de las Universidades participantes abordan temáticas ligadas directamente con los contenidos de la proposición de este Seminario. Por tanto, el panel que se propone será conformado por la pluralidad de Universidades latinoamericanas y europeas (Universidade Federal de Sao Paulo, Universidad Central de Colombia, Universidad Autónoma de Chile, Universidad de Salamanca, Universidad Nacional de Lanús y Hope University Liverpool). Las y los profesoras y profesores de esas casas de altos estudios, participarán como panelistas de esta propuesta La misma, radica en exponer acerca de los procesos de los desdoblamientos de las desigualdades sociales durante el siglo XXI en las distintas sociedades de América Latina, cuidando de tomar algunas variables comunes (impactos del neoliberalismo, procesos de reestructuración económica, redefinición del Estado y las políticas sociales y participación de la sociedad civil) para avanzar en explicitar diferencias y convergencias de las situaciones y de las políticas tendientes a la reversión de las mismas. Para el caso Argentino, la ponencia describirá las principales desigualdades que en la coyuntura actual se materializan en la sociedad argentina, en paralelo con un balance de las principales dificultades para reducir significativamente estas desigualdades sociales a partir de las acciones del Estado Argentino en su trayectoria histórica en los últimos veinte años, para poder luego concluir estableciendo límites y posibles alternativas de desarrollo sinérgico para la reducción de las diversas desigualdades sociales. Para el caso brasileño, la ponencia realizará un detallado examen de las desigualdades sociales en Brasil desde comienzo del siglo XXI en su evolución diacrónica hasta el presente. A partir de este marco se analizarán las diversas políticas sociales que se han implementado con el objeto de realizar un balance de la eficacia en la reducción de la pobreza y las desigualdades, pero al mismo tiempo detallando la dimensión política de estos procesos como un doble juego de diseño e implementación de políticas y participación ciudadana de definición de la agenda para la disminución de la pobreza y las desigualdades sociales. Para el caso chileno, la ponencia se compondrá en primer lugar de una descripción de la génesis y consolidación del proyecto neoliberal en la sociedad chilena para luego analizar los procesos de mediación de nuevas desigualdades, expresadas en las demandas de diversos actores que han impulsado un proceso constituyente que se dirige a una transformación jurídico política de la sociedad y la reducción de las desigualdades sociales. Otra de las ponencias centrará su análisis en el caso de Colombia la ponencia desde una descripción cuantitativa y cualitativa de las desigualdades sociales las que se considerarán en paralelo con el de las políticas implementadas por el gobierno nacional para la reversión de este cuadro de situación Finalmente, el análisis del caso europeo en comparación con el latinoamericano se desarrollará desde una ponencia que plantea que desde la década de los ochenta del siglo XX y hasta el presente, tendencialmente , se asiste en Europa a un progresivo proceso de desmantelamiento de las políticas sociales consecuentemente con la implementación del recetario neoliberal. La ponencia por tanto avanzará sobre la descripción de este proceso enfatizando en los casos de España e Inglaterra, desde un primer momento de contextualización para luego avanzar en un análisis de coyuntura acerca de las políticas que los gobiernos de ambos Estados implementan como medio de reducir esas desigualdades: enfatizando en las políticas sociales y la participación de la sociedad civil. En este punto se intentará comparar: modelos de gestión, participación de la sociedad civil, eficacia y efectividad de las políticas implementadas y el análisis de convergencias y diferencias para contribuir con la reflexión de la complejidad de estas acciones de reversión de las desigualdades. Una vez presentadas las diversas particularidades de estas desigualdades y el análisis correspondiente a los modos en que las políticas sociales han sido diseñadas e implementadas y los alcances de las capacidades de los diversos Estados analizados, la síntesis de las diversas ponencias versará acerca de establecer con estos estudios de caso, una valoración de los límites, posibilidades y alcances de las políticas públicas en la coyuntura, para contribuir con la reducción de esas desigualdades. En el mismo sentido, el cierre intentará establecer cuáles han sido advertidas como acciones contrahegemónicas desarrolladas por los propios sujetos oprimidos en virtud de la materialidad de esas desigualdades, su interacción con las políticas públicas y las acciones que han implementado.
#069 |
Integración socio espacial desde la mirada de pobladores de Monte Sinaí, Guayaquil
Maria Fernanda De Luca Uría
1
1 - Universidad Católica Santiago de Guayaquil.
Resumen:
El presente artículo aborda la realidad de segregación de un sector urbano marginal de Guayaquil, Ecuador y describe las percepciones de (des) integración socio espacial que tienen sus habitantes, fundamentado en el fenómeno de segregación urbana como una de las manifestaciones más importantes de la desigualdad en ciudades de nuestra época. La mirada teórica de la investigación sigue la línea planteada por la escuela francesa de sociología urbana, que concibe el rol del espacio en la transformación social y busca entender cómo “las condiciones materiales de existencia tienen homologación en el espacio, de manera inseparable, y viceversa” (Ruiz-Tagle, 2016, pág. 30). En Latinoamérica, algunos autores han analizado este fenómeno y consideran que para alcanzar condiciones de integración socio espacial, es necesario analizar las relaciones multidimensionales que funcionan de forma independiente y en diferentes niveles en el espacio. La proximidad física es una variable que influye en esta integración, pero existen otras como “la funcional, entendida como el acceso efectivo a oportunidades y servicios; la relacional, interacciones no jerárquicas entre grupos sociales distintos; y la simbólica, identificación con un territorio común” (Ruiz-Tagle, 2016, pág. 44). El estudio, de nivel descriptivo, con un enfoque cualitativo, partió de una recopilación de información documental y estadística de las condiciones socio económicas de los pobladores de cuatro cooperativas de vivienda del sector Monte Sinaí, en el noroeste de la ciudad de Guayaquil, y de la aplicación de entrevistas para recoger las percepciones de moradoras de esos sectores, sobre la integración a la ciudad. En preciso indicar que la expansión urbana, que se ha producido a lo largo de los años en Guayaquil, ha dado como resultado una ocupación extensiva y dispersa del territorio, causando, de acuerdo con el Ministerio de Desarrollo Urbano y Vivienda, “importantes problemas de movilidad, conectividad y provisión de servicios, así como una fuerte inequidad social territorial” (Ministerio de Desarrollo Urbano y Vivienda, 2011). La ciudad ha ido enfrentando, a través de los años, la ligereza de las administraciones locales, que no han asumido el problema de crecimiento, sino que han permitido que “los diferentes grupos sociales resuelvan sus necesidades habitacionales según sus posibilidades y estrategias de sobrevivencia, creando así un mercado de suelo urbano socialmente fragmentado” (Villavicencio, 2011, pág. 109). A partir de las variables estudiadas, se evidencia una marcada segregación residencial homogénea en el territorio. Existen condiciones materiales de pobreza, así como la precarización de del empleo y un acceso limitado empleos estables. Así también, la ocupación del suelo, el derecho de propiedad y las condiciones de las viviendas, son elementos que condicionan esta segregación. Desde esta realidad de segregación, se profundizó en las percepciones de (des) integración espacial de habitantes del sector. Desde el análisis de las dimensiones funcional, relacional y simbólica, se evidenciaron las escasas posibilidades de acceso a oportunidades laborales, servicios básicos de calidad, y de interacción con otros entornos y personas, fuera de su sector, lo cual limita la generación de lazos comunitarios. Como plantea Parrado (2019), se produce sobre todo por la reducida o casi inexistente posibilidad de contacto con diferentes, que es característico de espacios segregados de forma homogénea, y reproduce la exclusión social. Las respuestas de las entrevistadas demuestran sentimientos de lejanía y separación con el resto de la ciudad, por su condición de habitantes de un sector periférico, incluso existen sentimientos de inferioridad, que probablemente se deban a experiencias previas de maltrato o discriminación. Así mismo, se evidencia en las habitantes un sentimiento separación de la ciudad, precisamente por la distancia entre el sector y el resto de la ciudad, y las referencias de discriminación evidenciadas en los discursos de otros habitantes de la ciudad respecto a Monte Sinaí. La situación socioeconómica y la segregación residencial, forman parte de estas condiciones sociales que se manifiestan en la construcción simbólica del mundo, y más concretamente, en la comprensión del sentido de la ciudad y su pertenencia. Para estas habitantes de espacios segregados de la ciudad, se ha construido, históricamente, y se mantiene, una concepción de lejanía y separación respecto a la ciudad, es decir que no se ha logrado un sentido de pertenencia. Más aún, como se anotó, las expresiones reflejan impotencia ante la inacción de las autoridades locales frente a sus necesidades, e incluso el trato discriminatorio por parte de otros habitantes de la ciudad. El análisis de resultados ha partido desde los factores que afectan al desarrollo del individuo, desde sus circunstancias particulares, pero ha podido examinar también los factores de la estructura social injusta que marca las dinámicas de la vida en la ciudad, concretamente en el caso de Guayaquil. Con esta aproximación, es posible interpretar las dificultades para el goce pleno del derecho a la ciudad, particularmente en las zonas estudiadas. Para Guayaquil ha sido y sigue siendo un desafío integrar adecuadamente los espacios de expansión urbana, la misma que se presentado de forma desordenada, no solo por el abuso de promotores inmobiliarios ilegales, sino también por la indolencia o inacción de las autoridades locales de turno. Es decir que, con el paso de los años, las condiciones no han mejorado, sino que se consolidan las condiciones de segregación, por lo que la aspiración de contar con espacios dignos, se posterga, sin respuestas.
#384 |
RECREAR LA RELACIÓN SOCIO-AMBIENTAL HEGEMÓNICA A PARTIR DE LA COSMOVISIÓN Y SUS SABERES ANCESTRALES
Alexander Naranjo
1
1 - Independiente.
Resumen:
RECREAR LA RELACIÓN SOCIO-AMBIENTAL HEGEMÓNICA A PARTIR DE LA COSMOVISIÓN Y SUS SABERES ANCESTRALESHytcha guy fiba Hytcha guy sie Hytcha guy hytcha Hytcha guy gata Desde la lengua Mhuysqa[1] Pero es que él no es solamente, no es esa montaña llena de árboles y tierra, ese Majui es como lo ve llena de vida, él es con el que se encuentra uno dentro de mí con encontrarme directamente con el Entrevista abuela Lurdes, Cota, (Naranjo, 2013)Resumen:Los aportes ambientales de los pueblos ancestrales son relevantes en las sociedades actuales regidas por el capitalismo, su contradicción Capital-ambiente y las relaciones que imprime el imperialismo ecológico. En ese sentido rescatar otras maneras que planteen alternativas desde los saberes ancestrales al capitalismo y al “desarrollismo”, motiva el interés de los aportes de la comunidad Muysqa del municipio de Cota-Cundinamarca a partir de lo anterior contribuir a la reflexiones sobre la relaciones socio-ambientales hegemónicas. En su momento se agruparon estos intereses personales y profesionales en la investigación realizada en el pregrado[2] y continuar trabajando el tema y debido a la actualidad de los abordajes decoloniales en la actualidad. A continuación se expone el abordaje metodológico y resultados de la investigación:Objetivo general: Analizar los aportes de la cosmovisión Mhuysqa de las abuelas de Cota y como éstos han incidido en las prácticas socioambientales de jóvenes del grupo Tribu Gualí de Funza, con el fin de articular los resultados al ejercicio profesional en ambiente de Trabajo Social. En el marco teórico se sustentó la manera de asumir la cultura desde una mirada histórica y la importancia de la tradición oral en la continuidad de los conocimientos, experiencias, ritos, fiestas, etc., de los pueblos ancestrales. Para poder evidenciar un análisis de la cultura y su significancia desde una lectura un poco más antropológica de ella, con el fin de establecer parámetros que enriquezcan la discusión y como la cultura será entendida a través de la construcción de relaciones sociales y culturales que a su vez han sido enriquecidos por distintos factores como lo económico, político, que determinan dichas formas de relación. Igualmente reconocer que dichos factores que actúan como determinantes sociales marcan diferencias que otros autores llaman como subalternas y populares, por lo que a continuación y esta vez buscaremos hacer un análisis sociológico de la cultura en relación a dichas contradicciones y antagonismos presentes en las poblaciones subalternas y/o populares, buscando la ampliación de la investigación y el abordaje final de los pueblos indígenas, en específico de la cultura Mhuysqa del municipio de Cota Cundinamarca.Metodológicamente la pretensión es adaptar algunos elementos utilizados en la ciencia histórica a nivel investigativo, en vista que no se trata de una investigación de Historia como tal, en busca de analizar un suceso histórico puntual tanto de la vida social, grupal, comunitaria, etc., sino su énfasis se encuentra en adaptarla para los sucesos históricos que den cuenta de la relación entre las abuelas Mhuyscqas y el grupo juvenil Tribu Gualí. La metodología es aportada por Alfonso Torres denominada: recuperación colectiva de la historia (Torres, 1993, p. 236-237).Metodológicamente en el plano práctico en cuanto a la manera de recuperar los diálogos o comúnmente llamados instrumentos y técnicas. La tradición oral aportó una forma de recolectar la información con las fuentes orales, y así mismo otorgando lugar a las practicas propias de los pueblos originarios en los cuales aparte de lograr entrevistas es importante rescatar los espacios de encuentro, como los círculos de palabra en el dialogar en colectivo o desde la academia como grupos focal, exponer ideas, realizar ceremonias, danzar, cantar, etc. De igual manera en los encuentros individuales al compartir es decir la entrevista se denominara rapeando tabaco (practica de meditación y dialogo “visualmente similar a fumar aparentemente” pero claramente distinta en su sentido).De tal manera que en los cambios que esta relación con las abuelas indígenas va generando en el grupo, es notable en la medida que el proceso de protección del humedal Gualí se realiza desde la base de los saberes Mhuysqas, y sus sentidos frente a la continua reflexión interior, entendiendo la fuerte conexión entre la Naturaleza y el ser humano, superando la dicotomía entre humano-naturaleza, sino todo lo contrario, reflexionar críticamente desde un enfoque biocéntrico en donde la Naturaleza con sujeto contribuye a la conciencia interior en un dialogo entre ser humano y Naturaleza, entendiendo como está presente en mi interior, y como toda accion sobre la misma tiene repercusiones en el mismo ser humano no tan solo físicas, sino emocionales, mentales o espirituales.Posterior a la investigación y obtener el título profesional se continuó indagando alguna relación entre el marxismo y lo ancestral indígena, encontrando autores como José Carlos Mariátegui y su texto 7 ensayos de interpretación de la realidad peruana (Mariátegui, 1928) desde un análisis histórico y político de la importancia de los pueblos originarios como sujetos activos y Luis Guillermo Vasco con considerable cantidad de textos sobre el tema como su artículo El marxismo clásico y la caracterización de lo indígena en Colombia (Vasco, 2006) y Encrucijadas de Colombia amerindia (Vasco, 1993), autor que relaciona la antropología y el marxismo para estudiar la cultura de pueblos ancestrales.[1] Traducción: yo soy aire, ya soy agua, yo soy tierra, yo soy fuego.[2] Titulo proyecto de investigación para optar al grado profesional: La Cosmovisión Mhuysqa y Sus Saberes Para Recrear la Relacion Socio-Ambiental Hegemónica, y subtítulo: nociones de la recuperación colectiva de la historia del grupo juvenil tribu Guali en su relación socio ambiental desde los saberes ancestrales de la comunidad Mhuysqa de cota y sus aportes para el trabajo social entorno a lo ambiental. (Naranjo, 2013)
16:00 - 18:00
Eje 9.
#215 |
A DEMANDA PARA O ASSISTENTE SOCIAL NA ESCOLA PÚBLICA EM BELÉM E REGIÃO METROPOLITANA /PA
Viviane Gonçalves de Araújo
1
;
Silvia Cristina da Costa Stockinger
2
1 - Universidade Federal do Amazonas.
2 - Universidade Federal do Pará.
Resumen:
Após levantamento exploratório nos bancos de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior – CAPES, Domínio Público e das Universidades Federais, Estaduais do Brasil, no mês de maio de 2021, constatou-se a incipiência de pesquisas ou artigos científicos que abordassem a atuação do/a assistente social na educação na região Norte. Pois, 32% estão localizadas na região nordeste, 29% da região sudeste, 26% no Sul, 8% Centro-oeste e 5% na região Norte. Desse modo, é de extrema relevância estudos e pesquisas que tratem do Serviço Social na Educação Básica na região Norte.O estudo apresentado, objetiva mostrar a realidade da escola pública e a demanda para a presença de profissionais de Serviço Social no quadro técnico da mesma, a fim de contribuir para a construção de conhecimento do Serviço Social nesse espaço sócio-ocupacional na região Norte. No primeiro momento será discutida a configuração da política de Educação Básica na Amazônia, no segundo momento as expressões da questão social presentes nas escolas da região metropolitana de Belém/PA, e por último sobre o trabalho do/a assistente social nas escolas da região Norte.Assim sendo, o trabalho traz em seu bojo uma discussão crítico-analítica, com base em uma perspectiva dialética e dialógica, partindo dos pressupostos Freireanos, os quais colocam a escola na centralidade da constituição do sujeito social, imprimindo-lhe autonomia e protagonismo na construção de sua cidadania.O presente estudo busca apreender a real demanda para o trabalho do assistente social na Política Pública de Educação Básica na região metropolitana de Belém/PA, para tanto, as questões que nortearam o trabalho foram: Quais profissionais estão engajados nessa tarefa? O que faz o assistente social na Política Pública de Educação Básica na região metropolitana de Belém/PA? Como a escola percebe o trabalho do assistente social?Para a realização do referido estudo foram aplicados 800 questionários, dos quais 697 foram válidos em 167 escolas pelos alunos da disciplina Oficina de Métodos e Técnicas de Pesquisa Social do curso de Serviço Social, da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal do Pará, no ano de 2013. Para a coleta de dados, foi utilizada a pesquisa quantitativa, através de questionário fechado. A amostra da pesquisa foi elaborada tomando-se 30% do total de escolas públicas existentes na região definida (capital Belém + 6 municípios adjacentes); foram entrevistados 800 indivíduos da comunidade escolar, de forma proporcional alunos, gestores, professores, pais e técnico-administrativos e assistentes sociais. O tratamento dos dados foi feito através de tabulação seguindo o método rigoroso e cientificamente recomendado para pesquisa quantitativa, através do Programa SPSS Advanced. O levantamento também apresenta um conjunto de relatos de observação realizado pelos estudantes que aplicaram os questionários, cuja finalidade é retratar qualitativamente o que foi feito de forma quantitativa, uma vez que os relatos são ricos de informações de caráter subjetivo apresentadas pelos entrevistadores.Os principais resultados foram agrupados em eixos:Eixo 1 – Infraestrutura das escolas teve como resultados: A precariedade estrutural das escolas, como falta de água, banheiros danificados, insegurança ao acesso a escola, péssimas condições de trabalho; em relação ao corpo técnico foi identificado um alto índice de faltas de professores pelos alunos; a insuficiência de professores para suprir o quadro técnico das escolas; a desorganização ou má gestão da escola e precariedade do ensino. Eixo 2 - Cotidiano escolar: A maioria dos resultados apontam para problemas relacionados à falta de infraestrutura adequada, como péssimas condições do espaço físico, falta de merenda escolar, falta de segurança, falta da participação dos pais ou responsáveis, entre outros aspectos.Eixo 3 - Refrações da questão social presentes nas escolas: Já os problemas relacionados aos alunos: Violência, Uso de drogas, Bullying, Gravidez na adolescência Falta de interesse e desmotivação dos alunos, Infrequência e Evasão Escolar.Eixo 4 - O trabalho do/a assistente social: 61% dos entrevistados não sabiam o que faz o assistente social nas escolas; 88% responderam que não tinham assistentes sociais em suas escolas; 51% dos entrevistados onde tinham assistentes sociais nas escolas, não sabiam quais eram as atribuições e competências destes profissionais na Educação Básica; mesmo assim, 90 % dos entrevistados consideraram o assistente social um profissional importante para as escolas.Os resultados mostraram que a escola é espaço carente deste profissional, chegando mesmo a desconhecer sua importância, embora admita que a necessidade premente de abordagens e propostas advindas do mesmo em muito contribuiriam para dirimir os problemas advindos da expressão social a qual toda a comunidade escolar está sujeita.A referida pesquisa lança luz à realidade ainda atual acerca da situação da escola pública em Belém e Região Metropolitana, realidade esta que pode ser estendida para outras localidades de igual porte na região norte, dadas as similitudes características das mesmas nos mais diversos aspectos (econômico, social e cultural). Contribui ainda para a percepção efetiva de uma escola “carente” enquanto espaço de construção de cidadania e de formação do sujeito em sua integralidade.Cabe aos assistentes sociais que atuam nesse espaço sócio-ocupacional, conhecer os limites e desafios de se fazer educação na Amazônia, assumir o compromisso na construção de conhecimentos que contribuam para emancipação dos sujeitos, para maior autonomia, para aceitação e valorização das diferenças, sem discriminação, pela valorização das particularidades regionais, e ainda, lutar pelo direito a ter iguais condições e acesso e permanência na escola com ensino de qualidade.Concluiu-se que através dos dados levantados é possível mapear a escola pública bem como os possíveis entraves a uma educação de qualidade, que cumpra seu papel e funções sociais em uma sociedade marcadamente impactada pelas políticas neoliberais que avançam no desmonte e na desqualificação da escola pública no Brasil.
#290 |
ACCESO DE FAMILIARES VÍCTIMAS DE COVID-19 A LAS POLÍTICAS DE ASISTENCIA SOCIAL AL HOSPITAL DE CLÍNICAS, AÑO 2021
Elba Núñez Ibáñez
1
;
Hugo Pereira
1
;
María Limpia Díaz
1
;
Mónica Ruotti
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales (FACSO UNA).
Resumen:
La pandemia por el virus COVID-19 profundizó la situación de desigualdad en Paraguay. El marco normativo vigente protege el derecho a la salud y garantiza que nadie será privado de asistencia pública, pero en el contexto de la pandemia del COVID-19, la oferta de servicios públicos ha sido ampliamente rebasada. La falta de un modelo integral de las políticas de asistencia social dirigida a la atención de las necesidades de las personas víctimas de COVI-19 constituye un obstáculo para el ejercicio de derechos y los mismos enfrentan numerosos obstáculos frente a la escasa respuesta estatal. La segmentación en la provisión de la asistencia social y los servicios de salud es clara, en diferentes grupos de la población de acuerdo con su inserción laboral, nivel de ingreso, capacidad de pago y posición social. Se presentan resultados de una de las dimensiones estudiadas en el marco del Proyecto “Factores de acceso a las políticas de asistencia social que enfrentan familiares víctimas de COVID-19 en el contexto del Hospital de Clínicas y estrategias superadoras en el año 2021” apoyado con fondos de la Dirección General de Investigación Científica y Tecnológica, dependiente del Rectorado de la Universidad Nacional de Asunción y que tuvo como uno de sus objetivos identificar los factores de acceso a las políticas de salud que enfrentan los familiares de pacientes de COVID-19 en el Hospital de Clínicas. Estudio de nivel exploratorio, descriptivo de carácter cuantitativo y de corte transversal. Se entrevistó a 43 familiares de pacientes de COVID-19 internados en el Hospital de Clínicas a quienes se aplicó una encuesta de manera presencial y online a través de un formulario en línea de Google y procesados por el Paquete estadísticos para las Ciencias Sociales (SPSS) que clasifica a la población en diferentes grupos de acuerdo con su inserción laboral, nivel de ingreso, capacidad de pago y posición social. La participación de los sujetos de estudio ha sido de carácter voluntario, previa firma del consentimiento informado. En relación a los principales resultados, la mayor parte de las personas entrevistadas, dijeron tener información sobre la cobertura de gastos ofrecida por las instituciones del Estado, siendo la cobertura combinada de gastos de medicamentos y terapia intensiva las más mencionadas. El 42,0% ha accedido a la cobertura de gastos de medicamentos, el 21% a los de terapia intensiva, el 21% a medicamentos, y el 23,3% no accedió a ninguna cobertura de gasto. El 21% ha tenido acceso a consultas, internación y terapia intensiva. Casi las tres cuartas partes de los/las entrevistados/as dijeron haber experimentado alguna dificultad para acceder a los servicios. Los familiares de los afectados por COVID-19, reivindican el acceso efectivo a los servicios de salud desde un enfoque de derechos con criterios de calidad, para lo cual el Estado social de derecho vigente constitucionalmente en el Paraguay debería garantizar para ello mayor inversión en el área de la salud y el fortalecimiento institucional del Hospital Escuela de la Facultad de Medicina de la Universidad Nacional de Asunción, como principal hospital de referencia a nivel país.
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La muerte de la yegua.Un análisis de la pasantía de estudiantes y recién egresados de Trabajo Social en la Oficina de Atención Comercial Social de UTE.
Sofía Rivero
1
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Victoria Sapia Alvarez
2
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Camila Viera Libindo
1
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Maximialino Betancor Fernandez
1
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Katherin Alvarez Gonzalez
1
1 - UTE- Facultad de Ciencias Sociales.
2 - UTE-Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
El presente documento parte de la experiencia de pasantes de Trabajo Social insertos en el Plan de Inclusión Social de UTE, en el departamento de Montevideo. Dicho programa tiene como objetivo abastecer de servicio eléctrico de energía de manera segura y en condiciones de calidad a los hogares, propiciando de esta forma el acceso al derecho a la energía. Cabe mencionar que este programa actualmente es desarrollado por la oficina de Atención Comercial Social, que fue creada por el Departamento de Atención Comercial Social en el año 1999 con la finalidad de “gestionar la regularización de suministros de energía en zonas de vulnerabilidad socioeconómica” (UTE, 2017,p 6). Conjuntamente con el origen de este programa se puede ubicar un nuevo espacio socio-ocupacional para el Trabajo Social, lo cual estimula el debate sobre el rol profesional en esta empresa pública. El objetivo principal del mismo es poder realizar aportes relevantes a la hora de problematizar el rol del Trabajo Social en la Oficina Comercial Social de UTE. Esto se realiza con el fin de poder repercutir en el enriquecimiento de los procesos de intervención dentro de este novel espacio de inserción profesional y que sirva como ejemplo a la hora de pensar la intervención en ámbitos energéticos.Con este fin, se realiza un análisis documental y bibliográfico de corte exploratorio. Esto se da debido a la necesidad de definir el espacio institucional de intervención y su proceso histórico. Nuevamente, recalcamos la novedad del espacio, lo cual nos determina la necesidad de poder realizar un diagnóstico previo al análisis del mismo. En este caso, se parte de una situación sucedida en la oficina en la hora de descanso. El comedor es el espacio privilegiado para el desarrollo de intercambios que se originan en el trabajo de campo. El mismo, devino en una charla centrada en los cuestionamientos a acciones o posiciones ético-políticas. que las involucradas pensábamos que era necesario tratar.En ese momento, se acerca una de nuestras compañeras, Trabajadora Social afirmando “¡Que importante que es nuestro trabajo!”. Luego de ello, comienza a contarnos una situación vivida en uno de los barrios intervenidos por inclusión social donde un niño y una yegua fallecieron tras la descarga de un enganche irregular que se había soltado. Intentando manifestar de esa manera, la conmoción por el hecho del fallecimiento del niño y lo determinante de la presencia del Trabajo Social, según su perspectiva, en los barrios, para evitar este tipo de situaciones.Partiendo de la situación anteriormente descrita, se propone analizar el desempeño y desarrollo del rol del Trabajo Social dentro del Programa de Inclusión Social de UTE. Para analizar este fenómeno, utilizaremos como referencia principal los aportes de Claramunt (2009), quien establece que la intervención profesional se subdivide en cuatro dimensiones de análisis: la asistencial, socioeducativa, investigativa y ético-política. A partir de estas cuatro dimensiones, planteamos los dilemas y cuestionamientos que surgen tanto a la hora de desarrollar nuestra profesión, como en el intercambio con las colegas dentro de nuestro espacio laboral. Por otro lado, retomamos los aportes de Giavedoni (2011) y Pastorini (1997) cuando definen a las Políticas Sociales -que aplicamos como Trabajadores Sociales- como herramientas de control social y político de segmentos subalternos de la población. El suministro irregular de energía eléctrica se plantea como un problema social a resolver, aunque en realidad el objetivo solapado de las intervenciones en este marco es el disciplinamiento (Donzelot, 1979). Se termina por intervenir sobre los hábitos y costumbres de la población objetivo, constituyendo una práctica más cercana al “de un gobierno de la pobreza a través de la energía” (Giavedoni, J. 2011, p.43). Bajo este tipo de marco de intervención, se plantean determinadas inquietudes vinculadas a los límites demarcatorios entre lo asistencial y aquellas proyecciones que permitan trascender las fronteras de la política institucional. En el ámbito institucional estas cuestiones en boga tienen su correlato. En lo cotidiano de las instituciones se procesa un tipo de dinámica dialéctica entre los instituido y lo instituyente. Se asiste allí a un proceso paralelo de reproducción de las relaciones sociales y que abre la posibilidad para la gestión de prácticas innovadoras que habiliten formas de transformación de ese cotidiano (Berdía, 2009). De este modo, y tal como sostiene esta autora, la vida cotidiana aparece como terreno privilegiado para el abordaje crítico del trabajador social. Se entiende que la dimensión asistencial transversaliza las distintas instancias, dado que el rol que determina nuestro quehacer profesional, se limita al otorgamiento y sostenibilidad de un servicio básico necesario (acceso al servicio regular de energía eléctrica y seguimiento de las situaciones), sin considerar la integralidad y los procesos de la población con la que trabajamos. Se busca entonces, una respuesta inmediata y no una transformación significativa, lo que coloca en un lugar central al servicio y no al sujeto. De esta forma, se observa cierta dificultad para trascender el asistencialismo y los mandatos institucionales por parte del profesional. Un ejemplo de esto son los seguimientos, en los que dependiendo la autonomía y ética del trabajador/a social, se puede profundizar en los distintos procesos o situaciones que ameritan el desarrollo de una estrategia que supere las competencias institucionales. Referencias bibliográficasAquín, Nora 1996. La relación sujeto-objeto en trabajo social. Una resignificación posible.Berdía, A. (2009). Vida cotidiana: categoría central para el abordaje profesional. Fronteras, n. 5, pp. 45-57.Claramunt, A. "El Trabajo Social y sus múltiples dimensiones: hacia la definición de una cartografía de la profesión en la actualidad". Fronteras [en línea] 2009, n. 5, pp. 91-104.Donzelot, J. (1979). La conservación de los hijos. La policía de las familias.Giavedoni, J. G. (2011). Gobierno, pobreza y energía La construcción del sujeto-carenciado en la tarifa social de la Empresa Provincial de la Energía de Santa Fe. Revista de la Carrera de Sociología, (1), 37-59.Pastorini, A. (2000). Quién mueve los hilos de las políticas sociales? Avances y límites en la categoría" concesión-conquista. La política social hoy. Elisabete Borgianni, Carlos Montaño.UTE (2017). Regularización del Servicio Eléctrico en hogares en situación de vulnerabilidad socioeconómica.
#184 |
Fiscalização do Exercício Profissional do/da Assistente Social durante a pandemia da COVID-19
Bruno Lopes da Silva
1
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José Fernando Siqueira da Silva
1
1 - Unesp Franca.
Resumen:
A partir da Portaria nº 026/2020, publicada em 16 de março de 2020, o Conselho Regional de Serviço Social do Estado de São Paulo (CRESS-SP, Brasil), instituiu a Comissão Especial de Monitoramento da COVID 19 e adotou algumas estratégias de modo a resguardar a saúde dos/das profissionais de Serviço Social, assim como dos/das funcionários/as do Conselho. A principal estratégia foi a adoção do teletrabalho. Na condição de Agente Fiscal do CRESS-SP, responsável pelo acompanhamento das Seccionais São José do Rio Preto e Araçatuba do CRESS-SP, observamos como vem ocorrendo esta modalidade de trabalho. Em que pese o prejuízo de tal modalidade ao interromper as visitas de fiscalização, assim como, a perda qualitativa nos atendimentos realizados à categoria profissional, agora mediados por uma tela de computador e/ou celular, o Setor de Fiscalização Profissional do CRESS-SP buscou alternativas no intuito de prestar atendimento aos/as profissionais de Serviço Social. Constatamos o recebimento de um grande volume de demandas relacionadas a situações que envolvem a esfera trabalhista, a qual os Conselhos de Fiscalização Profissional, não tem a atribuição legal para atuar. Demandas de tal natureza são da competência de Sindicatos de trabalhadores. Porém, a recente reforma trabalhista que dentre várias medidas, desobrigou o trabalhador ao pagamento da contribuição, enfraqueceu em demasia tal instância de defesa do trabalhador. Outro caminho seria o Ministério Público, mas esta instituição, grande parte das vezes, tem o conservadorismo vinculado a regressividade das garantias dos direitos sociais enquanto norma. Práticas até então consideradas superadas, com viés filantrópico e de ajuda, que já chegavam ao Conselho antes, ganharam maior amplitude. As instituições empregadoras, valeram-se do momento de calamidade pública para solicitar ao/a profissional de Serviço Social fazer qualquer coisa. Acentuaram-se situações de questionamento das chefias a garantia do sigilo profissional e condições éticas e técnicas do trabalho profissional. O caminho adotado, então, pelo Setor de Fiscalização Profissional do CRESS-SP, representado por sua coordenação e Agentes Fiscais e a Direção do CRESS/SP (assistentes sociais eleitos pela categoria profissional) foi buscar estratégias políticas no intuito de respaldar os/as profissionais de Serviço Social. Foram adotadas várias atividades na modalidade on-line como: reunião com prefeitos, gestores de políticas públicas, procuradores jurídicos municipais, sistema de justiça, unidades de formação acadêmica, etc. O intuito foi realizar o enfrentamento a tais instâncias de poder e pontuar as atribuições profissionais, a dimensão ético-política profissional e posicionamento fundamentado em relação a violação de direitos humanos e sociais. Foram realizadas reuniões/lives com os/as próprios/as profissionais de Serviço Social. Nestas últimas, o que se verificou, foi um acréscimo na participação de profissionais de várias partes do Estado ou mesmo do país, o que seria inviável na modalidade presencial. Procurou-se socializar resoluções do CFESS que abordaram questões de condições éticas e técnicas de trabalho, sigilo profissional, atribuições e competências profissionais, atribuições dos CRESS/Seccionais, defender o Projeto Ético-Político do Serviço Social. Este, tem como inspiração teórico-metodológica o materialismo histórico-dialético, fundamentado em Marx. Tal projeto, no contexto histórico dos anos 1990, contou com importante contribuição do coletivo profissional e de importantes quadros intelectuais da profissão no Brasil articulados aos movimentos sociais, estudantes e docentes de pós-graduação, lideranças políticas e entidades progressistas. Caracteriza-se por um projeto profissional-coletivo, que se vincula a um projeto societário, no qual as relações sociais de produção capitalistas devem ser superadas, ainda que isso não seja uma tarefa de uma profissão. O trabalho, nesta forma de sociabilidade, adquire características que desumanizam o ser social, tira-lhe as capacidades, limitam as possibilidades de desenvolvimento humano. O homem/mulher trabalha não para garantir o atendimento de suas necessidades, mas as necessidades de reprodução do capital. Desprovido da relação de trabalho em sua essência, realizando-o de forma alienada, o produto de seu trabalho passa então a dominá-lo. As relações, os valores e normas estabelecidos socialmente e reproduzidos de geração em geração, validam uma moral burguesa. Neste período, constatamos o recrudescimento de ideais de inspiração fascista. Assuntos que pareciam consolidados pela maioria da categoria profissional ressurgem com força, defendendo a retomada de concepções conservadoras de ajuda, benesse, com viés marcadamente religioso/fundamentalista. Como José Paulo Netto definiu, a fração mais progressista do Serviço Social brasileiro comprometeu-se com a “Intenção de Ruptura”. Trata-se de uma ruptura ao conservadorismo, à reprodução da moralidade burguesa, ressaltando que o atual contexto tem reafirmado o oposto. Neste momento, o CRESS SP inicia a retomada das atividades presenciais com a realização de visitas de caráter mais urgente. O que se percebe é que o atual estágio de desenvolvimento do capitalismo em escala global, vem afetando substancialmente as condições de vida da população atendida. Temos relatos de volta da fome, aguçamento da violência contra as minorias: indígenas, população LGBTQIA+, negros, migrantes, população em situação de rua. Não há como desvincular tal contexto do golpe parlamentar deflagrado em 2016 que retirou Dilma Roussef do poder, levou o seu então vice, Michel Temer ao poder e que culminou com a ascensão da extrema direita representada por Jair Bolsonaro e sua política de morte, em 2018. Não podemos esquecer da Emenda Constitucional 95, já no governo Dilma, a qual limitou consideravelmente os gastos na área social e atingiu em cheio a população brasileira que utiliza os serviços públicos para sua sobrevivência. Neste cenário sombrio, temos a perspectiva de uma disputa eleitoral entre o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e, o atual, Jair Bolsonaro. O governo Lula, do Partido dos Trabalhadores, em que pese a explícita política de conciliação de classes, realizou um governo que estimulou a maior participação dos (as) trabalhadores (as) na riqueza nacional. No entanto, tem realizado alianças à direita com setores que representam o grande capital. Tal conjuntura, não afasta a importância do projeto desta profissão. Podemos e devemos estar juntos aos trabalhadores e trabalhadoras, compor os movimentos sociais, partidos políticos com posição progressista e horizonte revolucionário. O projeto ético-político profissional do Serviço Social brasileiro, vinculado às demais lutas, pode contribuir para a nossa finalidade última: a construção de outra forma de sociabilidade que possibilite a emancipação humana.
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La formación del trabajo social de Paraguay, sustratos presentes y perspectivas para nuevos abordajes
Sara Raquel López Cristaldo
1
1 - Facultad de Ciencias Sociales.
Resumen:
En Paraguay, desde la década del 60 el Trabajo Social forma parte de la educación superior universitaria. En este proceso, las propuestas curriculares, en coherencia con los planteos teóricos hegemónicos de la época estaban presentes en la formación de los entonces llamados asistentes sociales.Con este trabajo se busca poner en debate dos perspectivas presentes en los diseños curriculares de la carrera de Trabajo Social de la Universidad Nacional de Asunción (UNA), el curriculum de 1989 y el del 2001. El interés por estas dos propuestas es mostrar la presencia del pragmatismo en el primero, el inicio de la incorporación de la teoría crítica en el segundo y la continuidad presente con el diseño actual (2014).La apertura democrática fue clave para que las ciencias sociales en este país, se desarrollen, con las limitaciones institucionales que configuran a un país productor de materia prima en la división internacional del trabajo, y consumidor de teoría social europea y en menor medida, latinoamericana.El Trabajo Social como profesión en Paraguay tiene su génesis e institucionalización en el año 1939 con las llamadas Visitadoras Polivalentes de Higiene cuya formación, con fuerte influencia del médico higienismo dependía del Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social (García, 2017).En la década del ’50, la carrera de Trabajo Social se reorganiza, integrándose con las carreras de Enfermería y Obstetricia. En la década del ’60 el trabajo social paraguayo formaría parte de la educación superior al depender de la UNA. El requerimiento profesional en ese entonces, seguía siendo para los ámbitos de la salud, sumándose el posteriormente el campo penitenciario (García, 2017); y luego el área de educación a partir de la Reforma en educación denominada Innovaciones Educativas (López, 2007). La caída de la dictadura (1989) inauguró un tiempo histórico en el cual las libertades civiles y políticas comienzan a esbozar la agenda de lo público. Un nuevo contexto posibilitó realizar modificaciones en el ámbito administrativo y académico que darían las bases para la modificación curricular (García, 1997; García y Pozzo, 1997, en Vera, 2018) a partir del Plan de Estudios de 1989, cuya vigencia estuvo hasta el año 2000. Este plan incorporó disciplinas de las ciencias sociales como propuestas superadoras en la formación de trabajadoras y trabajadores sociales, otrora, vinculados a la salud y al pensamiento ligado a la caridad y la filantropía (Battilana & López, 2018).La implementación de esta propuesta curricular buscó diferentes maneras de aproximarse a la realidad y a partir de las llamadas propuestas metodológicas del Trabajo Social llevó a cabo la formación profesional. En ese sentido, esta formación buscó construir conocimientos y propuestas de intervención explicados “(casi) exclusivamente desde la práctica” (UNA, 2001).Si el pragmatismo postula que la validez de las ideas está dada por la experiencia; es posible afirmar que el curriculum de 1989 se enmarca en esta perspectiva teórica.El segundo momento es la formación en la llamada perspectiva crítica, que se inicia con el nuevo diseño curricular (2001). Los vacíos y la falta de respuestas sobre la excesiva carga horaria de la Práctica Supervisada del curriculum de 1989 y la necesidad de armonizar la formación profesional con el debate del Trabajo Social latinoamericano facilitaron los procesos para un cambio curricular (UNA, 2001).Robledo (2011 en Ortiz y Galeano, 2015), señala que, con la apertura democrática, se pudo observar la presencia de un debate teórico, así, el trabajo social paraguayo estaba compelido a redefinirse como disciplina y replantear su formación en el marco de las ciencias sociales. La teoría social, por tanto formaría parte de la nueva formación profesional, en coherencia con los debates del trabajo social latinoamericano se ubicaría en la llamada perspectiva histórico crítica (Montaño, 1999). En este nuevo plan, el Trabajo Social es entendido como una disciplina que surge históricamente en la división sociotécnica del trabajo, es un profesional asalariado cuya inserción en un campo socio-ocupacional les aproxima a uno de los polos de la llamada cuestión social, las y los trabajadores (Montaño, 1999; Netto, 2003, en Borggiagni et al). Aquí se inicia la formación profesional en la perspectiva histórico crítica, con una propuesta que busca superar el pragmatismo desarrollando una plan de formación basada en una nueva relación con la realidad nacional, con las ciencias sociales, mediadas por la investigación social (UNA, 2001). Bibliografia Battilana, N., & López, S. (2018). Trabajo Social en el debate de las Ciencias Sociales. En L. (. Ortíz, Las ciencias sociales ante los retos de la justicia social. Memorias del I Congreso Paraguayo de Ciencias Sociales (págs. 207 - 220). Asunción: CLACSO.García, S. (2017). Registros del médico higienismo en la génesis e institucionalización de las políticas sociales y el Trabajo Social en Paraguay. Kera Yvoty: Reflexiones sobre la cuestión social, 16-27.López, S. (05 de Mayo de 2007). Representaciones sociales sobre el Trabajo Social. Una aproximación de las trabajadores sociales de instituciones públicas de la enseñanza media sobre su profesión. Tesis de Maestría. Asunción: UNER.Montaño, C. (1999). La naturaleza del Servicio Social: un ensayo sobre su génesis, su especificidad y su reproducción. Sao Paulo: Cortez Editora.Netto, J. P. (2003). El Servicio Social y la tradición marxista. En E. Borgianni, Y. Guerra, & C. Montaño, Servicio Social crítico: Hacia la construcción del nuevo proyecto ético-político profesional (págs. 153-169). Sao Paulo: Cortez Editora.Ortiz, L., & Galeano, J. (2015). Rezago epistémico y (auto) exclusión académica: Las ciencias sociales paraguayas en el concierto internacional. LASAFORUM, 7-9.Peirce, C. (09 de Febrero de 1905). Qué es el pragmatismo. Recuperado el 02 de Agosto de 2016, de Universidad de Navarra: https://www.unav.es/gep/WhatPragmatismIs.htmlUniversidad Nacional de Asunción. (15 de Diciembre de 1989). Propuesta Plan Curricular. Escuela de Trabajo Social. Resolución N° 2832-00-89. Asunción.Universidad Nacional de Asunción. (19 de Abril de 2001). Resolución CSU N° 8542-00.01. Documento de presentación de la Modificación Curricular. Carrera de Trabajo Social. Asunción.Vera, A. (2018). La formación disciplinar del trabajo social. Conservadurismo, derechos sociales y políticas sociales. Revista MERCOSUR de políticas sociales, 310-325.